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O Dia de Nossa Senhora da Conceição, padroeira afetiva do Recife, celebrado nesta sexta-feira (8), reúne milhares de fiéis e visitantes ao Santuário da santa, no bairro do Morro da Conceição, na zona Norte da cidade. Segundo o reitor do local, padre Emerson Borges, a expectativa é de que cerca de 1,5 milhão de pessoas subam as ladeiras e escadarias do Morro, a partir do dia 28 de novembro, quando tiveram início as celebrações, até o dia da santa. As visitas ainda deverão se estender até o domingo (10), para aproveitar o fim de semana, com uma programação de missas.  

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A festa desse ano traz um diferencial, segundo o reitor, que é relacionado à grande movimentação de pessoas, desde o início da festa. Padre Emerson afirma ainda ser muito comum que pessoas venham de outras cidades, estados, e até de outros países, para pôr em prática sua fé e participar da missa. 

Imagem de Nossa Senhora da Conceição levada por fiéis. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

“A festa de Nossa Senhora da Conceição, neste ano de 2023 tem sido, para nós, uma expressão muito forte, como já é, mas estamos encontrando as pessoas com um pouco mais de fé, diante das realidades que cada uma tem, e que estão passando na vida. Cada um que sobe o Morro da Conceição, traz a sua história, traz a sua experiência com Nossa Senhora, dos diversos dramas da vida. E aqui, no Santuário do Morro da Conceição, elas encontram justamente essa força, essa fé, essa esperança de que, a vida, por mais difícil que ela seja, mas com a fé fica mais fácil de lidar com ela”, disse o padre Emerson, ao LeiaJá.

Padre Emerson Borges, reitor do Santuário. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

A tradição de subir o morro e fazer as preces à padroeira do Recife conta com o rito de acender uma vela, ato comum para boa parte dos visitantes. O velário do Santuário fica localizado na parte de trás da igreja, ao lado da imagem da santa, e para garantir a segurança do local e das pessoas, o Corpo de Bombeiros Militares de Pernambuco (CBMPE) atua em toda a programação. Por meio de nota, a corporação informou que realiza trabalhos de prevenção e combate a incêndio, com uma equipe do Grupamento de Incêndio, atendendo exclusivamente ao evento. Os bombeiros ainda informaram que dispõem de viatura de Resgate com objetivo de garantir a segurança dos devotos durante a festividade. 

Bombeiros atuam continuamente no velário. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

Voluntários servindo à Santa 

A Festa do Morro conta com cerca de 700 voluntários, formados por devotos da santa. Entre serviços burocráticos e afazeres práticos, os fiéis trabalham todos os dias oferecendo serviços para ajudar na organização do evento. 

Uma dessas voluntárias é dona Luzinete Maria da Conceição, de 69 anos, que mora no Alto José Bonifácio, bairro vizinho ao Morro da Conceição. A devota atua como voluntária há cerca de 10 anos, e esse ano ela presta serviços na cozinha e na coleta de doações. 

Para dona Luzinete, o trabalho voluntário no Santuário é parte de uma promessa feita há anos. “Muita fé em Maria, sou muito devota de Nossa Senhora. Eu fiz uma promessa, e enquanto ela e Jesus me dessem vida, eu trabalhava para ela”, declarou. 

Dona Luzinete trabalha como voluntária na Festa do Morro há cerca de 10 anos. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

Sequência de missas 

Desde o início das celebrações, no último dia 28, as missas eram realizadas em horários específicos, sendo cinco por dia. No entanto, a partir da meia-noite do dia 8, a programação conta com uma missa acontecendo por hora, sendo as de horários pares realizadas na área externa, em frente ao Santuário, e as de horários ímpares, dentro do templo.  

Os ritos serão realizados até às 19h, e contará com cerca de 20 padres durante o dia, para as solenidades, além de confissões e a procissão, que sairá da Prefeitura do Recife, no centro da cidade. 

Aproveitando o fim de semana, o Santuário vai realizar quatro missas no sábado (9), e seis no domingo (10), para dar conta do público que ainda vai visitar a região. 

Confira os horários:

Santa Missa - Palco em frente ao Santuário: 

0h / 2h / 4h / 6h / 8h / 10h / 12h /14h 

Santa Missa dentro do Santuário: 

1h/ 3h/ 5h/ 7h/ 9h/ 11h/ 13h/ 15h  

Procissão de encerramento - Imagem da Santa 

Concentração - 14h30 - Estacionamento da Prefeitura do Recife 

Saída - 15h - Estacionamento da Prefeitura do Recife / Ponte do Limoeiro/Avenida Norte Miguel Arraes /Estrada do Morro da Conceição / Praça da Conceição 

Chegada -19h - Solene Celebração de Encerramento da 119ª Festa de Festa de Nossa Senhora da Conceição do Morro 

Pós-Festa - Santas Missas 

Sábado (9) - 8h/ 10h30 / 16h / 19h30 

Domingo (10) - 7h/ 9h/ 10h30 / 12h/ 16h / 18h 

 

 

Diante de uma multidão de 1,5 milhão de peregrinos, o papa Francisco presidiu neste domingo a missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Lisboa, no último dia de sua visita a Portugal para o evento, a maior reunião internacional de católicos.

Aclamado por fiéis emocionados, o pontífice argentino, de 86 anos, teve o último encontro com a multidão durante a JMJ em uma área próxima ao rio Tejo.

"Vocês são a esperança para um mundo diferente. Obrigado, sigam em frente", afirmou Francisco em espanhol, ao final de uma cerimônia em que também pediu às novas gerações que trabalhem pela paz.

"Sinto uma grande dor pela querida Ucrânia, que continua sofrendo tanto. Amigos, permitam que eu também, já velho, compartilhe com vocês um sonho que carrego no coração, o sonho da paz", acrescentou o líder espiritual de 1,3 bilhão de católicos.

Tanto na vigília de sábado como na eucaristia de domingo, o espaço criado para a JMJ em um antigo aterro sanitário na região de Lisboa reuniu 1,5 milhão de pessoas, informou o Vaticano, com base em uma estimativa das autoridades portuguesas.

Após dormir ao relento durante uma noite quente de verão (hemisfério norte), os jovens acordaram ao ritmo da música selecionada por um padre-DJ português em um cenário que lembrava o de um grande festival. A temperatura durante o dia pode alcançar 40 graus na capital lusitana.

- Seul receberá a JMJ em 2027 -

Após percorrer uma longa distância no "papamóvel", Francisco presidiu a missa em um grande altar, diante de mais de um milhão de fiéis, além de 10.000 padres, 700 bispos e 30 cardeais.

"É extraordinário poder estar aqui para ver o nosso papa Francisco, que consegue unir as pessoas de todo o mundo", afirmou Pimentel Gomes, padre brasileiro de 52 anos.

Antes de concluir a cerimônia, Francisco revelou uma das informações mais aguardadas de cada edição ao anunciar que Seul, capital da Coreia do Sul, será a sede da próxima JMJ.

"Assim, em 2027, da fronteira ocidental da Europa seguiremos para o Extremo Oriente. E este é um belo sinal da universalidade da Igreja”, afirmou Francisco, enquanto vários jovens da Coreia do Sul, país onde 11% da população se declara católica, exibiam bandeiras de sua nação.

Depois da missa, o pontífice tem um encontro previsto com os 24.000 voluntários que trabalharam na organização da edição portuguesa da JMJ - que foi adiada em um ano devido à pandemia de covid-19 -, antes de retornar ao Vaticano.

- Espontâneo -

Na manhã de sábado, o papa foi recebido por 200.000 fiéis no santuário de Fátima, 130 km ao norte de Lisboa, onde rezou ao lado de jovens enfermos, pessoas com deficiências e seis detentos.

Ao contrário do que estava previsto, o pontífice improvisou quase todo o discurso e não fez as referências imaginadas à paz e à guerra na Ucrânia, que já havia mencionado em um discurso na quarta-feira.

Francisco - que atualmente se desloca em uma cadeira de rodas ou com o auxílio de uma bengala devido ao estado de saúde cada vez mais frágil - já havia modificado o roteiro de um de seus discursos na sexta-feira, após explicar que não estava conseguindo ler bem.

O porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, informou à AFP que a mudança de sexta-feira foi motivada de fato por "um reflexo provocado pela iluminação", enquanto o de sábado foi uma "escolha" do pontífice.

Após descrever o papa como "cansado" no início da visita por sua agenda repleta de eventos, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou ao canal de televisão público RTP que o pontífice "acabou em grande forma nos últimos dois dias".

"À medida que o dia avançava, ele demonstrava uma alegria, estava relaxado... Deixava de lado os papéis, falava o que estava no coração", declarou o chefe de Estado, um conservador e católico fervoroso.

Durante a visita, a mais longa de um papa a Portugal, o primeiro pontífice latino-americano da história abordou vários temas, como o meio ambiente, as redes sociais, a guerra na Ucrânia ou a pedofilia na Igreja.

Os fiéis muçulmanos chegam à Arábia Saudita para a grande peregrinação de Meca, o hajj, que começa oficialmente no domingo com mais de dois milhões de participantes, número similar ao registrado antes da pandemia de Covid-19 e suas restrições sanitárias.

O hajj é um dos cinco pilares do islã que todo muçulmano com recursos suficientes deve cumprir ao menos uma vez na vida.

Mas desde o início da pandemia de 2020, as autoridades sauditas limitaram o número de visitantes, elevando progressivamente a cota de peregrinos até quase um milhão em 2022.

Berço do islã, a rica monarquia do Golfo, que abriga os locais mais sagrados desta religião, acabou neste ano com as restrições relativas à quantidade e idade dos peregrinos, mas continua com a exigência de vacinação.

"Mais de dois milhões de peregrinos virão de mais de 160 países para a maior congregação muçulmana da história", celebrou o ministro saudita do hajj, Tawfiq al Rabiah.

Em 2019, antes da pandemia, quase 2,5 milhões de muçulmanos participaram na peregrinação.

Nos últimos meses, o reino já recebeu sem restrições os fiéis que cumprem a omra, ou "pequena peregrinação" à Meca, que pode ser realizada ao longo do ano.

Para o hajj anual, as ruas da cidade sagrada já estão lotadas. Os homens, grande maioria do público, usam o ihram, que consiste em dois mantos de tecido branco que envolvem o corpo.

- Desafio logístico -

Depois do petróleo, o turismo representa uma fonte de recursos essencial para a Arábia Saudita. Antes da pandemia, o hajj e a omra proporcionavam quase 12 bilhões de dólares por ano ao país.

Cada vez mais preocupada em diversificar sua economia, a monarquia aspira mais e pretende receber 30 milhões de peregrinos até 2030.

Para Riad, a peregrinação também significa "uma importante fonte de prestígio no mundo muçulmano", afirma Umar Karim, especialista em Arábia Saudita da Universidade de Birmingham (Reino Unido).

O hajj, no entanto, também representa um desafio logístico "que vai da gestão da multidão até o controle sanitário, passando pela instalação de abrigos adequados para um fluxo tão grande", afirmou o pesquisador à AFP.

A história da peregrinação é marcada por várias tragédias, incluindo tumultos fatais. Mas desde 2015 não acontece um incidente de grandes proporções.

As temperaturas elevadas em uma das regiões mais quentes do mundo também representam um desafio cada vez mais importante: as autoridades instalaram vários centros de atendimento e convocaram 32.000 profissionais de saúde.

Ao longo dos anos, o governo também desenvolveu infraestruturas e mecanismos para aumentar a fluidez da passagem dos peregrinos.

- "Rota de Meca" -

Uma das iniciativas é a "Makkah Route" (Rota de Meca), adotada em 2019. Com a medida, ao desembarcar dos aviões os fiéis são transportados de ônibus diretamente da pista para os hotéis, onde recebem suas bagagens.

Isto permite aos visitantes "organizar todos os procedimentos relacionados à bagagem, saúde e vistos no país de origem", disse à AFP o tenente-general Suleiman al-Yahia, do ministério do Interior.

Ele explica que "quando o peregrino embarca no avião é como se entrasse em um voo doméstico".

No coração da Grande Mesquita de Meca, alguns peregrinos já começaram a circundar a Kaaba, uma estrutura cúbica preta na direção da qual rezam os muçulmanos de todo o mundo.

Na segunda-feira, os fiéis seguirão para Mina, a cinco quilômetros da Grande Mesquita, antes de subir o Monte Arafat no dia seguinte.

O papa Francisco se despediu nesta quinta-feira (5) de seu antecessor Bento XVI, falecido no sábado (31) aos 95 anos, em funeral solene realizado diante de milhares de fiéis e de personalidades do mundo todo reunidos na Praça de São Pedro.

"Bento (...) que a tua alegria seja perfeita escutando definitivamente, e para sempre, a voz" do Senhor, pediu o papa durante a missa presidida em cadeira de rodas.

No último adeus, Francisco destacou sua "entrega contínua nas mãos de seu Pai. Mãos de perdão e compaixão, de cura e misericórdia, mãos de unção e de bênção", pouco antes de o caixão ser transportado para o interior da Basílica de São Pedro para sepultamento.

O papa argentino falou diante do caixão de madeira, onde jaz o corpo de Joseph Ratzinger, com uma cópia dos Evangelhos em cima e colocado no átrio da Basílica.

A presença de um papa no funeral de seu predecessor não tem precedentes na história recente da Igreja.

Francisco esteve rodeado por cinco cardeais no altar instalado no átrio que domina a imensa esplanada.

Terminada a missa, de pé, apoiado por uma bengala e sem paramentos, Francisco abençoou o caixão e tocou-o com a mão para se despedir.

- "Santo subito" -

Entre os fiéis que assistiram à cerimônia estavam muitos padres e freiras, que fizeram fila desde a madrugada para entrar na Praça.

"Para mim, ele é um grande 'doutor' (título para santos eruditos) da Igreja. Sempre pensei assim", disse à AFP a freira mexicana Erica Merino Peña, uma das primeiras a entrar.

Um cartaz com "Santo subito" se destacava entre a multidão, lembrando os cânticos da multidão, em 2005, que pedia a rápida canonização de João Paulo II.

O funeral do pontífice alemão, que renunciou ao trono de Pedro em 2013 após oito anos de pontificado, foi "solene, mas sóbrio", como desejava Bento XVI.

A cerimônia teve início às 9h30 (5h30 de Brasília). Durou uma hora e 20 minutos e foi concelebrada por pelo menos 4.000 religiosos, entre cardeais e bispos de todo mundo.

Entre os presentes, estavam vários chefes de Estado e de Governo, incluindo os presidentes de Itália, Polônia, Hungria, Portugal, o rei Felipe da Bélgica e a rainha emérita espanhola Sofia, além de diplomatas de várias nacionalidades.

Cerca de 50.000 pessoas compareceram, segundo fontes do Vaticano.

No total, 195 mil pessoas passaram durante três dias pelo velório, de segunda a quarta-feira. O corpo de Joseph Ratzinger foi colocado em um catafalco coberto por um pano dourado, rodeado por dois guardas suíços vestidos de gala, em frente ao altar-mor da Basílica de São Pedro.

Bento XVI, que nos últimos dez anos se manteve afastado da vida pública em um mosteiro no Vaticano, será sepultado na cripta da Basílica.

- Medalhas -

Como Joseph Ratzinger renunciou ao ministério antes de morrer, seu funeral respeitou parte da liturgia reservada aos papas, mas "com algumas diferenças", observou o porta-voz da Santa Sé, Matteo Bruni.

Manteve-se a tradição de colocar sobre o caixão de cipreste as medalhas e moedas cunhadas durante seu reinado, bem como os pálios.

Um breve resumo do pontificado também foi colocado dentro do caixão, antes de ser selado e colocado em um de zinco.

Nesta quinta-feira, o Vaticano divulgou o texto, no qual se refere a Bento XVI como "papa emérito" e cita a frase em latim por ele pronunciada durante sua renúncia em 11 de fevereiro de 2013.

Será sepultado nas Grutas do Vaticano, no túmulo que pertenceu a João Paulo II até que ele fosse transferido para uma capela em São Pedro, após ser beatificado.

Na Alemanha, a conferência episcopal convidou as igrejas do país a tocarem os sinos às 11h, em homenagem ao primeiro papa alemão da era moderna.

Nascido em 1927, Joseph Ratzinger ensinou teologia por 25 anos na Alemanha, antes de ser nomeado arcebispo de Munique.

Após um pontificado marcado por múltiplos escândalos e intrigas e tendo passado os últimos dez anos de sua vida rezando e estudando, Bento XVI foi acusado no início de 2022 de ter acobertado quatro padres pedófilos quando era arcebispo na Alemanha. Ele negou este caso até o fim de sua vida.

Centenas de fiéis fazem fila nesta terça-feira (3) para o segundo dia de velório público do papa emérito Bento XVI, morto no último dia 31 de dezembro, aos 95 anos de idade.

A despedida acontece na Basílica de São Pedro, no Vaticano, até esta quarta (4), sempre das 7h às 19h (horário local). Já o funeral será celebrado na quinta-feira (5) pelo papa Francisco, que se tornará o primeiro pontífice na história a presidir o rito fúnebre de um antecessor.

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O primeiro dia de velório público de Joseph Ratzinger, na última segunda (2), reuniu cerca de 65 mil pessoas, de acordo com o Vaticano. Já nesta terça, começaram a chegar em Roma as primeiras delegações e personalidades estrangeiras, como o líder da Igreja Católica Siríaca, Inácio José III Younan.

"Sempre tive a convicção de que Bento XVI era um verdadeiro homem de Deus, um exemplo para todos que foram chamados a seguir Jesus", disse o patriarca.

Bento XVI morreu no último dia de 2022, após uma piora em seu estado de saúde no período de Natal, quando ele começou a apresentar problemas respiratórios.

Nascido na pequena cidade de Marktl am Inn, no estado alemão da Baviera, em 16 de abril de 1927, Ratzinger governou a Igreja Católica entre 2005 e 2013, quando se tornou o primeiro papa a renunciar em quase 600 anos.

Da Ansa

Milhares de fiéis madrugaram, nesta segunda-feira (2), para dar seu último adeus ao papa emérito, Bento XVI, na capela funerária instalada na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

Bento XVI faleceu no sábado (31), aos 95 anos.

A longa fila chegava à imensa Praça de São Pedro e rodeava as famosas colunas de Bernini, guardadas por um importante dispositivo de segurança e também por centenas de jornalistas do mundo inteiro que foram cobrir o enterro do papa.

"Estou aqui desde as seis da manhã. Me pareceu normal vir homenagear o papa, depois de tudo o que ele fez pela Igreja", disse à AFP a freira italiana Anna Maria.

"Foi um grande papa, profundo e único", elogiou a italiana Francesca Gabrielli, que saiu da Toscana para se despedir de Joseph Ratzinger.

O corpo do primeiro pontífice alemão da era moderna foi transferido, na madrugada, da pequena capela privada do Mosteiro Mater Ecclesiae, onde residia desde sua renúncia em 2013, nos jardins do Vaticano, para a basílica no curso de uma cerimônia privada, informou a assessoria de imprensa do Vaticano.

Vários cardeais e membros da Cúria Romana velam o morto, enquanto o secretário particular por anos do papa emérito, o bispo Georg Gänswein, recebe as condolências das autoridades.

"Senhor, eu te amo" foram as últimas palavras pronunciadas em italiano pouco antes de ele falecer, no sábado, na presença de uma enfermeira, relatou o bispo Gänswein.

Os fiéis entram em silêncio pelo corredor central do maior templo católico do mundo, a maioria fotografando com seus celulares o corpo do papa emérito.

Alguns rezam, ou fazem o sinal da cruz, ao passar por seus restos mortais.

Um círio alto e muitas velas iluminam parte do recinto, enquanto o cheiro de incenso perfuma o ambiente.

Entre os primeiros a chegar para se despedir de Bento XVI, estavam a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e o presidente da República, Sergio Mattarella.

As autoridades de Roma estimam que cerca de 30.000 pessoas por dia visitarão a capela.

As portas da imensa basílica permanecerão abertas ao público das 9h locais (5h em Brasília) às 19h (15h em Brasília) desta segunda-feira. Na terça e na quarta-feira, a visita será das 3h às 15h (ambos, horário de Brasília). O acesso é gratuito e sem necessidade de agendamento prévio, especificou o Vaticano.

O papa Francisco prestou várias homenagens públicas ao "amado" Bento XVI, "fiel servidor do Evangelho e da Igreja", recordando sua "bondade", "nobreza", "testemunho de fé e de oração, sobretudo, nestes últimos anos de vida aposentada".

Nas imagens divulgadas pelo Vaticano no domingo, o falecido aparece deitado sobre um catafalco, vestido de branco com uma casula vermelha, cor do luto papal, com uma mitra branca debruada a ouro e um rosário entrelaçado nas mãos.

A pequena capela privada do mosteiro, onde o pontífice emérito residia desde sua renúncia em 2013, localizado em meio aos jardins do Vaticano, é um espaço particularmente sóbrio, com crucifixo, uma árvore de Natal e um presépio, contrastando com os imponentes salões e altares barrocos da Basílica de São Pedro onde agora se encontra exposto ao público.

Na quinta-feira (5), Francisco presidirá o funeral do papa emérito na imensa praça de São Pedro.

- Funeral de um papa sem funções -

O funeral de um papa emérito, ou seja, sem funções, não tem um protocolo específico, motivo pelo qual se decidiu seguir alguns dos passos a serem adotados no caso do falecimento de um pontífice em exercício. Esta é a primeira vez na história que um papa preside o funeral de seu predecessor.

Inédita e sóbria, a cerimônia começará às 5h30 (horário de Brasília), conforme anunciado pelo Vaticano.

Com este ato, termina a saga dos "dois papas", os dois vestidos de branco, que conviveram por quase uma década no menor Estado do mundo.

Em 2005, o corpo de João Paulo II, o último papa a morrer, foi exposto no Vaticano para receber a homenagem de inúmeros chefes de Estado e de Governo, além de fiéis que ficaram horas em longas filas.

Um milhão de pessoas compareceram ao funeral do carismático papa polonês. Embora a popularidade de Bento XVI nunca tenha alcançado a de João Paulo II, o pontífice alemão, que reinou de 2005 a 2013, foi chefe de Estado e, como tal, será homenageado por altas autoridades e fiéis.

Ao fim da cerimônia, o caixão do pontífice emérito será enterrado nas grutas vaticanas, debaixo de São Pedro, onde se encontram os túmulos dos papas, informou o Vaticano em um comunicado.

Após oito anos de pontificado marcados por múltiplas crises e escândalos, e tendo passado os últimos dez anos de sua vida rezando e estudando, Bento XVI foi acusado, no início de 2022, de ter acoberto quatro padres pedófilos quando era arcebispo na Alemanha. Uma mancha que maculou seu papado e que ele negou até o fim de sua vida.

 A pastora Michelly Bezerra, da igreja Assembleia de Deus localizada em Sorocaba, interior de São Paulo, publicou um vídeo em suas redes sociais pedindo que os fiéis de esquerda parem de pedir orações por seus familiares. 

  “Por favor, não me procurem mais para pedir oração por crianças que estão nas UTIs, crianças de seus amigos, sobrinhos, sobrinhas, que estão correndo risco de vida. Porque quem vota em alguém que é à favor do aborto pra mim deixa claro que a vida de uma criança não é importante nem necessária”, declara. 

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  Michelly ainda diz que fiéis não peçam orações por parentes usuários de drogas. “Não me peçam mais oração para que o senhor venha libertar o seu sobrinho das drogas, porque legalizando a maconha, pra mim, entendo que ele vai ter como incentivo se drogar a vida inteira”, reitera. 

 As afirmações fazem referência às fake news que circularam sobre o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no período eleitoral, que o acusavam de apoiar a legalização do aborto e das drogas em sua campanha. As informações foram refutadas por agências de checagem e por Lula, que esclareceu que não defende essas causas. 

  De acordo com reportagem do G1, após o contato com a pastora, ela apagou o vídeo pediu desculpas por meio de uma mensagem no WhatsApp.

Os paraenses tomaram conta das ruas de Belém nesse domingo (9). Cerca de dois milhões e meio de devotos, segundo estimativa da Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup), participaram da grande procissão do Círio de Nazaré pelas ruas centrais da capital paraense. A Igreja voltou a promover romarias presenciais depois de dois anos de pandemia, 2020 e 2021, período em que não houve procissão oficial da celebração católica.

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Foram mais de cinco horas de romaria, no Círio de número 230, em um percurso de três quilômetros e 600 metros. A romaria saiu às 7h20 da Catedral de Belém, após missa celebrada por Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará. A procissão que seguiu em direção à Basílica Santuário, local em que a imagem foi encontrada em 1700 pelo caboclo Plácido.

No percurso pelo centro de Belém, a procissão passou por alguns dos principais monumentos representativos da história da cidade, recebendo diversas homenagens em frente a órgãos públicos, escolas e empresas.

Nos últimos dois anos, em decorrência da pandemia da covid-19, foram suspensas todas as procissões do Círio. Para amenizar essa distância, a imagem da Virgem de Nazaré chegou a sobrevoar a cidade de Belém de helicóptero, especialmente por cima dos hospitais, de onde saíram muitos pedidos de cura e para onde foram direcionadas muitas das orações nesse período.

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O publicitário Danilo Caetano, 44 anos, acompanha o Círio desde criança com sua mãe e foi agradecer pela graça alcançada. “Além da própria saúde em relação à pandemia, compramos uma casa, um sonho realizado. A gente tinha que vir aqui esse ano, é um ano especial de retorno da festa. É a celebração pela vida e ao mesmo tempo uma conquista pessoal que é a nossa casa, nossa casinha linda”, contou.

Para Danilo, o Círio é um momento de celebração pela vida, gratidão e renovação de fé. “Saímos de uma pandemia tão difícil para todo mundo, e estar aqui também é um agradecimento”, afirmou.

José Antônio Bahia, 61 anos, é guarda da santa há seis anos e se orgulha de servir a Nossa Senhora de Nazaré. “Eu tive diabetes, um buraco no meu pé e eu não tomo remédio e não tomo nada e eu somente pedi pra Deus, indo à Basílica. Eu tenho muito orgulho de Nossa Senhora de Nazaré, eu vou chorando cada hora que vou falando dela, não tenho explicações do meu amor por ela. É uma felicidade participar desse Círio”, ressaltou.

Antônio Bahia disse que seu sentimento de alegria ao estar na celebração de fé é inexplicável. “O sentimento é uma alegria que não tenho palavras para explicar. Esses dois anos parados com a pandemia que houve e agora poder estar participando de novo é uma alegria”, finalizou.

Por Amanda Martins (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

No dia em que recebeu o presidente Jair Bolsonaro (PL), nessa terça-feira (4), a direção da Assembleia de Deus declarou que vai punir fiéis que defenderem pautas de esquerda. O alerta foi emitido em um informe assinado pela 49º Assembleia Geral Ordinária da Convenção Fraternal das Assembleias de Deus de São Paulo (Confradesp). 

A carta ameaça representar membros contrários à ideologia defendida por Bolsonaro ao conselho de ética para que sejam aplicadas de medidas cautelares. O alvo seria àqueles que "defendem pautas de esquerda dentro da cosmovisão marxista", sob a justificativa de se basear em uma "filosofia em choque com princípios cristãos". 

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A convenção é comandada por José Wellington Bezerra da Costa, pai do deputado federal bolsonarista Paulo Freire da Costa (PL). O documento ainda destacou outros pontos para influenciar o voto dos fiéis. Segundo a Folha de S. Paulo, que obteve acesso ao circular, a diretoria da Assembleia de Deus rechaçava a participação de Lula (PT) na eleição e reforçava o "apoio expresso" do ex-presidente a "religiões demonistas". 

De acordo com os líderes evangélicos, a candidatura do petista "defende pautas favoráveis à desconstrução da família tradicional, à legalização total do aborto, à erotização das crianças, à ideologia de gênero, à liberação das drogas ilícitas, à relativização da Bíblia Sagrada, à censura à liberdade religiosa e ao aparelhamento da educação com ideologia marxista". Contudo, nenhum dos pontos é abordado no plano de governo do ex-presidente.

O papa Francisco, de 85 anos, anunciou nesta quarta-feira (26) que está com uma inflamação no joelho que o impediu de caminhar para a tradicional saudação aos fiéis, ao término da audiência geral semanal no Vaticano.

"Hoje não vou passar entre vocês para cumprimentá-los, porque estou com um problema na perna direita. Estou com um ligamento do joelho inflamado", explicou o pontífice argentino aos fiéis que assistiam à audiência.

"É temporário. Parece que é algo que acontece com os idosos, então, não sei por que aconteceu comigo", brincou, provocando risos dos fiéis presentes na sala Paulo VI.

O papa se limitou a dar a bênção aos fiéis sentado de uma cadeira e evitou caminhar entre os presentes para cumprimentá-los, como tem o hábito de fazer.

Francisco, que em março completa nove anos de pontificado, tem problemas no nervo ciático, algo que lhe causa fortes dores. Em julho passado, foi submetido a uma delicada operação no cólon.

Seu estado de saúde costuma ser alvo de rumores no Vaticano, sobretudo, de seus críticos.

Durante a audiência, o sumo pontífice também rezou pela paz na Ucrânia e pediu que as crianças não sejam condenadas por sua orientação sexual.

"Aos pais que descobrem diferentes orientações sexuais de seus filhos", o papa convidou-os a "ajudá-los e a não se refugiar em uma atitude de condenação".

A tímida movimentação de fiéis frustrou a expectativa do comércio de fim de ano no ciclo de homenagens à Nossa Senhora da Conceição, na Zona Oeste do Recife. Nesta terça-feira (7), vendedores mais antigos lamentaram a falta de clientes ao comparar com anos anteriores, enquanto estreantes estão animados pela procura de artigos religiosos na 117ª Festa do Morro.

Desapontado pela ausência das tradicionais caravanas do Interior, Romildo Paulino, dono de uma barraca ao lado da igreja há 40 anos, enxerga que a crise econômica já atrapalha mais do que a pandemia.

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“A própria situação dificulta. Muita gente ainda não recebeu o 13º [salário], um ano de muito desemprego. Então isso tudo dificulta com a própria doença dessa pandemia”, disse.

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Os consumidores perceberam que produtos como terços, calendários e até mesmo da água mineral tiveram um aumento de preço.

Questionada sobre as críticas da clientela, a autônoma Juliana dos Santos brincou: “aparece um ou outro perdido que reclama, que é chorão”.

Há seis anos na celebração da padroeira afetiva do Recife, a comerciante Edivânia Rodrigues relatou que as vendas "estão péssimas" e explica que o reajuste teve que ser repassado aos clientes para garantir o lucro se propõe a enfrentar o sol para tirar o sustento.

“Ano passado a gente comprou mais barato e esse ano aumentou”, pontuou ao comentar sobre a logística de transporte dos produtos que vêm de fora do estado.

Em seu primeiro ano na Festa da Santa, Sandra da Silva conta que reservou um dinheirinho para investir na venda de calendários. Essa foi a forma que encontrou para trabalhar perto de casa, já que está desempregada. “Tô sem trabalhar, sem fazer nada em casa e como tenho filho vim vender”, concluiu.

Brinquedos e doces são deixados na sepultura, em homenagem à Menina Sem Nome. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

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Amarelo e coberto de cartas, doces, velas e brinquedos, o túmulo da Menina Sem Nome contrasta com os demais equipamentos que compõem o Cemitério de Santo Amaro, na região central do Recife. Na sepultura, foi enterrado o corpo de uma criança encontrada morta na faixa de areia da Praia do Pina, no dia 23 de junho de 1970. Seu cadáver- que trajava apenas uma calça curta de adulto, apresentando ferimentos de facadas, além de mãos e pescoço amarrados por corda- nunca foi reclamado pela família, motivo pelo qual a criança foi sepultada como indigente. A brutalidade do caso chocou a sociedade pernambucana e criou uma santidade popular: todos os anos, visitantes vão ao cemitério para pedir ou agradecer por uma graça supostamente alcançada com a ajuda da criança.

A técnica de enfermagem Maria José Justino, conta que visita a Menina Sem Nome desde a infância. “Eu estudava em uma escola aqui perto e sempre vinha com minhas colegas. Fizemos muitos pedidos e alcançamos nossos objetivos”, garante. Nesta segunda (1), ela foi ao túmulo para acender velas e deixar um saco de bombons. “Pedi a graça de emprego para o meu filho, que está formado e pós-graduado na área de logística e não consegue trabalho, porque muitas lojas fecharam durante a pandemia”, afirma.

Maria José roga para que o filho conquiste um emprego. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

Os bombons deixados na sepultura por Maria José são cuidadosamente vigiados pelo segurança do cemitério, Daniel Oliveira, que, afeiçoado ao túmulo, resolveu para garantir a ordem em torno do túmulo. “Se deixar, a turma bagunça tudo aí,  perturbando pelos doces, então venho ajudar como voluntário. Todo ano, pego os bombons e brinquedos que o pessoal deixa e dou para as crianças que moram na rua. Ela não quer mais, está descansando ao lado do Pai”, comenta o segurança.

Daniel conta que trabalhadores do entorno do cemitério dizem já ter testemunhado a aparição da Menina Sem Nome. “Já viram uma menina entrando com uma cestinha no cemitério, à noite. Um funcionário a seguiu e a encontrou ajoelhada chorando, de frente ao túmulo”, completa.

O segurança Daniel Oliveira, protetor voluntário da Menina Sem Nome. (Júlio Gomes/LeiaJa Imagens)

Dentre os fiéis da Menina Sem Nome, há ainda aqueles que buscam consolo após a morte de entes queridos em razão da covid-19. “Saí hoje porque tenho um filho que morreu de covid-19 esse ano, ele era enfermeiro, tinha 31 anos. Vim acender uma vela para ver se saio desse aperreio”, explica a dona de casa Amélia da Costa Silva.

Mistério policial

Quatro dias depois do crime, o Diario de Pernambuco divulgou a prisão de Arlindo José da Silva, apontado como principal suspeito do homicídio. O homem localizou o corpo da criança nas proximidades de sua barraca de cocos. As reportagens da época repassaram informações do Instituto de Medicina Legal, que havia constatado a presença de resquícios da mesma comida ingerida por Arlindo no dia do crime no estômago da vítima. Além disso, uma lavadeira declarou ter encontrado manchas de sangue nas calças do acusado, cujas roupas teria lavado um dia depois do homicídio.

Em 30 de junho, o jornal publica o nome de outro acusado: Geraldo Magno de Oliveira, que ficou conhecido como o “Monstro do Pina”. Durante o inquérito, ele confessou que atraiu a menina oferecendo-lhe cinco cruzeiros para que ela tirasse a roupa. Geraldo, contudo, se recusou a entregar o dinheiro à menina, que o insultou e ameaçou relatar o ocorrido. Ele, então, desferiu golpes com faca contra a vítima, usando cordas de uma jangada para amarrá-la.  No depoimento, o acusado alegou que estava bêbado e não teve a intenção de matar a criança.

De acordo com a pesquisa acadêmica intitulada “A menina sem nome: Crime e devoção”, realizada por pesquisadores do Departamento de História da Universidade Católica de Pernambuco, a Menina Sem Nome só foi sepultada no dia 3 de julho. “Na ocasião, José Antônio Braga, diretor da Casa do Menor, ofereceu o funeral. Estima-se que quase mil pessoas acompanharam o enterro”, diz o texto dos historiadores.

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A Polícia Civil do Ceará prendeu dois homens, um deles tido como líder religioso, suspeitos de praticarem pelo menos sete crimes de estupro e estupro de vulnerável em um espaço religioso localizado no município de Iracema, a 430km da capital do estado, Fortaleza. Os dois também são acusados de extorsão, ameaça e lesão corporal.As capturas ocorreram no âmbito da Operação “Corpo Fechado”, deflagrada na última sexta (30), com o objetivo de localizar a dupla.

Também foram cumpridos três mandados de busca e apreensão. As vítimas são sete mulheres -sendo três delas adolescentes-, com idades entre 14 e 36 anos, que também foram ameaçadas e obrigadas a deixar seus pertences pessoais com o líder religioso.

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No espaço religioso, os policiais apreenderam quatro celulares e um tablet, que passarão por perícia. Em um primeiro momento, os suspeitos foram encaminhados para a Delegacia Municipal de Iracema e, posteriormente, levados para uma unidade prisional.

Quem tiver quaisquer informações que possam auxiliar nas investigações do caso pode entrar em contato com o Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), através do telefone 181, bem como com o Whatsapp (85) 3101-0181, por onde é possível enviar mensagem, áudio, vídeo e fotografia.

Outro contato disponível é o telefone (88) 3428-5020, da Delegacia Municipal de Iracema. As autoridades policiais garantem o sigilo e o anonimato dos denunciantes.

Pelo segundo ano consecutivo, a tradicional procissão com a imagem de Nossa Senhora do Carmo, que costuma reunir milhares de fiéis nas principais ruas do Centro do Recife foi suspensa devido à pandemia da Covid-19. No entanto, para celebrar a 325ª festa da padroeira da capital, a imagem peregrina da Santa vai circular em um carro aberto na tarde desta sexta-feira (16).

A organização do ciclo de celebrações explica que o decreto decorrente da crise sanitária impede a aglomeração de pessoas, por isso, mais uma vez os fiéis não poderão acompanhar o trajeto com a Santa.

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"Este é o segundo ano consecutivo que não vai ocorrer a tradicional procissão com a imagem de Nossa Senhora do Carmo pelas vias próximas à Basílica, devido à pandemia do novo coronavírus. A medida visa atender ao decreto estadual e ao pedido da Arquidiocese de Olinda e Recife no tocante de evitar aglomerações, sendo essa uma das medidas de combate da enfermidade", informou em nota.

A festa deste ano traz o tema "Mãe do Carmelo, contigo e Teu Esposo, São José subimos à Casa do Senhor!" e carrega o lema “No centenário da Basílica, somos todos pedras vivas!".

A programação para o dia da padroeira (16) conta com 15 celebrações de hora em hora, a partir das 4h até às 18h, em três locais diferentes do Complexo das Carmelitas, área Central do Recife: Basílica do Carmo, o claustro do Convento e a Igreja da Ordem Terceira do Carmo.

A solenidade de encerramento da Festa de 2021 será celebrada pelo arcebispo metropolitano de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, às 9h com transmissão pela Rede Vida de Comunicação, canal do Youtube da TV Carmelo e Rádio Olinda FM 105,3.

A saída da imagem peregrina em carro aberto será às 14h com previsão de retorno às 18h.

Confira o roteiro de peregrinação que a Santa vai percorrer:

Av. Dantas Barreto

Av. Sul

Afogados

Ponte Motocolombó

Av. Mascarenhas de Morais

Viaduto Tancredo Neves sentido Boa Viagem

Rua Ernesto de Paula Santos

Av. Boa viagem

Pina - faixa à direita da Antônio de Góis

Viaduto Capitão Temudo

Av. Agamenon Magalhães

Rua Odorico Mendes

Rua Jerônimo Vilela

Av. prof. José dos Anjos (canal)

Rua Petronila Botelho

Rua do Machado

Rua da Regeneração

Av. Beberibe sentido Beberibe

Retorno na Praça Beberibe sentido centro

Encruzilhada

Cruza a Av. Norte

Rua Conselheiro Portela

Cruza a Av. Rosa e Silva segue em frente

Av. Rui Barbosa

Cruza a Av. Agamenon Magalhães

Parque Amorim

Rua João Fernandes Vieira

Rua Joaquim Felipe

Rua João de Barros

Rua do Príncipe

Av. Princesa Isabel

Ponte Princesa Isabel

Praça da República

Rua do Imperador

Av. N. Sra do Carmo

Basílica do Carmo - Chegada.

A 116ª Festa de Nossa Senhora da Conceição chega ao fim nesta terça-feira (8). Por conta da pandemia da Covid-19, a celebração religiosa - realizada desde o dia 28 de novembro - não contou com procissões e atrações culturais este ano. 

Apesar do medo e dos protocolos de segurança, muitos fiéis subiram o morro para pagar promessas e agradecer a Nossa Senhora da Conceição pelas graças alcançadas. Confira imagens do último dia da festa:

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Nem o forte sol, nem o medo do coronavírus impediram os devotos de Nossa Senhora da Conceição de subirem o Morro, neste sábado (8), para reverenciar a Virgem. Este ano, por conta da pandemia, a organização da festa organizou filas no portão que fica aos pés da imagem para minimizar a aglomeração de pessoas no local.

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Esta é a primeira vez que a entrada dos fiéis no santuário é organizada dessa maneira. No portão C, voluntários controlam a passagem das pessoas e recolhem objetos e velas trazidos para receber uma benção. Segundo Elton Rodrigues, de 18 anos - há quatro trabalhando na festa -, a tarefa não tem sido muito simples. "Tem gente que insiste em entrar, mas a gente tenta organizar. Estamos fazendo isso para evitar aglomeração e o coronavírus". 

Pela quantidade de pessoas, algumas não aguentam esperar para chegar aos pés da santa e se ajoelham na fila mesmo. Após uma oração, ajoelhada no asfalto, Verônica Santos falou sobre sua devoção. Moradora do bairro dos Bultrins, em Olinda, ela vem de casa caminhando até a Zona Norte do Recife, há seis anos, para provar sua fé.

Segundo Verônica, a Virgem já a atendeu em inúmeras graças, algumas "impossíveis de acreditar" e a confiança nela é imensa. "Tudo é a fé interna. Ela é tão certeira que vários trechos do caminho são estranhos, mas sempre aparece alguém para me acompanhar e as pessoas esperam eu passar. Me sinto protegida".

Também aguardando na fila, Maria Adisa parecia satisfeita com a organização. Ela disse que a espera estava fluindo rapidamente e que valia à pena aguardar para chegar perto de Nossa Senhora da Conceição. "Venho todos os anos, todo ano deveria ser assim (com fila). Tudo vale à pena por causa da nossa fé. A fé nela é imensa".

A pandemia não abala a devoção à Nossa Senhora da Conceição, mas modificou a rotina de cerca de 300 voluntários da 116ª Festa do Morro, na Zona Norte do Recife. Em condições opostas, Ananda Duarte comemora a estreia como voluntária na celebração, enquanto Dona Maria José lamenta ter que interromper seus 45 anos de apoio à festa, por conta da Covid-19.

Aos 93 anos, Dona Maria José é natural de Gravatá, no Agreste de Pernambuco, e lembra que ao chegar no Morro da Conceição, em 1975, ainda orava em uma simples capela, que deu lugar ao grandioso santuário. Desde então, a idosa mora ao lado da imagem da Santa e dedica suas conquistas à Virgem Imaculada.

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Incluída no grupo de risco da Covid-19, ela lembra do esforço em prol dos ciclos da padroeira afetiva do Recife e não esconde a frustração de estar longe da festa. Afastada dos trabalhos pela paróquia, Dona Maria tenta participar mesmo à distância e fez da casa um espaço para produzir de luminárias de garrafa pet, usadas no encerramento das homenagens, nesta terça-feira (8).

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Em sua primeira experiência como voluntária, a integrante do grupo jovem da igreja, Ananda Duarte, de 17 anos, ficou responsável por reforçar a proteção sanitária dos fiéis na entrada e na mobilidade interna do santuário.

Envolta em um sentimento de gratidão, a estudante conta que é a única católica da família e garante que o cansaço dos dias de serviço é recompensado com o reconhecimento dos fiéis. Segundo a jovem, o contato com a fé das pessoas é um incentivo para participar da organização da Festa nos próximos anos.

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"Terço a partir de R$ 3, cinco fitas por R$ 1, R$ 5 faço dois calendários e a vela sai por R$ 2", é a proposta oferecida pelo ambulante Edvaldo Neto aos devotos de Nossa Senhora da Conceição. Em meio à crise financeira agravada pela pandemia, o desemprego é atenuado com a venda de artigos religiosos na 116ª Festa do Morro da Conceição, na Zona Norte do Recife. A oportunidade é recebida com a esperança de melhores condições em 2021. 

Em seu primeiro ano de vendas na Festa do Morro, Edvaldo trocou a rotina dentro dos coletivos pelo sol quente dos arredores do santuário. Sem certeza do retorno, investiu apenas R$ 800 e, mesmo com o público reduzido, sentiu potencial para seguir no ramo após o término da celebração. "Graças a Deus as vendas estão boas, pensava que ia ser ruim por causa da pandemia, mas a gente tá vendendo. Eu tô pensando em investir nisso daqui para continuar trabalhando", garantiu.

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Sem emprego formal há três anos, Edvânia Rodrigues divide espaço com outros vendedores de calendário na saída da Imagem. Nos últimos cinco anos, ela alterna os 11 dias da Festa com o marido e consegue vender até 150 calendários nos fins de semana mais movimentados. "Eu nunca ia imaginar que ia tá isso tudo, mas tá ótimo. O pouco com Deus é muito", agradeceu.

Assim como Edvaldo, o objetivo de Edvânia é aproveitar a movimentação de pessoas na visita à Virgem Imaculada. O dinheiro das vendas será investido no próprio negócio, após o abatimento das dívidas de início de ano. "Vou pagar as coisas dos meus quatro filhos e do meu netinho, e vou botar um negocinho para mim de pastel", almeja a moradora do bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife.

Por outro lado, os tradicionais barraqueiros reclamam da proibição deste ano imposta pela Diretoria Executiva de Controle Urbano do Recife (Dircon). "Eu sei que essa doença voltou com toda a carga, mas acontece que a pandemia só é pra gente? A gente podia colocar uma barraca aqui, outra com dois metros, mas ninguém colocou", criticou Nanci Fernandes.

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Ela trabalha na limpeza de uma unidade de saúde e conta que monta seu comércio todos os fins de semana do ano para complementar a renda. Com a restrição da Prefeitura, Nanci precisou alugar um terreno próximo a um dos acessos da igreja para não perder parte do seu rendimento habitual. "Não vai ser como eu vendo todo ano. Tá muito fraquinho, num tá vendendo nada. Tá pingando uma vela, uma água, uma santa" lamentou.

Com as dificuldades já previstas e o gasto fora do esperado, a comerciante conta que até os fornecedores espantaram-se durante as negociações. Em anos anteriores, ela lembra que comprava cerca de R$ 800 em artigos religiosos e, para 2020, adquiriu apenas R$ 257. "Ele chega falou assim, 'Nanci, só vai comprar isso?', eu disse 'claro, que não vou investir numa coisa que não sei como vou pagar'", relatou.

Para quem encerrava a comemoração com cerca de R$ 2.500 no bolso, Nanci faz planos, mas acredita que esse ano será difícil de alcançar o lucro projetado. "Sempre quando chega uma festa, a gente quer comprar uma televisão ou um objeto pra dentro de casa e fazer uma ceia mais reforçada, mas esse ano, infelizmente, não vai acontecer isso", queixou-se.

Em virtude da Covid-19, que já infectou 190.415 pessoas e matou 9.148 em Pernambuco, os administradores do santuário chegaram a enviar um ofício às paróquias da Região Metropolitana do Recife para que não haja romarias. Além da entrada restrita a cerca de 540 fiéis por missa, o acesso só é permitido com máscara de proteção e aferição da temperatura.

Os velários estão fechados ao público, oito pias foram instaladas na área interna e as cinco celebrações diárias são transmitidas simultaneamente no YouTube. Para esta terça (8), nove missas serão dedicadas à Santa.

As celebrações estão marcadas às 0h, 2h, 4h, 6h, 9h, 12h, 14h, 16h e o encerramento às 19h, com o culto presidido pelo arcebispo Metropolitano de Recife e Olinda, Dom Fernando Saburido.

Mesmo com a crise mundial da Covid-19, que acumula mais de um milhão e meio de mortes, a devoção por Nossa Senhora da Conceição atrai milhares de fiéis à Zona Norte do Recife, nesta terça-feira (8). Em celebração pela 116ª Festa do Morro, religiosos mais preocupados com aglomerações anteciparam as homenagens e foram surpreendidos com as normas sanitárias adotadas pelo santuário.

"Tá bem organizado, com muita orientação, mesmo com o fluxo de carros um pouquinho maior. A entrada aqui me surpreendeu, porque eu não esperava que fosse ter álcool e aferição de temperatura", relatou a nutricionista Larissa Amorim, que antecipou a visita à imagem da Santa na sexta-feira (4).

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Moradora do bairro de Parnamirim, também na Zona Norte, desde criança ela renova a fé no dia da Imaculada Conceição. Contudo, a tradição foi rompida pela pandemia neste ano. "Desde que me conheço por gente, venho aqui todos os anos com a família. Na verdade, a gente sempre vem no dia 8, mas com a pandemia, eu vim antes para receber a benção de Nossa Senhora", pontuou Larissa.

A festa da padroeira afetiva do Recife é reconhecida como um dos principais eventos do ciclo religioso do município e recebeu mais de 1,7 milhão de devotos em 2019. "Tenho uma devoção muito grande por ela. Todo ano eu venho pra festa dela e no ano passado, vim no dia dela mesmo, mas com essa pandemia eu vim antes", reforçou a dona de casa Nilza Teixeira, moradora de Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana da capital pernambucana.

Apesar de não haver uma alta expectativa de fiéis presentes neste ano, a celebração de encerramento deve unir menos pessoas. Pernambuco está em alerta por conta do aumento dos índices da Covid-19. O estado totaliza 190.415 casos e 9.148 óbitos em decorrência do novo coronavírus.

Ainda que o vírus cause receio, há fiéis que participam pela primeira vez da celebração, como é o caso do empreendedor Wilson Silva. "Sempre acompanho de longe, esse ano resolvi vir. Como eu estou abrindo um pequeno empreendimento, então pedi a proteção dela para que tudo dê certo e prospere", relatou o autônomo, que saiu do bairro da Imbiribeira, na Zona Sul, para dar continuidade à devoção herdada da mãe.

Sem a disponibilidade de uma vacina eficaz contra a doença, a fé na Virgem é o remédio para a alma. "É uma doença que a gente não sabe como tratar. A gente não vê ela. É pelo ar, né? Aí a gente fica com medo [...] tem que se agarrar com a fé de que tudo vai dar certo e a gente vai sair dessa. A gente tem que ter fé", acrescentou Nilza.

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Em virtude da Covid-19, os administradores do santuário chegaram a enviar um ofício às paróquias da Região Metropolitana do Recife (RMR) para que não haja romarias. Além da entrada restrita a cerca de 540 fiéis por missa, o acesso só é permitido com máscara de proteção e aferição da temperatura.

Os velários estão fechados ao público, oito pias foram instaladas na área interna e as cinco celebrações diárias são transmitidas simultaneamente no YouTube. Para o ápice da comemoração, nesta terça, nove missas serão dedicadas à Santa.

As celebrações estão marcadas às 0h, 2h, 4h, 6h, 9h, 12h, 14h, 16h e o culto de encerramento às 19h, presidido pelo arcebispo Metropolitano de Recife e Olinda, Dom Fernando Saburido.

No país em que 61% da população (118,9 milhões) se declaram católicos, segundo o censo do IBGE de 2019, os padres se tornam intermediários previsíveis do voto desses fiéis. A atuação dos religiosos que se destacam em suas comunidades desperta o interesse de políticos, que procuram os padres com o objetivo de obter apoio nas eleições.

Em Sorocaba, a 87 quilômetros da capital, o padre Flávio Miguel Jorge Junior, gestor da Irmandade Santa Casa - responsável por um dos principais hospitais filantrópicos da região - já perdeu a conta de quantos candidatos recebeu nesta eleição. Foram ao menos cinco disputando uma prefeitura e dezenas de postulantes à Câmara. "Sou um padre, não agente político partidário, mas procuro receber todos os candidatos que me procuram com respeito e equidade", afirma. Jorge Junior diz encarar o assédio com naturalidade. "A Santa Casa é o grande hospital do povo sorocabano e a saúde, não só em Sorocaba, mas em todo o País, é uma das maiores pautas apresentadas pela população."

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Em Olímpia, 446 quilômetros ao norte da capital, o padre Ivanaldo Mendonça, da Paróquia São José, foi procurado para se lançar candidato mas não aceitou - a Igreja exige que os padres renunciem à batina para concorrer a cargos eletivos.

No entanto, ele tem uma atuação de destaque na eleição local. Organizou lives pela internet com os quatro concorrentes à prefeitura e seus vices. "A iniciativa responde aos desafios de que, cada vez mais, os cristãos católicos se empenhem de forma consciente para colaborar na construção de um mundo melhor para todos."

Na segunda-feira, em Jundiaí, a 58 quilômetros de São Paulo, os 13 concorrentes à prefeitura participaram de live coordenada pelo bispo dom Vicente Costa. "O período eleitoral municipal é o momento oportuno de manifestar nossa contribuição para a escolha dos prefeitos e vereadores que se mostrem preparados para conduzir a cidade", afirma o bispo. A diocese realizou encontros com candidatos em outras nove cidades e produziu oito vídeos explicativos sobre a eleição.

Em documento do dia 28 de outubro, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lembrou que o papel do clero é também o de incentivar a participação dos católicos na política. "Darão bons frutos os políticos que priorizarem o bem comum e a vida plena, desde a concepção até a morte natural, de todos os cidadãos, sem quaisquer discriminações, nunca buscando seus próprios interesses pessoais e corporativos", afirma o texto, assinado pelo presidente da CNBB, dom Walmor de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte.

Dos 28 mil membros do clero católico no Brasil, 28 concorrem nestas eleições, segundo o Tribunal Superior Eleitoral. O Código de Direito Canônico, que disciplina a vida eclesiástica, proíbe que os clérigos assumam cargos públicos que implicam em exercício de poder civil. No entanto, a CNBB delega às dioceses a decisão sobre liberar ou não as candidaturas. No Estado de São Paulo, a Igreja Católica reconhece apenas quatro padres candidatos. Todos estão afastados das funções.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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