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A Williams foi multada em US$ 25 mil pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) por perder o prazo para prestar contas sobre os seus gastos na Fórmula 1, conforme determinado por regulamento. A punição foi anunciada nesta terça-feira, por meio de uma nota publicada no site oficial da categoria.

As equipes da Fórmula 1 são obrigadas, desde 2021, a enviar à organização, até o final de junho de cada ano, um detalhamento provisório dos investimentos feitos entre janeiro e abril. Já o gasto anual é declarado até o final de março do ano seguinte à temporada em questão.

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Essas prestações de contas são utilizadas pela FIA para fiscalizar o cumprimento das regulações financeiras da categoria. O principal ponto é o Cost Cap, limite de gastos imposto a todas as equipes para manter o equilíbrio entre elas. Neste ano, o teto foi definido em US$ 141.2 milhões.

Após perder o prazo da declaração, a Williams foi contatada e admitiu que violou as regras. A equipe, contudo, cooperou com a busca de uma solução e conseguiu um acordo. Segundo a FIA, a equipe remediou a violação, pagou uma multa de US$ 25 mil e arcou com os custos incorridos Pela Administração do Limite de Custos.

O tradicional circuito de Montecarlo foi palco de uma corrida extraordinária neste domingo no GP de Mônaco, vencido pelo mexicano Sergio Perez. A Ferrari veio logo atrás, também com seu segundo piloto, Carlos Sainz. Líder do campeonato de pilotos, Max Verstappen subiu ao pódio em terceiro. O dia não foi bom para o dono da casa Charles Leclerc, que perdeu a liderança da prova por um engarrafamento no box da Ferrari e terminou em quarto.

Após Perez se irritar com a decisão da Red Bull de não deixá-lo ultrapassar Verstappen no GP da Espanha, a corrida deste domingo acabou tendo os segundos pilotos de Ferrari e Red Bull como protagonistas em Montecarlo. Atrapalhado por uma estratégia equivocada da equipe, Leclerc perdeu segundos valiosos quando coexistiu no boxe da Ferrari com Sainz e precisou aguardar o companheiro terminar sua troca de pneus, o que deixou o monegasco extremamente irritado.

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Uma forte chuva fez com que a largada começasse com atrasado. Ainda com a pista molhada, muitos incidentes aconteceram ao longo da prova, que terminou com Verstappen ampliando sua vantagem sobre Leclerc na liderança. Lando Norris conseguiu um ponto importante com a volta mais rápida do dia.

"É um sonho que se torna realidade, todo piloto deseja vencer uma corrida em Mônaco. Depois de vencer o circuito onde você nasceu, acho que aqui é o lugar mais desejado. Ainda mais especial vencer da forma que foi, uma corrida emocionante. O pneu estava esfarelando, mas consegui terminar. Foi muito difícil manter o Carlos Sainz atrás e não ser ultrapassado", disse o vencedor Sergio Perez, que se emocionou no pódio.

BATIDA GRAVE DE SCHUMACHER E LECLERC IRRITADO

A largada foi atrasada por conta da forte chuva. No momento em que os pilotos saíram para a volta de formação, a quantidade de água aumentou e foi preciso bandeira vermelha. Houve a formação de pequenos rios por toda a pista e os pilotos retornaram aos boxes.

A corrida começou com um safety car após pouco mais de uma hora de atraso. Antes mesmo da bandeira verde inicial, Nicholas Latifi derrapou e bateu no muro. Lance Stroll também teve problemas, com seu primeiro furado e precisou ir para o box durante o safety car. Esteban Ocon e Pierre Gasly tomaram sustos e por pouco não bateram.

A corrida começou com os pilotos fazendo um tempo bem abaixo dos alcançados no treino de classificação, cerca de 30 segundo a mais. Após quase bater, Gasly começou a prova se destacando e conseguiu uma bela ultrapassagem para cima de Zhou Guanyu, indo para cima de uma ultrapassagem em cima de Ricciardo. O francês pressionou e passou o australiano da McLaren por dentro.

Com o avançar da corrida, a pista foi ficando seca e os pilotos começaram a apostar nos pneus intermediários, alguns foram direto para o slick duro. Lewis Hamilton e Ocon, na disputa por posição, chegaram a bater os carros, mas o francês controlou bem o veículo e se manteve na pista. O piloto da Alpine acabou punido com cinco segundos pela ação e caiu para a 12ª colocação.

Nas primeiras posições, a liderança se inverteu entre os pilotos da Ferrari e da Red Bull. A briga esquentou após as trocas dos pneus e Perez manteve a ponta. A Ferrari se precipitou ao mandar os dois pilotos juntos para o box e acabou perdendo o controle da prova. Quando Leclerc chegou para troca de pneus, precisou esperar Sainz deixar o local, o que irritou muito o monegasco, que ficou indignado com o erro.

Na volta 27, Mick Schumacher bateu o carro com muita força e o veículo partiu ao meio. Apesar do susto, o piloto alemão não se feriu. O veículo da Haas perdeu a traseira na primeira curva, girou bastante e acertou em cheio do muro, em uma cena muito forte. Kevin Magnussen teve um problema no motor, também havia abandonado a corrida e a Haas se despediu antes da metade da prova. Para consertar a barreira, a organização da prova levantou bandeira vermelha.

Após um longo tempo de parada, os pilotos voltaram para a pista, alguns com novas trocas de pneus. Com a corrida se estendendo bastante, houve a alteração para decretar o fim por tempo e não mais pelo número de voltas.

Tal qual um rally, Zhou derrapou, saiu da pista e quase atingiu o carro de Tsunoda. Logo depois, Alexander Albon foi mais um a abandonar a prova. Na reta final, os quatro primeiros pilotos estiveram bem próximos, Sainz pressionou Perez por uma ultrapassagem. Com uma emoção, a ordem se manteve ao fim do cronômetro.

Confira o resultado da corrida deste domingo:

1º - Sergio Perez (MEX/Red Bull) - 1h56min30s265

2º- Carlos Sainz (ESP/Ferrari) - a1s154

3º - Max Verstappen (HOL/Red Bull) - a 1s491

4º - Charles Leclerc (MON/Ferrari) - a 2s922

5º - George Russell (ING/Mercedes) - a 11s968

6º - Lando Norris (CAN/McLaren) - a 12s231

7º - Fernando Alonso (ESP/Alpine) - a 46s358

8º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - a 50s388

9º - Valtteri Bottas (FIN/Alfa Romeo) - a 52s525

10º - Sebastian Vettel (ALE/Aston Martin) - a 53s536

11º - Pierre Gasly (FRA/AlphaTauri) - a 54s289

12º - Esteban Ocon (FRA/Alpine) - a 55s644

13º - Daniel Ricciardo (AUS/McLaren) - a 57s635

14º - Lance Stroll (CAN/Aston Martin) - a 60s802

15º - Nicholas Latifi (CAN/Williams) - a uma volta

16º - Zhou Guanyu (CHI/Alfa Romeo) - a uma volta

17º - Yuki Tsunoda (JAP/AlphaTauri) - a uma volta

Não completaram a corrida - Mick Schumacher (ALE/Haas), Kevin Magnussen (DIN/Haas) e Alexander Albon (TAI/Williams).

Ex-chefão da Fórmula 1, Bernie Ecclestone foi preso na noite desta quarta-feira, no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), por portar ilegalmente uma arma. O ex-dirigente, de 91 anos, pagou fiança e foi liberado para embarcar no voo particular rumo a Suíça, onde mora atualmente.

Ecclestone teve detectada uma pistola calibre 32, marca LW Seecamp, sem carregador e sem munição, em sua bagagem quando passava pelo Raio x. O britânico não apresentou a documentação adequada para portar a arma, que foi apreendida, e recebeu voz de prisão. Em seguida, foi levado para a 4ª Delegacia de Apoio ao Turista (Deatur) da Polícia Civil, localizada dentro do aeroporto.

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"O empresário foi autuado em flagrante por porte de arma de fogo, conforme determina artigo 14 da Lei 10.826/03, e foi arbitrada fiança fixada em cinco salários mínimos, totalizando o valor de R$ 6.060,00. O valor foi apresentado e o indiciado foi colocado em liberdade provisória", informou a Polícia Civil.

O inglês estava no Brasil há algumas semanas para tratar de assuntos particulares e também para negócios. Ele é proprietário de uma fazenda na cidade de Amparo, no interior de São Paulo, onde cultiva café.

Ecclestone passou a ter forte ligação com o Brasil ao se casar com a brasileira Fabiana Ecclestone, atualmente uma das vice-presidentes da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Eles se conheceram no GP do Brasil de F-1, em 2009. Na época, Fabiana fazia parte da gestão do evento. Casaram-se em 2012.

Em julho de 2020, o casal teve seu primeiro filho, chamado Ace Ecclestone. Bernie e Fabiana chegaram a passar os primeiros meses da pandemia de covid-19 na fazenda do casal, no interior paulista. Mas se transferiram para a Suíça antes do nascimento da criança em razão do crescimento do número de casos da doença no Brasil.

Nas últimas semanas, Ecclestone e sua mulher participaram de diversos eventos do automobilismo nacional, como a Stock Car, a Copa Truck e o evento que marcou o início das obras de reforma do Autódromo Nelson Piquet, em Brasília, na companhia do ex-piloto brasileiro de F-1.

Ecclestone se tornou uma das lendas da Fórmula 1 sem jamais conquistar uma vitória nas pistas ou um título. O britânico é considerado um dos grandes "self-made man" da história do automobilismo pela incrível ascensão no meio onde começou como simples vendedor de motos. Crescendo gradualmente no mundo dos carros, entrou na F-1, chegou a ter equipe própria, foi chefe do próprio Piquet e alcançou a posição de grande chefão da categoria, ou CEO, cargo que ocupou por quase quatro décadas seguidas, até a F-1 ser vendida ao grupo americano Liberty Media, em 2017.

Sebastian Vettel apostou em suas habilidades profissionais nesta segunda-feira para tentar recuperar uma mochila roubada, no Centro de Barcelona, mas não teve sucesso. De acordo com informações do jornal catalão El Periódico, o piloto tetracampeão da Fórmula 1 protagonizou, guiando um patinete elétrico, uma perseguição que terminou com a fuga do autor do crime. Não foi confirmado se havia mais de um envolvido no furto.

Conforme relatado pelo El Periódico, Vettel estacionou, por volta das 8 horas locais (3 horas pelo horário de Brasília), em frente ao hotel no qual estava hospedado para o GP da Espanha, disputado no último final de semana. O alemão desceu por um instante e deixou a porta aberta. Foi neste momento que ocorreu o roubo da mochila guardada no interior do veículo, um modelo de rua da Aston Martin, equipe defendida pelo piloto na Fórmula 1.

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Vettel lembrou que, dentro da mochila, estavam seus fones "airpods", equipados com GPS. Então, rastreou a localização pelo celular e subiu em um patinete elétrico para seguir as coordenadas. No fim das contas, encontrou apenas os fones, colocados dentro de um vaso de flores em um estabelecimento comercial. O roubo foi confirmado por um porta-voz da Aston Martin.

"Uma mochila pertencente a Sebastian Vettel foi roubada em Barcelona esta manhã. Ele tentou encontrá-la usando seu iPhone para rastrear seus fones de ouvido que estavam em sua bolsa, mas quando localizou os fones de ouvido, encontrou-os abandonados e, portanto, não conseguiu localizar sua bolsa roubada", disse o comunicado.

Um dia antes do transtorno vivido nesta segunda-feira, o piloto de 34 anos correu o GP da Espanha e terminou em 11º lugar. Dono de quatro títulos da Fórmula 1, ele ocupa a 14ª colocação do Mundial de Pilotos desta temporada.

A temporada da Fórmula 1 tem um novo líder. O atual campeão Max Verstappen aproveitou a falha na Ferrari de Charles Leclerc para vencer o GP da Espanha, em Barcelona, com tranquilidade. A Red Bull ainda conseguiu confirmar a dobradinha com Sergio Perez na segunda posição. Sob forte calor na Catalunha, a Mercedes buscou ótimas colocações na etapa com George Russell, em terceiro, e Lewis Hamilton, em quinto. Carlos Sainz ganhou a quarta posição nos momentos finais.

Vencedor da terceira prova consecutiva e a quarta de seis na temporada, Verstappen chega a 110 pontos e assume a liderança do campeonato. Com os mesmos 104 pontos, Leclerc segue em segundo após precisar abandonar a prova. O monegasco vinha liderando com tranquilidade até seu carro perder potência. Perez, que ainda fez a volta mais rápida do dia, fica na terceira colocação, com 85 pontos. Russell chega a 74 pontos, na quarta posição.

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A briga pelo pódio ficou entre os pilotos da Red Bull e Russell, da Mercedes. Após perder o controle do carro, Verstappen tentou retomar a segunda posição de Russell, que se protegeu com maestria. O topo foi assumido por Perez tempos depois e o mexicano cedeu a primeira colocação para o companheiro holandês vencer na Catalunha.

"Perdi potência, não sei muito mais que isso. Às vezes acontece de ter problemas, é uma pena, mas a vida é assim. Vamos analisar, entender e consertar. A equipe fez um grande trabalho, estávamos liderando com tranquilidade até então", explicou Leclerc, que pela primeira vez na temporada não completou a corrida.

Seis vezes vitorioso em Barcelona, Lewis Hamilton foi para o box após batida com Kevin Magnussen no começo da corrida e até considerou abrir mão da disputa, mas o heptacampeão persistiu e terminou a prova na quinta posição.

A dupla da Alpine formada por Esteban Ocon (12º no grid) e Fernando Alonso (último a largar) conseguiu se recuperar muito bem na prova e foram destaque. Ambos os pilotos fecharam a corrida no top 10, um desempenho impressionante principalmente para Alonso.

A CORRIDA

17º colocado no grid, Fernando Alonso decidiu trocar o motor do carro da Alpine e largou em último por ter estourado a alocação permitida no ano. Correndo em casa, esta foi a terceira vez que o piloto espanhol fez alterações no motor em seis corridas. Após bom início de prova, Alonso ganhou posições logo no início da corrida. Uma bela ultrapassagem de Alonso sobre Sebastian Vettel levantou a torcida espanhola e deixou o piloto na 13ª posição.

Na largada, Hamilton tentou invadir e tomar posições, mas teve seu pneu tocado por Kevin Magnussen e precisou ir para os boxes, após bandeira amarela. O dinamarquês também deixou a pista. Leclerc largou bem e conseguiu se manter na liderança, impedindo as investidas de Verstappen. Mick Schumacher brilhou na largada e ganhou quatro posições, mas não conseguiu se manter.

Sainz se embolou com Perez e o jovem Russell aproveitou a situação para entrar no top 3 no início da corrida. Sainz girou sozinho e deixou a pista na sétima volta, caindo para a 11ª posição. Pouco tempo depois, Verstappen foi mais um a perder controle da traseira e escapar na mesma curva de Sainz, caindo de segundo para quarto.Tentando ultrapassar Russell, Verstappen balançou e quase saiu novamente da pista. O holandês ficou bravo com a equipe pelo desempenho do carro.

Na volta 24, o piloto da Red Bull foi muito ofensivo para a ultrapassagem, mas o inglês Russell se manteve em segundo com uma incrível manobra. Na 27ª volta, Charles Leclerc teve um inesperado problema na potência da Ferrari e precisou ir para o box. Também com motor da Ferrari, Zhou Guanyu (Alfa Romeo) também abandonou a corrida.

Perez fez o que seu companheiro de equipe não estava conseguindo fazer: ultrapassar Russell por fora e assumir a liderança. Com o decorrer da prova, Perez cedeu a liderança a Verstappen, que não teve problemas para confirmar a vitória. Nos momentos finais, após trocar os pneus e perder posições, Russell ultrapassou Bottas e voltou ao top 3.

As últimas voltas tiveram Hamilton ganhando boas posições e se aproximando ainda mais do topo. O britânico conseguiu ultrapassar Bottas e Sainz em pouco tempo e ganhou a quarta colocação. O espanhol, no entanto, acelerou e recuperou a quarta posição na penúltima volta. Hamilton ainda teve um vazamento de água no carro e precisou "tirar o pé" no fim da corrida.

Confira o resultado do GP da Espanha:

1º - Max Verstappen (HOL/Red Bull) - 1h37min20s475

2º- Sergio Perez (MEX/Red Bull) - a 13s072

3º - George Russell (ING/Mercedes) - a 32s927

4º - Carlos Sainz (ESP/Ferrari) - a 45s208

5º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - a 54s534

6º - Valtteri Bottas (FIN/Alfa Romeo) - a59s976

7º - Esteban Ocon (FRA/Alpine) - a 1min15s397

8º - Lando Norris (CAN/McLaren) - a 1min23s235

9º - Fernando Alonso (ESP/Alpine) - 1 volta

10º - Yuki Tsunoda (JAP/AlphaTauri) - 1 volta

11º - Sebastian Vettel (ALE/Aston Martin) - 1 volta

12º - Daniel Ricciardo (AUS/McLaren) - 1 volta

13º - Pierre Gasly (FRA/AlphaTauri) - 1 volta

14º - Mick Schumacher (ALE/Haas) - 1 volta

15º - Lance Stroll (CAN/Aston Martin) - 1 volta

16º - Nicholas Latifi (CAN/Williams) - 2 voltas

17º - Kevin Magnussen (DIN/Haas) - 2 voltas

18º - Alexander Albon (TAI/Williams) - 2 voltas

Não completaram a etapa: Charles Leclerc (MON/Ferrari) e Zhou Guanyu (CHI/Alfa Romeo).

Segundo o jornal britânico The Guardian, a FIA colocou Lewis Hamilton contra a parede e estipulou um prazo para ele retirar o piercing que tem no nariz. No último GP, o sete vezes campeão do mundo disse que não aceitaria a decisão. 

O motivo, segundo a FIA, é por questões médicas, mas o piloto da Mercedes alega que se alianças são autorizadas, não entende porque outras jóias teriam que ser proibidas. Ele inclusive aparece na coletiva antes do GP de Miami, com diversas jóias, cordões, brincos, relógios em uma clara tentativa de protestar contra a medida. 

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O prazo dado pela FIA para ele se adequar às normas é o GP de Mônaco, que acontece no último fim de semana de maio.

Mesmo para quem não gosta de automobilismo, a palavra Tamburello traz lembranças negativas à mente. Trata-se do nome da famosa curva do Circuito de Ímola onde Ayrton Senna sofreu grave acidente que custou a sua vida, em 1994. A morte do ídolo, que completa 28 anos exatamente neste domingo, trouxe mudanças profundas para a segurança da Fórmula 1, com consequências diretas para a Tamburello, que foi totalmente redesenhada desde aquele fim de semana trágico.

Até aquele GP de San Marino, a curva era uma das mais velozes da história da F-1. Era pouco acentuada e longa, permitindo aos pilotos entrar em alta velocidade, sem aliviar o pé no acelerador do começo ao fim. Com frequência, superavam os 300 km/h. Não por acaso, o local já havia sido palco de acidentes graves antes de 1994, um deles sofrido por Nelson Piquet, em 1987.

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Tudo mudou no fim de semana de 1º de maio de 1994. Três graves acidentes aconteceram entre sexta-feira e aquele domingo, um em cada dia. No primeiro, durante treino livre, Rubens Barrichello deixou a pista inconsciente e correndo risco de morte ao bater na Variante Baixa, curva que vinha logo antes da Tamburello. No sábado, o austríaco Roland Ratzenberger perdeu a vida no treino classificatório. E, no domingo, Senna não conseguiu controlar a sua Williams e atingiu em cheio a mureta de proteção.

Para o ano seguinte, a direção do circuito, oficialmente batizado de Autódromo Internazionale Enzo e Dino Ferrari, promoveu mudanças radicais na Tamburello. A longa curva foi "quebrada" ao meio para dar lugar a uma chicane. O objetivo era reduzir a velocidade dos pilotos naquele trecho. A descaracterização foi criticada por muitos na época. A Tamburello era uma das marcas do traçado.

Nos anos seguintes, novos ajustes foram feitos na famosa curva, deixando-a ainda mais lenta. Novas áreas de escape surgiram dos dois lados, apesar das restrições físicas. Neste trecho do autódromo, a pista é limitada à direita pelo rio Santermo, que quase acompanha o traçado pelo lado de fora do circuito. À esquerda, há um pequeno estádio de futebol, dentro do autódromo, onde o Imolese, da terceira divisão do futebol italiano, manda seus jogos.

Estas barreiras geográficas tornavam a curva ainda mais arriscada. "A Tamburello era um pouco perigosa porque a área de escape não era tão grande", lembra Felipe Massa, ao Estadão.

O vice-campeão mundial de F-1 em 2008 diz que aqueles acidentes trágicos acabaram se tornando um divisor de águas na categoria. "Aquele fim de semana foi o mais importante para a segurança da Fórmula 1", explica Massa. "Dali para a frente, foi feito todo um trabalho para melhorar a segurança e as pistas. O pensamento e a mentalidade mudaram completamente. Um fim de semana tão feio e triste como aquele acabou salvando muitas vidas dali para a frente, até hoje."

O próprio piloto acabou ajudando indiretamente na segurança da F-1, após o grave acidente sofrido em 2009. Massa foi atingido na cabeça por uma peça solta na pista. Depois disso, a F-1 fez alterações nos capacetes para evitar episódios semelhantes.

O impacto daqueles acidentes em Ímola pode ser medido pelos números. Na década de 70, a F-1 registrou nove mortes. Nos anos 80, esse número caiu para quatro. Os óbitos de Senna e Ratzenberger foram os únicos ao longo da década de 90. E, depois daquele fatídico GP de San Marino, a categoria sofreu apenas uma baixa, 21 anos depois.

O francês Jules Bianchi perdeu o controle de sua Marussia sob forte chuva no GP do Japão de 2014. Seu carro acabou atingindo um trator que removia da área de escape a Sauber do alemão Adrian Sutil. Bianchi acabou falecendo nove meses depois, em julho de 2015, após seguidas cirurgias e tratamento intensivo constante.

"Não acho que a Fórmula 1 seja um esporte perigoso. Mas é claro que tem seus riscos. Isso sempre vai existir no automobilismo. Mas hoje é um risco muito menor em comparação à época do Senna. De lá para cá, temos menos acidentes e os que acontecem tem gravidade menor do que antigamente", compara Massa.

Em uma corrida dominada de ponta a ponta no Autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Ímola, o piloto holandês Max Verstappen, da Red Bull, venceu o Grande Prêmio da Emilia-Romagna, neste domingo (24).

A equipe austríaca ainda conseguiu garantir a dobradinha, com Sergio Pérez na segunda posição, seguido de Lando Norris, da McLaren. Já o monegasco perdeu o controle de sua Ferrari e rodou sozinho, o que te tirou do pódio e o deixou na sexta posição.

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Mais cedo, inclusive, o outro piloto da escuderia italiana, Carlos Sainz, abandonou a competição após o australiano Daniel Ricciardo, da McLaren, tocar a roda de seu carro.

Já o britânico Lewis Hamilton terminou em 14º lugar, na mesma posição que largou.

Com o resultado, Verstappen acumula 59 pontos, atrás apenas de Leclerc, que tem 86. Pérez, por sua vez, é o terceiro colocado na classificação geral, com 54.

Da Ansa. Foto: GUGLIELMO MANGIAPANE / POOL / AFP

Lewis Hamilton demonstra a cada dia estar mais à vontade no Brasil. O heptacampeão mundial de Fórmula 1 saiu de Melbourne, deu uma passada em Londres e veio a São Paulo para uma palestra em um evento fechado. Ele discursou durante quase uma hora na manhã desta quarta-feira para uma multidão animada, falou sobre racismo e enalteceu Ayrton Senna, um de seus ídolos.

Hamilton foi o principal palestrante do VTEX Day, maior evento de varejo, negócios e inovação digital da América Latina, realizado no São Paulo Expo. No palco, o piloto da Mercedes foi aplaudido desde o início.

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Boa parte do público presente na palestra ovacionou Hamilton, festejou sua presença e desafiou a organização ao fotografar e filmar o heptacampeão mundial, que disse se sentir "um pouco brasileiro", arriscou algumas palavras em português e estendeu a bandeira do País ao final de sua participação.

"Este é o maior público que já vi. Tem um pouco de Brasil em mim", iniciou Hamilton, após arriscar um "bom dia", diante de quase 10 mil pessoas. "Neymar me convida para ir ao Brasil todos os anos. Quero passar mais tempo no país e aprender mais dessa cultura", avisou.

Parte significativa da palestra foi dedicada à sua história de vida. Um garoto negro, oriundo de uma família de classe média de uma cidade do interior do Reino Unido, que driblou as adversidades para se tornar o maior campeão da Fórmula 1 e um dos principais esportistas da história.

"Sempre fui o único negro nos boxes. Quando eu perguntava o motivo, nunca ouvi uma resposta satisfatória. Acho que eles não estavam realmente interessados em achar uma resposta", afirmou Hamilton, um dos mais importantes ativistas contra o racismo no esporte mundial.

Em 2020, ele criou a Comissão Hamilton, com o apoio da Mercedes, sua equipe na F-1, para estimular a diversidade no automobilismo. Também é de sua autoria a Mission 44, uma fundação que capacita profissionais e inclui pessoas negras, em parceria com a fundação de caridade educacional Teach First. O projeto visa formar 150 professores negros para lecionar disciplinas de ciências, tecnologia, engenharia e matemática nos próximos dois anos em comunidades carentes na Inglaterra.

"Fizemos este trabalho e já começamos a ver algumas minorias representadas no

esporte. Meu objetivo é ver um esporte mais diversificado em 10 ou 15 anos", projetou o heptacampeão, disposto a ampliar a diversidade na Fórmula 1.

Entre as declarações do piloto, no palco, o público assistiu a vídeos da trajetória do britânico, desde o início do kart, até momentos marcantes de sua carreira, como a vitória épica conquistada no GP de São Paulo no ano passado, ocasião em que celebrou com a bandeira do Brasil. Seu ídolo, Ayrton Senna, não foi esquecido, é claro.

"Ayrton era o piloto que eu queria ser", disse Hamilton, fã do futebol brasileiro, mas encantado, mesmo, por Ayrton Senna. "Eu jogava futebol, via a seleção brasileira. Mas quando voltava da escola gostava de ver o Ayrton. Fazia isso todo dia", relembrou.

"Quando Ayrton morreu eu estava correndo. Meu pai sempre não me deixava chorar. Então tive que me afastar por alguns instantes", revelou, a respeito de como reagiu à trágica morte do piloto brasileiro, em maio de 1994, após acidente em Ímola.

Foram três os momentos de maior euforia da plateia. Quando Hamilton iniciou seu discurso, no momento em que disse estar "esperando o passaporte brasileiro" e nos minutos finais da palestra ao segurar a bandeira brasileira, entregue a ele por um dos fundadores do evento, Mariano Gomide. O britânico reconheceu que a categoria carece de um representante do Brasil no grid. "Nós definitivamente precisamos de outro piloto brasileiro na Fórmula 1".

Depois de palestrar e deixar milhares eufóricos, Hamilton participou de um almoço para convidados, onde foram leiloados quatro capacetes autografados no dia pelo britânico. Todo o valor arrecadado será doado ao Instituto Ayrton Senna.

Na atual temporada da Fórmula 1, Hamilton aparece no quinto lugar, longe do topo, algo raro para ele nos últimos anos. Tem 28 pontos e está um pouco distante do líder, o monegasco Charles Leclerc, da Ferrari, que soma 71. Foi terceiro no Bahrein, décimo na Arábia Saudita e quarto na Austrália.

"É minha 16ª temporada na Fórmula 1 mas tenho a mesma fome do começo, o mesmo foco em treinar... Vocês podem não acreditar, mas tenho altos e baixos. Há dias em que acho que não sou bom o suficiente".

O GP da Arábia Saudita, segunda etapa do Mundial da Fórmula 1 em 2022, não ficou marcado apenas pelo triunfo de Max Verstappen nas ruas de Jeddah. Ainda na sexta-feira (25), durante o primeiro treino livre do fim de semana, a tensão tomou conta do evento após um bombardeio atingir instalações da petrolífera Aramco a cerca de 10 quilômetros da pista.

Mesmo acontecendo longe do autódromo, a distância não impediu que a fumaça oriunda do bombardeio estivesse presente nas imagens da sessão. Pilotos chegaram a sinalizar a intenção de deixar o país, mas acabaram convencidos pela organização a seguir com a programação normalmente, sob a garantia de segurança total para a realização da prova.

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Posteriormente, o ataque foi reivindicado pelo grupo Houthis, do Iêmen. A ação se deu pelo fato de a Arábia Saudita liderar um conflito contra grupos rebeldes iemenitas em defesa do governo local desde 2015. A petrolífera atacada é uma das principais apoiadoras da F-1, e patrocinadora da escuderia Aston Martin, dos pilotos Lance Stroll e Hulkenberg.

Na história da categoria, porém, esta não foi a primeira vez que fatores externos influenciaram a realização de corridas. Em outras oportunidades, as provas chegaram a ser canceladas ou tiveram seus rumos alterados por causa de protestos, invasões, problemas internos da categoria e até mesmo condições climáticas.

PROTESTO E INVASÃO

No GP da Alemanha de 2000, realizado em Hockenheim, Rubens Barrichello conquistou a primeira de suas 14 vitórias na categoria. Mas o triunfo do então ferrarista veio em circunstâncias bem particulares.

Se todos os fãs de automobilismo têm na retina a grande atuação do brasileiro, que venceu na chuva com pneus slicks - usados para tempo seco -, dando de ombros para os pedidos de Ross Brawn, à época chefe da Ferrari, que implorou para que ele mudasse os compostos, outro fato curioso acabou marcando a prova.

Na 25ª volta daquela corrida, um ex-funcionário da Mercedes que acompanhava o Grande Prêmio da Alemanha das arquibancadas, resolveu invadir a pista para protestar contra sua antiga empregadora. Por questões de segurança, a direção de prova acionou o safety-car enquanto retirava o invasor da pista. O carro de segurança permaneceu na pista até a 29ª volta. Com isso, Barrichello saltou para a terceira posição após as paradas dos outros pilotos, que aproveitaram a situação para realizar suas paradas. Com a volta do safety-car, a bandeira verde não ficou por muito tempo no autódromo.

Na volta seguinte, Pedro Paulo Diniz, da Sauber, e Jean Alesi, da Prost, bateram e mais uma vez o carro de segurança entrou em ação. Com a bandeira verde em pista após uma volta, a chuva resolveu aparecer. Barrichello não trocou os pneus, e teve de resistir às investidas de Mika Hakkinen, da McLaren, durante o restante da prova para conquistar a vitória, a primeira do Brasil desde o triunfo de Ayrton Senna no GP da Austrália de 1993.

PADRE EM CENA

Três anos mais tarde, no GP da Inglaterra de 2003, Rubens Barrichello conquistou a pole-position para a corrida e partia como o favorito para o triunfo. Porém, logo na largada, o brasileiro foi superado por Jarno Trulli, da Renault, e Kimi Räikkönen, da McLaren.

Na 12ª volta, um fato inesperado aconteceu: um homem com trajes irlandeses típicos invadiu a pista com cartazes de teor religioso, na altura da Reta do Hangar, onde os carros atingem velocidade máxima. Logo a segurança da pista tratou de retirar o invasor, o padre Cornelius Horan, que ano seguinte, segurou o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima na Olimpíada de Atenas.

Com o safety-car acionado, a corrida virou de cabeça para baixo. Barrichello caiu para a oitava posição e teve de se recuperar na corrida para conquistar sua sexta vitória até ali.

GUERRA DOS PNEUS

Se hoje apenas a italiana Pirelli fornece os pneus para todas as equipes da Fórmula 1, há pouco tempo a situação era bem diferente. Em 2005, a japonesa Bridgestone e a francesa Michelin dividiam a função de serem fornecedoras da categoria. E no GP dos Estados Unidos daquele ano, realizado em Indianápolis para um público de 130 mil torcedores, a F-1 correu com apenas seis carros no grid por conta de problemas enfrentados pela empresa francesa.

Tudo começou um pouco antes, com o recapeamento do asfalto do circuito, que teve de ser adaptado para receber os bólidos da categoria. A Bridgestone, que atuava por intermédio da Firestone na Indy, soube antecipadamente da mudança e realizou alterações especiais em seus pneus para a corrida. Já a empresa francesa tomou conhecimento do fato e das implicações dele nos pneus apenas quando já estava em solo norte-americano.

Com problemas ao longo do fim de semana, a empresa francesa começou a discutir o problema com a organização. Mesmo a empresa francesa decidiu trazer os pneus utilizados na corrida anterior, na Espanha, para contornar a situação. Porém, como o regulamento da época obrigava que os pilotos largassem com os mesmos compostos utilizados na classificação, uma autorização especial foi solicitada e acabou não sendo atendida.

Com isso, uma série de contenções foram estudadas, como a criação de uma chicane na Curva 1 , mais afetada pelo recapeamento, para diminuir a velocidade dos carros (proposta vetada pela Ferrari). Até mesmo foi sugerido que a corrida acontecesse sem a distribuição de pontos e de dinheiro, a fim de salvar o evento. Porém a sugestão foi veementemente negada por Max Mosley, à época presidente da FIA, entidade máxima do automobilismo mundial.

Por fim, as equipes que utilizavam os pneus Michelin esperaram por 20 minutos para deixarem os boxes para a volta de apresentação. Como nenhuma decisão da FIA chegou, as equipes recolheram os carros e voltaram para os boxes. Desta forma, apenas os seis carros munidos de pneus Bridgestone alinharam no grid.

Dentro da pista, dobradinha da Ferrari com Michael Schumacher em primeiro e Rubens Barrichello em segundo. O pódio foi completado pelo português Tiago Monteiro, da Jordan. A celebração, contudo, não foi vista por muitos torcedores, que deixaram as arquibancadas ao longo da prova. A revolta foi tamanha que o safety-car foi acionado por conta de latas arremessadas na pista em forma de protesto.

PRIMAVERA ÁRABE

Em 2011, a Fórmula 1 planejava iniciar sua temporada com o GP do Bahrein, porém a corrida logo foi adiada por conta do país viver o auge da Primavera Árabe, uma onda de protestos e manifestações que eclodiram no Oriente Médio e no Norte da África. Devido à instabilidade e a falta de garantia de segurança, posteriormente, em junho, Bernie Ecclestone, chefe da categoria na época, se reuniu com as equipes e decidiu cancelar a corrida.

No ano seguinte, o GP do Bahrein voltou a acontecer, como a quarta prova do calendário. Porém, diversos protestos contra a realização da prova aconteceram. Na quinta-feira, antes da realização da corrida, funcionários da Force India tiveram o veículo atacado quando voltavam ao hotel onde estavam hospedados. No dia seguinte, a equipe participou apenas do TL1 e voltou para o hotel antes do anoitecer a fim de evitar novos problemas. No sábado, a equipe foi boicotada pela FOM, empresa geradora das transmissões, que durante as sessões do dia não mostrou os carros da equipe na transmissão oficial.

COVID-19

Às vésperas do início da temporada 2020 da Fórmula 1, a pandemia de covid-19 começou a se alastrar pelo mundo. Porém, ao desembarcar em Melbourne a categoria parecia viver imune ao contexto em que o mundo se encontrava.

Apesar das crescentes no número de casos, a categoria se mantinha firme em realizar o GP da Austrália,inclusive, com a presença de público. Porém, tudo mudou na quinta-feira anterior ao início das atividades, no dia 12 de março. Um funcionário da McLaren testou positivo para a doença e mais doze empregados da equipe de Woking acabaram isolados. Com isso, a categoria teve de agir.

Duas horas antes da primeira sessão de treinos livres, veio a confirmação: o GP da Austrália foi cancelado por conta da pandemia de covid-19. Os torcedores que chegavam ao autódromo deram de cara com os portões fechados. Apesar da insatisfação, posteriormente, os valores pagos nas entradas foram ressarcidos.

Com o agravamento da pandemia, a Fórmula 1 continuou sofrendo com diversos adiamentos e cancelamentos. Além do GP da Austrália, as corridas no Azerbaijão, Brasil, Canadá, Cidade do México, Estados Unidos, Mônaco, França, Azerbaijão, Holanda e Singapura foram canceladas.

Para driblar a situação, foram incluídos os GP's da Estíria, no Red Bull Ring, e o GP do 70º aniversário da categoria, em Silverstone. Além disso, os Grandes Prêmios da Toscana, em Mugello, Eifel, em Nürburgring, Portugal, no Autódromo Internacional do Algarve e Emília-Romanha, em Ímola, foram acrescentados ao calendário, que contou com 17 corridas.

A NÃO-CORRIDA NA BÉLGICA

Sempre cercado de uma aura especial por ser realizado no icônico circuito de Spa-Francorchamps, o GP da Bélgica 2021 ganhou um ingrediente especial. No sábado, sob forte chuva, George Russell, então na Williams, colocou o carro da equipe britânica na segunda colocação no grid de largada, atrás somente de Max Verstappen, da Red Bull.

No domingo, enfim a corrida chegou. Porém, o clima não era dos melhores: uma fortíssima chuva castigava a região. Com isso, a bandeira verde foi adiada em 30 minutos. Depois de três voltas de alinhamento de grid, a primeira largada foi dada sob regime de safety-car. Mas logo os pilotos reclamaram da falta de visibilidade na pista e a bandeira vermelha foi declarada.

Prevista para durar por 20 minutos, a bandeira vermelha permaneceu por três horas, mas a preocupação com o tempo-limite de quatro horas para a conclusão do evento começou a preocupar a organização.

Com a diminuição da chuva, uma nova contagem regressiva de uma hora foi feita e uma tentativa de relargada sob o safety-car aconteceu. Mas as condições pioraram e com 30 minutos restantes na regressiva, a corrida, enfim, foi cancelada.

A F-1 levou em conta que o líder Verstappen realizou três voltas antes da bandeira vermelha, apesar de ter considerado oficialmente apenas uma volta na corrida, tornando a prova a mais curta de toda a história. Com isso, metade dos pontos foram concedidos para os dez primeiros colocados. Verstappen venceu, seguido de George Russell, em seu primeiro pódio na categoria, e Lewis Hamilton.

Após não conseguir completar a prova de estreia da Fórmula 1, no Bahrein, o atual campeão Max Verstappen travou uma grande batalha com Charles Leclerc nas voltas finais do GP da Arábia Saudita, neste domingo, venceu a corrida e mostrou que a rivalidade entre Red Bull e Ferrari deve render uma série de boas histórias em 2022. Segundo colocado, o piloto monegasco completou o pódio ao lado do companheiro ferrarista Carlos Sainz, em terceiro.

Já Sergio Pérez, dono de uma pole position inédita, a primeira da história do México, não conseguiu se manter no top 3 e ficou em quarto lugar. George Russel, Esteban Ocon, Landon Norris, Pierre Gasly, Kevin Magnussen e Lewis Hamilton completaram o top 10. Com problemas em sua Mercedes, Hamilton largou do 16º lugar, depois de ter ficado pela primeira vez de fora do Q2 desde 2017, quando largou em último no GP do Brasil. Naquela ocasião, contudo, fez uma prova incrível e terminou em quarto.

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Vencedor no Bahrein, quando Verstappen abandonou a corrida por problemas mecânicos, Leclerc continua liderando o campeonato, com 45 pontos. Sainz é o segundo, com 33 pontos, e o holandês da Red Bull ocupa a terceira colocação, graças aos 25 pontos conquistados em Jeddah, sua primeira pontuação da temporada.

Neste domingo, a tensão no circuito de Jeddah foi um pouco menor do que nos outros dias. Depois de um bombardeio em um depósito de petróleo a 10 quilômetros da pista, ataque reivindicado pelo grupo político-religioso Houthis, na sexta, e um acidente que destruiu o carro de Mick Schumacher nos treinos de sábado, a corrida teve um clima um pouco mais tranquilo. De qualquer forma, houve uma batida de Nicholas Latifi e vários abandonos, tanto que a prova terminou com apenas 13 carros.

Pérez soube valorizar seu feito inédito e pisou fundo no acelerador para fazer uma largada tranquila, sem dar oportunidade para os rivais tomarem a primeira posição. Entre os primeiros colocados, a principal ultrapassagem foi efetuada por Max Verstappen, que saiu do quarto lugar e logo roubou a terceira posição de Carlos Sainz. Enquanto isso, lá para trás, Lewis Hamilton, protagonista de muitos episódios de recuperação, não conseguiu sair do 14º lugar.

Na sétima volta, a corrida já se desenhava para uma disputa exclusiva entre Ferrari e Red Bull. Isso porque, nesse ponto da prova, o líder Pérez já estava 14s à frente de George Russel, quinto colocado. A dupla Fernando Alonso e Esteban Ocon, da Alpine, ocupava a sexta e a sétima colocação, respectivamente, seguidos por Bottas, Magnussen e Gasly fechando o top 10.

A fila dos pontuadores ganhou um novo integrante quando Hamilton, que já havia conseguido três ultrapassagens, superou Gasly e assumiu a décima posição. Pouco depois, na volta 17, Nicholas Latifi bateu contra o muro no setor 3. O acidente não foi tão violento quanto o protagonizado por Mick Schumacher no classificatório de sábado, mas a Williams do canadense ficou danificada e espalhou alguns pedaços pela pista.

A batida ocorreu logo após Pérez parar nos boxes, o que fez Leclerc assumir a ponta sem dar a chance de retomada ao piloto da Red Bull, já que o safety cara entrou em ação. Assim, a fila atrás do carro de segurança tinha o monegasco em primeiro, seguido por Verstappen, Pérez, Sainz e Russel. A terceira colocação de Pérez só foi alcançada porque ele fechou Sainz na saída do pit lane, fora da linha do safety. Por isso, o mexicano teve que devolver a posição ao ferrarista após a relargada e ficou em quarto.

No momento em que a disputa foi retomada, Magnussen era o sexto, enquanto Hamilton já estava em sétimo, e não demorou para os dois travarem um duelo. O britânico ultrapassou o dinamarquês na volta 24, mas logo viu o adversário responder e voltou para sétimo. Sem desistir, o heptacampeão continuou forçando e alcançou o quinto lugar de maneira definitiva.

Cerca de dez voltas depois, foi a vez de Fernando Alonso deixa Magnussen para trás. O problema é que, na sequência, o carro do espanhol perdeu potência e ficou muito lento na pista. Enquanto era ultrapassado por todos,se dirigiu aos boxes. Instantes depois, Daniel Ricciardo e Valtteri Bottas também tiveram problemas mecânicos. Ricciardo, aliás, ficou parado no canto da pista, e teve que ser empurrado ao pit lane, onde encontrou Alonso também parado. No fim das contas, os três abandonaram.

A partir daí, a corrida seguiu com apenas 14 pilotos, uma vez que, além das desistências, a largada não teve a presença de Mick Schumacher, em razão do acidente de ontem, e de Yuki Tsunoda, que teve problemas com sua AlhpaTauri e deixou o grid. Após o acionamento do carro de segurança virtual, a bandeira verde foi estendida e a disputa foi retomada na volta 40. Hamilton, que ainda não tinha parado, foi aos boxes, e voltou bem atrás.

Lá na frente, foi iniciado o esperado duelo entre Leclerc e Verstappen. O atual campeão usou a asa móvel para roubar o primeiro lugar e viu o ferrarista usar do mesmo recurso para voltar à ponta. Insistente, o holandês arriscou uma nova investida, mas o monegasco resistiu em meio à fumaceira provocada pelos pneus de ambos os carros.

Em nova tentativa, contudo, quando restavam quatro voltas para o fim, Verstappen foi bem na reta e conseguiu assumir a liderança. A dupla da Ferrari cruzou a linha de chegada logo atrás dele, seguidos por Pérez e Russell. A disputa entre Ferrari e Red Bull ganha um novo episódio apenas no dia 10 de abril, daqui a duas semanas, quando será realizado o GP da Austrália.

1º - Max Verstappen (HOL/Red Bull) - 1h24min19s293

2º - Charles Leclerc (MON/Ferrari) - a 0s549

3º - Carlos Sainz (ESP/Ferrari) - a 8s097

4º - Sérgio Perez (MEX/Red Bull) - a 10s800

5º - Geroge Russel (ENG/Mercedes) - a 32s732

6º - Esteban Ocon (FRA/Alpine) - a 56s017

7º - Lando Norris (ING/McLaren) - a 56s124

8º - Pierre Gasly (FRA/AlhpaTauri) - a 1min2s946

9ª - Kevin Magnussen (DIN/Haas) - a 1min4s308

10º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - a 1min13s984

11º - Zhou Guanyu (CHI/Alfa Romeo) - a 1min22s215

12º - Nico Hulkenberg (ALE/Aston Martin) - a 1min31s742

13º - Lance Stroll (ING/Aston Marin) - 1 volta

14º - Alexander Albon (TAI/Williams) - sem tempo

Não completaram a prova:

Valtteri Bottas (FIN/Alfa Romeo)

Fernando Alonso (ESP/Alpine)

Daniel Ricciardo (AUS/McLaren)

Nicholas Latifi (CAN/Williams)

Yuki Tsunoda (JAP/AlphaTauri)

Mick Schumacher se recupera bem do grave acidente sofrido, neste sábado, no circuito de Jeddah, durante a disputa do treino classificatório do GP da Arábia Saudita de Fórmula 1. De acordo com Günther Steiner, chefe da equipe Haas, o piloto alemão segue fazendo exames no hospital, mas não sofreu nenhuma lesão mais grave.

"Um dia cheio para nós. O melhor é que aparentemente o Mick não teve nenhuma lesão. Ele está no hospital no momento sendo avaliado pelos médicos. Está em boas mãos. Existe, sim, uma possibilidade dele passar a noite em observação no hospital. Baseado nos fatos e onde estamos, decidimos não levar o carro dele à pista amanhã", declarou Steiner.

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Sem poder contar com Mick Schumacher na corrida deste domingo (27), a Haas levará à pista somente o carro de Kevin Magnussen. O dinamarquês largará na 10ª posição e conseguiu superar diversas dificuldades ao longo do fim de semana. O piloto reserva da equipe norte-americana é o Pietro Fittipaldi. No entanto, o brasileiro não poderá substituir o alemão, uma vez que não participou da sessão de treinamentos e classificação.

"Kevin não conseguiu treinar muito nesta manhã, creio que ele fez um trabalho fantástico chegando no Q3. A última volta dele não saiu conforme planejado, mas acho que foi devido a não termos tempo de pista suficiente. Estamos muito felizes em alcançar o Q3 e com a décima posição de largada para amanhã (domingo)", comentou o chefe da Haas.

O GP da Arábia Saudita tem largada programada para as 14 horas deste domingo, pelo horário de Brasília. O pole position é Sergio Pérez, da Red Bull. O mexicano surpreendeu e será o primeiro de seu país a partir da primeira posição na história da Fórmula 1. Charles Leclerc, da Ferrari, completa a primeira fila, seguido pelo companheiro Carlos Sainz Jr. e o atual campeão Max Verstappen. Lewis Hamilton foi mal na classificação e largará na 15ª posição.

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A sexta-feira foi toda de Charles Leclerc nos dois primeiros treinos livres para o GP da Arábia Saudita, segunda etapa do Mundial de Fórmula 1, a ser disputado no domingo. Depois de ser o mais rápido pela tarde, o piloto monegasco, da Ferrari, repetiu a dose à noite, ao fazer a melhor volta em 1min30s074.

Leclerc nem utilizou os 60 minutos da sessão, pois bateu a parte dianteira esquerda de seu carro em um dos muros do circuito de rua. O treino começou com 15 minutos de atraso por causa de uma reunião entre pilotos e chefes de equipes devido a um incêndio em uma das instalações de petróleo próximas à pista. Uma nova reunião está prevista ainda para esta sexta-feira.

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O holandês Max Verstappen, atual campeão mundial, ficou com o segundo tempo (1min30s214), a 0s140 de Leclerc, seguido pelo espanhol Carlos Sainz (1min30s320), também da Ferrari, que girou 0s246 mais lento que o líder.

O mexicano Sergio Perez, com Red Bull, foi o quarto (1min30s360), seguido pelo britânico heptacampeão mundial Lewis Hamilton, com Mercedes (1min30s513). George Russell, o outro piloto da Mercedes, completou o treino em sexto (1min30s664).

A boa surpresa da sessão foi o bom rendimento da McLaren, após má participação no GP do Bahrein. O britânico Lando Norris foi o sétimo (1min30s735). Já seu companheiro, o australiano Daniel Ricciardo, terminou apenas em 15º (1min31s527).

O francês Esteban Ocon (1min30s760), da Alpine, o finlandês Valtteri Bottas (1min30s832), da Alfa Romeo, e o japonês Yuki Tsunoda (1min30s886), da AlphaTauri, completaram a lista dos dez primeiros.

Os carros voltam à pista de 6.125 metros neste sábado para o treino classificatório, às 14 horas. No domingo, a corrida tem início previsto para o mesmo horário.

O alemão Sebastian Vettel, piloto da Aston Martin e tetracampeão mundial da Fórmula 1, pode ter sua estreia nesta temporada adiada novamente. Após não participar da primeira corrida por testar positivo para a covid-19, sua equipe confirmou nesta quinta-feira que ele ainda não obteve resultado negativo em seus exames e segue como dúvida para o GP da Arábia Saudita, neste fim de semana.

O prazo para o piloto conseguir um exame negativo vai até sábado, quando ocorrerá o treino qualificatório para a corrida, mas a equipe informou que definirá seus pilotos para o grid nesta sexta-feira. Caso Vettel não consiga se recuperar a tempo, seguirá isolado no Bahrein e voltará a ser substituído pelo também alemão Nico Hülkenberg.

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"Sebastian Vettel ainda não retornou um teste negativo de covid necessário para viajar até o GP da Arábia Saudita. Nico Hülkenberg estará em Jeddah para substituir Seb, se necessário. Adiaremos nossa decisão final até sexta-feira para fornecer a Seb todas as oportunidades de corrida", informou a Aston Martin, em suas redes sociais.

A Arábia Saudita, país que receberá a segunda etapa da temporada, não exige a apresentação de um teste negativo para o embarque. A Fórmula 1 também tornou a testagem dos pilotos opcional, ficando a cargo de cada uma das equipes dentro do grid.

O GP do Bahrein, vencido por Charles Leclerc, piloto da Ferrari, foi o primeiro em 15 anos que não contou com Vettel no grid de largada. A última ocasião havia sido no GP da Europa, em 2007. Já Hülkenberg, seu substituto, não é titular na Fórmula 1 desde 2019, quando deixou a Renault. No Bahrein, terminou na 17ª posição, ficando à frente apenas daqueles que não completaram a prova.

No último fim de semana ocorreu o primeiro GP da temporada 2022 da F1. Com o início da jornada, os fãs já criaram esperança do que veremos ao longo do ano na principal competição automobilística. Por isso,  o LeiaJá trouxe um resumo de como as principais equipes se preparam para a nova temporada:

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O primeiro GP foi extremamente favorável para a Ferrari.  A escuderia conseguiu uma dobradinha do pódio, com Leclerc e Sainz em primeiro e segundo lugar. O fato não acontecia desde 2019.

O carro da Ferrari já vinha sendo o destaque nos treinos durante a semana de corrida. Com isso, no fim de semana, a escuderia apenas confirmou que possui atualmente o carro mais bem preparado para a temporada.

O acerto do carro está sendo muito comemorado pela equipe, principalmente por passar as últimas temporadas bem atrás da Mercedes e RBR. Ao que tudo indica, a Ferrari está de volta para a competição do título mundial.

A Mercedes vem sendo a mais criticada durante a semana de corrida. A empresa parece não ter um acerto preciso em seu motor ainda, porém, mesmo com os problemas conquistou um pódio, com Hamilton em terceiro lugar no GP do Bahrein.

Toto Wolff, chefe da equipe alemã, reconheceu que seu carro ainda não está no melhor que pode oferecer.

"Nós aprendemos muito nesta semana. A velocidade de reta deles (Ferrari), assim como as da Red Bull, foi muito grande. E o desempenho nas curvas também é um pouco diferente do nosso", admitiu Wolff.

Apesar do bom rendimento da Mercedes, as equipes clientes (que compram o motor da empresa alemã), ficaram com a pulga atrás da orelha. Williams, McLaren e Aston Martin foram os últimos seis carros no GP. Isso levantou um debate sobre a potência do motor Mercedes.

Porém, para Wolff, o real problema não está no motor e sim na configuração do carro, que ainda sofre bastante com os desníveis nas retas. O principal fator pelo mau rendimento do motor está no nível de arrasto do carro e não na unidade de potência.

A Red Bull Racing terminou o GP com seus dois carros abandonando a corrida. Porém, enquanto esteve em pista, ambos fizeram um ótimo trabalho, o carro parece estar acertado e conquistou as maiores velocidades máximas no GP do Bahrein.

Além de possuir uma boa unidade de potência, a Red Bull acertou na aerodinâmica de seus veículos. Entretanto, a margem para a melhora, segundo a própria equipe, o carro ainda está pesado em relação a Ferrari e Mercedes.

Entretanto, os carros não conseguiram completar a corrida, tanto Verstappen, quanto Sérgio Pérez, tiveram problemas na bomba de combustível do carro. O caso está sendo estudado pela equipe, pois a bomba de combustível, assim como diversos outros componentes do motor, é padronizada pela FIA e distribuída por terceiros. Com isso, a RBR faz uma investigação precisa para saber em que setor da alimentação de combustível do motor houve problema.

Um dos maiores mistérios do esporte atualmente, o estado de saúde de Michael Schumacher é um segredo guardado com rigidez por sua família. São raros os amigos do piloto alemão que recebem informações sobre suas condições físicas. E um deles é o brasileiro Felipe Massa, companheiro do heptacampeão mundial nos anos de Ferrari.

Massa admite estar atualizado sobre a recuperação do ex-companheiro de time na Fórmula 1, mas evita revelar informações. "Me mantenho atualizado, sempre tive uma amizade muito grande com ele, mas não tinha contato com a esposa dele. Depois daquilo que aconteceu com ele, eu sempre respeitei a decisão da família, eles tentam proteger o Michael da melhor maneira possível, a cada momento em não expondo, não falando", comentou o brasileiro em entrevista ao site da Betway, patrocinadora da sua equipe na Stock Car.

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Discreto, o vice-campeão mundial da F-1 em 2008 pede compreensão e respeito às decisões da família do alemão. "Tenho uma noção de como ele está, tenho pessoas que são próximas e me passam informação, mas logicamente a gente tem que seguir e respeitar a decisão da família de proteger ele", completou.

Schumacher sofreu um grave acidente enquanto esquiava em Meribel, nos Alpes da França, em dezembro de 2013. Segundo boletim médico divulgado na época, o ex-piloto, então com 44 anos, sofreu um traumatismo craniano com coma e precisou de uma intervenção neurocirúrgica. O estado de saúde era grave. Schumacher bateu a cabeça em uma rocha no momento da queda e foi levado para um hospital de Moutiers. Depois, o ex-piloto de F-1 foi transferido para o Hospital Universitário de Grenoble. Posteriormente, sua mulher o levou para casa, onde recebe tratamento constante.

Após mais de nove anos do acidente, poucas são as notícias sobre o estado de saúde de Schumacher. Apenas pessoas muito ligados ao piloto ou à família fizeram visitas neste período. "O acidente em si foi um evento da história contemporânea e deveria ser reportado. Mas não existe essa exigência (de dar informações) quando a recuperação é iniciada", explicou o advogado Felix Damm em entrevista à agência de notícias alemã DPA, dois anos após o acidente.

Em 2016, em entrevista à BBC, Ross Brawn, diretor que trabalhou com Schumacher na Benetton, Ferrari e Mercedes, afirmou que o ex-piloto havia mostrado alguns "sinais encorajadores", enquanto Jean Todt, então presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), em novembro de 2020, revelou detalhes de suas visitas ao alemão. "Eu o visito regularmente e assistimos à TV juntos. Sua luta continua, junto com sua família e seus médicos."

A família de Schumacher chegou a ameaçar veículos de comunicação que divulgassem informações sua o estado do ex-piloto, e sempre segurou as notícias com o apoio da Justiça.

Nesta segunda-feira (21), Ayrton Senna completaria 62 anos de vida. O ídolo brasileiro que faleceu em 1994 trouxe muitas felicidades ao país. Por isso, o LeiaJá separou cinco curiosidades sobre a carreira do piloto: 

 • Fórmula 3;  

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Senna participou de algumas temporadas das divisões inferiores à Fórmula 1. Porém, o talento do piloto sempre o destacou. Em 1983, Ayrton correu uma prova inteira da Fórmula 3, na Inglaterra, com o carro sem freios. Os mecânicos da equipe não acreditaram no brasileiro, até que foram conferir os freios e as pastilhas estavam geladas.  

No mesmo ano, Senna foi convidado por Frank Williams para testar um dos carros de sua equipe no Autódromo de Donington Park, na Inglaterra. O brasileiro fez tempos melhores que os pilotos oficiais da equipe, Keke Rosberg e Jacques Laffite.  

Além disso, Senna venceu nove provas seguidas no circuito de Silverstone, pela Fórmula 3. Seu desempenho foi tão impressionante que o circuito foi apelidado de "Silvastone", fazendo referência ao sobrenome "Silva" do piloto.  

 • Primeiras vitórias;  

A primeira corrida por Senna na F1 foi em 21 de abril de 1985, no GP de Portugal. Pilotando a lendária Lotus número 12, Senna conquistou a vitória já no 2° GP da temporada. Senna largou na pole e teve seu caminho facilitado por um acidente envolvendo Prost.  

 Além de comemorar seu aniversário, a semana do dia 21 foi ainda mais especial para Ayrton. Em 1991, o piloto conquistou sua primeira vitória no Brasil, três dias após seu aniversário, em 24 de março daquele ano.  

 • Melhor na chuva; 

Senna ficou conhecido por se destacar nas pistas molhadas. Porém, essa habilidade surgiu após uma derrota: em sua primeira prova de kart sob chuva, Senna foi muito mal e decidiu treinar muito desde então para corrigir esse "defeito" na sua pilotagem. As duas primeiras vitórias de Senna na F1 foram conquistadas na chuva.  

• A melhor primeira volta da história; 

Em 1993, Ayrton performou a melhor primeira volta da história de um GP de F1. No GP da Europa, realizado no circuito de Donington Park, Senna largou em quarto e caiu para a quinta colocação. Porém, isso não o impediu de ultrapassar Schumacher, Karl, Damon Hill e Prost em apenas uma volta, o que lhe garantiu a liderança. A pista estava molhada, o que ajudou a diminuir a diferença entre os carros.  

• Volta ao mundo; 

Ayrton conheceu o mundo viajando para os GP's. Porém, Senna também percorreu enormes distâncias nas pistas. Apenas durante os GP's da F1, Senna completou cerca de 8200 voltas, o que representa uma distância aproximada de 40 mil quilômetros, o suficiente para dar uma volta inteira ao redor da terra. 

 

Charles Leclerc e Carlos Sainz deram uma dobradinha para a Ferrari no primeiro pódio da nova temporada da Fórmula 1, no GP do Bahrein, disputado neste domingo, e encerraram um longo jejum da equipe italiana. O monegasco ficou em primeiro, seguido pelo companheiro espanhol, em segundo, e Lewis Hamilton, em terceiro. A formação só foi possível porque a Red Bull viveu um pesadelo no final da prova.

O atual campeão Max Verstappen teve um problema no carro a três voltas do fim, quando ocupava a segunda posição, e teve que abandonar a prova, entregando a vice-liderança a Sainz. Pouco tempo depois, na volta final, foi a vez de Pérez rodar na pista e ser ultrapassado por Hamilton, encerrando uma briga que começou no início da corrida. Além da vitória, Leclerc foi o autor da volta mais rápida, por isso somou o total de 26 pontos, iniciando a temporada na liderança.

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Em meio aos lamentos da Red Bull, a Ferrari celebrou muito, pois fazia tempo que não sabia o que era comemorar uma vitória. A última corrida vencida por um piloto da equipe foi em 2019, no GP de Cingapura, quando Sebastian Vettel ainda integrava a equipe e conseguiu o primeiro lugar, seguido por justamente por Leclerc como vice-líder. O jejum, portanto, foi iniciado após um dobradinha e encerrado com outra.

Neste domingo, a disputa entre os protagonistas foi intensa desde o início. Quinto do grid, o britânico da Mercedes largou bem e tomou a quarta colocação de Sergio Pérez, ultrapassado também por Magnussen, que veio da sétima posição para ficar em quinto. Jogado para baixo, Pérez se recuperou rápido, até colar em Hamilton na décima volta, e encaixar uma bela ultrapassagem por fora para retornar ao quarto lugar.

As primeiras voltar confirmaram um pouco a declaração dada por Hamilton no sábado, após o treino classificatório, quando ele disse que os carros da Red Bull e da Ferrari estavam em outro nível quando comparados com sua Mercedes. Enquanto Leclerc, Verstappen e Sainz formavam o top 3, seguidos por Sérgio Perez, Hamilton foi o primeiro a parar e voltou em 12º lugar.

A partir daí, os primeiros colocados também começaram a fazer suas primeiras paradas. Verstappen e Sainz foram aos boxes no mesmo momento. Assim, Pérez chegou a assumir o segundo lugar e George Russell, o terceiro, mas logo a formação Leclerc, Verstappen e Sainz foi retomada.

Quando chegou a vez do monegasco da Ferrari parar, o retorno para a pista, após três segundos nos boxes, foi de volta para a primeira posição. Na sequência, contudo, foi iniciada uma disputa ensandecida entre ele e o atual campeão da Fórmula 1. Verstappen abriu a asa móvel na volta 17 e passou o rival na curva 1, que respondeu na hora, também abrindo a asa, e assumiu a liderança novamente.

Na próxima passagem pela curva 1, o holandês repetiu a dose e deixou Leclerc para trás de novo, mas a briga continuou e o monegasco voltou para o primeiro lugar. A disputa seguiu acirrada, com novas tentativas de Max, barradas por uma defesa precisa do piloto da Ferrari.

Aos poucos, a briga entre os dois pilotos esfriou e Leclerc conseguiu uma segurança maior na ponta. Enquanto isso, as posições intercaladas entre Ferrari e Red Bull persistiam no top 4 e o hepta campeão Hamilton se esforçava o quanto podia para escalar na classificação, até conseguir alcançar o quinto lugar na volta 39.

Perto do fim, na volta 46, a AlphaTauri de Pierry Gasly teve um princípio de incêndio, por isso o safety car entrou na pista e forçou uma relargada, com Leclerc e Verstappen mais próximos. O procedimento seguiu as regras reformuladas sobre a atuação do safety car, após a polêmica na decisão da Fórmula 1 no ano passado, em Abu Dabi.

Após o carro de segurança sair da pista, a principal briga foi entre Sainz e Verstappen, enquanto o monegasco manteve uma distância segura. Então, quando restavam três voltas, Sainz conseguiu a ultrapassagem para engatilhar a dobradinha da Ferrari. No instante seguinte, Verstappen teve um problema não especificado com o carro e foi para o boxes, despencando na classificação antes de abandonar a prova.

Assim, as voltas finais ficaram reservadas para uma disputa entre Lewis Hamilton, quarto colocado, e Sergio Pérez, o terceiro. Na última volta, o pesadelo da Red Bull ganhou proporções ainda maiores, pois o mexicano rodou na pista e abriu caminho para o heptacampeão entrar no pódio.

1º - Charles Leclerc (MON/Ferrari) - 1h37min33s574

2º - Carlos Sainz (ESP/Ferrari) - a 5s598

3º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - a 9s675

4ª - George Russell (ING/Mercedes) - a 11s211

5ª - Kevin Magnussen (DIN/Haas) - a 14s754

6º - Valtteri Bottas (FIN/Alfa Romeo) - a 16s119

7º - Esteban Ocon (FRA/Alpine) - a 19s423

8º - Yuki Tsunoda (JAP/AlphaTauri) - a 20s386

9ª - Fernando Alonso (ESP/Alpine) - a 22s390

10º - Zhou Guanyu (CHIN/Alfa Romeo) - 23s064

11º - Mick Schumacher (ALE/Haas) - 32s574

12º - Lance Stroll (CAN/Aston Martin) - 45s873

13º - Alexander Albon (TAI/Williams) - 53s932

14º - Daniel Ricciardo (AUS/McLaren) - 54s975

15º - Lando Norris (ING/McLaren) - 56s335

16º - Nicholas Latifi (CAN/Williams) - 1min01s795

17º - Nico Hulkenberg (ALE/Aston Marin) - 1min03s829

18º - Sergio Pérez (MEX/Red Bull)

19º- Max Verstappen (HOL/Red Bull)

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Pierre Gasly (FRA/AlphaTauri)

A temporada 2022 da Fórmula 1 vai começar oficialmente nesta sexta-feira com os primeiros treinos livres do GP do Bahrein. Mas nada indica que o campeonato deste ano será uma sequência natural da última e tumultuada corrida de 2021, quando o holandês Max Verstappen ultrapassou o inglês Lewis Hamilton na última volta em Abu Dabi e se sagrou campeão em meio às polêmicas decisões do então diretor de provas Michael Masi.

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Os fãs de automobilismo poderão ter pela frente uma competição bem distinta daquela, com novos protagonistas e equipes resgatando o prestígio chamuscado nos últimos anos. Esse é o caso da Ferrari, que se destacou na pré-temporada. A Red Bull também foi bem e está à espera do que a Mercedes poderá mostrar neste ano, após certo jogo de "esconde-esconde" nas baterias de testes de Barcelona e do Bahrein.

O grande diferencial deste ano é a profunda reformulação dos carros da categoria. Na busca por melhor rendimento dos monopostos sem a famigerada turbulência, que impede maior número de ultrapassagens durante as provas, a F-1 encontrou soluções na década de 80, no conceito de "carros-asa" e "efeito-solo". A novidade também se deve à busca por disputas mais equilibradas na pista para aumentar a competitividade e atrair mais público.

Na prática, os modelos foram recriados do zero, a partir do chassi, que passou a ter papel determinante na aerodinâmica dos veículos. Houve mudanças ainda nos aerofólios, dianteiro e traseiro, nos pneus, nas laterais, tudo para deixar o carro mais eficiente e com maior capacidade para fazer ultrapassagens. De quebra, os modelos se tornaram mais agressivos e bonitos visualmente. A direção americana da F-1 promete um show nas pistas. Até o safety car mudou de cor.

'PULOS' NA PISTA

Os novos carros trouxeram novas preocupações. Logo nos primeiros testes da pré-temporada, em Barcelona, os modelos deste ano apresentaram leves solavancos nas retas do Circuito da Catalunha. Com essas vibrações, o carro "quica" sobre o asfalto, como se percorresse um traçado cheio de buracos. O problema ganhou o nome de "porpoising", em referência ao movimento de nado de alguns animais aquáticos, caso do golfinho (porpoise, em inglês).

Este movimento do carro não chega a reduzir a velocidade dos monopostos, mas pode trazer danos ao modelo e ao próprio piloto, principalmente nas costas. A causa é uma falha aerodinâmica do chamado "efeito-solo". O ar que passa sob o carro não estaria trazendo os efeitos mais desejados.

Na prática, a maior parte das equipes amenizou, ainda que aparentemente, o problema já na segunda e última bateria de testes da pré-temporada, na semana passada. Mas há a expectativa sobre como cada carro vai se comportar nas diferentes pistas do calendário. Traçados de maior velocidade podem ampliar o problema.

HAMILTON X VERSTAPPEN

Apesar das novidades do ano e da expectativa por novos protagonistas no campeonato, a rivalidade entre Hamilton e Verstappen deve ser mantida, talvez até ampliada, na temporada 2022. Se o holandês terá o combustível extra da confiança elevada, pelo título conquistado, o britânico já avisou que não está para brincadeira neste ano. Ele quer retomar o troféu.

Ao fim da pré-temporada, Hamilton disse que a Mercedes não tinha carro para vitórias neste ano, ao menos temporariamente. Mas afirmou que se vê "mais perigoso" e ainda "no topo", depois da experiência traumática na corrida final de 2021. Na ocasião, vencia a prova com certa folga, muito perto do oitavo título mundial (então novo recorde da F-1), quando uma batida mudou a história da prova e do campeonato.

Decisões desastradas e contestadas de Michael Masi deixaram Verstappen colado em Hamilton na pista após a entrada do safety car no traçado. Com pneus novos, o holandês passou fácil o rival na última volta e venceu. A Mercedes contestou, os dirigentes do time ameaçaram mover mundos e fundos para rever o resultado. Sob pressão, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) apurou o caso, não alterou o resultado, mas demitiu seu então diretor de provas.

Mesmo sem se destacar na pré-temporada, a Mercedes pode até perder a hegemonia - são oito títulos do Mundial de Construtores consecutivos -, mas deve estar na briga pelos troféus. Afinal, vem investindo tempo e dinheiro (dentro do teto de gastos) no novo projeto dos carros da F-1 há alguns anos em sua poderosa fábrica, com mais de 2 mil funcionários.

O SUMIÇO DE HAMILTON

O decepcionante fim de temporada fez Hamilton desaparecer das redes sociais por dois meses. Neste período, fez apenas duas aparições públicas, quase inevitáveis, na despedida do finlandês Valtteri Bottas da Mercedes, na fábrica, e na cerimônia em que recebeu o título de Cavaleiro da Rainha, do príncipe Charles, no Castelo de Windsor.

Declarações do chefe da equipe, Toto Wolff, aumentaram os rumores de que o piloto poderia se aposentar da Fórmula 1. Nem a Mercedes e nem o próprio Hamilton desmentiam o boato, usado de certa forma para pressionar a FIA a respeito de uma decisão sobre o resultado do campeonato de 2021.

No início de fevereiro, Hamilton retornou às redes sociais sem comentários explicativos. Disse apenas: "Eu fui. Agora estou de volta!". Os rumores foram ao chão e os fãs respiraram aliviados. De volta às pistas nos testes de Barcelona e Bahrein, o inglês esteve longe de brilhar e acabou voltando ao noticiário por um motivo improvável.

Ele revelou que pretende mudar seu nome para acrescentar o sobrenome da mãe, Larbalestier. O inglês, portanto, pode aparecer com "nova identidade" na tabela de tempos dos treinos e corridas da F-1 neste ano.

FINAIS DE SEMANA MAIS ENXUTOS

A partir deste ano, os finais de semana da Fórmula 1 serão mais enxutos, de forma a aumentar a economia na categoria. Até 2021, a etapa começava na quinta-feira, quando os pilotos faziam a tradicional caminhada na pista e passavam a maior parte do dia atendendo a imprensa.

A tradicional entrevista coletiva de quinta e as eventuais individuais agora serão realizadas às sextas-feiras, antes do primeiro treino livre do dia. Na prática, isso significa um dia a menos de trabalho para o estafe interno de todas as equipes, dos pilotos aos funcionários que cuidam dos centros de hospitalidade de cada time.

Por causa da pandemia de covid-19, a coletiva de quinta chegava a ter quase quatro horas de duração, envolvendo os 20 pilotos do grid. Agora serão duas horas de atendimento aos jornalistas na sexta. A imprensa, portanto, terá menos acesso aos pilotos e aos dirigentes dos times.

Estes vão conceder coletiva aos sábados, um dia depois do que acontecia até 2021. Esta entrevista será sempre realizada no início do dia, uma hora e meia antes do início do terceiro e último treino livre. A programação de domingo foi mantida.

DEMISSÃO DE MICHAEL MASI E NOVO DIRETOR DE PROVAS

As decisões controvérsias de Michael Masi como sucesso de Charlie Whiting fizeram o novo presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, tirá-lo do cargo de diretor de provas. Nesta temporada, o alemão Niels Wittich e o português Eduardo Freitas se alternam no posto, com assistência do veterano Herbie Blash, escolhido para voltar a ser conselheiro sênior permanente. Blash é muito próximo de Bernie Ecclestone, ex-chefão da Fórmula 1, o que evidencia a influência de Ecclestone na nova gestão da FIA.

Ben Sulayem também implementou outras mudanças, como a adoção de uma sala virtual de controle de corrida, em um escritório da FIA fora dos circuitos, em processo semelhante ao VAR do futebol, além de restringir as comunicações de rádios das equipes para resguardar a direção de prova de pressões externas.

RECORDE DE AUDIÊNCIA E PÚBLICO NOS CIRCUITOS EM 2021

Focada em jovens e mais popular, a Fórmula 1 registrou recorde de audiência televisiva global em 2021, de 1,55 bilhão de espectadores, com alta de 4% em relação a 2020, o que demonstra o aumento do interesse mundial pela categoria, puxado, sobretudo, pela rivalidade entre Hamilton e Verstappen. A corrida derradeira em Abu Dabi atraiu 108,7 milhões de espectadores, 29% a mais que a mesma etapa de 2020. Algumas das maiores praças do campeonato, como EUA, França, Itália e Inglaterra, se destacaram com números expressivos em audiência.

No Brasil, os números diminuíram, mas "houve resultados muito positivos", segundo relatório da F-1, que apontou que a categoria desfruta de "cobertura muito mais aprofundada e com mais horas de transmissão do que em 2020", em referência à transmissão da Band, emissora que voltou a transmitir as etapas depois de 41 anos. A Globo abriu mão do campeonato. Em 2021, as corridas levaram 2,69 milhões de pessoas às arquibancadas. O GP de São Paulo atraiu 181 mil espectadores em três dias de evento, maior público da história.

EFEITOS DA INVASÃO RUSSA À UCRÂNIA

Como quase tudo no mundo, a Fórmula 1 foi impactada pela invasão da Rússia à Ucrânia. A Haas rompeu o contrato com o russo Nikita Mazepin e desfez a parceria com a empresa russa Uralkali, cujo dono, Dmitry, pai do piloto, é amigo pessoal do presidente Vladimir Putin.

A guerra na Ucrânia também fez a direção romper o contrato com os russos em definitivo e, portanto, banir a nação do Leste Europeu de seu calendário de corridas. O GP do país estava marcado para o mês de setembro, em Sochi. Foram oito provas realizadas na cidade. Em 2023, São Petersburgo estrearia no calendário. Sem o GP russo não haverá recorde de corridas. São 22 provas confirmadas. Resta saber se a data aberta será preenchida.

SEM BRASILEIRO, MAIS UMA VEZ

A saída de Mazepin da Haas criou esperanças nos fãs brasileiros, que gostariam de ver Pietro Fittipaldi no grid. O brasileiro, porém, foi preterido pelo dinamarquês Kevin Magnussen, que retorna à equipe após um ano fora, e o País continuará sem um representante na pista - o último foi Felipe Massa.

O neto do bicampeão mundial Emerson Fittipaldi era o candidato mais natural à vaga por ter sido piloto reserva do time americano nos últimos três anos. No entanto, pesou contra ele a ausência de patrocinadores poderosos. Pietro participou da última bateria de testes da pré-temporada no Bahrein.

DANÇAS DAS CADEIRAS DOS PILOTOS

A temporada começa com cinco mudanças entre os 20 pilotos do grid. A principal delas é a entrada na Mercedes do britânico George Russell, que será o parceiro de Lewis Hamilton. A Williams assinou com o tailandês Alexander Albon para repor a saída de Russell. O antigo companheiro de equipe do heptacampeão mundial, o finlandês Valtteri Bottas, migrou para a Alfa Romeo para ocupar o lugar de seu compatriota Kimi Raikkonen, que deixou a categoria.

Bottas terá a companhia Guanyu Zhou, piloto de 22 anos que será o primeiro chinês na Fórmula 1. Na Haas, Kevin Magnussen retorna para formar parceria com Mick Schumacher substituir Nikita Mazepin, fora da equipe em virtude da invasão da Rússia à Ucrânia.

Não foi desta vez que Pietro Fittipaldi conquistou seu espaço entre os pilotos titulares da Fórmula 1. O brasileiro era cotado para substituir o russo Nikita Mazepin na Haas, mas a equipe americana surpreendeu nesta quarta-feira ao anunciar o dinamarquês Kevin Magnussen como titular, formando dupla com o alemão Mick Schumacher.

A última vaga no grid da F-1 para a temporada 2022, que começa no dia 20 deste mês, com o GP do Bahrein, era cobiçada por diversos pilotos. O neto do bicampeão mundial Emerson Fittipaldi era o candidato mais natural por ter sido piloto reserva do time americano nos últimos três anos. Ele até disputou duas corridas na reta final da temporada 2020 em substituição ao francês Romain Grosjean, afastado das provas após grave acidente.

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No entanto, surgiram pilotos mais experientes para brigar pela vaga nos últimos anos. O mais surpreendente foi Magnussen, o último a ser alvo dos rumores. Estavam na disputa ainda o italiano Antonio Giovinazzi e o alemão Nico Hülkenberg. O brasileiro, contudo, tinha como desvantagem não apresentar patrocinadores tão poderosos quanto os rivais.

Afinal, a Haas precisa de um novo patrocinador master após ter rompido o contrato com o russo Nikita Mazepin no sábado. No contexto da invasão da Rússia na Ucrânia, a equipe americana decidiu desfazer a parceria com a empresa russa Uralkali, que tem o pai de Nikita, Dmitry, amigo pessoal do presidente Vladimir Putin, como um dos proprietários.

As cores dos últimos carros da Haas eram a bandeira da Rússia, em referência ao patrocinador, que indicou Nikita como titular. Mas tudo mudou no último fim de semana. O time americano encerrou a parceria com a empresa e o piloto na esteira da decisão da F-1 de romper o contrato com o GP da Rússia.

Sem Mazepin, o chefe da Haas, Günther Steiner, escalou Pietro Fittipaldi para a última bateria de testes da pré-temporada da F-1, que começa nesta quinta no Bahrein. A decisão aumentou ainda mais a expectativa sobre a possível efetivação do piloto brasileiro como titular, ao lado de Mick Schumacher.

Mas a vaga no grid não veio. Foi a maior oportunidade de ter novamente um piloto do Brasil no grid desde a saída de Felipe Massa do campeonato, no fim de 2017. Desde então, o País não conta com representantes na pista.

Aos 29 anos, Magnussen vai fazer seu retorno à F-1, após ficar fora na temporada passada. Ele havia perdido sua vaga na Haas justamente para Mazepin. O dinamarquês, que soma 119 corridas no currículo da categoria, correu pela equipe entre 2017 e 2020. A temporada 2022 será a oitava de sua carreira no campeonato.

"Estou muito feliz em dar novamente as boas-vindas a Kevin Magnussen na Haas. Quando estávamos procurando por um piloto que pudesse trazer valor ao time, sem mencionar uma rica experiência, Kevin foi uma decisão direta para nós", disse Steiner, que confirmou a presença do piloto para os testes do Bahrein.

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