Tópicos | governo americano

Os conselheiros do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defenderam neste domingo (10) a possibilidade de reativar a economia do país com segurança, apesar da propagação da pandemia, com vários casos de coronavírus na Casa Branca.

Nos últimos dias, dois funcionários da "ala oeste", onde fica o Salão Oval - um militar a serviço do presidente e a porta-voz do vice-presidente Mike Pence - apresentaram resultado positivo ao novo coronavírus, apesar das precauções adotadas.

Além disso, três membros da linha de frente da unidade de crise da presidência americana, responsável por coordenar a luta contra a COVID-19, decidiram entrar em quarentena preventiva por sua possível exposição ao vírus.

Entre eles está o epidemiologista Anthony Fauci, que aconselha diariamente Trump, assim como o diretor dos Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Robert Redfield, e Stephen Hahn, diretor da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA).

As pessoas que se aproximam do presidente e do vice-presidente são submetidas continuamente a exames.

O assunto domina os programas de notícias neste domingo nos canais americanos. Se nestas condições a presidência não ficou isenta, como um americano comum pode retomar o trabalho sem o temor de ser contaminado?

"A Casa Branca é um contexto enorme, de pelo menos 500 pessoas, provavelmente mais", disse Larry Kudlow, assessor econômico da presidência, ao canal ABC. "Os que apresentaram resultado positivo representam uma pequena parte", insistiu, sem revelar um número exato.

Ele defendeu a vontade do presidente de "reabrir a economia" para enfrentar os "horríveis" números do desemprego.

"Por quê não confiar nas empresas?", questionou Kudlow. "Elas sabem, de um lado, que as pessoas devem ser protegidas e, do outro, que é necessário recomeçar o mais rápido possível para enfrentar o problema econômico, a recessão pela pandemia", disse.

O secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, declarou à Fox que "há um risco considerável se a atividade econômica não for retomada".

"Estamos falando do que seria um dano econômico permanente para o povo americano. E vamos reabrir de uma forma muito refletida, que leve as pessoas de volta a seus trabalhos de forma segura", disse.

Mais de 450 pais foram deportados dos Estados Unidos após terem sido separados de seus filhos na fronteira do sul do país, segundo um relatório entregue pelo governo americano em um tribunal de San Diego, na Califórnia. 

O documento revela ainda que 900 imigrantes separados de seus filhos já contam com ordens de deportação como consequência da política de "tolerância zero" promovida pelo governo de Donald Trump.

##RECOMENDA##

Faltando menos de três dias para o fim do prazo estabelecido pelo juiz Dana Sabraw para reunir os pais com os filhos com idades entre cinco e 17 anos separados de forma inadequada, o governo americano afirma já ter reunificado 879 famílias de um total de 1.634, e que outros 538 pais sob custódia do Escritório de Imigração e Alfândegas (ICE) já foram entrevistados. O reencontro deles com os filhos também já foi aprovado.

Das 2.551 crianças imigrantes separadas dos pais e que estão na faixa etária estabelecida pelo juiz, o governo considera que 917 não poderão reencontrar os pais de forma imediata. Os pais de 130 deles abrirão mão do direito à reunificação e outros 54 têm antecedentes criminais. Há ainda um grupo de 260 pais que ainda estão sendo investigados pelas autoridades americanas. Desses, o documento afirma que muitos foram libertados em circunstâncias apropriadas por parte do Escritório de Reassentamento de Refugiados.

O Partido dos Trabalhadores (PT) manifestou apoio à reação da presidenta Dilma Rousseff (PT) sobre os atos de espionagem praticados pelos Estados Unidos da América (EUA). A denúncia é de que a governo americano teria implantado um sistema de espionagem no Brasil para examinar a administração da petista. No texto, o presidente da legenda, Rui Falcão (PT), afirma apoiar a ação movida pelo Brasil na ONU e as iniciativas anunciadas para proteger o Brasil, seus cidadãos e cidadãs, da invasão cibernética.

Confira a nota na íntegra abaixo:

##RECOMENDA##

Nota do PT sobre os atos de espionagem praticados pelos EUA

O Partido dos Trabalhadores manifesta seu apoio à firme reação da presidenta Dilma Rousseff, frente aos atos de espionagem praticados pelo governo dos Estados Unidos.

Já sabíamos, pela experiência histórica e também com base nas informações divulgadas pelo ex-agente Edward Snowden, que os Estados Unidos mantêm um esquema de espionagem massiva, capaz de monitorar correios eletrônicos, redes sociais, mensagens de texto e ligações telefônicas de pessoas por todo o mundo.

Agora está confirmado que a presidenta da República e seus assessores diretos foram alvo desta espionagem. Além de invasão de privacidade, desrespeito aos direitos humanos e as liberdades individuais, trata-se de uma agressão direta ao Brasil.

Como é óbvio, a espionagem contra a presidenta do Brasil não visa combater o terrorismo, mas sim obter informações que sejam úteis aos Estados Unidos em batalhas políticas e comerciais. 

Contra um Estado que age como hacker, é fundamental invocar a força da lei internacional e nacional. Além da ação movida pelo Brasil na ONU, apoiamos as iniciativas anunciadas para proteger o Brasil, seus cidadãos e cidadãs, da invasão cibernética.

A Independência do Brasil, cuja comemoração oficial se fará no próximo 7 de setembro, é defendida e reforçada assim, por um governo capaz de proteger nossa soberania, segurança, democracia e nossa opção pela justiça social.

Rui Falcão Presidente Nacional

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando