Tópicos | Fórmula 1

A má campanha em 2022 fez a equipe Williams anunciar, nesta segunda-feira, alterações em sua cúpula para a próxima temporada da Fórmula 1. O chefe da equipe, Jost Capito, e o diretor técnico, FX Demaison, foram demitidos, após dois anos nos cargos. Os substitutos serão anunciados em breve, segundo comunicado da equipe.

Em 2020, Capito começou a reconstruir a equipe - e isso incluiu trazer Demaison - com quem trabalhou na Volkswagen no projeto do rali - para liderar a parte técnica. A campanha de 2021 foi um passo à frente para a Williams, com George Russell subindo ao pódio ao terminar em oitavo lugar no Campeonato de Construtores - mas nesta temporada eles caíram para o décimo e último lugar, com apenas oito pontos conquistados.

##RECOMENDA##

"Foi um grande privilégio liderar a Williams Racing nas duas últimas temporadas e lançar as bases para a reviravolta desta grande equipe. Estou ansioso para ver o time continuar em seu caminho para o sucesso no futuro", afirmou Capito.

Matthew Savage, presidente da Dorilton Capital, empresa de investimento, dona da Williams também falou sobre os ex-funcionários: "Gostaríamos de agradecer a Jost por seu trabalho árduo e dedicação ao embarcarmos em um grande processo de transformação para iniciar a jornada de reviver a Williams Racing. Estamos gratos por Jost ter adiado sua aposentadoria planejada para enfrentar este desafio e agora ele passará as rédeas para a próxima parte deste processo em etapas. Também gostaríamos de agradecer a FX por sua contribuição e desejar a ele tudo de bom para seu futuro enquanto segue em frente."

A Williams teve três pilotos em 2022. O tailandês Alexander Albon marcou quatro pontos na temporada, enquanto o canadense Nicholas Latifi e o holandês Nick de Vries somaram dois pontos cada.

A Fórmula 1 em 2023 começa em 5 de março com o GP do Bahrein, o primeiro das 24 corridas programadas. A etapa da China foi cancelada por causa da Covid-19, mas a Fifa procura um país substituto, que poderá ser Portugal. No Brasil, os carros estão em Interlagos no dia 5 de novembro.

Depois de lutar por vários anos contra o Mal de Parkinson, o francês Patrick Tambay, ex-piloto de Fórmula 1, morreu, neste domingo, em Paris, aos 73 anos. O anúncio foi feito pelo jornal 'L'Équipe'.

Daniel Patrick Charles Maurice Nasri Tambay iniciou carreira na principal categoria do automobilismo, em 1977, no GP da Inglaterra, representando a equipe Surtees. Ele ainda pilotou carros da Theodore, McLaren, Ligier, Renault e Team Haas, mas foi na Ferrari que obteve maior destaque, ao vencer dois GPs: na Alemanha, em 1982, e em San Marino, em 1983, temporada na qual terminou em quarto lugar na classificação.

##RECOMENDA##

No total, Tambay disputou 123 corridas, com 11 pódios, cinco pole positions e duas voltas mais rápidas. Sua última participação na F-1 foi no GP da Austrália de 1986, aos 38 anos. Recebeu o "Troféu Laranja" de jornalistas especializados por causa de sua simpatia.

Posteriormente, Patrick Tambay também disputou por três vezes o tradicional Rali Dacar, e também competiu na lendária prova das 24 Horas de Le Mans.

A Fórmula 1 confirmou nesta sexta-feira que o GP da China foi cancelado pelo quarto ano consecutivo por causa dos protocolos de combate à Covid-19. O país segue com políticas rigorosas para evitar uma nova crise sanitária causada pela doença. Por isso, vem evitando sediar grandes eventos esportivos nos últimos anos.

"A Fórmula 1 pode confirmar, após diálogo com o promotor e as autoridades relevantes, que o Grande Prêmio da China de 2023 não acontecerá devido às dificuldades contínuas apresentadas pela situação da Covid-19. A Fórmula 1 está avaliando opções alternativas para substituir o espaço no calendário de 2023 e fornecerá uma atualização sobre isso no devido tempo", diz o comunicado que oficializou a desistência da China.

##RECOMENDA##

As políticas rigorosas no combate à Covid-19 têm gerado inúmeros protestos no país de pessoas que são contra o lockdown, testes em massas e quarentena. Para evitar tumulto, a polícia chinesa tem emitido voz de prisão a muitos manifestantes.

Na Copa do Mundo, inclusive, as principais emissoras do país estão sendo obrigadas a censurar imagens de torcedores que aparecem sem máscara nos estádios. Os jogadores, durante as comemorações, estão tendo os seus rostos desfocados, o que têm gerado ainda mais críticas.

A China não tem importado imunizantes estrangeiros e a população mais idosa tem optado por não se vacinar. Esses fatores estão gerando preocupação com um possível aumento dos casos, fazendo assim que o governo siga com a "política de tolerância zero" no combate à doença.

O último GP da China aconteceu em 2019, em Xangai, com vitória do inglês Lewis Hamilton, da Mercedes. Em 2023, a corrida deve ser substituída pelo GP de Portugal, no Circuito de Portimão.

Sem assento na temporada 2023 após deixar a Haas, o alemão Mick Schumacher pode vir a ser piloto reserva da Mercedes, ao menos é o que indicou o chefe da equipe, Toto Wolff. O nome do alemão vem sendo cogitado desde quando o holandês Nyck de Vries fechou com a AlphaTauri e o belga Stoffel Vandoorne assinou com a Aston Martin, este como reserva.

"Mick é alguém que sempre esteve em nosso coração por causa de Michael ou de toda a família Schumacher. Ralf esteve muito tempo no DTM para nós, seu filho corre na Mercedes em GTs. Acreditamos que podemos cuidar dele (Mick), mas ainda não colocamos a caneta no papel, não chegamos nem perto de um acordo", disse Toto.

##RECOMENDA##

O chefe da Mercedes indicou ainda que a decisão está nas mãos do piloto. "Estou dizendo isso abertamente porque acho que ele se encaixa e agora precisamos fazer acontecer, se ele quiser, Sabine (Kehm, empresária de Schumacher) quiser, e então veremos aonde isso vai dar", concluiu.

Quem também falou sobre o futuro de Mick foi o chefe da Ferrari, Mattia Binotto. Apesar dos inúmeros elogios ao filho de Schumacher, deixou claro que não tem uma vaga na escuderia italiana para oferecer ao filho de Michael Schumacher.

"Mick, em primeiro lugar, é um ótimo piloto. Acho que ele sempre progrediu em sua carreira e acho que também progrediu durante a atual temporada. Se você olhar para trás como ele começou, onde está terminando, acho que ele mostrou que é capaz de progredir", afirmou.

Binotto revelou que o futuro de Mick será definido em breve. "Nós, como Academia da Ferrari, acreditamos que ele é um grande piloto agora. Depois que a Haas decidiu de alguma forma por uma escolha diferente para a próxima temporada, precisamos sentar com Mick, tentando decidir o que é melhor para o futuro", finalizou.

Mick terminou na 16ª posição no Mundial de Pilotos, com 12 pontos. Na Mercedes, ele estaria na última equipe do pai. Michael competiu pelo time alemão entre 2010 e 2012.

Tetracampeão, Sebastian Vettel se despediu da Fórmula 1 com uma décima colocação no Grande Prêmio de Abu Dabi. O alemão admitiu que o resultado acabou sendo frustrante, mas revelou que aproveitou o máximo da sua última rodada e mostrou que já está sentindo saudades de ficar atrás de um volante.

"Gostaria de ter somado mais pontos nesta corrida, mas eu acabei desfrutando tudo que eu podia. Foi um sentimento diferente. Não acertamos na estratégia, e foi uma pena. Tenho certeza de que sentirei saudades, muito mais do que posso compreender agora", falou Vettel.

##RECOMENDA##

Vettel chegou a uma equipe de Fórmula 1 em 2005, quando foi contratado para ser piloto júnior da Williams, mas foi na BMW Sauber, em 2007, que o alemão participou do seu primeiro Grande Prêmio. Nos Estados Unidos, substituiu Robert Kubica e terminou a corrida na oitava posição.

Ainda no final daquela temporada, foi anunciado pela Toro Rosso, e, com 21 anos, conquistou de forma surpreendente o Grande Prêmio da Itália, em 2008. No ano seguinte, chegou para o lugar de David Coulthard na Red Bull. Foi na equipe de bebidas energéticas que o alemão viveu o auge da carreira.

Vettel foi tetracampeão consecutivo, de 2010 a 2014, até que resolveu mudar de ares e ir para a Ferrari. Na equipe italiana, brigou por títulos, mas não conseguiu voltar a ser campeão. Encerrou a carreira na Aston Martin, onde assumiu um papel de coadjuvante nos seus dois últimos anos de Fórmula 1.

"Os últimos dois anos foram decepcionantes esportivamente, mas muito úteis na minha vida, eles me ajudaram a realizar muitas coisas. É incrível ver o poder que nós, pilotos, temos de inspirar as pessoas e há coisas muito mais importantes do que dar uma volta num circuito", falou o alemão.

Com o fim da temporada de 2022 de Fórmula 1, Vettel encerrou sua carreira com 299 corridas, 122 pódios e 53 vitórias, além de quatro títulos conquistados. O seu substituto na Aston Martin será o também veterano Fernando Alonso.

O piloto alemão Mick Schumacher anunciou que seu contrato com a equipe norte-americana Haas não será renovado e que deixará a equipe em 2023. Ele se pronunciou a respeito nesta quinta (17)

O anúncio, que já era esperado por fãs da Fórmula 1, foi feito em um nota publicada por Mick em seu Instagram. Na nota, o jovem piloto diz estar “decepcionado por não ter seu contrato renovado”, mas agradece a oportunidade dada pela equipe. Schumacher ainda disse que lutará para ter um lugar novamente na Fórmula 1.

##RECOMENDA##

Após o anúncio feito por Mick, a Haas anunciou que o compatriota de Schumacher, Nico Hulkenberg, irá correr pela a equipe para 2023, junto com o dinamarquês, Kevin Magnussen. Hulkenberg correu pela a equipe alemã, a Aston Martin no início desta temporada, quando o tetracampeão Sebastian Vettel ficou em isolamento, após testar positivo para Covid-19.

Existem especulações segundo as quais o alemão pode ser piloto reserva da Mercedes, já que Nyck de Vries fechou contrato com Alpha Tauri para 2023. Mick Schumacher estreou na Fórmula 1 em 2021.

Em 2020, o filho do lendário Michael Schumacher se consagrou campeão da Fórmula 2 e em 2022 conseguiu seus primeiros pontos na Fórmula 1, quando terminou em décimo lugar na etapa de Silverstone, na Inglaterra.

Por Emanuelly Lisboa

A Fórmula 1 anunciou nesta sexta-feira a criação da F1 Academy, categoria voltada exclusivamente para pilotos do sexo feminino. Com o novo campeonato, a F-1 pretende dar mais oportunidades para as mulheres chegarem em bom nível em outras categorias de base do automobilismo, como Fórmula 3 e Fórmula 2.

"Tenho o prazer de anunciar a F1 Academy, que dará às jovens pilotos a melhor chance de realizar suas ambições por meio de um programa abrangente que apoie suas carreiras de corrida e lhes dê tudo o que precisam para passar para a F-3 e, esperançosamente, para a F-2 e depois o auge da Fórmula 1. Quanto mais oportunidades houver, melhor e isso foi projetado para fornecer outro caminho para o sucesso dos pilotos", disse o presidente e CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali.

##RECOMENDA##

A F1 Academy contará com cinco equipes, oriundas da F-2 e F-3, que usarão três carros cada. A temporada contará com sete etapas, nas quais serão realizadas três corridas cada, chegando a 21 provas ao longo do ano. O calendário completo será divulgado em breve.

"Todos devem ter a oportunidade de seguir seus sonhos e alcançar seu potencial, e a Fórmula 1 quer garantir que estamos fazendo todo o possível para criar maior diversidade e rotas para este esporte incrível", completou Domenicali.

CEO da Formula Motorsport Limited, Bruno Michel será o responsável pela nova categoria. "Estou muito animado para lançar a F1 Academy. A diversidade é extremamente importante no automobilismo e, com a F1 Academy, provaremos que as mulheres pilotos têm tudo para competir em alto nível. Estou absolutamente convencido de que, se as jovens tiverem a mesma experiência que qualquer outro motorista, elas poderão abrir caminho com sucesso na pirâmide", completou.

Ele ainda revelou as motivações que levaram à criação da categoria. "Nosso objetivo é ver pilotos do sexo feminino no grid da F-3 nos próximos dois a três anos, e que elas desafiem rapidamente por pontos e pódios. O objetivo é aumentar o alcance no futuro próximo, porque esperamos que esta categoria inspire mais jovens a competir no automobilismo ao mais alto nível", finalizou.

A F1 Academy é a segunda iniciativa do gênero nos últimos anos. A W Series também tem como foco as mulheres, mas teve que encerrar 2022 de forma precoce por falta de recursos. As três últimas corridas foram canceladas e Jamie Chadwick, única vencedora da competição, foi decretada campeã antecipadamente. A categoria não recebeu o dinheiro previsto do investidor, mas retornará em 2023.

"A Fórmula 1 quer garantir que as aspirantes a pilotos tenham as melhores oportunidades de atingir seu potencia. A W Series continua a proporcionar uma grande plataforma para os pilotos, e a F1 Academy pretende acrescentar uma rota extra para a próxima geração de jovens pilotos mulheres, que correrão em um ambiente que lhes permitirá ganhar uma experiência fundamental graças a uma grande quantidade de tempo de pista", diz o comunicado, que confirma que a F1 Academy terá sanção da Federação Internacional do Automobilismo (FIA).

A Fórmula 1 tem como meta zerar a sua emissão de poluentes até 2030. Para isso, diversas medidas estão sendo desenvolvidas, sendo uma das principais a busca por um combustível 100% sustentável até 2026. A organização do Grande Prêmio de São Paulo quer antecipar essas marcas e pretende neutralizar todas as emissões até 2025.

Com o objetivo definido, diversas atividades devem ser repensadas e remodeladas. Para ser net zero, a organização terá de zerar as emissões líquidas de carbono, sejam elas produzidas de maneira direta ou indireta por todos os envolvidos no evento. A compensação, por sua vez, busca anular as emissões com ações ecológicas, como plantio de árvores e reciclagem de materiais.

##RECOMENDA##

"Levamos muito a sério a ideia da sustentabilidade. Nossa governança em relação ao meio ambiente, diversidade e inclusão não é só papo. Primeira coisa é você poder medir o seu impacto, para isso contratamos uma consultoria para de fato conseguir a neutralização. O mais importante é reduzir as emissões, a geração de lixo e temos várias iniciativas para isso", explica ao Estadão o CEO do GP de São Paulo de Fórmula 1, Alan Adler.

Entre as iniciativas citadas por Alan Adler, há três medidas que o CEO entende serem fundamentais e que envolvem não apenas a direção do evento, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e as equipes, mas o público que comparece às atividades do fim de semana.

"Reutilizar, reaproveitar e educar. Educar faz parte disso. Transformar em questões sociais, impor a destinação correta. O objetivo é chegar em 2025 totalmente zero. A gente quer 2025, a Fórmula 1, até 2030, com uso de um tipo de combustível renovável", afirmou Alan Adler, que também valoriza a posição do País como um polo ecológico relevante para o futuro. "O Brasil tem uma posição privilegiada. Nesta crise de combustível vimos isso. Diria que o Brasil tem bastantes oportunidades", pontua Adler.

De acordo com a organização do GP brasileiro, durante a edição de 2021 do evento foi feito um diagnóstico da coleta de resíduos que ditará as mudanças sustentáveis das temporadas seguintes.

ALIMENTOS

No Autódromo de Interlagos, são distribuídas caixas tetrapak de água, que serão após seu uso recicladas, transformadas em telhas e destinadas a comunidades locais. Sobras de alimentos serão destinadas a diferentes instituições. O lixo orgânico gerado no GP deste ano será transformado em adubo a ser usado por hortas vizinhas. A equipe das cozinhas montadas para atender o público em Interlagos foram treinadas para dar a destinação correta a esses resíduos. Cada tonelada de lixo orgânico gera 100 quilos de fertilizantes. Outros 90 integrantes de uma cooperativa fazem a coleta de itens recicláveis.

NAS PISTAS

Cerca de 10 mil pneus utilizados nas barreiras de proteção de todo o Autódromo de Interlagos serão triturados após o fim de semana, e o material resultante será devolvido ao mercado. O mesmo ocorre com os óleos utilizados pelos carros durante o fim de semana. Pela primeira vez, a organização coletou todos os óleos utilizados nos carros e fará novo refino.

Focada na compensação das emissões de carbono no evento deste ano, a organização também promove parcerias para obter créditos e adquirir unidades de estocagem de carbono originados na capital paulista e para a preservação da Floresta Amazônica.

A 50ª edição de um Grande Prêmio no Brasil teve emoção e feito inédito neste domingo. O britânico George Russell conquistou sua primeira vitória na carreira na Fórmula 1 ao liderar de ponta a ponta a corrida no Autódromo de Interlagos. O compatriota Lewis Hamilton ficou em segundo, marcando a primeira dobradinha da Mercedes na temporada. O espanhol Carlos Sainz Jr, da Ferrari, completou o pódio em dia de recorde de público no circuito paulistano.

A corrida foi marcada por pequenos acidentes, com a entrada de safety car por duas vezes. Bicampeão por antecipação, o holandês Max Verstappen não teve um bom domingo e terminou na modesta sexta posição. Destaque para o espanhol Fernando Alonso, da Alpine, que ganhou 12 posições e terminou em quinto.

##RECOMENDA##

O GP de São Paulo também registrou quebra de recorde de público, com a presença de 235.617 pessoas em Interlagos ao longo do fim de semana.

A corrida começou com acidentes. Logo na primeira volta, na curva do Pinheirinho, Daniel Ricciardo, da McLaren, tocou na Haas de Kevin Magnussen, fez o dinamarquês rodar e acertar o próprio australiano, provocando o abandono de ambos e a entrada do safety car na pista.

No reinício da prova, na saída do "S do Senna", Hamilton e Verstappen se tocaram, o britânico saiu da pista, enquanto o atual campeão teve o bico danificado e precisou parar nos boxes para trocá-lo. Em seguida, Lando Norris também acabou tocando roda com roda com Charles Leclerc. O monegasco da Ferrari rodou e caiu para o fundo do pelotão. Norris e Verstappen foram punidos em cinco segundos cada por causarem os acidentes.

Na ponta, Russell passou a ter Sergio Pérez como seu principal concorrente pela vitória em Interlagos. O britânico da Mercedes largou pela segunda vez na primeira posição. O mexicano da Red Bull não conseguia encurtar a distância para o piloto da escuderia alemã, que matinha a vantagem entre dois e três segundos.

Russell foi para os boxes, Hamilton assumiu a liderança e mesmo com pneus macios, o heptacampeão fez seus pneus resistirem por 30 voltas. Ele trocou para o composto médio e voltou para a pista na quarta colocação, empurrando o companheiro de Mercedes de volta para a ponta.

Mas Hamilton ainda tinha o que mostrar na briga pelo pódio. O britânico retornou para a pista com ótimo desempenho, tirando praticamente um segundo por volta de Carlos Sainz Jr, da Ferrari, que ocupava a terceira posição. Para se prevenir, o espanhol antecipou sua parada nos boxes para retomar desempenho.

Enquanto isso, o bicampeão Max Verstappen seguia com dificuldades para escalar o pelotão, perdendo muito tempo com carros do fim do grid. A briga do holandês se resumia a marcar pontos em Interlagos.

O panorama indicava uma disputa de Hamilton com Pérez pelo segundo lugar, dada a vantagem ampla de mais de sete segundos de Russell na liderança. Na abertura da 45ª volta, Hamilton ultrapassou Sergio Pérez na reta dos boxes e assumiu a segunda posição.

Na volta 53, Norris teve problemas, sua McLaren simplesmente parou. Ele precisou abandonar, causando a entrada do safety car. Norris sofreu com uma intoxicação alimentar na quinta-feira e não conseguiu seu melhor desempenho. Foi um péssimo fim de semana para a escuderia britânica, que viu seus dois carros abandonarem, fato que não acontecia desde a Bélgica, em 2019.

Com a entrada do safety car, Hamilton pôde se aproximar de Russell, que, preocupado, foi informado pela Mercedes que teria liberdade na disputa por posição com o heptacampeão mundial. A demora para o safety car se recolher causou insatisfação em alguns pilotos. A pista só foi liberada na 59ª volta.

Com as duas Mercedes na ponta, a briga se intensificou pelo pódio entre Pérez e as Ferraris de Carlos Sainz e Charles Leclerc. O mexicano não segurou o espanhol nem o monegasco. Fernando Alonso foi no embalo e também deixou o piloto da Red Bull para trás. O espanhol da Alpine ganhou incríveis 12 posições ao longo da corrida. Verstappen também ganhou a posição de Pérez.

Russell não foi pressionado por Hamilton e conduziu sua Mercedes de ponta a ponta rumo à sua primeira vitória na carreira na Fórmula 1 e voltando a colocar a bandeira da Grã-Bretanha nos dois lugares mais altos do pódio.

RECORDE

O GP de São Paulo de F-1 bateu novo recorde de público. Na soma dos três dias de atividades no Autódromo de Interlagos, 235.617 pessoas estiveram presentes para acompanhar a categoria máxima do automobilismo mundial, representando o novo recorde. A marca anterior foi obtida na temporada passada, quando 181.711 torcedores acompanharam o fim de semana de GP.

Confira a classificação final do GP de São Paulo de F-1:

1º - George Russell (ING/Mercedes), em 1h38min34s044

2º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes), a 1s529

3º - Carlos Sainz Jr. (ESP/Ferrari), a 4s051

4º - Charles Leclerc (MON/Ferrari), a 8s441

5º - Fernando Alonso (ESP/Alpine), a 9s561

6º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), a 10s056

7º - Sergio Pérez (MEX/Red Bull), a 14s080

8º - Esteban Ocon (FRA/Alpine), a 18s690

9º - Valtteri Bottas (FIN/Alfa Romeo), a 22s552

10º - Lance Stroll (CAN/Aston Martin), a 23s552

11º - Sebastian Vettel (ALE/Aston Martin), a 26s183

12º - Pierre Gasly (FRA/AlphaTauri), a 26s867

13º - Guanyu Zhou (CHN/Alfa Romeo), a 29s325

14º - Mick Schumacher (ALE/Haas), a 29s899

15º - Alexander Albon (Williams), a 36s016

16º - Nicholas Latifi (CAN/Williams), a 37s038

17º - Yuki Tsunoda (JAP/AlphaTauri), a uma volta

Não completaram a prova:

Kevin Magnussen (DIN/Haas)

Daniel Ricciardo (AUS/McLaren)

Lando Norris (ING/McLaren)R

O circo da Fórmula 1 desembarcou em São Paulo nesta semana para a realização do 50º Grande Prêmio no País. Desde 1972, os fãs de automobilismo acompanham corridas emocionantes, ultrapassagens, conquistas de títulos e vitórias de pilotos brasileiros que levantaram o público nos Autódromos de Interlagos e Jacarepaguá, no Rio.

Entre esta sexta e domingo, novas marcas vão entrar para a história e serão capazes de reforçar ou modificar panoramas sobre as corridas da categoria máxima do automobilismo mundial na capital paulista. Veja 15 curiosidades sobre os 50 anos de Fórmula 1 no Brasil. A expectativa dos três dias de atividades da edição deste ano é levar ao autódromo de Interlagos 230 mil amantes da modalidade.

##RECOMENDA##

PROST, O MAIOR VENCEDOR

Quem mais venceu corridas de Fórmula 1 no Brasil foi Alain Prost. Grande rival de Ayrton Senna na categoria máxima do automobilismo mundial, o piloto francês subiu no lugar mais alto do pódio em seis ocasiões: 1982, 1984, 1985, 1987, 1988 e 1990, sendo que somente a última foi em Interlagos, no retorno do Autódromo paulistano para a Fórmula 1.

EXPERIÊNCIA É TUDO

A seleta lista de maiores vencedores da Fórmula 1 no Brasil ainda conta com o alemão Michael Schumacher, que ganhou as provas de 1994, 1995, 2000 e 2002, além de Carlos Reutemann (1972, 1977, 1978 e 1981). A primeira vitória do argentino no Brasil não teve seus pontos contabilizados, porque o evento ainda era um teste.

Logo atrás aparecem os pilotos com maior número de títulos no grid da atual temporada: Sebastian Vettel (2010, 2013 e 2017) e Lewis Hamilton (2016, 2018 e 2021). Ambos venceram três corridas, mas não são apontados neste fim de semana como candidatos a subir ao pódio.

MODERNIZAÇÃO DO AUTÓDROMO

Interlagos já celebrou 40 Grandes Prêmios no Brasil. Desde 1990, a sequência só foi interrompida em 2020 pela pandemia do novo coronavírus. Em 1978 e entre os anos 1981 e 1989, o Grande Prêmio teve como caso o Autódromo de Jacarepaguá, no Rio, que foi demolido para abrigar estruturas dos Jogos Olímpicos de 2016.

Para voltar a receber a Fórmula 1, Interlagos fez diversas obras e também modificou o seu traçado. Uma das curvas icônicas do circuito é o S do Senna. Ayrton foi o responsável por sugerir o traçado da curva, mas ela não foi seguida da maneira como o tricampeão gostaria. O plano era ter uma curva de alta velocidade, mas a junção foi feita com uma angulação menor, forçando os carros a diminuírem a velocidade para o mergulho.

QUEM TEM MAIS TEM SEIS

O piloto com mais pole positions em Grandes Prêmios no Brasil é Ayrton Senna. Por seis vezes, o piloto brasileiro largou na primeira colocação (1986, 1988, 1989, 1990, 1991 e 1994). Quatro pilotos dividem a vice-liderança neste quesito, com três poles cada. São eles: Mika Hakkinen (1998, 1999 e 2000), Rubens Barrichello (2003, 2004 e 2009), Felipe Massa (2006, 2007 e 2008) e Lewis Hamilton (2012, 2016 e 2018).

 

HINOS E BANDEIRAS

Os hinos do Brasil e da Alemanha foram os mais executados em corridas no Brasil. As bandeiras dos dois países tremularam no lugar mais alto do pódio em nove ocasiões cada. Logo em seguida aparecem Reino Unido e França, com oito vitórias.

POR POUCO

O Brasil poderia ser o maior vencedor da prova isolado. Em 1982, Piquet ganhou a corrida em Jacarepaguá, mas foi desclassificado por estar com o carro mais leve que o permitido, assim como o segundo colocado Keke Rosberg. Alain Prost herdou o topo do pódio.

BRASILEIROS VENCEDORES

Cinco brasileiros ganharam o Grande Prêmio no País. Nelson Piquet, Ayrton Senna, Emerson Fittipaldi e Felipe Massa ganharam duas vezes, enquanto José Carlos Pace ganhou somente uma.

VELHOS TEMPOS

A McLaren é a equipe que mais venceu corridas no Brasil. Escuderia em que o Ayrton Senna faturou seus três títulos mundiais, a equipe de Woking ganhou 12 vezes no País. Seu último triunfo, porém, faz 10 anos. Em 2012, o britânico Jenson Button venceu. A Ferrari é a segunda escuderia com mais vitórias, mas também enfrenta certo jejum. Em 2017, Sebastian Vettel levou os italianos à primeira colocação.

LÍDER

O motor Ferrari empurrou mais vezes os pilotos às vitórias no Brasil. Foram 11 oportunidades. A vantagem é curta, no entanto. As unidades de potência de Renault e Mercedes ganharam 10 vezes, enquanto o motor Ford-Cosworth ganhou nove provas.

BRASIL EM DOBRO

A Primeira dobradinha brasileira na Fórmula 1 aconteceu no GP do Brasil de 1975, com José Carlos Pace, da Brabham, e Emerson Fittipaldi, da McLaren. Ambos corriam com motores Ford.

ESTREIA

A primeira corrida da Fórmula 1 no Brasil, em 1972, não contabilizou pontos para o campeonato mundial e serviu apenas de teste para o País ingressar definitivamente no calendário, fato que ocorreu na temporada seguinte.

FIM DA FILA

Desde 2004, o Brasil passou a receber o GP no fim do ano. Desde então, cinco pilotos faturaram o título na corrida brasileira: Fernando Alonso (2005 e 2006), Kimi Raikkonen (2007), Lewis Hamilton (2008), Jenson Button (2009) e Sebastian Vettel (2012). O único, porém, a vencer a corrida do título foi Kimi Räikkönen.

NOVIDADE APROVADA

Interlagos é o único circuito a receber a sprint race nestes dois anos desde a criação do novo evento do fim de semana (2021 e 2022).

LEMBRANÇAS

Atual bicampeão mundial de Fórmula 1, Max Verstappen disputou seis corridas em Interlagos e venceu somente uma, em 2019. Em 2021, teve um desempenho frustrante ao ver o rival Lewis Hamilton ultrapassá-lo, mesmo tendo saído do fundo do pelotão em uma corrida inesquecível. O holandês, porém, ficou fora do pódio somente duas vezes (2015 e 2017).

Lewis Hamilton está em São Paulo para participar da penúltima etapa da temporada 2022 da Fórmula 1 no Autódromo de Interlagos. Nesta quarta-feira, o heptacampeão mundial participou de um evento realizado pela Petronas, patrocinadora e fornecedora de combustíveis da escuderia Mercedes. Hamilton falou sobre a importância do seu papel como um porta-voz das causas sociais e raciais, contou o que mais gosta no Brasil e apontou qual sua principal lembrança do País.

"É muito emocionante vir ao Brasil, são experiências incríveis. Em 2021, foi a melhor corrida da minha vida. Nunca vi isso (apoio dos fãs) em lugar nenhum. Quero aprender mais sobre a cultura, comida, as pessoas... (O que mais gosto) são as comidas, cores e energia das pessoas. Aqui todo mundo trabalha, sorri. Tem muito trânsito também (risos). Há muito amor aqui", contou Lewis Hamilton.

##RECOMENDA##

O britânico também contou sobre a vista que fez nesta quarta-feira a uma favela do Rio e deixou uma mensagem importante para as crianças, além de avaliar que a educação é fator crucial para a transformação social. "Encontrei crianças incríveis. Acredite em si mesmo. Não desista dos seus sonhos, mesmo que digam que é impossível."

Perguntado pelo Estadão, Hamilton novamente se provou engajado em valorizar as pautas sociais e raciais as quais defende e fez una importante associação com o modelo de desenvolvimento sustentável ao qual o planeta, assim como a Fórmula 1, tem voltado seus olhos nos últimos tempos. O heptacampeão também reivindicou o esporte como um espaço para se discutir questões políticas.

"As pessoas dizem que o esporte não é um espaço para política, mas direitos humanos não são puramente político, é algo que todos deveriam ter acesso. Não é fácil falar sobre questões sociais, mas é necessário abrir o coração e falar a realidade do que as pessoas estão vivendo ao redor do mundo. Eu tenho uma voz e vou usá-la", afirmou Hamilton.

A vitória impressionante no Grande Prêmio de São Paulo de 2021 ficou guardado em um lugar especial na memória de Lewis Hamilton. O britânico coloca a vitória à frente da sua primeira conquista mundial em 2008, alcançada na última curva após ultrapassagem sobre Timo Glock, impedindo que o Brasil comemorasse um título para Felipe Massa.

"A corrida de 2021 foi a mais importante. Parecia ser impossível, mas consegui chegar na frente. O apoio dos fãs é incrível. Quando pedi a bandeira do Brasil sabia que estava deixando todos orgulhosos", afirmou Hamilton.

Apesar de não dar indícios de que esteja próximo de parar de correr, Lewis Hamilton já traça perspectivas de como será a Fórmula 1 sem sua presença. O heptacampeão diz que gosta de pensar que os passos que deu podem ajudar outros pilotos a serem eles mesmos. O britânico diz que sempre estará envolvido com o esporte e entende ser difícil que haja novos pilotos que se envolvam tanto com temas delicados como ele. "Haverá outro piloto (engajado)? Difícil dizer. Não é fácil falar abertamente, mas espero compreendam o impacto positivo. No pior cenário, eu volto", finalizou.

A Ferrari pilotada por Michael Schumacher em cinco vitórias da campanha do título da Fórmula 1 de 2003 foi leiloada por US$ 13,2 milhões (cerca de R$ 68 milhões) nesta quarta-feira. O valor superou as estimativas da casa de leilões Sotheby’s, que esperava um lance vencedor entre US$ 7,6 e US$ 9,5 milhões, sem a inclusão de impostos e comissões.

O carro leiloado cruzou a linha de chegada do GP do Japão em 12 de outubro de 2003, na oitava posição, o suficiente para tornar o lendário alemão campeão da Fórmula 1 pela sexta vez. Na ocasião, ele competia pelo título com o finlandês Kimi Raikkonen, que terminou a corrida japonesa em segundo lugar e , mesmo assim, não conseguiu superar a pontuação do então hexacampeão. Em 2004, venceu pela sétima vez.

##RECOMENDA##

Além de ser utilizada na corrida do título de 2003, a Ferrari leiloada foi pilotada pelo heptacampeão nas vitórias do GPs da Espanha, da Áustria, do Canadá, da Itália e dos Estados Unidos naquele ano. A temporada terminou com a Ferrari, que também tinha o brasileiro Rubens Barrichello na equipe, como campeã do Mundial de Pilotos.

De acordo com o Sotheby's, o valor oferecido pelo carro é o maior da história da era moderna da Fórmula 1. Antes, o recorde anterior pertencia a outro veículo da escuderia italiana, também consagrado sob o comando de Schumacher. Trata-se do modelo que ele pilotou durante o título de 2001, leiloado em 2017 por US$ 7,5 milhões

O ex-piloto brasileiro Nelson Piquet, de 70 anos, participou das manifestações bolsonaristas contra a derrota de Jair Bolsonaro (PL) na disputa à reeleição. Os atos são antidemocráticos. Um vídeo do tricampeão mundial de Fórmula 1 ao lado de um apoiador do presidente começou a circular nas redes sociais na tarde desta quarta-feira.

"Vamos botar esse Lula filho de uma p* para fora disso", diz Piquet no vídeo. Ao fim da gravação, o eleitor de Bolsonaro repete o lema do presidente, "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos", e o ex-piloto completa a frase dizendo "E o Lula lá no cemitério, filho de uma p*."

[@#video#@]

Piquet fez uma doação de R$ 501 mil para a campanha de Bolsonaro. A informação, registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), veio a público no fim de agosto, transformando o ex-piloto e empresário no maior doador "pessoa física" do presidente à época.

Ainda em agosto, a empresa de Piquet, a Autotrac Comércio e Comunicações, recebeu no início um aditivo de cerca de R$ 6,6 milhões, correspondente a um contrato assinado em 2019, sem licitação, com o Ministério da Agricultura. O favorecimento veio apesar de a empresa dever R$ 6,3 mil em impostos.

RACISMO

Recentemente, Nelson Piquet foi flagrado usando um termo racista para se referir a Lewis Hamilton, em um vídeo de 2021 que circulou nas redes sociais e ganhou repercussão somente neste ano. Na gravação, é possível ouvir o ex-piloto chamando o heptacampeão de "neguinho" ao comentar um acidente envolvendo o inglês e Max Verstappen - namorado de sua filha, Kelly Piquet - durante o Grande Prêmio de Silverstone, na Inglaterra.

Na ocasião, Piquet ainda comparou a batida entre os pilotos da Mercedes e da Red Bull com a polêmica colisão de Ayrton Senna e o francês Alain Prost, principal rivalidade da Fórmula 1 no passado. O caso de Senna ocorreu na largada do GP do Japão, em 1990, que garantiu o título daquele ano ao brasileiro. "O Senna não fez isso. O Senna saiu reto", comparou.

Em julho, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal recebeu uma ação civil pública contra Piquet pelos comentários racistas e homofóbicos direcionados a Hamilton. O documento foi protocolado por quatro entidades, que pediram uma indenização no valor de R$ 10 milhões ao tricampeão.

Em entrevista para a "Autosport", o heptacampeão Lewis Hamilton revelou que pretende renovar com a Mercedes. O atual contrato do piloto vai até o final de 2023. Dono da maior dinastia da Fórmula 1, o inglês não deixou-se influenciar pelas dificuldades com o carro neste ano.

“Vamos fazer outro acordo. Vamos sentar e discutir isso nos próximos meses. Meu objetivo é continuar na Mercedes. Estou com a Mercedes desde os 13 anos. E é mesmo a minha família: a Mercedes-Benz é a minha família”, afirmou.

##RECOMENDA##

“Eles ficaram comigo através do grosso e do fino. Eles ficaram comigo em tudo o que estava acontecendo em 2020. Eles ficaram comigo apesar dos meus erros e das merdas que foram publicadas na imprensa", completou.

Apesar de já possuir uma enorme história dentro da Mercedes, o piloto inglês de 37 anos não parece satisfeito e ainda possui grandes ambições ao lado da marca alemã.

“Acredito muito nessa marca. Eu acredito nas pessoas que estão dentro da organização. E quero ser o melhor companheiro de equipe que posso ser para eles, porque acho que podemos tornar a marca ainda melhor, mais acessível, ainda mais forte do que é. E acho que posso ser parte integrante disso”, finalizou.

O piloto espanhol Fernando Alonso foi punido com 30 segundos em seu tempo final de prova por queda de um dos retrovisores de sua Alpine e caiu para 15º colocação GP dos Estados Unidos, disputado, neste domingo (23), em Austin.

Um dos destaques da prova, Alonso largou em 14º lugar e terminou na sétima colocação. Na prova, o espanhol se envolveu em um acidente espetacular com o canadense Lance Stroll, da Aston Martinn, e perdeu o retrovisor direito.

##RECOMENDA##

A FIA só foi punir Alonso horas depois do final da corrida por "voltar para a pista em condições não seguras". Com os 30 segundos acrescidos ao seu tempo final, Alonso caiu da sétima para a 15ª posição.

Confira a classificação final e atualizada do GP da Inglaterra:

1º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), em 1h42min11s687

2º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes), a 5s023

3º - Charles Leclerc (MON/Ferrari), a 7s501

4º - Sergio Pérez (MEX/Red Bull), a 8s293

5º - George Russell (ING/Mercedes), a 44s815

6º - Lando Norris (CAN/McLaren), a 53s785

7º - Sebastian Vettel (ALE/Aston Martin), a 65s354

8º - Kevin Magnussen (DIN/Haas), a 65s834

9º - Yuki Tsunoda (JAP/AlphaTauri), a 70s919

10º - Esteban Ocon (FRA/Alpine), a 72s875

11º - Alexander Albon (TAI/Williams), a 75s057

12º - Zhou Guanyu (CHN/Alfa Romeo), a 76s164

13º - Pierre Gasly (FRA/AlphaTauri), a 81s763

14º - Mick Schumacher(ALE/Haas), a 84s490

15º - Fernando Alonso (ESP/Alpine), a 85s078

16º - Daniel Ricciardo (AUS/McLaren), a 90s487

17º - Nicholas Latifi (CAN/Williams), a 103s588

Não completaram a prova:

Lance Stroll (CAN/Aston Martin)

Valtteri Bottas (FIN/Alfa Romeo)

Carlos Sainz (ESP/Ferrari)

Menos de dez dias após se sagrar bicampeão da Fórmula 1 aos 25 anos, Max Verstappen admitiu nesta terça-feira que cogita se aposentar da categoria em 2028. O piloto holandês garantiu que não pretende fazer uma carreira longa na principal categoria do automobilismo mundial.

"Estou me divertindo muito com o que estou fazendo agora e vou permanecer na F-1 por mais alguns anos. Tenho contrato até 2028. Depois disso, vai depender de como tudo estará, mas provavelmente vou tentar fazer algumas coisas diferentes, fora das corridas, porque é importante tentar coisas novas", declarou o piloto entrevista ao canal "Sky Sports".

##RECOMENDA##

O bicampeão tem contrato com a Red Bull até 2028, quando terá 31 anos. E afirmou que não pretende seguir os passos de pilotos como o espanhol Fernando Alonso, o mais experiente do grid atual, com 41 anos. "Eu não me vejo pilotando até os 40 anos porque também quero fazer outras coisas", reforçou o holandês.

Apesar disso, Verstappen deixou em aberto uma possível renovação de contrato com a equipe austríaca para além de 2028. "Eu gosto muito de fazer parte deste time por um longo período e espero ficar por aqui por um longo tempo", afirmou.

No fim de semana, o holandês vai disputar o GP dos Estados Unidos já com status de bicampeão mundial. Isso porque ele assegurou a conquista na etapa passada, no Japão, faltando quatro provas para o fim do campeonato. A corrida em Austin será disputada às 16 horas (de Brasília), no domingo.

Lewis Hamilton, o corredor sete vezes campeão mundial, disse nesta quinta-feira (6) que não planeja se aposentar da Fórmula 1 tão cedo. O britânico, que corre pela Mercedes, assinou um contrato de dois anos com a equipe do ano passado, o que o garante nas pistas até o final de 2023, pelo menos. Heptacampeão mundial, o piloto também disse querer ajudar a criar um ambiente mais aberto e inclusivo no esporte. 

Falando a repórteres antes do GP (Grande Prêmio) do Japão, que será disputado no domingo (9), Hamilton assegurou que correria além do final desse acordo. “Planejo ficar mais tempo”, destacou o piloto no circuito de Suzuka, acrescentando que definitivamente queria permanecer com a Mercedes, “só não está definido quanto tempo”, adicionou.

##RECOMENDA##

O chefe da equipe, Toto Wolff, em entrevista ao Channel 4, que foi ao ar no fim de semana do GP de Cingapura, observou que Hamilton poderia continuar por mais cinco anos. O britânico disse que não havia conversado com Wolff, mas que seria uma possibilidade. “Temos muito trabalho a fazer, muito a conquistar ainda. Então eu não estou planejando ir a lugar nenhum tão cedo”, comentou o piloto. 

A série de quatro títulos consecutivos do piloto inglês chegou ao fim no ano passado quando o rival da Red Bull, Max Verstappen, assegurou a vitória na última volta de um controverso final de temporada. Hamilton não está na disputa da taça este ano e ainda está em busca da sua primeira vitória na temporada, o que aumentaria seu recorde de corridas vencidas na carreira para 103.

A Mercedes teve dificuldades com as mudanças de regras introduzidas nesta temporada. Ele afirmou que sua principal motivação para continuar seria lutar por vitórias e campeonatos, mas apresentou que gostaria de tornar a Fórmula 1 mais inclusiva.  

A Fórmula 1 vai contar com um recorde de 24 corridas no próximo ano. Aprovado pelo Conselho Mundial de Automobilismo, o Campeonato Mundial da FIA de 2023 terá início no dia 5 de março no Bahrein com término em 26 de novembro em Abu Dhabi. Essa decisão conta com o retorno dos GPs da China e do Catar. Terá ainda a prova de Las Vegas, que chega na penúltima rodada para uma corrida de sábado à noite.

Stefano Domenicali, CEO e presidente da Fórmula 1, falou sobre o anúncio do calendário e disse estar animado com o impulso que a categoria vem ganhando no mundo. "Estamos empolgados em anunciar o calendário com 24 corridas ao redor do planeta. Temos uma demanda sem precedentes para sediar corridas e é importante que tenhamos o equilíbrio certo para todo o esporte. Estamos satisfeitos com o forte impulso que a F-1 continua experimentando e é uma ótima notícia que poderemos trazer aos nossos fãs apaixonados uma nova mistura de novos locais como Las Vegas."

##RECOMENDA##

Mohammed Ben Sulayem destacou também o aumento em escala global com o acréscimo de corridas. "A presença de 24 corridas no calendário é mais uma evidência do crescimento e do apelo do esporte no mundo."

Outro dado importante definido nesta terça-feira foi a manutenção do GP de Mônaco por mais dois anos. Um novo contrato foi acertado até 2025 garantindo assim a tradicional prova na Fórmula 1. As ruas de Monte Carlo têm sido uma parte importante do campeonato desde a primeira rodada em 1950.

Na nova ordem do calendário, Mônaco sediará a oitava rodada da temporada e está prevista para ser realizada no dia 28 de maio. "Tenho o prazer de confirmar que estaremos correndo em Mônaco até 2025 e animado por estar de volta às ruas deste famoso Principado", disse Stefano Domenicali.

Confira abaixo o calendário da Fórmula 1 para 2023

5 de março - GP do Bahrein

19 de março - GP da Arábia Saudita

2 de abril - GP da Austrália

16 de abril - GP da China

30 de abril - GP do Azerbaijão

7 de maio - GP de Miami

21 de maio - GP da Emília Romagna (Itália)

28 de maio - GP de Mônaco

4 de junho - GP da Espanha

18 de junho - GP do Canadá

2 de julho - GP da Áustria

9 de julho - GP da Inglaterra

23 de julho - GP da Hungria

30 de julho - GP da Bélgica

27 de agosto - GP da Holanda

3 de setembro - GP da Itália

17 de setembro - GP da Cingapura

24 de setembro - GP do Japão

8 de outubro - GP do Catar

22 de outubro - GP dos EUA

29 de outubro - GP do México

5 de novembro - GP do Brasil

18 de novembro - GP de Las Vegas

26 de novembro GP de Abu Dabi

O piloto Alex Albon, da Williams, saiu da UTI do Hospital San Gerardo, em Monza, na Itália, onde estava internado desde a sexta-feira por causa de uma crise de apendicite. Após passar por uma cirurgia, o tailandês sofreu "complicações anestésicas", mas agora está na enfermaria e deverá ter alta nesta terça-feira.

"Após a cirurgia, Alex sofreu complicações anestésicas inesperadas no pós-operatório que levaram à insuficiência respiratória, uma complicação conhecida, mas incomum. Ele foi reintubado e transferido para a terapia intensiva para suporte", disse um comunicado divulgado pela Williams nesta segunda-feira.

##RECOMENDA##

"Ele teve um excelente progresso durante a noite e foi removido da ventilação mecânica nesta segunda pela manhã. Ele agora foi transferido para uma enfermaria geral e deve voltar para casa nesta terça. Não houve outras complicações", acrescentou o comunicado.

Albon, que ficou de fora tanto dos treinos classificatórios de sábado quanto da corrida de domingo no Circuito de Monza, acabou substituído pelo estreante Nick de Vries, ex-campeão da Fórmula 2 em 2019 e piloto da Mercedes na Fórmula E. O holandês atua como piloto reserva tanto da Mercedes quanto da Williams. Ele terminou a corrida na Itália em nono lugar.

Com quatro pontos conquistados na temporada, Alex Albon vai se preparar para estar em plenas condições de participar do GP de Cingapura, previsto para 2 de outubro.

O holandês Max Verstappen, da Red Bull, superou a Ferrari de Charles Leclerc e venceu pela primeira vez o Grande Prêmio da Itália de Fórmula 1 disputado no Autódromo Nacional de Monza neste domingo (11). A prova terminou sob bandeira amarela e sob vaias dos torcedores.

Com o resultado, o holandês está cada vez mais próximo de conquistar seu bicampeonato na categoria. George Russell, da Mercedes, que havia largado em segundo terminou a prova na terceira colocação.

##RECOMENDA##

A prova começou sem acidentes e foi marcada por muitas ultrapassagens desde as primeiras curvas. Carlos Sainz, também da Ferrari, e Lewis Hamilton, da Mercedes, que largaram respectivamente da 18ª e 19ª, conseguiram terminar entre os cinco melhores - em quarto e quinto.

O momento de maior tensão na prova foi na volta 47 quando Daniel Ricciardo, da McLaren, precisou parar na pista por conta de problemas mecânicos e ativou um Safety Car. Diversos pilotos pararam e mudaram a estratégia, colocando os pneus mais macios.

Leclerc fez uma parada extra, a terceira da corrida, mas Verstappen permaneceu na pista. No entanto, a direção da prova não deu bandeira vermelha e a demora em retirar o carro fez com que a corrida terminasse sob bandeira amarela.

Os torcedores italianos, que bateram o recorde de público neste fim de semana, vaiaram a decisão durante toda a última volta e após o fim da disputa.

Da Ansa

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando