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O Japão iniciou nesta quinta-feira (24) o despejo no oceano de água residual da usina nuclear de Fukushima, apesar da preocupação dos pescadores da região e da ferrenha oposição da China, que intensificou as restrições comerciais a produtos nipônicos.

O despejo do equivalente a quase 540 piscinas olímpicas de água durante décadas no Oceano Pacífico é uma etapa importante para desmantelar a usina, ainda muito perigosa 12 anos após um dos piores acidentes nucleares da história.

Uma transmissão ao vivo da operadora da usina, TEPCO, mostrou os engenheiros da empresa trabalhando em computadores no momento em que um supervisor anunciava, após uma contagem regressiva, a abertura das válvulas próximas das bombas de transferência de água".

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da ONU, que aprovou o plano do Japão, supervisiona o processo, que, na sua opinião, está de adequado às "normas de segurança internacionais" e terá um impacto "insignificante para a população e o meio ambiente".

Porém, minutos após o anúncio do início da operação, a China decidiu suspender todas as importações de produtos do mar procedentes do Japão e chamou o plano de Tóquio de "extremamente egoísta e irresponsável".

Pequim já havia interrompido todas as importações de alimentos de 10 dos 47 municípios japonesas em julho. Hong Kong e Macau adotaram a mesma iniciativa.

Na Coreia do Sul, o despejo de água residual da usina nuclear gerou protestos e muita preocupação entre a população, mas o governo expressou apoio ao plano do Japão. Os dois países iniciaram uma aproximação após décadas de distanciamento.

O primeiro-ministro sul-coreano Han Duck-soo pediu ao governo japonês que divulgue as informações do despejo de água "de forma transparente e responsável durante os próximos 30 anos".

Manifestações foram registradas nesta quinta-feira e mais de 10 pessoas foram detidas em Seul depois que tentaram invadir a embaixada do Japão.

- "Risco muito pequeno" -

Em três reatores da usina Fukushima-Daiichi, na região nordeste do Japão, combustível e outros materiais derreteram após o grande terremoto e tsunami que mataram 18.000 pessoas em 2011.

Desde então, a TEPCO acumulou mais de 1,3 milhão de metros cúbicos, armazenados em 1.000 contêineres de aço, de água usada para resfriar os reatores ainda radioativos, misturada com água subterrânea e de chuva que se infiltrou.

A empresa afirma que sua capacidade está no limite e que precisa abrir espaço para retirar o combustível nuclear e os escombros dos reatores destruídos.

A TEPCO afirma que a água passou por um tratamento para eliminar todas as substâncias radioativas, exceto o trítio, que está em níveis inócuos e muito inferiores aos liberados por centrais nucleares em operação, incluindo as usinas da China.

A concentração de trítio na água residual preparada para este primeiro despejo estava "muito abaixo do limite operacional de 1.500 bequerel (Bq) por litro", afirmou a AIEA após uma "análise independente feita no local".

Este nível é 40 vezes inferior às normas japonesas para águas tratadas e às normas internacionais (60.000 Bq/litro), além de sete vezes menor que o limite máximo estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a água potável (10.000 Bq/litro).

"Quando for liberado no Pacífico, o trítio será diluído em uma vasta massa de água e atingirá rapidamente um nível de radioatividade que não difere da água do mar normal", disse Tom Scott, especialista da Universidade de Bristol, na Inglaterra.

"Portanto, representa um risco muito pequeno. E o risco diminui com o tempo porque o nível de trítio diminui continuamente", acrescentou.

- Restrições ao sushi -

Mas nem todos concordam. O grupo ambientalista Greenpeace afirmou que o processo de tratamento da água é falho, e a China e a Rússia sugerem que a água pode evaporar e atingir a atmosfera.

Antes da operação, várias pessoas protestaram diante da usina nuclear de Fukushima e mais de 100 na sede da TEPCO, em Tóquio.

"É como lançar uma bomba atômica no oceano. O Japão foi o primeiro país atacado com uma bomba atômica no mundo e o primeiro-ministro tomou esta decisão", lamentou Kenichi Sato, de 68 anos.

Os restaurantes de sushi em Pequim e Hong Kong já sofrem as consequências das restrições de importações.

"Quase 80% dos frutos do mar que usamos vêm do Japão", disse à AFP Jasy Choi, que dirige em Hong Kong um pequeno restaurante de comida japonesa para viagem. "Se mais da metade dos meus ingredientes importados do Japão forem afetados, será difícil continuar funcionando", lamentou o chef, de 36 anos.

Analistas apontam que a China, embora possa ter preocupações genuínas com a segurança, também pode estar sendo motivada por sua rivalidade econômica e sua relação complicada com Tóquio.

A operação de despejo será gradual e deve prosseguir até a década de 2050.

A operação para despejar água residual tratada da usina nuclear de Fukushima no mar começará na quinta-feira (24), anunciou o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, o que provocou reações imediatas de países vizinhos, incluindo a China.

O governo japonês e a operadora central nuclear, TEPCO, afirmam, como o suporte da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que a água não representa riscos para a saúde e o meio ambiente após um tratamento que elimina a maioria das substâncias radioativas.

Mas a comunidade pesqueira local teme os danos à reputação de seus produtos. China e a cidade semi-autônoma de Hong Kong anunciaram proibições à importação de alimentos japoneses.

O governo solicitará à TEPCO, que "se prepare para o início do despejo no oceano, com base no plano aprovado pela Autoridade de Regulação Nuclear", anunciou o primeiro-ministro Fumio Kishida.

O início do processo está "programado para 24 de agosto, desde que as condições meteorológicas e marítimas não o impeçam", acrescentou Kishida após uma reunião do governo.

No que foi um dos piores desastres radioativos da história, a usina nuclear de Fukushima-Daiichi foi destruída por um terremoto seguido por um tsunami que matou quase 18.000 pessoas em março de 2011.

Desde então, a operadora TEPCO acumulou mais de 1,3 milhão de toneladas (equivalente à capacidade de 500 piscinas olímpicas) de água usada para resfriar os reatores ainda radioativos, misturada com água subterrânea e de chuva que se infiltrou.

A TEPCO afirma que a água foi diluída e filtrada para eliminar todas as substâncias radioativas, exceto o trítio, que está em níveis muito inferiores ao que é considerado perigoso.

O plano prevê despejar a água a uma taxa máxima de 500 mil litros por dia no Oceano Pacífico, ao longo da costa nordeste do Japão.

- Manifestações e restrições à importação -

A ONG de defesa do meio ambiente Greenpeace denunciou que o processo de filtração tem falhas e que uma quantidade "imensa" de material radioativo será dispersado no mar nas próximas décadas.

Tony Hooker, especialista no setor nuclear da Universidade de Adelaide (Austrália), chamou a denúncia de "alarmismo".

"O trítio foi liberado (por usinas nucleares) durante décadas sem evidências de efeitos prejudiciais para o meio ambiente ou à saúde", declarou à AFP.

A AIEA afirmou em julho que o despejo terá um impacto "insignificante na população e no meio ambiente".

O plano japonês, no entanto, gera inquietação na região.

Na Coreia do Sul foram registradas manifestações contra o projeto e alguns cidadãos, com medo, estocaram sal marinho pelo receio de que a água da qual o produto é obtido termine contaminada.

Porém, o governo do presidente Yoon Suk Yeol, em plena campanha para melhorar as relações historicamente distantes com Tóquio, não se opôs ao plano do Japão.

A China criticou a decisão nipônica. "O oceano é propriedade comum de toda a humanidade, não um lugar para que o Japão despeje, de modo arbitrário, água contaminada com material nuclear", reagiu o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin.

Pequim adotará "as medidas necessárias para proteger o ambiente marinho, a segurança alimentar e a saúde pública", acrescentou.

O governo chinês proibiu a importação de alimentos de 10 municípios japoneses e passou a aplicar controles de radiação aos produtos do restante do arquipélago.

A cidade semiautônoma chinesa de Hong Kong, um mercado importante para as exportações marítimas japonesas, também decretará restrições, anunciou John Lee, o chefe do Executivo local.

As restrições geram preocupação na indústria pesqueira nipônica, no momento em que o setor começava a registrar uma recuperação mais de uma década após o desastre nuclear.

"Nada de liberação de água nos beneficia", disse Haruo Ono, 71 anos. O pescador de terceira geração, que mora a 60 quilômetros da usina nuclear, perdeu um irmão na catástrofe de 2011.

James Brady, da consultoria de risco Teneo, considera que as preocupações chinesas podem ser sinceras, mas também observa um toque de rivalidade geopolítica e econômica na reação.

"A natureza multifacetada da questão do despejo de água residual de Fukushima permite que Pequim explore o tema", disse Brady à AFP.

A China "pode exercer um certo grau de pressão econômica no eixo comercial, exacerbar as divisões políticas internas sobre esta questão dentro do Japão", acrescentou.

O Japão recordou neste sábado os 12 anos do desastre no dia 11 de março de 2011, quando o país sofreu um dos terremotos mais violentos já registrados no mundo, que provocou um tsunami e resultou na catástrofe nuclear de Fukushima.

Como acontece a cada ano, os japoneses respeitaram um minuto de silêncio às 14h46 (2h46 do horário de Brasília), momento em que, há 12 anos, um terremoto de 9,0 graus de magnitude abalou o arquipélago e chegou a ser sentido na China.

Das profundidades do Oceano Pacífico, perto da costa noroeste do Japão, o tremor provocou um tsunami no qual gigantescas ondas afetaram a região.

Tsunami é a principal causa de morte ou desaparecimento de quase 18.500 pessoas na catástrofe.

Os canais de televisão exibiram neste sábado imagens de pessoas que perderam entes queridos no tsunami depositando flores, em momentos de oração e em reverência diante dos túmulos.

"Estamos sobrevivendo, por isso, por favor, cuidem de nós", disse Fumiki Sugawara, de 73 anos, em frente ao túmulo dos membros de sua família, incluindo seu marido, segundo o canal público NHK.

Após o tsunami aconteceu o acidente na central nuclear de Fukushima Daiichi, inundada pelas ondas, onde os núcleos de três dos seis reatores sofreram uma fusão parcial.

Quase 165.000 pessoas foram retiradas da região e localidades inteiras permaneceram inabitáveis durante anos.

O acesso a mais de 1.650 quilômetros quadrados do departamento de Fukushima (12% da sua superfície) foi proibido nos meses seguintes a catástrofe.

Intensos trabalhos de descontaminação permitiram reduzir as zonas inabitáveis a 337 km2 (2,4% do departamento).

Os trabalhos de descontaminação e desmantelamento da central devem demorar vários anos.

A justiça japonesa confirmou em janeiro a absolvição de três ex-dirigentes da Tepco, a operadora da central nuclear, que haviam sido acusados de negligência criminal pelo acidente de 2011.

O Japão prevê começar a lançar este ano mais de um milhão de toneladas de água tratada na usina nuclear de Fukushima, informou uma fonte do governo nesta sexta-feira (13).

O plano foi apoiado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), mas o governo aguarda um "comunicado amplo" da entidade da Organização das Nações Unidas antes de realizar a liberação da água, disse o secretário do gabinete da instituição, Hirokazu Matsuno, à imprensa.

Os sistemas de resfriamentos da usina transbordaram em 2011, quando um poderoso terremoto provocou um tsunami que causou o pior acidente no nuclear desde Chernobyl.

Este desastre ocorrido no nordeste do Japão deixou cerca de 18.500 mortos e desaparecidos, a maioria, em decorrência do tsunami.

O incidente gerou 100 metros cúbicos de água contaminada por dia, entre abril e novembro do ano passado, que se misturou com a água do solo, mar e chuva.

O líquido foi filtrado para eliminar componentes radioativos e transferido para tanques de armazenamento que já somam 1,3 milhão de metros cúbicos.

"Esperamos que a liberação aconteça em algum momento entre a primavera e o verão, depois que as instalações de liberação forem concluídas e testadas, e o relatório completo da AIEA for publicado", acrescentou Matsuno.

Mas o plano gera preocupação entre os pescadores da região, que temem que o lançamento da água prejudique a reputação de seus produtos, após passarem anos tentando recuperar sua credibilidade com rigorosos testes de qualidade.

Países vizinhos como China e Coreia do Sul, assim como o Greenpeace e outras organizações, criticaram o plano. A AIEA, no entanto, confirmou que o lançamento cumpre os padrões internacionais e "não causará nenhum dano ao meio ambiente".

A empresa responsável pela usina garante que a água tratada está de acordo com os parâmetros nacionais de níveis de radionuclídeos, com exceção de um elemento, o trítio, que, segundo especialistas, pode ser prejudicial à saúde se consumido em grandes quantidades.

O objetivo é diluir a água para reduzir os níveis deste elemento e liberá-la ao mar ao longo de várias décadas através de um oleoduto submarino que tem um quilômetro de extensão.

Um tribunal de Tóquio condenou nesta quarta-feira (13) os ex-diretores da operadora da central nuclear de Fukushima envolvidos no desastre de 2011 a pagar 13,32 trilhões de ienes (97 bilhões de dólares) em danos e prejuízos.

Os quatro ex-diretores da Companhia de Energia Elétrica de Tóquio (TEPCO) foram condenados a pagar pelos danos em um processo iniciado pelos acionistas da empresa pelo desastre nuclear provocado por um tsunami.

Em 11 de março de 2011, um terremoto submarino na costa leste do Japão provocou um tsunami que submergiu os sistemas de resfriamento de vários reatores na central de Fukushima Daiichi e causou o pior acidente nuclear desde o registrado em abril de 1986 em Chernobyl (Ucrânia).

Quase 12% da região de Fukushima foi declarada insegura em um primeiro momento, mas atualmente a situação afeta apenas 2% do território. Ainda assim, as populações de várias cidades são muito menores atualmente do que antes do acidente.

A TEPCO é alvo de processos nos tribunais por parte dos sobreviventes da tragédia, além dos acionistas da empresa.

O grupo trabalha em um longo processo de desmantelamento da central nuclear, que deve durar décadas e é muito caro.

O tsunami de 2011 deixou 18.500 mortos e desaparecidos.

Quatro pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas após um terremoto de 7,4 graus na costa leste do Japão, perto de Fukushima, mas o alerta de tsunami inicial foi suspenso nesta quinta-feira.

O terremoto de quarta-feira à noite derrubou partes de casas, destruiu parcialmente estradas e provocou o descarrilamento de um trem, acidente que não deixou vítimas.

Os danos parecem relativamente pequenos em relação à potência do terremoto, que afetou principalmente os departamentos de Fukushima e Miyagi.

O porta-voz do governo, Hirokazu Matsuno, afirmou que quatro pessoas morreram e 107 ficaram feridas.

A Agência Meteorológica do Japão (JMA) informou que o tremor foi registrado às 23h36 de quarta-feira (11h36 de Brasília), com magnitude de 7,4 (reavaliação após o anúncio inicial de 7,3).

O epicentro foi localizado a 60 quilômetros de profundidade no Oceano Pacífico, perto da costa de Fukushima, onde uma central nuclear foi destruída por um tsunami em 2011.

A JMA emitiu um alerta para ondas de até um metro de altura, mas as autoridades registraram apenas ondas de 30 cm em Ishinomaki (município de Miyagi). A agência recomendou que a população permaneça afastada da costa.

O alerta de tsunami foi retirado na manhã de quinta-feira, mas o governo pediu aos moradores que permaneçam atentos a possíveis novos tremores.

Também foram registrados tremores secundários ao longo da noite e algumas cidades divulgaram ordens para que os moradores procurassem refúgios.

Em um abrigo na cidade de Soma (Fukushima), onde dezenas de moradores se refugiaram, Yuzuru Kobashi, de 82 anos, disse à AFP que pretendia buscar lonas com a esposa para proteger sua casa danificada pelo terremoto.

"Mas na minha idade eu não posso subir no telhado, então vamos utilizar para proteger da chuva as coisas que valorizamos na casa da chuva", explicou.

O tremor, que foi sentido com força inclusive em Tóquio, deixou mais de dois milhões de residências sem energia elétrica na capital e nos departamentos vizinhos, informou a Tokyo Electric Power (Tepco), mas o sistema foi restabelecido algumas horas depois.

Apenas 2.500 casas permaneciam sem energia elétrica no nordeste do país nesta quinta-feira, de acordo com a Tohoku Electric Power.

A empresa ferroviária JR East relatou perturbações importantes em sua rede. Um 'shinkansen', o trem de alta velocidade do Japão, descarrilou ao norte da cidade de Fukushina com 75 passageiros e três trabalhadores a bordo, mas o incidente não deixou feridos.

Naa cidade de Sendai (nordeste), um muro desabou na área do histórico castelo de Aoba.

O Japão respeitou um minuto de silêncio na sexta-feira passada em memória das vítimas o terremoto e tsunami de 11 de março de 2011.

A catástrofe deixou mais de 18.500 mortos e desaparecidos, principalmente por causa do tsunami, e obrigou mais de 165.000 moradores de Fukushima a abandonar suas casas devido às emissões radioativas.

Um terremoto de 7,3 graus de magnitude na escala Richter foi registrado na região de Tohoku, no Japão, e gerou um alerta de tsunami das autoridades para Miyagi e Fukushima, informou a Agência Meteorológica do país (JMA) nesta quarta-feira (16).

O epicentro ocorreu em uma área próxima a Fukushima, área devastada por um tremor em 2011, e teve uma profundidade de 60 quilômetros. O horário do primeiro sismo foi 23h36 (11h36 na hora de Brasília) e a JMA classificou o terremoto como nível seis de gravidade em uma escala que vai até sete.

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A agência japonesa ainda estimou que a costa próxima ao local do epicentro tenha que enfrentar ondas de cerca de um metro batendo na costa.

Já Tokyo Electric Power Company informou que mais de dois milhões de residências estão sem energia desde que o tremor ocorreu e que estão sendo checadas as condições dos reatores nucleares existentes na central, segundo destacou a emissora estatal japonesa "NHK".

Em 2011, um terremoto de 8,9 graus atingiu a mesma região de Fukushima, provocando um tsunami com ondas de mais de 10 metros de altura. O desastre ambiental provocou uma terceira tragédia: um vazamento de material radioativo da central nuclear e o derretimento de três dos seis reatores nucleares do local.

Mais de 16 mil pessoas morreram por conta da tríplice tragédia e mais de 160 mil foram obrigadas a abandonar suas casas por conta da radiação e da destruição provocada pelos eventos naturais.

Da Ansa

O Japão relembra, discretamente, nesta sexta-feira (11), a tripla catástrofe de 11 de março de 2011, quando um dos terremotos mais potentes já registrados no mundo desencadeou um tsunami mortal que provocou, por sua vez, o desastre nuclear de Fukushima.

Pela primeira vez, nenhuma cerimônia nacional foi organizada, já que o Estado decidiu encerrar as homenagens pelas vítimas após o décimo aniversário da tragédia.

Ainda assim, programou-se um minuto de silêncio nacional às 14h46 locais (2h46 horário), momento em que o sismo de magnitude 9 abalou todo arquipélago, depois atingido por um tsunami com ondas às vezes tão altas quanto edifícios.

Também houve celebrações particulares nas áreas mais afetadas. Em Namie, perto de Fukushima, um grupo de pessoas fazia uma busca anual pelos desaparecidos. E, na região de Tohoku, alguns moradores fizeram orações na costa.

"Tento não pensar nesse dia de uma maneira especial. É uma lembrança dolorosa que eu esqueceria, se pudesse", desabafou o pescador Sadao Kon, que perdeu irmã, cunhado e sobrinho, em entrevista à emissora de televisão NHK.

Cerca de 18.500 pessoas morreram, ou foram dadas como desaparecidas na catástrofe, que também provocou a entrada em fusão de três dos reatores da central de Fukushima. Foi o pior acidente nuclear desde Chernobyl, na Ucrânia, ocorrido em 1986.

Os vazamentos radioativos na área causaram a retirada de emergência de dezenas de milhares de habitantes, alguns em definitivo. Até hoje, 337 km2 da cidade de Fukushima (2,4% de sua superfície) são inabitáveis, e há 33.365 pessoas deslocadas.

Onze anos após seu pesadelo nuclear, a região japonesa de Fukushima está apostando em um futuro renovável, investindo em usinas solares ao longo da costa, microrredes de energia verde e produção experimental de hidrogênio não poluente.

Em 11 de março de 2011, um terremoto desencadeou um tsunami mortal no nordeste do Japão, causando um vazamento na usina nuclear de Fukushima e forçando evacuações por temores de radiação.

As energias renováveis produziram 43% da energia consumida em Fukushima no ano fiscal de 2020, contra 24% em 2011.

Mas os obstáculos permanecem, desde custos mais altos para os consumidores até preocupações persistentes com a contaminação.

"A vontade de evitar a repetição daquele acidente foi o ponto de partida mais importante" deste projeto, disse à AFP Noriaki Saito, diretor de energia do departamento de planejamento da prefeitura.

Um campo brilhante de painéis solares se estende ao longo de uma faixa costeira ao norte da usina danificada, em um local anteriormente reservado para a terceira usina nuclear da região, um projeto abandonado após o tsunami.

A energia gerada no local, concluído em 2020 e do tamanho de 25 campos de futebol, é usada para gerar hidrogênio, um combustível limpo quando gerado com eletricidade renovável e uma das esperanças do Japão para alcançar a neutralidade de carbono até 2050.

O combustível produzido graças ao Campo de Pesquisa de Energia de Hidrogênio de Fukushima, na cidade de Namie, tem sido usado até agora para pequenos projetos, alguns ligados aos Jogos de Tóquio, e para abastecer veículos de células de combustível na área.

A região de Fukushima já tinha barragens hidrelétricas, mas agora parques eólicos, usinas de biomassa e campos de painéis solares estão surgindo em terras abandonadas após o tsunami.

No entanto, nem toda sua população está convencida.

O preço ainda é um problema, de acordo com o Apollo Group, um pequeno fornecedor de energia em Fukushima que aumentou suas ofertas de energias renováveis nos últimos anos.

O preço da eletricidade produzida por energia solar é “um pouco mais alto” que o da energia convencional, disse seu CEO Motoaki Sagara.

- Microrredes -

Outro projeto de energia renovável que tenta conquistar os moradores são as "microrredes", nas quais a eletricidade é produzida e consumida no mesmo local.

Katsurao, uma pequena cidade perto da usina de Fukushima, foi evacuada devido à contaminação radioativa entre 2011 e 2016 e agora tem apenas 450 moradores, menos de um terço de sua antiga população.

Um antigo campo de arroz, usado para armazenar materiais radioativos quando os trabalhadores realizavam as primeiras tarefas de desmantelamento, agora abriga uma fazenda solar cuja eletricidade é direcionada diretamente para a cidade.

O projeto está em operação desde 2020 e por enquanto a instalação cobre em média 40% das necessidades anuais da cidade, onde o espectro de um desastre nuclear paira sobre outros projetos.

Os moradores foram contrários a uma estação de biomassa planejada porque temiam que ela pudesse produzir emissões radioativas se fosse usado material de áreas ainda contaminadas da região.

Mas a estação solar ajudou Hideaki Ishii, trabalhador de um restaurante e mercearia familiar em Katsurao, a se sentir mais seguro em casa.

"Quando você usa a eletricidade criada na comunidade, é mais fácil ver como ela foi gerada." "Eu me sinto mais seguro assim" e "é bom para o meio ambiente", disse ele.

Seis jovens japoneses apresentaram nesta quinta-feira (27) uma ação coletiva contra a central nuclear de Fukushima, alegando um vínculo entre o câncer de tireoide que sofrem e sua exposição à radiação, após a catástrofe de março de 2011.

Hoje com idades entre 17 e 27 anos, os demandantes eram menores à época e moravam na região de Fukushima, quando um forte terremoto no nordeste do Japão provocou um gigantesco tsunami que resultou no desastre nuclear.

Os advogados do grupo compareceram nesta quinta-feira a um tribunal de Tóquio para apresentar a ação coletiva, a primeira do tipo iniciada pelos habitantes da região. Dezenas de simpatizantes da causa se reuniram na frente da corte para manifestar seu apoio.

No total, eles pedem à empresa Tokyo Electric Power Company (TEPCO), operadora da central, uma indenização de 616 milhões de ienes (5,4 milhões de dólares), afirmou Kenichi Ido, um dos advogados.

As autoridades não reconhecem a existência de um vínculo entre a exposição à radiação de Fukushima e o câncer de tireoide.

Um relatório da ONU publicado no ano passado afirma que, uma década depois do desastre nuclear, "não foi documentado qualquer efeito nefasto para a saúde dos habitantes".

O aumento dos casos de câncer de tireiode entre crianças expostas à radiação pode ser resultado de melhores diagnósticos, destacou o Comitê Científico da ONU sobre os Efeitos da Radiação Atômica.

Os advogados dos jovens alegam, contudo, que nenhum caso de câncer entre o grupo é hereditário e que é muito provável que a doença tenha sido causada pela exposição à radiação.

"Alguns demandantes têm dificuldades de avançar no ensino superior e de encontrar empregos e até desistiram dos sonhos para o futuro", disse Ido.

- Medo -

"Demoramos dez anos para apresentar a ação, porque tínhamos medo de discriminação", caso levantássemos nossa voz, disse uma das demandantes.

"Era uma criança quando me disseram que tinha câncer e não tinha dinheiro para os gastos judiciais", acrescentou.

Sem conter as lágrimas, a jovem recordou o dia em que recebeu o diagnóstico: "Disseram claramente que não havia qualquer vínculo com o acidente".

Os demandantes tinham entre seis e 16 anos no momento do acidente nuclear e foram diagnosticados com câncer de tireoide entre 2012 e 2018.

Quatro foram submetidos a uma ablação total desta glândula e devem seguir um tratamento de reposição hormonal por toda vida, informou o advogado Ido. Os outros dois passaram por uma ablação parcial da tireoide.

Em 11 de março de 2011, um potente terremoto desencadeou um gigantesco tsunami que provocou a fusão dos núcleos dos três reatores da central Fukushima Daiichi, liberando importantes quantidades de radiação no ar que depois vazaram para o solo e para a água.

A tragédia deixou 18.500 mortos, ou desaparecidos, a maioria por causa do tsunami. Foi o pior desastre nuclear desde Chernobyl em 1986, depois do qual foram detectados muitos casos de câncer de tireoide.

Até junho de 2021, o departamento de Fukushima registrou 266 casos, ou suspeitos, de câncer de tireoide infantil.

"Quando o documento do processo chegar, vamos examinar com sinceridade depois de ler com atenção os detalhes", declarou à AFP o porta-voz da empresa TEPCO, Takahiro Yamato.

"Seguimos expressando nossas sinceras desculpas pelos problemas causados à população pelo acidente", completou.

Um reator nuclear de mais de 40 anos voltou a funcionar nesta quarta-feira (23) no Japão, algo inédito para uma instalação desta época desde a introdução de novas normas de segurança após o desastre de Fukushima em 2011.

O reator número 3 da central nuclear de Mihama (centro do Japão), que foi completamente desligado pouco depois do acidente nuclear de Fukushima, assim como todas as outras centrais atômicas do país, foi reativado pela primeira vez em 10 anos, informou a operadora Kansai Electric Power em um comunicado.

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Sendo assim, Mihama se torna "a primeira usina nuclear que opera no Japão há mais de 40 anos, desde a instauração de novas normas" de segurança, destacou o presidente da Kansai Electric Power, Takashi Morimoto, citado no comunicado.

Também é a primeira reativação de um reator nuclear no Japão desde 2018.

No final de abril, Tatsuji Sugimoto, governador do departamento de Fukui, onde se encontra a usina nuclear de Mihama, eliminou o último obstáculo regulamentar para a retomada de seu reator número 3.

Dois reatores da central nuclear de Takahama, também de mais de 40 anos, localizada no mesmo departamento de Fukui, obtiveram a aprovação das autoridades locais, mas ainda não foram reiniciados devido às obras de modernização que ainda estão em andamento.

Com o de Mihama, 10 reatores estão ativos no Japão, contra os 54 que existiam antes da catástrofe de Fukushima há dez anos.

Quase 20 reatores foram desmantelados, entre eles o da central acidentada de Fukushima Daiichi.

O governo japonês é a favor de uma reativação da energia nuclear, para reduzir a grande dependência energética atual do arquipélago, e também para alcançar seus novos e ambiciosos objetivos de redução das emissões de CO2 até 2030 e de neutralidade das emissões de carbono até 2050.

No entanto, a vontade de Tóquio encontra uma forte oposição local com disputas jurídicas e, além disso, a manutenção e a modernização das centrais nucleares exigem despesas muito altas.

Na manhã deste sábado (13), às 11h08 pelo horário de Brasília, ainda era noite na província de Fukushima, no Japão, quando um forte terremoto de magnitude 7.1 foi sentido pelas pessoas da região. Não há emissão de alerta de tsunami, mesmo que o epicentro tenha sido no mar, a 60 quilômetros de profundidade. Em Tóquio, capital do país, foi possível sentir o abalo sísmico.

A mesma área foi devastada em 2011 por terremotos e tsunamis. De acordo com a Agência Meteorológica do Japão, o tremor teve intensidade sísmica 6+, tornando inviável que a população permaneça de pé e a maioria dos móveis que não estiver bem fixados poderão se mover, muitas coisas poderão cair, além de causar danos a imóveis com baixa resistência a terremotos. Após o primeiro tremor, outros de menor intensidade também foram registrados poucos minutos depois. 

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De acordo com informações do portal de notícias japonês Minyu Net, a TEPCO alegou que os números nas usinas e postos de monitoramento em Fukushima Daiichi e Fukushima Daini não foram afetados significativamente e segue em patrulha para confirmar detalhes da situação. A prefeitura e os bombeiros locais, segundo o site, relataram quatro feridos na cidade de Koriyama, um na cidade de Shirakawa, outro na cidade de Soma, e três na cidade de Yabuki, totalizando nove até o momento.

Monitoramento na América Latina

Terremotos que têm seus epicentros no leito do oceano costumam causar preocupação internacional, pelo risco de, a depender das circunstâncias dos tremores, o deslocamento das ondas ser muito forte e atingir até mesmo a costa de países que estão distantes, mas são banhados pelas mesmas águas. 

Na costa do Chile, país sul-americano com costa marítima virada para o Oceano Pacífico, o alerta foi imediato logo que as primeiras notícias chegaram do Japão. No entanto, o Servicio Hidrográfico y Oceanográfico de la Armada de Chile (Serviço Hidrográfico e Oceanográfico da Armada do Chile) declarou em boletim oficial que “As características do sismo não reúnem as condições necessárias para gerar uma tsunami nas costas do Chile”. 

Fukushima, 2011: terremoto, tsunami, acidente nuclear e falha humana 

No dia 11 de março de 2011, a província de Fukushima foi vítima de uma série de desastres que levou ao que foi o maior desastre nuclear desde a catástrofe de Chernobyl (Ucrânia) em 1986, através da junção de um terremoto seguido por tsunami e falhas humanas na prevenção de acidentes na usina atingida. 

Um terremoto de magnitude 9 atingiu a região de Tohoku (nordeste) e causou tsunamis por toda a faixa litorânea, então uma onda de 15 metros de altura detonou a central nuclear Fukushima Daiichi e afetou os sistemas de resfriamento dos reatores e geradores de emergência do subsolo. 

Na época, a operadora da central, a empresa Tokyo Electric Power (Tepco), afirmou que o acidente havia sido consequência de um tsunami de dimensões imprevisíveis. No entanto, uma comissão parlamentar que investigou a tragédia e também era composta por 10 membros da sociedade civil (sismólogos, advogados, médicos, jornalistas e acadêmicos) julgou o acidente nuclear como “um desastre provocado pelo homem” e não uma simples consequência de desastres naturais. 

Fica claro que este acidente foi um desastre provocado pelo homem. Os governos anteriores e o da época, as autoridades reguladoras e a Tokyo Electric Power (Tepco) falharam no dever de proteger a população e a sociedade", diz o relatório final da comissão.

O Japão suspendeu nesta quarta-feira (4) a ordem de evacuação de parte do município de Futaba, uma das duas cidades onde se encontra a devastada central de Fukushima, antes da passagem nas próximas semanas da chama olímpica.

A medida, que afeta parte do norte da localidade, permitirá que os trabalhadores permaneçam no bairro da estação ferroviária. Mas os habitantes não poderão retornar imediatamente devido à falta de infraestruturas, especialmente para a distribuição de água, afirmou à AFP um alto funcionário do governo local.

"Nosso objetivo é que os residentes possam retornar a partir da primavera de 2022", disse a fonte. Os organizadores dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 incluíram Futaba no trajeto do revezamento da tocha olímpica, que começará em 26 de março no Japão.

"Além de provocar entusiasmo em todo o país à medida que se aproxima Tóquio-2020 e promover os valores olímpicos, a viagem da chama tem como objetivo expressar a solidariedade de todos com as regiões que ainda estão se recuperando do terremoto e do tsunami de 2011", anunciaram em fevereiro os organizadores.

O governo japonês prevê simbolicamente que a chama olímpica inicie o revezamento no "J-Village", um complexo esportivo que fica a 20 km da central devastada, que foi utilizado como centro operacional para lutar contra as consequências da catástrofe nuclear.

Futaba tinha 7.000 habitantes antes do terremoto de 11 de março de 2011, que desencadeou um tsunami gigantesco, que atingiu a central nuclear de Fukushima Daiichi.

O desastre nuclear de Fukushima, o pior da história depois de Chernobyl na URSS em 1986, não matou ninguém diretamente. Mas quase 470.000 pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas na região. O terremoto e tsunami deixaram 18.500 mortos e desaparecidos.

Três ex-dirigentes da empresa Tepco foram absolvidos nesta quinta-feira por um tribunal de Tóquio, que determinou que não podem ser considerados culpados pelas consequências da catástrofe nuclear ocorrida em Fukushima em 2011, após um violento tsunami.

"Os acusados são todos inocentes", declarou o juiz ao ler o veredicto.

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"Incrível!", exclamou uma pessoa que acompanhava o julgamento.

O juiz prosseguiu: ""As deliberações foram baseadas no fato de saber se havia algum nível de previsão" do gigantesco tsunami para definir a acusação de negligência que provocou mortes.

Quase 100 pessoas que estavam no espaço reservado ao público permaneceram em silêncio, assim como os três acusados.

A Promotoria solicitara cinco anos de prisão para o presidente do Conselho de Administração da Tokyo Electric Power (Tepco) no momento da tragédia, Tsunehisa Katsumata (79 anos), assim como para os ex-vice-presidentes Sakae Muto (69) e Ichiro Takekuro (73).

De acordo com a acusação, os executivos tinham informações muito antes da tragédia sobre o risco de tsunami superior às capacidades de resistência da central, mas não atuaram de acordo com os dados.

Estes três ex-executivos da operadora da central nuclear de Fukushima Daiichi, devastada pelo tsunami de 11 de março de 2011, eram as únicas pessoas físicas julgadas pela tragédia, o segundo pior acidente nuclear da história, atrás de Chernobyl (Ucrânia), em 1986.

- Indignação do Greenpeace -

De fato, eles eram julgados pela morte de 44 pacientes do hospital de Futaba, situado a poucos quilômetros da usina, durante a evacuação de emergência em condições extremas. A situação foi letal para os enfermos de idade avançada.

Os promotores haviam se recusado em duas oportunidades a iniciar um procedimento judicial contra os executivos da Tepco, alegado que não havia elementos suficientes.

Mas uma nova análise do caso em 2015, por um painel de cidadãos (procedimento pouco utilizado no Japão), decidiu por um processo penal.

"O sistema jurídico do Japão voltou a fracassar na defesa dos direitos de dezenas de milhares de cidadãos afetados pelo desastre nuclear de Fukushima Daiichi em 2011", afirmou em um comunicado a organização ambiental Greenpeace.

Durante o julgamento, Katsumata declarou que não estava envolvido no dia a dia das decisões relacionadas com a segurança e delegava o trabalho aos subordinados responsáveis por tais questões.

A Tepco não adotou medidas para proteger as instalações antes do terremoto de 9 graus de magnitude, que provocou o tsunami que alagou a usina, interrompeu o resfriamento do combustível nuclear e causou a fusão.

- Degradação das condições de vida -

Embora o tsunami tenha provocado 18.500 mortes na região nordeste do Japão, o acidente nuclear propriamente dito não deixou nenhuma vítima.

Mas é indiretamente responsável por "milhares de óbitos relacionados", reconhecidos pelas autoridades como falecimentos em consequência da degradação das condições de vida das pessoas.

A catástrofe obrigou dezenas de milhares de pessoas a abandonar suas casas, nas áreas próximas à central nuclear. Muitas continuam morando em outras regiões do país, porque não podem ou não querem retornar, por medo das radiações.

Esta foi a primeira vez que várias pessoas foram processadas criminalmente pelo caso. O Estado japonês e a Tepco já foram punidos pela justiça em várias oportunidades, após várias ações coletivas.

Os investidores consideraram a decisão do tribunal uma boa notícia para a Tepco e a ação do grupo registrou alta de 2,5% após o anúncio do veredicto.

Um tribunal japonês determinou nesta quarta-feira (20) que o governo e a empresa da central de Fukushima devem pagar quase 4 milhões de dólares em novas indenizações a dezenas de moradores que foram obrigados a abandonar suas casas depois do acidente nuclear de 2011.

A corte do distrito de Yokohama ordenou ao governo e à Tokyo Electric Power Co (TEPCO) o pagamento de pagar 419,6 milhões de ienes (3,8 milhões de dólares) a 152 moradores.

Esta é a quinta vez que o governo é declarado responsável pelo desastre, o acidente nuclear mais grave no mundo desde Chernobyl em 1986.

O juiz Ken Nakadaira afirmou que o governo e a TEPCO "poderiam ter evitado o acidente se tivessem adotado medidas" contra o tsunami que provocou o desastre, informou o canal público NHK.

Em março do ano passado, um tribunal de Kyoto, oeste do Japão, determinou a responsabilidade do governo e da TEPCO e ordenou o pagamento de 110 milhões de ienes a 110 moradores.

Em um caso separado em setembro de 2017 em Chiba, perto de Tóquio, um tribunal decidiu que apenas a empresa era responsável. Quase 12.000 pessoas fugiram após o desastre pelo medo da radiação e apresentaram várias ações na justiça contra o governo e a TEPCO.

Os casos tentam determinar se o governo e a TEPCO, ambos responsáveis por medidas de prevenção de desastres, poderiam ter previsto a escala do tsunami e a subsequente fusão. Várias ações coletivas foram apresentadas em busca de compensações pelo acidente provocado por um terremoto de 9,1 graus e o posterior tsunami.

O atual presidente da Nintendo, Tatsumi Kimishima, vai se aposentar no meio do ano e seu sucessor será Shuntaro Furukawa.

Furukawa, atualmente, faz parte do conselho da Nintendo e da The Pokemon Company. Ele será o sexto presidente da empresa em 128 anos de operação.

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"Nós vamos desenvolver a empresa ao máximo", disse Furukawa. "Eu vou balancear as tradições da Nintendo: originalidade e flexibilidade."

Shuntaro Furukawa tem 46 anos e foi uma escolha de Kimishima para que seu sucessor conseguisse se conectar mais facilmente ao público da empresa.

Com a descontinuação do Wii U, a ascensão do Switch Outra mudança é que Satoru Shibata, presidente da Nintendo da Europa, também se tornará parte do conselho. Não está claro quem vai suceder Shibata no atual cargo dele.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Um tribunal japonês decidiu nesta sexta-feira que o operador da fábrica de Fukushima responsável pelo desastre nuclear de Fukushima 2011 não era o governo.

O tribunal distrital de Chiba, perto de Tóquio, disse que o governo "conseguiu prever", mas que "não poderia ter sido capaz de evitar o acidente" causado pelo tsunami que atingiu a usina Fukushima Daiichi.

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Após um terremoto de 9.0 de magnitude, a água atingiu os sistemas de resfriamento do reator, levando três à fusão na usina no leste do Japão.

A radiação foi lançada em uma ampla área, deixando grandes extensões de terra inabitáveis no pior desastre pós-guerra do Japão e o acidente nuclear mais grave do mundo desde Chernobyl em 1986.

O juiz do tribunal de Chiba, Masaru Sakamoto, recusou o pedido de 42 demandantes para que o governo pagasse uma indenização.

No entanto, o tribunal ordenou ao operador Tokyo Electric Power Co (TEPCO) que pagasse um total de 376 milhões de ienes (US $ 3,3 milhões), muito menos do que os 2,8 bilhões de ienes que haviam sido pedidos.

Cerca de 12.000 pessoas que fugiram por medo de radiação abriram vários processos coletivos contra o governo e a TEPCO.

Os casos giravam em torno de se o governo e a TEPCO, ambos responsáveis por medidas de prevenção de desastres, poderiam ter previsto a escala do tsunami.

Os advogados dos demandantes argumentaram que poderiam antecipar o tamanho da onda, citando um relatório do governo de 2002 sobre a atividade sísmica de longo prazo no arquipélago japonês.

Há dezenas de ações judiciais de ação coletiva em tramitação para obter uma indenização do governo pelo desastre e a última decisão é apenas o segundo veredicto.

Em um veredicto anunciado em março pelo Tribunal Distrital de Maebashi, ao norte de Tóquio, o juiz ordenou ao governo e ao operador da usina que pagassem uma compensação, embora o valor tenha sido muito abaixo do que o pedido pelos demandantes.

Em junho, três ex-executivos da TEPCO foram julgados. Eles foram as únicas pessoas a enfrentar um tribunal criminal pelo desastre.

Procuradores se recusaram duas vezes a denunciar os ex-executivos, alegando evidências insuficientes.

Mas um painel de revisão judicial composto por cidadãos comuns decidiu em 2015 que o trio deveria ser julgado, o que obrigou os procuradores a prosseguir com o caso sob a lei japonesa.

A Polícia do Japão está examinando o que parece ser uma bomba sem explodir da Segunda Guerra Mundial achada nas imediações da usina nuclear de Fukushima, informou nesta quinta-feira (10) a rede pública japonesa NHK. As informações são da agência de notícias EFE.

O artefato foi encontrado nesta manhã por operários da construção que estavam fazendo perfurações durante os trabalhos de ampliação de um estacionamento a cerca de 300 metros da usina, propriedade da Tokyo Electric Power Company (Tepco), situada no Nordeste do país asiático.

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O dispositivo mede cerca de 85 centímetros de comprimento e 15 centímetros de diâmetro, segundo as fontes policiais, que enviaram imagens da bomba ao Exército japonês para determinar se ele pode ainda explodir e avaliar medidas para sua retirada.

O terreno abrigou no passado um aeroporto do Exército imperial japonês que foi atacado por forças aéreas durante a Segunda Guerra Mundial, de acordo com informações da Tepco.

A Polícia isolou uma área de 200 metros ao redor do dispositivo, mas a medida não atrapalha os trabalhos de desativação da central atômica.

Desde março de 2011 a praia de Usuiso, em Fukushima, no Japão, estava fechada para visitantes. Isto porque a cidade foi vítima de um acidente nuclear neste período. Após o trabalho de descontaminação radioativa, o local foi reaberto para a população japonesa no último final de semana. 

Depois de seis anos, a praia, que é localizada a 40 quilômetros de onde aconteceu o acidente, em Fukushima Daiichi, recebeu os primeiros banhistas em uma cerimônia. A praia também recebeu melhorias na sua infraestrutura, afinal, o local também havia sido atingido pelo tsunami que provocou o acidente nuclear. 

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Durante o período que esteve fechada, os resíduos radioativos foram retirados e o nível de radiação foi acompanhado tanto na praia quanto no mar. Antes do acidente, a Usuiso recebia mais de 200 mil visitantes por ano, além dela, outras 17 praias também foram fechadas pelo mesmo motivo. Com o desastre, 16.893 pessoas morreram, mais de 2.550 ficaram desaparecidos, conforme os órgãos oficiais confirmaram à imprensa europeia.

O Japão recorda neste sábado (11) o tsunami que em 2011 atingiu seu litoral e provocou o acidente nuclear de Fukushima, no sexto aniversário da tragédia, que deixou 18.446 mortos e 123.000 deslocados.

Como nos anos anteriores, milhares de pessoas colocarão flores durante todo o dia nos mais 500 km de costas das zonas afetadas do nordeste do arquipélago.

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Em Natori, uma das cidades mais afetadas na província de Miyagi, uma centena de pessoas, principalmente parentes e amigos de crianças da escola local que morreram na tragédia, soltaram balões em forma de pombas que carregavam mensagens. "Viverão eternamente nas nossas memórias", dizia um deles.

O canal de televisão pública NHK mostrava já pela manhã imagens de habitantes lançando flores ao oceano para homenagear as vítimas da tragédia. "O mar está tão tranquilo hoje", disse uma idosa na praça da cidade litorânea de Soma. "Por que ficou tão tempestuoso e enviou ondas tão grandes naquele dia?".

Multidões se reuniram também em Sendai, Ishinomaki, Rikuzentakata, Minamisanriku e em todos os lugares que ficaram marcados para sempre pela catástrofe tripla: o terremoto e o tsunami, que deixaram 18.446 mortos e desaparecidos, e o acidente na central nuclear de Fukushima, que provocou um alerta de evacuação.

Atualmente, restam 123.000 deslocados que não podem voltar às suas casas devido à radiação.

Às 14H46, o país fez um minuto de silêncio para recordar o momento do dia 11 de março de 2011 em que um terremoto de 9,0 graus de magnitude nas costas da ilha principal de Honshu criou uma onda gigantesca que, segundo os japoneses, só ocorre uma vez por milênio.

Críticas ao governo

Em Tóquio, o primeiro-ministro, Shinzo Abe, presidiu a cerimônia oficial, e a casa imperial foi representada pelo príncipe Akishino.

Ao som da orquestra que tocava música clássica melancólica, os quase 900 presentes foram convidados ao final da cerimônia a depositar uma flor branca diante da estela onde foi gravado: "Às almas das vítimas da grande catástrofe do leste do Japão".

O primeiro-ministro prometeu "cuidar tanto dos espíritos como dos corpos" das pessoas afetadas e "desenvolver as regiões atingidas [pela catástrofe] em respeito às suas necessidades".

Mas muitos deslocados de Fukushima acusam o governo de querer acelerar o regresso dos habitantes às regiões contaminadas para normalizar a situação antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio de 2020.

"Fugimos só para proteger nossos filhos e netos da radiação", disse Miyako Kumamoto, do Comitê de organizações de vítimas da catástrofe nuclear, em uma conferência de imprensa antes das homenagens, criticando as autoridades pela falta de medidas de apoio aos evacuados.

"Não posso aceitar isso e não consigo entender porque estamos nesta difícil situação", acrescentou, pedindo a continuidade das ajudas financeiras e o reconhecimento do estatuto de vítima para os afetados.

Apesar da solidariedade que tomou o Japão após o desastre, seis anos depois se observam vários casos de estigmatização dos deslocados de Fukushima, particularmente das crianças em idade escolar.

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