Tópicos | Fipe

Mais um indicador de preços veio a corroborar em junho o processo de desinflação em curso no País. Desta vez, foi o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H) que, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e a plataforma Bionexo, fechou o mês passado com uma queda de 0,99%.

Essa queda dos medicamentos supera a deflação de 0,08% medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mesmo período. Trata-se de uma baixa menor do que a de 1,37% apurada em maio pelo IPM-H, mas ainda assim em linha com a redução da inflação plena do País.

##RECOMENDA##

As análises feitas sobre horizontes de prazos maiores também mostram os preços dos medicamentos destinados aos hospitais caindo a uma velocidade maior do que a da inflação oficial plena do Brasil. Só nos primeiros seis meses do ano, o IPM-H acumula uma queda de 4,03% enquanto o IPCA, no acumulado de 12 meses encerrados em junho, acumula ainda uma alta de 3,16%, o que já se situa abaixo do centro da meta, de 3,25% ao ano.

Na comparação mensal com o IGP-M, no entanto, os preços dos medicamentos caíram menos que a inflação do atacado, que em junho fechou negativa em 1,93%. Também contribuiu para a queda dos remédios vendidos aos hospitais a valorização cambial de 2,63%. Dado que boa parte dos insumos utilizados na fabricação dos medicamentos é importada, a queda do dólar frente ao real é positiva para a constituição do IPM-H.

"Os últimos resultados do IPM-H revelaram novo recuo nos preços dos medicamentos para os hospitais, abrangendo a maioria dos grupos terapêuticos que compõem o índice. A queda contribuiu para a variação negativa do índice no ano e nos últimos 12 meses. É consistente com o comportamento de outros preços da economia, principalmente no atacado, onde passam por deflação relevante", detalhou o coordenador de Pesquisas da Fipe, Bruno Oliva.

Ainda de acordo com Oliva, um conjunto de fatores pode estar contribuindo com esse fenômeno, entre eles a apreciação da moeda brasileira e queda nos preços de combustíveis.

Os resultados revelam que a queda mensal nos preços foi compartilhada pela maioria dos grupos terapêuticos: sistema nervoso (-3,70%); sistema musculoesquelético (-1,88%); preparados hormonais (-1,58%); aparelho geniturinário (-1,25%); sangue e órgãos hematopoiéticos (-1,25%); agentes antineoplásicos (-1,15%); aparelho respiratório (-0,99%); imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (-0,71%).

Em contrapartida, houve aumento nos preços dos medicamentos dos grupos de aparelho digestivo e metabolismo (1,37%); anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (0,64%); órgãos sensitivos (0,33%); e aparelho cardiovascular (0,23%).

Nos últimos 12 meses encerrados em junho, o IPM-H passou a acumular uma queda nominal de 7,90%. Nesta base, as variações mais expressivas foram as quedas dos medicamentos para tratamento do sistema nervoso (-22,18%); sangue e órgãos hematopoiéticos (-6,44%); anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (-4,16%); sistema musculoesquelético (-4,06%); aparelho cardiovascular (-3,79%); e agentes antineoplásicos (-2,59%).

O Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H) registrou avanço de 1,95% em 2022, abaixo da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no período, de 5,79%. A informação foi apurada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com a Bionexo, healthtech de soluções digitais para gestão em saúde. Os dados foram obtidos em primeira mão pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O resultado foi menor do que o registrado em 2021, quando houve crescimento de 5,96%, e também menor que as altas de 2020 (14,36%), 2019 (3,97%), 2018 (4,97%), 2017 (3,94%), 2016 (4,97%) e 2015 (4,74%).

##RECOMENDA##

"Após 2 anos de elevação recorde dos preços, 2020 e 2021 foram os anos de maior aumento na série histórica, 2022 fechou com a menor variação (1,95%). Esse resultado pode ser explicado, em boa medida, por dois fatores principais: acomodação dos preços após o choque de demanda gerado pela pandemia e redução de custos logísticos resultante da redução do ICMS sobre combustíveis", afirma o economista da Fipe Bruno Oliva.

Os grupos de medicamento com maior contribuição para a desaceleração do IPM-H em 2022 foram órgãos sensitivos (-0,67%); sistema musculoesquelético (-1,01%); anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (-5,31%); aparelho cardiovascular (-7,88%), sistema nervoso (-10,55%); e aparelho digestivo e metabolismo (-20,15%).

Por outro lado, ao longo do ano, registraram alta nos preços aos hospitais os grupos aparelho geniturinário (24,90%); aparelho respiratório (21,40%); sangue e órgãos hematopoiéticos (20,17%); agentes antineoplásicos (6,20%); e imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (2,33%).

Dezembro

O IPM-H desacelerou a 0,12% em dezembro na margem, inferior à variação de novembro, de 1,72%. O resultado foi influenciado pela acomodação dos preços depois de 2020 e 2021, quando foram registradas, respectivamente, a maior e a segunda maior variação anual acumulada da série histórica do IPM-H, principalmente devido à pandemia.

Houve recuo nos preços dos grupos aparelho geniturinário (-6,04%); sistema nervoso (-3,11%); aparelho digestivo e metabolismo (-2,42%); órgãos sensitivos (-2,34%); aparelho cardiovascular (-1,21%); imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (-0,84%); sistema musculoesquelético (-0,63%); e sangue e órgãos hematopoiéticos (-0,47%).

Em contrapartida, quatro grupos registraram altas: aparelho respiratório (2,0%); preparados hormonais (1,95%); anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (1,67%); e agentes antineoplásicos (1,49%).

Em outubro, os preços dos medicamentos vendidos aos hospitais no Brasil recuaram 0,61%. É o que mostra o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), indicador desenvolvido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com a Bionexo - healthtech líder em soluções digitais para gestão em saúde.

Trata-se da quarta queda consecutiva dos preços dos medicamentos. Em julho haviam caído -0,74%; em agosto, 2,05%; em setembro caíram 2,48% e em outubro voltaram a ceder 0,61%.

##RECOMENDA##

No acumulado do ano até outubro o IPM-H mostra uma ligeira alta de 0,11%. Nos últimos 12 meses os preços dos medicamentos acumulam alta de 0,1%.

A variação mensal do índice foi também inferior à alta do IPCA de outubro, que subiu 0,49%, embora tenha superado a queda de 0,77% do IGP-M. O IPM-H também fechou outubro abaixo da variação cambial, uma alta de 0,25%.

A queda dos preços dos remédios no mês passado, segundo a Fipe e a Bionexo, é atribuída ao recuo dos preços de grupos com peso relevante na cesta de IPM-H, como de anti-infecciosos gerais para uso dos sistemas nervoso, sanguíneo e órgãos hematopoiéticos.

"O IPM-H apresentou queda pelo quarto mês consecutivo, acumulando recuo de 5,8% nesse período. Como resultado, os preços aumentaram apenas 0,1% nos últimos 12 meses. Esse movimento recente foi influenciado pela redução de impostos sobre combustíveis, mas a alteração do imposto não deve impactar a dinâmica do IPM-H nos próximos meses", afirma Bruno Oliva, economista da Fipe.

Após quatro meses seguidos em queda, os preços de medicamentos para hospitais subiram 1,37% em dezembro, conforme índice monitorado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Em 2020, o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H) acumulou alta de 14,36%, sendo que no período da pandemia - de fevereiro a dezembro - houve inflação de 12,15% desses produtos.

A Fipe elabora o indicador junto com a Bionexo, tendo como base as transações entre fornecedores e hospitais. Antes de dezembro, o índice mostrou variações negativas em outubro (-0,11%), agosto (-1,82%), setembro (-2,48%) e novembro (-0,65%).

##RECOMENDA##

O resultado do mês passado foi puxado por remédios de aparelho digestivo e metabolismo (+13,77%), sistema nervoso (+5,22%), sistema musculesquelético (+3,09%) e aparelho cardiovascular (+1,42%). Estão incluídos nesses grupos medicamentos receitados em casos graves de covid-19, como anestésicos e analgésicos.

No ano de 2020, os medicamentos subiram mais do que a alta de 4,52% medida pelo índice oficial de inflação, o IPCA, porém ficaram abaixo da inflação registrada pelo IGP-M (23,14%).

O comportamento do índice durante a pandemia, conforme a Fipe, pode ser atribuído, entre outros motivos, ao choque de demanda das unidades de saúde, desabastecimento do mercado doméstico e a elevação tanto do dólar quanto do preço de insumos.

As vendas e os lançamentos de imóveis cresceram em junho no País e fecharam o primeiro semestre em alta, de acordo com pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) feita em parceria com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).

As vendas líquidas (já descontados os distratos) de imóveis novos em junho totalizaram 7.435 unidades, uma alta de 3,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. Nos primeiros seis meses do ano, as vendas líquidas totalizaram 41.202 unidades, expansão de 28,5%.

##RECOMENDA##

O crescimento no mês foi puxado pelo segmento popular, com imóveis enquadrados no Minha Casa Minha Vida (vendas de 6.436 unidades, alta de 25,0%), enquanto o segmento de imóveis de médio e alto padrão mostrou recuo (vendas de 1.804 unidades, queda de 16,0%).

Já os lançamentos no mês de junho totalizaram 12.712 unidades, alta de 38% na comparação anual. Nos primeiros seis meses do ano, os lançamentos totalizaram 40.360 unidades, aumento de 32,2%.

O crescimento no mês foi puxado pela recuperação dos projetos de médio e alto padrão (alta de 20,2%, para 1.873 unidades lançadas), enquanto os empreendimentos do Minha Casa Minha Vida encolheram (queda de 4,1%, para 7.282 unidades).

A pesquisa de Abrainc e Fipe também mostrou que os distratos consolidados totalizaram 2.034 casos em junho, queda de 28,3% na comparação anual. Já no semestre, chegaram a 14.036 unidades, baixa de 20,8%.

No fim de junho, o mercado imobiliário contava com 121.286 unidades novas disponíveis para venda, montante 1,3% maior do que o registrado um ano antes. Considerando o ritmo atual de vendas, seriam necessários 14,8 meses para liquidar esse estoque.

Os dados da pesquisa abrangem imóveis novos (na planta, em obras e recém-construídos) dos segmentos residencial, comercial e loteamentos, desenvolvidos por 20 empresas associadas à Abrainc, com atuação espalhada pelo País e concentração na Região Sudeste.

As vendas de imóveis no País devem crescer 15% em 2018, para o patamar de aproximadamente 120 mil unidades, de acordo com projeções da Associação Brasileira de Incorporadoras (Abrainc) feitas em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Se as estimativas forem confirmadas, o mercado imobiliário voltará ao mesmo nível de vendas registrado em 2014, antes do aprofundamento da crise econômica nacional.

Até fevereiro, as vendas acumuladas em 12 meses chegaram a 78,6 mil unidades, enquanto os lançamentos foram a 85,3 mil unidades, segundo dados divulgados há pouco pelas instituições.

##RECOMENDA##

"É possível dizer, categoricamente, que o pior já passou. O que não quer dizer, porém, que o setor já está a salvo", observou o economista da Fipe, Eduardo Zylberstajn, durante apresentação dos números em evento organizado pela Abrainc. Zylberstajn afirmou que, pelo lado positivo, a economia brasileira deixou para trás a recessão e conta com um cenário marcado pela redução dos juros e da inflação.

Por outro lado, o economista ponderou que as vendas de imóveis ainda são limitadas pela falta de uma recuperação vigorosa da geração de empregos e pelo baixo nível de confiança dos consumidores. "Por mais que a confiança tenha melhorado, ainda estamos em patamares historicamente baixos. Ainda há muita incerteza e insegurança no ambiente", afirmou, acrescentando que não há indicação de uma retomada mais forte dos empregos no curto prazo.

Zylberstajn estimou que o avanço do setor deverá ser sustentando pelo crescimento das atividades do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), segmento em que há maior demanda e condições mais favoráveis de financiamento. Por sua vez, os imóveis voltados para o mercado de médio e alto padrão ainda devem evoluir lentamente. Segundo projeções da Fipe e Abrainc, o Minha Casa Minha Vida deve responder por 64% das vendas em 2018, ante 42% em 2014.

Apesar da estimativa de crescimento das vendas, o economista ponderou que não há sinais de um aquecimento nos preços dos imóveis. Durante o "boom" do setor na última década, essa valorização foi sustentada pela redução dos juros e pelo alongamento do prazo de financiamento pelos bancos. "Com o juro que temos hoje, aparentemente, o preço está de acordo com os seus fundamentos. Qualquer valorização mais forte no preço dos imóveis precisaria passar por uma queda relevante nos juros, aumento dos prazos e recuperação do mercado de trabalho, o que não parece ser o caso para o curto prazo."

O mercado imobiliário vem mostrando recuo dos distratos e crescimento nas vendas líquidas ao longo do ano, de acordo com pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em parceria com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).

A pesquisa mostra que, em junho, as vendas líquidas (já descontados os distratos) totalizaram 7.458 unidades, crescimento de 14,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os distratos foram de 2.822 unidades, retração de 26,3%. Os lançamentos totalizaram 9.214 unidades em junho, queda de 9,9%.

##RECOMENDA##

Com isso, o mercado completou o primeiro semestre com vendas líquidas de 32.465 unidades, aumento de 17,8% frente o mesmo semestre do ano passado. Nesse período, os distratos atingiram 17.785 unidades, queda de 20%, e os lançamentos alcançaram 30.530 unidades, recuo de 3,5%.

No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em junho, as vendas líquidas foram de 63.749 unidades, alta de 11,6%. Os distratos totalizaram 39.790 unidades, baixa de 15,4%, e os lançamentos alcançaram 68.703 unidades, alta de 2,5%.

Apesar do recuo nos distratos, as vendas líquidas ainda foram menores do que os lançamentos, o que manteve o estoque praticamente estável. No fim de junho, havia 119.997 unidades disponíveis para venda, montante 2,1% maior do que o registrado um ano antes. Considerando o ritmo atual de vendas, seriam precisos 15,2 meses para liquidar esse estoque, segundo pesquisa da Abrainc/Fipe.

Os dados abrangem imóveis novos, dos segmentos residencial, comercial e loteamentos, desenvolvidos por 20 empresas associadas à Abrainc, com atuação concentrada em diversos Estados e concentração na Região Sudeste.

Apesar dos resultados ruins do mercado de trabalho, no mês passado os reajustes salariais negociados ficaram acima da inflação. Das 157 negociações fechadas em março, a média dos aumentos salariais foi de 6,5%. O reajuste obtido ficou em 1,8% acima da inflação acumulada em 12 meses até fevereiro, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de 4,7%.

Os números fazem parte do projeto Salariômetro, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que acompanha mensalmente o mercado de trabalho e as negociações coletivas. Os dados mostram que março foi o terceiro mês seguido em que houve ganhos reais, isto é, acima da inflação, nas negociações.

##RECOMENDA##

O economista Hélio Zylberstajn, coordenador do projeto, explica que o ganho real nas negociações salariais foi obtido porque a inflação está em patamares muito baixos. "A mesa de negociações tem um ímã poderoso que é a taxa de inflação", diz.

O economista observa que muitos trabalhadores repuseram a inflação, alguns ganharam acima da alta de preço. Mas pondera que nem todos vão conseguir aproveitar esse ganho real porque o desemprego ainda é muito elevado e as condições do mercado desfavoráveis ao trabalhador. "Hoje temos uma taxa de desemprego de 13%, muito grande, mas a inflação baixou", afirma. Como a inflação está caindo, fica mais fácil para os trabalhadores obterem a reposição com ganho real, argumenta.

No entanto, Zylberstajn ressalta que esse ganho não significa uma melhoria no mercado de trabalho. A perspectiva é que a inflação até setembro continue em queda e dando espaço para a continuidade dos aumentos reais de salários, apesar da recessão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O preço anunciado dos imóveis residenciais ficou estável na comparação de janeiro com dezembro, de acordo com pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) com base nos anúncios do site Zap Imóveis. Os dados correspondem à média de 20 cidades.

O resultado de janeiro mostra que o mercado imobiliário permanece estagnado, assim como nos meses anteriores, em que a oscilação nos preços foi muito pequena - dezembro (0,13%), novembro (0,07%) e outubro (0,11%).

##RECOMENDA##

No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em janeiro, os preços médios das moradias nas 20 cidades pesquisadas avançaram apenas 0,65%, o que corresponde a uma alta inferior à inflação do período, estimada em 5,49% de acordo com projeções do Boletim Focus, do Banco Central.

Em janeiro, 12 das 20 regiões tiveram queda nominal dos preços anunciados na comparação de janeiro com dezembro, entre as quais: Rio de Janeiro (-0,06%), Distrito Federal (-0,44%) e Fortaleza (-0,81%). Entre as oito cidades que registraram alta, estão: Belo Horizonte (1,43%), Porto Alegre (0,06%) e Goiânia (0,25%).

A cidade de São Paulo, maior mercado imobiliário do País, teve alta mensal de apenas 0,01% nos preços anunciados dos imóveis.

Em janeiro, o valor médio do metro quadrado dos imóveis residenciais anunciados foi de R$ 7.693. O Rio de Janeiro se manteve como a cidade com o metro quadrado mais caro do País (R$ 10.262), seguida por São Paulo (R$ 8.625) e Distrito Federal (R$ 8.432).

O preço anunciado de locação dos imóveis residenciais caiu 0,11% em novembro na comparação com outubro, de acordo com pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) com base nos anúncios do site Zap Imóveis em 11 cidades. O recuo de novembro foi o 18º nos últimos 19 meses.

A queda de 0,11% em novembro, porém, foi mais branda do que em outubro, quando a retração atingiu 0,17%. Segundo o levantamento, o recuo no acumulado do ano chegou a 3,21%. Com a baixa, o preço médio do metro quadrado de locação chegou a R$ 30,00.

##RECOMENDA##

No mês de novembro, nove das onze cidades monitoradas pela pesquisa mostraram quedas nominais no preço anunciado dos aluguéis. O Rio de Janeiro apresentou o maior recuo no mês (-0,47%), seguido por Curitiba (-0,28%) e Porto Alegre (-0,20%). São Paulo, a maior cidade do País, teve baixa de 0,10.

Apenas Salvador e o Distrito Federal tiveram elevação nos preços dos aluguéis, que subiram 0,15% e 0,89% respectivamente.

A pesquisa também mostrou que a relação entre os valores de locação e os valores dos imóveis - medida que representa a rentabilidade do ativo - ficou em 4,4% em novembro.

O preço de locação tem sido afetado pelo excesso de imóveis disponíveis para comercialização. Como muitos proprietários não conseguiram efetivar uma venda, decidiram direcionar o imóvel para locação, repassando custos como condomínio, IPTU e manutenção.

Além disso, muitos consumidores estão reticentes em fechar negócios devido ao cenário econômico incerto.

Com o tema "Judaísmo e Jerusalém: um vínculo eterno", a 25ª edição do Festival da Cultura Judaica será realizada neste domingo (27), às 15h30, na Rua do Bom Jesus, no bairro do Recife Antigo, em Pernambuco. Realizado pela Federação Israelita de Pernambuco (Fipe), o evento contará com artesanato, gastronomia, rodas de conversa, literatura, exposição fotográfica, música e danças típicas. A entrada é gratuita.

Exposição de fotografias do jardim botânico bíblico de Jerusalém estará montada dentro da Sinagoga Kahal Zur Israel. As imagens exibem espécies nativas do país com referências bíblicas. As rodas de conversas serão coordenadas pelo coordenador de Comunicação da Federação Israelita, Jader Tachlitsky, com o tema “Jerusalém: três mil anos de história”, que tem como objetivo reafirmar a importância de Jerusalém para o Judaísmo. Entre as atrações, a apresentação da Messibá Orquestra Judaica de Recife, as 17hs, com músicas judaicas, com a comemoração tradicional Arkadá – os judeus costumam dançar numa grande roda em movimentos circulares. 

##RECOMENDA##

A presidente da Federação Israelita de Pernambuco, Sonia Sette, destaca a importância de realizar este evento. “Transformar a Rua do Bom Jesus num pedaço de Israel tem sido a fonte de conhecimento e integração entre a população local, turistas e membros da comunidade judaica, que nestas oportunidades contam um pouco de sua história e tradição”, comenta, de acordo com informações da assessoria de imprensa

A gastronomia judaica também estará presente pelas senhoras da comunidade judaica do Recife. Serão apresentados ao público pratos típicos, tanto da culinária judaica - com maior influência européia -,  quanto da cozinha típica de Israel,  com características marcantes de origem árabe. Os segredos de alguns pratos serão apresentados, como o guefilte fish - bolinhos de peixe recheados e adocicados  - , varenikes  são pastéis de batata cozidos com recheio de cebola e fluden - doces de nozes, castanhas, damasco e massa folhada. 

Serviço:

XXV Festival da Cultura Judaica

Rua do Bom Jesus, no Bairro do Recife

27 de novembro | 15hs30

Entrada gratuita

Após 13 meses consecutivos de queda, o mercado imobiliário nacional registrou aumento nas vendas em agosto em relação ao mesmo mês do ano anterior. Foram negociadas 9,271 mil unidades, o que representa um pequeno avanço de 1,4% na comparação com as vendas de agosto de 2015, de acordo com pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A pesquisa considera dados fornecidos por 19 incorporadoras de grande porte, com presença em diversas regiões, e associadas à Abrainc.

No acumulado do ano até agosto de 2016, as vendas somaram 67.069 unidades, queda de 11,3% frente ao volume observado no mesmo período de 2015. Já nos últimos 12 meses, foram vendidas 103.675 unidades, volume 13,3% inferior ao total de vendas do período precedente.

##RECOMENDA##

Foram lançadas 4.611 unidades em agosto de 2016, o que representa um aumento de 70% frente ao volume lançado no mesmo mês de 2015. No acumulado de 2016, os lançamentos totalizaram 38.586 unidades, volume 18,5% superior ao observado no mesmo período de 2015. Considerando os últimos 12 meses, o total lançado (70.039 unidades) representa um aumento de 4,3% face ao observado no período precedente.

Entregas e Oferta

Em agosto de 2016 foram entregues 10.633 unidades, o que corresponde a um aumento de 13,8% frente ao número de unidades entregues em igual etapa de 2015. No acumulado de 2016 até agosto, as entregas totalizaram 86.198 unidades, volume 2,6% superior ao observado na mesma base de 2015. Já nos últimos 12 meses, as entregas atingiram 128.656 unidades, volume 18,0% inferior ao total de entregas no período precedente.

Ao final de agosto de 2016, as empresas disponibilizavam 116.211 unidades para compra. No mesmo período, foi vendido o equivalente a 7,7% da oferta do mês, porcentual que representa uma queda de 0,5 p.p. face ao porcentual calculado para agosto de 2015 (8,2%).

Com isso, estima-se que a oferta final de agosto seja suficiente para garantir o abastecimento do mercado durante 13 meses, mantido o ritmo de vendas do mês (9,3 mil unidades/mês).

Distratos

Em agosto de 2016, houve o distrato de 3.754 unidades, o que representa um aumento de 2,8% frente ao número absoluto de distratos observados em agosto de 2015.

No acumulado de 2016 até agosto, o total de distratos foi de 30.321 unidades, patamar 3,9% inferior ao observado até agosto de 2015. Nos últimos 12 meses, foram distratadas 46.268 unidades, alta de 1,7% face ao total de distratos observados no período precedente.

A relação entre os preços do etanol e os da gasolina continuou em trajetória cadente na terceira semana do mês, de acordo com dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A equivalência entre os preços na cidade de São Paulo passou de 74,54% na segunda semana para 69,82% na seguinte, atingindo o menor nível desde o fim de setembro de 2015 (63,12%). O resultado, contudo, ainda está acima do visto na terceira semana do quarto mês do ano passado, quando ficou em 62,92%.

O início da colheita de cana-de-açúcar vem se refletindo sobre os preços tanto do etanol como da gasolina. No âmbito do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) - que mede a inflação na capital paulista - o biocombustível teve deflação de 2,99% na segunda quadrissemana do mês (últimos 30 dias terminados no sábado), após alta de 0,12%. Já a taxa da gasolina no IPC desacelerou para 0,16%, depois de 0,41% na segunda leitura. Com isso, o grupo Transportes passou de 0,23% para 0,05% na terceira quadrissemana. O IPC, por sua vez, arrefeceu a 0,60%, na comparação com 0,75% anteriormente.

##RECOMENDA##

Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do etanol é de 70% do poder do combustível fóssil. Com a relação entre 70% e 70,5%, é considerada indiferente a utilização de gasolina ou etanol no tanque.

O valor total de salários pagos aos trabalhadores com carteira assinada em setembro deste ano foi R$ 6,8 bilhões menor que o efetuado no mesmo mês do ano passado. No nono mês de 2015, os empregados contratados sob regime da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) receberam juntos R$ 91,9 bilhões. Os dados mostram uma intensificação do encolhimento da massa de rendimentos dos celetistas brasileiros na passagem de agosto para setembro. O valor dessazonalizado foi calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) com base no volume de depósitos vinculados ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

O montante total pago aos celetistas em setembro representa uma queda de 6,9% ante os R$ 98,7 bilhões do mesmo mês do ano passado. Em valores atualizados, a diferença do total pago em agosto de 2014 e agosto de 2015 era menor, de 4,5%. A folha de salários do oitavo mês de 2014 foi de R$ 99 bilhões, enquanto a de agosto de 2015 ficou em R$ 94,5 bilhões.

##RECOMENDA##

O coordenador da pesquisa, professor Hélio Zylberstajn, explica que tanto o aumento do desemprego quanto a inflação elevada contribuem para diminuir a folha de pagamentos dos trabalhadores com carteira assinada. "Além disso, este grupo, do emprego formal, é o que tem sido o maior alvo do processo de eliminação de postos de trabalho", destaca.

Para o especialista, como as perspectivas para os próximos meses são de aumento do desemprego e inflação persistentemente elevada, o total de salários pagos aos celetistas deve seguir diminuindo nos próximos meses.

A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) informou nesta quinta-feira (3) que a relação entre os preços do etanol e da gasolina em agosto em São Paulo atingiu o patamar de 60,80%, o nível mensal mais baixo desde setembro de 2010 (58,30%). Considerando somente meses de agosto, é o menor também desde 2010, quando ficou em 57,80%. Em julho de 2015, a relação ficou em 61,34%.

Na avaliação de especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação ao da gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor do combustível fóssil. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do etanol é de 70% do poder da gasolina.

##RECOMENDA##

Segundo o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe, André Chagas, o preço do etanol continua sendo mais competitivo, uma vez que está em queda mais acentuada que o da gasolina. No IPC de agosto, os preços do etanol caíram 1,37%, o que pesou para o declínio de 0,65% do preço da gasolina. "Estamos em plena safra de cana e o produtor não está conseguindo deslocar a produção para o açúcar porque o preço não está interessante", disse, sobre a maior oferta de etanol.

O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), André Chagas, elevou nesta terça-feira, 26, de 0,49% para 0,60%, a previsão para a inflação de maio na capital paulista. Em entrevista à reportagem, ele disse que a alteração na projeção foi motivada por surpresas no levantamento da terceira quadrissemana do mês em alguns itens específicos dos grupos Habitação e Alimentação, justamente os de maiores pesos na composição do indicador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Nesta terça-feira, o instituto divulgou que o IPC registrou taxa de inflação de 0,70% na terceira leitura de maio ante alta de 0,83% na segunda quadrissemana do mês. A despeito de representar uma desaceleração da inflação, o resultado ficou acima da previsão do instituto, que era de uma inflação de 0,61%. Em relação às expectativas dos economistas do mercado financeiro, o número não chegou a trazer grande surpresa, já que eles aguardavam taxa de 0,54% a 0,78%, com mediana de 0,65%, conforme levantamento do AE Projeções.

##RECOMENDA##

"Veio acima do que esperávamos e está apontando para algo bem mais forte do pensávamos para o fechamento de maio", comentou André Chagas. "Esta demora maior no processo de desaceleração sugere uma resistência muito grande da inflação à queda e às ações fiscais e monetárias", avaliou, já se referindo também aos procedimentos que vem sendo adotados pelo Banco Central para o controle da inflação.

Na terceira quadrissemana, o grupo Habitação subiu 0,97% ante 1,26% da segunda leitura do mês. A Fipe trabalhava com uma expectativa de avanço de 0,84% e apontou surpresas vindas no item condomínio (alta de 0,98%) e nos segmentos de Artigos de Limpeza (1,08%) e Reparo no Domicílio (1,83%).

A despeito destas surpresas, o instituto continua captando a energia elétrica como principal fator de desaceleração do IPC e constatou nova perda de força do item no período pesquisado. Na terceira leitura de maio, a energia elétrica subiu 4,07% e respondeu por 0,15 ponto porcentual (21,57%) de toda a inflação registrada pelo IPC, ainda sendo o líder de contribuições de alta. Na segunda medição do mês, o avanço havia sido de 8,67% e a contribuição chegou a 0,32 ponto porcentual (38,13%) do indicador da Fipe.

Quanto à Alimentação, o grupo subiu 0,76% na terceira quadrissemana ante 0,82% da segunda leitura do mês. A Fipe esperava uma elevação de 0,63% e apontou o segmento de Panificados uma das principais surpresas, já que trabalhava com uma alta de 0,97% e a variação positiva efetiva foi de 1,41%.

André Chagas também destacou como importante elemento de alta do IPC a carne bovina, que vem mostrando resistência. Na terceira quadrissemana, o segmento subiu 3,71% ante 3,68% na segunda leitura de maio. "Está resistente mesmo", avaliou, referindo-se a uma parte do IPC que tem um grande peso no bolso do consumidor.

Se a projeção de 0,60% da Fipe para o IPC se maio se confirmar, a inflação do quinto mês do ano será a mais baixa de 2015 e chegará no menor nível desde de dezembro de 2014, quando foi de 0,30%. Em janeiro, o índice subiu 1,62%; em fevereiro, 1,22%; em março, 0,70%; e, em abril, avançou 1,10%.

Levantamento encaminhado nesta terça-feira (19), pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, mostrou que a relação entre o preço médio do etanol e o valor médio da gasolina alcançou o nível de 63,22% na segunda semana de maio na cidade de São Paulo. O número apurado representou recuo ante o verificado na primeira semana do mês, quando a relação havia sido de 64,84%. Na segunda semana de maio de 2014, a relação foi de 69,86%.

Conforme especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder do etanol é de 70% da gasolina. A relação atual também está abaixo das verificadas em períodos idênticos de 2011 (69,69%), 2012 (68,92%) e 2013 (69,99%).

##RECOMENDA##

Em outro tipo de pesquisa da Fipe, que leva em conta a metodologia do tradicional Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o valor médio do etanol apresentou queda de 1,53% na segunda quadrissemana do mês (últimos 30 dias encerrados em 15 de maio) ante baixa de 2,23% na primeira quadrissemana (últimos 30 dias encerrados em 7 de maio). Quanto à gasolina, o combustível saiu de uma variação negativa de 0,72% na primeira leitura de maio para um recuo de 0,67%, na segunda quadrissemana do mesmo mês.

O Índice Geral de Serviços (IGS) captou taxa de inflação de 0,85% na segunda quadrissemana de maio na capital paulista, de acordo com divulgação realizada nesta terça-feira (19) pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O resultado foi menor que o verificado na primeira leitura do mês, quando houve avanço de 1,36% no indicador.

A taxa do IGS ficou levemente mais alta do que a registrada pelo tradicional Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da mesma Fipe, que é mais abrangente. Entre a primeira medição de maio e a segunda quadrissemana, a inflação registrada pelo indicador geral do instituto passou de 1,04% para 0,83%.

##RECOMENDA##

Tanto no IGS como no IPC, o item que mais contribuiu para a alta foi a energia elétrica. Em ambos os indicadores, o item, que vem perdendo força a cada levantamento, avançou 8,67% na segunda quadrissemana de maio ante 15,65% da leitura inicial do mesmo mês.

Na ponta contrária, a conta de telefonia fixa foi o item que mais aliviou tanto o IGS como o IPC. Na segunda quadrissemana, ela recuou 2,42% contra baixa anterior de 3,16%.

Mereceu destaque da Fipe também em ambos os rankings de pressão de baixa o item passagem aérea. Na segunda leitura do mês, ela mostrou declínio de 9,36% ante 7,91% da primeira medição de maio.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou uma alta de 1,04% na primeira quadrissemana de maio. O número representa uma desaceleração em relação à leitura de abril, quando o índice avançou 1,10%.

O resultado apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) ficou acima da mediana das previsões de 12 instituições consultadas pelo AE Projeções, de 1,02%. As estimativas apontavam que o índice poderia ficar no intervalo entre altas de 0,91% e 1,29%.

##RECOMENDA##

Na primeira leitura de maio, três grupos de produtos aceleraram seus ganhos em comparação com abril. Saúde foi o que teve maior aumento, de 1,48% para 1,95%. Transporte subiu de 0,23% para 0,30%; e Despesas Pessoais acelerou de 0,05% para 0,15%.

Por outro lado, houve desaceleração nos preços de Habitação, de 2,30% para 1,93%; e Vestuário, de 0,82% para 0,69%. Alimentação (0,83%) e Educação (0,08%) se mantiveram estáveis ante a leitura de abril.

Veja como ficaram os itens que compõem o IPC na primeira quadrissemana de maio:

Habitação: 1,93%

Alimentação: 0,83%

Transportes: 0,30%

Despesas Pessoais: 0,15%

Saúde: 1,95%

Vestuário: 0,69%

Educação: 0,08%

Índice Geral: 1,04%

Após a alta de 1,10% do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) em abril, a inflação na capital paulista deve desacelerar para 0,49%, de acordo com a estimativa do coordenador do IPC da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), André Chagas, divulgada nesta terça-feira (5) ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Segundo ele, depois de o mês de abril ter sido caracterizado como o das tarifas de energia elétrica elevadas, maio deve contar com taxas bem mais amenas. "Só a alta de 19,70% de energia contribuiu com dois terços do resultado do índice", disse. O indicador também deve perder força ante maio de 2014, quando ficou em 0,52%.

Com expectativa de que não haverá novos aumentos no setor energético à frente, Chagas estima que a classe de despesa Habitação, da qual faz parte energia elétrica, sai de uma variação de 19,70% em abril para 0,92% em maio, levando o grupo para uma inflação de 0,35%, na comparação com 2,30% no quarto mês do ano. "Rigorosamente, (alta de administrados) isso não é inflação, mas é efeito do não reajuste em anos anteriores, além de problemas estruturais do setor que o País enfrenta", argumentou.

##RECOMENDA##

Neste mês, o economista acredita que também aconteça mais disseminação da inflação em São Paulo, mas em níveis mais moderados do que o visto recentemente. "Tirando isso do horizonte, devem restar algumas outras variações menores, mas que não chegam perto do avanço isolado de energia elétrica", disse.

Além de se beneficiar de um resultado mais baixo do grupo Habitação, a expectativa de Chagas é de que o conjunto de preços de alimentos saia de uma taxa de 0,83% em abril para 0,47% no quinto mês do ano, especialmente puxado pelos produtos in natura. Ele explicou que a sazonalidade favorável deve ser ponto-chave para ajudar a abrandar a inflação de Alimentação no período. No entanto, ponderou que esse alívio pode ser menor que o esperado, dadas as incertezas em relação ao impacto cambial sobre os preços de alguns itens alimentícios.

"O dólar ainda segue em alta e muitos produtos semielaborados e industrializados sofrem diretamente com a variação cambial. Resta saber se os produtores encontrarão espaço para fazer repasses e se isso será captado pela inflação. Isso pode fazer com que a sazonalidade (favorável) seja mais suave e não contribua para segurar os preços", sugeriu.

Chagas relembrou que, neste ano em que a economia está mais fraca, produtores e empresas enfrentam o dilema de repassar ou não o avanço recente do dólar e também de custos mais elevados, como energia elétrica. "Repassar os aumentos dos custos e amargar queda nas vendas ou segurar, na tentativa de manter as vendas e market share (participação no mercado)", disse em referência ao dilema do setor produtivo.

O economista afirmou que o óleo de soja foi um dos itens que sentiu os impactos do avanço da moeda norte-americana, ao fechar abril com alta de 3,79%, ante 0,37% em março. Mas já dá sinais de perda de fôlego.

Apesar disso, os industrializados devem seguir no centro das atenções, pois o subgrupo vem dando sinais de que avançará mais, assim como o de semielaborados, que fecharam abril com altas de 0,62% (ante 0,66%) e 1,60% (ante -0,45%), respectivamente. "Em industrializados, a pressão vem dos panificados (1,26%), por causa da alta do trigo, enquanto nos semielaborados, a influência vem da carnes bovinas (1,48%), que estão subindo", explicou.

Ano

Para o fechamento de 2015, André Chagas mantém a expectativa de alta de 6,00% para o IPC do período. Segundo o economista da Fipe, há espaço para queda ou elevações menos significativas de alguns produtos. "Temos de acompanhar, especialmente os números de junho, julho e agosto, para ver se haverá taxas mais baixas, se a caixinha de maldades (reajuste de administrados, em especial de energia) já foi toda aberta e como se darão os efeitos (defasados) da política monetária sobre os preços e, claro, como se darão os impactos da atividade mais fraca sobre a inflação", disse.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando