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Relatos nas redes sociais mostram que eleitores brasileiros voltaram a enfrentar filas nos locais de votação em grandes cidades da Europa. Na maioria dos países da União Europeia (UE), a votação começou às 04h00 do horário de Brasília.

Na França, as primeiras horas de votação foram de grande movimentação de brasileiros em diversas ruas de Paris. Segundo relatos de eleitores, a fila para votação está maior do que no primeiro turno.

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Em Lisboa, as filas começaram a se formar até duas horas antes da votação ter início. A capital portuguesa é o maior colégio eleitoral brasileiro no exterior, com cerca de 45,2 mil eleitores aptos a votar, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em Milão, brasileiros voltam a enfrentar longas filas, mostram vídeos que circulam no Twitter. Desde o primeiro turno, os eleitores que moram no Norte da Itália têm um colégio como opção para votar. Em eleições passadas, eram três espalhadas nas regiões de Lombardia e Veneto.

Segundo maior colégio brasileiro na Europa, Londres abriu as urnas às 5h00 (de Brasília). Por lá, as filas andam rápido e policiais advertem eleitores que passam buzinando pelo West London College, onde ocorre a votação.

A capital pernambucana, que detém alguns dos maiores colégios eleitorais do estado, começou a registrar filas de eleitores ainda no começo da manhã, antes da abertura das seções de votação, que abriram às 8h, seguindo o horário de Brasília. Em ronda nos polos locais, a equipe do LeiaJá acompanhou o início da votação e conversou com eleitores.

No geral, o sentimento é de tranquilidade em relação à tensão política. Apesar de reconhecerem a importância e a polarização das eleições deste ano, a população não vê riscos ao processo eleitoral.

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"Não sou da turma dos indecisos. Já tenho candidato há anos. Esse ano, estou achando o clima normal, tranquilo. Não me envolvo em atritos de política porque não vale a pena. A gente já sabe em quem vota, não adianta influenciar o outro. Depois que passa a política, fica tudo para a gente", disse o autônomo Paulo André, de 53 anos, morador do Recife.

O eleitor foi acompanhado da esposa, Aldecir Lopes, de 54 anos, que também vota na mesma escola estadual em que o marido, em Santo Amaro. Apesar de votarem juntos, o casal diverge nas opiniões.

"Eu e ele já discutimos, porque ele é por um candidato e eu, por outro, mas ficou tudo bem. Só quem decide quem entra no poder é o eleitor e quem entrar, vai precisar fazer por todo mundo. Gostaria muito que fosse o meu, mas se for o dela, tudo bem também. Nossas discussões, no começo, não eram brincadeira, não, mas agora a gente implica só pra se distrair", complementou Aldecir.

Enquanto ele avalia bem a gestão que deixa Pernambuco, Aldecir acredita que o PSB deixou a desejar nas áreas de segurança pública e saúde. O esposo também acredita em um segundo turno estadual e nacional, enquanto a mulher torce por uma vitória em primeiro turno em ambas as frentes.

Eleitor não se sente representado

Outro relato comum é o de decepção do eleitorado com os postulantes. Entre indecisos e pessoas com voto fechado, há quem acredite que os debates foram fracos e a disputa, descentralizada.

"Venho votar porque quero, mas não preciso. Moro perto, venho cedo, mas não fico acompanhando o resultado, não. Às 17h a gente descobre. A gente faz o nosso papel aqui, eles que não fazem os deles. Espero que quem entrar olhe mais pelo pessoal nos morros, cuide da criminalidade, que está muito grande", declarou o senhor Edinaldo Pereira, de 68 anos, que vota em um estádio no Arruda.

"Como eleitora, me sinto decepcionada. Os debates foram um desastre. Nenhum deles me representa. Migrando do Sertão para o Recife, senti muita diferença. Também achei essas eleições agressivas, mas acredito que aqui [Recife], vai rolar tudo bem", desabafou uma eleitora.

De Sertânia, a eleitora Regina dos Santos, de 50 anos, descreveu sua experiência no centro da cidade. "Há um ano moro no Recife. Desenvolvi até síndrome do pânico por causa de assaltos onde moro. Moro no Rosarinho, e às 6h você não pode descer de casa com uma aliança e nem correr, caminhar. Tem que tirar tudo, ir sem celular ou com um homem do lado. [...] Há muito tempo deixam a desejar na segurança, mas também na educação e na saúde", concluiu.

Longas filas nos caixas e prateleiras vazias nos corredores: os supermercados de Hong Kong foram tomados por compradores em pânico nesta terça-feira (1º), após mensagens ambíguas do governo sobre um suposto confinamento total da cidade.

A incerteza levou os moradores da cidade a correrem para supermercados, farmácias e mercados, onde se viam longas filas de clientes e prateleiras vazias em seções de carnes, legumes, sopas instantâneas, ou comida congelada.

Nas farmácias, também era difícil encontrar paracetamol e kits de teste anticovid-19, por exemplo, segundo imagens publicadas nas redes sociais.

"Somos como formigas indo para casa, pegando um pouco em cada loja", disse à AFP uma mulher de sobrenome Wu em um supermercado onde a maioria das carnes e legumes já tinha acabado.

Este centro financeiro internacional enfrenta seu pior surto de coronavírus, com milhares de casos diários que saturaram os hospitais.

Este mês, as autoridades planejam testar todos os 7,4 milhões de moradores e isolar todos os infectados em casa, ou em acampamentos de quarentena que estão sendo construídos às pressas.

A chefe executiva da cidade, Carrie Lam, descartou a aplicação de um confinamento severo durante este processo, mas a secretária de Saúde, Sophia Chan, disse ontem que esta medida está sobre a mesa.

Nesta terça-feira, vários veículos de comunicação locais, como HK01, Singtao e South China Morning Post, noticiaram que as autoridades planejam algum tipo de confinamento durante esse período de triagem.

Com a paralisação de caminhoneiros em prol do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ainda na noite dessa quarta-feira (8), postos de combustíveis foram tomados por filas extensas no Recife. Apesar do alto preço do diesel e da gasolina, a cena se repete na manhã desta quinta (9).

O medo de uma nova crise de abastecimento decorrente do bloqueio de rodovias deu início a uma corrida de consumidores para encher o tanque. O protesto dos caminhoneiros defende pautas antidemocráticas do chefe do Executivo, como o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e o voto impresso, já derrotado no Congresso.

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“Hoje me acordei de 4h para abastecer meu carro e minha moto. Eu vi a paralisação, fiquei com medo e vim encher, e tô enchendo agora o carro do meu irmão”, relatou o eletricista automotivo, Edson da Fonseca, que foi ao posto no cruzamento da Estrada dos Remédios com a Estrada do Bongi, na Zona Oeste da capital.

Após gastar R$ 389 para abastecer o carro e a moto, ele considerou os preços abusivos, exorbitantes e apontou que o combustível consome parte do salário que poderia ser usada em lazer.

“A gente deixa de ter um passeio, um jantar e um almoço só para botar combustível”, disse. “Eu acho isso errado, se eles querem fazer protesto, façam sem prejudicar a gente”, reclamou.

Também preocupado com os efeitos da mobilização, o técnico em Segurança do Trabalho, Rafael Carvalho, chegou cedo ao posto localizado no cruzamento da Rua Fernandes Vieira e com a Joaquim Felipe, no bairro da Boa Vista, área Central da capital.

Mesmo com a possibilidade de trabalhar em esquema home office, ele também se mostrou contra a interdição nas BRs. "Vai gerar um impacto muito forte no nosso bolso. A gente que vai pagar o pato", prevê.

Com o avanço da covid-19 por todo o Brasil, gestores de saúde têm visto o aumento das filas por leitos de UTI, mas as redes de saúde local têm sofrido para dar conta da demanda. Em regiões mais críticas, como Santa Catarina, pacientes morrem por falta de vaga e parte dos internados foi transferida para o Espírito Santo. Em seis Estados, a lista de espera por leitos de terapia intensiva tem 1.372 nomes.

Na Bahia, 337 pacientes aguardam vaga, segundo a Secretaria Estadual da Saúde. A situação não é muito diferente em Goiás, onde atualmente há 300 pacientes esperando vaga para o tratamento de Covid-19. No Estado, 15 hospitais públicos estão com as UTIs lotadas, e em nove unidades já faltam vagas até de enfermaria.

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No Rio Grande do Sul, onde 288 pacientes aguardam internação em UTI, houve alta de 183% no número de pacientes hospitalizados, ante o mesmo período do ano passado. Apesar de ter ampliado em 65% o número de leitos de terapia intensiva, isso não foi suficiente para dar conta da demanda.

"O aumento [de internações] foi muito abrupto. Não existe sistema que dê conta. É surpreendente pela forma como avança, de forma mais veloz e forte. É repentino, inesperado. Não tem nenhuma previsibilidade", avalia Bruno Naundorf, diretor do Departamento de Auditoria do SUS e membro do Comitê de Crise da Secretaria da Saúde gaúcha.

Especialistas dizem que a falta de coordenação nacional prejudica uma organização melhor do fluxo de leitos e parte deles vê o lockdown como saída necessária para frear o vírus e evitar o colapso em cascata dos hospitais. O presidente Jair Bolsonaro, porém, é forte opositor do fechamento do comércio. Nesta semana, ele chegou a falar em "frescura" e "mimimi" ao citar os riscos da covid.

Em Santa Catarina, a Secretaria de Saúde informa que 291 pessoas aguardam vagas para tratamento intensivo - metade na região de Chapecó. Na terça, ao menos 16 pacientes haviam morrido à espera de UTI no Estado. Para desafogar o sistema, o Estado passou a enviar doentes para o Espírito Santo desde quarta-feira, 3. A previsão inicial era de 15 transferências para hospitais capixabas, que também já receberam pacientes de Amazonas e Rondônia.

A rede rondoniense já opera com 100% da capacidade desde fevereiro e eram 86 à espera de vaga nesta sexta, 5. No Amazonas, a ocupação de leitos é de 86%, e Manaus tem os dois maiores hospitais da cidade sem vagas para novos pacientes. Apesar disso, o Estado permitiu esta semana a reabertura de academias e outros serviços não essenciais. Entre janeiro, quando os hospitais de Manaus entraram em colapso por falta de oxigênio, e fevereiro, o Amazonas transferiu 542 pacientes para outros Estados.

No Rio Grande do Norte, onde 70 pessoas esperavam vaga em UTI nesta sexta, a governadora Fátima Bezerra (PT) disse que a rede de saúde vive um "pré-colapso" e chorou em coletiva de imprensa para anunciar novas medidas restritivas.

Em Rio Branco, onde o tamanho da fila não foi divulgado, a professora universitária Maria José de Araújo, de 59 anos, espera há mais de três dias a liberação de UTI. Ela está internada e respira com ajuda de oxigênio no Instituto de Traumatologia e Ortopedia do Acre, segundo o filho da paciente, Paulo Henrique Paiva.

"Estamos aqui desde a semana passada esperando uma alta, mas o quadro clínico dela só piora. Minha mãe entrou com 65% do pulmão atingido pelo vírus, chegou agora a 90%, e não regride, é incrível. Está no oxigênio há oito dias, e já tem três dias que aguardamos a liberação de um leito de UTI, mas eles dizem que não tem. Está regulada, mas dizem que tem quase 50 pessoas na fila, e ela é a [paciente número] 35", contou Paiva nesta sexta.

"Precisamos agir como cidadãos, e se preocupar com as nossas vidas, e com a vida daqueles que nós amamos. É preciso responsabilidade de todos", alertou o infectologista Eduardo Farias, que atua na linha de frente do Hospital de Campanha da capital acreana.

A Prefeitura de Milão ordenou nesta sexta-feira (18) o fechamento do principal crematório da cidade até 3 de janeiro devido ao excesso de corpos que ainda aguardam incineração.

Segundo comunicado da Prefeitura, o tempo de espera no crematório de Lambrate pode chegar a 20 dias. "A segunda onda pandêmica determinou um incremento da mortalidade em Milão", diz a nota.

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No início de novembro, a Prefeitura já havia tornado as cremações exclusivas para mortos que tinham residência fixa na cidade. "Os crescentes pedidos por cremação estão criando um estoque de caixões à espera da prestação do serviço, com prazos de até 20 dias a partir da data de falecimento", acrescenta o comunicado.

Períodos maiores que esse poderiam acarretar problemas de ordem higiênica ou sanitária. Para compensar o fechamento do crematório, a Prefeitura de Milão isentou algumas tarifas de sepultamento e ampliou o direito de acesso a tumbas familiares.

A província de Milão é a mais atingida pela pandemia na Itália em termos absolutos, com 165.537 casos, segundo o Ministério da Saúde. O país inteiro contabiliza 1.906.377 contágios.

Da Ansa

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A inauguração de uma unidade da rede de supermercados Novo Atacarejo, no bairro do Bongi, Zona Oeste do Recife, provou longas filas e aglomeração de pessoas nesta quinta-feira (10). Em busca de promoções e ofertas, os clientes se amontoaram em frente a nova loja descumprindo alguns protocolos de segurança pertinentes à pandemia do coronavírus.

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Na porta da nova loja, a fila dava voltas até à entrada do estacionamento. Não havia, entre as pessoas, o distanciamento de segurança de 1,5 metro e alguns também não faziam uso de máscara de proteção individual. Um trio de forró e músicos tocando frevo tentavam distrair a espera dos consumidores. 

Em grupo, a vendedora Rebeca Soares Santiago, de 43 anos, aproveitou para comprar junto a parentes. Na expectativa de encontrar bons preços, ela saiu de Afogados, bairro onde mora, com destino à inauguração. Na fila desde às 7h, e em uma espera que já durava mais de duas horas, ela tentava se cuidar usando máscara e álcool em gel: "Essa Covid tá demais, eu tenho medo. Mas tô com meu 'alquinho' na bolsa, sempre passando", disse.

Com um carrinho lotado, a cozinheira Severina Belo dos Santos, de 52 anos, foi uma das primeiras a chegar na loja. Ela veio do bairro Torrões, por volta das 5h, e só conseguiu entrar no mercado às 8h. A espera, no entanto, valeu à pena, segundo ela: "Foi bom demais, economizei bastante, só vou vir aqui agora". De máscara, a cliente que é diabética assumiu ter um pouco de medo da pandemia, mas por conta da própria profissão - ela fornece almoço -, precisa enfrentar os riscos. "A gente tem aquele receio, né? Mas precisa sair de casa, vamos fazer o quê, né?".

A nova loja do Novo Atacarejo, rede pernambucana com atuação desde 2019,  tem cerca de 6.000m² de área de vendas, 38 check-outs, ambiente climatizado, estacionamento com 500 vagas e 20.000m² de área verde. O empreendimento teve investimento de R$ 70 milhões e chegou abrindo cerca de 500 postoa de emprego direto.

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No Centro do Recife, filas e aglomeração foram registradas em comércios locais, nesta sexta-feira (27). A data atrai consumidores pela promessa de bons descontos da campanha Black Friday. Contudo, a movimentação contrasta com o crescimento da Covid-19 em Pernambuco.

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Com a objetivo de levar um 'pequeno estoque' de fraldas descartáveis e lenços umedecidos, a auxiliar de serviços gerais, Fabiana Maria, revela que não pesquisou valores com antecedência, mas levou o filho, de um ano e dois meses, com a certeza de que vai encontrar preços atrativos. "Espero encontrar preço bom aqui. Cheguei há 20 minutos, mas vou ficar por que vão ter preços bons para comprar as coisas dele", relatou na fila de espera.

Mascarado e munido de álcool gel, o auxiliar de Administração, Wilson Araújo, se precaveu para buscar os mesmos produtos de Fabiana. Ele deixou a mulher e o filho em casa para evitar serem contaminados pela Covid-19, mas destaca que falta compromisso dos próprios clientes e das lojas com a mitigação da pandemia.

"Isso aqui deveria estar mais organizado, com distanciamento, mas infelizmente essa é nossa cultura", criticou Wilson.

A fila cresce aos poucos e todos os olhos ficam atentos à entrada do local, que só é liberada a cada 20 clientes. Essa foi a forma encontrada pelas Lojas Americanas, que também disponibiliza álcool 70% aos clientes, para garantir uma Black Friday lucrativa.

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O INSS e o Ministério Público Federal (MPF) assinaram nesta segunda-feira, 16, um acordo para fixar prazos e dar "blindagem jurídica" ao esforço do órgão para zerar a fila de espera por benefícios. O período para análise terá limites de 30 a 90 dias, de acordo com o tipo de benefício ou auxílio solicitado. O acordo foi antecipado pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) em abril deste ano.

Os prazos estabelecidos para análise começam a valer seis meses após o acordo judicial ser homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Esse período servirá de adaptação para que o INSS e a Subsecretaria de Perícia Médica Federal elaborem um plano de trabalho para cumprir as novas exigências.

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O prazo para realização da perícia médica e da avaliação social para benefícios como o BPC, pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, permanecerá suspenso enquanto perdurarem efeitos da pandemia da covid-19 que impeçam o pleno retorno dessas atividades.

Em abril, o presidente do INSS, Leonardo Rolim, disse ao Broadcast que a ideia do acordo é fixar um prazo máximo de atendimento por tipo de benefício e evitar que nesse período a Justiça conceda a segurados o direito de "furar a fila". Após o INSS ficar na mira da população e de órgãos de controle por causa das enormes filas de espera por benefício, o objetivo, segundo o presidente do órgão, era "assumir um compromisso público" de que o atendimento à população será aprimorado. Ele previu zerar a fila em até seis meses.

Hoje, 1,07 milhão de requerimentos aguardam análise do INSS, e outros 777,7 mil dependem do envio de algum documento ou informação do segurado. Os números são expressivos, mas já foram maiores: em junho de 2019, o estoque de pedidos pendentes era de 2,23 milhões. Nos últimos cinco meses, o órgão tem analisado 832 mil requerimentos por mês em média.

O acordo estabelece os prazos que o INSS terá para concluir os processos administrativos, de acordo com a espécie e o grau de complexidade do benefício. O INSS terá até 30 dias para efetuar a análise de requerimentos de salário maternidade, até 45 dias para auxílio-doença comum ou por acidente de trabalho e para aposentadoria por invalidez comum e acidentária, até 60 dias para pensão por morte, auxílio-acidente e auxílio-reclusão e até 90 dias para BPC e aposentadoria (que não seja por invalidez).

O início da contagem dos prazos ocorrerá a partir da realização da perícia e da avaliação social, nos casos em que essas etapas são necessárias (como no auxílio-doença, no BPC ou na aposentadoria por invalidez). Nos demais casos, o período é contabilizado a partir da data do requerimento.

Caso a análise não possa ser concluída por falta de algum documento, o INSS solicitará a complementação dos dados, e a contagem do prazo fica suspensa até que a exigência seja regularizada, ou até o fim do prazo para a apresentação do documento.

No acordo, a União também se compromete a realizar as perícias médicas e avaliações sociais necessárias num prazo de até 45 dias após o seu agendamento. Esses prazos serão ampliados para 90 dias nas unidades da Perícia Médica Federal classificadas como de "difícil provimento", para as quais se exige o deslocamento de servidores de outras unidades para o auxílio no atendimento.

O acordo foi assinado nesta segunda-feira com a presença de Rolim, do procurador-geral da República, Augusto Aras, do advogado-geral da União, José Levi, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, o secretário executivo do Ministério da Cidadania, Antonio Barreto Junior, o procurador-geral federal, Leonardo Fernandes, e a coordenadora da Câmara de Direitos Sociais e Atos Administrativos em Geral (1CCR) do MPF, a subprocuradora-geral Célia Delgado.

Caso algum prazo seja extrapolado, a previsão é que o INSS seja obrigado a analisar o requerimento administrativo num prazo de 10 dias por meio da Central Unificada de Cumprimento Emergencial de Prazos. O cumprimento do acordo será acompanhado por um comitê executivo formado por representantes do MPF, do INSS, da DPU, da AGU e de órgãos de controle.

O acordo também prevê prazos de 15 a 90 dias para o cumprimento de decisões judiciais favoráveis à concessão de benefícios e que devem ser considerados a partir da intimação do INSS.

Na cerimônia de assinatura do acordo, o presidente do INSS disse que o resultado das discussões do grupo resultou numa "solução intermediária" que assegura ao cidadão uma previsibilidade ao mesmo tempo em que reconhece o trabalho que precisa ser feito pelo órgão para uma análise adequada. Já Bianco classificou o acordo de "novo paradigma da situação previdenciária no Brasil".

Aras comemorou o fato de que o acordo também abre caminho para atender melhor a população e reduzir o volume de ações judiciais por demora na resposta do INSS.

Após uma semana na etapa de transição e mesmo com o isolamento social mantido, engarrafamentos, aglomerações e grandes filas foram registrados desde a manhã desta segunda-feira, 8, em Fortaleza. Com o início da fase 1 do plano de retomada das atividades econômicas, mais uma parte do comércio na capital cearense reabriu as portas para receber clientes.

Além dos estabelecimentos relativos às cadeias de construção civil e saúde, os comércios de rua e de shoppings retornaram com 40% da mão de obra, horário limitado e respeitando protocolos sanitários para prevenir a disseminação do novo coronavírus.

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Em um shopping no bairro Parangaba, zona sul da cidade, há bombeiros civis medindo a temperatura de clientes com termômetro digital. No chão, há marcações de indicação para distanciamento social. Lojas controlam a entrada das pessoas para evitar aglomerações. Por causa disso, enormes filas se formaram no interior do shopping.

A doméstica Aparecida Silva, de 50 anos, afirmou que estava ansiosa para a reabertura do shopping, já que precisava resolver pendências no centro comercial. Ela contou, porém, que teve de enfrentar uma longa espera para ser atendida. "Demorou muito, mas é porque está bem organizado. Não deixam entrar muitas pessoas e também tem poucos atendentes. Apesar disso, eu acho importante, deu até para comprar algumas coisinhas que eu estava precisando", avaliou.

Outro shopping de Fortaleza, no bairro Edson Queiroz, área nobre de Fortaleza, também abriu as portas com um protocolo completo de biossegurança, alterando a rotina do estacionamento, acesso a lojas, restaurantes e uso de áreas comuns. "Com cautela, serenidade e responsabilidade, o shopping planeja a volta da sua operação baseada em experiências nacionais e internacionais, e recomendações de profissionais da saúde para o processo de reabertura, com informações relacionadas a duas fases, além de seguirmos todas as determinações legais contidas nos decretos federais, estaduais e municipais", explicou Wellington Oliveira, superintendente do estabelecimento.

Entre as medidas do shopping, estão suspensos os serviços de vallet, fraldário e empréstimo de carrinho de bebê e cadeiras de rodas. Ficam limitados os acessos a elevadores, sanitários e áreas administrativas. Meia hora antes do fechamento do centro comercial, será comunicado no sistema de áudio o tempo para o encerramento das atividades e o incentivo para antecipar o pagamento do estacionamento, evitando, assim, aglomerações e filas.

Mariana Holanda, diretora de uma loja de roupas localizada tanto em shoppings quanto nas ruas da capital, disse que o primeiro dia de trabalho dentro do decreto governamental foi especial. "No shopping, tivemos um bom fluxo, não foi grande, mas o suficiente para que cada cliente fosse atendido de maneira segura. Em todas as nossas lojas, tomamos o cuidados com os cliente. Nossas atendentes utilizam máscaras e viseiras de acrilico, pontos de álcool em gel, marcações para manter o distanciamento e todas as vendas foram feitas com cartão. Nossas máquinas também estão plastificadas e após cada venda elas foram higienizadas", afirmou.

Etapa 1 de liberação

Nesta etapa, que tem duração de 14 dias, todas as cadeias produtivas autorizadas a funcionar contam com 40% dos seus empregados liberados para cumprirem suas funções de maneira presencial. Os shoppings de Fortaleza funcionarão diariamente, das 12h às 20 horas, e só será permitido acesso de pessoas usando máscaras. No entanto, salas de cinema, atividades de entretenimento, parques infantis, eventos e apresentações de teatro, bem como restaurantes e todas as operações de alimentação não estão permitidos a operar. Alguns serviços oferecidos pelo empreendimento e alguns espaços também terão uso limitado.

No centro de Fortaleza, a movimentação foi intensa. Muitos pedestres se aglomeraram nas ruas, porém houve controle no interior das lojas. De acordo com o decreto governamental, o comércio de rua deve funcionar das 10h às 16 horas, para evitar lotação em ônibus coletivos.

A cadeia automotiva também começou a operar nesta segunda-feira, com os setores da indústria, comércio e serviço de veículos. A ideia é de que o setor retorne com 36% da cadeia, sendo 6.536 pessoas voltando aos seus postos de trabalho.

Congestionamento

Com o início da fase 1, cerca de 69 mil pessoas voltaram às suas funções na capital cearense. Ruas e avenidas ficaram congestionadas. Para os trabalhadores que utilizam transporte público, a prefeitura de Fortaleza instalou câmera térmica em um dos sete terminais fechados de ônibus, no bairro Antônio Bezerra.

A medida pretende fazer a triagem de passageiros que apresentem quadros de febre e orientar a busca por atendimento médico. Segundo o titular da Coordenadoria de Fomento à Parceria Público-Privada e Concessões, Rodrigo Nogueira, não haverá restrição para a entrada no terminal. "Caso seja detectada a temperatura acima de 37,5 graus, os passageiros serão orientados a buscar uma unidade de saúde. Caso apresente bons resultados, a ideia é replicar a iniciativa em outros terminais e órgãos da Prefeitura", comentou.

Isolamento social no Interior

Apesar da liberação gradual da economia em Fortaleza, cinco cidades da região norte do Ceará seguem em lockdown, como Sobral, Itarema, Itapipoca, Camocim e Acaraú. "Há uma preocupação com o interior do Estado, uma preocupação com o crescimento de casos de covid-19. Então nossa decisão é renovar o isolamento social em Fortaleza por mais sete dias e manter o isolamento rígido nestas cidades", declarou o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), durante transmissão nas redes sociais no último sábado, 6.

Próxima etapa

A segunda fase do protocolo de reabertura da economia no Ceará é condicionada ao resultado das etapas anteriores. A partir do dia 22 de junho, poderão funcionar as agências de comunicação, indústrias e serviços de apoio, consultoria de tecnologia da informação.

Bares e restaurantes poderão funcionar das 9h às 16h; celebrações religiosas poderão acontecer com apenas 20% da capacidade de pessoas. Por fim, a segunda fase também permite que a categoria de esporte, lazer e cultura funcionem para aluguéis de equipamentos.

Listados como serviços essenciais os supermercados da região metropolitana do Recife abriram as portas na manhã deste sábado (16). Durante o primeiro dia após o decreto do governo do Estado, que endurece as regras da quarentena até 31 de maio, os estabelecimentos tiveram um dia de tranquilidade, muito diferente do observado nas últimas semanas de isolamento social.

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Centros de compra como o Extra da rua Benfica, na Madalena, o Carrefour, na Torre, o Atacadão, no município de Olinda e até mesmo mercados públicos, como o de Afogados, não apresentaram filas na entrada. Apenas alguns poucos clientes foram às compras. No supermercado da Torre, por exemplo, um funcionário fazia a medição da temperatura de todos e, por volta das onze da manhã, pouco mais de 30 pessoas haviam entrado no local.

No mercado de Casa Amarela, que teve uma das ações mais intensas do primeiro dia de lockdown, o funcionário Rosenildo Gonçalves borrifava álcool 70% nas mãos de quem entrava e de quem saia do local. "Tem pouca gente hoje e é bom que não venha ninguém. Por mim, ficava todo mundo em casa", disse.

 

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Ainda que as recomendações sanitárias sejam para reforçar o distanciamento e evitar aglomeração, desde a liberação dos saques do auxílio emergencial, tumultos foram registrados nas agências da Caixa Econômica Federal (CEF). Para frear a proliferação do novo coronavírus, três agências da CEF do Recife serão sanitizadas neste sábado (2) e ganharão apoio na organização de filas.  

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Desde às 7h30, a Secretaria de Saúde do município (Sesau) deu início a aplicação do processo de limpeza na agência da Rua Padre Lemos, em Casa Amarela, Zona Norte do Recife. Em seguida, as equipes de sanitização seguem para os bancos nos bairros da Encruzilhada e Afogados.

Filas - A prefeitura também vai distribuir álcool gel e sinalizar o chão com marcações reforçando a distância ideal entre os clientes, como fez o município de Petrolina, no Sertão do Estado. Após queixas de desorganização, e até confusão, agentes da Guarda Municipal e da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) também foram acionados para reforçar a ordenação das filas.

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O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, afirmou que as filas em agências da Caixa para recebimento do auxílio emergencial de R$ 600 a informais ocorrem em razão da "natureza" e "cultura" dos brasileiros, que têm dificuldade para acessar o aplicativo criado pelo governo.

Segundo ele, as aglomerações devem continuar a ocorrer nas agências até o final do programa, previsto até julho. O benefício contempla milhões de pessoas consideradas "invisíveis", que, em diversos casos, não possuem registro civil e acesso à internet.

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"Tem uma parcela da população que não usa o aplicativo, quer dizer, não usa o sistema digital... Ela precisa ir na Caixa, ver o dinheiro, pegar o dinheiro, é uma tradição de algumas pessoas, particularmente as de mais idade", disse Onyx.

Onyx admitiu que esta é uma dificuldade do governo. "Acredito que algum grau de fila nas agências da Caixa vai ter até o final do programa porque é da natureza nossa, da própria cultura."

Ainda de acordo com o ministro, o governo já analisou até o momento o cadastro de cerca de 95 milhões de pessoas que pedem o auxílio emergencial. Dessas, 45 milhões já receberam a primeira parcela do auxílio e 5 milhões devem receber ainda nesta semana.

Outras 13,6 milhões terão que refazer o cadastro por algum tipo de inconsistência no registro. Há ainda, 32,8 milhões que foram consideradas inelegíveis.

Com os cadastros feitos até o momento, o custo do programa é calculado em cerca de R$ 120 bilhões. Segundo Onyx, no entanto, a expectativa é que outros "invisíveis" sejam identificados, o que pode aumentar o valor.

Aglomerações, filas e muita gente na porta das agência da Caixa. Assim foi o primeiro dia do pagamento do Auxílio Emergencial do governo em Belém. A movimentação de pessoas ignorou as medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde para conter a propagação do novo coronavírus.

Na semana passada, começaram a ser pagos os R$ 600,00 aprovados pelo Congresso Nacional para trabalhadores informais cadastrados no CadÚnico que possuem conta na Caixa ou no Banco do Brasil. Agora o dinheiro sai, pela conta digital, para pessoas nascidas em janeiro e correntistas do Banco do Brasil (independente do mês de nascimento). Na quarta-feira, 15, recebem pessoas nascidas em fevereiro, março e abril; na quinta, pessoas nascidas em maio, junho, julho e agosto; na sexta-feira, pessoas nascidas em setembro, outubro, novembro, dezembro.

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A Caixa orienta para que as pessoas evitem ao máximo de ir até bancos e lotéricas para pegar o dinheiro em espécie, seguindo assim o protocolo do Ministério da Saúde de evitar aglomerações. A estimativa é de que mais de 9,4 milhões de pessoas recebam o auxílio até sexta-feira.

O Auxílio Emergencial é um benefício financeiro destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados, e tem por objetivo fornecer proteção emergencial no período de enfrentamento da crise causada pela pandemia do novo coronavírus. O benefício no valor de R$ 600,00 será pago por três meses, para até duas pessoas da mesma família.

Para as famílias em que a mulher seja a única responsável pelas despesas da casa, o valor pago mensalmente será de R$1.200,00.

Quem estava no Cadastro Único até o dia 20/03, e que atenda às regras do Programa, receberá sem precisar se cadastrar no site da Caixa.

Quem recebe Bolsa Família poderá receber o Auxílio Emergencial, desde que seja mais vantajoso. Neste período o Bolsa Família ficará suspenso.

As pessoas que não estavam no Cadastro Único até 20/03, mas que têm direito ao auxílio, poderão se cadastrar no site ou pelo APP CAIXA | Auxílio Emergencial.

Depois de fazer o cadastro, a pessoa pode acompanhar se vai receber o auxílio emergencial, consultando no próprio site ou APP.

Por Rodrigo Moraes (com informações do site da Caixa).

Nesta segunda (13), a Prefeitura do Recife anunciou, dentre outras medidas de prevenção da covid-19, que bancos e casas lotéricas devem controlar a fila dentro e fora dos estabelecimentos. Por meio de nota, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco avaliou que a determinação municipal não garante a viabilidade e segurança aos profissionais. A entidade considera que essa responsabilidade deveria ser atribuída à Guarda Municipal e à Polícia Militar.

“Situações de agressão verbal e física em consequência da tentativa de organização das filas já foram reportadas ao Sindicato pela categoria. É importante ressaltar que os bancários estão cumprindo um importante papel social em meio à pandemia do novo coronavírus, atendendo a demanda da população da forma mais eficiente e ágil possível, mas que precisam de plenas condições para exercer a função”, prossegue a nota.

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No posicionamento, o sindicato comenta ainda que já teve as reivindicações atendidas em municípios como São Lourenço da Mata, na região metropolitana do Recife, e Caruaru, no agreste do estado. “A entidade propõe que seja criado um Comitê de Crise Estadual, com a participação do Sindicato, representantes dos bancos, Governo do Estado e prefeituras, para buscar soluções coletivas para evitar a aglomeração nas filas dos bancos”, conclui a entidade.

Com aglomeração e alta rotatividade de pessoas, as agências bancárias de Pernambuco sofrem para proporcionar a segurança necessária aos clientes no contexto da pandemia. Nesta segunda-feira (6), encerra o prazo para que os estabelecimentos cumpram às exigências para continuar em funcionamento. As determinações foram publicadas no decreto 48.881/2020 do Governo do Estado.

Devido a redução da capacidade de atendimento, filas extensas são percebidas nos bancos de Pernambuco, sobretudo na capital. A agência do Itaú, localizada no bairro da Encruzilhada, Zona Oeste do Recife, amanheceu com muitos de clientes; a maioria sem máscaras e, muitos inseridos no grupo de risco da Covid-19.

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Dentre as solicitações que devem ser atendidas pelos bancos estão: a organização de filas, demarcação de distanciamento no chão, manutenção mínima de um metro de distância entre os clientes e que eles aguardem o atendimento na área externa do local.

Para auxiliar no controle e garantir a segurança dos funcionários, o Sindicato dos Bancários vai enviar um ofício para prefeituras e Associação Municipalista de Pernambuco (AMUPE). O objetivo é que as Guardas Municipais e a Polícia Militar possam ajudar no cumprimento das deliberações do decreto.

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As agências bancárias amanheceram com grandes filas em suas portas na manhã desta sexta-feira (20). Após o anúncio do Ministério da Economia de um programa de ajuda a autônomos e a liberação do PIS, filas gigantes se formaram em diversas agências da Região Metropolitana do Recife e Mata Norte.

A aglomeração nas agência da Ilha do Leite, Espinheiro, Encruzilhada, Boa Vista, Vitória de Santo Antão e Carpina gerou um aumento na demanda bancária e o aumento do risco de contaminação do novo coronavírus.

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O Sindicato dos bancários emitiu o seguinte posicionamento:

“Reforçamos que o contingenciamento é para que seja garantido o atendimento às pessoas que não têm o cartão para saque em unidades de autoatendimento, os aposentados que não tenham outra alternativa para sacar os benefícios da Previdência, que não possuem conta corrente, trabalhadores que tenham que sacar o FGTS, ou desempregados que tenham que sacar o seguro-desemprego, entre outros. Os canais alternativos de atendimento estão à disposição dos clientes, tais como: Internet Banking e APPS Bancários, Central de Atendimento por telefone e terminais de autoatendimento”.

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O governo prevê lançar até 20 de março o edital de contratação temporária de servidores aposentados para reforçar o atendimento e a análise de pedidos de benefícios no INSS. A expectativa é que a seleção seja concluída e os contratos assinados entre 13 e 17 de abril.

O cronograma foi divulgado nesta segunda-feira, 2, pelo secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, em entrevista coletiva.

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O governo tem prometido pôr fim aos atrasos na análise de pedidos de benefícios em até seis meses a partir do início dos trabalhos.

Em 27 de fevereiro, a fila acumulava 1,883 milhão de pedidos, sendo 1,25 milhão atrasados (sem resposta há mais de 45 dias).

A seleção será dividida entre concorrência ampla, para funções administrativas, e específica, para perícias médicas e análise dos processos.

Para a concorrência ampla, serão 7.400 vagas para o INSS e 820 para outros órgãos da Secretaria Especial de Previdência e da Secretaria de Gestão de Pessoas.

As remunerações serão de R$ 2,1 mil e R$ 4,2 mil, e as vagas poderão ser disputadas por inativos civis e militares.

Os elegíveis são os que se aposentaram até 28 de fevereiro deste ano. Para a concorrência específica, não há limite de vagas, uma vez que os servidores serão remunerados por produtividade.

Apenas aposentados das carreiras do seguro social e de perito médico federal poderão concorrer. Cada processo analisado, independentemente da resposta, será remunerado em R$ 57,50. Cada perícia, por sua vez, será remunerada em R$ 61,72.

O governo editou nesta segunda a Medida Provisória que abre caminho para contratação temporária de servidores civis aposentados, em complementação à possibilidade de chamamento de militares inativos.

Segundo Bianco, o governo pretendia editar a MP na última sexta-feira, 28, mas decidiu adiar para esta segunda para dar mais dias corridos aos parlamentares para apresentação de emendas.

Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a MP cria novas situações em que é possível fazer contratações temporárias, como a necessidade de redução de passivos processuais ou de volume de trabalho acumulado.

O texto também permite a adoção do instrumentos para atividades que se tornarão obsoletas (como datilógrafo), preventivas temporárias de situações de grave risco à sociedade (calamidade pública, danos e crimes ambientais, incidentes humanitários, saúde pública) e assistência a situações de emergência humanitária com aumento súbito do ingresso de estrangeiros no País (como ocorreu no caso dos venezuelanos).

O prazo de contratação é de no máximo dois anos. Para 2020, o governo prevê um gasto de R$ 160 milhões em nove meses, caso sejam preenchidas todas as vagas do edital. "Não sabemos se haverá demanda para todas as vagas ofertadas", disse o secretário de Previdência do Ministério da Economia, Narlon Gutierre.

Bianco afirmou que outros órgãos poderão lançar editais próprios para a contratação de temporários. A secretária adjunta de Gestão e Desempenho de Pessoas, Flavia Goulart, alertou que qualquer ministério precisará ter prévia dotação orçamentária para recorrer ao instrumento.

A bancada do PSOL apresentará nesta quarta-feira, 5, um requerimento de convocação do ministro da Economia, Paulo Guedes, para explicar no plenário da Câmara dos Deputados as filas no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e falhas no cálculo do benefício dos previdenciários. O requerimento precisa ser votado e aprovado por maioria simples para que o ministro seja obrigado a comparecer em "comissão geral".

Se aprovado, Guedes ocupará um lugar na mesa e poderá ir à tribuna responder aos questionamentos de todos os parlamentares, da base e da oposição. Ele poderá fazer uma exposição ao plenário por até 45 minutos sobre a crise no INSS, que levou à troca no comando do órgão e à elaboração de um plano emergencial para contratação de militares da reserva que atuarão no atendimento nos próximos meses.

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Até hoje, só um ministro do governo Jair Bolsonaro foi alvo de requerimento semelhante, Abraham Weintraub, da Educação. Em maio do ano passado, ele teve de explicar ao plenário o bloqueio de verbas na Educação, sobretudo de universidades em que considerava haver "balbúrdia", como revelou o Estado. O requerimento do PCdoB teve 307 votos favoráveis e 82 contrários, numa derrota do Palácio do Planalto.

A convocação faz parte um pacote da oposição que mira em Paulo Guedes e tem outras duas ações.

O PSOL prepara uma denúncia ao Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a crise no INSS. O partido pedirá a apuração pela corte de providências que o governo deixou de tomar frente às aposentadorias de servidores - cerca de 7 mil ao longo de 2019 - e o aumento nos pedidos de aposentadoria recebidos antes de a reforma da previdência entrar em vigor. O partido diz que mais de dois meses de a reforma começar a valer o sistema do INSS continua sem atualização para calcular a concessão do benefício pelas novas regras, o que impede a entrada de novos pedidos por trabalhadores.

Outra iniciativa é a proposta, ainda nesta quarta-feira, 5, de um projeto de lei que isenta de Imposto de Renda os pagamentos retroativos devidos aos beneficiários do INSS. O projeto deve limitar a isenção a um teto mensal de R$ 6,1 mil em rendimentos.

O PL também propõe que o pagamento dos retroativos (beneficiários e assistenciais) seja acrescido de juros pela taxa Selic, além da correção monetária pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

O presidente em exercício, Hamilton Mourão, afirmou que o governo deve editar uma nova proposta para contemplar a contratação de servidores aposentados na força-tarefa que busca reduzir a fila do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A contratação exclusiva de militares da reserva, regulamentada ontem por meio de decreto, enfrenta resistências no Tribunal de Contas da União (TCU) por supostamente romper o princípio de impessoalidade.

"A questão do Tribunal de Contas está pacificada, uma vez que existe a ideia que sejam convocados os funcionários do INSS que estão aposentados, isso só pode ser por MP ou por projeto de lei. É diferente do caso dos militares, que é expedido", declarou Mourão.

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Para ele, o ideal é que o governo edite uma MP - que possui vigência imediata após a publicação - e precisa ser aprovada pelo Congresso em até 120 dias - para contemplar também a contratação de civis. O texto só deve ser publicado após o retorno do presidente Jair Bolsonaro da Índia, na próxima semana.

"Eles (civis) serão cobertos por uma MP ou um PL (projeto de lei). O ideal é que seja uma MP, para que o Congresso vote rapidamente. O Congresso está em recesso. Eu julgo que vai sair de qualquer jeito", disse Mourão nesta sexta-feira.

Questionado sobre em quanto tempo a medida deve ser implementada, Mourão disse que não é possível avaliar. "O pessoal que não pertence aos quadros vai ter que ser treinado. Eu não sei quanto é que dura esse treinamento, ninguém me informou. Acho que, na melhor hipótese, em dois meses teria esse pessoal trabalhando", disse.

Impessoalidade

Apesar dos questionamentos do TCU, Mourão alega que o decreto editado ontem pelo governo é "genérico" e "permite que os militares da reserva sejam convocados para atividades civis por um prazo determinado", sem ferir o princípio de impessoalidade.

"Tem uma série de requisitos. O cara pode ser convocado desde pregar um prego em parede até auxiliar na questão do INSS", justificou Mourão. "Pode até dizer que está dirigido para um grupo. Mas não são todos os militares que são obrigados. Eu não estou convocando o José, o João, o Antônio. Está aberto o voluntariado. Pode ser que ninguém queira. Eles não são obrigados. É diferente de uma convocação para defesa nacional onde os militares são obrigados a comparecer."

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