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A Escola de Direito do Rio de Janeiro, da Fundação Getulio Vargas (FGV Direito Rio), promove curso online sobre Compliance Trabalhista. A formação é voltada para profissionais de Compliance, advogados, gestores de RH e de Relações Trabalhistas, empresários, encarregados pelo tratamento de dados e interessados nas práticas com a Lei Geral de Proteção de Dados.

Os interessados podem se inscrever até 17 de abril através do site do curso. As aulas serão nas terças e quintas, das 19h às 22h, através da plataforma Zoom.

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O curso englobará tópicos como: ferramentas de compliance trabalhista; teletrabalho (ergonomia, saúde mental, jornada e segurança da informação); assédio moral; pilares do compliance em Direitos Humanos; background checks; entre outros. 

A Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundação Getulio Vargas (FGV Direito Rio) segue, até o dia 27 de março, com inscrições abertas para o curso Transações Comerciais Internacionais/International Business Transactions. Com carga de 60 horas/aula, a capacitação será totalmente ministrada em inglês, com aulas em tempo real, mediadas por tecnologia, na plataforma Zoom.

Além de contribuir para aprimorar o domínio da língua inglesa em âmbito jurídico, o curso visa capacitar os participantes para entender os principais aspectos jurídicos e comerciais de transações comerciais sofisticadas, participar da estruturação de tais negócios e da elaboração dos respectivos contratos ou estatutos corporativos, além de desenvolver estratégias para a resolução de disputas que possam surgir após a conclusão de negócios.

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Entre os tópicos abordados constam: estruturação de joint venture; contratos de compra de ações (fusões e aquisições privadas); aquisição de sociedades anônimas listadas (fusões e aquisições públicas); resolução de litígios que surgem na sequência de transações comerciais (mediação, dispute boards e arbitragem comercial); insolvência transnacional; fundos de Private Equity; e Ofertas Públicas Iniciais (IPO).

Com aulas às terças e quintas-feiras, das 19h às 22h, o curso é aberto a advogados, empresários, juízes, árbitros e aos interessados em expandir seus conhecimentos nestes temas empresariais internacionais.

Inscrições e outras informações estão disponíveis no site da FGV

O Índice de Confiança Empresarial (ICE), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve alta de 0,6 ponto em fevereiro deste ano. Com o resultado, o indicador atingiu 89,2 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos, e interrompeu uma sequência de quatro quedas seguidas.

O ICE consolida os quatro índices de confiança setoriais medidos pela FGV: indústria, comércio, serviços e construção.

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O Índice de Expectativas, que mede a confiança dos empresários no futuro, subiu 1,9 ponto e chegou a 87,9 pontos. Já o Índice da Situação Atual, que mede a percepção dos empresários sobre o presente, caiu 1 ponto e atingiu 89,9 pontos, menor nível desde fevereiro do ano passado (88,1 pontos).

A alta do ICE em fevereiro foi puxada pela confiança do comércio, que cresceu 3 pontos. Apesar do avanço o setor continua tendo o menor índice de confiança entre os quatro segmentos pesquisados (85,8 pontos).

Também teve alta o setor da construção (0,8 ponto), o qual se mantém como o segmento com maior confiança (94,4 pontos).

Por outro lado, a indústria recuou 1,1 ponto e atingiu 92 pontos, enquanto os serviços caíram 0,4 ponto e chegaram a 89,2 pontos.

A Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundação Getúlio Vargas (FGV Direito Rio) prossegue, até o dia 27 de março, com inscrições abertas para o curso Transações Comerciais Internacionais/International Business Transactions. Com carga de 60 horas/aula, a capacitação será totalmente ministrada em inglês, com aulas em tempo real, mediadas por tecnologia, na Plataforma Zoom.

Além de contribuir para aprimorar o domínio da língua inglesa em âmbito jurídico, o curso visa capacitar os participantes para entender os principais aspectos jurídicos e comerciais de transações comerciais sofisticadas, participar da estruturação de tais negócios e da elaboração dos respectivos contratos ou estatutos corporativos, além de desenvolver estratégias para a resolução de disputas que possam surgir após a conclusão de negócios.

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Na programação do curso estão assuntos como: estruturação de joint venture; contratos de compra de ações (fusões e aquisições privadas); aquisição de sociedades anônimas listadas (fusões e aquisições públicas); resolução de litígios que surgem na sequência de transações comerciais (mediação, dispute boards e arbitragem comercial); insolvência transnacional; fundos de Private Equity; e Ofertas Públicas Iniciais (IPO).

O início das aulas está previsto para o dia 4 de abril, às terças e quintas-feiras, das 19h às 22h, e são abertas para advogados, empresários, juízes, árbitros e aos interessados em expandir seus conhecimentos sobre o assunto.

Com o objetivo de estimular a implantação do Compliance Trabalhista e a conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados nas relações de trabalho, a Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundação Getulio Vargas (FGV Direito Rio) oferece o curso Compliance Trabalhista. As inscrições seguem abertas até o dia 17 de abril.

As aulas são voltadas para profissionais de Compliance, advogados, gestores de RH e de Relações Trabalhistas, empresários, encarregados pelo tratamento de dados e interessados nas melhores práticas com a Lei Geral de Proteção de Dado.

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 Com 42 horas de carga horária, o curso englobará tópicos como: ferramentas de compliance trabalhista; teletrabalho (ergonomia, saúde mental, jornada e segurança da informação); assédio moral; pilares do compliance em Direitos Humanos; background checks; due diligence; compliance e fraude; auditoria trabalhista; e Lei Geral de Proteção de Dados e compliance trabalhista em segurança da informação.

 As atividades serão realizadas às terças e quintas-feiras, das 19h às 22h, pela Plataforma Zoom.

 

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 1,1 ponto em fevereiro, após queda de 0,2 ponto em janeiro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice atingiu 92,0 pontos, o menor nível desde julho de 2020, quando havia atingido 89,8 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (Nuci) cedeu 0,1 ponto porcentual, a 78,7%, o pior resultado desde maio de 2021 (77,8%).

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O Índice de Situação Atual (ISA) cedeu 0,3 ponto, para 92,8 pontos. Dentro dos quesitos do ISA, o resultado foi puxado pelo indicador que mede o nível de estoques, que recuou 3,6 pontos, para 106,6 pontos. Quando este indicador está acima de 100 pontos, sinaliza que a indústria está operando com estoques excessivos (ou acima do desejável). Em contrapartida, ainda dentro do ISA, a percepção dos empresários em relação à situação atual subiu 2,0 pontos para 92,9 pontos, o que, segundo a FGV, parece estar relacionado a uma ligeira melhora da demanda, que avançou 0,9 ponto, para 92,8 pontos.

Houve queda da confiança em 8 dos 19 segmentos industriais monitorados em fevereiro, de acordo com a FGV. O Índice de Expectativas (IE) caiu 1,8 ponto para 91,4 pontos. A tendência dos negócios para os próximos seis meses também apresentou queda, de 2,5 pontos, para 89,4 pontos, ainda abaixo dos 100 pontos desde setembro de 2021 (102,7 pontos).

No horizonte mais curto, de três meses, as perspectivas sobre emprego caíram 0,8 ponto, para 94,8 pontos, pior patamar desde julho de 2020 (93 pontos). Apesar disso, o indicador se mantém abaixo dos 100 pontos, ainda sinalizando uma desaceleração das contratações à frente. O indicador que mede as perspectivas sobre a produção para os próximos três meses também apresentou retração, recuando 2,0 pontos para 90,5 pontos.

"Em fevereiro, a confiança da indústria apresentou nova queda refletindo maior cautela dos empresários quanto ao futuro dos negócios. O resultado, contudo, é bem heterogêneo com perspectivas mais favoráveis para a categoria de bens não duráveis. Apesar de ligeira melhora da demanda interna, os resultados mostram aumento do nível dos estoques" afirma o economista do Ibre/FGV Stéfano Pacini, em nota.

"As perspectivas futuras voltam a ficar mais pessimistas com empresários projetando queda na produção e nas contratações para o primeiro semestre. O cenário ainda parece indefinido para a indústria, com sinais diversos entre os diversos segmentos", acrescenta o economista.

A dificuldade para ter acesso à educação de qualidade é uma das principais barreiras para os jovens que moram em regiões de periferia na hora de conquistar seu espaço no mercado de trabalho, principalmente em setores como o mundo publicitário e do marketing, onde o nome das instituições faz diferença no currículo. Para tentar ampliar a diversidade dentro das agências de publicidade, o Centro de Estudos de Marketing Digital da Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da FGV, desenvolveu um curso gratuito para a formação profissional de jovens que moram em regiões de periferia voltado para o mercado criativo. Por ser um projeto-piloto, por ora vai funcionar só em São Paulo.

O projeto é uma iniciativa da professora Lilian Carvalho, da FGV, em parceria com Felipe Bogéa, fundador da agência F2F. Na segunda edição do curso de marketing digital, 20 alunos serão selecionados para receber uma bolsa de estudos, que incluirá auxílio-transporte e alimentação durante o período de aulas presenciais.

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A professora conta que a decisão de criar o curso foi para "evitar" que mais jovens da periferia sofram para conquistar uma carreira no mercado criativo.

Nascida na periferia de São Paulo, Lilian lembra que, no passado, a ideia de estudar e estar em uma instituição de elite como a FGV era algo distante da sua realidade. "Eu estive nesse lugar, de achar que a publicidade ou a Faria Lima (centro financeiro da capital) não eram para mim, porque eu era da periferia. Eu não quero que isso se repita com eles. Nós queremos mostrar que esses lugares são para todos", afirma.

Para Mário D'Andrea, presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap) e sócio fundador da D'OM Soluções Improváveis, iniciativas como a da FGV são fundamentais para que as equipes nas companhias repliquem cada vez mais a realidade. "A propaganda deve refletir a sociedade em que está inserida", afirma D'Andrea.

'Mentoria'

Ao todo, o projeto terá duração de três meses, sendo dividido em duas partes: no primeiro mês, os alunos terão aulas presenciais na própria FGV, para aprender sobre disciplinas como marketing digital, planejamento, criação, SAC e "soft skill" - termo em inglês para designar as habilidades comportamentais.

Nos dois meses finais, os estudantes participarão de mentorias com executivos de empresas. Tanto os professores do curso quanto os mentores são voluntários no projeto.

Bogéa, da F2F, explica que os executivos que participam do projeto são, na maioria, ex-colegas de trabalho e antigos clientes, que se voluntariaram no projeto. "O nosso principal objetivo é profissionalizar e empregar esses jovens", diz.

Para participar do programa, o estudante deve ter entre 18 e 25 anos, o ensino médio e residir na periferia de São Paulo.

A inscrição ocorre até a terça-feira, 28, no site da FGV.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A OAB Nacional, por meio da Coordenação Nacional do Exame de Ordem Unificado, divulgou, nesta quinta-feira (26), o resultado definitivo da 2ª fase do 36º Exame de Ordem Unificado (EOU), que compreende uma prova prático-profissional. Os candidatos encontram os resultados no site da instituição.

Além do resultado, as respostas aos recursos interpostos contra o desempenho na prova também estão disponíveis, e podem ser acessados no endereço eletrônico da Fundação Getúlio Vargas (FGV), banca organizadora do certame.

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A segunda etapa, realizada no dia 11 de dezembro de 2022, é composta por uma peça processual de uma das áreas do direito escolhida pelo participante, e 4 questões discursivas. As opções foram: direito administrativo, direito civil, direito constitucional, direito empresarial, direito penal, direito do trabalho e direito tributário.

Embora tenha repercutido uma polêmica relacionada ao vazamento do tema da peça de direito do trabalho, a OAB afirmou, por meio de nota, que não houve exposição da avaliação.

A Receita Federal divulgou duas retificações para o edital do concurso público que oferta 699 vagas para os cargos de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e Analista-Tributário. 

A primeira retificação altera os itens relacionados aos atributos exigidos, disciplinas para a prova objetiva, conteúdo programático e processo seletivo, além das datas de divulgação da análise dos pedidos de isenção de taxa de inscrição e da relação dos pedidos de isenção deferidos, que passam a ser nos dias 4 de janeiro e 19 de janeiro de 2023, respectivamente. Já a segunda retificação altera novamente o conteúdo programático das avaliações de ambas as funções. 

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As oportunidades são para profissionais de nível superior, com diploma expedido em instituição reconhecida pelo Ministério da Educação. Os contratados receberão uma remuneração inicial entre 11.684,39 e R$ 21.029,09. 

As inscrições seguem abertas e podem ser realizadas até o dia 19 de janeiro através do site da Faculdade Getúlio Vargas (FGV), a banca organizadora do certame. A taxa de inscrição custa entre R$ 115 e R$ 210. 

O processo seletivo acontecerá por meio de provas objetivas, provas discursivas, pesquisa de vida pregressa e um curso de formação profissional. O prazo de validade do concurso é de 24 meses, contados da data da publicação da homologação do resultado final, podendo ser prorrogado, uma única vez, por igual período.

Um estudo ainda mantido em sigilo pela Polícia Militar de São Paulo coloca em xeque uma das mais polêmicas promessas do governador eleito, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O trabalho concluiu que o programa de câmeras instaladas nos policiais militares, que Tarcísio e os bolsonaristas querem rever, provocou um aumento de 24% do número de apreensões de armas e de 102% dos registros de casos de violência doméstica, além de crescimento de 78% dos casos de porte de drogas.

Ou seja, o equipamento aumentou a efetividade da PM no combate aos agressores de mulheres, além de tornar mais difícil a vida de outros criminosos. Ocorrências que costumavam ser subnotificadas passaram a ser registradas pela polícia. É como se a corporação tivesse adotado a política de tolerância zero contra o crime. Houve ainda queda do número de policiais mortos em serviço e de 57% dos casos de pessoas mortas em decorrência da ação policial.

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As conclusões do estudo potencialmente esvaziam o discurso adotado na campanha eleitoral pelo governador eleito e pelo seu futuro secretário da Segurança Pública, o deputado federal reeleito e capitão Guilherme Muraro Derrite (PL) - de que as câmeras inibiriam, diminuiriam e constrangeriam os policiais durante o trabalho. A revisão do programa enfrenta resistência na cúpula das forças de segurança do Estado.

O estudo foi encomendado pelo comando da PM ao Centro de Ciência Aplicada em Segurança Pública da Fundação Getulio Vargas (FGV). Ele acompanhou a evolução da criminalidade em áreas de companhias antes e depois da adoção das Câmeras Operacionais Portáteis (COP) e a comparou com os dados de unidades que nunca usaram o equipamento, entre junho de 2021 e julho de 2022.

"Além de violência doméstica, houve aumento no volume de notificações de ocorrências de baixo potencial ofensivo, como furtos, discussões, brigas, agressão e ameaça, mas não em ocorrências de roubos, homicídios, drogas e acidentes de trânsito", diz o estudo, concluído em outubro deste ano.

Segundo os dados dos boletins da PM, cada uma das 179 unidades policiais que trabalham com as câmeras registrou um aumento de 28 registros de crimes, em média, por companhia, por bimestre, o que equivale uma acréscimo de 12% de variação em comparação com a evolução do grupo sem câmera. Foi entre os PMs com as câmeras que se verificou o aumento dos boletins de violência doméstica - em média, 9 casos a mais feitos em cada companhia policial.

Esses foram os dados que convenceram o governador Rodrigo Garcia (PSDB) a manter o projeto como está. Ele chegou a levantar dúvidas sobre a medida até que visitou o quartel das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) e conversou com coronéis que demonstraram como o programa estava tornando a PM mais eficiente no combate ao crime e fornecendo aos tribunais provas irrefutáveis da conduta policial.

Mortes

O estudo é assinado pelos professores Joana Monteiro (FGV), Leandro Piquet (USP), Eduardo Fagundes (FGV) e Julia Guerra (FGV). Ele usa a econometria e mostra que as companhias que tiveram câmeras instaladas tinham em média 0,42 mortes provocadas por policial a cada bimestre, e as sem câmera, 0,31 casos. Em média, o número de mortes decorrentes de intervenção policial foi reduzido em 57% em relação à média do período anterior às câmeras. "Isso significa que 104 mortes foram evitadas nos primeiros 14 meses de introdução das câmeras, considerando apenas a região metropolitana da capital", afirma o estudo.

O resultado para as lesões corporais provocadas em ações da polícia teve uma queda de 63% no total de casos. E isso não aconteceu porque a polícia deixou de agir. É o que sugere a pesquisa, pois os dados da criminalidade e da produtividade das Polícias Civil e Militar mostram que os números de prisões em flagrante em geral e de casos de tráfico de drogas permaneceram sem alteração relevante, ao contrário do que alegavam os bolsonaristas. De acordo com os autores do estudo, os resultados "não sugerem que a redução do uso da força possa ser explicada por redução do esforço policial".

Razões

Se não foi a Polícia Militar que parou de trabalhar, nem os totais de crimes graves, como o feminicídio ou estupro aumentaram e inexistem evidências de que o comportamento dos suspeitos com a polícia tenha melhorado com as câmeras, por que, então, caíram os casos de uso de força pela PM? Essa pergunta foi feita pelos pesquisadores da FGV.

Várias hipóteses foram testadas, e a resposta dos pesquisadores foi de que "a existência de mecanismos de supervisão e o aprimoramento de protocolos, pode estar por trás da redução expressiva do uso da força". Segundo contam os professores, "as imagens produzidas pelas câmeras nos uniformes podem ser analisadas pela cadeia de comando do policial, de modo que ele pode ser responsabilizado pelo não cumprimento dos protocolos".

As câmeras da PM não precisam ser acionadas manualmente e gravam todo o turno policial. "O uso das câmeras induziu os policiais a reportarem melhor o que ocorre durante as ocorrências", concluiu o estudo. Já no Rio, onde a PM testou um modelo em que a câmera precisa ser ligada pelo policial, menos de 10% dos agentes acionaram o equipamento em um mês de patrulhamento.

Além de reduzir o uso excessivo da força, a iniciativa paulista quis aperfeiçoar as provas coletadas em ocorrências e possibilitar o uso das imagens em treinamentos de técnicas policiais, além de aumentar a transparência e a legitimidade da PM. Em 2020, 585 câmeras foram distribuídas para 3 batalhões. Em 2021, a PM adquiriu 2,5 mil câmeras para 18 batalhões. Hoje, 66 batalhões usam as câmeras.

Ao todo, foram oito anos de pesquisas e de troca de experiências com polícias de Nova York, Los Angeles, Londres, Berlim e Bogotá. Pesquisa DataFolha mostrou que o apoio da população às câmeras é de 90%.

Durante a campanha eleitoral, a declaração de Derrite de que o programa existe para vigiar os policiais causou mal-estar no comando da PM. Ex-secretário Nacional de Segurança, o coronel José Vicente da Silva afirmou que só os maus policiais são contra o programa.

Para ele, as câmeras fazem parte do "amadurecimento da estratégia policial da prevenção, que se opõe ao conceito retrógrado da estratégia do confronto e da repressão como prioridade política". Esta, segundo ele, além de "privilegiar as forças especiais e operações sistemáticas, se opõe ao fortalecimento da polícia territorial, que opera com mais eficiência fatores e condições da maioria dos crimes e desordens".

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) teve queda de 6,7 pontos em novembro ante outubro, para 91,1 pontos, informou nesta quarta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o indicador cedeu 3,0 pontos no mês.

Com o recuo, o ICE ficou no menor nível desde fevereiro deste ano, quando atingiu 91,1 pontos. Segundo a FGV, "a forte queda da confiança empresarial em novembro está relacionada à percepção de desaceleração do nível de atividade corrente e da perspectiva de continuidade desta tendência nos próximos meses".

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O ICE reúne os indicadores de confiança produzidos pelas sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.

A FGV avaliou ainda que "o aumento do pessimismo parece também ser acentuado em alguns segmentos por dúvidas com relação à política econômica a ser implementada a partir de janeiro de 2023". "No Comércio e na Indústria, a queda da confiança parece mais relacionada à desaceleração em curso, com preocupações com relação ao nível da demanda, sob impacto da política monetária mais restritiva e da limitação imposta pelo nível elevado de endividamento das famílias. Nos Serviços e na Construção, são as expectativas que mais influenciaram na queda dos índices no mês", diz a nota divulgada pela FGV.

Assim como os demais indicadores de confiança da FGV, o ICE é formado por dois componentes principais. O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) caiu 4,1 pontos, para 95,2 pontos. O Índice de Expectativas (IE-E) tombou 8,0 pontos, para 87,9 pontos, puxando a queda do ICE agregado. Em dois meses, o IE-E acumulou queda de 12,0 pontos, atingindo o menor nível desde março de 2021, quando o componente estava em 85,2 pontos.

Além disso, a deterioração na confiança foi generalizada em novembro. Na passagem de outubro para novembro, apenas 16% dos 49 segmentos empresariais pesquisados nas sondagens de confiança da FGV registraram resultado positivo. Em outubro, a difusão do resultado positivo atingiu 20% dos segmentos pesquisados.

A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 3.841 empresas dos quatro setores entre os dias 1º e 27 de novembro.

Suspensa pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, a Operação Sofisma, da Polícia Federal, investigou movimentações financeiras atribuídas a dirigentes e ex-dirigentes da Fundação Getulio Vargas e seus familiares que somam R$ 487 milhões. Deste total, quebras de sigilo identificaram pelo menos R$ 36 milhões enviados ao exterior, o que, segundo a PF, envolve o uso de contas em paraísos fiscais. Os investigados foram alvo de suspeitas de lavagem de dinheiro. Dados da investigação obtidos pelo Estadão citam o caminho do dinheiro público de contratos com a FGV e sua destinação a empresas supostamente de fachada atribuídas a tais executivos.

Os citados na apuração afirmam que a Sofisma está repleta de irregularidades formais e se dizem vítima de perseguição dos órgãos de investigação. Eles alegam que o inquérito foi conduzido por juízo incompetente para analisá-lo. Também ressaltam que a delação do ex-governador Sérgio Cabral (MDB), que abastece a investigação, foi rechaçada pelo STF.

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Segundo as investigações, os valores têm como origem contratos da FGV com entes públicos, para privatizações, obras de infraestrutura e construção de prédios estatais. Parte das investigações toma como base a delação de Cabral, que afirmou à PF que contratava a FGV propositalmente com o fim de dar pareceres a favor da legalidade de contratações que, de acordo com o emedebista, eram fraudadas para atender a seus próprios interesses. Em troca destes pareceres, diretores da entidade recebiam uma parte da propina das empresas contratadas, que, segundo Cabral, também faziam repasses ao seu grupo político.

Os pagamentos aos diretores, de acordo com a PF, foram feitos diretamente pelas empresas contratadas a empresas de consultoria dos diretores da FGV. E, também, pela própria instituição de ensino a estas empresas de consultoria de seus dirigentes. Os investigadores suspeitam que remessas para o exterior e o uso de pessoas jurídicas em nome de parentes eram uma forma de lavagem de dinheiro.

Em um dos casos apurados, a FGV foi contratada como consultora do governo do Rio, na gestão Cabral, para auxiliar no processo de venda do Banco do Estado do Rio. Em outro episódio apurado, a FGV foi contratada para auxiliar um fundo da Caixa Econômica Federal criado para investir na construção de uma nova sede da Companhia de Águas e Esgoto do Rio de Janeiro. Em outra consultoria que foi investigada, a FGV prestou serviços ao governo do Rio no âmbito do contrato da Linha 4 do Metrô.

De acordo com a PF, o caso que envolve valores mais expressivos no exterior diz respeito ao ex-vice-presidente da FGV, Sérgio Franklin Quintella. Ao ex-dirigente, a PF atribui um saldo de R$ 34 milhões nas ilhas de São Vicente e Granadinas, no Caribe. Os investigadores encontraram transações de R$ 756 mil de uma consultoria contratada pela FGV Projetos à época em que a instituição prestou serviços para o governo Sérgio Cabral (MDB) para auxiliar na privatização do Banco do Estado do Rio.

Atual diretor executivo da FGV Projetos, Luiz Carlos Guimarães Duque vinha sendo investigado por receber R$ 5,6 milhões entre 2011 e 2016. A suspeita é que Duque utilizava empresas de fachada para recolher recursos pagos pelo consórcio contratado para construir a nova sede da Companhia de Águas e Esgoto do Rio de Janeiro.

A FGV foi contratada na condição de consultora de um fundo da Caixa Econômica Federal que fez aportes na obra, com o fim de assessorar na seleção da empresa que seria escolhida para o empreendimento. De acordo com a PF, as empresas que receberam a quantia milionária do consórcio não possuem funcionários e estão em nome dos filhos de Duque.

Segundo a decisão judicial que deflagrou a operação, Duque teria "íntima relação" com um dos responsáveis pelo consórcio selecionado pela FGV para a construção do prédio da Cedae. Este empresário, segundo a delação de Carlos Miranda, ex-braço-direito de Cabral, teria feito pagamento de propinas ao ex-governador em função desta obra.

Diretor da FGV Projetos entre 2003 e 2019, Caio Cesar Cunha Campos foi delatado por Cabral como um dos principais interlocutores entre a FGV e a "organização criminosa" de seu governo. Segundo as quebras de sigilo, sua empresa de consultoria, a Pacto, recebeu R$ 23 milhões da instituição - ele teria, conforme a PF, remetido ao menos R$ 233 mil para o exterior.

STJ

Cunha Campos está entre os investigados que fazem questão de cultivar uma relação próxima com a magistratura e as Cortes Superiores. Em uma troca de e-mails cujo assunto é "STJ", datada de junho de 2011, o então chefe da Casa Civil do Rio, Régis Fitchner, enviou mensagem em que pedia expressamente a Campos: "É possível a FGV fazer uma carta ao ministro da Justiça de apoio ao Marco Aurélio Belizze para a vaga do STJ? Se for possível, teríamos que fazer isso hoje".

A resposta só viria mais de 30 dias depois, quando Cunha Campos respondeu que não havia lido o e-mail: "Depois da nossa conversa em particular no seu gabinete, liguei para o ministro Gilmar e para o próprio Elton para que dessem o apoio que o Rio precisava. Na ocasião falei com o Sérgio Quintella para conversar com o senador Dornelles. Espero que essas ações tenham de alguma forma contribuído, ou que pelo menos não atrapalharam".

Segundo apurou o Estadão junto a pessoas que acompanharam essa nomeação, Fitchner era cunhado de Belizze e atuava contra o interesse da então primeira-dama Adriana Ancelmo, esposa de Cabral, que agia para indicar um de seus sócios ao STJ na vaga que acabou ficando com o ministro. Após a Operação Lava Jato, Belizze fez questão de se distanciar de Fitchner em razão de seu envolvimento nos esquemas de corrupção.

Outro investigado que circula com frequência entre magistrados é Sidney Gonzalez. Diretor da FGV Conhecimento, foi responsável por acordos de cooperação entre a instituição e associações de magistrados e com tribunais e constantemente marca presença em congressos com ministros e desembargadores fora do País. Uma de suas empresas investigadas fica em Portugal. A companhia é controlada por uma empresa no Brasil que, segundo a PF, movimentou R$ 3,5 milhões em três anos. De acordo com os investigadores, a empresa está sob suspeita de lavagem de dinheiro. Ao longo de 14 anos, até 2019, Sidnei havia recebido R$ 20 milhões da FGV. Ele também foi investigado por envolvimento com supostos crimes na venda do Banco do Estado do Rio de janeiro.

Suspensão

Na última sexta-feira, a Operação Sofisma foi suspensa pelo ministro Gilmar Mendes, que questionou a competência da Justiça Federal do Rio para deflagrá-la. Em sua decisão, o ministro afirmou que magistrados e procuradores do Rio têm descumprido precedentes do STF ao continuar a conduzir estas investigações e enviou o caso aos conselhos nacionais de Justiça e do Ministério Público. No dia seguinte, o ministro determinou que bens apreendidos pelos investigados, como celulares e notebooks, fossem imediatamente devolvidos. No despacho, chegou a mencionar punições para agentes que descumprem ordens de habeas corpus, que vão de multa até a prisão destas autoridades.

O advogado Ary Bergher, que defende Luiz Carlos Guimarães Duque e dois diretores da FGV, alega que a Operação Sofisma "é um dos capítulos mais nefastos do lavajatismo". "O STF decidiu que todas as provas produzidas são ilícitas". "São provas criminosas , que ensejam medidas imediatas, penais, cíveis e administrativas contra os responsáveis por fatos gravíssimos organizados contra o Estado Democrático de Direito!", disse.

Luiz Duque afirma que nunca esteve com Carlos Miranda e "em nenhum documento que ele tenha lido, seja do Ministério Público do Rio, do Ministério Público Federal, seja da Polícia Federal, consta que ele tenha sido responsável por pagar propina ao núcleo político do governador".

A FGV afirmou que o "STF revogou todas as medidas judiciais que geraram a operação realizada nas dependências da FGV, por considerar dotadas de "graves ilegalidades", perpetradas contra uma "entidade internacionalmente conhecida que há muito contribui para o desenvolvimento da pesquisa no Brasil"".

"Diante disso, todas as ilações baseadas em fatos obtidos dentro do cenário de ilegalidade declarado pelo Supremo Tribunal Federal e que transitam em segredo de justiça, não têm qualquer sustentação, só servindo para agravar, ainda mais, o prejuízo já causado à Fundação Getulio Vargas, em grave afronta ao estado democrático de direito e com violação, inclusive, de projetos que envolvem temas militares de segurança nacional desenvolvidos por esta "relevante instituição de financiamento e estímulo à pesquisa", conforme o próprio STF reconheceu em sua decisão", afirma a instituição de ensino.

Procurados, Sidnei Gonzalez e os ministros Gilmar Mendes e Marco Belizze também não se pronunciaram. Sérgio Quintella e Caio Cesar Campos não foram localizados.

A Polícia Federal (PF) foi às ruas na quinta-feira, 17, em busca de provas sobre um suposto esquema de fraudes em pareceres produzidos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) para justificar contratação de obras na gestão do então governador do Rio Sérgio Cabral. Ao autorizar Operação Sofisma, o juiz Vitor Barbosa Valpuesta, substituto na 3ª Vara Federal Criminal do Rio, disse ver "concreta probabilidade" de as autoridades estarem diante de uma organização criminosa montada para desviar dinheiro público por meio do direcionamento de contratos. "Os indícios de práticas criminosas já detectados persistem", escreveu.

A decisão que deu sinal verde para a PF preparar a operação é de agosto. Além de buscas em 30 endereços comerciais e residenciais, o juiz também autorizou o sequestro de bens de 14 investigados. O limite confiscado varia de R$ 216,6 mil a R$ 100 milhões.

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A investigação do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF-RJ) afirma que os pareceres produzidos pela FGV-Projetos eram encomendados pelo grupo político de Sérgio Cabral para justificar contratações sem licitação, que seriam direcionadas em troca do pagamento de propinas.

O grupo investigado foi dividido pelos procuradores em quatro núcleos: econômico, formado por executivos de empreiteiras; administrativo, composto por gestores públicos como o ex-secretário estadual de Governo Wilson Carlos e o ex-subsecretário de Obras Hudson Braga; financeiro-operacional, apontado como responsável por lavar o dinheiro desviado; político, supostamente liderado por Cabral e outros membros do falecido PMDB no Rio.

Em sua delação, o ex-governador acusou a FGV-Projetos de "explorar" a reputação da Fundação Getúlio Vargas para "vender" projetos que atendessem aos "desejos" dos clientes. Ele disse que usou o serviço nas obras da Linha 4 do Metrô e da Companhia Estadual de Água e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae).

A pedido da FGV, a investigação foi suspensa na sexta-feira, 19, pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que questionou a competência da Justiça Federal do Rio de Janeiro para processar e julgar o caso. Ele também mandou notificar as Corregedorias do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) por "reiterado descumprimento de decisões" do STF sobre a competência da Operação Lava Jato do Rio por parte de procuradores e de juízes.

Na quinta-feira, 17, quando a Polícia Federal colocou nas ruas a Operação Sofisma, a Fundação Getúlio Vargas emitiu nota em que afirma ser alvo de "perseguição". Leia a íntegra das alegações:

"A Fundação Getúlio Vargas foi surpreendida na manhã dessa 5ª feira, 17/11/2022, com o cumprimento de mandados de busca e apreensão em suas dependências do Rio de Janeiro e de São Paulo, por força de decisão do Juiz Substituto da 3ª Vara Federal do Rio de Janeiro, Vitor Barbosa Valpuesta. Tal decisão acolhe pedido do Ministério Público Federal formulado em face de alegadas irregularidades em contratos firmados pela instituição, com base em depoimentos do ex-governador Sérgio Cabral, não obstante a sua delação ter sido anulada pelo Supremo Tribunal Federal.

Desde 2019 a FGV, assim como seus dirigentes, vêm sendo alvo de perseguição e vítimas de imputações quanto a supostos fatos de até 15 anos atrás, que redundaram no ajuizamento de uma Ação Civil Pública que teve sua inicial indeferida e, rigorosamente, versou sobre todos os temas agora utilizados para deferimento da medida de busca e apreensão.

Como se não bastasse, a FGV firmou Termo de Ajustamento com o Ministério Público do Rio de Janeiro, que foi homologado judicialmente e vem sendo regiamente cumprido, motivo, inclusive, de elogiosas manifestações por parte dos órgãos de fiscalização.

Causa, pois, estranheza e profunda indignação a reiteração, na esfera federal, de temas já sepultados perante a justiça estadual que, agora requentados, maculam gravemente a imagem de uma entidade que, há mais de 70 anos, tanto contribui para o desenvolvimento do Brasil, que, atualmente, é a 3ª mais respeitada instituição do mundo, em sua área de atuação.

A FGV reitera sua confiança nos poderes constituídos, em particular no Poder Judiciário brasileiro, e adotará todas as medidas cabíveis para defesa de sua história, que a tornou motivo de orgulho para o setor produtivo brasileiro, de sua imagem e da honradez com a qual, desde 1944, atua ao lado das principais instituições do País."

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quinta-feira (17), 29 mandados de busca e apreensão no Rio e em São Paulo no bojo de uma investigação que mira suposta organização criminosa que "se utilizava de instituição de ensino e pesquisa de renome nacional", no caso, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Batizada Sofisma, a ofensiva apura um esquema de corrupção, fraudes a licitações, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

De acordo com a PF, o nome da Operação faz "alusão à figura grega dos Sofistas". "Filósofos que, através da argumentação, transvestiam de veracidade informações que sabiam ser falsas, com a intenção de manipular a população", afirmou a corporação.

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A etapa ostensiva do inquérito foi aberta pelo juízo da 3ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro, que ainda deferiu ordens de sequestro e cautelares restritivas.

Cerca de cem policiais participam das diligências, cumprindo 26 mandados na capital fluminense e três na capital paulista.

Segundo a Polícia Federal, as investigações tiveram início em 2019, após informações de que a FGV "era utilizada por órgãos federais e por vários outros órgãos estaduais para fabricar pareceres". Os investigadores apontam que tais documentos "mascaravam o desvio de finalidade de diversos contratos que resultaram em pagamento de propinas" - "funcionando como um verdadeiro 'biombo legal'".

"Apurou-se que a entidade superfaturava contratos realizados por dispensa de licitação e era utilizada para fraudar processos licitatórios, encobrindo a contratação direta ilícita de empresas indicadas por agentes públicos, de empresas de fachada criadas por seus executivos e fornecendo, mediante pagamento de propina, vantagem a empresas que concorriam em licitações coordenadas por ela", afirmou a PF em nota.

A corporação informou ainda que, para 'lavar' o dinheiro, executivos sob suspeita não só usavam empresas de fachada nacionais como titularizavam offshores em paraísos fiscais como Suíça, Ilhas Virgens e Bahamas, o que indica possíveis evasão de divisas e ilícitos fiscais.

COM A PALAVRA, A FGV

A reportagem entrou em contato com a instituição. O espaço está aberto para manifestações.

Os aluguéis residenciais subiram 0,10% em outubro, depois de terem recuado 0,02% em setembro. Os dados são do Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Em 12 meses, o índice acumulou uma alta de 11,56%.

O IVAR foi criado para medir a evolução mensal dos valores de aluguéis residenciais do mercado de imóveis no Brasil, com informações obtidas diretamente de contratos assinados entre locadores e locatários sob intermediação de empresas administradoras de imóveis. Até então, a FGV coletava informações de anúncios de imóveis residenciais para locação, e não os valores efetivamente negociados.

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Quanto aos resultados das quatro capitais que integram o índice da FGV, o aluguel residencial em São Paulo passou de uma queda de 0,18% em setembro para um recuo de 0,69% em outubro. No Rio de Janeiro, o índice saiu de alta de 0,77% para aumento de 0,04% no período; em Belo Horizonte, de elevação de 0,26% para alta de 0,86%; e em Porto Alegre, de recuo de 0,37% para aumento de 1,10%.

No acumulado em 12 meses, os aluguéis avançaram 10,68% em São Paulo; 10,33% em Porto Alegre; 15,66% em Belo Horizonte; e 12,07% no Rio de Janeiro.

Diretor da Escola de Comunicação, Mídia e Informação da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o professor Marco Aurélio Ruediger vê a centro-esquerda e a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhando espaço e engajamento nas redes sociais neste segundo turno das eleições presidenciais, sob a narrativa bolsonarista até então hegemônica nas plataformas digitais. De acordo com ele, o "campo progressista" está usando o método da direita para ganhar terreno no campo dominado pelos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, candidato do PL à reeleição. Um dos responsáveis pela mudança, aponta, é o deputado federal eleito André Janones (Avante-MG), que assumiu a estratégia de redes sociais do petista.

A seguir, trechos da entrevista.

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Quais são as diferenças de estratégias das campanhas presidenciais nas redes sociais neste segundo turno?

Houve um certo equilíbrio nesse segundo turno em termos de desinformação e de ataques bastante impactantes dentro de uma visão de costumes e de uma dinâmica de guerra cultural. O primeiro turno também foi fraco em termos propositivos. Se houve algum traço de discussão de programas no primeiro turno, no segundo não tem nenhum. A questão do Orçamento e da saúde têm voltado, mas não voltam para se discutir a transparência do Orçamento, do orçamento secreto, da pandemia. Não volta de uma forma substantiva. Temos um debate totalmente personalizado. Um debate de torcida. Não é focado em discutir o País em termos estratégicos. É como se o submundo da internet tivesse contaminado todo o debate público.

Os candidatos e as campanhas estão conseguindo furar suas "bolhas"?

O centro, que já era um espaço muito pequeno entre as duas polaridades, se cindiu. Uma parte migrou para o presidente Jair Bolsonaro e a outra parte fez uma negociação no segundo turno com o ex-presidente Lula. Podemos avaliar que o ganho líquido de Lula foi maior do que o presidente Bolsonaro conseguiu. Todos os apoios que Bolsonaro anunciou de governadores já estavam dados no primeiro turno. Não teve um fato inédito. O que pesou foi o apoio enfático de Simone Tebet a Lula.

E nas redes sociais?

Foi importante a ampliação do campo de influenciadores, artistas e do mundo da cultura. Isso faz diferença. Não houve uma migração por conta do PT. Foi por Lula. A Anitta está ali não pelo PT e sim por Lula. É a caracterização de frente. Quando olhamos os dados, vemos uma aproximação da bolha da esquerda e centro-esquerda se amalgamando com o centro. Por outro lado, vemos uma dificuldade razoável da direita em fazer a mesma coisa, mesmo com um engajamento que é muito maior. Agora, a oposição está aprendendo a usar melhor as redes. Talvez o Janones esteja fazendo diferença na campanha.

Como o senhor vê o papel do deputado eleito André Janones na campanha do PT? Ele usa as mesmas ferramentas do bolsonarismo?

O Janones usa um modus operandi da direita, mas tematicamente não vai tão longe na distorção dos fatos. Ele consegue ser um pouco mais crível, no geral, mas usando de forma espetaculosa a apresentação e disseminação da informação. A narrativa que ele usa tem um potencial de engajamento muito superior ao que a esquerda vinha fazendo até agora. Ele agregou valor à esquerda nas redes sociais no sentido de furar a bolha e consegue dialogar com outros setores.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, diz que o segundo turno das eleições deste ano criou uma "segunda geração" de notícias falsas. Como o senhor avalia a atuação da Justiça eleitoral no combate à desinformação?

Esse tipo de desinformação não é novo. Já existia em 2018. O que aconteceu agora é outro nível, além do que o ministro falou, que são as deep fake news. O TSE tem deficiências de estrutura. Precisam de uma equipe de acompanhamento permanente de redes sociais e preparo para isso.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Num ambiente de inadimplência recorde no País, os brasileiros estão recorrendo a diferentes estratégias para tentar limpar o nome. No radar dos devedores, as fintechs de crédito começaram a ganhar popularidade. Elas oferecem empréstimos online, embora nem sempre com uma taxa de juros vantajosa. Também há quem use algum tipo de poupança ou venda bens para quitar despesas do dia a dia, numa tentativa de evitar que o orçamento entre no vermelho.

O estoque de crédito das fintechs ainda é bastante pequeno se comparado ao dos grandes bancos. Mas a alta da taxa básica de juros e o consequente aumento do custo de capital têm deixado o mercado mais restritivo, sobretudo para quem está com o nome sujo.

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"A conjuntura atual implica restrição ainda maior para esse público (inadimplente), o que faz com que essas pessoas venham atrás de players que estejam atendendo mais esse perfil de cliente", afirma Antonio Brito, CEO e cofundador da SuperSim. A empresa tem uma média de 100 mil operações por mês, e o volume solicitado chega a cerca de R$ 1 milhão.

Especialistas alertam que é preciso ser cauteloso ao contrair esse tipo de empréstimo. "Uma fintech talvez seja menos exigente para conceder o crédito, mas os juros podem ser muito altos", avalia Ricardo Rocha, professor de finanças do Insper. "Por outro lado, há plataformas que têm taxas competitivas e até mais acessíveis, principalmente em empréstimos com garantia. Muitas refinanciam automóveis ou imóveis."

Em setembro, 30% das famílias estavam com dívidas em atraso, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC). Foi o maior patamar apurado desde 2010, início da pesquisa. A situação é ainda pior para as famílias de mais baixa renda. Mais vulneráveis à inflação e à fragilidade do mercado de trabalho, elas têm pouca margem de manobra para administrar as contas.

Todos os meses, o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas, mensura o indicador de estresse financeiro das famílias, composto pelo endividamento da população e pela fatia de entrevistados que se desfaz de poupança ou vende bens apenas para pagar despesas básicas.

No mês passado, o indicador de estresse ficou em 25% - 13,7% utilizaram recursos guardados e 11,3% estavam se endividando. Para as famílias com renda mensal de até R$ 2,1 mil, o indicador foi de 30,6%. Entre as com ganho mensal de até de R$ 9,6 mil, marcou 18,4%.

"As famílias de mais baixa renda se mostram mais endividadas e com um comportamento de cautela muito forte, enquanto que há um comportamento com maior intenção de compra na faixa de renda mais alta", diz Viviane Seda, coordenadora de sondagens do Ibre.

Fintechs

Apesar do estoque ainda tímido em comparação ao dos bancos tradicionais, os empréstimos oferecidos por plataformas digitais vêm crescendo num ritmo forte. Um levantamento da Serasa Experian mostra que o volume de crédito concedido por fintechs e bancos digitais avança em média 62,8% ao ano - oito vezes a média do mercado, que registra alta anual de 8,1%.

O levantamento foi feito com base no intervalo de 2016 a 2021. No período, o volume oferecido por startups do setor passou de R$ 4,8 bilhões para R$ 55 bilhões. Já a oferta de todo o Sistema Financeiro Nacional (SFN) foi de R$ 3,174 trilhões para R$ 4,685 trilhões.

O estudo indica ainda que 2022 deve seguir a tendência de alta: houve um aumento de 412% nas pesquisas de CPFs e CNPJs para concessões de crédito por todas as empresas financeiras. Do total dessas pesquisas, 10,6% eram de startups.

Uma parte expressiva dessa demanda por crédito tem sido para o pagamento de dívidas. Um mapeamento da FinanZero, plataforma online que faz intermediação de empréstimo com 60 instituições financeiras e compara as taxas de juros, apontou que 33,3% dos pedidos em agosto tinham como objetivo quitar dívidas. Na sequência, citado por 16,3%, ficou negócio próprio. Em média, o valor solicitado foi de R$ 6,6 mil.

A Creditas, que oferece empréstimos com garantia, também registrou esse movimento: em setembro, 29% da procura por crédito com garantia de veículo foi para pagar dívidas. A demanda pela modalidade cresceu 43% nos últimos 12 meses.

"As pessoas querem sair da dívida e estão buscando crédito pessoal. Porém, para uma pessoa endividada, com um comprometimento da renda acima de 30%, é muito difícil conseguir esse crédito", afirma Renata Eufrosino, gerente da FinanZero. "Mas aí entra um ponto: a fintech tem um apetite de risco maior e olha para esse público."

Por três anos, o funcionário público Theogenes Ramos, morador de Piaçabuçu, interior de Alagoas, engrossou a lista de inadimplentes no País. Enquanto construía a sua casa, viu a sua dívida no cartão de crédito crescer e chegar a R$ 6 mil. "Eu comecei a construir e a comprar material, mas a minha esposa ficou desempregada", conta.

Com o nome sujo e sem limite disponível, passou a utilizar cartões de crédito de amigos e parentes para conseguir terminar a obra. "Eu ficava sem pagar o meu cartão, mas tinha o compromisso de pagar o deles."

Ramos começou a se livrar da dívida há cinco meses, depois de pesquisar na internet como uma pessoa negativada consegue empréstimo. Encontrou uma fintech que aprovou dois empréstimos: um de R$ 500 e outro de R$ 750. Juntou uma reserva e quitou o que devia no cartão. "Não estou mais inadimplente e, agora, consigo pagar o que devo."

Educação financeira

Além do cenário econômico desfavorável, com inflação e juros altos, outro fato que tem levado à inadimplência é a falta de educação financeira, agravada por um "excesso de confiança". É o que indica uma pesquisa da Creditas em parceria com a Opinion Box. Segundo o estudo, 70% das pessoas acreditam que conseguem avaliar as melhores opções ao se depararem com diferentes linhas de crédito. Porém, mais da metade (52%) já se endividou pelo mau uso do cartão de crédito ou do cheque especial.

"O brasileiro está habituado a utilizar crédito curto, o cheque especial, e caro, que é o cartão de crédito. Não é porque a pessoa conhece as opções tradicionais disponíveis no mercado que ela sabe qual é mais adequada para ela", diz Maria Teresa Fornea, vice-presidente da unidade de empréstimo com garantia de imóvel da Creditas. "Qualquer pessoa que tem um carro ou um imóvel, por exemplo, consegue um crédito melhor, pois tem prazos mais longos e taxas menores."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os aluguéis residenciais caíram 0,02% em setembro, depois de terem aumentado 1,76% em agosto. Os dados são do Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Em 12 meses, o índice acumula uma alta de 11,37%.

O IVAR foi criado para medir a evolução mensal dos valores de aluguéis residenciais do mercado de imóveis no Brasil, com informações obtidas diretamente de contratos assinados entre locadores e locatários sob intermediação de empresas administradoras de imóveis. Até então, a FGV coletava informações de anúncios de imóveis residenciais para locação, e não os valores efetivamente negociados.

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Quanto aos resultados das quatro capitais que integram o índice da FGV, o aluguel residencial em São Paulo passou de uma elevação de 1,04% em agosto para uma queda de 0,18% em setembro. No Rio de Janeiro, o índice saiu de aumento de 1,15% para alta de 0,77% no período; em Belo Horizonte, de elevação de 3,10% para aumento de 0,26%; e em Porto Alegre, de avanço de 2,63% para recuo de 0,37%.

No acumulado em 12 meses, os aluguéis avançaram 11,32% em São Paulo; 8,50% em Porto Alegre; 15,09% em Belo Horizonte; e 12,57% no Rio de Janeiro.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 0,8 ponto em setembro, após alta de 0,8 ponto em agosto, informou nesta quarta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice atingiu 99,5 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI), por sua vez, recuou 1,4 ponto porcentual, a 80,8%.

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A queda do ICI em setembro foi puxada pela avaliação da conjuntura atual, enquanto as perspectivas para o setor se mantiveram estáveis. O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 1,9 ponto, para 100,9 pontos, e o Índice de Expectativas (IE) cresceu 0,1 ponto, para 98,0 pontos. No mês, houve queda da confiança em 11 dos 19 segmentos industriais monitorados pelo levantamento.

Nas aberturas do ISA, o indicador que mede o nível dos estoques variou 0,3 ponto em setembro, mantendo resultado favorável abaixo de 100 pontos. Os indicadores que medem a percepção dos empresários em relação à situação atual dos negócios e o grau de satisfação das empresas com o nível de demanda caíram, respectivamente, 4,1 pontos e 1,7 ponto, para 97,6 pontos - o menor nível desde março de 2022 (91,9 pontos) - e 101,5 pontos.

Entre os componentes do IE, a tendência dos negócios para os seis meses seguintes subiu 1,7 ponto em setembro, para 98,5 pontos - próximo dos patamares observados no último trimestre de 2021. O otimismo com a evolução da produção física nos três meses seguintes recuou 1,0 ponto, para 91,1 pontos - o pior desempenho desde março de 2022 (90,3 pontos).

"Em setembro, a confiança da indústria recuou influenciada por uma percepção dos empresários de queda na demanda por produtos industriais de todas as categorias de uso, exceto nos produtos de consumo de bens não duráveis. Tal resultado afeta negativamente a avaliação sobre a situação atual dos negócios, apesar de uma descompressão nos custos com a redução dos preços do petróleo e da energia", afirma o economista do Ibre/FGV Stéfano Pacini, em nota.

O economista do Ibre/FGV pondera que as expectativas melhoram um pouco nos próximos seis meses, mas indica cautela considerando um cenário de contenção de investimentos por uma política monetária mais restritiva.

Os aluguéis residenciais subiram 1,76% em agosto, depois de terem aumentado 1,05% em julho. Os dados são do Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Em 12 meses, o índice acumulou uma alta de 10,41%.

O IVAR foi criado para medir a evolução mensal dos valores de aluguéis residenciais do mercado de imóveis no Brasil, com informações obtidas diretamente de contratos assinados entre locadores e locatários sob intermediação de empresas administradoras de imóveis. Até então, a FGV coletava informações de anúncios de imóveis residenciais para locação, e não os valores efetivamente negociados.

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Quanto aos resultados das quatro capitais que integram o índice da FGV, o aluguel residencial em São Paulo passou de uma elevação de 0,82% em julho para uma alta de 1,04% em agosto. No Rio de Janeiro, o índice saiu de aumento de 0,39% para uma expansão de 1,15% no período; em Belo Horizonte, de alta 2,49% para elevação de 3,10%; e em Porto Alegre, de aumento de 1,07% para avanço de 2,63%.

No acumulado em 12 meses, os aluguéis avançaram 10,53% em São Paulo; 8,32% em Porto Alegre; 12,61% em Belo Horizonte; e 11,34% no Rio de Janeiro.

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