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Os candidatos à prefeitura de Belém (PA) foram convidados a assinar pacto pela garantia dos direitos infantojuvenis. O convite foi feito pelo Ministério Público Estadual (MPPA), Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público do Trabalho (MPT), e pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJPA). 

O evento on-line de assinatura será nesta quarta-feira (28), às 10 horas, com transmissão ao vivo no canal de YouTube do MPF no Pará.

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Pelo pacto, os candidatos se comprometem, caso eleitos, a garantir e defender os direitos das crianças e adolescentes, reconhecendo a sua plena responsabilidade pela cumprimento de medidas e deveres indispensáveis à plena concretização do princípio constitucional da proteção integral de crianças e adolescentes.

O pacto cita obrigações estabelecidas pela Constituição, por normas internacionais, como da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), por resoluções do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), e por leis das áreas da educação e assistência social.

O compromisso público proposto pelos MPs e pelo TJPA é que o candidatos cumpram, se eleitos, todos os deveres e medidas citados no documento mediante a devida previsão, nas leis orçamentárias, de recursos suficientes ao desenvolvimento de políticas públicas adequadas e eficientes à garantia total dos direitos das crianças e dos adolescentes na capital paraense.

Confira os compromissos citados no pacto

1 – Destinar os recursos necessários à composição eficiente do orçamento municipal e do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente, inclusive com a definição de percentual mínimo, visando à promoção das políticas públicas de atenção à infância e à juventude, de acordo com as diretrizes e planos formulados pelo Conselho Municipal de Direitos da Criança e Adolescente e demais Conselhos Setoriais com atribuição na matéria.

2 – Cumprir as deliberações do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, respeitando a sua atuação quanto à elaboração e controle da execução da Política Municipal de Atendimento aos Direitos de Crianças e Adolescentes, assim como garantindo os recursos indispensáveis às suas atividades.

3 – Fortalecer os Conselhos Tutelares, assegurando adequada estrutura de funcionamento, bem como a formação e capacitação continuada de seus membros, além de zelar por seus direitos laborais.

4 – Promover o protagonismo infantojuvenil, garantindo a participação espontânea, autônoma e consciente de crianças e adolescentes nos processos de planejamento, execução e avaliação das políticas públicas municipais versando sobre os seus direitos.

5 – Intensificar as ações do Poder Público Municipal visando ao incremento da Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente, promovendo o permanente aprimoramento técnico dos servidores municipais que trabalham no seu atendimento, sobretudo nas áreas da saúde, educação, assistência social e direitos humanos.

6 – Desenvolver ações, programas, serviços, projetos e benefícios de Proteção Social às famílias e às comunidades inseridas em contextos de vulnerabilidade, objetivando garantir alimentação, moradia digna, geração de trabalho e renda, segurança, prevenção ao uso excessivo de álcool e outras drogas, acolhimento de pessoas em situação de risco, tais como moradores de rua, migrantes e refugiados (com atenção especial aos indígenas da etnia warao oriundos da venezuela), e demais direitos consubstanciados na Política Nacional de Assistência Social (PNAS) e na Política Nacional de Direitos Humanos (PNDH).

7 – Impulsionar políticas públicas municipais visando à permanência de crianças e adolescentes junto às suas famílias, buscando evitar, ao máximo, a sua institucionalização, mediante o resgate e fortalecimento de seus vínculos familiares, realização de visitas domiciliares, atendimento socioassistencial e outras estratégias de atendimento e proteção nesta seara.

8 – Aderir ao Compromisso Nacional pela Erradicação do Sub-Registro Civil de Nascimento e Ampliação do Acesso à Documentação Básica (Decreto Federal nº 6.289/2007), promovendo a busca ativa de crianças e adolescentes sem documentos, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social em articulação com outros órgãos de defesa e proteção de direitos, visando eliminar o sub-registro e registro tardio de nascimento.

9 – Implementar a Lei nº 13.257/2016, fomentando a elaboração do Plano Municipal pela Primeira Infância, com vistas ao desenvolvimento de políticas, programas e serviços intersetoriais para crianças, com idade entre 0 a 6 anos ou 72 meses, considerando a especificidade e relevância dos primeiros anos de vida no desenvolvimento infantil e do ser humano.

10 – Estimular a criação, organização e ampliação de espaços que propiciem o brincar, o lazer, a prática de esportes e de outras atividades culturais e lúdicas para crianças e adolescentes na cidade, em locais públicos e privados, assegurando a convivência comunitária de forma livre, segura e saudável.

11 – Garantir o atendimento prioritário de crianças e adolescentes nas unidades municipais integrantes do Sistema Único de Saúde (SUS), com a devida observância do princípio da equidade no acesso a ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde, sem olvidar da especial atenção às gestantes, puérperas e lactantes, na forma do Estatuto da Criança e do Adolescente e demais documentos legais pertinentes.

12 – Fortalecer e ampliar as estruturas e os serviços municipais direcionados aos cuidados da saúde mental de crianças e adolescentes portadoras de transtornos mentais graves e persistentes, inclusive decorrentes do uso de substâncias psicoativas, especialmente Centros de Atenção Psicossocial Infantis (CAPSi), de acordo com a Lei nº 10.216/2001 e demais normativas sobre o assunto.

13 – Promover o acesso universal e permanente de crianças, com 0 a 5 anos de idade, às creches e pré-escolas, além de garantir espaços de aprendizagem e de profissionalização para adolescentes, cumprindo o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (PNDH) e o Plano Nacional de Educação (PNE-2014/2024), inclusive para estudantes de comunidades tradicionais, ribeirinhos, quilombolas e povos indígenas.

14 – Garantir os recursos tecnológicos e de acesso à internet a famílias de alunos da rede municipal de ensino, especialmente para os que necessitem permanecer em atividades escolares à distância em decorrência da pandemia da covid-19, bem como a continuidade de prestação de merenda escolar para todos os estudantes sob sua responsabilidade.

15 – Fomentar a criação e o efetivo funcionamento dos Grêmios Estudantis nas escolas do município, bem como assegurar a efetiva participação dos representantes dos alunos nos Conselhos Escolares, a fim de fortalecer o seu diálogo permanente com gestores, professores, servidores e demais segmentos da comunidade escolar, cumprindo o princípio da gestão democrática da educação.

16 – Combater o trabalho infantil, sobretudo nas suas piores formas, tais como na exploração sexual e no tráfico de drogas, promovendo campanhas de sensibilização social, assim como garantindo cursos e espaços de aprendizagem e de profissionalização para adolescentes no âmbito da Administração Pública Municipal e mediante convênios com entidades privadas.

17 – Implementar, na esfera municipal, o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Decreto Federal nº 7.612/2011), garantindo a inclusão social e acessibilidade de crianças e adolescentes com deficiência, para atendimento de suas necessidades gerais de saúde e específicas de tratamento, habilitação e reabilitação, como também de seu direito à educação, mediante transporte escolar acessível, adequação arquitetônica dos espaços educacionais, oferta de recursos multifuncionais e formação especializada de professores.

18 – Fomentar a elaboração de Programa Municipal de Prevenção à Violência e de Enfrentamento à Letalidade Infantojuvenil, objetivando proteger a integridade e a vida de crianças e adolescentes, principalmente dos residentes em áreas de vulnerabilidade e de risco social, assegurando a interlocução permanente dos órgãos municipais com o Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM).

19 – Aderir ao Pacto Nacional pela Escuta Protegida de Crianças e Adolescentes Vítimas ou Testemunhas de Violência, celebrado em 13/06/2019, que visa a implementação da Lei nº 13.431/2017, regulamentada pelo Decreto Federal nº 9.603/2018, promovendo campanhas periódicas de sensibilização social, bem como divulgando amplamente os serviços de proteção, acolhimento e atendimento integral às vítimas e às suas famílias.

20 – Aperfeiçoar e monitorar a execução das medidas socioeducativas em meio aberto (liberdade assistida e prestação de serviços à comunidade), em consonância com o Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo e diretrizes estabelecidas pela Lei n.º 12.594/2012 (Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo – Sinase).

Íntegra do Pacto pela Garantia dos Direitos Infantojuvenis - Eleições 2020

Da assessoria do  MPT/PA.

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira (29) que, como chefe do Executivo, não quer atrapalhar quem produz no Brasil. “Nós queremos e estamos tirando o Estado do cangote daqueles que produzem, daqueles que investem e dos grandes empreendedores”, disse na abertura da 26ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow), feira do agronegócio que acontece em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.

“O agronegócio, a agropecuária, é um dos setores que está dando certo há muito tempo, e nós devemos valorizar quem trabalha nessa área”, ressaltou.

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Ao lado dos ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, Bolsonaro disse que uma das medidas para o setor é “fazer um limpa” no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e colocar pessoas que estejam ao lado daqueles que produzem. “Tem que haver fiscalização sim, mas o homem do campo tem que ter o prazer de receber o fiscal e, num primeiro momento, ser orientado para que ele possa cumprir as leis”, disse.

De acordo com o presidente, “em torno de 40% das multas aplicadas no campo serviam para retroalimentar uma fiscalização xiita, que buscava atender apenas nichos que não ajudavam o meio ambiente e muito menos aqueles que produzem”.

Segurança jurídica

Bolsonaro disse ainda que busca segurança jurídica para o produtor rural, para garantir a propriedade privada e a segurança no campo. De acordo com o presidente, em conversa nesse domingo (28) com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o parlamentar prometeu colocar em pauta um projeto para que o produtor rural possa portar armas de fogo em todo o perímetro de sua propriedade.

Outro projeto que deve ser encaminhado pelo Executivo “vai dar o que falar”, segundo Bolsonaro. “É um projeto para fazer com que, ao defender sua propriedade privada ou sua vida, o cidadão do bem entre no excludente de licitude, ou seja, ele responde [um processo], mas não tem punição. É a forma que temos para quem do outro lado, que não teme em desrespeitar a lei, temam vocês, temam o cidadão de bem, e não o contrário”, disse.

O presidente disse também que a reforma agrária deve ser feita “sem viés ideológico”, que comece por terras ociosas e que haja acordos de conciliação em áreas judicializadas.

Mercado

O presidente Jair Bolsonaro confirmou que fará uma viagem à China no segundo semestre, “até para desfazer aquela imagem criada pela imprensa, como se fossemos inimigos dos chineses”. “Eu sou inimigo, sim, de governos que, no passado, faziam negócios estando à frente o viés ideológico. Isso deixou de existir”, afirmou. A China é o principal destino das exportações brasileiras.

Índia

No âmbito do comércio internacional, a ministra Tereza Cristina anunciou a abertura do mercado indiano para a carne de frango brasileira. Além disso, os produtores rurais terão mais R$ 500 milhões no Plano Safra para a compra de máquinas e equipamentos, totalizando R$ 1,5 bilhão.

A Agrishow é a maior feira de tecnologia agropecuária do Brasil e acontece até sexta-feira (3). A expectativa da organização é que mais de 150 mil vistantes de diversos países passem pela feira. Além de palestras e exposições, o evento conta com demonstrações de áreas de plantio, equipamentos e novas tecnologias para o setor.

Sem conseguir obter um empréstimo para saldar suas dívidas, a diretoria do Vasco admitiu nesta sexta-feira (4) que está sem o fornecimento de água em São Januário há uma semana. O corte foi realizado no dia 28 de dezembro pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), para a qual o clube carioca deve cerca de R$ 10 milhões.

Em comunicado, a diretoria disse ter "estranhado" a decisão da Cedae em fazer o corte no fornecimento da água. "O clube manifesta sua estranheza com a adoção de uma medida intempestiva como esta, no último dia útil de mandato da antiga administração estadual, no momento em que negocia com a alta direção da Cedae um acordo para a renegociação de antigas dívidas, no valor aproximado de R$ 10 milhões."

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O Vasco garantiu que está em negociação com a cúpula da Cedae nas últimas semanas para renegociar a dívida total. "Poucos dias antes, a Diretoria Administrativa [do Vasco] havia encaminhado à Cedae uma proposta para a repactuação dos débitos, para qual aguarda resposta", informou o clube, em comunicado.

"O clube acredita que a direção da estatal terá o bom senso e a razoabilidade de reverter esta medida abrupta, como reconhecimento do empenho desta Diretoria Administrativa em equacionar todas as pendências", registrou a gestão vascaína. A Cedae ainda não se manifestou sobre o comunicado do clube. São Januário está sendo abastecido com carros pipa nos últimos dias.

Nesta quinta-feira, o elenco vascaíno se reapresentou no CT do Almirante para dar início à pré-temporada. Mas a falta de água não deve afetar diretamente os jogadores nos próximos dias porque o grupo vai viajar na segunda-feira para Atibaia, onde fará quase toda a pré-temporada, no interior de São Paulo, até o dia 17.

EMPRÉSTIMO - O corte no fornecimento de água em São Januário se deve, segundo a direção do clube, à dificuldade em obter um empréstimo bancário de R$ 18 milhões. Trata-se da segunda parcela do empréstimo no valor total de R$ 38 milhões, aprovado pelo Conselho Deliberativo no dia 17 de setembro do ano passado.

"O atraso se deve a dificuldades para a obtenção das garantias necessárias ao empréstimo, em decorrência de bloqueios judiciais sofridos pelo clube. Por meio de seu departamento jurídico, o clube já adotou as medidas cabíveis junto aos meios competentes para equacionar o impasse, desbloquear suas contas e, assim, liberar as garantias para o empréstimo", informou o clube.

Segundo a gestão vascaína, o empréstimo é determinante para o clube saldar suas dívidas. "Como tem sido amplamente divulgado por esta diretoria administrativa, o empréstimo em questão é fundamental para o clube honrar compromissos financeiros do exercício de 2018. Esta diretoria administrativa reafirma, mais uma vez, que tem trabalhado incansavelmente para assegurar que clube honre todas as suas obrigações financeiras."

A recuperação judicial levanta preocupação por parte dos consumidores - sobretudo entre os que já têm passagem comprada. No entanto, segundo especialistas, pela legislação, o cliente não pode sofrer nenhum dano ao longo do processo.

A advogada Maria Inês Dolci, vice-presidente do Conselho Diretor da Proteste, explica que a recuperação judicial, por ser uma tentativa de evitar a falência da empresa, exige que a companhia continue operando, mantenha seus voos e venda passagens. "É uma situação que surpreende e causa preocupação ao consumidor, mas ele continua com seus direitos assegurados, pois o objetivo é fazer com que a empresa continue funcionando", diz.

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Igor Brito, advogado do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), observa, no entanto, que o perigo reside no caso de as aeronaves serem retomadas, "o que poderia afetar alguns voos". "Mas, aí entra o papel da agência reguladora, que deve assegurar que os passageiros não sofram prejuízo."

Em nota, a Anac afirmou que "já vem solicitando os esclarecimentos necessários sobre a prestação de assistência aos passageiros que poderão ser impactados com eventual reajuste de malha. Caso sejam identificados pontos em desconformidade com as normas da agência, a Anac poderá aplicar sanções à empresa conforme o que for constatado". Caso o consumidor se sinta prejudicado de qualquer maneira, deve procurar a Anac ou os órgãos de defesa do consumidor.

Alterações no voo

Segundo a agência, mesmo se houver redução da malha, a Avianca deve agir em conformidade com a Resolução n°400/2016. "Alterações podem ocorrer até 72 horas antes do voo, nas quais passageiro e empresa aérea definem a melhor solução para a prestação do serviço previamente contratado", diz.

Caso as alterações de voo ocorram após esse horário ou diretamente no aeroporto, é dever da empresa oferecer aos passageiros facilidade de comunicação, alimentação de acordo com o horário ou hospedagem, a depender do tempo do atraso. Na hipótese de cancelamento de voo, a empresa deve reacomodar os passageiros em voos de terceiros ou realizar o reembolso integral das passagens. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A análise sobre a legalidade das garantias dadas por Estados e municípios para conseguir crédito com bancos públicos abriu uma divergência na área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU). Parte dos auditores acredita que as operações foram regulares, enquanto o comando da unidade técnica vê ilegalidade no empenho de receitas dos Fundos de Participação de Estados (FPEs) e Municípios (FPMs) como garantias a esses empréstimos.

A posição final caberá ao relator, ministro José Múcio Monteiro, que poderá acatar ou não a sugestão de que essas operações sejam vedadas daqui para a frente. Dessa forma, Estados e municípios só poderiam tomar financiamentos se tivessem o aval do Tesouro Nacional.

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O problema veio à tona depois que o conselho de administração da Caixa Econômica Federal suspendeu a concessão de empréstimos sem garantia da União. Como revelou o Estadão/Broadcast em fevereiro, a decisão foi tomada porque o Tesouro Nacional questionou a constitucionalidade da entrega do FPE e do FPM como garantia a essas operações, firmadas diretamente com os bancos.

Na época, a Caixa estava pronta para liberar mais R$ 19 bilhões em financiamentos, dinheiro que governadores e parlamentares pressionavam para que fosse liberado para obras ainda no ano de eleições.

Um parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) liberou as operações, mas o assunto ainda está sendo tratado pelo TCU porque o procurador Júlio Marcelo de Oliveira, que atua no Ministério Público junto à corte de contas, pediu a suspensão desses empréstimos e o impedimento de novos financiamentos nesse modelo. Embora o relator tenha negado o pedido de suspensão cautelar, o mérito ainda será julgado. A decisão do Tribunal vai valer para os empréstimos futuros e pode pôr fim a uma prática que já dura mais de 30 anos e ajudou a irrigar Estados e municípios com dinheiro de bancos públicos.

Uma ala dos auditores do TCU entende que a lei é explícita ao vedar o uso do FPE e do FPM como garantia em operações firmadas diretamente com instituições financeiras. A avaliação nesse caso é que o Estado ou município só pode empenhar essas receitas junto ao Tesouro Nacional. Já a outra ala cita diversas decisões judiciais que classificam as receitas do FPE e do FPM como transferências - ou seja, não teriam mais a natureza tributária que impede o seu uso como garantias.

Os pareceres estão nas mãos do procurador junto ao TCU, que poderá fazer suas considerações finais antes do pronunciamento do relator.

Mesmo com a divergência sobre a ilegalidade das operações, a área técnica tem preocupações em comum em relação à trajetória de endividamento dos Estados e municípios e ao risco dessas operações para a União. Dados enviados pelo próprio Tesouro ao TCU apontam que o órgão não consegue cobrar R$ 16,8 bilhões de Estados e municípios porque a Justiça impediu a execução de contragarantias, que servem para compensar a dívida que acabou sendo honrada pela União. O motivo alegado é a situação de penúria desses governos.

Outro receio da área técnica é quanto ao grau de uso dessas receitas como garantias em financiamentos. O temor é que governos estaduais ou municipais tenham comprometido o mesmo valor de FPE ou FPM em mais de uma operação, o que deixaria os bancos sem a compensação prometida em caso de eventual calote. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A partir da próxima segunda-feira (10), os treinadores de futebol também terão os seus contratos de trabalho registrados na CBF. A entidade comunicou a novidade às federações e seus filiados na última quinta-feira (6).

"O registro para os treinadores é um passaporte esportivo para esse profissional, que terá todo o seu histórico de trabalho preservado. É uma certeza de que no futuro direitos básicos, como a previdência, seja comprovado. O treinador também terá o benefício do seguro de vida e de acidentes pessoais da CBF, nos mesmos moldes do oferecido aos jogadores", explica Reynaldo Buzzoni, diretor de Registro, Transferência e Licenciamento de Clubes da CBF.

O registro de treinadores - que passará a ser obrigatório para os clubes que venham a disputar o Campeonato Brasileiro - foi aprovado pelos clubes participantes das Séries A, B e C nos Conselhos Técnicos realizados no mês de fevereiro. A CBF, no entanto, estudava a proposta desde 2016. Com essa iniciativa, a entidade promove melhores benefícios aos profissionais que compõem o sistema do futebol  brasileiro, contribuindo para o seu desenvolvimento e modernização.]

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"É importante verificar se o profissional já não possui inscrição na CBF, no caso de ex-jogadores. Nesse caso, é só confirmar os dados e começar o processo de registro no mesmo número de inscrição de quando ele atuava como jogador", orienta Buzzoni.

Com informações da CBF

O trabalhador que recebe o auxílio doença, por estar sendo tratado contra o câncer, pode passar a ter permanência garantida no emprego por pelo menos um ano após o fim do seguro. A garantia será possível caso o Projeto de Lei (14/2017), de autoria do senador Eduardo Amorim (PSC-SE), seja aprovado pelo Congresso Nacional.

“A mudança evita que o empregador rompa o vínculo laboral em período de extrema fragilidade”, justificou Amorim. Para ele, a Constituição tem como fundamento a dignidade da pessoa humana e, por isso, “impõe ao Estado a tarefa de garantir um patamar civilizatório mínimo de direitos a todos”. 

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O texto, que está em tramitação na Casa Alta, aguarda o recebimento de emendas e a designação de relator na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Caso seja aprovada na CAS, a matéria seguirá para o Plenário.

Na reta final de preparação dos leilões dos aeroportos de Fortaleza, Salvador, Florianópolis e Porto Alegre, marcados para 16 de março, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta terça-feira (14) que vai ampliar a fatia financiada das novas concessões.

O banco vai garantir a compra de até 100% das debêntures emitidas pela concessão em seu primeiro ano. Ou seja, os concessionários emitirão os papéis e, caso não encontrem compradores no mercado, o BNDES ficará com eles. Anteriormente, o compromisso era o banco comprar até 50% das debêntures emitidas.

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Além disso, se houver dificuldades para emitir papéis - o que hoje é uma hipótese considerada remota -, o banco se propõe a dar um financiamento em condições de mercado para cobrir aquela parcela a partir do 13º mês da concessão. Isso para evitar que o financiamento fique incompleto.

A parcela financiável ao custo da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) continua em 40%, a mesma condição anunciada no início do governo de Michel Temer. Essa fatia terá prazo de 15 anos, ao passo que o financiamento em condições de mercado será por dez anos.

Câmbio

A medida faz parte dos esforços do governo federal para melhorar as condições de financiamento das novas concessões. Outra novidade nesse leilão de aeroportos é que os investidores terão um mecanismo de proteção ("hedge") cambial, o que facilitará a contratação de financiamentos no exterior. As empresas receiam endividar-se em dólar para tocar um empreendimento que gera receita em reais.

"Estamos tentando reduzir a dependência em relação às fontes tradicionais", comentou o secretário de Coordenação de Projetos do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Tarcísio Gomes de Freitas. Até então, o governo federal não oferecia nenhum tipo de hedge cambial. As regras para o funcionamento desse mecanismo estão em consulta pública e receberão propostas até o próximo sábado (18).

"Em geral, foi bem recebido", comentou o secretário de Articulação para Investimentos e Parcerias, Marcelo Resende Allain, que reuniu-se na segunda-feira (13), com um grupo de representantes de bancos e consultores dos potenciais concessionários para apresentar o mecanismo. O encontro ocorreu na sede da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), em São Paulo.

O mecanismo de proteção cobre até 25% do valor do investimento da concessão. Por ele, quando o dólar variar acima de uma referência formado por inflação e risco País, o concessionário tem um desconto na taxa de outorga variável que paga anualmente ao governo, correspondente a 5% da receita bruta da concessão. Se o dólar cair abaixo do valor de referência, ele paga mais outorga, chegando ao limite de 10% das receitas. O governo estuda formas para estender esse mecanismo a concessões em que não há taxa de outorga, como é o caso das rodovias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Tesouro Nacional honrou R$ 110,4 milhões em dívidas não pagas por Estados e municípios em janeiro. Os débitos que precisaram ser pagos pela União são principalmente do Estado de Rio de Janeiro, que somaram R$ 108,2 milhões. Outros R$ 2,19 milhões foram pagos por conta de atrasos da prefeitura de Natal (RN).

Os valores se referem a empréstimos feitos com garantia do Tesouro Nacional, que são pagos pela União em caso de atrasos nos pagamentos pelos entes. O governo federal, porém, conseguiu recuperar R$ 91,55 milhões (82,9%) desse valor com a execução das contragarantias previstas nos contratos, por meio do bloqueio de repasses de fundos de participação, ICMS, IPI exportação e outros.

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Em 2016, a União teve que honrar R$ 2,37 bilhões em dívidas não pagas por Estados e municípios. Há ainda um saldo de R$ 388,9 milhões a ser recuperado relativo ao ano passado por conta de decisão do Supremo Tribunal Federal que suspendeu o bloqueio de alguns recursos para o Rio de Janeiro.

O governo federal estuda suspender a concessão de novas garantias a operações de crédito contratadas pelos Estados. A medida seria uma ação preventiva diante da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender, em caráter liminar, dois bloqueios de recursos que seriam feitos nas contas do Estado do Rio de Janeiro para compensar as garantias pagas pela União depois de o governo fluminense ter dado o calote em algumas de suas dívidas.

"Se decisão liminar for mantida, não será possível dar aval aos Estados", disse uma fonte do Palácio do Planalto. A cautela é considerada necessária pelo risco sistêmico da decisão de liberar um Estado de honrar as contragarantias. A área jurídica teme que o precedente do Rio leve a um movimento generalizado de outros Estados em dificuldades, que poderiam recorrer ao mesmo expediente jurídico com o objetivo de se livrar das dívidas, ainda que temporariamente. Para o governo, a decisão do Supremo representa uma quebra de contrato.

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A concessão de novos avais foi retomada no fim de 2016, e desde então algumas operações foram autorizadas pelo Tesouro Nacional. Uma sinalização de que esse processo pode ser interrompido novamente serve também como fator de pressão para tentar impedir justamente esse risco sistêmico. O governo ainda tem convicção de que o caminho para a solução da crise fiscal do Rio é o plano de recuperação fiscal nos termos que o governo propôs ao Congresso Nacional com as contrapartidas de ajuste fiscal que foram retiradas pela Câmara dos Deputados.

A decisão do STF vem justamente no momento em que o governo realiza estudos para reformular sua política de garantias e também a metodologia de classificação da capacidade de pagamento dos Estados. Na avaliação de uma fonte do governo, a liminar do Supremo fragiliza essa nova sistemática que está sendo construída. A revisão é considerada importante para o ajuste.

Desde a primeira liminar que beneficiou o Rio de Janeiro, proferida pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, na noite de segunda-feira, 2, o governo tem tentado mostrar a importância do sistema de garantias, pelo qual a União entra como avalista dos empréstimos, mas também assegura contragarantias para evitar prejuízos. A presidente do STF vai marcar para a próxima semana uma reunião de conciliação entre a União e o governo do Estado do Rio.

A liminar ainda foi deferida justamente em meio às investigações do TCU sobre o grande volume de garantias concedidas a Estados com maior risco de calote (como o próprio Rio de Janeiro), conforme antecipou o jornal O Estado de S. Paulo. Até hoje, a área técnica do TCU vinha trabalhando nas investigações com o pressuposto de que a União não estava sendo lesada no processo, ou seja, conseguia recuperar os recursos por meio de bloqueios nas contas dos Estados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente em exercício Michel Temer (PMDB) se reúne, nesta sexta-feira (10), com as centrais sindicais no Palácio do Jaburu, em Brasília. Durante o encontro, para tentar destravar os impasses em torno da reforma da Previdência Social, o peemedebista garantiu que não pretende reduzir os direitos da classe trabalhista e pontuou a necessidade de resolver os problemas através do “diálogo”. 

“Não vamos fazer nada contra os trabalhadores”, garantiu. “Temos que fazer mudanças por meio do diálogo. Vamos nos entendendo em nome do país, não podemos ir da cordialidade para a falta de cordialidade”, acrescentou aos presentes.

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Temer criticou a gestão da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) e disse que não teve “as portas abertas” para iniciar o seu governo.  “Pegamos o país em grande dificuldades. Elas são maiores do que vocês podem imaginar... Conseguimos montar uma equipe econômica formidável: eficiente nas teorias e no diálogo. Dei o tom para os meus ministros, do dialogo e da apuração profunda dos problemas”, salientou o presidente.

Segundo ele, a primeira medida foi harmonizar o Legislativo e o Executivo para aprovar matérias que “estavam há meses sem votar”. “Estamos no governo há 27 dias e aprovamos medidas importantes. Lembro que foi o governo anterior que mandou a proposta para ampliar a meta. Quando votamos, o que fizeram? Votaram contra e tumultuaram a sessão. A DRU também foi proposta pelo governo anterior. E os que propuseram votaram contra”, recordou durante o discurso.

Participam do encontro, no Palácio do Jaburu, representantes da Força Sindical, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST). A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) não têm participado dos encontros por serem contrárias ao governo Temer.

O rebaixamento das notas de rating dos principais bancos brasileiros deve forçar as agências reguladoras do País a flexibilizar regras para os contratos de garantia exigidos nos principais leilões de projetos de infraestrutura. Como a maior parte do sistema financeiro perdeu o grau de investimento na esteira do que aconteceu com o próprio País, as novas concessões precisarão aceitar garantias sem o selo de bom pagador dessas instituições, coisa que não acontecia já há alguns anos.

Como apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, com um integrante da equipe econômica, as agências não podem ser "mais realistas do que o rei" e têm de se adequar ao novo status do País. Com o rebaixamento soberano, ocorre também de forma quase que automática o downgrade de bancos, principais agentes de garantia para quem quer aportar recursos no setor produtivo do Brasil.

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Na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), por exemplo, as regras dos editais de leilão do setor exigem que as garantias dos proponentes sejam obtidas com instituições financeiras que tenham grau de investimento em pelo menos duas das três maiores agências de classificação de risco do mercado.

O próprio diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, admite que o rebaixamento da nota das principais instituições financeiras do País é um "ponto de preocupação" para os leilões de geração e transmissão de energia previstos para 2016. "Temos editais que já se encontram em fase de consulta pública e com certeza essa será uma das questões que serão levantadas pelo mercado. A Aneel terá de avaliar a situação", afirmou.

Para Rufino, é possível haver uma flexibilização da regra para os leilões enquanto os bancos não voltam a obter a nota de confiança das instituições de rating. "A norma sobre garantias é uma condição de cada edital e os editais devem sempre refletir o que é mais condizente com as condições do mercado", avaliou.

Fragilidade

A situação brasileira agora, principalmente de quem olha de fora, está mais frágil. É esperada uma natural retirada de investimentos de fundos internacionais, que têm como obrigação alocar papéis apenas em país considerado grau de investimento. Ainda que o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, tenha dito que esse movimento de saída não ocorre do dia para a noite, algum reflexo certamente se verá nos próximos meses.

O alerta para esse novo perfil da economia brasileira já havia sido dado com o rebaixamento do BTG Pactual, um banco que tem como um dos focos principais de atuação as garantias. No início do mês, Standard & Poor's e Fitch, as duas que também rebaixaram o Brasil, retiraram o título do banco. "Não vejo grandes problemas à frente, mas eu acho que é isso o que vai acontecer (o abrandamento das regras", disse uma fonte da equipe econômica. "Além disso, o mercado se rearranja, aparecem outros players."

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), vai formalizar junto ao Governo Federal o pedido para que a União destine parte da área da Base Aérea do Recife à aviação comercial do Aeroporto dos Guararapes. A cessão do espaço é um dos endossamentos ao projeto da gestão para concorrer a instalação do centro de voos hub do Grupo Latam. 

Em conversas com os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner (PT), e da Defesa, Aldo Rebelo (PCdoB), nesta quinta-feira (22), Câmara recebeu a garantia de que a União concederá a área da Força Aérea Brasileira para a Infraero, que administra o aeroporto na capital pernambucana. 

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“Recebi a sinalização do ministro Aldo de que a cessão dessa área não será nenhum impedimento para a instalação do hub em Pernambuco, caso o Recife seja o escolhido pelo Grupo Latam”, disse o governador, que esteve no Ministério da Defesa acompanhado do senador Humberto Costa, da deputada federal Luciana Santos e dos secretários estaduais Antônio Figueira (Casa Civil) e José Neto (Assessoria Especial). Na audiência com Jaques Wagner, esteve presente o deputado federal Fernando Monteiro.

A companhia aérea, formada pelas empresas TAM e LAN, deve decidir, até dezembro, qual das capitais – Recife, Fortaleza ou Natal – sediará o seu centro de operações aéreas no Nordeste. A expectativa de Câmara é de que o processo da Base Aérea seja formalizado nas próximas semanas. O documento da gestão estadual deve ser encaminhado na próxima segunda-feira (26).

CEARÁ - Nesta sexta-feira (23), o governador Paulo Câmara estará em Fortaleza (CE). Pela manhã, ele tem conversas com empresários interessados em investir em Pernambuco e, no início da tarde, almoça com governador do Ceará, Camilo Santana, de quem recebeu convite para visitar o Estado vizinho.

Os seis bancos credores da Sete Brasil, empresa criada para administrar as sondas da Petrobrás no pré-sal, devem executar as garantias de R$ 4,5 bilhões dadas pelo Fundo Garantidor da Construção Naval (FGCN) no empréstimo à empresa. Essa é uma forma de reduzir os prejuízos dos bancos Bradesco, Banco do Brasil, Caixa, Itaú BBA, Santander e Standard Chartered com o empréstimo de R$ 12 bilhões dado à companhia.

Além disso, a execução das garantias também é uma forma de pressionar o governo para que o BNDES libere o financiamento de longo prazo para a Sete Brasil, travado desde o ano passado por causa da Operação Lava Jato. Isso porque, mesmo executando as garantias do Fundo Garantidor, os bancos ainda ficariam com um prejuízo de R$ 7,5 bilhões, emprestados à Sete sem garantias.

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Nenhum dos bancos quis comentar o assunto, alegando o sigilo bancário de clientes. O Fundo Garantidor usou o mesmo argumento. Mas, segundo algumas fontes próximas às instituições, a decisão de executar o FGCN vai na esteira do Standard Chartered, que nesta semana foi o primeiro a notificar o Fundo.

O movimento do Standard praticamente obriga os outros bancos a fazer o mesmo, segundo comenta um executivo de uma das instituições. Um dos motivos é que os primeiros a exigir as garantias do Fundo Garantidor recebem um porcentual maior. O rateio da garantia só será igualitário se todos os bancos a executarem ao mesmo tempo, ou seja, o banco que ficar para trás vai receber menos.

Outro motivo é que, ao executar as garantias, o Standard assume que a Sete Brasil não pagou o que devia e então passam a valer as cláusulas de "cross default" estabelecidas na concessão do financiamento. As cláusulas preveem que, caso a empresa deixe de pagar parte de um empréstimo, todo o resto pode ser cobrado imediatamente.

Um dos acionistas da Sete Brasil diz que a situação da empresa tem se deteriorado sem que o governo tenha escutado os donos da empresa sobre uma possível solução para o impasse. O BNDES chegou a propor liberar o financiamento via bancos credores, o que na prática o levava a assumir o risco também desse empréstimo. A solução não agradou as instituições. Alguns executivos dizem que quando entraram no negócio o governo alegava que era um projeto importante para o País e agora está entregando o problema para os bancos.

Dos R$ 12 bilhões concedidos, o Standard Chartered tem a menor participação, de US$ 250 milhões. O maior financiador foi o Banco do Brasil, segundo informa um dos acionistas, com empréstimos que superariam R$ 3 bilhões. Bradesco, Itaú BBA e Santander teriam emprestado valores superiores a R$ 2 bilhões cada um e a Caixa teria uma participação menor, de R$ 1,5 bilhão.

Delação. A situação da Sete Brasil vem se deteriorando desde outubro do ano passado, quando um de seus ex-diretores e ex-gerente da Petrobrás, Pedro Barusco, assinou acordo de delação premiada na Operação Lava Jato. Sem ter como afirmar se a companhia tinha indícios de corrupção, ficou difícil acertar o financiamento de longo prazo sem que antes a empresa passasse por uma auditoria interna. Além disso, a situação foi agravada com o fato de a Petrobrás ter tentado cancelar a contratação de sete sondas.

Quando as partes chegaram a um acordo, em fevereiro, veio a público a delação premiada de Barusco que implicou os estaleiros e ex-executivos do banco. E assim o BNDES travou de vez o financiamento, que resolveria toda o problema.

Em meio a esse imbróglio, a Sete deixou de pagar os estaleiros que contratou para construir as 29 sondas que seriam usadas no pré-sal. Já são mais de R$ 2,5 bilhões em atraso, que deixaram também os estaleiros em situação difícil. Sem o financiamento de longo prazo, a Sete Brasil pode se tornar inviável e deixar um rastro bilionário de prejuízos. Os acionistas investiram R$ 8,3 bilhões no negócio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O alto nível de endividamento das pessoas no Brasil exige que os bancos peçam mais garantias dos clientes, conforme o presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal. "Há oportunidade de aumentar empréstimos a consumidores no Brasil. As vendas de carros estão crescendo e o financiamento ao consumo fez muito por isso. Mas hoje os consumidores não conseguem ter mais dívida. Haverá algo mais em linha com a renda no Brasil. Não tem espaço para alavancagem na renda", avaliou ele, em São Paulo, nesta manhã.

Segundo ele, a oferta de crédito está em linha com o nível de dívida que o consumidor tem condições de lidar. Setubal citou negócios específicos como crédito consignado (com desconto em folha), no qual o banco está mais bem posicionado após a joint venture com o BMG, especializado nesta área. Falou ainda sobre crédito imobiliário, no qual o Itaú vem crescendo 30% ao ano e ainda há potencial de expansão. "Essa indústria (imobiliária) ainda está se desenvolvendo e há grande potencial", afirmou ele.

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Os bancos, conforme o executivo, são uma "maratona". No longo prazo, de acordo com Setubal, precisam ser sustentáveis, ter capital, estratégia, tecnologia e pessoas certas. No entanto, ele lembrou que não é algo que pode ser feito da noite para o dia. Ele disse que quando se inicia um negócio é preciso cuidado para aprender sobre este mercado. "Quando há um banco muito agressivo, usualmente, há obstáculos no caminho. No Brasil, os bancos públicos vêm sendo agressivos", concluiu Setubal.

Istambul, 21/04/2014 - O Tesouro da Turquia vai começar a oferecer garantias para empresas dispostas a participar de grandes projetos de infraestrutura, em uma tentativa de estimular o setor de construção. O governo poderá assumir dívidas de companhias privadas que participem de projetos de no mínimo 1 bilhão de liras (cerca de US$ 469 milhões). No caso de parcerias público-privadas nas áreas de saúde e educação o valor mínimo do projeto cai para 500 milhões de liras.

O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, tem prometido fazer o que for preciso para promover US$ 400 bilhões em investimentos, o que levaria o país a se tornar uma das dez maiores economias do mundo até 2023, quando se comemorará um século da proclamação da república.

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Mas alguns analistas estão céticos quanto ao projeto das garantias oferecidas pelo Tesouro. Eles temem que a medida enfraqueça a disciplina fiscal. "Essa política determina o fim da disciplina fiscal na Turquia. Pela primeira vez na nossa história o Estado poderá assumir dívidas do setor privado", comenta Hakan Ozyildiz, ex-vice-secretário do Tesouro. "O impacto no mercado no médio e longo prazo será negativo, porque irá prejudicar a disciplina fiscal, que é um dos pontos fortes da Turquia", afirma Fatih Kerecteci, estrategista do banco HSBC.

Para Ozlem Derici, economista-chefe da Deniz Invest, o objetivo de nova política do governo é garantir financiamento para os projetos de infraestrutura, em meio a um ambiente global de redução da liquidez. "É impossível encontrar financiamento para tais projetos, porque o financiamento externo está bastante apertado e os bancos estão relutantes em fornecer crédito", comenta. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Procon Caruaru emitiu uma nota oficial nesta terça-feira (18) onde se posiciona sobre casos em que consumidores alegam dificuldade em pagar contas futuras, por estarem em outra agência bancária, distinta da sugerida em boleto. Após algumas denúncias deste tipo de caso na cidade, o órgão de defesa do consumidor está orientando as pessoas que passarem por este tipo de situação a denunciarem formalmente o caso.

“Esta prática é incorreta e deve ser informada, uma vez que toda agência bancária deve receber as faturas, mesmo havendo sugestão de uma agência específica”, informou o coordenador da unidade, Adenildo Batista. Para relatar um caso como este, a população deve se dirigir ao edifício da prefeitura de Caruaru, onde o Procon está instalado, na Avenida Rio Branco, 315.

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Acesso às agências - Há menos de um mês, o Procon Pernambuco faz uma recomendação aos consumidores, após casos de pessoas que alegavam estarem sendo impedidas de entrarem em agências bancárias no Recife. Segundo o órgão, desde 2013, cerca de 50 denúncias deste tipo já haviam sido registradas, e considerou prática abusiva

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira (6), por 385 votos a 23, um pacote de ajuda à Ucrânia. A lei aprovada hoje permite aos EUA oferecer ao país até US$ 1 bilhão em garantias de crédito.

Ambas as Casas do Congresso norte-americano precisam aprovar a medida. O Senado deve discutir o auxílio na próxima semana. Republicanos e Democratas afirmam que o pacote é o primeiro passo de várias medidas que podem ser tomadas pelo Congresso sobre a crise ucraniana. Fonte: Dow Jones Newswires.

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O diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Helder Queiroz, afirmou nesta terça-feira, 08, que das 11 empresas inscritas para o leilão de Libra, nove depositaram as garantias. "Isso não quer dizer que as outras duas empresas não estejam, porque elas podem ter tido as garantias aportadas pelo líder do consórcio", afirmou o regulador, citando que esse tipo de prática já foi vista em rodadas anteriores realizadas pela ANP.

Queiroz não revelou detalhes sobre quais empresas depositaram as garantias e nem se já há formação de algum consórcio. No entanto, o diretor da ANP afirmou que está afastado o risco de um único consórcio para o leilão. "Devemos ter entre dois e três consórcios", disse o executivo, que participa de seminário do grupo de Economia de Energia (GEE/UFRJ). O valor total de garantia para um consórcio é de R$ 156 milhões.

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O leilão do campo de Libra está marcado para o dia 21 e será a primeira licitação de uma área do pré-sal com o novo regime de partilha.

Os depósitos bancários inferiores a 100 mil euros estão protegidos por lei na Europa, afirmou o presidente do Conselho da União Europeia, Herman Van Rompuy, durante uma conferência de executivos bancários, em Bruxelas. Ele disse também que desejava "acabar com qualquer dúvida sobre a natureza legal" das garantias de depósitos.

"Os depósitos são garantidos na Europa, em qualquer lugar e qualquer tempo", afirmou Van Rompuy, enfatizando que os depositantes são o "alicerce de nosso sistema financeiro".

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O presidente do Conselho da União Europeia, que preside as reuniões dos líderes do bloco, destacou a importância das atuais iniciativas regulatórias da UE pra estabelecer uma estrutura para liquidar com bancos falidos. A Europa precisa de uma única autoridade para assumir o comando do processo de resolução de bancos falidos apoiados por um fundo comum financiado pela indústria, que deve ter apoio dos contribuintes, como último recurso, afirmou. As informações são da Dow Jones.

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