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O Starship da SpaceX, o foguete mais potente já construído, deverá permanecer em terra enquanto a companhia de Elon Musk conclui dezenas de correções para evitar que se repita a explosão que arruinou seu primeiro voo de teste orbital, disseram funcionários americanos nesta sexta-feira (8).

As 63 correções incluem "redesenhos de hardware do veículo para evitar vazamentos e incêndios, redesenho da plataforma de lançamento para aumentar sua robustez", testes adicionais dos sistemas de segurança e mais, informou a agência federal de aviação dos EUA, a FAA, em comunicado, após concluir uma revisão que durou meses.

A SpaceX fez explodir o foguete sem tripulação quatro minutos depois da decolagem da base da empresa em Boca Chica, Texas, em 20 de abril. A nave apresentou diversas falhas nos motores e seu propulsor de primeiro estágio não se separou da cápsula espacial que estava acima.

O foguete se desintegrou em uma bola de fogo que caiu sobre o Golfo do México, enquanto uma nuvem de poeira flutuava sobre um pequeno povoado a vários quilômetros de distância.

Musk parabenizou de imediato sua equipe da SpaceX por um lançamento de teste "emocionante" e declarou que o mesmo havia sido um sucesso porque a empresa obteria informação valiosa sobre o que havia dado errado.

A FAA iniciou rapidamente uma investigação, enquanto grupos conservacionistas anunciaram que processariam a agência reguladora por não fazer o suficiente para proteger o meio ambiente.

Embora as investigações tenham sido concluídas, a FAA ressalta que isso "não representa a retomada imediata dos lançamentos da Starship em Boca Chica".

Uma nova Starship está pronta atualmente na plataforma de lançamento, informou a SpaceX na rede social X (antigo Twitter).

Em um comunicado, a companhia reiterou sua posição de que o primeiro teste "foi um passo crítico no avanço das capacidades do sistema de lançamento mais potente já desenvolvido" e "proporcionou numerosas lições aprendidas".

Com 120 metros de altura, o Starship produz uma força de empuxo de 74,3 meganewtons, mais que o dobro dos foguetes Saturno V utilizados para enviar os astronautas da missão Apollo à Lua.

A SpaceX o concebeu como uma nave espacial de nova geração totalmente reutilizável que, com o tempo, levará tripulação e carga para Marte. A Nasa contratou uma versão da Starship para que funcione como módulo de alunissagem do programa Artemis, destinado a levar astronautas de volta à Lua em meados desta década.

A Índia lançou neste sábado (2) um foguete que transporta uma sonda para uma viagem ao centro do sistema solar, um novo passo no ambicioso programa espacial indiano, poucos dias após o pouso de um veículo não tripulado perto do polo sul da Lua.

Aditya-L1 ("Sol", em híndi) decolou às 11H50 (3H20 de Brasília), segundo a transmissão ao vivo que mostrou centenas de espectadores eufóricos, em meio ao barulho ensurdecedor da ascensão do foguete.

"Felicitações aos nossos cientistas e engenheiros", afirmou o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, na rede social X (ex-Twitter).

"Nossos incansáveis esforços científicos continuarão para desenvolver uma compreensão melhor do universo", acrescentou.

A missão transporta instrumentos científicos para observar as camadas mais externas do Sol, em uma viagem de quatro meses.

Estados Unidos e a Agência Espacial Europeia (ESA) já colocaram naves espaciais em órbita para estudar o Sol, começando com o programa Pioneer da Nasa na década de 1960.

Japão e China lançaram suas missões de observação solar na órbita terrestre.

Porém, se for bem-sucedida, a missão mais recente da Agência Espacial Indiana (ISRO) será a primeira de um país asiático entrar na órbita ao redor do Sol.

"É uma missão ambiciosa para a Índia", declarou na sexta-feira o astrofísico Somak Raychaudhury no canal NDTV.

O cientista afirmou que a sonda estudará as ejeções de massa coronal, um fenômeno periódico que resulta em grandes descargas de plasma e energia magnética procedentes da atmosfera solar.

Tais descargas são muito potentes e podem atingir a Terra, perturbando o funcionamento dos satélites.

Aditya ajudará a prever os fenômenos e "alertar o mundo para que os satélites possam cortar sua energia", acrescentou o astrofísico.

"Também nos ajudará a compreender como estas coisas acontecem e, no futuro, talvez não vamos necessitar de um sistema de alerta", acrescentou.

Aditya percorrerá 1,5 milhão de quilômetros para chegar a seu destino, o que não supera 1% da imensa distância que separa a Terra do Sol.

A sonda é transportada pela nave PSLV XL de 320 toneladas, criada pela ISRO. A nave já foi utilizada em vários lançamentos em direção à Lua e Marte.

A missão também pretende ajudar na compreensão sobre a dinâmica de outros fenômenos solares, com a obtenção de imagens e a medição de partículas na atmosfera superior do Sol.

- Programa modesto -

A Índia tem um programa aeroespacial com um orçamento relativamente pequeno em comparação com outras potências.

O dispositivo, no entanto, aumentou consideravelmente desde que o país enviou pela primeira vez uma sonda à órbita da Lua em 2008.

Os analistas afirmam que o país consegue atuar com custos reduzidos ao reproduzir e adaptar a tecnologia espacial existente, além de aproveitar o grande número de engenheiros altamente capacitados que recebem salários bem menores que os homólogos estrangeiros.

A alunissagem na semana passada da Chandrayaan-3 (que significa "nave lunar" em sânscrito) tornou a Índia o quarto país a concretizar uma operação do tipo, depois de Estados Unidos, Rússia e China. A missão custou menos de 75 milhões de dólares.

O robô explorador indiano Pragyan ("sabedoria" em sânscrito) confirmou a presença de enxofre no polo sul da Lua.

Chandrayaan-3 conquistou a atenção da opinião pública desde seu lançamento diante de milhões de pessoas. Políticos organizaram rituais hindus para desejar sucesso à missão e estudantes assistiram, ao vivo na TV em suas escolas, os momentos finais da alunissagem.

Em 2014, a Índia se tornou a primeira nação asiática a colocar um satélite em órbita ao redor de Marte e no próximo ano pretende lançar uma missão tripulada de três dias na órbita da Terra.

O país também planeja uma missão conjunta com o Japão para enviar outra sonda à Lua em 2025 e uma missão orbital a Vênus nos próximos dois anos.

Uma espaçonave indiana partiu rumo ao lado mais distante da Lua nesta sexta-feira (14). A missão é um novo esforço do país asiático - que fracassou há quase quatro anos ao tentar pousar um rover na superfície lunar - para tentar alcançar o satélite, afirmou a agência espacial indiana.

Chandrayaan-3, palavra para "nave lunar" em sânscrito, decolou de uma plataforma de lançamento em Sriharikota, no sul da Índia, com um orbitador, um módulo de pouso e um rover, em uma demonstração da tecnologia espacial emergente da Índia. A espaçonave deve embarcar em uma jornada com duração de pouco mais de um mês antes de pousar na superfície da lua no fim de agosto.

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Aplausos varreram a zona de controle da missão no Satish Dhawan Space Center, onde os engenheiros e cientistas da Organização de Pesquisa Espacial Indiana comemoraram enquanto monitoravam o lançamento da espaçonave. Do lado de fora do centro, milhares de indianos celebraram juntos, agitando a bandeira nacional, enquanto observavam a espaçonave subir ao céu.

"Parabéns Índia. Chandrayaan-3 iniciou sua jornada em direção à Lua", disse o diretor da ISRO, Sreedhara Panicker Somanath, logo após o lançamento. Um pouso bem-sucedido tornaria a Índia o quarto país -depois dos Estados Unidos, União Soviética e China - a alcançar o feito.

Coleta de dados na Lua

O módulo de pouso e o rover de seis rodas do Chandrayaan-3 estão configurados com cargas úteis capazes de fornecer dados à comunidade científica sobre as propriedades do solo e rochas lunares, incluindo composições químicas e elementares, disse o Jitendra Singh, ministro júnior de Ciência e Tecnologia no País.

A tentativa anterior da Índia de pousar uma espaçonave robótica perto do polo sul pouco explorado da Lua terminou em fracasso em 2019.

Ela entrou na órbita lunar, mas perdeu contato com seu módulo de pouso, que caiu ao fazer sua descida final para implantar um rover em busca de sinais de água . De acordo com um relatório de análise de falha enviado ao ISRO, o problema foi causado por uma falha de software.

A missão de US$ 140 milhões em 2019 pretendia estudar crateras lunares permanentemente sombreadas que se acredita conterem depósitos de água e foram confirmadas pela missão Chandrayaan-1, que aconteceu em 2008.

Somanath disse que o principal objetivo da missão desta vez é um pouso seguro e suave na Lua. Ele disse que a agência espacial indiana aperfeiçoou a arte de alcançar a Lua, "mas é no pouso que a agência está trabalhando".

Corrida pelo espaço

Vários países e empresas privadas estão em uma corrida para pousar com sucesso uma espaçonave na superfície lunar. Em abril, uma espaçonave da empresa japonesa SpaceX caiu ao tentar pousar na Lua e aparentemente foi destruída com o impacto, já que a Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa) encontrou posteriormente o que seriam os destroços do equipamento.

Com a Índia com armas nucleares emergindo como a quinta maior economia do mundo, o governo nacionalista do primeiro-ministro Narendra Modi está ansioso para mostrar as proezas do País em segurança e tecnologia.

"Chandrayaan-3 escreve um novo capítulo na odisséia espacial da Índia. Ele voa alto, elevando os sonhos e ambições de todos os indianos", disse Modi em um Tweet após o lançamento.

A Índia está usando pesquisas do espaço e de outros lugares para resolver problemas em casa. Seu programa espacial já ajudou a desenvolver tecnologias de satélite, comunicação e sensoriamento remoto e tem sido usado para medir os níveis de água subterrânea e prever o clima no País, que é propenso a ciclos de seca e inundação.

"Esta é uma missão muito crítica", disse Pallava Bagla, escritora de ciência e coautora de livros sobre a exploração espacial da Índia, acrescentando que o País precisará de tecnologia de pouso suave se quiser tentar mais missões à Lua.

Relacionamento com os Estados Unidos

A Índia também está ansiosa por sua primeira missão à Estação Espacial Internacional no próximo ano, uma colaboração com os Estados Unidos que faz parte dos acordos entre Modi e o presidente dos EUA, Joe Biden, feitos na Casa Branca no mês passado.

Esta visita única de um astronauta indiano à Estação Espacial Internacional não prejudicará o próprio programa da Índia, que visa lançar um astronauta indiano de solo indiano em um foguete indiano no final de 2024, disse Bagla.

Como parte de seu próprio programa espacial, ativo desde a década de 1960, a Índia lançou satélites para si e para outros países, e colocou um com sucesso em órbita ao redor de Marte em 2014. Singh disse que, com base na atual trajetória de crescimento, o setor espacial da Índia pode ser uma economia de trilhões de dólares nos próximos anos.

Até abril deste ano, a Índia lançou 424 satélites para 34 países, incluindo Israel, Emirados Árabes Unidos, Cazaquistão, Holanda, Bélgica e Alemanha. A ISRO ganhou aproximadamente 1,1 bilhão de rúpias (US$ 13,4 milhões) nos últimos cinco anos com o lançamento de satélites estrangeiros, disse o ministro ao Parlamento da Índia em dezembro de 2022.

SpaceX adiou nesta segunda-feira (17) o primeiro voo de teste do Starship, o foguete mais potente já construído e projetado para enviar astronautas à Lua, Marte e outros cantos do universo.

A decolagem foi suspensa minutos antes do horário programado, devido a um problema de pressurização no estágio de propulsão, de acordo com informações da SpaceX.

O fundador da SpaceX, Elon Musk, disse que uma válvula de pressão parecia estar congelada, resultando no adiamento do lançamento previsto para 13h20 GMT (10h20 no horário de Brasília) na Starbase, porto espacial da companhia em Boca Chica, Texas.

"Antecipamos um mínimo de 48 horas antes de podermos tentar este voo de teste novamente", destacou um funcionário da SpaceX em um vídeo ao vivo transmitido pela empresa.

De todo modo, já havia datas para os próximos testes marcadas durante a semana, algo que Musk considerou.

Musk havia dito no domingo, durante um evento no Spaces do Twitter, que "é um voo muito arriscado". "É o primeiro lançamento de um foguete muito complexo e gigante", destacou.

"Há um milhão de maneiras que este foguete pode falhar. Vamos ser muito cuidadosos e, se virmos algo que nos preocupa, vamos adiá-lo", adiantou ele.

- Super foguete -

A Nasa, agência espacial americana, escolheu a espaçonave Starship para levar astronautas à Lua no final de 2025 - em uma missão chamada Artemis III - pela primeira vez desde o fim do programa Apollo, em 1972.

Com 120 metros de altura, o Starship pertence à categoria de lançadores superpesados, capazes de transportar uma carga maior que 100 toneladas em órbita. Sua potência de decolagem deve ser mais que o dobro do lendário Saturno V - 111 metros -, foguete do famoso programa lunar Apollo.

A Starship consiste em uma cápsula reutilizável de cerca de 50 metros de altura que transporta a equipe e a carga, localizada em cima do propulsor em primeiro estágio Super Heavy, com cerca de 70 metros.

A espaçonave e o propulsor Super Heavy nunca voaram juntos, no entanto, vários testes de voo suborbital da espaçonave já foram realizados.

O plano original prevê que o propulsor Super Heavy seja separado da nave três minutos após o lançamento para aterrissar no Golfo do México.

Com seis motores próprios, a aeronave continuará a uma altitude de cerca de 240 km, completando quase uma volta ao redor da Terra antes de mergulhar no Oceano Pacífico cerca de 90 minutos após o lançamento.

"Se chegar à órbita, será um grande sucesso", disse Musk no domingo.

"Se nos afastarmos o suficiente da plataforma antes que algo dê errado, acho que posso dizer que foi um sucesso", acrescentou o magnata. "Só não exploda a plataforma de lançamento".

"A carga útil desta missão é informação. Informação que permitirá melhorar o projeto de futuras construções da Starship", explicou.

- 'Civilização multiplanetária' -

A SpaceX concluiu um teste de lançamento bem-sucedido de todos os 33 motores Raptor no primeiro estágio da Starship, em fevereiro.

A Nasa levará astronautas à órbita lunar em novembro de 2024 usando seu próprio foguete espacial, o Space Launch System (SLS), que está em desenvolvimento há mais de uma década.

O Starship é maior e mais potente que o SLS, gera 17 milhões de libras de empuxo, mais do que o dobro dos foguetes Saturn V usados para enviar os astronautas das missões Apollo à Lua.

A SpaceX espera lançar uma nave estelar em órbita e reabastecê-la para que possa continuar sua jornada para Marte ou além.

Musk esclareceu que o objetivo é tornar a Starship reutilizável para reduzir o custo das missões para apenas alguns milhões de dólares por voo.

"Levando a longo prazo, não sei, dois ou três anos, teremos que obter uma reutilização completa e rápida".

Eventualmente, o objetivo é estabelecer bases na Lua e em Marte, e colocar a humanidade no "caminho de ser uma civilização multiplanetária", afirmou Musk.

"Estamos no breve momento da civilização em que é possível se tornar uma espécie multiplanetária", disse ele. "Esse é o nosso objetivo. Acho que temos uma chance".

Está previsto o lançamento do foguete HANBIT-TLV, da empresa sul-coreana Innospace, na próxima segunda-feira (19), às 6h da manhã (horário de Brasília), pelo Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão. Esse será o primeiro lançamento de empresa privada feito pela base brasileira.

A missão visa a testar o funcionamento do foguete sul-coreano e também leva ao espaço o Sistema de Navegação Inercial (SISNAV), desenvolvido por militares brasileiros com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e Agência Espacial Brasileira (AEB), vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Segundo a pasta, o lançamento depende das condições meteorológicas.

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O SISNAV é um experimento nacional para a navegação autônoma de foguetes, desenvolvido pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), da Força Aérea Brasileira, dentro do projeto Sistema de Navegação e Controle (SISNAC). A tecnologia fará parte do Veículo Lançador de Microsatélites (VLM).

Com o lançamento, serão obtidos dados de voo que avaliam como o sistema se comportou em condições específicas de temperatura e pressão. Não haverá operação de resgate, pois os dados de voo serão coletados por telemetria. A carga útil pesa 20kg e tem dimensões de 310 × 400 × 280 mm3.

O gerente do projeto SISNAC, major Bruno Távora, afirmou que esta será a primeira oportunidade de avaliar o comportamento da tecnologia em ambiente real de voo. “Um sistema de navegação inercial é um componente crítico para os veículos de acesso ao espaço desenvolvidos pelo IAE, pois não são encontrados na indústria nacional. Por esta razão, o IAE iniciou há alguns anos o desenvolvimento do seu próprio produto, o SISNAV, utilizando sensores inerciais desenvolvidos pelo Instituto de Estudos Avançados e produzidos nacionalmente”, descreve.

Távora também ressalta o apoio do ministério e instituições vinculadas. “Os recursos provenientes do MCTI foram fundamentais para o desenvolvimento do SISNAV, pois os projetos receberam recursos tanto da FINEP, como da AEB”. A FINEP apoiou o desenvolvimento do SISNAV com recursos de quase R$ 40 milhões aportados no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) da FAB, em projetos executados entre os anos de 2005 e 2016.

Sentado no escuro, com o rosto meio iluminado por uma luz avermelhada, o bilionário Elon Musk exibiu em um evento paralelo da cúpula do G20 uma visão excêntrica do futuro com alienígenas, viagens de foguete e uma rede de túneis subterrâneos.

O novo dono do Twitter apareceu por videoconferência em uma cúpula empresarial paralela ao G20 na ilha turística indonésia de Bali.

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Projetado em uma grande tela acima do palco, Musk apareceu como uma imagem fantasmagórica, com apenas o rosto e as mãos mal iluminados e avermelhados em um ambiente completamente escuro.

"Tivemos uma queda de energia três minutos antes da ligação. Por isso estou completamente no escuro", disse ele ao empresário e moderador indonésio, Anindya Bakrie.

Questionado sobre o motivo de não ter viajado para a ilha, o novo dono do Twitter brincou que sua "carga de trabalho aumentou bastante recentemente" por causa da compra da rede social.

Depois falou um pouco mais sobre esta operação controversa, que levou à demissão de milhares de trabalhadores e à introdução de uma taxa de verificação de contas.

A conversa se voltou especialmente para a visão peculiar de Musk do futuro, com uma rede de túneis subterrâneos para descongestionar o trânsito na superfície, viagens de foguete ao redor do mundo e vida alienígena.

"Podemos encontrar civilizações alienígenas ou descobrir civilizações que existiram há milhões de anos", disse ele.

O dono da marca de veículos Tesla e da empresa aeroespacial SpaceX defendeu que a mobilidade do futuro passe pelo carro elétrico e por uma rede de túneis para descongestionar o trânsito.

Também mostrou interesse em construir plataformas de lançamento de foguetes ao redor do mundo para que as pessoas pudessem viajar "para o outro lado do planeta" a vinte vezes a velocidade do som.

"Acho que isso realmente abriria o mundo, se você pudesse viajar para qualquer lugar em menos de uma hora", disse ele.

A empresa americana SpaceX lançou do estado da Flórida, nesta terça-feira (1º), o Falcon Heavy, o foguete ativo mais potente do mundo, neste que foi seu primeiro lançamento desde 2019.

O Falcon Heavy decolou por volta das 9h40 locais (10h40 em Brasília), da plataforma de lançamento 39A no Centro Espacial Kennedy, no sudeste dos Estados Unidos, durante uma missão denominada USSF-44. A nave transportava carga da Força Espacial americana, incluindo um satélite chamado TETRA 1.

Poucos minutos depois da decolagem, os dois propulsores do foguete voltaram a aterrissar na Terra. A seção central da nave não será recuperada.

O superfoguete Falcon Heavy voou pela primeira vez em um teste em 2018, quando transportou o automóvel Tesla do magnata Elon Musk, proprietário de amba as empresas. Um segundo voo ocorreu em junho de 2019 e, hoje, o terceiro voo operacional e comercial da Falcon Heavy.

A SpaceX atualmente tem dois foguetes operacionais.

O primeiro é o Falcon 9, usado para transportar astronautas da Nasa para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), ou para lançar os satélites da constelação SpaceX que fornecem Internet do espaço (Starlink).

O segundo é o Falcon Heavy, usado para lançar cargas úteis muito mais pesadas, ou para órbitas mais distantes. O foguete é capaz de transportar até 64 toneladas para a órbita da Terra.

Foi escolhido pela Nasa para pôr na órbita da Lua certos componentes de sua futura estação espacial.

Em sua base no Texas (sul), a SpaceX está desenvolvendo outro foguete, em separado, o Starship, que consiste em uma nave espacial montada sobre uma primeira estrutura, chamada Super Heavy. Este foguete nunca voou, contudo, em sua configuração completa. A nave fez apenas voos de teste suborbitais, vários dos quais terminaram em explosões impressionantes.

O Starship foi escolhido pela agência espacial americana para levar seus astronautas à Lua durante a missão Artemis 3, estimada para 2025.

A Nasa primeiro enviará seus astronautas para a órbita lunar, graças ao seu próprio lançador pesado, chamado SLS. Este equipamento se encontra em desenvolvimento há mais de uma década.

A primeira decolagem do SLS, que vai superar o Falcon Heavy e se tornará o foguete mais potente do mundo, foi cancelada duas vezes no último minuto neste verão boreal (inverno no Brasil). Uma nova tentativa deste voo de teste não tripulado está agendada para 14 de novembro.

Um teste em terra do novo megafoguete da Nasa, destinado a verificar o sucesso dos reparos feitos após duas tentativas fracassadas de decolagem há algumas semanas, foi realizado com êxito nesta quarta-feira (21) na Flórida, anunciou a agência espacial dos Estados Unidos.

“Foram cumpridos todos os objetivos propostos”, declarou Charlie Blackwell-Thompson, diretora de lançamento da missão Artemis 1, que será a primeira do programa a levar os americanos de volta à Lua.

No início de setembro, a decolagem do foguete SLS, o mais potente já construído, precisou ser cancelada de última hora devido a um vazamento observado na drenagem de seus tanques com combustível criogênico.

O hidrogênio líquido, que forma esse tipo de combustível junto com o oxigênio, é altamente inflamável, portanto, esses vazamentos devem ser evitados a todo custo.

Desde então, a Nasa realizou reparos e o teste desta quarta incluiu o reabastecimento dos tanques de combustível.

Durante as operações, houve mais uma vez um pequeno vazamento de hidrogênio, mas foi controlado pelas equipes da agência.

Na semana passada, a Nasa disse que tinha como meta para a próxima tentativa de lançamento o dia 27 de setembro, em menos de uma semana, mas também indicou uma data alternativa, 2 de outubro.

“As equipes avaliaram os dados dos testes, assim como as condições meteorológicas e outros fatores, antes de confirmar que tudo está pronto para a próxima oportunidade de lançamento”, informou a Nasa.

Para cumprir a próxima data, a agência também precisa obter uma isenção da Força Espacial americana para a duração da bateria do sistema de autodestruição de emergência do foguete, projetado para detonar em caso de desvio de trajetória após o lançamento.

O lançamento do novo foguete da Nasa à Lua, já abortado duas vezes por problemas técnicos, não acontecerá antes de 27 de setembro, anunciou nesta segunda-feira (12) a agência espacial americana.

Este tão esperado voo de teste da missão Artemis 1, sem tripulação a bordo, visa testar o foguete SLS (Space Launch System), bem como a cápsula Orion, que transportará astronautas no futuro.

A data dependerá de as equipes de engenharia conseguirem concluir com sucesso um teste de tanque de combustível do SLS e do recebimento de uma isenção especial para evitar novos testes de baterias em um sistema de destruição de foguetes de emergência.

Sem essa isenção, o foguete terá que retornar ao prédio de montagem, o que atrasaria o cronograma em várias semanas.

A janela de lançamento de 27 de setembro será aberta às 11h37, horário local, por 70 minutos, com o final da missão programado para 5 de novembro. Uma possível segunda janela está programada para 2 de outubro, disse a Nasa em seu blog.

O lançamento do novo foguete havia sido cancelado em 29 de agosto, e novamente em 3 de setembro, devido a problemas técnicos, um contratempo que atrasa o início efetivo do programa americano Artemis de retorno à Lua.

O SLS, um megafoguete laranja e branco que nunca voou antes, está em desenvolvimento há mais de uma década.

Para esta primeira missão, a Orion se aventurará até 64.000 quilômetros atrás da Lua, mais longe do que qualquer outra espaçonave tripulada.

Um dos principais objetivos da missão é testar o escudo térmico da cápsula, o maior já construído. Em seu retorno à atmosfera terrestre, terá que suportar uma velocidade de 40.000 km/h e uma temperatura equivalente à metade da registrada na superfície do sol.

A próxima missão, Artemis 2, em 2024, levará astronautas, mas não pousará na Lua. Essa honra será reservada para a tripulação do Artemis 3, que não será lançado antes de 2025. Depois disso, a Nasa espera realizar cerca de uma missão por ano.

O plano da agência espacial americana é construir uma estação espacial em órbita lunar, chamada Gateway, e uma base na superfície da Lua.

A Nasa pretende testar ali as tecnologias necessárias para enviar os primeiros humanos a Marte: novos trajes, um veículo para se mover ou um possível uso da água lunar, entre outros objetivos.

De acordo com o diretor da agência espacial, Bill Nelson, uma viagem de ida e volta de vários anos a Marte a bordo da Orion poderia ser tentada no final da década de 2030.

Um foguete da Blue Origin não tripulado caiu pouco após decolar, nesta segunda-feira (12) no Texas, sul dos Estados Unidos, informou a empresa espacial de Jeff Bezos, acrescentando que a cápsula conseguiu se separar do resto do foguete.

"Falha no mecanismo de impulsão durante o voo não tripulado de hoje", anunciou a empresa, acrescentando em seguida que o sistema de ejeção da cápsula funcionou como esperado, mas que "não houve feridos".

Um vídeo mostra, após aproximadamente um minuto da decolagem, a cápsula ativar seus motores de emergência e se separar do foguete a toda velocidade. Em seguida, aterrissa com a ajuda de paraquedas.

O vídeo não mostra o que aconteceu com o foguete que "caiu no chão", escreveu a empresa, e que em caso de sucesso deveria ter retornado e pousado suavemente.

A cápsula não tripulada carregava apenas material de pesquisa para a missão "New Shepard 23".

O regulador da aviação civil dos Estados Unidos (FAA) anunciou a suspensão de qualquer nova decolagem enquanto uma investigação é realizada.

"A cápsula pousou com segurança enquanto o foguete caiu no chão na zona de risco designada", escreveu a agência federal.

Esta foi a 23ª missão da empresa e a primeira a terminar em acidente, o que representa um golpe para a empresa de turismo espacial criada pelo fundador da Amazon.

O próprio Jeff Bezos participou do primeiro voo tripulado do New Shepard em julho de 2021. Desde então, seu foguete transportou cerca de trinta pessoas, incluindo William Shatner, ator da icônica série de ficção Star Trek.

No início de agosto, a empresa enviou com sucesso a primeira egípcia e o primeiro português ao espaço em uma experiência de apenas alguns minutos em ausência de gravidade.

A agência espacial norte-americana, a Nasa, cancelou novamente o lançamento do foguete Space Launch System (SLS) à Lua, que estava previsto para este sábado (3).

Em nota, a Nasa explicou que o cancelamento ocorreu devido a vazamento de hidrogênio líquido. A agência informou que foram feitos vários esforços para solucionar o problema, como recolocação de vedação, mas não foi possível resolver.

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O lançamento do foguete da missão Artemis I estava previsto para ocorrer hoje à tarde (horário de Brasília), no Centro Espacial Kennedy, na Flórida.

Na última segunda-feira (29), foi feito o primeiro cancelamento, após as equipes técnicas da agência identificarem um problema de resfriamento em um dos quatro motores do superfoguete que levará a cápsula Orion à órbita lunar.

A missão

A viagem não tripulada marcará uma série de testagens na órbita da Lua tanto em relação aos equipamentos, quanto à cápsula Orion que deve levar até quatro astronautas na segunda etapa da missão prevista para ocorrer até 2026.

Além disso, será testada uma peça fundamental na missão, o Módulo de Serviço Europeu, responsável, por exemplo, pelos sistemas de abastecimento de água, energia, propulsão, controle da temperatura dentro da cápsula e fruto da parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA).

Segundo a ESA, a missão, que será comandada aqui da Terra, pode durar entre 20 e 40 dias e terminará de volta à Terra com um mergulho no Oceano Pacífico, na costa da Califórnia, nos Estados Unidos.

O voo de volta à Lua organizado pela Nasa, em parceria com 21 países, inclusive o Brasil, representa o retorno ao satélite 50 anos após a última viagem tripulada, em 1972, com a missão Apollo.

O lançamento do novo megafoguete da NASA à Lua foi cancelado nesta segunda-feira (29) devido a um problema técnico com um de seus principais motores, uma decepção para a agência espacial americana, que agora terá que aguardar as próximas datas possíveis de lançamento.

Cinquenta anos após o último voo Apollo, a missão não tripulada Artemis 1 marcará o início do programa americano para retornar à Lua, que deve permitir que a humanidade chegue a Marte.

"A gerente de lançamento pediu para cancelar o dia", disse a NASA.

As próximas datas de lançamento possíveis são 2 e 5 de setembro.

Mas o problema terá que ser avaliado em detalhes pelas equipes da NASA antes de determinar quando ocorrerá.

O lançamento estava programado para 08h33 (9h33 de Brasília) da Plataforma de Lançamento 39B no Centro Espacial Kennedy, na Flórida.

Mas à medida que o sol se erguia sobre o enorme foguete laranja e branco de 98 metros de altura, a decolagem tornou-se cada vez mais improvável.

Os tanques do foguete - o mais potente do mundo - foram enchidos durante a noite com mais de três milhões de litros de hidrogênio e oxigênio líquidos ultrafrios.

Mas o abastecimento começou com uma hora de atraso devido ao risco muito alto de raios.

Um vazamento então causou uma pausa durante o enchimento do segmento principal com hidrogênio, antes que uma solução fosse encontrada e o fluxo retomado.

Por volta das 07h00, um novo problema era investigado. Um dos quatro motores RS-25, sob o segmento principal do foguete, não conseguiu atingir a baixa temperatura desejada, condição necessária para poder acioná-lo.

A contagem regressiva parou e, depois de mais de uma hora e meia de tentativa de resolver o problema, a diretora de lançamento da NASA, Charlie Blackwell-Thompson, tomou a decisão de cancelar.

- "Sonhos e esperanças" -

Entre 100.000 e 200.000 pessoas, incluindo a vice-presidente Kamala Harris, deveriam presenciar ao vivo o lançamento hoje.

O objetivo de Artemis 1 é testar o foguete SLS e a cápsula de tripulação Orion em sua parte superior.

Orion será lançada sem tripulação na órbita ao redor da Lua para ver se o veículo é seguro para os futuros astronautas, entre os quais estão previstos a primeira mulher e a primeira pessoa negra na superfície lunar.

"Essa missão carrega os sonhos e esperanças de muitas pessoas", comentou o chefe da NASA, Bill Nelson. "Agora somos a geração Artemis".

Dois minutos depois do lançamento do SLS, os propulsores vão retornar à Terra e cair no Atlântico. Oito minutos depois, o segmento principal se separará e aproximadamente uma hora e meia depois, um último impulso enviará a cápsula rumo à Lua, onde levará vários dias para chegar.

A principal meta é testar o escudo térmico da cápsula, que retornará à atmosfera terrestre a quase 40.000 km/h, e a uma temperatura que chegada à metade da superfície do Sol.

No lugar dos astronautas, manequins equipados com sensores vão registrar as vibrações e níveis de radiação.

A cápsula se aventurará até 64.000 km depois da Lua, a maior distância já alcançada por uma nave adaptada para transportar uma tripulação.

- Viver na Lua -

"O que estamos começando (...) não é um sprint de curto prazo, mas uma maratona de longo prazo", disse Bhavya Lal, administrador associado da NASA.

Após esta primeira missão, Artemis 2 levará astronautas à Lua em 2024, sem pouso, uma honra reservada à tripulação do Artemis 3, mas que não será antes de 2025.

Até essa data, a ideia da NASA é lançar cerca de uma missão por ano com o objetivo de estabelecer uma presença humana constante na Lua, construir a estação espacial Gateway que orbita em torno dela e instalar uma base na superfície lunar.

Nesse cenário, a humanidade teria que aprender a viver no espaço e testar a tecnologia necessária para uma viagem de vários anos de e para Marte, que poderia ser concluída "no final da década de 2030", segundo Nelson.

Mas antes disso, ir à Lua também é estratégico, contra as ambições de nações concorrentes, em particular a China.

"Queremos ir para o polo sul (da Lua), onde estão os recursos", especialmente água na forma de gelo, disse Nelson à NBC.

"Não queremos que a China vá a esse lugar e diga 'este é o nosso território'".

Assistir ao lançamento de um foguete para a Lua é "uma experiência única na vida", diz Joanne Bostandji emocionada, enquanto se prepara para assistir ao lançamento na segunda-feira do mega foguete americano SLS, o mais novo e mais recente da Nasa.

A mulher de 45 anos, que viajou do norte da Inglaterra com o marido e dois filhos para férias com tema espacial na Flórida, descreve seu plano para o Dia D: "pegar o carro bem cedo e conseguir um bom lugar", afirmou em Cocoa Beach, não muito longe do Centro Espacial Kennedy.

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Entre 100.000 e 200.000 visitantes são esperados para o lançamento da missão Artemis 1, que irá impulsionar uma cápsula vazia para a Lua como parte de um teste para futuros voos tripulados.

A "natureza histórica" do voo de segunda-feira, o primeiro de vários do programa americano de retorno à Lua, "certamente aumentou o interesse público", disse à AFP Meagan Happel, do Escritório de Turismo da Costa Espacial.

- Cruzeiro espacial -

Sabrina Morley teve sorte: conseguiu alugar um apartamento não muito longe da praia e irá com seus dois filhos e dezenas de outras pessoas em um barco fretado para a ocasião pela empresa Star Fleet Tours.

Por US$ 95 o ingresso, "vamos entrar no oceano o mais próximo possível do lançamento e assistir à decolagem do navio", diz ela.

"Nunca estive tão perto de um lançamento", explica a mulher de 43 anos, que cresceu em Orlando, a menos de uma hora de distância.

Quando criança, ela conseguia ver os ônibus espaciais decolando de seu quintal, como "uma grande bola laranja de fumaça" subindo no céu, e até ouvir a explosão quando eles quebravam a barreira do som.

Morley celebra que o programa Artemis da Nasa tenha como objetivo levar uma mulher à Lua pela primeira vez, em um voo tripulado programado para não antes de 2025.

- Bênção para a economia -

O retorno dos lançamentos espaciais é um benefício econômico para a região. Uma família de três pessoas gastará em média US$ 1.300 em quatro ou cinco dias, de acordo com o escritório de turismo.

Na estrada principal para Merritt Island, a península onde fica o Centro Espacial Kennedy, a loja de souvenirs espaciais de Brenda Mulberry está lotada de turistas.

Na entrada, ela oferece camisetas Artemis impressas localmente. Só no sábado fez 1.000 cópias. Nos últimos dias, houve um aumento de clientes, disse Mulberry, que fundou a "Space Shirts" em 1984.

"Eles estão animados para ver um lançamento da Nasa, porque os negócios do setor espacial privado não entusiasmam muito as pessoas", diz ele.

A nostalgia do programa Apollo da Nasa também está presente: 50 anos se passaram desde a última vez que uma missão tripulada foi à Lua, em 1972.

O grande dia da Nasa está se aproximando: o novo foguete gigante americano SLS chegou na manhã desta quarta-feira (17) à sua plataforma de lançamento em Cabo Canaveral, Flórida, antes de sua decolagem programada para a Lua em 12 dias.

A missão marcará o primeiro voo do programa americano de retorno à Lua, apelidado de Artemis.

Artemis 1 será lançado sem astronautas a bordo, pois seu objetivo é testar o foguete e a cápsula Orion, localizada em cima dele, para garantir que possam transportar com segurança uma tripulação para a Lua, o que está previsto para acontecer a partir de 2024.

O foguete, chamado SLS (Sistema de Lançamento Espacial), está em desenvolvimento há mais de uma década e se tornará o mais poderoso do mundo quando decolar. Mede 98 metros de altura.

Ele foi instalado na lendária plataforma 39B após uma transferência noturna de 10 horas do hangar de montagem, no mesmo complexo do Kennedy Space Center.

"Para todos nós que olhamos para a Lua e sonhamos com o dia em que a humanidade retornará à superfície lunar, pessoal, aqui estamos, aqui vamos nós de novo", disse o chefe da NASA, Bill Nelson, em entrevista coletiva.

A espaçonave Orion será impulsionada em direção à Lua e até 64.000 km além, aventurando-se mais longe do que qualquer outra espaçonave tripulada já fez.

Em seu retorno à atmosfera terrestre, seu escudo térmico terá que suportar uma velocidade de quase 40.000 km/h e metade da temperatura da superfície do Sol.

A decolagem está programada para 29 de agosto às 08h33, horário local.

Se o tempo não estiver favorável, as datas de reserva são 2 ou 5 de setembro.

A missão deve durar 42 dias no total, até o retorno e descida no Oceano Pacífico, onde a nave será recuperada por um navio da Marinha dos Estados Unidos.

Em 2024, a missão Artemis 2 levará astronautas para orbitar a Lua, sem pousar nela. Esta honra será reservada à tripulação da Artemis 3, uma missão que ocorrerá em 2025, no mínimo.

A última vez que humanos pousaram na Lua foi na missão Apollo 17 em 1972.

O programa Apollo levou apenas homens brancos à superfície da Lua, mas o Artemis planeja enviar a primeira mulher e a primeira pessoa negra.

O objetivo é fazer da Lua uma base onde sejam desenvolvidas as tecnologias necessárias para enviar humanos a Marte.

Um segmento do foguete espacial chinês lançado no domingo passado fez um retorno descontrolado à atmosfera terrestre no sábado (30) e se desintegrou sobre o Oceano Índico, confirmou a agência espacial chinesa, com autoridades americanas acusando Pequim de não compartilhar suas informações sobre essa descida potencialmente perigosa.

Em um comunicado publicado em seu perfil oficial no WeChat, a Agência Espacial Chinesa forneceu as coordenadas do impacto: no Mar de Sulu, a cerca de 57 quilômetros da costa leste da ilha de Palawan, nas Filipinas.

"A maioria de seus dispositivos foi destruída" durante a descida, declarou a agência sobre o foguete que foi usado no domingo passado para lançar o segundo dos três módulos que a China precisa para completar sua nova estação espacial Tiangong, que deve estar totalmente operacional até o final do ano.

O retorno à atmosfera do foguete chinês havia sido anunciado várias horas antes pelo exército americano.

"O Comando da Força Espacial confirma que o foguete Longa Marcha-5B da República Popular da China reentrou na atmosfera sobre o Oceano Índico em 30 de julho" às 16h45 GMT (13h45 de Brasília), tuitou o exército dos Estados Unidos.

A agência espacial da Malásia declarou, por sua vez, que detectou detritos do foguete queimando antes de cair no Mar de Sulu, a nordeste da ilha de Bornéu.

"Os destroços do foguete pegaram fogo ao entrar no espaço aéreo terrestre e detritos em chamas também passaram pelo espaço aéreo da Malásia, podendo ser detectados em várias áreas, inclusive atravessando o espaço aéreo ao redor do estado de Sarawak", detalhou.

O foguete Longa Marcha-5B não foi projetado para controlar sua descida da órbita, o que, como em lançamentos anteriores, atraiu críticas.

A China "não deu informações precisas sobre a trajetória do seu foguete Longa Marcha-5B", tuitou o chefe da NASA, Bill Nelson, no sábado.

"Todas as nações que realizam atividades espaciais devem aderir às melhores práticas" porque a queda de objetos desta dimensão "representa riscos significativos de causar perdas humanas e materiais", acrescentou, ressaltando que o compartilhamento de informação é "essencial" para o "uso responsável do espaço e para manter as pessoas seguras na Terra".

A entrada na atmosfera libera imenso calor e atrito, provocando a queima e desintegração dos segmentos. Mas naves maiores, como o Longa Marcha-5B, podem não ser totalmente destruídas.

Seus detritos podem então pousar na superfície terrestre e causar danos e vítimas, mesmo que esse risco seja baixo, estando o planeta coberto com 70% de água.

Em 2020, destroços de outro foguete Longa Marcha caíram em aldeias na Costa do Marfim, causando danos, mas sem feridos.

O gigante asiático vem investindo bilhões de dólares há várias décadas em seu programa espacial.

A estação espacial Tiangong é uma das joias deste programa.

A China enviou seu primeiro astronauta ao espaço em 2003.

No início de 2019, pousou um aparelho no lado oculto da Lua, uma estreia mundial.

Em 2021, pousou um pequeno robô em Marte e planeja enviar homens à Lua até 2030.

A Ucrânia destruiu, nessa quarta-feira (27), a Ponte de Antonivskyi, sobre o Rio Dnieper, em mais um passo de sua contraofensiva para retomar a região de Kherson, no sul do país. Nos últimos dias, os avanços ucranianos foram conquistados com a ajuda de foguetes de precisão M142 Himars, dos EUA, que se tornaram um símbolo da vulnerabilidade da Rússia.

O sucesso dos foguetes não está passando em branco na Europa. A Polônia e os países bálticos, os vizinhos que mais se sentem ameaçados pela Rússia, já concluíram que os Himars estão entre as armas mais eficazes para deter o avanço russo na Ucrânia e estão encomendando os sistemas de lançamento a um custo de centenas de milhões de dólares.

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O ministro da Defesa da Polônia, Mariusz Blaszczak, anunciou a solicitação de 500 Himars, além de munição. O Departamento de Estado dos EUA disse que a Estônia comprou seis lançadores e munições no valor de US$ 500 milhões. A Letônia requisitou US$ 300 milhões logo em seguida. A próxima da lista de compradores deve ser a Lituânia.

"O acordo para desbloquear o Porto de Odessa seria impossível sem os Himars. Está claro que a guerra terminará mais cedo se armarmos a Ucrânia mais depressa", afirmou o chanceler lituano, Gabrielius Landsbergis.

Para armar seus lançadores, Letônia e Estônia negociam a compra de mísseis táticos MGM-140, de fabricação americana, com 300 quilômetros de alcance. Da fronteira estoniana, eles seriam capazes de atingir São Petersburgo. Se lançados do território letão, chegariam na metade do caminho de Moscou.

Precisão

"Vamos aumentar o preço da agressão. Se eles souberem que podemos destruir alguns alvos, terão de procurar soluções alternativas", disse o ministro da Defesa da Estônia, Kusti Salm.

Mas as Forças Armadas dos EUA podem colocar mísseis ainda mais modernos no tabuleiro europeu. Uma nova versão dos Himars, que deve entrar em operação no ano que vem, tem alcance de 500 quilômetros. Se os americanos decidirem enviar para seus aliados da Otan, no Báltico e no Leste Europeu, o arsenal poderia atingir os arredores de Moscou.

Equilíbrio

Os Himars chegaram à Ucrânia no fim de junho. Em 16 de julho, Kiev disse ter usado os lançadores para destruir 30 centros logísticos da Rússia. Ontem, os ucranianos alegaram ter destruído um depósito de munição, peças de artilharia e equipamentos militares na região de Kherson, cujo domínio deixaria mais vulnerável o controle russo da Península da Crimeia.

A ponte inutilizada ontem é a principal travessia sobre o Rio Dnieper. A única outra opção é uma barragem em uma usina hidrelétrica, que também está sob intenso bombardeio ucraniano - embora ainda esteja aberta. Eliminar as duas passagens tornaria muito difícil para os militares russos enviar suprimentos para suas forças na região. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A China lançou neste domingo (24) o segundo dos três módulos da estação espacial que está construindo, uma etapa crucial para a conclusão deste ambicioso projeto.

O módulo, chamado Wentian, pesando cerca de 20 toneladas e sem um astronauta a bordo, foi impulsionado por um foguete Longa Marcha 5B às 14h22 (03h22 no horário de Brasília) do centro de lançamento de Wenchang, na ilha tropical de Hainan, no sul da China.

Centenas de pessoas se alinharam nas praias ao redor para tirar fotos do foguete subindo ao céu em meio a uma nuvem de fumaça branca.

Após oito minutos de voo, "Wentian se separou com sucesso do foguete para se colocar na órbita planejada", comemorou a agência espacial encarregada de voos tripulados CMSA, que descreveu o lançamento como "sucesso total".

Com cerca de 18 metros de comprimento e 4,2 metros de diâmetro, este módulo laboratorial será acoplado ao Tianhe, o primeiro módulo da estação que já está em órbita desde abril de 2021.

A operação é um desafio para a tripulação, pois exige várias manobras de alta precisão, algumas delas por meio de um braço robótico.

"É a primeira vez que a China tem que acoplar veículos tão grandes. É uma operação delicada", disse à AFP Jonathan McDowell, astrônomo do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, nos Estados Unidos.

- "O mais rápido" -

Dotado de três espaços para dormir, banheiros e cozinha, o novo módulo também conta com setores para experiências científicas. Wentian também servirá como plataforma para controlar a estação espacial em caso de problemas técnicos.

Batizada de Tiangong ("Palácio Celestial"), mas também conhecida pela sigla CSS (Chinese Space Station), a estação espacial deve estar totalmente operacional até o final do ano.

Depois de Wentian neste fim de semana, os três astronautas da missão Shenzhou-14, atualmente na estação espacial, receberão outro módulo de laboratório, o Mengtian, inicialmente durante o mês de outubro.

A estação terá então sua forma final em "T". Será semelhante em tamanho à antiga estação espacial soviético-russa Mir. Sua expectativa de vida seria de pelo menos 10 anos.

"O CSS será concluído em apenas um ano e meio, o ritmo mais rápido da história para uma estação espacial modular", disse Chen Lan, analista do portal Go Taikonauts.com, especializado no programa espacial chinês. "Em comparação, a construção da Mir e da Estação Espacial Internacional (ISS) durou 10 e 12 anos, respectivamente", acrescentou.

Quando o Tiangong estiver concluída, a China poderá realizar pela primeira vez uma troca da tripulação em órbita. Essa troca deve ocorrer em dezembro, quando os astronautas da missão Shenzhou-14, atualmente na estação espacial, abrirem espaço para os da Shenzhou-15.

A China foi forçada a construir sua própria estação após a recusa dos Estados Unidos em permitir que ela participasse da ISS. O gigante asiático vem investindo bilhões de dólares em seu programa espacial há várias décadas.

A China enviou seu primeiro astronauta ao espaço em 2003. Em 2019, o país colocou um aparelho na face oculta da Lua, um evento inédito em todo o mundo. Em 2020, a China coletou amostras do satélite da Terra e, no ano seguinte, enviou um pequeno robô a Marte. A China também planeja enviar humanos à Lua por volta de 2030.

O foguete com destino à Lua que está sendo testado pela Nasa retorna a seu hangar de construção para reparos na próxima semana, adiando a data de lançamento de uma missão não tripulada para o fim do verão boreal.

Desde o início de abril, a agência espacial tenta sem sucesso completar um ensaio geral do lançamento, incluindo o abastecimento com o combustível propulsor e uma contagem regressiva até os últimos 10 segundos antes da decolagem e sem ligar os motores.

No entanto, a equipe da Nasa encontrou vários problemas técnicos, entre eles um vazamento de hidrogênio líquido.

Uma válvula defeituosa impediu o preenchimento da parte superior, bloqueando o fornecimento do nitrogênio usado para expurgar o oxigênio do foguete antes da operação de abastecimento, por razões de segurança.

O foguete, de 98 metros de altura incluindo a cápsula Orion em sua ponta, começará em 26 de abril seu lento retorno a partir da plataforma 39B do centro espacial Kennedy ao prédio de montagem do veículo, onde ele será reparado.

Questionado sobre a data de lançamento da missão não tripulada Artemis 1, o alto funcionário Tom Whitmeyer disse que "a janela de início de junho seria um desafio".

A Nasa havia considerado um teste de voo para maio e há janelas de oportunidade em julho ou agosto. Porém, para aproveitá-las, depende de diversos fatores, como as posições relativas da Terra e da Lua, além do tempo que o foguete leva para voar em um eclipse, já que exige luz solar para manter sua regulação térmica.

O atraso da Artemis 1 terá um efeito dominó nas missões seguintes: Artemis 2, primeiro voo não tripulado ao redor da Lua, e Artemis 3, que terá a primeira mulher e a primeira pessoa negra a pousar no polo sul lunar.

A Nasa quer construir uma presença permanente na Lua e usá-la como campo de testes para as tecnologias necessárias para uma missão à Marte, prevista para depois de 2030.

A Lua tem mais uma cratera. Uma seção de um foguete que estava vagando há muitos anos pelo espaço se chocou contra a sua superfície nesta sexta-feira (4), segundo especialistas, mas como não foi possível fazer uma observação direta, será preciso paciência para verificá-lo através de imagens.

O impacto aconteceu às 12h25 GMT (09h25 em Brasília) na face oculta da Lua, segundo o astrônomo Bill Gray, o primeiro a identificar que a colisão se aproximava do satélite natural da Terra.

O objeto cilíndrico se deslocava a mais de 9.000 km/h e é provável que tenha causado uma cratera "de 10 a 20 metros de diâmetro", disse o especialista à AFP.

Sua trajetória tinha sido calculada através de observações realizadas por telescópios na Terra. "Tínhamos muitos dados sobre este objeto", disse Bill Gray.

A identificação do foguete em questão foi objeto de debate porque ninguém se ocupa oficialmente de registrar e monitorar os destroços de objetos no espaço profundo.

Gray, criador do software utilizado pelos programas de observação financiados pela Nasa, os monitora para que não sejam confundidos com asteroides e, assim, não se perca tempo estudando-os inutilmente.

Inicialmente, pensava-se que os destroços eram de um foguete da SpaceX. No entanto, por fim chegou-se à conclusão de que se tratava de uma nave chinesa, concretamente um estágio do foguete Longa Marcha, que decolou em 2014 para uma missão chamada Chang'e 5-T1, como parte do programa de exploração lunar do país asiático.

Pequim, por outro lado, negou essa informação e garantiu que a seção de seu foguete tinha "entrado sem perigo na atmosfera terrestre" e foi "incinerada por completo".

No entanto, segundo Gray, a China confundiu duas missões com nomes similares e, na realidade, estava falando de um foguete lançado bem depois.

Em qualquer caso, a cratera só poderá ser observada através da sonda LRO (Lunar Reconnaissance Orbiter) da Nasa ou pela indiana Chandrayaan-2, ambas em órbita ao redor do satélite natural da Terra.

A agência espacial americana confirmou em janeiro que queria encontrar a cratera, mas advertiu que a operação poderia levar "semanas".

Segundo Gray, as duas sondas podem observar toda a região lunar uma vez por mês.

Não é incomum que as seções dos foguetes fiquem abandonadas no cosmos, mas esta é a primeira vez que se identifica uma colisão não intencional com a Lua.

No passado, partes de foguetes foram lançadas contra o astro com fins científicos.

A Nasa e a SpaceX adiaram nesta segunda-feira (1º) pela segunda vez em poucos dias o lançamento do foguete que levará quatro astronautas à Estação Espacial Internacional (ISS) porque um dos membros da tripulação apresenta um "problema de saúde leve".

"Não é uma emergência médica e não está relacionado com a covid-19", informou a Nasa em um comunicado, sem dar mais detalhes.

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Os astronautas americanos Raja Chari, Kayla Barron e Tom Marshburn, assim como o alemão Matthias Maurer, ficarão em quarentena no Centro Espacial Kennedy até então, acrescentou a agência espacial americana.

O lançamento estava previsto para o domingo, mas devido ao mau tempo o procedimento foi adiado para a quarta-feira.

Agora, o lançamento foi remarcado para o sábado às 23h36 locais (00H36 de domingo, hora de Brasília), de Cabo Cañaveral, na Flórida.

A Nasa não divulgou o nome do astronauta doente.

Esta missão, denominada Crew-3, faz parte a associação bilionária da Nasa com a SpaceX, a companhia de Elon Musk. Foi assinada após o encerramento do programa de ônibus espaciais, em 2011, para retomar os voos espaciais tripulados do solo americano.

Os astronautas vão passar seis meses na ISS e realizar vários experimentos a bordo deste laboratório orbital.

Eles vão substituir os quatro astronautas da Crew-2, que estão desde abril na ISS.

A volta à Terra da Crew-2 está programada "para o começo de novembro", mas nesta segunda-feira a Nasa afirmou que "continua avaliando datas" e não descarta uma "passagem indireta" entre as duas tripulações.

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