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O consumidor diminuiu seus gastos com educação e leitura na última década, o que levará à perda de peso do grupo Educação, Leitura e Recreação, de 8,74% para 7,37%, no cálculo dos indicadores da família dos Índices de Preços ao Consumidor (IPCs). A atualização de ponderação entrará em vigor em fevereiro, e leva em conta o novo perfil do consumidor brasileiro apurado pelo IBGE em sua Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008 -2009.

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), com a atualização de pesos, a participação do sub-grupo educação, dentro de Educação, Leitura e Recreação, cairá de 5,7% para 3,8% a partir do mês que vem. No caso do sub-grupo leitura, o peso diminuirá de 0,4% para 0,3%.

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Em contrapartida, o brasileiro tem usado mais de seu orçamento familiar em atividades recreativas. O sub-grupo Recreação aumentará seu peso de 2,5% para 3,1%, a partir de fevereiro, dentro de Educação, Leitura e Recreação.

Veículos

O interesse crescente do consumidor na compra de veículos automotores puxou para cima o peso do grupo Transportes no cálculo da inflação varejista, que subirá de 11,72% para 19,15% dentro dos IPCs, a partir de fevereiro.

Somente o peso de veículos automotores subirá de 0,61% para 6,7%, dentro do grupo Transportes. Para a FGV, isso é explicado pela forte expansão de crédito na última década, bem como o aumento da renda das famílias no período.

Por influência do maior gasto do consumidor com veículos, subirá de 0,51% para 1,22% e de 1,12% para 1,98% o peso dos itens "serviços de oficina"; e de "outros gastos com veículos", respectivamente, dentro do grupo Transportes.

A perda de participação do grupo Alimentação dentro do cálculo dos Índices de Preços ao Consumidor (IPCs), calculados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) pode ser explicada pela "lei empírica" que diz que, quanto mais a sociedade se desenvolve, diminui a proporção de despesas com alimentação. Isso porque, com maior renda, as famílias deslocam seus gastos para novos tipos de consumo.

A fundação comentou ainda que, entre as Pesquisas de Orçamentos Familiares (POFs) de 2002-2003 a 2008-2009 do IBGE, houve acréscimo da renda do trabalho. Isso, na prática, estimulou perda de frequência no consumo de alimentos dentro de casa, entre os dois levantamentos, o que ajudou a derrubar o peso de Alimentação dentro dos IPCs.

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O peso da classe de despesa cairá de 27,49% para 22,37% nos IPCs a partir de fevereiro, quando a fundação atualizará as ponderações dos componentes de todos estes indicadores, a partir dos novos dados fornecidos pela Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) mais recente, de 2008-2009. Antes, a fundação usava os pesos detectados na pesquisa anterior, referente a 2002-2003.

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou na segunda quadrissemana do ano. É o que informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV), ao anunciar avanço de 0,97% para o indicador de até 15 de janeiro, acima do IPC-S imediatamente anterior, de até 7 de janeiro (0,93%). Esta foi a maior taxa para o indicador desde a segunda semana de maio de 2011 (1,09%).

Quatro das sete classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimos em suas taxas de variação de preços, entre a primeira e a segunda quadrissemana de janeiro. Aumentos mais intensos foram apurados nos preços de Educação, Leitura e Recreação (de 1,38% para 2,37%), Transportes (de 0,61% para 0,72%), Despesas Diversas (de 0,14% para 0,20%) e Habitação (de 0,25% para 0,28%).

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Em cada uma destas classes de despesa, houve taxas de inflação mais intensas ou fim de deflação nos preços de cursos formais (de 2,07% para 3,80%), tarifa de ônibus urbano (de 0,53% para 1,19%), alimento para animais domésticos (de -0,24% para 0,76%) e tarifa de telefone fixo residencial (de 0,34% para 0,72%), respectivamente.

Em contrapartida, houve desaceleração de preços em Alimentação (de 1,92% para 1,76%), Vestuário (de 0,55% para 0,28%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,65% para 0,56%), da primeira para a segunda quadrissemana de janeiro.

Entre os produtos analisados, as mais expressivas elevações de preços na segunda quadrissemana de janeiro foram encontradas em tomate (18,85%); tarifa de ônibus urbano (1,19%); e curso de ensino superior (2,76%). Já as mais expressivas quedas de preço foram registradas em limão (-26,49%); passagem aérea (-9,16%); e leite tipo longa vida (-1,28%).

Os empresários da construção civil continuaram a mostrar humor negativo no final do ano passado. Nova pesquisa lançada em dezembro pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em parceria com o Banco Central (BC), mostra que o Índice de Confiança da Construção (ICST) registrou queda de 9,9% na média móvel trimestral até dezembro de 2011, contra recuo de 10,2% no desempenho anterior, referente à média trimestral até novembro.

O ICST ficou em 125 pontos na média móvel trimestral até dezembro, ante 125,1 pontos em novembro. O índice vai até 200 pontos, sendo que pontuações acima de 100 sinalizam otimismo do setor. Abaixo deste nível, a indicação é de pessimismo. Para as instituições, o recuo do indicador reflete quadro atual de desaceleração da economia, que diminui ritmo de investimentos no setor.

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Avaliações ruins sobre o momento presente e perspectivas negativas para o futuro conduziram à queda. Nos dois sub-índices componentes do ICST, o Índice da Situação Atual (ISA-CST) caiu 12,8% em dezembro do ano passado, contra declínio de 13,5% em novembro de 2011. Já o Índice de Expectativa (IE-CST) apresentou queda de 7,1% ante recuo de 6,9% em novembro.

A deflação chegou ao fim no setor agropecuário atacadista, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Os preços dos produtos agrícolas atacadistas subiram 0,82% na primeira prévia do IGP-M de janeiro, após queda de 0,51% em igual prévia em dezembro. Mas no setor industrial no atacado, os preços continuaram a cair, com taxa negativa de 0,60% na primeira prévia de janeiro, contra deflação de 0,04% em igual prévia no mês anterior.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais subiram 0,11% na primeira prévia de janeiro, em comparação com a alta de 0,82% na primeira prévia de dezembro. Por sua vez, os preços dos bens intermediários tiveram queda de 0,03% na prévia anunciada hoje, após recuo de 0,28% na primeira prévia de dezembro. Já os preços das matérias-primas brutas diminuíram 0,86% na prévia de janeiro, contra deflação de 1,11% na primeira prévia de dezembro.

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A inflação atacadista medida pelo IPA-M acumula alta de 3,32% em 12 meses até a primeira prévia do IGP-M de janeiro. No atacado, os preços dos produtos agropecuários mostram inflação de 2,69% em 12 meses. Já os preços dos produtos industriais no atacado subiram 3,55% em 12 meses, até a primeira prévia.

Dentro do IPA-EP, que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais subiram 3,74% em 12 meses; os bens intermediários subiram menos, com inflação de 2,63%. Já os preços das matérias-primas brutas avançaram 3,75% em 12 meses.

Os aumentos de preços e, mandioca - aipim (10,69%); soja em grão ( 1,53%); e ovos (5,44%) foram os mais expressivos entre os produtos pesquisados no atacado na primeira prévia de janeiro. Já as mais expressivas quedas de preço no atacado foram registradas em minério de ferro (-5,88%); bovinos (-3,15%); e carne bovina (-4,35%).

Varejo

A inflação varejista medida pelo IPC-M subiu 5,62% em 12 meses até a primeira prévia do IGP-M de janeiro. Na margem, a aceleração na taxa do IPC-M da primeira prévia de dezembro para igual prévia em janeiro (de 0,33% para 0,56%) foi causada por acréscimos nas taxas de variação de preços em três das sete classes de despesa pesquisadas.

O destaque foi, novamente, o grupo Alimentação. A inflação no setor acelerou de 0,20% para 1,33% de dezembro para janeiro. Nesta classe de despesa, o fim de deflação em hortaliças e legumes (de -7,44% para 6,30) no período contribuiu para a forte expansão de preços.

Outras duas classes de despesa mostraram taxas de inflação mais intensas. É o caso de Transportes (de 0,26% para 0,33%); e de Saúde e Cuidados Pessoais (0,41% para 0,47%). Em contrapartida, houve desaceleração e queda de preços em Habitação (de 0,35% para 0,14%), Despesas Diversas (de 0,46% para -0,03%), Vestuário (de 0,99% para 0,75%) e Educação, Leitura e Recreação (de 0,25% para 0,07%).

Entre os produtos pesquisados no varejo, as altas mais expressivas na primeira prévia do mês foram registradas nos preços de tomate (17,88%); batata-inglesa (8,44%); e plano e seguro saúde (0,57%). Já as mais expressivas quedas de preço foram apuradas em limão (-17,27%); passagem aérea (-8,44%); e refrigerador e freezer (-4%).

A primeira prévia do IGP-M caiu 0,01% em janeiro, após subir 0,04% em igual prévia em dezembro do ano passado, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A taxa ficou dentro do piso das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE-Projeções (de -0,12% a 0,30%), e abaixo da mediana das expectativas (0,0%).

Nos três indicadores que compõem a primeira prévia, o IPA-M teve queda de 0,23% este mês, após cair 0,16% na primeira prévia de dezembro. O IPC-M apresentou taxa positiva de 0,56% na prévia anunciada hoje, após avançar 0,33% na primeira prévia do mês passado. Já o INCC-M avançou 0,10% na primeira prévia deste mês, em comparação com a elevação de 0,71% na primeira prévia de dezembro.

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O IGP-M é muito usado para reajuste no preço do aluguel. Até a primeira prévia de janeiro, o índice acumula aumento de 4,26% em 12 meses. O período de coleta de preços para cálculo da primeira prévia de janeiro vai de 21 a 31 de dezembro do ano passado.

A inflação percebida por famílias de baixa renda dobrou entre novembro e dezembro do ano passado, conforme dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV). É o que mostrou o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 - (IPC-C1), apurado entre famílias com renda mensal de até 2,5 salários mínimos, e que subiu 1% em dezembro, contra 0,50% em novembro.

A taxa do IPC-C1 em dezembro de 2011 também ficou acima da variação média de preços entre famílias com renda mais elevada, de até 33 salários mínimos mensais, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR), e que subiu 0,79% no mesmo mês.

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Mesmo com a aceleração na margem, o desempenho anual foi favorável para os mais pobres. Com resultado de dezembro, o índice fechou com alta de 5,98% em 2011, abaixo da inflação apurada em 2010 (7,33%), no mesmo indicador. O IPC-C1 de 2011 também foi menor do que o IPC-BR para o mesmo ano (6,36%).

Mas no mês passado, o cenário foi de aceleração. Quatro das sete classes de despesa componentes do IPC-C1 apresentaram acréscimos em suas taxas de variação de preços de novembro para dezembro do ano passado. É o caso de Alimentação (de 0,63% para 1,74%), Vestuário (de 1,27% para 1,51%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,49% para 0,79%) e Educação, Leitura e Recreação (de 0,28% para 0,77%).

Em contrapartida, houve desaceleração de preços entre os grupos Habitação (de 0,43% para 0,42%) e Despesas Diversas (de 0,37% para 0,21%). Já a taxa do grupo Transportes permaneceu sem variação no período (0,0%).

Entre os produtos pesquisados, as mais expressivas elevações de preços em dezembro de 2011 foram detectadas em mamão da Amazônia - papaya (25,22%); pão francês (1,61%); e banana prata (10,09%). Já as mais expressivas quedas foram registradas em limão (-13,47%); batata-inglesa (-3,20%); e leite tipo longa vida (-0,89%).

O Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 6,8% no quarto trimestre de 2011, contra igual período em 2010. O recuo foi mais intenso do que o anterior, referente ao trimestre encerrado em novembro (-4,5%), segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que divulgou a Sondagem Conjuntural do Comércio, nova pesquisa da instituição, elaborada em parceria com o Banco Central (BC).

Nos dois indicadores componentes do Icom, o Índice de Situação Atual (Isa-Com) caiu 9,7% no trimestre encerrado em dezembro, contra recuo de 6,5% apurado no trimestre finalizado em novembro. Já o Índice de Expectativas (Ie-Com) caiu 4,6% no quarto trimestre contra queda de 3% no trimestre encerrado em novembro.

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No desempenho mensal, os sinais também são negativos. O Icom caiu 6,4% em dezembro de 2011 contra igual mês em 2010, frente à queda de 6% em novembro, no mesmo tipo de comparação. O Isa-Com recuou 10,3% em dezembro do ano passado contra igual mês em ano anterior, contra taxa negativa de 9,5% em novembro de 2011 ante novembro de 2010; e o Ie-Com teve queda de 2,8% no mês passado ante o mesmo mês do ano anterior, frente a um queda de 3,3% em novembro de 2011 em relação a um ano antes.

A pesquisa abrange 17 segmentos do comércio, e inclui varejo e atacado. Este último representa um terço do indicador. De acordo com informações divulgadas pelo BC no lançamento da pesquisa, a sondagem deverá ser incorporada ao conjunto de indicadores analisados pelo Comitê de Política Monetária (Copom) para decidir o patamar da taxa básica de juros (Selic).

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) de dezembro mostrou os primeiros sinais de possível retomada de humor favorável entre os empresários brasileiros. Este mês, a prévia do ICI subiu 2% em dezembro contra novembro, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que divulgou hoje resultado parcial do índice. No mês passado, o índice completo mostrou estabilidade (0,0% contra outubro).

Caso seja confirmada, a alta de 2% será a primeira elevação do índice em 2011. O ICI não mostra resultados positivos desde dezembro do ano passado (1,6%).

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Pelos resultados preliminares, ICI avançou de 100,7 pontos para 102,7 pontos. Mas apesar do aumento, a prévia do ICI de dezembro ainda se encontraria 1,2 ponto abaixo da média desde 2003 e bem inferior ao nível de dezembro de 2010 (114,5).Para a prévia, foram consultadas 803 empresas, cerca de dois terços da amostra total da pesquisa. O resultado final do ICI será divulgado no dia 28 de dezembro.

Capacidade instalada

A prévia para o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) de dezembro com ajuste sazonal ficou em 83,6%, segundo a FGV. Em novembro, o Nuci fechado com ajuste foi de 83,3%. O resultado preliminar do Nuci em dezembro mostra o indicador retornando ao mesmo nível de setembro passado. A prévia do Nuci se posicionou 0,3 ponto percentual (p.p.) acima da média desde 2003; e 1,3 p.p. abaixo do patamar de dezembro de 2010. Já a prévia do Nuci sem ajuste sazonal foi de 84,3% em dezembro. Em novembro, o Nuci completo sem ajuste foi de 84,5%.

Este mês, pela segunda vez consecutiva, a fundação anunciou a prévia do ICI, calculado a partir de dados da Sondagem Conjuntural da Indústria da Transformação - no qual está incluído o Nuci. Para a prévia, foram consultadas 803 empresas, cerca de dois terços da amostra total da pesquisa. O resultado final do Nuci será divulgado no dia 28 de dezembro.

O aumento de 2% na prévia do ICI de dezembro foi impulsionado por melhora, entre os empresários, das avaliações sobre o momento atual; e sobre as perspectivas para o futuro. A FGV, que divulgou hoje pela segunda vez consecutiva prévia do ICI, informou que o Índice da Situação Atual (ISA) preliminar cresceu 2,3% em dezembro, para 102,8 pontos.

Em novembro, com 100,5 pontos, o desempenho completo do ISA mostrou queda de 1,5% contra mês anterior, e o patamar mais baixo desde julho de 2009 (96,7 pontos). Já o Índice de Expectativas (IE) avançou 1,6% em dezembro, o que seria a terceira elevação consecutiva, caso o desempenho da prévia seja confirmado. Em novembro, no resultado fechado, o IE subiu 1,5%.

Os resultados preliminares do índice englobam 803 empresas, dois terços da amostra total da pesquisa. O desempenho completo do indicador será anunciado na semana que vem.

Com desempenho fraco este ano e pressionada por ambiente de incertezas no exterior, as previsões da indústria da transformação para 2012 são menos favoráveis do que as projeções para 2011 apuradas no final do ano passado. É o que mostra a edição de outubro-novembro da Sondagem de Investimentos da Indústria da Transformação, divulgada hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O levantamento abrange 880 empresas, com vendas somadas em torno de R$ 539,9 bilhões, entrevistadas entre os dias 5 de outubro e 30 de novembro deste ano. No universo de pesquisados, a parcela de empresas que apostam em elevar investimentos em capital fixo para o próximo ano caiu de 55% em 2010 para 50% este ano. No mesmo período, subiu de 15% para 17% a fatia de companhias que projetam investir menos.

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Entre as cinco categorias de uso da indústria da transformação pesquisadas pela fundação, quatro apresentaram projeções menos favoráveis de investimentos. A maior queda foi percebida pela indústria de duráveis. Neste segmento, a fatia de empresas que pretendem investir mais no ano seguinte caiu de 61% para 49%. Já a parcela das que pretendem investir menos no próximo ano, dentro da indústria de duráveis, saltou de 9% para 22% de 2010 para 2011.

A indústria também não está otimista quanto ao mercado de trabalho. A fatia de pesquisadas que planejam elevar número de contratações no ano seguinte caiu de 43% para 36% de 2010 para 2011. Já a parcela das que preveem redução na mão de obra subiu de 8% para 10%.

O faturamento industrial em 2012 deve sentir os efeitos da atual conjuntura desfavorável. O porcentual de empresas que esperam alta no faturamento no ano seguinte caiu de 72% para 69% de 2010 para 2011. No mesmo período, subiu de 6% para 8% a fatia de companhias que aguardam redução nas vendas. Entre as que esperam aumento para faturamento, a maior parcela de entrevistadas (42%) aguardam alta nas vendas entre 5,1% e 10% para 2012.

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou em seis das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na passagem do indicador de até 7 de dezembro para o índice de até 15 de dezembro, a cidade de São Paulo, que representa quase 50% do total do IPC-S, foi uma das capitais que apresentaram preços mais caros. A inflação na cidade saltou de 0,53% para 0,59% no período.

As outras cinco cidades que apresentaram inflação mais forte no período foram Salvador (de 0,72% para 0,87%); Recife (de 0,60% para 0,63%); Brasília (de 0,65% para 0,76%); Rio de Janeiro (de 0,80% para 1,02%); e Belo Horizonte, (de 0,61% para 0,62%). A única capital a mostrar desaceleração de preços no período foi Porto Alegre (de 0,61% para 0,31%).

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A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou na segunda semana de dezembro. É o que informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV), ao anunciar avanço de 0,72% para o indicador de até 15 de dezembro, acima do IPC-S imediatamente anterior, de até 7 de dezembro ( 0,63%). Esta foi a maior taxa para o indicador desde a primeira semana de setembro de 2011 (0,74%).

Nesta apuração, cinco das sete classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimos em suas taxas de variação de preços, entre a primeira e a segunda quadrissemana de dezembro.

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As acelerações nos preços de Alimentação (de 0,94% para 1,27%) e Transportes (de 0,20% para 0,43%) foram determinantes para a taxa maior do IPC-S, que saltou de 0,63% para 0,72% entre a primeira e a segunda quadrissemana de dezembro. Em cada uma destas classes de despesa, houve taxas de inflação mais intensas nos preços de carnes bovinas (de 3,95% para 5,10%) e de gasolina (de 0,16% para 0,72%), respectivamente.

Segundo a FGV, outros três grupos apresentaram inflação mais forte, no período. É o caso de Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,50% para 0,56%), Despesas Diversas (de 0,45% para 0,47%) e Educação, Leitura e Recreação (de 0,47% para 0,48%).

Nem todas as classes de despesa aceleraram. Houve taxas de inflação mais fracas nos preços de Habitação (de 0,55% para 0,42%) e de Vestuário (de 1,20% para 1,07%).

Entre os produtos analisados, as mais expressivas elevações de preços na segunda quadrissemana de dezembro foram encontradas em mamão da Amazônia - papaya (38,54%); tarifa de eletricidade residencial (1,32%); e alcatra (6,13%). Já as mais expressivas quedas de preço foram registradas em batata-inglesa (-11,68%); leite tipo longa vida (-1,87%); e alho (-8,22%).

A inflação atacadista apurada pelo IPA-10 subiu 4,69% em 2011, segundo dados divulgados hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado foi menos da metade da alta de 13,73% em 2010; e o mais baixo desempenho desde 2009 (-4,36%).

O cenário de preços este ano no atacado foi bem diferente do registrado no ano passado. Os preços dos produtos agrícolas no atacado subiram 4,14% este ano, após subirem 24,22% em 2010. Já os preços dos produtos industriais no atacado finalizaram o ano com alta de 4,90%, em comparação com a alta de 10,36% em 2010.

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No âmbito do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais no atacado tiveram alta de 3,36% em 2011, após subirem 7,55% em 2010. Já os preços dos bens intermediários acumularam avanço de 3,67% este ano, em comparação com a alta de 7,65% em 2010. Por fim, os preços das matérias-primas brutas subiram 7,63% em 2011, após mostrarem alta de 32,53% em 2010.

Entre os produtos pesquisados, as altas mais expressivas de preço em dezembro no atacado foram registradas em bovinos (4,53%); carne bovina (7,58%); e gasolina automotiva (9,91%). Já as mais expressivas quedas de preço no atacado foram verificadas em minério de ferro (-4,62%); soja em grão (-3,66%); e milho em grão (-4,66%).

Varejo

A inflação no varejo medida pelo IPC-10 encerrou o ano com avanço de 6,17%, após subir 5,83% em 2010 - a mais forte desde 2003 (9,86%). A aceleração na taxa do IPC-10, de novembro para dezembro deste ano (de 0,31% para 0,65%) foi causada por acréscimos nas variações de preços em cinco das sete classes de despesa usadas para cálculo do índice.

Mais uma vez, o destaque foi a aceleração de preços em Alimentação (de 0,20% para 1,02%). Neste grupo, houve taxas de inflação mais intensas em carnes bovinas (de 1,04% para 4,48%) e em frutas (de 0,18% para 4,30%).

Os outros grupos que tiveram acréscimos em suas taxas de variação de preços foram Transportes (de -0,11% para 0,36%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,39% para 0,53%), Despesas Diversas (de 0,11% para 0,43%) e Vestuário (de 0,89% para 1,08%).

Já os grupos Habitação e Educação, Leitura e Recreação repetiram as taxas de variação de preços no período, de 0,47% e de 0,46%, respectivamente.

Entre os produtos pesquisados, as altas mais expressivas no varejo no IGP-10 de dezembro foram registradas nos preços de mamão da Amazônia - papaya (33,94%); tarifa de eletricidade residencial (1,55%); e passagem aérea (16,08%). Já as mais significativas quedas de preço foram apuradas em batata-inglesa (-9,41%); leite tipo longa vida (-2,65%); e alho (-9,81%).

Construção

Na construção civil, a inflação fechou o ano com alta de 7,74%, acima do apurado em 2010 (7,34%) e a mais intensa desde 2008 (12,28%). No desempenho mensal, a aceleração na taxa do INCC-10, de novembro para dezembro (de 0,39% para 0,53%) foi influenciada por aumentos mais intensos nos preços de mão de obra (de 0,50% para 0,81%).

Entre os produtos pesquisados na construção, as altas de preço mais expressivas apuradas pelo IGP-10 de dezembro foram registradas em ajudante especializado (0,90%); servente (0,98%); e pedreiro (0,77%). Já as mais expressivas quedas de preço foram apuradas em placas e cerâmicas para revestimento (-0,60%); vergalhões e arames de aço ao carbono (-0,09%); e aluguel de máquinas e equipamentos (-0,10%).

A inflação medida pelo IGP-10 terminou 2011 com avanço de 5,33%, abaixo da taxa em 2010 (11,16%) e o menor resultado desde 2009 (-1,68%). A informação foi divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que anunciou hoje o seu primeiro indicador fechado de inflação do ano.

Em dezembro, o IGP-10 subiu 0,19% ante alta de 0,44% em novembro. A taxa mensal ficou dentro das previsões dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE-Projeções (de 0,08% a 0,50%), e abaixo da mediana das expectativas (0,33%).

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Nos três indicadores que compõem ao IGP-10 de dezembro, o IPA-10 teve queda de 0,03% em dezembro, após subir 0,48% em novembro. Por sua vez, o IPC-10 apresentou elevação de 0,65% em dezembro, ante avanço de 0,31% em novembro. Já o INCC-10 subiu 0,53% em dezembro, ante aumento de 0,39% em novembro.

Agropecuários

A deflação voltou aos preços dos produtos agropecuários atacadistas, com queda de 0,12% em dezembro, após subir 0,18% em novembro, no âmbito do IGP-10. Já os preços dos produtos industriais no atacado desaceleraram de 0,59% para 0,01%, de novembro para dezembro.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais subiram 0,79% em dezembro, ante aumento de 0,46% em novembro. Por sua vez, os preços dos bens intermediários tiveram queda de 0,09% em dezembro, ante elevação de 0,46% em novembro. Já os preços das matérias primas brutas caíram 0,86% em dezembro, ante aumento de 0,55% em novembro.

A coleta de preços para o IGP-10 desse mês foi do dia 11 de novembro a 10 de dezembro. Às 11h a FGV concede coletiva de imprensa sobre o indicador.

As recentes medidas do governo de estímulo ao consumo podem levar a um "reaquecimento forçado" na economia em 2012. Isso, na prática, deve obrigar o governo a elevar novamente a taxa básica de juros (Selic) a partir do segundo semestre do ano que vem, para conter o avanço da inflação de demanda, na análise do coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros.

Ele lembrou que o ano de 2012 já contava com perspectivas de pressões inflacionárias expressivas, como elevação do poder aquisitivo dos consumidores de baixa renda, por conta do reajuste de 14% no salário mínimo; e a inércia inflacionária de aumentos sucessivos nos preços de serviços - que, até outubro, acumulam alta em torno de 9% em 12 meses. Mas as medidas de isenção tributária para bens duráveis, como automóveis e geladeiras, aliada à continuidade de queda nos juros básicos, impulsionarão ainda mais o consumo no ano que vem.

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Nesse cenário, a intenção do governo de convergência para o centro da meta inflacionária em 2012 (de 4,5%) torna-se praticamente impossível, na avaliação do especialista, que não descarta IPCA de 6% para 2012. Em 2011, o indicador, usado como referência pela União para o cálculo de meta, deve superar levemente o teto desta (6,5%), e atingir 6,53% ao ano, com alta de 0,53% em dezembro, nas estimativas de Quadros.

O especialista levantou dúvidas em relação à probabilidade de ocorrência do cenário do Banco Central (BC) para 2012, com ajuste moderado na Selic; superávit fiscal de 3,1%; e contribuição deflacionária expressiva do ambiente externo ainda em crise. Estes fatores, em tese, deveriam conduzir a uma inflação de 4,5% em 2012 no mercado doméstico. "Neste cenário do BC, muitas hipóteses precisam se concretizar, e são hipóteses difíceis. O centro da meta não vai ser atingido em 2012. Talvez em 2013", acrescentou.

Quadros participou hoje de seminário sobre conjuntura macroeconômica promovido pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV). No mesmo evento, o economista André Braz defendeu menor espaço de tempo entre as divulgações da Pesquisa de Orçamento Familiares (POF), do IBGE. Este levantamento é usado para atualizar ponderações de produtos pesquisados pelo IPCA. A mais recente refere-se ao período de 2008-2009, divulgada no ano passado - mas a anterior teve como referência os anos de 2002-2003. Segundo ele, caso a atualização das ponderações já tivesse sido realizada, o IPCA em 12 meses até outubro teria subido 6,43% e não 6,97%. "Ou seja, talvez não precisássemos discutir hoje se o teto da meta seria estourado ou não em 2011", acrescentou o economista.

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou na primeira semana de dezembro. É o que informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV), ao anunciar avanço de 0,63% para o indicador de até 7 de dezembro, acima do IPC-S imediatamente anterior, de até 30 de novembro (0,53%).

A taxa anunciada hoje foi o maior resultado desde a segunda quadrissemana de setembro de 2011, quando o índice subiu 0,69%. Nesta apuração, todas as sete classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimos em suas taxas de variação de preços, entre a quarta quadrissemana de novembro e a primeira quadrissemana de dezembro.

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Acelerações nos preços de Alimentação (de 0,78% para 0,94%), Vestuário (de 0,87% para 1,20%) e Transportes (de 0,08% para 0,20%) foram determinantes para a taxa maior do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), que subiu de 0,53% para 0,63% entre a quarta quadrissemana de novembro e a primeira quadrissemana de dezembro.

Segundo a FGV, em cada uma destas classes de despesa foram registradas taxas de inflação mais intensas ou fim de deflação em itens de peso no cálculo da inflação varejista. É o caso de frutas (de 2,20% para 4,12%), roupas (de 0,97% para 1,24%) e gasolina (de -0,16% para 0,16%), respectivamente.

Os quatro grupos restantes entre os sete pesquisados também mostraram aceleração cde preços. É o caso de Educação, Leitura e Recreação (de 0,39% para 0,47%), Habitação (de 0,52% para 0,55%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,43% para 0,50%) e Despesas Diversas (de 0,41% para 0,45%).

Entre os produtos analisados, as mais expressivas elevações de preços na primeira quadrissemana de dezembro foram encontradas em mamão da Amazônia papaya (29,35%); tarifa de eletricidade residencial (1,79%); e passagem aérea (17,06%). Já as mais expressivas quedas de preço foram registradas em leite tipo longa vida (-3,32%); batata-inglesa (-7,49%); e alho (-10,89%).

A inflação atacadista medida pelo IPA-DI acumula altas de 4,69% no ano e de 4,91% em 12 meses até novembro, informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que anunciou o IGP-DI do mês passado.

Os preços dos produtos agropecuários no atacado acumulam aumentos de 3,64% no ano e de 3,83% em 12 meses. Já os preços dos produtos industriais registraram taxas positivas de 5,07% no ano e de 5,30% em 12 meses.

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Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais apresentaram aumentos de 3,57% no ano e de 2,95% em 12 meses. Por sua vez, os preços dos bens intermediários tiveram elevações de 3,35% no ano e de 3,91% em 12 meses. Já os preços das matérias-primas brutas acumulam altas de 7,74% no ano e de 8,54% em 12 meses.

O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou variação positiva de 0,43% em novembro, ante taxa de 0,40% em outubro, segundo informou há pouco a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O índice acumula altas de 5,17% no ano e de 5,56% nos últimos 12 meses.

No mês passado, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,34%, anta alta de 0,48% em outubro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), por sua vez, avançou 0,53% em novembro, acima da taxa apurada no mês anterior, de 0,26%. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou taxa positiva de 0,72%, acima do resultado de 0,23%, na mesma base de comparação. O IGP-DI de novembro foi calculado com base nos preços coletados entre os dias 1 e 30 do mês de referência.

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Rio de Janeiro – Apenas uma das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) teve redução do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) entre as semanas de 22 e 30 de novembro deste ano. Porto Alegre teve uma queda de 0,01 ponto percentual na taxa, que passou de 0,70% na semana de 22 de novembro para 0,69% na do dia 30.

Belo Horizonte manteve o índice nas duas semanas: 0,47%. As demais cinco capitais tiveram alta no IPC-S, com destaque para Salvador, cuja taxa teve alta de 0,38 ponto percentual, ao passar de 0,18% para 0,56% no período.

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As demais capitais tiveram as seguintes altas: Rio de Janeiro (0,16 ponto percentual, ao passar de 0,40% para 0,56%), Recife (0,06 ponto percentual, ao passar de 0,45% para 0,51%), Brasília (0,05 ponto percentual, ao passar de 0,41% para 0,46%) e São Paulo (0,04 ponto percentual, ao passar de 0,46% para 0,50%).

A média nacional do IPC-S aumentou 0,10 ponto percentual e chegou a 0,53% na semana de 30 de novembro. O índice é medido semanalmente pela FGV e registra a variação de preços ao consumidor no período de um mês

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou em cinco das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na passagem do indicador de até 22 de novembro para o índice de até 30 de novembro, a taxa de inflação na cidade de São Paulo ganhou força, de 0,46% para 0,50% no período. A capital representa quase 50% do total do IPC-S.

As outras quatro cidades que apresentaram inflação mais forte no período foram Salvador (de 0,18% para 0,56%); Recife (de 0,45% para 0,51%); Brasília (de 0,41% para 0,46%); e Rio de Janeiro (de 0,40% para 0,56%).

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Apenas uma cidade mostrou desaceleração de preços. É o caso de Porto Alegre (de 0,70% para 0,69%). Já a capital restante, Belo Horizonte, manteve a mesma variação de preços, no período (de 0,47%).

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