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Investigadores franceses encontraram nesta terça-feira (14) mais restos humanos de uma mulher esquartejada, da qual parte do tronco foi encontrado dentro de uma bolsa na véspera.

Os membros humanos foram localizado no parque Buttes-Chaumont, em Paris, segundo uma fonte próxima ao caso.

Durante a manhã, o trabalho de rastreamento encontrou os novos restos mortais, localizados em antigos trilhos de trem que cruzam o parque, explicou a Promotoria de Paris. "A identificação está em curso", informaram.

De acordo com o canal de televisão BFMTV e o jornal Le Parisien, os membros correspondem à mulher cuja pélvis e coxas foram encontradas por trabalhadores da manutenção do jardim na segunda-feira.

Uma fonte policial especificou nesta terça-feira que a parte do corpo encontrada ainda estava com "jeans".

Popular entre praticantes de esporte e famílias neste bairro popular ao nordeste de Paris, o parque está fechado.

O tribunal abriu uma investigação de assassinato.

Enquanto a autópsia é aguardada, a identidade da mulher e a data de sua morte permanece uma incógnita.

A França tem nesta terça-feira (7) o terceiro dia de protestos convocado pelos sindicatos contra a reforma da Previdência do presidente Emmanuel Macron, em uma tentativa de aumentar a pressão durante a análise do projeto impopular pelo Parlamento.

"Estamos diante de um presidente que, por um ego inflado, quer demonstrar que é capaz de aprovar uma reforma independentemente da opinião pública, algo perigoso", advertiu o líder do sindicato CGT, Philippe Martinez, à rádio RTL.

Dois em cada três franceses, segundo as pesquisas, são contrários ao aumento da idade de aposentadoria de 62 para 64 anos a partir de 2030 e ao aumento de 42 para 43 anos do tempo de contribuição a partir de 2027 para obter o direito a receber à pensão completa, como propõe o governo.

E, apoiados por esta rejeição, os sindicatos lideram uma ofensiva com greves e protestos pacíficos que em 31 de janeiro resultaram na maior manifestação contra uma reforma social em três décadas (entre 1,27 e 2,8 milhões de pessoas nas ruas).

A terceira jornada de greve geral começou nesta terça-feira com o serviço de trens e os transportes públicos de Paris "prejudicados", mas com menos intensidade que nas duas paralisações anteriores, e com 20% dos voos cancelados no aeroporto de Orly.

"Eu saio de casa muito mais cedo. É um verdadeiro planejamento, quase uma hora e meia mais cedo para ter um trem. É a terceira vez em poucos dias e já começamos a saber o que fazer", afirmou Sydsa Diallo, 36 anos, em uma estação da região de Paris.

A CGT apontou uma queda de 4.500 MW na produção de energia, o equivalente a mais de quatro reatores nucleares, com as paralisações no setor, assim como uma greve de 75% e 100% nas refinarias da Total Energies (56% segundo a direção da empresa).

A continuidade do apoio e da mobilização é crucial para os sindicatos. As autoridades calculam que as passeatas previstas para terça-feira devem reunir entre 900.000 e 1,1 milhão de pessoas. O governo anunciou a mobilização de 11.000 policiais e gendarmes.

Laurent Berger, líder do sindicato CFDT, fez um apelo ao governo no jornal La Croix e pediu que o Executivo escute os manifestantes: "Qual seria a perspectiva se não respondesse? Precisamos da indignação, da violência e da raiva para sermos ouvidos?", questiona.

- "A reforma ou a falência" -

Os apelos não foram ouvidos no Parlamento até o momento. Na segunda-feira, no primeiro dia de debates no plenário da Assembleia (câmara baixa), 292 deputados votaram contra e 243 a favor de uma moção da esquerda que pedia retirada da reforma.

"É a reforma ou a falência do sistema", afirmou o ministro das Contas Públicas, Gabriel Attal. Os cofres da Previdência devem registrar déficit de 14,6 bilhões de dólares em 2030, segundo o governo.

A reforma é uma promessa de campanha de Macron, mas analistas consideram que sua reeleição em 2022 foi motivada em grande parte pelo desejo dos eleitores de evitar a vitória de sua rival no segundo turno, a política de extrema-direita Marine Le Pen.

Poucas semanas depois da eleição presidencial, o governo perdeu a maioria absoluta na Assembleia. Agora busca os votos da oposição de direita do partido Os Republicanos (LR) para aprovar a reforma, diante dos votos contrários do grupo de Le Pen e da esquerda.

Em uma concessão de última hora, a primeira-ministra Elisabeth Borne anunciou que as pessoas que começaram a trabalhar entre 20 e 21 anos poderão solicitar a aposentadoria com 63 anos, mas isto não foi suficiente para convencer todos os deputados do LR.

O governo optou, no entanto, por um procedimento parlamentar que limita o tempo de debate nas duas câmaras do Parlamento e permite aplicar a reforma caso ambas não se pronunciem até 26 de março.

Com a contagem regressiva ativada, o tempo é curto para a oposição. Os sindicatos apostam em aumentar a pressão sobre os deputados com os protestos nas ruas e convocaram um dia de protestos para sábado.

Sete crianças com idades entre 2 e 14 anos morreram sufocadas junto com a mãe em um incêndio "muito violento" em sua casa na França, causado por uma máquina secadora por volta da meia-noite desta segunda-feira (6), disseram autoridades.

A tragédia que ocorreu em Charly-sur-Marne, cerca de 80 quilômetros ao nordeste de Paris, foi causada "a priori por uma secadora que pegou fogo no térreo", disse a Promotoria.

As crianças, cinco meninas e dois meninos, e a mãe morreram sufocadas, já que "os corpos não foram queimados", disse à AFP o promotor de Soissons, Julien Morino-Ros.

"Espero de todo o coração que não tenham sentido nada, que não tenham visto nada. Estávamos lá, na rua. Durante toda a noite vimos o horror", disse à AFP Sylvie Corré, esposa do proprietário da casa.

Os vizinhos alertaram os bombeiros às 00h52 (20h52 em Brasília), mas a intervenção foi complicada, uma vez que a casa estava inserida numa rua estreita desta cidade de 2.600 habitantes.

"Vi principalmente fumaça, muita fumaça", disse à AFP uma vizinha, Evelyne Renaud. "Pobres crianças!", lamentou.

Um vizinho "bombeiro" - o primeiro a intervir "individualmente" - resgatou o pai da família antes da chegada das equipes de resgate, segundo a Prefeitura e o Ministério Público.

O pai desta família, da qual quatro filhos eram do primeiro casamento da mãe, sofreu queimaduras graves e foi hospitalizado, mas não corre risco de vida.

O homem tentou intervir no incêndio no térreo, onde se encontrava a máquina secadora, e pediu à família que se refugiasse no segundo andar, um sótão, segundo o promotor.

A tristeza tomou conta da cidade na manhã desta segunda-feira. Duas mães, que haviam acabado de deixar os filhos na escola situada a algumas dezenas de metros de distância, choravam.

"O diretor da escola estava com os olhos marejados", conta uma delas, cujo filho era amigo de uma das vítimas. Duas psicólogas estavam presentes na escola, segundo a mulher, que não quis se identificar.

O último drama semelhante na França ocorreu em 15 de dezembro em Vaulx-en-Velin, perto de Lyon (sudeste), com um saldo de dez mortos, incluindo quatro crianças.

A nova tragédia ocorre no mesmo dia do início do julgamento de um suposto incendiário que ateou fogo a um prédio em Paris em fevereiro de 2019, matando 10 pessoas e ferindo 47.

O zagueiro Raphaël Varane, do Manchester United, decidiu se aposentar da seleção francesa. O anúncio foi feito pelo jogador de 29 anos nesta quinta-feira, em uma publicação em sua página oficial do Instagram. Ele estreou pela França há dez anos e foi um dos principais jogadores durante o título da Copa do Mundo da Rússia, em 2018.

"Representar nosso magnífico país por uma década foi uma das grandes honras da minha vida. Cada vez que coloquei a camisa azul, me senti orgulhoso", escreveu. Cumpri o dever de dar tudo de mim, de jogar com o coração e buscar a vitória cada vez que entro em campo. Pensei por alguns meses e decidi que o momento é de me retirar dos jogos pela seleção", completou.

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O último jogo de Varane pela seleção nacional foi na derrota para a Argentina na final da Copa do Mundo do Catar, na qual foi titular durante toda a disputa. Ao anunciar a despedida, o zagueiro do Manchester United se disse realizado e lembrou o papel que a seleção desempenhou em sua vida desde a infância.

"Quando criança, me lembro de ver a França em 98, essa equipe, esses jogadores que me deram emoções difíceis de descrever. Foi um sonho repetir o feito de nossos heróis 20 anos depois. Experimentei um dos melhores momentos da minhas vida e jamais esquecerei", afirmou o defensor.

A decisão foi comentada pelo técnico da França, Didier Deschamps, que agradeceu o atleta pelos serviços prestados ao longo de dez anos. "É um jogador inteligente, sabe que se dar tempo para pensar, considerar as vantagens e desvantagens antes de tomar uma decisão. Agora que nossos caminhos se separaram, quer agradecer a ele por sua honestidade e seu implacável compromisso com a camisa azul. Raphaël foi uma peça central dentro e fora de campo na última década", disse.

Antes do anúncio de Varane, a França já havia se despedido de outro campeão mundial de 2018. O goleiro e campeão Hugo Lloris, recordistas de jogos pela equipe, com 145 partidas, também resolveu se aposentar, mas, no seu caso, já era menos provável que fizesse parte do novo ciclo, pois está com 36 anos.

A França voltou a registrar grandes protestos nesta terça-feira (31) quando frentes sindicais de diversas categorias convocaram uma nova greve geral contra a reforma da Previdência apresentada pelo governo de Emmanuel Macron, que pretende aumentar a idade mínima de aposentadoria dos 62 para os 64 anos. Os protestos de rua são o segundo ato convocado pelos sindicatos, que há duas semanas reuniram mais de 1 milhão de pessoas nas ruas das principais cidades do país.

Os serviços de inteligência da França esperam que cerca de 1,2 milhão de manifestantes saiam às ruas nesta terça, um número similar ao da primeira jornada de manifestações da semana passada. Confirmaram adesão à paralisação trabalhadores dos transportes, do setor de energia, professores do ensino básico e até mesmo policiais e outros agentes da segurança pública.

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O funcionamento de ônibus, trens e bondes em cidades como Paris e Nice foram total ou parcialmente interrompidos, e o serviço de trens de alta velocidade foram afetados "de forma significativa", de acordo com operadoras ferroviárias. A Air France estimou que um em cada 10 voos de curta e média distância seria cancelado.

Metade dos professores do ensino público, da pré-escola ao ensino médio, não deve trabalhar, de acordo com os sindicatos que convocaram os protesto. Segundo o ministro do Interior, Gérald Darmanin, onze mil policiais e gendarmes fiscalizarão os atos desta terça-feira - 4 mil deles apenas em Paris.

"A primeira-ministra [Élisabeth Borne] não pode continuar ignorando esta formidável mobilização que se criou: ‘ouça o descontentamento que está sendo expresso em todos os lugares’", pediu Laurent Berger, líder da Confederação Francesa Democrática do Trabalho, uma das principais entidades sindicais da França, na segunda-feira, 30.

Borne assegurou no domingo (29) que o adiamento progressivo até 2030 da idade de aposentadoria de 62 para 64 anos "não era mais negociável", enfurecendo a oposição de esquerda, que pediu uma "moção popular de censura" nas ruas, onde foram convocadas 240 manifestações.

O novo dia de protesto pode aumentar a tensão na Assembleia Nacional, a Câmara Baixa do Parlamento francês, que iniciou na véspera a revisão da reforma e tem menos de uma semana para debater 7 mil emendas apresentadas ao projeto original, que deve ser levado ao plenário na segunda-feira.

O plano atual, apresentado pela primeira-ministra Élisabeth Borne no último dia 10, prevê além do aumento da idade mínima de aposentadoria, o aumento do tempo mínimo de contribuição para aposentadoria integral (de 42 para 43 anos). Há dispositivos diferenciados para quem começou a trabalhar antes dos 20 anos e para aqueles que interromperam suas carreiras por motivo de saúde ou pessoais - como no caso de mulheres que ficaram períodos sem trabalhar para cuidar dos filhos.

Com a já anunciada rejeição da frente de esquerda e da extrema direita, o governo espera o apoio do partido de direita Os Republicanos (LR), favorável a uma reforma, mas dividido sobre a proposta atual, afirmou o deputado Stéphane Viry um dia antes.

Sabendo que seus votos são fundamentais, os legisladores da LR aumentam suas exigências sobre a reforma em vários dos pontos mais impopulares: melhor consideração para mulheres sem carreira de trabalho contínua, para aquelas que começaram a trabalhar jovens, entre outros.

No entanto, o adiamento da aposentadoria para 64 anos e a antecipação para 2027 da exigência de contribuir por 43 anos - e não 42 como atualmente - para receber uma pensão completa provoca a oposição da opinião pública, que avança, apesar do esforço do governo para convencê-la do contrário.

Em Haia (Holanda), Emmanuel Macron, de 45 anos, voltou a defender na segunda-feira uma reforma "indispensável", especialmente quando a idade de aposentadoria na França é uma das menores da Europa, para "salvar" um sistema que, segundo o governo, enfrentaria um déficit no futuro.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) expressou seu apoio ao presidente francês na segunda-feira, manifestando-se a favor de uma reforma que, juntamente com a aprovada sobre o seguro-desemprego, permitiria à França reduzir a sua dívida pública, que supera 110% do PIB. (Com agências internacionais).

O presidente da França Emmanuel Macron ligou para o presidente Lula (PT) nesta sexta-feira (27) e reforçou ser contrário aos ataques terroristas de 8 de janeiro, em Brasília.

No dia dos atos golpistas, o presidente francês afirmou que a vontade do povo brasileiro e as instituições devem ser respeitadas. Na ocasião, ele demonstrou “apoio incondicional da França”. Na ligação, o presidente francês relembrou já ter falado sobre o tema publicamente, mas reafirmou estar “totalmente contra os ataques inaceitáveis que o Brasil sofreu, que você sofreu, e conte com o meu apoio sempre”. 

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Em resposta, Lula agradeceu o apoio e a solidariedade de Macron. “Aqui no Brasil chamamos de terroristas. Acho que a democracia está correndo risco em vários Países do mundo, ameaçada por uma extrema direita e radicalizada. Por isso o seu gesto foi muito importante”, afirmou

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone, nesta quinta-feira (26), com seu contraparte francês, Emmanuel Macron, sobre os "desafios" com o meio ambiente e a fome e os "riscos" da extrema direita para a democracia, informou o Palácio do Planalto.

"Ambos concordaram sobre os riscos que pairam sobre a democracia em virtude das ações violentas de grupos de extrema direita" e a "importância de se combater a desinformação", disse o Planalto em nota.

Macron ratificou o apoio da França ao Brasil após a invasão das sedes dos três poderes em Brasília, em 8 de janeiro, por milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que exigiam a queda de Lula.

"Durante nossa conversa, reiterei ao presidente @LulaOficial o apoio da França após os ataques contra a democracia brasileira", tuitou Macron.

Além disso, durante a conversa por telefone de mais de uma hora, os dois líderes discutiram as negociações em andamento para selar o acordo Mercosul-União Europeia e a "urgência" de buscar a paz entre Rússia e Ucrânia, países em conflito desde fevereiro de 2022.

Lula, de 77 anos e que iniciou um terceiro mandato presidencial em 1º de janeiro, convidou Macron para visitar o Brasil e conhecer o estaleiro no Rio de Janeiro onde está sendo construído um submarino movido a energia nuclear, fruto da cooperação entre os dois países.

Os presidentes também discutiram os esforços para combater as mudanças climáticas, pauta considerada prioritária pelos dois governos.

"Nós reafirmamos nossa determinação de agir pelo clima, pela biodiversidade, por nossas florestas e contra a fome. Vamos superar estes desafios", escreveu Macron, de 45 anos.

A volta de Lula ao poder no Brasil, que já havia governado entre 2003 e 2010, foi um alívio para as relações entre Brasil e França.

Macron e Bolsonaro tiveram relações muito ruins, especialmente devido à forma como o ex-presidente brasileiro lidou com a proteção da Amazônia, um recurso-chave na esforço internacional para deter as mudanças climáticas.

Trens parados, escolas fechadas, centenas de milhares de manifestantes nas ruas. A França vive nesta quinta-feira (19) um dia de protestos em massa contra o impopular adiamento da idade de aposentadoria para os 64 anos, que põem à prova a credibilidade política do presidente Emmanuel Macron.

"Hoje será um grande dia de manifestação (...). Quando todos os sindicatos estão de acordo, algo pouco comum, é porque o problema é muito grave", disse à rede Pública Sénat o secretário-geral do sindicato CGT, Philippe Martinez.

A reforma da previdência é uma das principais medidas que o presidente francês, de 45 anos, prometeu durante a campanha que levou à sua reeleição em abril, após um primeiro projeto em 2020 que precisou abandonar devido à chegada da pandemia.

Mas depois de anos de crise (protesto social dos coletes amarelos, pandemia, inflação), o jornal Le Parisien aponta que a reforma representa um "teste decisivo" para Macron sobre seu mandato e sobre "a marca que deixará na história".

O presidente, que se encontra nesta quinta-feira em Barcelona para uma cúpula franco-espanhola, tentou enfraquecer a frente sindical no dia anterior, considerando que há sindicatos que "convocam protestos num marco tradicional" e outros que querem "bloquear o país".

Embora sua intenção inicial fosse adiá-la de 62 para 65 anos, sua primeira-ministra Élisabeth Borne acabou estabelecendo a idade em 64 anos, mas antecipou para 2027 a exigência de contribuir 43 anos para receber a aposentadoria completa.

Esses dois pontos provocaram a rejeição social e sindical. De acordo com uma pesquisa da Ipsos publicada na quarta-feira, embora 81% dos franceses considerem uma reforma necessária, 61% a rejeitam e 58% apoiam o movimento grevista.

A primeira frente sindical unitária desde 2010, quando tentou em vão impedir o aumento da idade de aposentadoria de 60 para 62 anos pelo governo do presidente conservador Nicolas Sarkozy, espera levar um milhão de manifestantes às ruas.

Mais de 200 protestos estão planejados na França. Os primeiros já começaram, como em Toulouse (sul) e Marselha (sudeste), e em Paris pela manhã. As autoridades esperam entre 550.000 e 750.000 manifestantes e entre 50.000 e 80.000 na capital.

Mas o sucesso de 1995 será alcançado? Presente no imaginário coletivo, esse intenso protesto durante o inverno, que deixou metrôs e trens parados nas plataformas por mais de três semanas, foi o último a paralisar uma reforma da previdência.

O ministro Clément Beaune já avisou que hoje seria um dia "infernal" nos transportes e pediu aos cidadãos que trabalhem de casa, onde muitos terão também que cuidar dos filhos, já que 70% dos professores também entraram em greve, segundo os sindicatos.

A freira francesa André, reconhecida desde abril como a pessoa mais velha do mundo, morreu na manhã desta terça-feira (17) em sua casa de repouso em Toulon, sul da França, disse à AFP o porta-voz do estabelecimento.

"Ela morreu às 2h da manhã" enquanto dormia, afirmou o funcionário ao relatar a morte de Lucile Randon, conhecida como irmã André, nascida em 11 de fevereiro de 1904 na cidade de Alès.

O título de pessoa mais velha do mundo não é atribuído por nenhum órgão oficial, mas os especialistas concordaram que a religiosa era a pessoa mais velha cujo registro civil podia ser verificado.

O livro Guinness dos recordes mundiais conferiu essa classificação em 25 de abril de 2022, após a morte, aos 119 anos, do japonês Kane Tanaka.

Irmã André, na última fase de sua vida cega e numa cadeira de rodas, há alguns anos não escondia um certo cansaço e confessava que desejava "morrer logo".

Mas "Deus não me ouve, deve estar surdo", disse a mulher em uma longa entrevista à AFP em fevereiro do ano passado.

Nascida em uma família protestante não praticante, ela assumiu o hábito tardiamente, na congregação das Filhas da Caridade, e trabalhou até o final da década de 1970.

Mas depois continuou cuidando de outros aposentados, mais jovens que ela.

"Dizem que o trabalho mata, mas é o trabalho que me faz viver, pois trabalhei até os 108 anos", declarou a religiosa na ocasião.

As ações de pirataria em todo mundo caíram para seu nível mais baixo no ano passado, desde que as estatísticas foram estabelecidas pela primeira vez em 2008 — disse um órgão de segurança marítima com sede na França nesta segunda-feira (9).

O Centro de Advertência e Cooperação de Informação Marítima (MICA, na sigla em inglês), com sede em Brest, no oeste da França, informou que foram registrados 300 atos de pirataria e roubo em 2022.

O Escritório Marítimo Internacional (IMB, também na sigla em inglês), com sede na Malásia, já havia anunciado em seu relatório trimestral de outubro que os atos criminosos estavam em seu nível mais baixo desde 1992.

No Golfo da Guiné, ao longo da costa oeste da África, um ponto importante de pirataria, apenas três navios foram atacados no ano passado, em comparação com 26 ataques em 2019, detalhou o MICA.

Na mesma área, o número de sequestros diminuiu nos últimos dois anos, após chegar a 146 em 2019.

"Nunca esteve tão baixo", disse à AFP o comandante Eric Jaslin, embora tenha alertado que "nunca se sabe o que o amanhã pode trazer em termos de pirataria".

"Aconselhamos que se mantenha a precaução", completou.

Muitos ex-piratas se voltaram para outras atividades, como o refino ilegal de petróleo, ou o transporte de petróleo bruto roubado, afirmou Katja Lindskov Jacobsen, pesquisadora da Universidade de Copenhague, citada no relatório.

Os roubos em águas territoriais — diferentemente da pirataria, que se define como os crimes ocorridos em alto-mar — continuam em um nível elevado, e estão inclusive aumentando nos estreitos de Malaca e Singapura, acrescentou Katja.

O tráfico de drogas e armas, o contrabando e os conflitos armados no mar também continuam apresentando perigos para a navegação, enfatizou Jaslin.

O centro MICA foi criado em 2016 para identificar e analisar situações e incidentes que afetam a navegação marítima em todo mundo e para advertir tripulações e armadores sobre perigos iminentes.

Um prefeito francês anunciou que o nome de sua cidade será usada no feminino durante um ano com o objetivo de gerar conscientização sobre a igualdade de gênero.

Em um vídeo publicado esta semana no Twitter, o prefeito socialista de Pantin, Bertran Kern, informou que "Pantin se chamará Pantine durante um ano".

Em francês, a letra e o final de uma palavra geralmente indica o gênero feminino.

O objetivo da mudança é gerar conscientização sobre a "igualdade entre homens e mulheres" e combater a "violência contra as mulheres", explicou o prefeito da cidade, situada nos arredores de Paris.

Com esta decisão, Kern quer fazer "um chamado de atenção sobre esta igualdade entre homens e mulheres, que ainda não é perfeita, embora tenha havido melhoras nos últimos anos".

As mulheres continuam ganhando menos do que os homens e sua presença no espaço público "nem sempre é bem aceita pelos homens", lembrou.

A medida é simbólica, pois a prefeitura informou que não alterará as placas de trânsito nos arredores da cidade, nem nos comunicados oficiais.

O nome da cidade continuava sendo "Pantin" nesta quarta-feira nas redes sociais, embora tenha-se adicionado um fundo que dizia "Pantine: comprometida com a igualdade".

O anúncio desencadeou uma onda de piadas nas redes sociais.

A França ocupa a 16º posição mundial no Índice Global de Abismo de Gênero 2022 do Fórum Econômico Mundial.

O governo francês pressionou, nesta terça-feira (3), as companhias de energia a ajudarem as pequenas empresas a enfrentar o aumento dos preços. Denunciando uma "catástrofe", as padarias convocaram uma manifestação para 23 de janeiro.

A primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, e seu ministro da Economia, Bruno Le Maire, anunciaram uma série de medidas, entre elas adiar o pagamento de impostos, cotas sociais e contas para aliviar o caixa das padarias.

Ao avaliar que "os provedores [de energia] não ajudam os padeiros o suficiente", Le Maire anunciou que estes poderão rescindir sem cargas os contratos em caso de um aumento "proibitivo" dos preços.

Enquanto a inflação beira os 6%, o presidente liberal, Emmanuel Macron, está sob pressão do principal partido da oposição, o ultradireitista Regrupamento Nacional, que enviou, inclusive, uma carta de apoio aos padeiros.

O presidente do sindicato do setor, Dominique Anract, destacou as medidas já aplicadas pelo governo após uma reunião no ministério da Economia, mas afirmou que são insuficientes diante de um aumento "por 10 ou 12" da conta de energia elétrica.

"Não temos uma grande expectativa de vida se o Estado não se mexer para regular estas tarifas", assegurou Nadège Amaté, uma mulher de 34 anos e à frente, juntamente a seu marido Nicolas, de uma padaria-confeitaria em Lons-le-Saunier (leste).

Seu forno é elétrico, como a maioria das padarias da França. Desde setembro, a companhia elétrica Engie cobra delas 2.700 euros (cerca de 2.850 dólares) a cada dois meses, quando antes pagavam 1.500 euros (1.580 dólares) por trimestre.

"Nosso abono terminou em maio de 2022. A Engie nos enviou a nova tarifa, inegociável", disse à AFP Amaté, que teme fechar as portas se a situação continuar. "Não terei opção (...) É uma catástrofe", acrescentou.

O chamado a manifestação em 23 de janeiro aumenta a tensão social na França, enquanto o governo conclui a apresentação da controversa reforma das pensões, que prevê alterar de 62 para 65 anos a idade da aposentadoria.

As padarias são uma instituição na França. Em novembro, a Unesco declarou a arte de fabricar uma "baguette", um símbolo culinário e social, como Patrimônio Imaterial da Humanidade.

O prêmio foi um reconhecimento às padarias tradicionais, mas deixou em evidência seu fechamento progressivo, especialmente na zona rural.

Em 1970, havia cerca de 55 mil padarias artesanais (uma a cada 790 habitantes) em comparação com as atuais 35 mil (uma a cada 2 mil habitantes), segundo dados do Ministério da Cultura.

burs-tjc/eg/mvv/am

Desde domingo, quando a Argentina confirmou a conquista do tricampeonato mundial na decisão por pênaltis sofre a França, na Copa do Mundo do Catar, que o goleiro Emiliano "Dibu" Martínez vem se envolvendo em polêmicas por sua comemoração efusiva e de maneira desrespeitosa. A Federação Francesa de Futebol já havia reclamado do "exagero" e agora é a vez do campeão mundial Patrick Vieira reprovar tais atitudes.

Campeão do mundo em 1998 e agora técnico do Crystal Palace, da Inglaterra, Vieira deu entrevista neste sábado para falar da retomada do Campeonato Inglês e não omitiu sua opinião sobre o que achou das comemorações do goleiro argentino.

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"Acho que algumas das fotos que vi do goleiro argentino tiram um pouco do brilho do que a Argentina conquistou na Copa do Mundo", afirmou Vieira, antes de detonar a postura provocativa de Dibu Martínez.

"Eu acho que eles não precisavam disso. Mas, às vezes você não pode controlar as decisões emocionais das pessoas. Acho que foi uma decisão estúpida de Martínez fazer isso", disse, indignado.

A primeira atitude "feia" de Martínez foi usar a luva da premiação de Melhor Goleiro da Copa colada na barriga simulando um gesto obsceno. A explicação foi de que estava revidando às provocações dos torcedores franceses, o que não justifica a atitude. No vestiário, ele ainda pediu "um minuto de silêncio" para o francês Mbappé. Não contente, ainda segurou uma boneca com o rosto do astro francês no desfile por Buenos Aires.

O goleiro defende o futebol inglês onde Vieira trabalha e terá de prestar esclarecimentos ao técnico Unai Emery, do Aston Villa, que também não gostou nada de sua atitude em momento que era para comemoração.

O assassino francês Charles Sobhraj, conhecido como "A Serpente" e que cometeu uma série de homicídios na Ásia nos anos 1970, chegou à França neste sábado (24), depois de passar duas décadas na prisão no Nepal.

Sobhraj, de 78 anos, desembarcou no aeroporto Roissy Charles-de-Gaulle, na região de Paris, após um voo procedente de Doha (Catar).

A Suprema Corte do Nepal determinou na quarta-feira a soltura antecipada por motivos de saúde e a deportação para a França em um prazo de 15 dias. Ele foi libertado na sexta-feira e embarcado em um voo no aeroporto de Katmandu com destino a Paris, com uma escala em Doha.

Durante o voo, Sobhraj insistiu que era "inocente".

Me sinto ótimo. Tenho muito a fazer. Tenho que processar muita gente. Incluindo o Estado do Nepal", declarou Sobhraj à AFP a bordo do avião.

Ao ser questionado sobre se acreditava ter sido descrito, erroneamente, como um assassino em série, ele respondeu: "Sim, sim".

No aeroporto francês, a polícia de fronteiras procedeu a verificação da identidade e ele deixou o local de maneira discreta, segundo uma fonte que trabalha no local, ignorando os muitos jornalistas que o aguardavam.

De acordo com esta fonte, Sobhraj "não é procurado nem perseguido" na França.

"Estou muito feliz", declarou sua advogada francesa, Isabelle Coutant-Peyre, que estava no aeroporto para receber Charles Sobhraj.

"Ele foi condenado injustamente em um processo fabricado com documentos falsificados pela polícia nepalesa. É um escândalo, o apresentam como um 'serial killer', o que é completamente falso", acrescentou.

- "Assassino do biquíni" -

A história de Sobhraj foi relatada na série "O Paraíso e a Serpente", uma produção da Netflix e BBC.

Nascido em Saigon, de pai indiano e mãe vietnamita, que se casou mais tarde com um francês, Sobhraj teve uma vida internacional de criminalidade que o levou à Tailândia em 1975.

Fingindo ser um negociante de joias, fez amizade com as vítimas, muitas delas mochileiros ocidentais, os quais drogava, roubava e matava.

De aparência dócil e sofisticado, ele foi acusado pelo assassinato de uma jovem americana que teve o corpo encontrado em uma praia em 1975.

Apelidado de "assassino do biquíni", Sobhraj foi vinculado a mais de 20 homicídios.

Ele foi preso na Índia em 1976 e passou 21 anos na prisão, com uma breve saída em 1986, quando fugiu e foi recapturado no estado costeiro de Goa.

Libertado em 1997, viveu em Paris, onde cobrava para dar entrevistas, mas voltou ao Nepal em 2003. Ele foi localizado em um cassino no distrito turístico de Katmandu pelo jornalista Joseph Nathan, um dos fundadores do jornal Himalayan Times, e depois detido.

"Parecia inofensivo (...) Foi pura sorte que o tenha reconhecido", disse Nathan à AFP na quinta-feira. "Acho que foi carma".

Um tribunal do Nepal o condenou à prisão perpétua pelo assassinato em 1975 da turista americana Connie Jo Bronzich. Uma década depois, ele foi declarado culpado pelo assassinato do parceiro de Bronzich, um canadense.

No avião que o levou a Doha, Sobhraj insistiu em sua inocência nos dois assassinatos no Nepal.

"Os tribunais do Nepal, da corte distrital à Suprema Corte, todos os juízes tinham preconceitos contra Charles Sobhraj", afirmou.

"Sou inocente dessas acusações, ok? De modo que não tenho de me sentir mal, nem bem, por isso. Sou inocente. Tudo foi baseado em documentos falsos", acrescentou.

O policial tailandês Sompol Suthimai, cujo trabalho com a Interpol foi crucial para a detenção do francês em 1976, pressionou para obter a extradição de Sobhraj para a Tailândia, para que ele fosse julgado pelos assassinatos cometidos no país.

Sompol, no entanto, declarou à AFP na quinta-feira que não era contrário à libertação porque tanto ele como o criminoso que perseguiu estão muito velhos.

"Não tenho sentimentos por ele depois de tanto tempo", afirmou Sompol, de 90 anos. "Acho que ele já pagou por seus atos".

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Manifestantes curdos entraram em confronto com a polícia francesa em Paris nesta sexta-feira (23), perto de um centro cultural curdo, em frente ao qual um homem matou três pessoas a tiros horas antes, informou um jornalista da AFP.

Os incidentes começaram quando os manifestantes enfrentaram um cordão policial que protegia o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, que se deslocou ao local para fornecer alguns detalhes da investigação em curso à imprensa.

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As forças de segurança usaram gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes, que por sua vez responderam lançando projéteis contra eles e também fizeram fogueira com lixo e ergueram barricadas na rua.

Os confrontos continuavam na capital francesa por volta das cinco da tarde (13h00 no horário de Brasília).

O incidente aconteceu na Rue Enghien, no 10º 'arrondissement', próximo a um centro cultural curdo, em um bairro com inúmeras lojas e moradores de origem curda.

O ataque deixou pelo menos três mortos e três feridos, segundo balanço da Promotoria de Paris. Um homem foi preso logo após os fatos.

Segundo duas fontes policiais, o detido, um condutor de trem aposentado de 69 anos, de nacionalidade francesa, é conhecido por duas tentativas de homicídio cometidas em 2016 e dezembro de 2021.

Darmanin disse à imprensa que o detido "queria manifestamente atacar estrangeiros".

Segundo ele, "não é certo" que o atacante queria atingir "especificamente os curdos", depois que rumores nesse sentido circularam na Turquia.

"Ainda não sabemos as suas motivações exatas", enfatizou o ministro, que explicou que o suspeito "era atirador num clube esportivo e tinha inúmeras armas declaradas".

Entre as vítimas também não havia "nenhuma pessoa, que eu saiba, especialmente apontada e conhecida" pelas autoridades francesas, explicou Darmanin, em resposta a uma pergunta sobre sua eventual filiação ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), uma organização considerada "terrorista" pela União Europeia.

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A autoridade de proteção de dados da França, CNIL, multou a gigante americana Microsoft em 60 milhões de euros (US$ 64 milhões) por não permitir a rejeição de cookies em seu navegador Bing, de acordo com um comunicado divulgado nesta quinta-feira (22).

É a maior multa decretada em 2022 por este órgão, que no ano passado anunciou uma campanha de controle contra sites que desrespeitam as regras sobre esses arquivos, instalados para personalizar e facilitar a navegação ou obter informações dos usuários.

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No passado, o CNIL já puniu Google, Facebook e Amazon.

Na sua decisão, esta entidade insta a Microsoft a corrigir essas práticas no seu site "bing.com" no prazo de três meses ou deverá pagar uma multa de 60.000 euros (64.000 dólares) por dia de atraso.

O CNIL explica que, até 29 de março, os usuários franceses não podiam rejeitar "cookies" em seu mecanismo de busca Bing sem passar por um processo complicado.

Indicou também ter detectado a instalação de dois "cookies" sem o consentimento dos internautas, que foram utilizados para fins publicitários.

O motor de busca Google e a rede social Facebook foram sancionados em dezembro de 2021 pela CNIL com multas de 150 e 60 milhões de euros (160 e 64 milhões de dólares) por questões semelhantes.

Um ano antes, Google e Amazon foram multadas por não informar suficientemente os usuários sobre esses arquivos.

Um idoso de 88 fez com que um hospital de Toulon, na França, fosse evacuado depois de chegar ao local com um projétil de artilharia preso no ânus. De acordo com o site Var-Martin, todos ficaram muito assustados e acharam que a bomba poderia explodir a qualquer momento. 

A direção do Hospital Sainte Musse chamou especialistas na área, que consideraram uma baixa possibilidade de explosão e, só então, os médicos partiram para a cirurgia de retirada do projétil. A equipe médica informou que o idoso colocou a bomba no ânus para ter prazer sexual.

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O objeto removido pelos médicos tinha cerca de 20 centímetros de comprimento e 5 centímetros de largura. O hospital informou que o idoso se recupera bem do procedimento. 

A Federação Francesa de Futebol prometeu nesta terça-feira que vai acionar na Justiça pessoas que teriam feito ofensas racistas nas redes sociais contra jogadores da seleção vice-campeã mundial na Copa do Catar. Os casos de abusos aconteceram logo após a derrota para a Argentina, na final disputada no domingo.

"Após a final da Copa do Mundo, vários jogadores da seleção francesa foram alvo de inaceitáveis comentários racistas e de ódio nas redes sociais. A FFF condena com toda a firmeza estes abusos e comportamentos intoleráveis e apresentará queixa contra os seus autores", anunciou a entidade, pelas redes sociais.

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Autoridades do governo francês também repudiaram as ofensas. De acordo com a ministra de Igualdade de Gênero, Isabelle Rome, os atacantes Kylian Mbappé e Kinglsey Coman foram os principais alvos de ataques racistas. Ambos são negros.

Clube onde Coman atua, o Bayern de Munique também condenou os ataques racistas ao atleta, que foi um dos que perdeu um pênalti nas cobranças que decidiram o título no Catar. "A família Bayern apoia você, King. O racismo não tem lugar no esporte ou em nossa sociedade", registrou o clube alemão.

A ministra do Esporte da França, Amelie Oudea-Castera, também repudiou os ataques aos jogadores franceses. Ela afirmou que comentários do tipo "não têm lugar no futebol e em nenhum outro lugar".

A França foi derrotada pela Argentina na final da Copa, no domingo, nos pênaltis por 4 a 2. O duelo ficou empatado no tempo normal, por 2 a 2. Na prorrogação, cada seleção marcou um gol e o confronto ficou igualado em 3 a 3.

Kylian Mbappé era um dos jogadores da França mais abatidos na premiação da Fifa após a decisão da Copa do Mundo. Mesmo fazendo um hat-trick na final contra a Argentina, o artilheiro da competição, com oito gols, acabou somente com o vice-campeonato. Um dia após a dolorosa derrota nos pênaltis - 3 a 3 no tempo regulamentar e 4 a 2 nos tiros livres -, o astro quebrou o silêncio para garantir que seu país voltará ao topo do planeta em breve.

Em post nas redes sociais usando uma foto com a medalha de prata no peito e o troféu da Chuteira de Ouro nas mãos, passando em frente à taça da Copa do Mundo que escapou por pouco, Mbappé garantiu: "Nós vamos voltar." Campeão em 2018 e vice na atual edição, ele espera reconduzir seu país ao título já em 2026, em competição com Estados Unidos, México e Canadá como sedes.

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A publicação do camisa 10 francês foi comentada por mais de 44 mil torcedores, todos dando os parabéns por sua apresentação na Copa do Catar, sobretudo na decisão, e dando forças para o jogador do Paris Saint-Germain se reerguer. O próprio clube fez questão de parabenizá-lo pela campanha. "Obrigado pelas emoções Kylian. Nós estamos orgulhosos de você."

A Fifa também fez um texto para homenagear o atacante de somente 23 anos, segundo na história a fazer um hat-trick na final da Copa do Mundo e agora o maior artilheiro de decisões, com quatro gols - havia anotado uma vez nos 4 a 2 sobre a Croácia em 2018.

"Kylian deixou a sua marca nesta final, mas não uma marca completa. Agora o segundo maior artilheiro da história de seu país em Mundiais, Mbappé ficou a apenas um gol do recorde de Just Fontaine, que fez todos os seus 13 na Suécia 1958. Quinto jogador da história a marcar em duas finais diferentes (depois dos brasileiros Vavá e Pelé, do francês Zinedine Zidane e do alemão Paul Breitner), ele se tornou o segundo francês a terminar como artilheiro da competição, justamente após Fontaine", disse parte do texto da Fifa, que o previu como um dos gigantes da história da competição brevemente.

"Neste ritmo, com apenas 23 anos - completará 24 nesta terça-feira, 20 de dezembro - e somente duas participações em Copas, difícil não imaginar que, mais cedo ou mais tarde, Mbappé se aproximará ainda mais do recorde do alemão Miroslav Klose, de 16 gols. Ao ver as grandes atuações de jogadores como Lionel Messi (35 anos) e Ángel Di Maria (34 anos) na final deste domingo, é possível prever que o jovem francês jogue mais algumas Copas do Mundo no futuro. A história entre ele e a mais bela das competições certamente não acabou."

O atacante Karim Benzema publicou nesta segunda-feira, dia em que completa 35 anos, um texto em que indica sua aposentadoria da seleção francesa, a vice-campeã da Copa do Mundo. Eleito melhor jogador do mundo da temporada 2021/2022 pelo prêmio Bola de Ouro, ele foi convocado para o Mundial e chegou a treinar com o elenco no Catar, mas não pôde defender a França por causa de uma lesão na coxa esquerda.

"Eu fiz esforços e cometi erros necessários para estar onde estou hoje, e tenho orgulho disso! Eu escrevi minha história, e a nossa está chegando ao fim", escreveu Benzema ao publicar nas redes sociais uma foto na qual aparece em campo com o uniforme da seleção nacional.

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Oficialmente, Benzema é considerado parte do grupo que ficou em segundo lugar, pois o técnico Didier Deschamps não convocou ninguém para seu lugar. Depois da lesão, voltou para Madri, onde teve um período de férias antes de se apresentar para os treinos do Real Madrid.

De acordo com o jornal "L'Equipe", ele teria recusado um convite do presidente francês Emmanuel Macron para voltar ao Catar e assistir à final contra a Argentina, na qual os franceses foram derrotas nos pênaltis. Durante o mata-mata da Copa, a imprensa francesa também especulou a possibilidade de que Benzema voltasse a defender a seleção.

Multicampeão no Real Madrid e líder do elenco merengue, o atacante tem uma história curta com a França em Copas do Mundo, pois jogou apenas a edição de 2014, no Brasil, onde foi eliminado pela Alemanha nas quartas de final.

No ano seguinte, parou de ser convocado por determinação da Federação Francesa de Futebol, pois foi acusado de tentar extorquir Valbuena, seu colega de seleção. Por isso, ficou fora da Copa da Rússia, e só voltou a ser convocado em maio de 2021.

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