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O União Brasil, partido formado pela fusão do PSL com o DEM, vai liberar seus filiados para que apoiem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou o presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da eleição. A maior parte da legenda, porém, está com Bolsonaro desde o primeiro turno.

Antes mesmo da decisão da cúpula do União Brasil, alguns políticos do partido se anteciparam e declararam voto no presidente, como o senador eleito Sérgio Moro, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e o deputado Capitão Wagner. Estados como Rio de Janeiro, Amazonas, Mato Grosso e Acre, por exemplo, também já haviam aderido à campanha bolsonarista.

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O União Brasil negocia uma fusão com o PP do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), líder do Centrão. O PP faz parte da base aliada do presidente, mas tem tradição de apoiar qualquer governo, em troca de cargos, independentemente da ideologia.

Mesmo com maioria bolsonarista, a pressão da Bahia pesou para o partido decidir pela neutralidade. O secretário-geral do União Brasil é o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, que disputará o segundo turno da eleição para escolher o governador da Bahia com o ex-secretário da Educação Jerônimo Rodrigues (PT). O Estado é predominantemente petista e seria ruim para Neto se associar a Bolsonaro.

Há no partido, ainda, uma ala mais simpática a Lula. Um exemplo é Henrique Meirelles, que foi presidente do Banco Central na gestão do petista e declarou apoio a ele no primeiro turno. O próprio presidente do União Brasil, deputado Luciano Bivar (PE), tem simpatia por um acordo com o ex-presidente.

Bivar já foi aliado de Bolsonaro, mas rompeu com ele após uma disputa pelo controle do antigo PSL. Para se reeleger deputado federal em Pernambuco, Estado de maioria petista, Bivar fez um acordo informal com o PT. O dirigente tenta ser candidato a presidente da Câmara e, para isso, quer o apoio de Lula.

Candidata do União Brasil no primeiro turno da eleição, a senadora Soraya Thronicke ficou em quinto lugar na disputa. Soraya disse que não apoiará nem Bolsonaro nem Lula. O PT, porém, tenta fazer com que ela mude de posição para apoiar o ex-presidente.

A Executiva Nacional do PSDB, no final da tarde desta terça-feira (4), liberou os diretórios estaduais e filiados para direcionarem apoio a quem preferiem no segundo turno das eleições presidenciais. No pleito, previsto para 30 de outubro, estão os candidatos Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT).

A decisão do partido foi divulgada através das redes sociais. "A Executiva Nacional do PSDB, na tarde desta terça feira, decidiu liberar os diretórios estaduais e filiados no 2° turno das eleições presidenciais", diz o comunicado.

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Mais cedo, o governador do estado de São Paulo, Rodrigo Garcia, anunciou durante coletiva de impresa que o PSDB-SP daria apoio "incondicional" a Bolsonaro, assim como, ao candidato Tarcisio Gomes de Freitas, que disputa o segundo turno no Estado contra Fernando Haddad (PT).

Os partidos políticos devem enviar à Justiça Eleitoral até 18 de abril a lista atualizada de filiados. O prazo é mais uma formalidade que deve ser cumprida pelas legendas que vão participar as eleições de outubro.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a atualização deve ser feita pelo Sistema de Filiação Partidária (Filia), no qual o partido inclui o nome do filiado, a data de filiação e o número do título de eleitor.

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Para concorrer às eleições de outubro, os candidatos deveriam ter a filiação deferida pelas legendas até 2 de abril, seis meses antes do pleito.

O primeiro turno será realizado no dia 2 de outubro, quando os eleitores vão às urnas para eleger o presidente da República, governadores, senadores, deputados federais, estaduais e distritais. Eventual segundo turno para a disputa presidencial e aos governos estaduais será em 30 de outubro.

O PSDB tem 1,3 milhão de filiados registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas apenas 2% deles (28.574 tucanos) haviam se cadastrado até às 18h dessa quinta-feira (11), no aplicativo criado pelo partido para a disputa, condição prévia para votar. Dirigentes preveem que esse número pode aumentar, mas admitem que a adesão está abaixo do esperado.

Parte expressiva dos filiados aptos a votar até ontem é de São Paulo (17.423 mil), Estado governado por João Doria, que disputa as prévias contra o governador do Rio Grande Sul, Eduardo Leite, e o ex-senador Arthur Virgílio (AM). Doria e Leite são apontados como favoritos na disputa. O Rio Grande do Sul tem, até agora, 2,6 mil inscritos nas prévias.

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A votação que definirá o candidato do PSDB na eleição presidencial em 2022 será realizada no próximo dia 21. Só estarão aptos a votar os filiados que estiverem cadastrados no aplicativo até domingo, 14. Os tucanos que têm mandatos, como deputados federais e senadores, poderão votar presencialmente, em Brasília, mas, ainda assim, precisam ter feito o cadastro na plataforma.

A eleição será indireta, com colégio eleitoral formado por: 1. filiados; 2. prefeitos e vices; 3. vereadores e deputados estaduais; 4. governadores, vices, senadores, ex-presidentes do partido e deputados federais. Cada um desses grupos tem peso de 25% no total dos votos.

FALHAS

Segundo o presidente do PSDB paulistano, Fernando Alfredo, muitos filiados não conseguiram baixar o aplicativo por terem celulares antigos, sem memória ou mesmo por não terem pacotes dados. Existem ainda casos de pessoas que não têm familiaridade com esse tipo de tecnologia ou que tentaram fazer o cadastramento, mas não conseguiram por motivos técnicos.

Para garantir o maior número de adesões, o diretório do PSDB da capital, que está fechado com Doria, montou um mutirão com 20 voluntários (serão 70 no fim de semana) para orientar as pessoas sobre como utilizar o aplicativo.

Procurada, a assessoria de Eduardo Leite disse que a pré-campanha do governador gaúcho também montou uma estrutura de apoio em Porto Alegre. Ainda segundo a assessoria, o grupo de Doria está reclamando do aplicativo porque busca uma "desculpa" para o caso de ele ser derrotado na eleição do partido.

O PSDB nacional diz que montou um call center com 12 pessoas para auxiliar os filiados que tiverem dificuldades com o aplicativo. Ainda segundo o partido, todos os filiados receberam um vídeo com instruções detalhadas de como votar.

Apenas 0,1% dos filiados a partidos políticos no Brasil fazem contribuições financeiras com frequência às próprias legendas. Os dados foram levantados pela ONG Transparência Partidária e se referem aos anos de 2017, 2018 e 2019 - os únicos disponíveis. Eles indicam, segundo analistas ouvidos pelo Estadão, a alta dependência em relação aos fundos partidário e eleitoral, com financiamento público, e falta de conexão entre as cúpulas partidárias e a base da militância.

Nesse período, enquanto havia 16,3 milhões de pessoas formalmente registradas como integrantes de partidos no Brasil, apenas 94,6 mil fizeram alguma contribuição. O número de pessoas que doaram aos partidos de forma constante, ao menos uma vez por ano, é ainda menor: só 18,4 mil foram contribuintes "fiéis", o que equivale a 0,1% dos filiados.

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Além disso, entre essas 18,4 mil pessoas que contribuem frequentemente, oito em cada dez se concentram em só dois partidos: Novo e PT. Apenas 14 partidos, menos da metade do total de legendas no País à época, tiveram mais de cem contribuintes fixos. Enquanto 30 siglas somam 3,7 mil filiados com contribuições nos três anos, o Novo teve 7,8 mil desses militantes, e o PT, 6,6 mil.

Nos últimos anos, os partidos fizeram um movimento de trocar o financiamento empresarial pelo público para custear desde as atividades rotineiras nos diretórios até as campanhas eleitorais. Após a proibição de doação de empresas para campanhas, o Congresso Nacional aprovou, em 2017, a criação do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, o chamado fundo eleitoral. Em 2019, ampliou o uso do Fundo Partidário - que existe desde 1995. No ano passado, ao menos R$ 2,8 bilhões foram repassados aos partidos por meio dos dois fundos.

Para o diretor executivo do Transparência Partidária, Marcelo Issa, os dados levantam uma reflexão sobre o nível de comprometimento dos filiados em relação às legendas, e também das direções em envolver suas bases na vida partidária. Ele acha que a capacidade de financiamento dos partidos com o apoio dos filiados hoje é mal aproveitada. "Se a gente tivesse esse financiamento pelos próprios filiados, talvez não precisássemos de fundos eleitoral e partidário tão grandes, ou pudéssemos reduzi-los ao longo do tempo", disse.

Com os recursos públicos garantidos para os partidos com representação no Congresso, há poucos motivos para que os diretórios incentivem apoiadores a fazer doações. Além disso, as regras atuais fornecem condições para blindar dirigentes partidários que, sem depender do apoio financeiro dos filiados, não precisam abrir espaços de discussão nas legendas.

A cientista política Lara Mesquita, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), diz que as regras para distribuição dos recursos possibilitam um "encastelamento" das cúpulas partidárias, que não sofrem pressão para prestar contas das atividades.

"Isso indica que os partidos brasileiros adotaram uma estratégia que, em certa medida, é confortável para garantir sua sobrevivência a partir de recursos públicos", disse a professora. Maior dependência financeira dos filiados, segundo Lara, levaria à necessidade de "mais espaços de participação, mais prestação de contas, dividir o poder. Os filiados precisam se sentir parte (da legenda), para que faça sentido doar."

Perfil. As pessoas que fazem contribuições a partidos políticos no Brasil são majoritariamente homens (65%) e metade deles é sócio de empresas. Dois a cada dez são funcionários públicos, e cerca de um terço tem mais de 54 anos. Há coincidências entre o perfil de quem contribui para partidos da esquerda e da direita. Tanto no Novo quanto no PSDB e no PSTU, por exemplo, mais de 80% estão nas classes A e B.

Entre dirigentes partidários, as explicações para a discrepância entre algumas legendas na contribuição com o partidos varia. O Novo, por exemplo, tem posição contrária ao uso dos fundos públicos e depende das contribuições para manter as atividades. O partido cobra mensalidade média de R$ 30, uma exceção no País.

"Somos contra a manutenção dos partidos através de recursos públicos, então temos que provar que é possível ser financiado pelas pessoas que acreditam, no caso os filiados", disse o presidente do partido, Eduardo Ribeiro.

A legenda conseguiu autorização para devolver os recursos que recebeu do fundo eleitoral para o Tesouro, mas não para o Fundo Partidário. O Novo teria de devolver o valor para o mesmo fundo, que seria redistribuído aos demais partidos, mas não aceitou a solução. O dinheiro tem sido aplicado num fundo de investimento. O partido promete devolvê-lo aos cofres públicos quando receber uma autorização da Justiça.

Contatado, o PT não quis comentar o levantamento. No PSTU, a participação de contribuintes frequentes também é acima da média: 222 dos 16,7 mil filiados, ou 1,3%, fizeram doações de forma consistente no período pesquisado. "Nossa busca constante é para envolver e para que as pessoas tenham participação ativa não só no partido, mas na vida política no Estado e do País", disse Vera Lucia, que é fundadora da legenda e concorreu à Prefeitura de São Paulo em 2020. "Nosso problema é que não temos tanto dinheiro assim."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Brasil tem hoje 16.499.493 pessoas filiadas a partidos políticos no país, sendo 9.015.650 do sexo masculino, 7.476.783 do sexo feminino e 7.060 sem gênero informado. Das 33 legendas registradas no TSE, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) é o que tem mais filiados: 2.163.450 pessoas. Já o recém-criado Unidade Popular (UP) é a agremiação política brasileira com menos filiados, totalizando 1.116 membros.

Além do MDB, apenas outros seis partidos políticos registrados na Justiça Eleitoral contam com mais de 1 milhão de filiados: Partido dos Trabalhadores (PT), com 1.535.390; Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que tem 1.379.564; Progressistas (PP), com 1.342.038; Partido Democrático Trabalhista (PDT), que conta com 1.162.475 filiados; Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), com 1.092.195; e Democratas (DEM), com 1.025.415 filiados.

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O Estado de São Paulo é o reduto da maior parte dos filiados brasileiros, com 3.092.214; seguido do estado de Minas Gerais, com 1.724.890; e do Rio Grande do Sul, com 1.343.540.

Requisito

A filiação partidária é pré-requisito para o eleitor se candidatar a algum cargo eletivo. De acordo com a legislação, para postular uma vaga eletiva, o eleitor, entre outros requisitos, deve estar filiado ao partido no mínimo seis meses antes da data fixada para as eleições, sendo facultado à agremiação estabelecer, em seu estatuto, prazos de filiação partidária superiores.

A Justiça Eleitoral recebe as informações encaminhadas pelos partidos para os fins de arquivamento, publicação e verificação do cumprimento dos prazos de filiação para efeito de registro de candidaturas.

A legislação estabelece que os partidos devem apresentar a relação de filiados anualmente, sempre na segunda semana dos meses de abril e outubro.

*Do site do TSE

O PSDB elabora um texto que estabelece regras internas para filiados flagrados em supostos esquemas de corrupção. Documento preliminar que será discutido com deputados em uma reunião marcada para esta segunda-feira, 29, em Brasília, tende a acelerar o processo de expulsão para casos de tucanos suspeitos de participação em crimes.

Na proposta já formulada pelo atual comando do PSDB, o partido passará a ter formalmente um código de ética. Segundo fontes ouvidas pela reportagem, esse conjunto de normas dará a opção para o filiado que for flagrado em esquema de corrupção se licenciar da sigla por iniciativa própria até que a situação se resolva.

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No texto ainda há um pedido para que o envolvido se antecipe e acione o Conselho de Ética imediatamente ao ser citado em qualquer denúncia. Caso contrário, caberá ao presidente do PSDB suspender o suspeito, enquanto o caso é analisado pelo Conselho de Ética do partido. Mas, se após a investigação, o colegiado avaliar que é o caso de absolver o denunciado, o presidente deverá voltar atrás da decisão e readmitir a filiação então suspensa.

Se essas regras já estivessem valendo, as filiações do deputado federal Aécio Neves (MG) e dos ex-governadores Eduardo Azeredo (preso há 11 meses em Minas Gerais) e Beto Richa (réu sob a acusação de ter desviado R$ 20 milhões) estariam suspensas até o Conselho de Ética julgá-los. Atualmente, eles continuam filiados ao partido e não receberam punições - Aécio e Richa disputaram as eleições ano passado.

Não está claro ainda se a reformulação terá efeito retroativo. Outro ponto que ainda não tem consenso entre tucanos é se a expulsão do filiado flagrado em esquema de corrupção vai ser consentida após o caso ser transitado em julgado ou de decisão de órgão colegiado.

Além de criar um novo código de ética, o partido vai refazer seu estatuto. Entre as alterações previstas, está a redução do número de membros da Executiva Nacional. Atualmente, 39 pessoas são listadas no portal do PSDB como integrantes oficiais da legenda. Seis deles são ex-presidentes, que ganham cadeira na executiva. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em reunião realizada nessa quarta-feira (20), em Brasília, a direção executiva nacional do PSDB decidiu arquivar todos os pedidos de expulsão protocolados contra integrantes da legenda. A medida beneficiou o deputado e ex-senador Aécio Neves (MG) e desafetos do governador João Doria.

Tratado com discrição pela cúpula tucana, o encontro foi comandado pelo ex-governador Geraldo Alckmin, presidente nacional da sigla, e não teve a participação de João Doria, que passou o dia em Brasília.

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Partiu de aliados do atual governador paulista a iniciativa de pedir a expulsão de vários quadros do PSDB por "infidelidade partidária" nas eleições do ano passado.

Entre outros, foram arquivados os pedidos contra o ex-governador Alberto Goldman, o ex-secretário de governo Saulo de Castro e o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa.

Todos foram acusados de ter apoiado Márcio França (PSB) na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes e boicotado a campanha de Doria, que foi eleito no segundo turno. Aliados do governador paulista foram até Brasília no ano passado pressionar o partido pela expulsão.

Já a representação pedindo a expulsão de Aécio do PSDB foi protocolada na executiva nacional pelo deputado Wherles Fernandes da Rocha (AC), sob alegação de quebra de decoro parlamentar por parte do ex-senador. Na representação, Rocha afirma que, após Aécio ter sido obrigado a se licenciar da presidência do PSDB, em 2017 - na esteira do escândalo envolvendo a divulgação da gravação de uma conversa na qual o então senador pedia R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, um dos sócios da JBS -, houve perseguição àqueles que pediram o seu afastamento.

A executiva tucana, porém, arquivou o pedido sem nem mesmo enviá-lo ao Conselho de Ética, o que abriria um longo processo interno. O entendimento da cúpula do partido foi de que o atual estatuto só prevê punições quando a condenação já ocorreu em última instância. Procurada, a assessoria do deputado Aécio Neves não quis comentar a decisão.

Apesar de ter poupado seus quadros, a executiva do PSDB reconheceu que o atual estatuto ficou obsoleto após o Supremo Tribunal Federal decidir que é possível a prisão após condenação em segunda instância.

Em janeiro, o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) foi preso no apartamento onde mora, em Curitiba, na 58.ª fase da Operação Lava Jato. Ele foi acusado de supostos crimes na concessão de rodovias do Estado, mas já foi liberado.

Em novembro do ano passado, o então governador de Goiás Marconi Perillo, que integra a executiva do PSDB, foi preso enquanto prestava depoimento no âmbito da Operação Cash Delivery, que investiga o pagamento de R$ 12 milhões em propina da Odebrecht para campanhas eleitorais do tucano. A Justiça Federal, porém, concedeu, um habeas corpus a Perillo.

Já o ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB), condenado a 20 anos no caso do mensalão tucano, segue preso. Em nenhum desses casos houve qualquer tipo de punição por parte do partido.

Há uma forte pressão no PSDB, sobretudo no grupo ligado a Doria, para que o estatuto seja mais duro.

Racha

O arquivamento dos casos de expulsão por infidelidade partidária foi mais um capítulo na disputa interna entre o atual governador, que prega uma renovação da executiva, e a corrente da "velha-guarda" tucana alinhada a Alckmin.

"O arquivamento foi uma derrota para o Doria. Não fui fiel ao candidato (ao governo), mas fui fiel à minha consciência", afirmou Goldman. O ex-governador paulista, que fez campanha aberta contra Doria em 2018, disse que "lamentou" o fato de o pedido de expulsão não ter sido sequer enviado ao Conselho de Ética. "Se fosse, eles me dariam um palanque", brincou. Goldman reconhece, contudo, que o estatuto tucano está "defasado" e precisa de uma nova redação. Procurada pela reportagem, a assessoria do governador João Doria disse que ele não iria se manifestar.

Aliado de Doria, o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, foi quem deu voz ao sentimento do grupo. "O PSDB será passado a limpo quando a nova direção assumir. Essa carta de alforria tem prazo de validade e será curta", disse. Ainda segundo o prefeito de São Bernardo do Campo, o PSDB "não suporta traidor" e Goldman "não representa ninguém" no partido.

Guinada

O grupo de Doria no PSDB pretende eleger o ex-deputado e ex-ministro Bruno Araújo (PE) como presidente nacional da legenda, em maio, no lugar de Alckmin. A ideia é promover uma guinada conservadora no partido e aproximar a legenda da administração do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Alckmin não foi localizado até a conclusão desta edição para comentar o resultado da reunião da executiva. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ainda o maior partido do País, o MDB foi o que mais perdeu filiados desde agosto de 2016, quando o emedebista Michel Temer assumiu a Presidência da República após o impeachment de Dilma Rousseff (PT). De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a sigla tinha 2.397.418 filiados quando Temer chegou à chefia do Executivo nacional.

Ao fim do primeiro semestre deste ano, esse número encolheu em 2.871 adesões. Também perderam mais de mil filiados o DEM (1.634) e o PMN (1.411).

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PSTU, PTB, PCB e PR também registram menos do que tinham em agosto de 2016.

Na outra ponta, o partido que mais cresceu em número de filiados durante o mandato de Temer até aqui foi o Solidariedade (SD), que saltou de 163.292 para 212.478 neste ano.

"O número de filiados é obtido a partir das relações oficiais de filiação, nas quais constam apenas registros em situação regular", informa o TSE, que diz filtrar eventuais "duplicações" de nomes, para que um mesmo eleitor que eventualmente tenha trocado de partido não seja contabilizado mais de uma vez. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com apenas oito deputados federais, o nanico Partido Social Liberal (PSL), que abriga a candidatura do deputado Jair Bolsonaro, ganhou quatro vezes mais filiados do que os rivais na corrida ao Palácio do Planalto. Foram 13,6 mil adesões no primeiro semestre deste ano, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), contra pouco mais de 3 mil filiações ao PT e à Rede cada; no PDT, o resultado foi de 1.501.

Considerando todos os partidos com registro no País, o PSL respondeu por 14% das 95 mil filiações no período. Analistas afirmam que o descontentamento com PT, PSDB e MDB, que dominam a política nacional desde 1994, aliado ao surgimento de fenômenos populares, como Bolsonaro, explicam esse cenário.

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Empurrado por essa onda, o PSL tenta aproveitar para crescer mais - e não só no número de filiados, cujo total chega agora a 241.456, ainda longe de PT (1.589.377) e PSDB (1.460.958), por exemplo.

O partido lançou 13 candidatos para governos estaduais no pleito de outubro. A estratégia fortalece o seu presidenciável, que ganha palanques durante a campanha, mas também favorece candidatos regionais que aproveitam a popularidade do militar da reserva para ganharem notoriedade.

Para o cientista político Emerson Cervi, da UFPR, o momento político brasileiro leva ao crescimento das filiações a partidos menores. "Os números corroboram a possibilidade de fim de um ciclo", diz ele. "É o ciclo iniciado em 1994 e que estabeleceu PSDB, PT e o hoje MDB no controle da política nacional. Esses anos fizeram esses partidos crescerem, mas as eleições de 2014 e 2016 já deram sinais de enfraquecimento. É possível que 2018 traga mais sinais desse enfraquecimento."

Ele acrescenta que o crescimento no número de filiados também tende a beneficiar o partido para além da disputa envolvendo sua principal figura. "O crescimento do PSL pode ter mais a ver com uma estratégia eleitoral do que necessariamente de adesão ao programa do partido. O programa do PSL está em outros partidos de direita, inclusive maiores. O que o partido fez foi se estruturar para as eleições de 2018. Conseguiu um candidato forte, de visibilidade, se aproveitou do desgaste dos grandes partidos, e com isso tudo junto pôde fortalecer as candidaturas regionais", afirma o cientista político.

'Conservador'

O consultor empresarial Marcelo Machado, de Brasília, é um dos novos filiados ao PSL. É o primeiro partido ao qual ele se filia e a escolha, diz ele, tem a ver com propostas de Bolsonaro.

Aos 52 anos, com 15 na atual atividade profissional, ensino superior incompleto e três anos vividos nos Estados Unidos, ele até pensou em disputar um cargo no pleito de outubro. Com o apoio de um amigo que, segundo ele, queria vê-lo candidato, filiou-se em abril, mas não será candidato desta vez. "Conservador e de direita", como se declara, ele diz ter sido recebido por Bolsonaro em seu gabinete há alguns anos.

"Eu notei o Bolsonaro em 2005, quando ele levou para a Câmara um saco de lixo com a estrela do PT para chamar atenção para o mensalão", afirma Machado, que diz apoiar as principais propostas do presidenciável.

Entre elas, estão a venda de negócios da Petrobras nas áreas de refino e transporte de óleo e gás, a diminuição para 16 anos da maioridade penal e a revisão do Estatuto do Desarmamento - conforme programa de governo apresentado por Bolsonaro ao Tribunal Superior Eleitoral.

"Quando existe uma figura popular, que causa certa comoção e está à frente nas pesquisas, é natural que isso atraia filiações", diz a cientista política Lara Mesquita, da FGV. "O que acontece com o PSL e o Bolsonaro neste ano é o que poderia ter acontecido em 2014 com o PSB e Marina Silva, que também ia bem nas pesquisas. Mas, naquele caso, o crescimento do PSB (ganhou pouco mais de mil novos filiados no primeiro semestre do ano, 0,1% a mais em seu quadro) não foi tão significativo porque o partido é maior e, desde o início, estava dito que era uma filiação temporária, já que Marina estava tentando fundar seu partido (Rede)."

Em 2014, antes da minirreforma eleitoral que mudou o prazo limite de filiações partidárias para até seis meses antes do dia da eleição, o TSE registrou 67 mil novas filiações ao todo. Mas os partidos dos quatro principais candidatos à Presidência à época - Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (PSB) e Luciana Genro (PSOL) - registraram só 0,4% de crescimento (2.400) em seu número de filiados.

Em 2010, quando PT (de Dilma), PSDB (de José Serra), PV (de Marina) e PSOL (de Plínio de Arruda Sampaio) dominaram a corrida, houve 14% de crescimento - explicado, em parte, pela mudança nas regras para divulgação da lista de filiados por parte dos partidos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A cúpula do MDB se reuniu na noite dessa terça-feira (17) para dar boas vindas aos novos filiados. O encontro aconteceu em um restaurante em Brasília, com a presença do presidente Michel Temer e alguns ministros. Ao chegar no local, o presidente passou rapidamente pelos jornalistas e evitou falar se as últimas pesquisas eleitorais o fariam desistir de ser candidato

“Essa pergunta eu não respondo”, disse. Antes de entrar no restaurante disse respeitar “todas as pesquisas”. Na última pesquisa do instituto Datafolha, Temer aparece com 1% de intenções de voto com Lula na disputa e 2% sem o ex-presidente petista.

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Em discurso para dezenas de medebistas que fecharam a maior parte do restaurante para o encontro, o líder do MDB na Câmara, deputado Baleia Rossi, afirmou que Temer “pegou um país destruído” e “conseguiu colocar o país nos trilhos”.

O presidente Michel Temer também discursou aos correligionários e incentivou os parlamentares que o ouviam. “O meu desejo é que todos aqui sejam reeleitos. E trazer outros à nossa bancada”. Ele fez questão de lembrar de algumas medidas tomadas pelo seu governo e afirmou que “quem quiser fazer oposição tem que dizer que é contra o teto dos gastos, a favor de um ensino médio anacrônico, e daqueles juros de 14,25%, e não de 6,5%”. Em seguida, pediu para que os parlamentares defendam as ações do governo em seus discursos.

O senador Romero Jucá defendeu uma candidatura do partido à presidência. “Nós temos que ter responsabilidade de ter uma candidatura própria para ganhar a eleição”. Nem todos os emedebistas, no entanto, estão convencidos da ideia. “Não tem a menor condição, com 1% de intenção de voto”, confidenciou um deputado do lado de fora do restaurante.

Pronunciamento

Ao deixar o restaurante, Temer negou que fará um pronunciamento para se defender de uma possível terceira denúncia contra ele na Câmara. Essa denúncia envolveria as investigações sobre um suposto favorecimento à empresa Rodrimar. “Estão falando que eu farei um pronunciamento para justificar a denúncia. Não tem nada disso, não tem denúncia. Vou fazer, possivelmente um pronunciamento à nação como Chefe de Estado”.

"Infiltrado"

Uma cena, no mínimo, curiosa, se desenrolou enquanto os membros do partido do governo discursavam sob aplausos dentro do restaurante. Sem saber do evento que ocorria, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) chegou para jantar. Antes de entrar, se deparou com dezenas de emedebistas, tendo ao centro o presidente Temer, e não escondeu a surpresa.

Silva, opositor ferrenho do governo, sentou-se em uma mesa do lado de fora e perguntou, desapontado: “Isso vai demorar?”. Ele então foi convidado pelo proprietário do estabelecimento a se sentar nas mesas ao ar livre, uma vez que a parte interna estava fechada para os governistas. “Vão achar que estou infiltrado”, argumentou. Quando Temer começou a discursar, Silva decidiu deixar o local.

Enquanto se opõe às medidas de cortes de despesas públicas propostas pelo governo Michel Temer, o PT faz o seu próprio ajuste fiscal.

Com a redução do "dízimo" proveniente de cargos comissionados no governo federal perdidos depois do impeachment de Dilma Rousseff e a derrota histórica nas eleições municipais de outubro, o partido foi obrigado a cortar despesas. Segundo a direção petista, a queda da receita levou até a demissão de funcionários.

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"O PT vem se adaptando à nova realidade financeira. Recentemente, conseguimos diminuir ainda mais nossas despesas de custeio. Entregamos mais uma parte da nossa sede em Brasília, estamos renegociando os contratos com fornecedores, além de também termos sido obrigados a realizar demissões de funcionários", disse o secretário nacional de finanças do PT, Márcio Macedo.

Queda

O partido não informa o número de cargos perdidos, valores da queda de receita nem o número de funcionários demitidos. Segundo a prestação de contas entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referente às contas de 2015, o orçamento total do PT no ano anterior ao impeachment foi de R$ 144,3 milhões, dos quais R$ 26,9 milhões eram provenientes do "dízimo" e outros R$ 116,2 milhões do Fundo Partidário.

Os números do TSE mostram tendência de queda na arrecadação do "dízimo" nos últimos anos. Em 2013, o PT arrecadou R$ 32,6 milhões em contribuições, em 2014 foram R$ 31,6 milhões e em 2015, R$ 26,9 milhões.

Além disso, a legenda não conta mais com o financiamento empresarial. Em resposta às investigações da Lava Jato, que apontavam para o recebimento de propinas referentes a contratos da Petrobras em forma de doações ao partido, o PT decidiu por conta própria que não aceitaria mais ajuda financeira de empresas. Pouco depois, o Supremo Tribunal Federal (STF) vetou as doações empresariais para todos os partidos.

O PT tenta ainda reverter na Justiça uma série de multas impostas pelo TSE por irregularidades nas contas partidárias.

Questionado se o partido está passando por problemas financeiros, o presidente nacional da legenda, Rui Falcão, admitiu: "Está. Primeiro porque, por decisão nossa, desapareceu o financiamento empresarial. Segundo porque fomos punidos numa sucessão de multas por parte da Justiça Eleitoral. Terceiro porque a saída de deputados, prefeitos, a redução das bancadas agora por conta da derrota eleitoral, tudo isso reduz os recursos próprios". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os clubes filiados à Liga Sul-Minas-Rio estão tentando impedir a realização da assembleia geral que a CBF marcou para esta terça-feira (27), com o objetivo de dar ou não aval ao torneio que pode ser disputado no primeiro semestre de 2016. Os 15 clubes enviaram notificação à entidade, em que comunicam que a reunião é nula. Assim, na interpretação deles, qualquer que seja a decisão, não terá validade.

A assembleia tem como objetivo apreciar a vinculação da Liga à CBF e aprovar o torneio ao calendário da entidade, que já foi divulgado. De acordo com o advogado Eduardo Carlezzo, que enviou à CBF a notificação, a nulidade se dá pelo fato de que apenas as 27 federações estaduais foram convocadas para o encontro.

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Isso contraria, na avaliação de Carlezzo, a Lei Pelé em seus artigos 22, parágrafo segundo, 22-A, que foram modificados no último mês de agosto pelo Profut, a lei que possibilita o refinanciamento da dívida fiscal dos clubes. A partir de então, as assembleias da CBF têm de contar também com a presença dos clubes das séries A e B do Campeonato Brasileiro.

A CBF chegou a dar aval à Primeira Liga, nome oficial adotado pelos integrantes da Sul-Minas-Rio. Depois, pressionada por presidentes de federações, principalmente pelo da Federação do Rio de Janeiro, Rubens Lopes, voltou atrás e disse ser necessário, do ponto de vista legal, aprovação em assembleia.

Os membros da Primeira Liga reuniram-se na última sexta-feira, em Belo Horizonte, e decidiram continuar os preparativos para o torneio, independentemente da posição da CBF. As federações gaúcha, mineira e catarinense são a favor da Liga. A paranaense estuda dar apoio.

Atuando no primeiro mandato como deputado estadual por Pernambuco, Miguel Coelho (PSB) passará a assumir, a partir desta terça-feira (28), à presidência da legenda na cidade de Petrolina, Sertão do Estado. O processo foi definido pelo diretório estadual do PSB e será oficializado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco. 

Visto como um dos nomes que poderá ser escolhido para disputara à vaga majoritária da Prefeitura de Petrolina em 2016, o socialista assumiu duas metas prioritárias na nova liderança: unidade e fortalecimento do partido que atualmente conta com quatro deputados e um senador oriundos da cidade.

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“A comissão provisória estava desativada desde o ano passado e agora podemos organizar uma nova fase no partido. Queremos ouvir as principais lideranças do PSB, os deputados Gonzaga Patriota, Lucas Ramos, Fernando Filho, além do senador Fernando Bezerra e nossos vereadores. Com isso, vamos fortalecer nosso partido de maneira conjunta em busca de novas conquistas para Petrolina”, prometeu.

Cumprindo agenda em Petrolina no último domingo (26), o governador Paulo Câmara demonstrou esperança no futuro do PSB com a ascensão da nova coordenação. “A gente tem confiança que o novo presidente Miguel Coelho vai conduzir da melhor maneira e levará o PSB a ficar muito forte para as eleições municipais”, enalteceu.

Atualmente, a executiva do PSB de Petrolina funciona como uma comissão provisória. A transformação do colegiado em um diretório municipal é outra medida que será discutida e adotada nos próximos meses segundo o novo presidente. “Petrolina hoje é uma das maiores cidades do Nordeste e precisamos acelerar esse processo de formação do diretório municipal do PSB”, pontuou.

A ampliação do quadro de filiados na capital do São Francisco e o estreitamento do partido com os movimentos sociais são outras metas que Miguel Coelho pretende consolidar. “Hoje, o PSB de Petrolina tem mais de dez movimentos sociais. Agora é o momento de chamar esses grupos, os filiados, as lideranças para estruturar um partido justo e com a representatividade de todas as forças de nossa cidade”, destacou o socialista. 

Representantes da Executiva Estadual do PSDB – PE se reunirão no próximo dia 24 de abril, para discutir o novo critério de renovação dos diretórios municipais, fixado pela direção nacional na semana passada. O encontro será realizado na sede estadual do partido, no Recife, a partir das 10h. 

Segundo o deputado federal e secretário geral do PSDB-PE, Betinho Gomes (PSDB), a pauta principal serão as novas regras que nortearão as Comissões Provisórias. “O partido no município terá que cumprir uma cláusula de desempenho para ser autorizada a criação da Comissão Provisória. Para isso é preciso que tenha tido 6% dos votos para deputado estadual ou federal. Caso contrário, não poderá instalar”, explicou.

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De acordo com o tucano essas comissões são formadas nas cidades que não atendem as exigências de criação de Diretórios Municipais. Porém, a regra busca fidelizar os filiados a votarem nos correligionários a níveis estadual e nacional, e não apenas nos municípios. 

“A Comissão provisória vai cumprir a etapa de organização do partido até chegar à direção municipal. A importância da resolução nova é que muitas vezes as pessoas nos procuram apenas para fazer chapa de vereador e eleição municipal, e faz isso sem nenhum compromisso com o partido oficialmente”, exemplificou repudiando a situação. “Não faz sentido ter uma comissão onde essa cidade não tenha compromisso. Só vai ter direito a quem de fato votou com o partido”, enfatizou. 

Após levantamento feito pelo partido mais de 80 cidades possuem com desempenho satisfatório. Os dados serão expostos à direção estadual que indicará o trâmite de renovação dos colegiados. Outra pauta que norteará a reunião é a campanha nacional prevista para ser lançada no dia 5 de maio. A ação tem o objetivo de ampliar os filiados do PSDB, principalmente os segmentos jovens e mulheres, conforme orientações da Executiva Nacional. “Vamos seguir as orientações da nacional, mas o esforço será para trazer pessoas que queiram fazer a participação partidária, mas tudo isso tem que passar por uma relação de compromisso com o partido que já tem força nacional, mas precisa ampliar sua base”, ressaltou Gomes. 

 

 

A executiva estadual do Partido dos Trabalhadores em Pernambuco se reuniu na noite desta segunda-feira (17) para começar o processo de expulsão dos filiados que não seguiram as determinações da legenda e apoiaram candidatos que não estavam no mesmo palanque. Cerca de 100 dissidentes devem ser expulsos, um fato histórico para o PT no estado. “Por conta de um mesmo motivo, é a primeira vez que acontece um processo de expulsão”, falou Teresa Leitão, presidente do partido no estado. 

Ela também explicou como deve acontecer o processo de expulsão. “Depois que a gente notifica, a pessoa tem 10 dias para apresentar sua defesa, o processo como um todo não pode durar mais de 90 dias. Quando terminar os dias da defesa, é que a gente vai dar a oposição final, hoje ninguém está expulso. Vamos seguir rigorosamente o estatuto. Amanhã as notificações já começam a ser entregues”, explicou Leitão. 

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A presidente da legenda disse que o processo já começou a ser discutido na última terça-feira (11) e que no próximo dia 6 de dezembro, uma nova reunião já está marcada. “A gente não vai parar o partido por conta desse processo, esse processo estará definido hoje, e ele vai correr”. 

Teresa afirmou que a expulsão se tornou uma unanimidade dentro do partido, tanto da executiva como dos militantes do partido. Ela também disse acreditar que a decisão de não seguir a determinação de apoio do partido foi uma decisão política, e não um descontentamento com os rumos do partido.

 “Nós tivemos um processo diferente do 2012, nós tivemos muito debate interno, tivermos várias plenárias regionais, várias reuniões da executiva, e no encontro a gente foi no voto. A gente não obrigou o voto em apoiar Armando, nem obrigamos ninguém a votar em João Paulo como candidato. Houve um debate e fomos para o voto, e eles aceitaram a decisão que foi democrática”.  

Leitão explicou que, dos cerca de 100 “infiéis”, 22 já apresentaram sua carta de desfiliação e que a lista total de expulsos não poderá ser divulgada por determinação do estatuto. Além da expulsão, a reunião também tinha como objetivo discutir a conjuntura nacional, a caravana para a posse de Dilma e o balanço financeiro da campanha.   

Os 32 partidos políticos brasileiros devem encaminhar até esta segunda-feira (14), à Corte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a relação atualizada de seus filiados. A exigência faz parte da Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/1995) e o documento enviado deve conter a data de filiação e o número dos títulos e das seções eleitorais em que os filiados foram registrados. 

Para emitir a lista que deve ser disponibilizada todos os anos para a Justiça Eleitoral, os partidos encaminham as informações através do sistemaFiliaweb, aplicativo que permite a interação on-line com o Sistema de Filiação Partidária.

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Verificação - De 15 a 21 de abril, o TSE procederá à identificação das duplicidades de filiação partidária e destacará as pessoas que figuram no sistema como ligadas a mais de uma legenda. Após concluir esse procedimento, o Tribunal publicará na internet as relações oficiais de cidadãos filiados até 22 de abril.

Caso a relação de filiados não seja enviada pelos partidos até o prazo fixado no provimento da Corregedoria-Geral Eleitoral, a filiação constante na última relação remetida à Justiça Eleitoral permanecerá inalterada. Para concorrer a um cargo eletivo em 5 de outubro deste ano, o candidato tem de estar filiado à legenda pela qual pretende concorrer há pelo menos um ano antes do pleito. 

Filiados – De acordo com a última listagem entregue à Justiça Eleitoral em outubro do ano passado, foram contabilizados 15.264.775 eleitores filiados a partidos políticos. Neste mesmo documento, entre as legendas brasileiras, o PMDB é o partido com mais filiados até agora com 2.355.183 (15,42%) inscritos. O Partido dos Trabalhadores (PT) ocupa a segunda posição, com 1.589.574 (10,41%) filiados. 

Já as agremiações que têm o menor número de inscritos são as duas que conseguiram o registro no TSE em 24 de setembro de 2013: o Solidariedade conta com 4.808 (0,031%) filiados e o Partido Republicano da Ordem Social (PROS) filiou 4.461 (0,029%) eleitores.

Desde 24 de setembro até o fim da tarde deste sábado (5), 46 deputados e dois senadores migraram de legenda. Pela legislação eleitoral, hoje é o último dia para que os parlamentares que desejam disputar a eleição no próximo ano troquem de partido.

De acordo com a Mesa Diretora da Câmara, o Solidaridade (SDD) recebeu 21 deputados, e o Pros, 13. Os dois partidos tiveram a criação autorizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no último dia 24. Segundo a Secretaria-Geral da Mesa, dois deputados que migraram para o SDD estão licenciados e 19 estão em exercício.

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Em seguida vêm PP, com quatro deputados, e PSB, com dois. PMDB, PSDB, DEM, PR e PSD ganharam, cada um, um deputado. A Secretaria-Geral da Mesa Diretora não forneceu à Agência Brasil a relação dos nomes e dos partidos de origem dos deputados.

De acordo com a Mesa Diretora da Câmara, o levantamento ainda não é definitivo porque parlamentares que registraram a filiação na Justiça Eleitoral podem comunicar a troca de legenda à Casa no início da próxima semana. A Secretaria-Geral da Mesa funcionou em esquema de plantão até as 18h30 de hoje para registrar a troca de partidos.

No Senado, foram registradas duas mudanças de partido. A senadora Kátia Abreu (TO) trocou o PSD pelo PMDB e o senador Vicentinho Alves, também do Tocantins, saiu do PR e foi para o SDD.

Os representantes das 30 siglas políticas com registro deferido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) devem enviar até esta segunda-feira (15), as relações atualizadas de seus filiados à Justiça Eleitoral. As informações devem ser repassadas via internet através do site do TSE.

Após entrega das informações, todos os dados serão analisados pela Corregedoria-Geral Eleitoral (CGE) que identificará eventuais duplicidades de filiações partidárias. Depois da verificação os dados finais serão divulgados.

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O TSE disponibilizou em seu site um vídeo com informações que pode ser conferido AQUI.

Depois de ataques, declarações, acusações e discursos inflamados, eis que está chegando o dia das prévias do Partido dos Trabalhadores (PT). Este domingo (20) será decisivo. Além do jogo de cintura é necessário fazer política como os grandes estadistas, reunir e conquistar a militância. Os 24.623 filiados em dia com a anuidade do partido poderão escolher entre o atual prefeito do Recife, João da Costa, e o secretário estadual do governo, Maurício Rands, como candidato do Partido dos Trabalhadores.

Na intenção de manter o controle de três mandatos consecutivos na capital, o PT acabou se dividindo e ocasionando fissuras irreparáveis que, talvez, só o tempo e o desenrolar do período pré-eleitoral poderá determinar o cenário que será montado no Recife.

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O Diretório Estadual do partido pende para um lado, enquanto o Municipal oscila para outro. Resultado: companheiros divididos. Alguns militantes acusam o prefeito João da Costa, nas redes sociais, de “controlador, perseguidor, traidor e que não sabe organizar e coordenar o Recife, pois o desenvolvimento do município não acompanha a requalificação e reestruturação de Pernambuco. Enquanto o governo anda a passos largos, a prefeitura não consegue sair do lugar nas áreas de saneamento, mobilidade urbana e qualidade de vida".

“O problema de João da Costa é que ele é internista, só conversa com o seu grupo ao redor. Como eu respeito os autistas, não vou dizer que ele é autista, mas João da Costa é meio caramujo. Para que se tenha uma ideia, ele não conversa com o presidente da Câmara dos Vereadores. Quando eu for prefeito do Recife, vou conversar com Renildo, em Olinda, com o prefeito de Paulista, de Jaboatão. Sou da política, dialogar é como beber água de coco para mim”, ironizou Rands, ao dar entrevista a um blog recifense.

Já os defensores de João da Costa acusam que Rands é um candidato que está “sem proposta e está sabotando a atual gestão do município e desconstruindo o legado do PT", coisa que afetaria os demais partidos da frente popular. Nas prévias, ele tem atitudes iguais a oposição e não ajuda a unir o partido ao final do processo.  

Segundo o presidente municipal do PT de Recife, Oscar Barreto, o cenário que foi montado “é muita pirotecnia. Atacar a gestão e o prefeito o tempo todo é um erro grave, é uma burrice sem tamanho. Rands não percebe que está fechando portas. Ele ainda fica plantando notícias de que tem o apoio do ex-presidente Lula (PT), do governador Eduardo Campos (PSB), da executiva nacional do PT e dos demais partidos. Ninguém declarou esse apoio. Rands está constrangendo todo mundo, não pode fazer isso”, atacou Barreto em entrevista a um jornal da cidade.

Todas as possíveis coligações estão esperando o correr da carruagem. Quem irá acompanhar ou tomar novos rumos, isto fica para o próximo capítulo da novela "eleições". A luta continua, o jogo está só começando com essa partida interna.

Confira os perfis dos dois candidatos:

João da Costa
Nasceu na cidade de Angelim, no Agreste de Pernambuco, onde estudou o ensino médio e trabalhou no mercadinho de seu pai (João da Costa Bezerra). Na adolescência veio morar na capital recifense e cursou administração na Universidade Federal de Pernambuco, juntamente com agronomia na Universidade Rural. Ao se interessar pela política estudantil, participou do Diretório Central dos Estudantes (DCE) nas duas instituições e acabou ocupando cargos como coordenador geral da Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil e diretor da União dos Estudantes (UNE).

Nos anos 1980, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores e começou sua militância. Em 2001, assumiu a secretaria do Orçamento Participativo, criada no primeiro mandato de prefeito, do atual deputado federal João Paulo Lima e Silva. Em 2005, passa a coordenar a Secretaria de Planejamento Participativo. Com o apoio do então prefeito João Paulo, consegue se eleger o deputado estadual mais votado no Recife e o terceiro em Pernambuco.

Nas eleições de 2008, ficou conhecido como sucessor e afilhado político de João Paulo, venceu o pleito municipal com 51,54% dos votos. Atualmente, participa das eleições internas do PT e, caso ganhe, tentará se reeleger.

Maurício Rands
Começou sua vida política em 1981, quando filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro. Formado em direito pela Universidade Federal de Pernambuco, no ano de 1982, militou em defesa do partido e sindicatos durante o curso. Fez doutorado sobre direito do trabalho na Universidade de Bari, na Itália, e na Universidade de Oxford, na Inglaterra. Assumiu a vice-presidência da Ordem dos Advogados do Brasil de Pernambuco (OAB-PE), de 1988 à 1989. No início dos anos 1990, trocou de partido e começou sua militância no PT. Em 2000 assumiu o posto de Conselheiro Federal da OAB e passou dois anos exercendo o cargo.

Na gestão de João Paulo, na Prefeitura do Recife, foi secretário de Assuntos Jurídicos criando o “Justiça Cidadã”, projeto que começou a prestar assistência judiciária nos bairros da periferia. Em 2002, se candidatou para Deputado Federal, ganhando com 107.741 votos. Em 2006 se reelegeu e chegou a ser líder do governo no congresso. À pedido do governador Eduardo Campos (PSB), se licenciou para assumir o cargo de secretário estadual do governo de Pernambuco.

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