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A primeira fase do Exame de Ordem XXIV foi realizada neste domingo (20) em todo o Brasil. Na ocasião, os participantes responderam a 80 questões de múltipla escolha sobre áreas do direito como Ética, Penal, Civil, Administrativo, entre outras em um período de cinco horas.

Poucos minutos para o encerramento oficial do certame, alguns candidatos usaram as redes socias para comentar sobre a avaliação. No Twitter, os oabeiros e oabeiras ressaltaram que o nível do exame estava alto, com destaque para a disciplina de ética. Confira os comentários sobre a OAB XXXIV:

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Participantes do XXXIV Exame de Ordem Unificado, que será realizado neste domingo (20), já podem consultar os locais de provas a partir deste segunda-feira (14). O acesso é realizado através do site da organizadora do certame, a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

No dia da avaliação objetiva, os portões serão abertos às 11h30 e o fechamento será, pontualmente, às 12h30 (horário de Brasília). Os participantes terão três horas para a resolução de questões de diversas áreas do direito.

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Devido à pandemia da Covid-19, a responsável pelo Exame de Ordem adotou protocolo de segurança sanitária que deve ser seguido pelos examinandos e examinandas, entre eles, o uso obrigatório de máscara e aferição de temperatura.

Os aluguéis residenciais ficaram 1,86% mais caros em janeiro, depois de já terem subido 0,66% em dezembro de 2021. Os dados são do Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (Ivar), divulgado nesta quinta-feira (10) pela Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Nos 12 meses encerrados em janeiro, a taxa ficou positiva em 1,23%. Em 2021, o Ivar fechou com queda de 0,61%, após subir 4,08% em 2020.

O Ivar foi lançado no mês passado. O índice foi criado para medir a evolução mensal dos valores de aluguéis residenciais do mercado de imóveis no Brasil, com informações obtidas diretamente de contratos assinados entre locadores e locatários sob intermediação de empresas administradoras de imóveis. Até então, a FGV coletava informações de anúncios de imóveis residenciais para locação, e não os valores efetivamente negociados.

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Em janeiro, houve alta nas quatro capitais pesquisadas pelo novo índice da FGV, com aceleração ante dezembro de 2021. O aluguel residencial em São Paulo passou de aumento de 0,48% em dezembro para um salto de 2,45% em janeiro. No Rio, o índice saiu de alta de 1,03% em dezembro para alta de 1,30% em janeiro; em Belo Horizonte, passou de 1,17% para 2,08%; e em Porto Alegre, de 0,43% para 1,06%.

No acumulado em 12 meses até janeiro, os aluguéis avançaram 0,40% em São Paulo. No Rio, subiram 1,85%. Em Porto Alegre, subiram 0,84%. Em Belo Horizonte, subiram 3,69%.

As compras de Natal este ano devem ser melhores que em 2020 (de 40,7 para 60,1 pontos), porém ainda com desempenho pior que nos anos anteriores, segundo indica estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE).

A pesquisa analisa a intenção de compra dos consumidores, quanto pretendem gastar com os presentes da ocasião e como devem comprar.

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O dado que chamou a atenção em 2021 foi a desigualdade entre as famílias de menor e maior poder aquisitivo – a diferença de intenção de compras das que ganham até R$ 4.800,00 e as que ganham acima desse valor atingiu 44,4 pontos, o maior resultado da série histórica.

“O indicador que mede a intenção de gastos com compras de Natal mostra que será um período melhor para o comércio do que no ano passado, ainda que as famílias continuem cautelosas em relação ao consumo. Entretanto, isso ainda não é um resultado favorável comparando com anos anteriores. As famílias de mais baixa renda, maior parcela da população, são as mais afetadas. Para elas, o Natal será mais magro. Muitos não irão comprar presentes, e mesmo para aqueles que irão comprar, dizem que gastarão menos”, analisa Viviane Seda, coordenadora das Sondagens do FGV IBRE.

De acordo com os dados, o indicador foi puxado pelo crescimento da proporção de consumidores que pretendem aumentar o gasto com presentes: saltou de 5,5% em 2020 para 15,4%, este ano.

O preço médio dos presentes passou de R$ 104,00 para R$ 106,00, mantendo-se relativamente estável. A maior variação foi entre os consumidores com renda de R$ 2.100 a R$ 4.800, cujo preço médio subiu de R$ 70 (2020) para R$ 85. Já para os consumidores de renda mais baixa, têm o menor valor médio de presentes, cedendo para R$ 59 em 2021. No geral, a prioridade é comprar em loja física.

Viviane esclarece que não é a volta aos hábitos anteriores e sim reflexo da reabertura da atividade econômica. “As vendas online continuam mantendo o padrão adquirido na pandemia. O que ocorre é que com o relaxamento das medidas restritivas, consumidores voltaram a ir às lojas”.

Com informações da assessoria

O Índice Nacional de Custo da Construção – Mercado (INCC-M) subiu 0,30% em dezembro, desacelerando em relação a novembro, quando o indicador aumentou 0,71%. Os dados foram divulgados hoje (23) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Com isso, o acumulado do ano e de 12 meses ficou em 14,03%, bem acima do verificado em 2020, quando o indicador fechou o ano com alta de 8,66%.

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No mês, a taxa dos materiais, equipamentos e serviços ficou em 0,49%, depois de subir 1,11% em novembro. A elevação da parte de materiais e equipamentos foi de 0,48% em dezembro, com decréscimo em três dos quatro subgrupos componentes. O destaque foram os materiais para estrutura, cuja taxa passou de 0,73% para -0,45%.

A variação dos serviços passou de 0,49% em novembro para 0,57%, com destaque para o aumento da refeição pronta no local de trabalho, que passou de 0,49% para 1,97% em dezembro. No mês, a mão de obra variou 0,10%, depois de subir 0,28% em novembro.

Entre as capitais pesquisadas, seis tiveram redução na variação de suas taxas, na passagem de novembro para dezembro: Salvador (de 0,44% para 0,11%), Brasília (2,27% para 1,01%), Belo Horizonte (0,30% para -0,13%), Recife (0,71% para 0,29%), Rio de Janeiro (0,58% para 0,31%) e São Paulo (0,66% para 0,25%).

Apenas Porto Alegre apresentou acréscimo em sua taxa de variação, onde o INCC-M passou de 0,27% em novembro para 0,43% em dezembro.

A confiança do consumidor subiu 0,6 ponto em dezembro ante novembro, na série com ajuste sazonal, informou nesta quarta-feira (22) a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) cresceu a 75,5 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice aumentou 0,1 ponto.

"A confiança do consumidor apresenta um resultado positivo, mas fecha 2021 em queda de 2,6 pontos. Foi um ano difícil para os consumidores, principalmente para os de menor poder aquisitivo. O descolamento entre a confiança dos consumidores de baixa renda dos de alta renda atingiu o maior nível da série dos últimos 17 anos, principalmente em função da dificuldade financeira dos consumidores de menor nível de renda diante do quadro de desemprego, inflação elevada e aumento do endividamento. 2022 será um ano desafiador tanto para a melhora da confiança geral quanto para a diminuição da desigualdade na percepção dos desafios econômicos por famílias com diferentes níveis de renda", avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

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Em dezembro, o Índice de Situação Atual (ISA) caiu 1,3 ponto, para 65,6 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) cresceu 2,0 pontos, para 83,4 pontos.

A piora da avaliação dos consumidores sobre a situação atual foi puxada por uma deterioração da situação financeira das famílias. O item que mede a satisfação sobre as finanças pessoais caiu 2,9 pontos, para 59,2 pontos. O componente que mede a percepção dos consumidores sobre a situação econômica atual se manteve relativamente estável ao variar 0,3 ponto, para 72,8 pontos. Ambos se mantêm em patamar muito baixo em termos históricos, aponta a FGV.

Com relação às expectativas para os próximos meses, o item que mede as perspectivas sobre a situação financeira familiar avançou 5,5 pontos, para 85,5 pontos. O componente que mostra as expectativas sobre a situação econômica subiu 3,8 ponto, para 104,1 pontos. Por outro lado, o ímpeto de compras para os próximos meses continuou caindo pelo quarto mês consecutivo, com queda de 3,6 pontos para 62,8 pontos.

No mês de dezembro, houve acomodação da confiança para os consumidores de menor renda familiar (que recebem até R$ 4.800 mensais), mas melhora para as famílias nas duas faixas superiores de renda, acima de R$ 4.800 mensais. Entre as famílias mais ricas, com renda acima de R$ 9.600,00, o ICC avançou 2,3 pontos, passando de 85,3 em novembro para 87,6 em dezembro. Na faixa de renda mais baixa, que recebe até R$ 2.100,00 mensais, o ICC ficou em 63,7 pontos, alta de 0,6 ponto ante novembro.

A Sondagem do Consumidor coletou informações de 1.463 domicílios, com entrevistas entre os dias 1º e 20 de dezembro.

Opositores sobre a diretriz da política econômica, Nelson Barbosa, ministro da Fazenda no segundo governo Dilma Rousseff (PT), e Samuel Pessôa, sócio da gestora de recursos Julius Baer Family Office, concordam que o governo federal e o Congresso precisam chegar logo a um acordo que dê previsibilidade para o tamanho do desequilíbrio nas contas do governo em 2022 e nos anos seguintes. O melhor seria definir rapidamente o tamanho do rombo nas contas, disseram os especialistas, em debate do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) em parceria com o Estadão.

"Melhor seria definir nesta semana qual o gasto adicional de 2022 e colocar isso numa PEC (proposta de emenda constitucional) ou num crédito extraordinário, se os órgãos de controle permitirem", afirmou Barbosa, durante o seminário online "Caminhos para um Crescimento Sustentável".

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AJUSTE RUIM

O debate foi marcado por críticas à forma como o governo federal está ajustando as contas públicas para fazer caber no Orçamento de 2021 e 2022 o Auxílio Brasil, sucessor do Bolsa Família, com um valor de benefício médio mais elevado do que o que é pago atualmente. Barbosa lembrou que o fato de o governo propor o valor mais elevado no Auxílio Brasil com duração apenas até o fim de 2022 também criou problemas para o equilíbrio das contas públicas de 2023 em diante. Por isso, ele defende alguma nova medida fiscal, a ser aprovada em 2022, antes das eleições, para dar alguma sinalização para 2023. A ideia seria, antes das eleições, formar um "grupo de trabalho no Congresso" para definir uma nova regra fiscal, "com alguma flexibilidade", para valer para 2023.

Pessôa concordou. Para o pesquisador seria importante que o Congresso, "com transparência", decidisse o que vai de fato ser feito de gasto público acima do teto. "Nesse quadro, gastar mais com emendas de relator e com o fundo eleitoral é um escândalo", afirmou Pessôa, referindo-se a outros gastos que deverão ser elevados no contexto da aprovação da proposta de emenda constitucional (PEC) dos precatórios, forma escolhida pelo governo federal para resolver a piora na crise fiscal, que está em discussão no Congresso.

SAÍDA POLÍTICA

Também participante do seminário online, o coordenador do Observatório Fiscal do Ibre/FGV, Manoel Pires, chamou a atenção para uma "crise de confiança" causada pela proposta de flexibilizar o teto de gastos. O economista, que integrou a equipe do Ministério da Fazenda no governo Dilma Rousseff, dá razão ao ministro da Economia, Paulo Guedes, quando diz que os dados fiscais estão, de fato, melhorando. Também crê que, no fim das contas, o mais provável é que a "política" encontre um "meio termo" entre a reação do mercado financeiro à incerteza fiscal e a necessidade de ampliar gastos públicos.

O problema é que a forma como a discussão foi encaminhada pelo Executivo importa. "O governo está há anos dizendo que vai cumprir o teto e agora não vai", afirmou Pires, lembrando que a proposta para flexibilizar a regra levou uma "grande dúvida" aos agentes econômicos, especialmente no mercado financeiro, que passaram a não ter ideia sobre o tamanho do rombo nas contas públicas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) apresentou queda de 1,2 ponto em outubro, a 105,2 pontos, informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre). Em setembro, o indicador, com ajuste sazonal, havia recuado 0,6 ponto.

A terceira queda consecutiva reflete um recuo tanto no Índice de Situação Atual (ISA) quanto no Índice de Expectativas (IE). O ISA cedeu 0,9 ponto, para 108,3 pontos, menor valor desde setembro de 2020 (107,3). A abertura de demanda total registrou a quarta perda consecutiva, de 1,0 ponto, para 106,6, e o nível de estoques despencou 4,8 pontos, para 111,2. A situação atual dos negócios, por outro lado, avançou 3,1 pontos, para 106,2, e recuperou um terço das perdas sofridas nos últimos três meses.

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Já o IE cedeu 1,7 ponto, para 101,9, menor patamar desde maio deste ano (99,0), puxado pela queda de 3,4 pontos em tendência dos negócios para os próximos seis meses, a 99,3 pontos, no menor nível desde setembro de 2020 (96,5). A produção prevista para os próximos três meses também caiu (-1,3 ponto), para 98,4 pontos. O indicador de emprego previsto, por sua vez, ficou estável em 108,1 pontos.

"Embora a confiança da indústria ainda esteja em nível elevado e acima dos níveis pré-pandemia, o otimismo quanto à situação futura do segmento industrial para os próximos meses retornou para o nível próximo do considerado neutro, indicando a expectativa de manutenção do cenário atual", analisa em nota a economista do FGV/Ibre Claudia Perdigão. "Essa avaliação ocorre em meio a pressões de custos, desemprego elevado e instabilidades econômicas e institucionais persistentes, tornando a conjuntura futura mais incerta e menos favorável a planos de expansão da produção."

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) avançou 1,1 ponto porcentual, para 81,3%, maior valor desde novembro de 2014. O levantamento contou com informações de 1.078 empresas entre os dias 1º e 22 deste mês. A próxima divulgação da Sondagem da Indústria ocorrerá em 26 de novembro.

A prova de direito tributário do XXXIII Exame da Ordem Unificado (EOU), promovida pela OAB Nacional nesta domingo (17), de acordo com a professora Mariana Martins, tem questão passível de anulação. Segundo a análise da docente, ao trazer na questão datas erradas, no quesito sobre decadência e prescrição, não há alternativa correta.

Apesar disso, Mariana Martins observa que as demais proposições da disciplina abordaram temas típicos da primeira fase da OAB. “Princípios, empréstimos compulsórios, impostos em espécie e responsabilidade tributária'', ressaltou.

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“Apesar de assuntos recorrentes, a FGV [Fundação Getúlio Vargas] cobrou temáticas específicas que não foram abordadas em outros exames, como a exceção do princípio da anterioridade anual e o imposto de importação. O empréstimo compulsório é um tema que a FGV sempre exige, tanto na 1ª como na 2ª Fase do Exame de Ordem”, expõe.

Neste domingo (17), foram aplicadas as provas da primeira fase da XXXIII edição do Exame de Ordem Unificado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A professora de direito civil e Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Luciana Garrett analisa e comenta as questões das disciplinas. Confira:

ECA

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“A primeira questão trata de uma rapaz que recebeu e armazenou vídeos com teor de pornagrafia infantil. Neste caso, temos sim a prática de um ilícito que está previsto no ECA, é crime praticado por esse adulto”, explica. A docente observa que a segunda proposição da prova exigiu maior cuidado do candidato. “No caso da questão, a autorização foi negada pelo juiz, logo, para tentar reverter a situação, que cairia para processo, que exigiria uma apelação para modificar”, explica.

Direito civil

Garrett comentou que esperava que alguns conteúdos fossem abordados pela banca examinadora como, por exemplo, "laje". De acordo com a professora, a avaliação de direito civil foi “tranquila”. “Tivemos duas questões sobre responsabilidade civil e outra sobre sucessão. Esta última se o candidato estudou bem o conteúdo se saiu bem", diz. 

A professora salienta que a prova também trouxe os temas arras ou sinal de negócio, previsto entre os artigos 417 a 420 do Código Civil, bens, que de acordo com Luciana, foi abordado de forma diferente. "Geralmente, a banca gosta de cobrar bens junto com outro tema mais aprofundado". Pertenças também esteve presente na avaliação. 

A OAB Nacional divulgou, neste domingo (17), o gabarito preliminar da primeira fase do XXXIII Exame de Ordem Unificado (EOU). As provas foram finalizadas às 18h e contaram com 80 questões, de caráter eliminatório, divididas entre 17 disciplinas. Confira o gabarito.

De acordo com o edital Exame da Ordem, o resultado preliminar da primeira fase está previsto para 1º de novembro, assim como, o prazo de recurso referente às provas objetivas será entre os dias 2 e 4 do mesmo mês. Já o resultado definitivo ocorrerá em 16 de novembro. A segunda fase será no dia 12 de dezembro. 

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A primeira fase do XXXIII Exame da Ordem Unificado (EOU), promovido pela OAB Nacional na tarde deste domingo (17), trouxe uma prova de processo do trabalho que exigiu atenção dos candidatos. Para o professor da disciplina, Luan Matheus, havia o risco de confusão no momento de assinalar a alternativa correta.

“A prova apresentou nível médio e o candidato precisou lembrar de algumas questões especiais como, por exemplo, o art. 899 da CLT que já apareceu em outros Exames, principalmente os parágrafos nove e 10”, analisa. 

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Além disso, o docente ressaltou ao LeiaJá que as questões apresentaram temáticas conhecidas. “Alguns assuntos abordados na prova de processo de trabalho já são bem conhecidos e queridinhos pela banca como por exemplo a questão das duas irmãs costureiras, que fala sobre a ação de homologação do acordo extrajudicial do art. 855-B da CLT”, aponta.

A disciplina conta com cinco questões na prova do Exame da Ordem Unificado.

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A pandemia ampliou a desigualdade mais no Brasil do que nos demais países do mundo. Esse é o resultado de uma pesquisa feita pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV Social), com dados internacionais do Gallup World Poll, que mostra a percepção da população em relação às políticas públicas de saúde, educação e meio ambiente. O desempenho brasileiro nas três esferas foi pior do que o de outros 40 países.

Os dados, colhidos antes e depois da pandemia, destacam ainda que a deterioração social brasileira foi mais forte entre a população de renda mais baixa. "A pandemia é um choque global que afeta o dia a dia do mundo inteiro. Mas, no Brasil, a administração e o gerenciamento das áreas de saúde, educação e meio ambiente foram piores. Por isso, tivemos um resultado abaixo da média", diz Marcelo Neri, diretor do FGV Social.

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Na educação, a satisfação dos 40% mais pobres caiu 22% no Brasil e 2,38% no mundo. Neri explica que esse porcentual reflete a piora de dados educacionais na prática. O tempo médio de estudo diário na população de 6 a 15 anos caiu para 2 horas e 18 minutos, enquanto o mínimo legal é de 4 horas.

Entre os mais pobres, esse tempo ficou abaixo de 2 horas, e nas classes A e B ficou acima de 3 horas, o que aumenta o abismo social. A família de Adriana Telles de Menezes, de Juiz de Fora (MG), viveu esse drama (mais informações abaixo). Neri ressalta ainda que as escolas ficaram fechadas mais no Brasil do que no restante do mundo. Isso sem contar que muitas crianças deixaram de estudar porque não tinham celular ou computador disponível e porque as apostilas não chegavam até elas.

Na saúde, houve queda de 10,5% entre os brasileiros mais pobres e alta de 2,28% na média dos demais países. A situação se inverte entre os 40% mais ricos. No Brasil, a satisfação dessa faixa da população subiu 0,5%; nos demais países caiu 0,08%. Em relação às políticas ambientais, houve piora em todas as faixas de renda, enquanto a percepção melhorou no resto do mundo.

"A pandemia deixou marcas sociais e econômicas muito fortes. Houve uma inversão de tendências. A desigualdade vinha diminuindo e a educação, apesar de ruim, também melhorava. Agora tudo mudou", afirma Neri. Segundo ele, as matrículas escolares recuaram ao menor patamar desde 2007, e isso terá consequências no futuro, no aprendizado e na produtividade do trabalhador, que já estava estagnada há algum tempo.

Na prática, esses fatores têm um peso muito forte na competitividade do Brasil, sobretudo a questão da educação. O presidente da Trevisan Escola de Negócios, VanDick Silveira, destaca que o resultado de hoje terá efeito daqui a 20 anos na força de trabalho. A educação, diz ele, é muito ruim e deve piorar. "O PIB per capita é o mesmo de dez anos atrás. Em dólar, caiu 45% em 20 anos. A população ficou mais pobre em termos globais."

Na avaliação de José Pastore, professor da Universidade de São Paulo, 500 dias sem aula deixam uma "cicatriz" nas crianças. "Não se trata de dar mais aulas, mas de ter uma estratégia de recuperação, o que não existe por enquanto", diz. Segundo ele, sem essa política, o País corre o risco de perder toda uma geração. "É como diz Paul Krugman (Nobel de Economia), 'para o desenvolvimento econômico, a produtividade não é tudo, mas quase tudo'. Na competitividade, educação não é tudo, mas quase tudo", afirma.

Sobre a questão ambiental, o efeito é mais direto na exportação. Sem políticas rígidas, diz Marcelo Neri, pode haver perda de negócios. A pandemia aumentou a consciência de consumidores que passaram a pressionar as empresas por práticas mais sustentáveis, como um "trailer" de novos desafios do País.

'Meu filho esqueceu as letras'

Adriana Telles de Menezes, de 37 anos, mora com o marido, os sete filhos - com idades entre 10 e 20 anos - e uma neta de 3 anos no bairro Linhares, na zona leste do município de Juiz de Fora (MG). Quando as escolas foram fechadas, em março de 2020, ela teve de lidar com os desafios de um ensino remoto sem conexão de internet e sem aparelhos eletrônicos. As apostilas impressas, distribuídas pela escola estadual, substituíram as aulas virtuais dos filhos.

Gabriel, o filho mais novo de Adriana, estava aprendendo a ler e a escrever. Sem contato direto com os professores e com os colegas, o aprendizado ficou comprometido. "Ele perdeu o interesse pelo estudo. Fala que não sabe fazer mais, que esqueceu as letras. Começa a ficar nervoso e a chorar falando que não consegue. O professor fala para a gente não forçar", relata a mãe.

Além da ausência de recursos tecnológicos, a alimentação é mais um aspecto que evidencia as dificuldades enfrentadas pela família. "Na escola eles costumavam ter refeições diferentes. Em casa a gente não consegue dar a mesma qualidade. E, ficando o dia todo em casa, eles querem comer toda hora."

A preocupação com o desenvolvimento dos filhos torna-se ainda maior pelo fato de ela própria enfrentar, diariamente, as consequências de não ter concluído os estudos. Adriana trabalha como auxiliar geral em um supermercado da cidade e, sem o ensino médio completo, conta que é ainda mais difícil conseguir uma promoção de cargo ou um aumento.

"Vejo o quanto seria importante ter estudado mais. Eu não tive apoio e nem material para estudar. Não quero que eles percam tantas oportunidades. Hoje tento fazer diferente com eles para que consigam um futuro diferente do meu", desabafa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O aumento da bandeira tarifária na energia elétrica, que passou a valer no início deste mês, é mais um capítulo dramático da crise econômica brasileira. Em conjunto com a alta dos combustíveis, o recuo do Produto Interno Bruto (PIB) e as oscilações no valor da cesta básica, a medida impopular é acompanhada por uma renda que pouco cresce - ou inclusive diminui - para a maioria da população.

Segundo o economista e presidente do Conselho Regional de Economia de Pernambuco, André Morais, parte da escalada dos valores se deve ao processo de pandemia, que pode ecoar ainda em 2022. “A vacinação precisa avançar ainda mais para destravar o setor de serviços com mais força. Esse que foi um dos setores mais afetados. O que mais vem preocupando não é 2021, mas 2022, ano em que o país vai começar a sentir mais fortemente os efeitos recessivos dos juros altos”, disse.

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Apontada por Morais, a taxa básica de juros (Selic), regulada pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central, registrou inúmeros reajustes (de alta) neste ano, chegando ao percentual de 5,25% ao ano. Na prática, quando o BC aumenta a taxa de juros, ele pretende “esfriar” a economia, o que, em teoria, deveria desacelerar o consumo das famílias e colocar freio na alta dos preços.

Se a inflação, isto é, o índice que mede a oscilação de preços no mercado, está alta, por exemplo, o órgão aumenta os juros; se a inflação está baixa, há espaço para reduzir a Selic. Através do cenário de incerteza propagado pelas crises econômica e social, contudo, a inflação brasileira atingiu 9% no acumulado até julho, se tornando o terceiro maior da América Latina, atrás apenas da Argentina e do Haiti, de acordo com um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas.

Até o final de 2020, o País ocupava a sexta posição no mesmo ranking.

Cesta básica compromete metade do salário mínimo

A nova variante da Covid-19, chamada de Delta, aliada ao ritmo lento de retomada das indústrias alimentícias pelo mundo têm contribuído para a valorização das commodities de itens básicos. No Brasil, a soja e o milho foram alguns dos afetados pela perda de valor do real e aumento da exportação, levando ao desabastecimento do mercado local e, consequentemente, ao aumento dos preços.

De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), só no mês de agosto o preço da cesta básica aumentou em 13 das 17 capitais do país. No Recife (PE), que compõe a lista, a variação acumulada no último ano é de 11,90%.  Para comprar itens básicos, o trabalhador que ganha um salário mínimo na capital pernambucana gasta, em média, R$ 491,46, comprometendo pouco menos de 50% da renda mensal.

“As oscilações nos preços dos alimentos podem se dar por vários fatores. Tanto uma safra agrícola, como o dólar e demanda do mercado externo. Como exemplo temos o nosso pãozinho de cada dia, que precisa de trigo para sua fabricação. Que, por sua vez, em grande parte, é importado. Com a alta do dólar, os preços aumentaram significativamente e o empresário precisa repassar esse custo ao consumidor”, explicou André Morais, que acrescenta a preferência dos produtores em exportar como outro fator decisivo.

Embora o aumento dos juros seja também uma tentativa dos órgãos reguladores de reprimir o crescimento do dólar, diminuindo o fluxo de exportação exacerbada, as incertezas fiscais provocadas pela crise institucional fomentada pelo presidente Jair Bolsonaro impediram a queda da moeda estrangeira.

“Na minha visão, a tendência é que o dólar, apesar da queda recente, continue subindo. No cenário normal, teria uma tendência de queda com o aumento da Selic, porém estamos perto das eleições presidenciais, e é comum vermos o dólar subir nesse momento. Riscos políticos se tornam cada vez mais eminentes, e isso repercute no câmbio”, disse Morais.

Na prática, tudo indica que o mercado financeiro observa com insegurança a trajetória do Brasil diante da crise, o que também ocasiona a fuga de capital do País e desvaloriza o real, aumentando ainda mais a pressão inflacionária.

Combustíveis e crise hídrica

Contrariando a afirmação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que atribuiu o aumento de preço dos combustíveis ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cobrado por governos estaduais, dados apontam para os reajustes da Petrobrás como o maior “vilão” na precificação dos combustíveis e outros derivados de petróleo, a exemplo de gás encanado e de cozinha.

O economista André Morais pontua que, desde a gestão Michel Temer (MDB), a política de preços adotada pela estatal decidiu acompanhar o preço do barril de petróleo negociado no mercado internacional, ou seja, por meio do dólar. Sendo assim, o principal ‘motor’ das altas é o valor do real desvalorizado. Novamente, o câmbio reflete as incertezas dos investidores estrangeiros sobre o futuro político e institucional do Brasil.

Aliado a isso, a crise hídrica é outro ponto a corroer a renda média dos trabalhadores. “Essa falta de chuvas afeta diretamente a produção do agronegócio, aumenta os custos das indústrias pressionando a inflação e, consecutivamente, chegando a atingir o consumo das famílias. Além disso, alguns especialistas da área, já mostram preocupação com racionamentos obrigatórios e, no pior cenário, apagões”, considerou o economista.

Com isso, o mês de agosto também marca o início de uma nova taxa extra na conta de luz dos brasileiros. Chamada de “escassez hídrica”, a bandeira representa um aumento de quase 50% em relação ao que estava em vigor anteriormente. A determinação é válida até o dia 30 de abril de 2022 e deve continuar puxando a alta da inflação.

 

 

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), normalmente usado para reajustar os contratos de aluguel, desacelerou em junho e fechou o mês com variação de 0,60%, depois de subir 4,10% em maio. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre).

Com o resultado de junho, o índice acumula alta de 15,08% no ano e de 35,75% em 12 meses. Segundo o instituto, em junho de 2020 o índice havia subido 1,56% e acumulava alta de 7,31% em 12 meses.

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O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) também desacelerou em junho, variando 0,42%, depois de subir 5,23% em maio. O coordenador dos Índices de Preços do Ibre/FGV, André Braz, disse que a desaceleração decorre da valorização do real e do recuo do preço de commodities.

“A combinação da valorização do real com o recuo dos preços em dólar de commodities fez o grupo matérias-primas brutas do IPA cair 1,28% em junho, ante alta de 10,15% no mês passado. Com este movimento, a taxa registrou expressiva desaceleração fechando o mês com alta de 0,42%”, informou o instituto.

Por estágios de processamento, o grupo bens finais subiu 1,32% em junho. No mês anterior, o índice havia registrado alta de 1,59%. O subgrupo alimentos processados deu a principal contribuição para a desaceleração, passando de 2,98% para 2,45%.

O índice de Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 1,95% em junho, desacelerando ante a alta de 2,08% verificada em maio.

No grupo Bens Intermediários, a taxa passou de 2,59% no mês passado para 1,78%. O principal responsável pelo movimento de desaceleração foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, que passou de 3,32% em maio para 1,71% em junho.

O índice de Bens Intermediários (ex), que exclui o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 2,03% em junho, contra 3,00% em maio.

No estágio Matérias-Primas Brutas, o índice caiu 1,28% em junho, depois da alta de 10,15% em maio. O recuo foi influenciado pelos itens minério de ferro (20,64% para -3,04%), soja em grão (3,74% para -4,71%) e milho em grão (10,48% para -5,50%). As principais altas foram no leite in natura (1,24% para 6,20%), bovinos (0,41% para 1,19%) e aves (3,82% para 4,96%).

IPC

O Ibre/FGV divulgou também o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que variou 0,57% em junho, próximo à variação de 0,61% em maio. Entre as oito classes de despesa componentes do índice, cinco tiveram decréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Saúde e Cuidados Pessoais, que passou de 0,89% para 0,07% de maio para junho. A taxa de medicamentos em geral passou de 2,39% para 0,62% em junho.

Outros grupos que apresentaram decréscimo em suas taxas foram os de Comunicação (0,67% para -0,03%), Habitação (1,16% para 1,10%), Educação, Leitura e Recreação (-0,59% para -0,69%) e Vestuário (0,45% para 0,40%). Tiveram destaque o combo de telefonia, internet e TV por assinatura, que passou de 1,35% em maior para -0,03% em junho; a tarifa de eletricidade residencial (4,38% para 3,30%), boneca (1,40% para -0,41%) e calçados (0,57% para -0,02%).

Por outro lado, os maiores aumentos de preço foram verificados nos grupos Transportes, que passou de 0,75% em maio para 1,43% e junho, e Despesas Diversas, que passou de 0,19% para 0,29%. Os destaques dessas classes foram a gasolina (1,03% para 2,72%) e alimentos para animais domésticos (1,02% para 2,60%).

O grupo Alimentação teve alta de 0,31% em junho, mesma taxa de maio, com destaque para a alta dos laticínios, que foram de 0,15% para 1,86%, e as hortaliças e legumes que baixaram de 0,43% para -4,06%.

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) acelerou em junho, com alta de 2,30% depois da alta de 1,80% em maio. Entre os componentes do INCC, Materiais e Equipamentos desaceleraram de 2,93% em maio para 1,75% em junho, Serviços passaram de 0,95% para 1,19% e Mão de Obra foram de 0,99% para 2,98%.

O Índice de Confiança da Indústria, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), cresceu 3,4 pontos na passagem de maio para junho deste ano. Com essa, que foi sua segunda alta consecutiva, o indicador atingiu 107,6 pontos, o maior patamar desde fevereiro deste ano (107,9 pontos).

O Índice de Expectativas, que mede a confiança do empresariado da indústria no futuro, subiu 5 pontos e atingiu 104 pontos. Já o Índice Situação Atual (ISA), que mede a percepção sobre as condições do presente, subiu menos: 1,8 ponto e chegou a 111,3 pontos.

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O Nível de Utilização da Capacidade Instalada subiu 1,6 ponto percentual, para 79,4%, maior valor desde janeiro (79,9%).

“A recuperação das economias externas e o avanço do processo de vacinação no país contribuem para o aumento do otimismo das empresas. Apesar disso, é preciso cautela considerando que o setor ainda enfrenta dificuldades ainda com a escassez de insumos, aumento dos custos que incluem a mudança de bandeira para a energia elétrica, podendo ser fatores limitadores para uma recuperação mais robusta no segundo semestre”, afirma a economista da FGV Claudia Perdigão.

Durante transmissão na tarde desta quarta-feira (23), o Governo do Ceará divulgou detalhes do concurso público da Funsaúde, ligada à Secretaria de Saúde do Estado. Ao todo, o certame ofertará 6 mil vagas para convocação imediata e 20 mil para compor cadastro de reserva. O edital completo deve sair ainda esta semana no Diário Oficial.

As inscrições começam no dia 5 de julho e vão até 12 de agosto. A seleção, organizada pela pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), contará com provas objetivas, previstas para 24 de outubro, e avaliação de títulos.

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A relação de aprovados será divulgada no dia 13 de janeiro de 2022 e os selecionados atuarão nos seguintes hospitais: Hospital Geral de Fortaleza, Hospital de Messejana, Hospital Infantil Albert Sabin, Central de Regulação, Centro de Especialidades Pediátricas e Sede da Funsaúde.

A população brasileira com idade entre 15 e 29 anos será inferior a 50 milhões de pessoas até o final deste ano - o que ocorrerá pela primeira vez desde 2002. E a estimativa é que o indicador se reduza ainda mais nas próximas décadas, chegando a encolher em mais de um quarto em até 40 anos. Além disso, nos últimos anos os indicadores que tratam de índices como satisfação com a vida, preocupações e qualidade do ensino apresentaram piora entre os jovens brasileiros. Os dados integram a pesquisa "Jovens: Projeções Populacionais, Percepções e Políticas Públicas", do Centro de Políticas Públicas da FGV Social. O estudo é parte o projeto Atlas das Juventudes, coordenado pelo Em Movimento e pelo Pacto da Juventude pelas ODS da Sociedade Civil.

O País havia ultrapassado a marca de 50 milhões de jovens (15 a 29 anos) em 2002, atingindo o pico em 2009, quando somou 52,3 milhões de pessoas nessa faixa etária. Nos anos seguintes, o número oscilou na casa dos 52 milhões e desde 2014 não parou de cair. Estima-se que fique abaixo dos 50 milhões até o fim do ano e caia mais rapidamente a partir de 2030.

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Essa diminuição da população mais jovem é considerada o "começo do fim" do bônus demográfico. Os dados preocupam, porque a redução significa que a população que (atualmente) se considera em idade ativa vai cair e ao mesmo tempo aumentarão os gastos com saúde e aposentadorias. Essa queda, na verdade, acompanha uma tendência mundial.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Brasil tinha os mecanismos necessários para lidar de maneira exemplar com a pandemia, mas as escolhas do presidente Jair Bolsonaro transformaram o combate à covid em um fracasso mundial. Essa é a conclusão de um longo estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, e da Fundação Getulio Vargas (FGV).

O estudo, transformado em livro e divulgado nesta quinta-feira (22), compila análises de cerca de 60 pesquisadores sobre as políticas públicas de controle da pandemia adotadas por 30 países de todos os continentes. Os resultados mostram que países que tiveram desempenho melhor durante o período analisado seguiram as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e aliaram medidas de saúde a políticas sociais.

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Os autores ressaltam no estudo que o Brasil era classificado como o país da América Latina mais preparado para lidar com emergências de saúde pública, segundo o sistema Global Health Security Index. Também contava com um sistema de vigilância em saúde bem desenvolvido e tinha um bom histórico com epidemia porque respondeu com às emergências da Aids, da hepatite C e da influenza (H1N1).

"Não podemos voltar no tempo e rever a história, mas, se o presidente tivesse escolhido outros caminhos, o Brasil poderia ter apresentado um desempenho muito melhor. Poderíamos ser um exemplo", diz Elize Massard, professora da FGV e uma das autoras do estudo.

A pesquisa mostra a forma com que Bolsonaro usou todos os poderes constitucionais para fazer valer a sua agenda, minimizar a pandemia e boicotar ações de estados. O estudo lembra que o presidente iniciou, em abril do ano passado, uma "campanha agressiva" em apoio ao uso da cloroquina, remédio ineficaz para a covid. Essa posição acabou derrubando dois ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, e colocando o general Eduardo Pazuello no cargo. O texto aponta que Pazuello trocou técnicos por militares em cargos gerenciais importantes no Ministério da Saúde, "decisão duramente criticada pela comunidade da saúde pública".

Elize destaca que o presidente tem o poder de indicar e exonerar ministros, mas que não é comum uma intervenção tão forte. "Bolsonaro interferiu no Ministério da Saúde como nunca antes visto no período democrático. Ele interveio em protocolos de tratamento e até no modo de divulgação dos dados da pandemia."

Outras ações de Bolsonaro que dificultaram o enfrentamento da pandemia são mencionadas no estudo. Uma delas foi a demora no fechamento das fronteiras terrestres e aéreas, que estão sob a jurisdição federal. O presidente também editou medidas provisórias para atrapalhar as ações de governadores, como a que incluiu dezenas de serviços na lista de essenciais - de igrejas a salões de beleza. Essa foi uma clara tentativa de impedir o fechamento de atividades, ação importante para garantir o isolamento social e diminuir a disseminação do vírus.

O estudo também diz que Bolsonaro defendeu políticas de saúde que refletem a "pseudociência" e o "negacionismo" e contribuiu para a desinformação sobre a pandemia. Ele decidiu ignorar as orientações da OMS e as políticas de saúde baseadas em evidência temendo que isso pudesse gerar consequências econômicas negativas, diz a pesquisa. O chefe do executivo também relutou em liberar o auxílio emergencial.

"Houve pouca coordenação entre os ministérios da Economia e da Saúde. Para combater a pandemia deve haver políticas sociais que protejam os trabalhadores e permitam às pessoas ficarem em casa", diz Elize. A pesquisadora fala que a falta de alinhamento entre as políticas sociais e de saúde também aconteceu em alguns países, enquanto outros souberam manejá-las de forma adequada. Um dos países que conseguiu fazer isso foi a Alemanha, criando pacotes econômicos com objetivo de estimular a economia, apoiar empresas, proteger empregos e mitigar o impacto da crise em pessoas menos privilegiadas.

Em relação ao Brasil, a pesquisa diz que o auxílio emergencial foi a política social mais importante durante a pandemia, garantindo a sobrevivência de muitos cidadãos durante o período em que foi disponibilizado. Por outro lado, o texto lembra que o Ministério da Economia atrasou o início do programa e que houve uma disputa na Câmara dos Deputados para que o valor fosse fixado em R$ 600 - o governo federal queria um auxílio de R$ 200.

O estudo conclui que Bolsonaro fez de tudo para negar o conhecimento científico e atrapalhar o combate à pandemia. O estrago causado pelo coronavírus no Brasil só não foi maior, segundo a pesquisa, porque o País tem uma infraestrutura de vigilância sanitária bem desenvolvida para lidar com pandemias. A rede de atenção primária do Sistema Único de Saúde (SUS) também foi apontada como essencial para mitigar o impacto da Covid-19.

A atuação dos Estados e prefeituras foi destacada como outro fator que ajudou a controlar o caos no País. O estudo diz que os governadores lideraram a resposta do Brasil à pandemia e ganharam popularidade porque seguiram as orientações da ciência, o que parece ter "enfurecido" o presidente e seus apoiadores.

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgado hoje (8) caiu 5,8 pontos em março, para 77,1 pontos, menor nível desde agosto de 2020 (74,8 pontos), em uma escala de zero a 200. Em médias móveis trimestrais, o IAEmp caiu em 2,8 pontos, para 81,2 pontos.

O IAEmp busca antecipar tendências do mercado de trabalho com base em entrevistas com consumidores e com empresários dos serviços e da indústria.

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“Em março, o IAEmp manteve sua trajetória de queda de forma mais intensa. Essa tendência de piora dos indicadores de mercado de trabalho em 2021 são justificadas pelo agravamento do quadro da pandemia e as consequentes medidas restritivas. O retorno para um caminho de recuperação ainda depende da velocidade do programa de vacinação e da melhorada atividade econômica”, disse, em nota, o economista da FGV IBRE Rodolpho Tobler.

O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) caiu 0,2 ponto para 99,1 pontos. O ICD, que mede a percepção do consumidor sobre o desemprego, é medido em uma escala invertida de 200 a 0, em que, quanto maior a pontuação, pior é o desempenho.

“O ICD ficou relativamente estável em março, mas é importante considerar o elevado patamar que o indicador se encontra. O resultado sugere que a taxa de desemprego deve se manter em níveis historicamente altos no primeiro semestre de 2021 e ainda sem perspectiva de melhora no curto prazo. Com o andamento da vacinação, os números podem ser mais positivos, ou menos negativos, na segunda metade do ano”, afirmou o economista.

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