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A Polícia Federal deflagrou hoje (20) a Operação Ópla.  É para apurar a prática de crimes de fraude na compra e registro de armas no estado do Rio de Janeiro. Os agentes investigam ainda o comércio ilegal de armas de fogo.

Cerca de 60 policiais federais estão nas ruas para cumprir 12 mandados de busca e apreensão nas cidades de Cabo Frio, Arraial do Cabo e Rio das Ostras, na Região dos Lagos. Os mandados foram expedidos pela 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

As investigações começaram em 2020 quando foram identificadas “inconsistências em requerimentos de aquisição e registro de armas de fogo no âmbito da Delegacia de Polícia Federal em Macaé/RJ”, explicou a PF.

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Compra fraudulenta

Depois de amplo trabalho investigativo, os agentes concluíram que um despachante teria reunido laranjas para aquisição fraudulenta de armas. Conforme as apurações, para ceder os dados, cada um recebia R$ 1 mil. Após essa etapa, de posse do registro da arma de fogo, o despachante apagava a numeração e desviava o armamento para o crime organizado na Região dos Lagos.

Segundo a PF, a investigação vai prosseguir para “apurar e identificar a amplitude da organização criminosa, bem como o envolvimento de outras pessoas na prática dos crimes de falsidade ideológica e comércio ilegal de armas de fogo”.

A Polícia Federal informou que a palavra Ópla, que denomina a operação, significa armas em grego.

O Ministério Público Federal (MPF) em Serra Talhada, interior de Pernambuco, conseguiu, na Justiça Federal, a decisão da liminar em ação civil pública contra o município de Custódia, no sertão pernambucano, devido a fraudes referentes aos dados informados ao Censo Escolar de 2017 a 2021. 

As irregularidades consistiam na criação de turmas fictícias do programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA), com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O caso é de responsabilidade do procurador da República André Estima.

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Segundo as investigações, iniciadas a partir de relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), o objetivo da prática fraudulenta era obter maiores repasses das verbas do Fundeb e do FNDE, aumentando irregularmente as receitas municipais da educação. Na ação, o MPF destacou que a manutenção dos repasses financeiros baseados no número de matrículas informadas para a EJA pelo município no Censo Escolar representa dano ao patrimônio público. O órgão estima um prejuízo aos cofres públicos de R$ 6 milhões por mês no período em que as fraudes foram praticadas.

Os depoimentos dos professores municipais apontaram uma diminuição de alunos, não existindo correspondência entre a realidade e os dados apresentados. Os documentos e relatórios demonstraram a existência de turmas apenas formalmente cadastradas, mas que não possuíam histórico escolar, diário de classe, livro de frequência, entre outros documentos que obrigatoriamente deveriam servir como base para o cadastro no censo. Também foi relatada a realização de aulas a distância com carga horária insuficiente e sem material didático adequado. Alguns alunos declararam inclusive que, embora matriculados na EJA, nunca assistiram às aulas.

Professores 

As apurações indicaram que os professores para as turmas fictícias eram contratados sem critérios técnicos, com base em indicações de vereadores. Não possuíam formação em pedagogia ou outra especialidade que os habilitasse a dar aulas na rede pública, sendo contratados sem concurso ou mesmo processo simplificado de seleção. Além disso, os professores formavam seus próprios grupos de alunos, que eram arregimentados de forma a preencher turmas de 15 pessoas, ainda que as aulas não fossem oferecidas.

Também foi verificada uma migração incomum de alunos da rede estadual para a municipal. Segundo relatório da CGU, 64,1% de matrículas de alunos da educação básica da rede municipal estavam matriculados na EJA – o que corresponde a quase um quarto da população total do município em 2021, segundo o IBGE. 

O número de matriculados na EJA representa um acréscimo de 1.617% em comparação à média das matrículas informadas para a modalidade nos 10 exercícios anteriores, bem acima das demais redes municipais de ensino em Pernambuco – é o maior quantitativo de matrículas na EJA em uma rede municipal entre todos os municípios no estado, sendo o oitavo entre todas as cidades brasileiras.

Para o MPF, o que se conclui da análise das evidências de irregularidades no uso das verbas do Fundeb é que foi implantado no município de Custódia um inédito, criativo e gigantesco esquema de desvio de finalidade de recursos públicos, que teve como plano aumentar artificialmente o número de alunos matriculados no Censo Escolar para uma modalidade completamente irregular de EJA, “fraudando o cálculo das receitas federais repassadas ao município de forma escandalosamente desproporcional, para aplicação em finalidades diversas da prevista em lei, criando um amplo cabide de empregos para professores sem capacitação mínima, contratos sem impessoalidade, por meio de indicação política ou com base em arregimentação de alunos, e que não exerciam regularmente suas funções letivas”.

Liminar 

A Justiça Federal acatou o pedido de liminar feito na ação civil pública do MPF, determinando que o Município de Custódia suspenda imediatamente a modalidade de EJA a distância, somente sendo permitida quando observada rigorosamente a Resolução nº 1/2021 do Conselho Nacional de Educação. Deverão ser contratados professores qualificados, por meio de processo seletivo legal e impessoal, com controle de frequência, verificação do rendimento, carga horária mínima e compatibilização com a Base Comum Curricular e com a Política Nacional de Alfabetização. O município deverá extinguir todas as turmas remotas de EJA no prazo de 15 dias, que deverão ter seus professores exonerados, sob pena de multa diária de R$ 5 mil.  

A Justiça também determinou que o FNDE desconsidere o número de matrículas da Educação de Jovens e Adultos informadas pelo município de Custódia no Censo Escolar de 2021 para cálculo do rateio de recursos para financiamento, em 2022, de todas as ações de manutenção e desenvolvimento da educação que levem em consideração esse quantitativo, não impactando as demais ações educacionais que vêm sendo executadas com regularidade.

Inquérito

O inquérito civil instaurado pelo MPF para apurar o caso segue em andamento, com o intuito de apurar responsabilidades dos agentes públicos, recuperar os recursos desviados e promover, a depender dos resultados das apurações, o eventual ajuizamento de ação penal e de ação de improbidade administrativa.

Da assessoria

Uma liminar dada pelo juiz Alexandre Dartanhan de Mello Guerra, da Vara da Fazenda Pública de Sorocaba, no interior de São Paulo, suspendeu o pagamento de mais de R$ 22 milhões que o município havia destinado, por meio de licitação, à compra de materiais didáticos. Segundo o Ministério Público de São Paulo, o certame possui vários indícios de fraude, desde o seu lançamento.

Os R$ 22 milhões seriam pagos às empresas R. Clean Comercial Eireli - ME e Ville Editora e Comércio Ltda, vencedoras do pregão municipal nº 023/22. Com exceção de um Porsche Macan 2021 - cujo valor aproximado é de meio milhão de reais - registrado junto à segunda empresa, nenhuma delas possui patrimônio para devolver os valores pagos caso as irregularidades sejam comprovadas ao final da ação.

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A decisão foi proferida no dia 28, no âmbito de uma ação civil pública movida pela Promotoria paulista.

No documento, o MP listou indícios de fraude, indicando, por exemplo, que a licitação visava a compra de um kit para educação musical para alunos e professores, composto de livro, CD e DVD, mídias ‘em desuso’.

O mesmo material, segundo a Promotoria, foi adquirido pela Prefeitura em 2011 e ainda possui remanescentes nas escolas. Hoje em dia, ele pode ser baixado gratuitamente em diversos endereços eletrônicos.

Por meio de uma pesquisa feita em sites de compra, o MP encontrou os mesmos livros educativos com valores que oscilam entre R$39,99 e R$45,90. O preço ofertado pelas empresas vencedoras do pregão é de R$343,50 para o kit do aluno e R$448,50 para o kit professor - chegando a ser quase dez vezes o preço de mercado.

Durante a investigação também foram encontrados sinais de que as empresas vencedoras estariam envolvidas com outros esquemas supostamente fraudulentos. De um lado, uma sócia da R. Clean foi presa durante as investigações da operação Aletéia, que apurou desvios de dinheiro em licitações nos estados de São Paulo e da Bahia. De outro, a Ville Editora possui um capital social de R$1 milhão, enquanto seu sócio majoritário tem uma renda declarada de menos de R$2 mil mensais.

Quando ingressou com a ação, na sexta-feira passada, 24, o MP pediu que o pregão fosse imediatamente suspenso e que os materiais escolares já distribuídos às escolas fossem apreendidos, tendo em vista que o pagamento dos R$ 22 milhões está condicionado, segundo o edital do certame, à entrega das cartilhas. O órgão também pediu o sequestro de bens da R. Clean e da Ville Editora.

Inicialmente, antes de apreciar esses pedidos, o magistrado responsável pela causa concedeu 72h para que a Prefeitura e a Secretaria Municipal de Educação de Sorocaba prestassem esclarecimentos. Contudo, a Promotoria fez um pedido de reconsideração solicitando que, ao menos, os pagamentos fossem suspensos, impedindo que os R$ 22 milhões saiam dos cofres públicos.

Esse novo pedido foi deferido pelo juiz Alexandre Dartanhan de Mello Guerra, que prolatou sua decisão na tarde desta terça-feira, 28. Ele manteve o prazo de 72h para manifestação dos entes públicos. Tendo em vista que ambos foram intimados no mesmo dia em que a liminar foi prolatada, esse prazo deve se encerrar nesta sexta-feira, 1º, exatamente uma semana depois do protocolo da ação.

COM A PALAVRA, A PREFEITURA DE SOROCABA

Foi deferida a suspensão do pagamento referente ao pregão eletrônico de número 23/2022 (CPL 38/2022), até que se verifique a decisão provisória. Vale destacar que o Município não efetuo nenhum pagamento relativo a essa compra e que também já determinou a suspensão da distribuição dos referidos kits. Destaca-se, ainda, que o processo licitatório foi realizado conforme todos os ritos e procedimentos legais.

COM A PALAVRA, A EMPRESA VILLE EDITORA

Não conhecemos a empresa R. Clean. Fomos vencedores do lote (2) de um processo licitatório, para eventual fornecimento de kit palavra cantada na escola. Contudo, trata-se de um registro de preços e não recebemos nenhuma autorização de fornecimento da prefeitura de Sorocaba e consequentemente não efetuamos qualquer entrega de material. Iremos tomar as providências jurídicas cabíveis conforme orientação de nosso advogado, respeitando os prazos e princípios legais.

COM A PALAVRA, AS EMPRESAS

Até a publicação desta matéria, a reportagem buscou contato, por e-mail, com as empresas e ainda aguardava resposta. O espaço está aberto para manifestações.

Dois brasileiros foram acusados de fraude nos EUA por um esquema de pirâmide financeira, envolvendo criptomoedas, que teria deixado US$ 100 milhões em perdas. Emerson Sousa Pires e Flavio Mendes Gonçalves, com o americano Joshua David Nicholas, estão sendo investigados por supostamente se apropriar de milhões de dólares de investidores.

O caso foi denunciado ontem pelo Departamento de Justiça dos EUA e reguladores do mercado de capitais, como a Securities and Exchange Commission (SEC) e a Commodity Futures Trading Commission (CFTC). A investigação envolve ainda o FBI e a Agência de Investigações de Segurança Interna dos EUA, a HSI.

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Os brasileiros, ambos de 33 anos e apontados como fundadores da EmpiresX, teriam retornado ao Brasil no início do ano, após a eclosão do esquema. Já o americano Joshua David Nicholas, de 28 anos, é apresentado como diretor de negociação da empresa. A reportagem não conseguiu contato com os acusados.

O ESQUEMA

Segundo a acusação, o esquema teve início em meados de 2020 - baseado na promessa de lucros de 1% ao dia, a partir de um robô de investimentos em criptomoedas - e arrecadou cerca de US$ 40 milhões de investidores, conforme a SEC. "Os réus supostamente se apropriaram indevidamente de grandes somas de dinheiro dos investidores para alugar um Lamborghini, fazer compras na Tiffany & Co., fazer um pagamento em uma segunda casa e muito mais", disse a SEC, ontem, em comunicado.

Tanto a SEC quanto a Justiça dos EUA listam uma série de acusações aos brasileiros e ao americano, que incluem informações falsas a investidores, envio de documentos aos órgãos reguladores, licenças para operar, além de ofertas de títulos não registrados.

"Os réus supostamente se envolveram em uma oferta não registrada com uma série de declarações fraudulentas destinadas a atrair investidores com a perspectiva de lucros diários constantes", diz a chefe interina da unidade de ativos e cibernética da SEC Enforcement Division, Carolyn Welshhans.

A partir de um júri no Distrito Sul da Flórida, Pires e Gonçalves também foram denunciados por conspiração para cometer lavagem internacional de dinheiro.

OUTRAS ACUSAÇÕES

Não é a primeira ação da SEC contra um dos supostos fraudadores. Em maio deste ano, a agência reguladora do mercado de capitais dos EUA já havia acusado Pires por aplicar, ao lado de seu sócio na Mining Capital Coin, Luiz Carlos Capuci Júnior, um golpe global, também do universo de criptomoedas.

Se condenados por todas as acusações, Pires e Gonçalves podem pegar até 45 anos de prisão, e Nicholas pode pegar até 25 anos, segundo a Justiça dos EUA. No mesmo comunicado que acusou os brasileiros, o órgão anunciou ainda o indiciamento no total de seis pessoas, em quatro casos por suposto envolvimento em fraudes relacionadas a criptomoedas.

A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (1º) a Operação Zoomers, na Baixada Fluminense, para desarticular associação criminosa especializada em cometer fraudes no recebimento de auxílio emergencial e outros benefícios concedidos pelo governo federal e pagos pela Caixa Econômica Federal.

De acordo com a Superintendência da PF no Rio, cerca de 30 policiais federais fazem parte da ação, que tem o apoio da Coordenação-Geral de Polícia Fazendária. Os três mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 3ª Vara Federal de São João de Meriti, também na região. “Todos os alvos foram localizados no município de Belford Roxo/RJ, na Baixada”, informou a polícia.

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As investigações começaram no ano passado, depois de o setor de segurança da Caixa noticiar que dois homens teriam feito consultas de cerca de 60 CPFs de beneficiários do auxílio emergencial. “A partir daí, foram realizadas diversas análises e cruzamento de dados da Base Nacional de Fraudes em Auxílio Emergencial (BNFAE), quando, então, foi caracterizado o envolvimento dos investigados”, acrescentou.

Conforme a PF, as apurações mostraram que ao conseguir os dados das vítimas, os alvos retiravam os valores das contas ou negociavam a venda dos dados nas redes sociais, “para que outras pessoas, mal-intencionadas, também pudessem praticar os delitos”.

Segundo a PF, os investigados responderão pelos crimes de estelionato e associação criminosa, sem prejuízo de possíveis crimes que possam aparecer ao longo das investigações.

O nome da Operação Zoomers faz referência à faixa etária dos alvos, todos em torno de 20 anos. “A Geração Z ou Zoomers é definição sociológica para pessoas nascidas, em média, entre a segunda metade dos anos 90 até o início de 2010”, acrescentou a PF.

A Polícia Federal (PF) cumpre nesta quinta-feira (26) 16 mandados de busca e apreensão contra estudantes de medicina suspeitos de falsificar documentos para receberem bolsas integrais em universidade no norte do Rio de Janeiro. A Operação Falso Positivo cumpre mandados em seis cidades do Rio e Espírito Santo.

De acordo com a PF, os estudantes se inscreviam no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal para se passarem por pessoas de baixa renda, com o uso de documentos falsos. Assim, conseguiam receber suas bolsas de estudo.

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Além disso, segundo a PF, os alunos ou seus pais receberam, de forma irregular, o Auxílio Emergencial, criado pelo governo federal para enfrentar os efeitos da pandemia de Covid-19.

Doze pessoas, entre alunos e pais, já foram indiciadas no decorrer das investigações. Entre as provas usadas pela PF estão movimentações bancárias, obtidas por meio de quebra de sigilo, que seriam incompatíveis com uma pessoa que teria a renda baixa.

Os investigados poderão responder por crimes de estelionato, falsidade ideológica e associação criminosa. Os mandados, expedidos pela 2ª Vara Federal de Campos, estão sendo cumpridos nas cidades fluminenses de Campos, Itaperuna e São Francisco de Itabapoana, além dos municípios capixabas de Linhares, Cachoeiro do Itapemirim e Mimoso do Sul. 

O ator Jason Lawrence Geiger, conhecido como Austin St. John, foi preso por acusações de fraude ao auxílio Covid nos Estados Unidos e teve a sua casa invadida pelo Departamento Federal de Investigação (FBI) na última quinta-feira (19), de acordo com o TMZ. O artista ficou conhecido por interpretar o Power Ranger Vermelho, na série original e no filme dos anos 90. 

De acordo com o site, vários agentes armados do FBI invadiram a casa do ator em um bairro nobre da cidade texana McKinney. St. John saiu da casa algemado e sob escolta policial. O ator é alvo de uma investigação federal contra 18 pessoas, pois supostamente fez parte de um esquema para explorar o Programa de Proteção de Pagamentos da Small Business Administration, iniciativa para ajudar empresas afetadas pela Covid-19. 

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Austin teria feito 16 empréstimos, num total de US$ 3,5 milhões (cerca de R$ 17,5 milhões), utilizando informações falsas. Conforme a declaração do Departamento de Justiça dos Estados Unidos sobre a acusação, o ator de 47 anos foi acusado de conspiração para cometer fraude eletrônica. 

"De acordo com a acusação, os réus, liderados por Michael Hill e Andrew Moran, são acusados de ter executado um esquema para fraudar credores e o Programa de Proteção de Pagamentos (PPP) da Small Business Administration (SBA)", diz o comunicado. "Hill é acusado de ter recrutado co-conspiradores para usar um negócio existente ou criar um negócio para enviar solicitações para obter financiamento de PPP". 

Os indivíduos alegaram falsificação de documentos que deturpam a natureza do negócio, seu número de funcionários e o valor da folha de pagamento. Se condenados, St. John e os outros 17 podem pegar até 20 anos de prisão. 

Representantes do ator respondem 

Através do Instagram oficial de Austin St. John, a equipe jurídica e de relações públicas tratou a situação como um equívoco e disse que o ator fez um investimento genuíno, mas teve a confiança traída por funcionários. Confira o comunicado na íntegra: 

“Austin St. John é um pai, marido, modelo e amigo para muitos. A acusação detalhada hoje é preenchida por uma multidão de indivíduos - a maioria dos quais Austin não tem conhecimento e nunca conheceu ou interagiu. É nosso entendimento que Austin colocou sua fé, reputação e finanças nas mãos de terceiros cujos objetivos eram egocêntricos e, em última análise, manipularam e traíram sua confiança. Esperamos que a equipe jurídica de Austin se defenda com sucesso dessas acusações e leve à sua exoneração final. Pedimos que você respeite a privacidade da família de Austin à luz dessa situação grave e agradecemos seu apoio.” 

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Nessa sexta-feira (13), o Partido dos Trabalhadores (PT) protocolou junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma representação endereçada ao presidente da Corte, Edson Fachin, em razão de um vídeo postado por Deltan Dallagnol, o pré-candidato ao Senado, Paulo Eduardo Martins, e o portal de notícias Terra Brasil.

O vídeo em questão usa o clipe de regravação do jingle “Lula lá”, colando trechos de depoimentos de testemunhas em audiência da Lava Jato.

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“Ao alterar o videoclipe da regravação do jingle utilizado por Lula em sua campanha de 1989, evidencia-se o interesse dos Representados em macularem a imagem do pré-candidato à Presidência da República junto ao eleitorado”, afirmam os advogados Cristiano Zanin Martins e Eugênio Aragão.

Segundo Zanin e Aragão, a peça divulgada por Deltan Dallagnol, ex-procurador da Lava Jato, “induz o eleitor em erro, fazendo-o crer que os trechos destacados em vídeo tratam de processos judiciais nos quais houve condenações”.

“A configuração da propaganda antecipada negativa encontra resguardo em ambos os dispositivos legais, dada a veiculação de conteúdo negativo, realizada com o intuito de ridicularizar e macular a imagem do pré-candidato Lula”, afirma os advogados.

Eles pedem para que o vídeo seja retirado do ar e que Deltan e os demais representados sejam multados.

“O intuito da mensagem é propagar inverdades camufladas de mera crítica política, eis que a manipulação realizada omite a informação de que nos processos judiciais referidos no vídeo o Senhor Luiz Inácio Lula da Silva foi inocentado pela Justiça Brasileira”, afirmam Aragão e Zanin na ação.

Com informações de assessoria

A Polícia Federal (PF) deflagrou a operação Apate para cumprimento de dez mandados de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Federal de Maceió/AL, na manhã desta terça-feira (10). A ação tem o objetivo de desarticular uma associação criminosa que fraudava o Auxílio Emergencial. Participaram da operação 40 policiais federais, para cumprir nove mandados em Alagoas e um em Pernambuco.

A investigação já havia sido iniciada ano passado, quando alguns donos de lotéricas identificaram que determinados funcionários estariam sendo cooptados pela associação criminosa, informando tal fato à Polícia Federal. O meio fraudulento empregado consistia na ativação indevida do aplicativo Caixa Tem, realizada pelos empregados cooptados, com o cadastramento e validação imprópria de inúmeros CPFs, o que ensejou vários pagamentos fraudulentos de auxílios emergenciais.

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A partir das investigações, foi notado que os domicílios daqueles que tiveram os CPFs indevidamente ativados são totalmente diversos e muito distantes do local do cadastro e ativação do Caixa Tem. Além disso, também foi observado que alguns indiciados possuem uma considerável quantidade de contas bancárias, característica comum nas condutas de diversos fraudadores investigados no Banco Central de Fraude ao Auxílio Emergencial, que se utilizam desse artificio para otimizar e facilitar a movimentação de dinheiro oriundo de fraudes.

Os indiciados ficarão à disposição da Justiça Federal para responder pelos crimes de estelionato majorado (art. 171, §3º, do CP) e associação criminosa (art. 288 do CP), que somados pode chegar a 8 anos reclusão.

O Superior Tribunal Militar (STM), em Brasília, manteve a condenação de cinco oficiais do Exército e dois empresários por desvios de R$ 11 milhões de convênios firmados entre o Instituto Militar de Engenharia (IME) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) entre 2003 e 2005. As penas chegam a 16 anos de prisão em regime inicial fechado.

O Ministério Público Militar (MPM) afirma que empresas de fachada eram criadas em nome de laranjas e subcontratadas pelo IME para executar obras de infraestrutura rodoviária. Segundo a denúncia, pelo menos 88 licitações, no valor total de R$ 38 milhões, foram fraudadas. Os desvios seriam operados pelo direcionamento e superfaturamento dos contratos sem a devida prestação dos serviços.

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Os investigadores também apontaram que o patrimônio e as movimentações bancárias do grupo eram incompatíveis com a renda. O coronel Paulo Roberto Dias Morales, apontado como chefe do suposto esquema, teria movimentado mais de R$ 1,2 milhão em dois anos.

O STM rejeitou recursos do Ministério Público Militar, para aumentar as penas, e das defesas, para derrubar as condenações. Todos os ministros votaram para manter a sentença de primeira instância.

O ministro Artur Vidigal de Oliveira, relator do caso, disse que os crimes foram comprovados por ‘prova testemunhal e diversos documentos’.

"Não há dúvidas, portanto, sobre a atuação desses núcleos criminosos, que possuíam a finalidade de locupletar-se indevidamente às custas de dinheiro público, com efetiva burla aos princípios que regem as compras estatais, restando configurada a prática de diversos atos irregulares, tais como ausência de pesquisas de preços, de projeto básico, de anotação de responsabilidade técnica, objetos sem especificação ou clareza devidas", afirmou.

Veja as penas:

 

Coronel da reserva Paulo Roberto Dias Morales: pena de 16 anos e oito meses de reclusão;

Major Washington Luiz de Paula: 16 anos de reclusão;

Coronel da reserva Cláudio Vinícius Costa Rodrigues: 11 anos, um mês e dez dias de reclusão;

Tenente-coronel reformado Ronald Vieira do Nascimento: oito anos e quatro meses de reclusão;

Capitão Márcio Vancler Augusto Geraldo: cinco anos, onze meses e dois dias de reclusão;

Empresários Marcelo Cavalheiro e Edson Lousa Filho: dez anos e oito meses de prisão.

A reportagem busca contato com as defesas. O espaço está aberto para manifestação.

A Polícia Federal (PF) cumpre nesta terça-feira (12) mandados de busca e apreensão contra suspeitos de integrar uma organização criminosa que recebeu ilegalmente R$ 6 milhões em benefícios do auxílio emergencial. O recebimento dos valores, pagos pelo governo a parte da população em razão da pandemia de Covid-19, foi conseguido por meio de fraudes.

A Operação Contágios também cumpre determinação judicial da 6ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, de sequestro dos bens dos investigados.

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A ação é parte da Estratégia Integrada de Atuação contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial (Eiafae), da qual participam a PF, o Ministério Público Federal (MPF), a Receita Federal, o Tribunal de Contas da União (TCU), a Caixa, a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério da Cidadania.

Segundo a PF, os objetivos da Estratégia são identificar fraudes massivas, desarticular organizações criminosas e recuperar aos cofres públicos os valores pagos indevidamente.

A Polícia Federal (PF) cumpre, nesta segunda-feira (21), oito mandados de busca e apreensão contra suspeitos de fraudarem o auxílio emergencial. Segundo a PF, o prejuízo causado pela organização criminosa pode chegar a R$ 1 milhão.

Os mandados da operação Decipit estão sendo cumpridos nas cidades do Rio de Janeiro, Angra dos Reis (RJ), Barueri e Carapicuíba (ambas em SP).

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De acordo com as investigações, o grupo usava listas de pessoas publicadas nos sites dos tribunais regionais eleitorais (TREs) que não votaram nas últimas três eleições.

Com essas informações, os suspeitos de fraude captavam dados em sites privados e faziam o cadastro no portal do governo federal.

A organização criminosa fazia, então, o requerimento indevido do benefício pelo aplicativo Caixa Tem.

As investigações também constataram que os suspeitos recorriam a outras fraudes como o cadastramento de chips de celular em nome dos beneficiários e documentos falsos. Isso servia para dar aparência de que o cadastro para o auxílio emergencial era verdadeiro.

O suspeito de liderar o grupo já tinha sido preso em 2016 pela Polícia Civil do Paraná por estelionato e falsificação de documentos. Além dele, outras cinco pessoas são investigadas pela operação Decipit.

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin reagiu nesta quarta-feira, 16, ao acordo de colaboração premiada do ex-CEO do grupo Ecovias, Marcelino Rafart de Seras, que o acusa de ter recebido mais R$ 3 milhões da concessionária via caixa 2 de campanha.

Cotado para disputar a vice-presidência na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Alckmin disse que não teve acesso aos termos da colaboração, mas 'sabe que a versão divulgada não é verdadeira'.

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Em nota, o ex-governador negou ter recebido doações ilegais ou não declaradas e afirmou que todas as suas contas de campanha foram fiscalizadas pela Justiça Eleitoral e pelo Ministério Público.

O ex-tucano, que se desfiliou do PSDB em dezembro do ano passado após mais de três décadas no partido, afirmou ainda que ordenou 'diversas ações contra os interesses de concessionárias', inclusive da Ecovias (antiga Primavi), durante seu governo.

As declarações do executivo foram prestadas em abril de 2020, quando ele fechou o acordo com o Ministério Público de São Paulo e se comprometeu a pagar R$ 12 milhões a título de indenização ao Tesouro.

Com a homologação feita pelo Conselho Superior do MP nesta terça-feira, 15, os integrantes da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público começam a ouvir investigados. Em depoimento já prestado anteriormente aos promotores, o executivo chegou a afirmar que 'todas as licitações de concessões de rodovias no Estado de São Paulo entre 1998 e 1999 foram fraudadas'.

LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA DIVULGADA PELO EX-GOVERNADOR:

O ex-governador Geraldo Alckmin informa que:

- Não conhece os termos da colaboração, mas sabe que a versão divulgada não é verdadeira;

- As suas campanhas eleitorais jamais receberam doações ilegais ou não declaradas;

- Todas as contas foram efetuadas sob fiscalização da Justiça Eleitoral e do próprio MP;

- No seu governo, inclusive, ordenou diversas ações contra os interesses de concessionárias, inclusive contra a suposta doadora;

- Lamenta que, depois de tantos anos, mas em novo ano eleitoral, o noticiário seja ocupado por versões irresponsáveis e acusações injustas;

- Seguirá prestando contas para a sociedade e para a Justiça, como é dever de todos.

Em acordo de colaboração fechado com o Ministério Público de São Paulo, o ex-CEO do grupo Ecovias Marcelino Rafart de Seras declarou que a empresa fez repasses de mais R$ 3 milhões, via caixa 2, para campanhas do ex-governador Geraldo Alckmin. O ex-tucano é o provável candidato a vice em uma chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição ao Palácio do Planalto em outubro. O colaborador disse que isso ocorreu em razão de "uma política de boa vizinhança" com Alckmin.

Na esfera criminal, a Polícia Federal em São Paulo concluiu a investigação em fevereiro e enviou o inquérito ao juízo da 1.ª Zona Eleitoral. O relatório apontou falta de provas contra o ex-governador e, por isso, ele deixou de ser indiciado. Segundo a PF, não haveria outros elementos de prova que corroborassem a palavra do delator.

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O Ministério Público Estadual mantém, no entanto, investigação que apura suspeita de atos dolosos de improbidade administrativa. Nesta frente, a promotoria pode pedir o pagamento de multa e a cassação dos direitos políticos. A pena de ressarcimento aos cofres públicos não prescreve, ao contrário de crimes eleitorais.

As declarações foram feitas na época em que Seras fechou o acordo com o MP, em abril de 2020. Com a homologação feita pelo Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo, anteontem, os integrantes da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público começarão a ouvir investigados. O Estadão apurou que pelo menos 30 citados vão ser ouvidos.

A decisão do conselho foi tomada por unanimidade. O ex-presidente da Ecovias vai pagar R$ 12 milhões, segundo prevê o acordo, a título de indenização ao Tesouro. Em depoimento já prestado aos promotores, o executivo chegou a afirmar que "todas as licitações de concessões de rodovias no Estado de São Paulo, entre 1998 e 1999, foram fraudadas".

Cartel

As informações já reveladas pelo colaborador da Ecovias - que na época tinha o nome de Primavi - vão permitir aos promotores traçarem o mapa da investigação. Segundo Seras, na época das licitações, os grupos econômicos "combinaram valores para pegar as concessões". Participaram do cartel 80 empresas, divididas em 12 grupos, relatou.

Os 12 grupos - inclusive a própria Ecovias - fatiaram o mercado das rodovias, de acordo com Seras. Ele apontou dezenas de políticos que abasteceram campanhas com recursos de caixa 2 e autoridades de diversos escalões que teriam recebido propina, entre eles nove deputados estaduais que integravam a CPI dos Pedágios, na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Os promotores vão submeter, agora, os dados da delação às Varas da Fazenda Pública de São Paulo, para que ela seja homologada na Justiça. A partir dela, os promotores avaliam pedir indenizações bilionárias em favor do Tesouro. Estima-se que apenas uma outra concessionária do cartel deverá ter de pagar pelo menos R$ 7 bilhões por sequência de prejuízos aos cofres públicos.

Pelo acordo com a promotoria, a Ecovias concordou em pagar indenização ao Estado de R$ 638 milhões, dos quais R$ 450 milhões em obras e o restante depositado em dinheiro no caixa da Fazenda, parceladamente, em até oito anos.

Omissões

O colegiado da cúpula do MP estadual já havia homologado o acordo da Ecovias, mas restaram "omissões". Na sessão de anteontem, os conselheiros ajustaram esses pontos que haviam sido "excluídos", como a obrigação da concessionária de construção do boulevard Anchieta, na altura do Sacomã, ponto histórico de estrangulamento da rodovia, na entrada de São Paulo. Os valores a serem pagos pela Ecovias e por seu ex-CEO serão corrigidos desde abril de 2020, quando os acordos foram firmados.

Agora, Ecovias e Seras ficam livres do inquérito civil instaurado pela promotoria que mira os outros grupos econômicos que fizeram "divisão de mercado" e quem se beneficiou do cartel. No âmbito criminal, parte da investigação não deve ter desdobramento porque os beneficiários da fraude foram alcançados pela prescrição - caso dos deputados da CPI dos Pedágios.

Defesas

Alckmin afirmou que suas campanhas "jamais receberam doações ilegais ou não declaradas". Em manifestação no Twitter, o ex-governador declarou ainda que não conhece os termos da colaboração, "mas sabe que a versão divulgada não é verdadeira". E disse lamentar que, "em ano eleitoral, o noticiário seja ocupado por versões irresponsáveis e acusações injustas".

As defesas de Marcelino Seras e da Ecovias não foram localizadas. PF e MP estadual não quiseram se manifestar. COLABORARAM LUIZ VASSALLO E MARCELO GODOY

Entre as publicações no Facebook com um milhão de interações ou mais, e cujos temas de discussão foram a fraude nas urnas e o voto impresso, a maior parte foi realizada no tráfego de contas de representantes eleitos, como a do presidente Jair Bolsonaro (PL). 12 contas na rede social foram apontadas como as líderes em espaço para esse tipo de debate, segundo o relatório mais recente da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (FGV DAPP), divulgado nesta terça-feira (22). 

O perfil que mais proporcionou a discussão, sem base científica ou documental, foi o da deputada federal e bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP), com 1.576 publicações em 15 meses. 

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Ao todo, 23 contas postaram mais de mil vezes sobre tais temas ligados à desconfiança eleitoral no Facebook. A figura de Jair Bolsonaro é referência – em apoio ou oposição – a todas essas páginas e grupos públicos, com destaque para “Movimento Brasil”, com 11.856 posts, e “Bolsonaro 2022”, com 7.413 publicações. Outras centenas de contas parecidas também apresentam índices altos de publicação sobre as temáticas. 

Média de 888 posts diários 

Ainda de acordo com a pesquisa, os temas voto impresso e fraude nas urnas eletrônicas mobilizaram uma média de 888 posts por dia no Facebook, entre novembro de 2020 e janeiro de 2022. No total, foram monitoradas pelo DAPP 394.370 postagens sobre os assuntos, mostra o levantamento recém-lançado “Desinformação on-line e contestação das eleições”. 

Os períodos das eleições municipais de 2020 e de discussão da PEC do Voto Impresso, em agosto de 2021 foram os destaques em volume de publicações. O pico de menções, por exemplo, ocorreu no dia 10 de agosto de 2021, com 10.619 mensagens em apenas um dia. O mês de novembro — mês eleitoral — também se destaca com 50.574 postagens. 

Um total de 40 postagens pró-fraude nas urnas são as mais populares, gerando 6.809.193. Entre as 20 primeiras mensagens desse subconjunto, 13 (32,5%) são da página de Jair Bolsonaro, atraindo quase metade das interações (3.227.981, ou 47%). 

Mais de 130 mil postagens continham links internos e externos ao Facebook, tipo de conteúdo que representou 23,9% das interações. Esses links estiveram em circulação por até 435 dias. A maior parte dos links externos com mais interações convoca para a consulta pública de uma sugestão legislativa para inserção de 100% de voto impresso nas urnas e material de mobilização sobre a PEC do Voto Impresso – esse link do Senado esteve em 8.412 publicações no Facebook. 

Além disso, o estudo mostra que a temática é frequente em volume de publicações, pelo menos, desde 2014. O ano de 2021 chama atenção pela quantidade de postagens e interações, que, em alguns meses, chega a ultrapassar o ano eleitoral de 2018, referência na temática no contexto recente. 

O Tribunal de Contas da União (TCU) aponta que a empresa Sulminas Suplementos e Nutrição, contratada pelo Exército brasileiro para fornecer sal difosfato para a produção de cloroquina, é suspeita de fraudar as licitações.

Documento da área técnica do TCU obtido pela Folha de São Paulo aponta "indícios robustos" da fraude para a produção do medicamento, que teria ocorrido em 26 licitações feitas entre 2018 e 2021.

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Dos 26 pregões, 24 ocorreram em 2019, tendo um desses resultado na compra do insumo para a produção da cloroquina, produzida pelo Laboratório Químico Farmacêutico do Exército.

A Folha detalha que o ápice da produção do medicamento - indicado para combater a malária -, aconteceu a partir do desejo expresso do presidente Jair Bolsonaro (PL) para combater a Covid-19 , que teve os seus primeiros casos registrados no país em 2020.

As suspeitas de fraudes foram detectadas por auditores do TCU que investigam o superfaturamento na produção de cloroquina pelo Laboratório Químico Farmacêutico do Exército. Eles também investigam a responsabilidade direta de Bolsonaro na produção do medicamento.

A Sulminas teria participado de licitações voltadas exclusivamente para empresas de pequeno porte, o que não contempla o grupo de Minas Gerais. 

Os técnicos do TCU solicitaram a abertura de um processo para investigar as suspeitas de fraude e ouvir a empresa Sulminas. No entanto, a decisão cabe ao ministro do Tribunal de Contas da União e relator do processo, Benjamin Zymler, que poderá submeter a questão ao plenário.

O Deic, Departamento Estadual de Investigações Criminais de São Paulo, identificou e prendeu, nesta quinta-feira (10), um homem de 20 anos. Ele é acusado de ser um dos participantes no golpe que envolveu o craque da Seleção e do PSG Neymar, que perdeu cerca de 200 mil reais. 

O homem, que não teve o nome revelado, foi preso na quarta-feira (9) na zona leste de São Paulo. A investigação que chegou no acusado durou cerca de dois meses e a detenção foi feita por policiais da 5ª delegacia de Patrimônio.

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A investigação segue e mais pessoas envolvidas no caso não estão descartadas. O banco em que a fraude aconteceu não teve seu nome divulgado pela polícia.

Três estudantes de medicina da Universidade Federal do Cariri, em Juazeiro do Norte (CE), tiveram as matrículas canceladas e foram expulsos da instituição após condenação, pelo Ministério Público Federal (MPF), por faude no sistema de cotas, cujas vagas são destinadas a alunos de escolas públicas. Além disso, o MPT também condenou os acusados a pagarem uma multa no valor de R$ 300 mil.

De acordo com informações do Ministério Público, os estudantes eram oriundos de escolas particulares e teriam, no último ano do ensino médio, migrado para uma instituição pública. Além deles, os pais também foram processados e devem pagar multa. 

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O fato de terem cursado um período em uma escola pública, permitiu que os jovens conseguissem um certificado de conclusão de ano letivo. O documento foi utilizado para concorrer a uma das vagas de cotas na universidade. No entanto, a ação afrmativa é destinada a quem estudou integralmente o ensino médio em colégio público. 

A procuradora-geral de Nova York convocou o ex-presidente Donald Trump, seu filho, Don Jr. e sua filha, Ivanka, como parte de uma investigação sobre os negócios da família, segundo um documento judicial apresentado nesta segunda-feira (3).

A procuradora Letitia James, democrata, emitiu no mês passado as convocações para testemunhos em uma investigação civil de vários anos, segundo o documento.

O fato é divulgado depois que o jornal Washington Post reportou em dezembro que James pediu a Trump para se apresentar em seu gabinete em 7 de janeiro para dar seu testemunho pessoalmente.

Após o informe, Trump processou James, argumentando que violava seus direitos constitucionais ao realizar uma investigação com motivações políticas.

James averigua se a Organização Trump reportou ilegalmente valores falsos de suas propriedades para potencialmente obter vantagens bancárias e fiscais.

A procuradora iniciou a investigação em março de 2019 e suspeita que a Organização Trump superfaturou algumas propriedades para pedir empréstimos bancários e em seguida reportou valores muito menores no momento de pagar impostos.

O filho de Trump, Eric, vice-presidente-executivo da Organização Trump, foi entrevistado a esse respeito pelo gabinete de James em outubro de 2020.

A organização Trump também é investigada pelo promotor do distrito de Manhattan por possíveis crimes financeiros e fraude à seguradora.

Em julho, a Organização Trump e seu diretor financeiro de longa data, Allen Weisselberg, se declararam inocentes de 15 acusações de fraude e evasão fiscal em uma corte de Nova York.

O julgamento deveria começar em meados do ano.

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) divulgou o resultado da seleção de mestrado em sociologia nesta segunda-feira (20). Após o anúncio dos aprovados do processo seletivo, um candidato, que pediu para não ser identificado, aponta que há fraude no resultado final.

Ao LeiaJá, o participante alega que um dos concorrentes a uma das 15 vagas da seletiva, teria sido beneficiado com uma quantidade significativa de pontos. Com isso, de acordo com o candidato, a pessoa teria subido da 15º posição para 4º lugar na relação final dos aprovados. 

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“Das 16 pessoas, que tiveram nota suficiente para concorrer na classificação final, 15 foram aprovadas e saiu essa lista hoje. Quando eu fui ver as notas que estavam batendo, de acordo com a classificação que eu tinha feito pelo peso de notas, então, todos os cálculos batiam exatamente de acordo com as notas de classificação até eu chegar na 4º colocação, que era a pessoa que ocupava a décima quinta vaga. Pelas notas e pelos pesos, fazendo todos os cálculos das três fases e fica evidente que a nota dele não é 80, mas, sim 70”, contou à reportagem.

E complementa: "Aumentaram a nota dele em quase dez pontos para ele subir na classificação, mas, já estava enttre as vagas. Podem [UFPE] alegar alegar que isso foi um erro, mas, é um processo seletivo. Então, se o resultado foi divulgado sem uma revisão, de todo modo é uma fraude. É um processo fraudulento, porque não tem validade."

O candidato também aponta que um outro participante da seletiva que, inicialmente, aparecia como inapto para heteroidentificação, que se trata do processo complementar à autodeclaração dos candidatos que pleiteiam às oportunidades reservadas para pretos, pardos e indígenas, por exemplo, também aparece na listagem de classificados. Ao LeiaJá, ele afirma que isso implicaria na desclassificação do concorrente. 

Diante dos apontamentos, a reportagem questionou a Universidade Federal de Pernambuco, entretanto, até o fechamento da matéria não tivemos retorno.

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