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O recesso do governo federal para comemoração das festas de fim de ano ocorrerá nos períodos de 26 a 29 de dezembro de 2023 e de 2 a 5 de janeiro de 2024, para Natal e Ano Novo, respectivamente. A informação consta de portaria do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (21).

O ato, que estabelece orientações aos órgãos e entidades integrantes da Administração Pública federal direta, autárquica e fundacional, determina que os agentes públicos devem se revezar nos dois períodos comemorativos, preservando os serviços essenciais, em especial o atendimento ao público. O disposto aplica-se aos servidores públicos, empregados públicos, contratados temporários e estagiários.

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"O recesso deverá ser compensado no período de 2 de outubro de 2023 até dia 31 de maio de 2024", diz a portaria. "O agente público que não compensar as horas usufruídas em razão do recesso, no período estabelecido, sofrerá desconto em sua remuneração, proporcionalmente às horas não compensadas", avisa.

Os agentes públicos também poderão optar por não usufruir do recesso, podendo manter sua jornada ordinária de trabalho normalmente.

O deputado federal Pedro Campos (PSB-PE) participa da comitiva da Presidência da República em Nova Iorque, nos Estados Unidos, para uma agenda de eventos, entre eles a 78ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta segunda-feira (18), ele compareceu ao evento Brasil em foco: mais verde e mais comprometimento com a sustentabilidade, realizado na sede da Bolsa de Valores da cidade. “O nosso país reocupa o seu posto de protagonistas nas discussões ambientais no cenário internacional. Em nosso país, Câmara, Senado e Governo Federal estão alinhados pelo desenvolvimento sustentável no Brasil e no mundo”, afirmou o parlamentar. 

Os encontros desta segunda-feira também contaram com os painéis “A Transformação Ecológica - O Brasil e o Mundo” e “A Descarbonização e Transição Energética - Oportunidades e Desafios”. O deputado é coordenador de Energias Renováveis da Frente Parlamentar Ambientalista, e ressalta que o processo de descarbonização representa o impulsionamento de um novo ciclo de crescimento do país. “A bioeconomia vem atrelada a muitos ganhos sociais e econômicos, com a geração de emprego e renda decorrentes de uma neoindustrialização verde, com a implantação de empreendimentos e processos produtivos sustentáveis”, declarou. 

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78ª Assembleia Geral da ONU 

O evento tem início nesta terça-feira (19), com o tema “Paz, Prosperidade, Progresso e Sustentabilidade, e contará com o discurso do presidente Lula (PT). Tradicionalmente o Brasil realiza o discurso de abertura. Para o parlamentar, a presença do Brasil na assembleia carrega um potencial de mudança. “O Brasil chega na Assembleia Geral unido pelo desenvolvimento verde, amarelo e azul. Verde, representando a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente; amarelo, da geração e da distribuição de riquezas, principalmente para aqueles que mais precisam; e o azul celeste dos nossos valores do humanismo, da dignidade da pessoa humana, da inclusão e da diversidade” explicou. 

 

O ministro da Previdência, Carlos Lupi, anunciou, nesta sexta-feira (8), pelo Twitter, que o Ministério da Previdência decidiu antecipar benefícios para os atingidos pelos estragos causados pelas chuvas no Rio Grande do Sul. "Acabamos de antecipar o pagamento dos benefícios previdenciários e assistenciais da Previdência para mais de 700 mil pessoas atingidas pela catástrofe das chuvas nas 79 cidades gaúchas", escreveu na rede social.

O Estado sofreu nesta semana a maior tragédia climática da sua história. A passagem de um ciclone, junto de temporais e ventania, deixou ao menos 41 mortos.

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Também pelas redes sociais, o Ministério da Saúde comunicou ter enviado na quarta-feira, 10 kits de medicamentos e insumos para assistência farmacêutica ao Rio Grande do Sul.

Os kits enviados atenderão 15 mil pessoas em circunstância do ciclone extratropical e às fortes chuvas que castigam a região.

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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), voltou a fazer uma série de críticas à reforma tributária do Governo Federal. Em um evento junto a empresários pernambucanos nesta terça-feira (22), no Recife, o gestor estadual demonstrou preocupação com a medida e condenou a postura do Conselho Federativo, que, na opinião de Caiado, fere o pacto federativo e confere à União um direito e dever dos estados e municípios.

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“A política regional é fundamental para nós desenvolvermos nossos estados. ‘Eles’ [o Governo] criaram – o que, pra mim, é o máximo de agressão à Constituição brasileira – o Conselho Federativo. Quero conhecer esse iluminado, o homem mais competente do mundo, que resolve os problemas de 5.568 municípios e de 27 estados, em um Conselho Federativo em Brasília. Invertendo tudo aquilo na prática de que é preciso, cada vez mais, transferir aos municípios e estados a própria capacidade de gerir suas arrecadações ou os fundos que lá chegam”, afirmou o governador. 

Caiado foi a presença mais aguardada do evento, organizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) no auditório do Empresarial MV, na Imbiribeira, Zona Sul do Recife. O tema do encontro foi “O Brasil pós-reforma tributária” e Ronaldo teve 30 minutos para discursar. Na sessão debate, ele foi acompanhado do deputado federal Mendonça Filho (União-PE) e do economista Caio Megale, da XP investimentos, que também foi convidado especial. Outros dois integrantes do Lide compuseram a mesa. 

Conselho Federativo 

A comissão federal que tem tratado dos impostos abordados na reforma tributária, em Brasília, e criticada pelo governador goiano, foi criada pelo Governo Lula em abril deste ano. O conselho se trata de um colegiado extraordinário, criado para gerir o Imposto Sobre Bens e Serviços (IBS), que passaria a ser controlado pela União. Atualmente, o texto da reforma se encontra sob apreciação no Senado, após aprovação na Câmara dos Deputados. 

“Então, um cidadão vai lá representar Goiás no conselho. O cara vai me dar uma mesada por mês e vai dizer pra mim: ‘agora você é ordenador de despesas’; mas eu que fui eleito. A constituição preserva o pacto federativo, que garante a todos os governos independência para poder gerir a sua arrecadação. É inadmissível um conselho querer substituir as prerrogativas dos prefeitos e dos governadores. Nós que conhecemos a realidade de cada município e sabemos como que é cada município, cada estado. [...] Vou lutar fortemente para podermos derrubar isso no Senado Federal”, acrescentou o gestor. 

Ronaldo enfatizou que a renúncia de receitas aos estados é inferior para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, apesar da participação no Produto Interno Bruto (PIB) de alguns dos estados dessas regiões é maior que a de estados do Sul-Sudeste. O governador fez uma conexão Goiás-Pernambuco e exemplificou que as renúncias para as regiões que contemplam os estados são de 9% e 12% cada. O argumento foi colocado à mesa para reforçar a prerrogativa regional e persuadir o empresariado a entender o impacto da reforma e da federalização da gerência tributária.  

Na apresentação de apoio, a equipe do governador propôs uma síntese que dizia: "Ao comprar o livro pela capa, sem avaliar o conteúdo, os defensores da reforma tributária não atentaram que o texto atual: 1) acaba com importantes mecanismos de desenvolvimento regional; 2) destrói o pacto federativo e transfere para um Conselho Nacional a definição de políticas tributárias que competem a estados e municípios". 

Pacto federativo 

O pacto federativo está previsto da Constituição Federal de 1988 e dispõe dos dispositivos que configuram a moldura jurídica, as obrigações financeiras, a arrecadação de recursos e os campos de atuação dos entes federados. O debate em torno do pacto federativo que está sendo travado atualmente no Congresso Nacional gira em torno, sobretudo, de questões fiscais. 

De acordo com a Constituição de 1988, a República Federativa do Brasil é composta pela parceria indissolúvel de estados, municípios e distrito federal. A organização político-administrativa brasileira compreende a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, todos autônomos, nos termos da Constituição. 

 

Autoridades se reuniram nesta segunda-feira (21), em um auditório da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), para debater as pautas relacionadas ao metrô do Recife (Metrorec). A audiência pública aconteceu durante a tarde, após uma manhã de vistorias em estações de metrô na cidade, assim como a visita ao espaço onde ficam alocados os metrôs inativados, conhecido como “cemitério dos metrôs”. 

Participam da audiência o presidente do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE), Luiz Soares, o superintendente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Dorival Martins, além de parlamentares como o senador Humberto Costa (PT-PE) e deputado federal Túlio Gadelha (Rede-PE).   

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Orçamento antigo 

Uma das demandas dos metroviários é o reajuste salarial e do piso da categoria. O último pedido feito pelo Sindmetro-PE foi um aumento de 7%, mas a proposta dada pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST). Além disso, o pedido de retirada da CBTU do Programa Nacional de Desestatização (PND). Segundo Dorival Martins, as ações que precisam ser feitas dependem de um orçamento que está além da realidade atual da administração do transporte. “A gente pegou um orçamento que não foi esse governo que fez, na verdade, então eles estão fazendo uma série de ajustes. Então tá o que tá sendo possível tá sendo realizado. E as negociações continuam” afirmou Martins. 

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Público no auditório da Unicap. Foto: Rachel Andrade/LeiaJá

Parlamentares participam dos debates 

Presente na audiência, o deputado federal Túlio Gadelha explanou que as necessidades do metrô vão além de reajuste salarial dos servidores, evidenciando os investimentos urgentes que devem ser feitos em toda a estrutura do equipamento. “Além de mais investimentos para a expansão da linha, precisa-se de investimentos para aquisição de novos carros, investimento para manutenção das linhas, requalificação do quadro de servidores e funcionários que temos hoje na CBTU. São 1500, mas estudos mostram que precisa, pelo menos, de 2500 pessoas trabalhando”, afirmou ao LeiaJá. 

“Como todo o sistema metroviário é custoso, nunca será superavitário. Por isso que precisa de investimentos públicos. Por isso que a discussão de privatização é uma discussão perigosa. Porque não existe empresa que tem interesse de assumir uma gestão de uma empresa que é deficitária por sua natureza. Então a gente tem que discutir parcerias públicos-privadas, mas de maneira que o Estado ou o Governo Federal façam a gestão desse equipamento”, complementou. 

O parlamentar listou alguns dos pontos que precisam ser levados em consideração no cálculo dos investimentos financeiros que devem ser demandados, seja por meio de uma parceria público-privada ou algum adiantamento, como do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“Há possibilidade de investimentos do BNDES já foi comprovada que se precisa de 245 milhões pra recuperação da via permanente que é a via, são as vias férreas, né? O sistema de eletrificação também precisa de 304 milhões pra recuperação do material rodante que são os carros que se precisam ser reformados, precisam de reparos e fazer os que estão andar também e de 260 milhões de reais pra recuperação e requalificação das edificações. Então a gente tem esses estudos feitos juntos aos metroviários, tem acompanhado essa pauta, só que agora a gente precisa de apoio do Governo Federal para fazer esses investimentos substanciais”, declarou. 

Única solução é ‘retomada dos investimentos’ 

De acordo com a vereadora do Recife Liana Cirne (PT), a imagem de sucateamento do metrô acaba sendo usada como justificativa para uma possível privatização. “Vou usar como como exemplo Santa Cruz, o meu time, que às vezes a gente tem a impressão de que houve um plano de precarização do clube para se vender a proposta da sua privatização, da sua venda, como algo que é a única solução. Então a gente cria um problema para apresentar uma falsa solução. O metrô só tem uma solução de fato que é a retomada dos investimentos”, declarou a vereadora. 

“A privatização de serviços públicos sempre implica o aumento da tarifa pro usuário e a piora da qualidade dos serviços. Só que quando você precariza tanto o serviço a ponto de todo mundo começar a criticar, você propõe uma falsa solução, essa solução seria a privatização, e as pessoas podem comprar uma ideia equivocada de que essa solução resolveria o problema”, disse Cirne. 

 

Na manhã desta quinta (17), o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) se reuniu com bases sindicais de outros estados em um protesto em frente ao Palácio do Planalto, no Distrito Federal, para cobrar a permanência da administração federal do metrô.  

Em seu 15º dia de greve, mais de 100 trabalhadores participaram da caravana a Brasília para reivindicar a retirada do metrô do Recife do Plano Nacional de Desestatização (PND). Outra demanda da categoria é a aprovação do Acordo Coletivo de Trabalho 2023-2025, com reajuste de 7% no salário. 

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"Estamos nos mobilizando, continuaremos lutando. Durante a época de campanha, o presidente Lula se comprometeu com essa categoria, para a retirada da CBTU do Plano de Desestatização e por mais investimentos no Metrô do Recife. Mas, infelizmente, Lula segue a ideia do governo Bolsonaro e avança com essa ideia de entregar a CBTU nas mãos dos empresários. Não iremos deixar", informou o presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares.  

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Luiz ainda salientou que o Governo Lula foi eleito pelos trabalhadores e não pela classe empresarial. "Queremos um metrô público, estatal federal e de qualidade para as pessoas. Precisamos de investimentos no Metrô e só Governo Federal tem o aporte necessário para entregar as melhorias necessárias no sistema", avaliou. 

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, declarou, nesta quarta-feira (16), que o metrô do Recife será incluído no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), do governo federal. A menção foi breve e sem detalhes, mas o ministro foi assertivo ao dizer que o equipamento vai ser atualizado tecnicamente. 

“Nós vamos incluir no PAC também o metrô [do] Recife, para atualizá-lo tecnicamente, melhorar a sua operação e melhorar a sua qualidade, e melhorando, portanto, o serviço público de mobilidade”, afirmou Rui Costa, durante o programa matinal “Bom dia, Ministro”, do canal do governo no Youtube. 

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Mesmo com a promessa recente, e a inclusão da requalificação do MetroRec no PAC – o item faz parte do subeixo de mobilidade urbana sustentável –, o equipamento está classificado como estudo, e não como obra, ainda.  

Do Novo PAC, Pernambuco receberá investimentos na faixa dos R$ 91,9 bilhões nos próximos anos. Confira os valores distribuídos para cada um dos eixos do programa no estado: 

INCLUSÃO DIGITAL E CONECTIVIDADE: R$ 3,1 bilhões. 

SAÚDE: R$ 7,9 bilhões. 

EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA: R$ 21,1 bilhões. 

INFRAESTRUTURA SOCIAL INCLUSIVA: R$ 400 milhões. 

CIDADES SUSTENTÁVEIS E RESILIENTES: R$ 14,8 bilhões. 

ÁGUA PARA TODOS: R$ 10,3 bilhões. 

TRANSPORTE EFICIENTE E SUSTENTÁVEL: R$ 11,2 bilhões. 

TRANSIÇÃO E SEGURANÇA ENERGÉTICA: R$ 16,8 bilhões. 

INOVAÇÃO PARA A INDÚSTRIA DA DEFESA: R$ 6,3 bilhões. 

O Governo Federal iniciou nessa quarta-feira (2), a adesão ao Programa Escola em Tempo Integral, por meio do Simec. A iniciativa faz parte do Ministério da Educação e o acesso é voluntário aos municípios, estados e Distrito Federal, abrangendo toda a rede de ensino básico, da creche ao ensino médio. 

A Portaria nº 1495/2023, onde está detalhado a adesão ao programa e como vão funcionar as metas, foi publicada no Diário da União. Critérios como capacidade de financiamento, serão levados em consideração. 

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O programa tem o intuito de ainda esse ano aumentar em um milhão o número de matrículas de tempo integral. Para isso o Governo vai investir R$ 4 bilhões que vai permitir que municípios, estados e distrito federal consigam atingir a meta. E para 2026 se espera que cerca de 3,2 milhões de novas matrículas sejam feitas. 

O projeto ainda inclui estratégias para que seja assegurado um ambiente escolar de qualidade para os estudantes, por meio de diversificação e ampliação de oportunidades educativas, socioemocionais, culturais, artísticas, científicas, tecnológicas e esportivas.  

O Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) pode anunciar greve por tempo indeterminado a partir de amanhã. Nesta terça (1º), a categoria vota a paralisação em Assembleia Geral, agendada às 18h, na Estação Recife, na área Central. 

 Nessa segunda (31), os trabalhadores se reuniram com o Banco do Nordeste e com a equipe do presidente Lula (PT) para negociar a retirada do transporte do Plano Nacional de Desestatização (PND). 

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Na busca pelo reajuste salarial com a aprovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2023-2025, o sindicato participou de um encontro virtual com a Secretaria Geral de Diálogo da Presidência, na tarde desta segunda (31).  

Após ouvir as reivindicações, foi agendada uma nova reunião, ainda para esta terça, com a participação do Ministério do Trabalho, da Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos, da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), da Companhia Brasileira de Trans Urbanos (CBTU) e do Sindicato dos Ferroviários do Nordeste. 

Mais cedo, o Fórum Permanente em Defesa do Metrô do Recife esteve com o presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, que se mostrou interessado em reestruturar o transporte para garantir a continuidade do serviço pelo governo federal. 

"Eu torço muito pra que haja um desfecho positivo, que o banco possa ajudar neste processo. Como cidadão de Pernambuco, eu torço para que o desfecho seja o que vocês estão pleiteando. Eu acho que o melhor caminho nesse momento é recuperar o que tem, urgente! O Banco do Nordeste está à disposição, é uma decisão de governo mas, se for consultado, defenderá a recuperação do sistema pelo Governo Federal. O Banco do Nordeste está à disposição inclusive para participar de qualquer equação financeira no tocante a infraestrutura”, afirmou Paulo Câmara. 

Na ocasião, foi entregue o documento "Metrô nos trilhos é atendando à população" e o presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares, informou que o valor mínimo para reverter o sucateamento do sistema gira em torno de 1 bilhão e meio de reais. 

"Com 1 bilhão e meio a gente recupera o sistema e bota para funcionar a todo o vapor. Compra algumas composições, recupera as estações, recupera a linha, recupera a rede aérea, recupera as subestações, colocar tudo para funcionar com toda a força possível”, garantiu o representante. 

Pernambuco atravessa uma crise no transporte público desde a semana passada. Após seis dias de greve, os rodoviários negociaram um acordo com os empresários nessa segunda. Os serviços de ônibus e o metrô chegaram a ficar paralisados por dois dias, em uma mobilização conjunta por aumento salarial e melhores condições de trabalho.

O governo federal publicou, na última sexta-feira (28), em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), uma medida de bloqueio orçamentário na conta de R$ 1,5 bilhão, atingindo dez ministérios. Saúde e Educação foram os mais afetados, com contingenciamento de R$ 452 milhões e R$ 333 milhões, respectivamente, abarcando 52,3% do total. 

A medida não diz respeito a gastos obrigatórios, mas às despesas discricionárias, valores que cabem ao governo decidir quando serão liberados. 

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O bloqueio, que já havia sido anunciado pela Fazenda e Planejamento no dia 21 de julho, tem por objetivo cumprir o teto de gastos anual. No total, já foram bloqueados R$ 3,2 bilhões em 2023, em soma aos R$ 1,7 bi voltados para os ministérios de Cidades, Transporte e Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. 

Confira a lista completa dos bloqueios por pasta: 

Saúde: R$ 452 milhões; 

Educação: R$ 333 milhões; 

Transportes: R$ 217 milhões; 

Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome: R$ 144 milhões; 

Cidades: R$ 144 milhões; 

Meio Ambiente: R$ 97,5 milhões; 

Integração e Desenvolvimento Regional: R$ 60 milhões; 

Defesa: R$ 35 milhões; 

Cultura: R$ 27 milhões; 

Desenvolvimento Agrário: R$ 24 milhões. 

 

Em menos de uma semana do lançamento, o programa de renegociação de dívidas do governo federal, Desenrola Brasil, já sofre com a atuação de golpistas. No Youtube, ao pesquisar a palavra "Desenrola" o usuário pode ser direcionado a um chatbot falso e se tornar vítima de estelionato. 

O atendimento no chatbot criminoso atrai os devedores com a promessa de renegociação com descontos de até 99%. O governo federal alerta para a prática e reforça que as informações sobre o programa devem ser obtidas com o banco em que o interessado é cliente, sem intermediários.

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Também há links falsos no Facebook e no WhatsApp, onde a promessa é de atendimento personalizado e renegociação dentro do próprio aplicativo.  

Quem recebe até dois salários mínimos pode participar da Faixa 1 do Desenrola Brasil, após se inscrever no CadÚnico. Os benefícios só serão contemplados a partir de setembro, através do site "gov.br". A Faixa 2 é feita no banco, para quem tem renda de até R$ 20 mil. 

Mesmo após o governo federal anunciar o fim do Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim), o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Mano Medeiros (PL), indicou que vai manter o modelo e estuda ampliá-lo. O município conta com duas escolas cívico-militares no Programa de Escolas Integrais. 

A Escola Natividade Saldanha, em Cajueiro Seco, tem 415 alunos matriculados e a Escola Vereador Antônio Januário, em Prazeres, com 375. De acordo com a gestão, ambas acompanham as referências da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).  

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“Até dezembro, nada muda para esses estudantes. E em breve vamos definir o formato que viabilizará a manutenção do modelo cívico-militar no município”, assegurou Mano. 

O prefeito disse que enxerga benefícios com a presença de militares nas unidades de ensino.

"O apoio de 12 militares tem contribuído para a questão de disciplina, resultando em menor evasão, menos faltas e maior rendimento do aprendizado", alegou Medeiros, sem apresentar dados concretos sobre os ganhos com o modelo.

Também sem apresentar estatíticas, o prefeito afirmou que "tem recebido pedidos de famílias para que a atuação militar nas escolas aumente".

O Pecim foi extinto pelo governo federal por um "conflito normativo", como explicou o ministro da Educação, Camilo Santana. Os recursos da pasta estavam sendo destinados às Forças Armadas para a gerência das escolas, no entanto, os índices apurados pelo ministério não apresentaram resultado satisfatório e não houve o investimento integral dos valores enviado para o programa.

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Desde o anúncio da retomada do Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), do governo federal, ainda no início do ano, os debates no Legislativo foram em torno da votação e aprovação da Medida Provisória 1.162/2023, que foi aprovada no último dia 13 de junho pelo Senado. O MCMV, criado em 2009, no segundo mandato do presidente Lula (PT), deverá entrar em vigor a partir de julho deste ano, com novas regras e possibilidades para quem sonha em conquistar a casa própria e sair do aluguel.

É o que explica ao LeiaJá o economista Sandro Prado, professor do curso de economia da Uninassau Recife. “No Brasil ainda a casa própria é o sonho da maioria das pessoas. Muitas famílias não possuem ainda a casa própria, vivem em casa de parentes, vivem de casas alugadas e esse é o momento oportuno para que essas famílias possam enfim ter o seu imóvel”. Confira abaixo as novidades do programa, e algumas dicas para evitar cair no endividamento.

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Novas faixas de renda

Segundo o governo federal, as divisões dos benefícios são feitas, a princípio, entre a população que vive em áreas urbanas, e quem habita as zonas rurais do país. As faixas da população urbana variam de acordo com a renda mensal, enquanto que as faixas da zona rural se baseiam na renda anual, tendo em vista que muitas famílias vivem da renda de plantações, que podem ser altas e baixas, a depender da época do ano. A lista é disposta da seguinte maneira:

Fonte: Governo Federal

Sandro Prado alerta que é preciso comprometimento da família para aderir ao programa, já que isso acarreta em uma série de consequências. “Não é um plano habitacional para pessoas desempregadas. A família tem que ter uma certa renda para isso. A partir disso há uma expectativa na construção de habitações prédios, casas direcionadas para essas famílias, e isso é extremamente importante no atual momento econômico, quando o Brasil se prepara para uma retomada do crescimento econômico com boas expectativas de crescimento já para 2023, e também com uma inflação minimamente controlada. Isso fez, inclusive, com que os juros pagos no programa também fossem reduzidos”, ele observa. 

Planejamento a longo prazo

O plano de adquirir um imóvel é, de modo geral, pensado com muita cautela pelas famílias. Segundo Rita Pedrosa, economista, consultora empresarial e professora universitária, os beneficiados do novo MCMV já poderão aderir ao programa a partir do terceiro trimestre de 2023. “É fundamental que os interessados façam um bom planejamento e estejam cientes dos acordos contratuais e do financiamento vigente no programa”, salienta a especialista ao LeiaJá.

Vantagens do MCMV

Rita Pedrosa também analisa as principais vantagens ao aderir ao programa para a compra de um imóvel. “A primeira vantagem sem dúvida é não ter a necessidade de uma renda alta, isso pode ser observado pelas famílias que estão na faixa 1 de renda. Outra vantagem, é o programa possuir as menores taxas e subsídios do mercado, principalmente para o financiamento de famílias com menor poder aquisitivo. Além disso, o MCMV apresenta simulação fácil no aplicativo e uma menor burocracia se comparado a outros tipos de financiamentos de imóveis no mercado. A composição de renda e o valor de entrada facilitado, parcelas mais baixas e prazo mais longos de pagamento são grandes atrativos para a massa da população”.

Diante das vantagens que o programa possui, o professor Sandro ainda complementa que não há descriminação quanto à renda familiar declarada. “É bom lembrar que a renda é a renda familiar, então pode ter o somatório da renda de todos os membros da família, inclusive até rendas advindas da do Bolsa Família, pode ser renda do benefício de prestação continuada, pode também ser renda advinda de salários, enfim, o somatório da renda familiar é que dá direito a esse grau de endividamento das famílias para adquirir a casa própria”, destaca.

Perspectiva de crescimento econômico

Outro detalhe importante que Sandro Prado destaca é que, com a compra de um imóvel, a família deixa de pagar aluguel, e passa a usar o valor do aluguel para quitar a dívida do financiamento. O economista ressalta ainda, que isso faz crescer a economia local, com a geração de emprego e mais renda em cada região. “Esse programa está sendo muito esperado não só pelo setor de construção civil, mas pelas famílias que estão aptas a poder entrar nesse programa já agora no mês de julho e de uma forma geral, para que isso seja mais uma das ações do governo para alavancar a economia brasileira já agora em 2023”.

Rita Pedrosa complementa: “As questões sociais também [apresentam] expectativas, como a redução do déficit habitacional, ao fornecer moradias acessíveis para famílias de baixa renda que não tinham condições de adquirir uma casa própria, impactando na melhoria das condições de vida, na educação e na saúde das famílias beneficiadas”.

Entrega de casas do novo MCMV, nesta sexta-feira (30), no Rio Grande do Sul. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Dúvidas frequentes

Para entender quais os direitos e deveres das famílias ao aderir ao Minha Casa Minha Vida, o LeiaJá procurou o especialista em Direito Imobiliário e professor universitário, Bruno Xavier, que tirou as principais dúvidas, confira:

Quais os principais impactos trazidos pelo novo programa?

A mudança nas regras foram para beneficiar o consumidor, são: o aumento do subsídio para aquisição de imóvel, a redução dos juros para financiamento de famílias com renda mensal de até R$ 2 mil, o aumento do valor máximo do imóvel que pode ser comprado pela maior faixa de renda. Mas acaba aquecendo o mercado imobiliário e beneficiando a venda.

O que é preciso saber antes de financiar um imóvel?

Entenda as condições do financiamento, como taxa de juros, prazo de pagamento, valor das parcelas e entrada necessária. É importante conhecer todos os detalhes e calcular o impacto financeiro a longo prazo. Procure investigar a saúde financeira da construtora e solicite no cartório de imóveis local a certidão imobiliária para verificar se o imóvel está em ordem.

O que pode acontecer caso aconteça atraso no pagamento? 

Se houver atraso no pagamento das parcelas, o financiado estará sujeito a multas, juros e correções monetárias estabelecidas no contrato de financiamento. É importante entrar em contato com a instituição financeira (no caso, a Caixa Econômica Federal) para buscar alternativas e regularizar a situação o mais rápido possível. Se o atraso persistir e o financiado não conseguir regularizar a situação, existe o risco de o imóvel ser objeto de leilão pela Caixa para recuperar os valores devidos. E o adquirente do imóvel em leilão poderá ingressar com ação judicial para retirada do devedor do imóvel.

Como se prevenir e se proteger de práticas abusivas de construtoras?

Inicialmente, verifique o histórico da construtora, pesquise por eventuais processos judiciais, reclamações de consumidores e avaliações de outros compradores. Dê preferência a construtoras bem estabelecidas e com boa reputação no mercado. Analise o contrato para verificar quais são as garantias oferecidas pela construtora e os prazos estabelecidos para reclamações e correções de problemas. Na entrega verifique se há defeitos, acabamentos inadequados, falhas na construção ou qualquer outra questão que possa ser considerada uma não conformidade. Registre todas as observações em um documento formal e solicite à construtora as devidas correções. guarde todas as comunicações, como e-mails, cartas ou registros de atendimento telefônico que servirão como prova em um processo futuro.

O governo federal divulgou, nesta segunda-feira (19), os critérios para distribuição gratuita de absorventes, que deverá atender cerca de 24 milhões de pessoas em condição de vulnerabilidade social.   

Conforme portaria interministerial, o público-alvo é de pessoas inscritas no Cadastro Único, em situação de rua ou pobreza, matriculadas em escolas públicas federais, estaduais e municipais e que pertençam a famílias de baixa renda, estejam no sistema penal ou cumprindo medidas socioeducativas.   

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Os absorventes serão distribuídos em estabelecimentos da Atenção Primária à Saúde, escolas da rede pública, unidades do Sistema Único de Assistência Social, presídios e instituições de cumprimento de medidas socioeducativas.   Estão previstos cursos de capacitação de agentes públicos para esclarecer sobre a dignidade menstrual, além de campanhas publicitárias.   

A compra dos absorventes deve levar em conta critérios de qualidade previstos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Caberá ao Ministério da Saúde fazer uma estimativa do uso médio de unidades de absorventes e do ciclo menstrual.   

O Ministério da Saúde ressalta que milhares de pessoas não têm acesso a absorventes no país “e, em consequência, meninas deixam de frequentar aulas por vergonha, e mulheres usam formas inadequadas de contenção do fluxo, como papel higiênico e até miolo de pão”.   O projeto, que previa a distribuição gratuita de absorventes para estudantes de baixa renda da rede pública e para mulheres em situação de rua ou de vulnerabilidade social, foi aprovado no Senado em setembro de 2021 e seguiu para sanção presidencial. Porém, o então presidente Jair Bolsonaro vetou trechos do projeto. O governo à época argumentou que o projeto contrariava o interesse público.

Em março deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou o decreto que regulamenta a Lei nº 14.214/21 e instituiu o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual.

O objetivo do programa é combater a falta de acesso a produtos de higiene e a outros itens necessários ao período da menstruação ou a falta de recursos que possibilitem sua aquisição, oferecer garantia de cuidados básicos de saúde e desenvolver meios para a inclusão das mulheres em ações e programas de proteção à saúde menstrual.

No mesmo mês, o Congresso Nacional derrubou veto de Jair Bolsonaro à distribuição de absorventes.

A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, anunciou a abertura de 4.436 vagas em vários ministérios do Governo Federal.

Entre as áreas que serão autorizadas a fazer concurso estão Ministério da Agricultura e Pecuária, Ministério da Educação, Ministério de Relações Exteriores, Ministério de Minas e Energia, Ministério do Trabalho, Ministério da Saúde, além do próprio Ministério da Gestão.

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Já haviam sido autorizados concursos de terceiro-secretário de carreira da diplomacia do Ministério das Relações Exteriores (30 vagas); analista, tecnologista e pesquisador no Ministério da Ciência e Tecnologia (814 vagas); analista ambiental no Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (98 vagas); 502 vagas de diversos cargos na Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas).

Além desses concursos para cargos efetivos, a ministra Esther Dweck também já havia assinado portaria autorizando o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a realizar concurso para 8.141 vagas de contratação temporária visando a realização do Censo.

Confira a lista de órgãos autorizados a abrirem concurso e quantidade de vagas disponibilizadas:

Capes - 50 vagas;

CNPQ - 50 vagas;

Censipam - 50 vagas; 

Dnit - 100 vagas ;

Fiocruz - 300 vagas;

Fnde - 100 vagas;

INPI - 120 vagas;

Inmetro - 100 vagas ;

Inmet - 80 vagas;

Incra - 742 vagas;

Inep- 50 vagas; 

ICMBio - 160 vagas;

Previc (quantidade de vagas ainda não divulgadas).

Com as novas vagas, o Governo Federal já soma 5.880 vagas efetivas e 8.141 temporárias em concursos públicos abertos este ano.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciam um novo programa de estímulo à indústria de carros. O objetivo, segundo o governo, é ampliar o acesso a veículos populares e "alavancar a cadeia produtiva ligada ao setor automotivo brasileiro".

Segundo informado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, o evento de lançamento do programa será no Palácio do Planalto, na manhã desta quinta-feira (25), data em que se celebra o Dia da Indústria.  Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou a jornalistas que o programa foi desenhado pela área econômica, sob coordenação de Alckmin, e a pedido do presidente Lula. 

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"A gente apresentou para o presidente algumas possibilidades de medidas de estímulo à indústria", afirmou, sem especificar detalhes das medidas.

O governo federal irá ampliar em mais 220 agentes da Força Nacional de Segurança no território Yanomami, que irão auxiliar na desintrusão de garimpeiros ilegais da terra indígena em Roraima, como informou nesta quinta-feira (4) o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.

“Estamos falando de quase 500 integrantes da Força Nacional, da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Federal dedicados exclusivamente à Roraima para que aja a conclusão dessa desintrusão, nessa fase mais complexa em que temos a presença de integrantes de facções criminosas que estão nesse território”, disse em entrevista coletiva à imprensa.  No último domingo (30), foi registrado confronto entre garimpeiros e agentes policiais na Terra Indígena Yanomami.

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Foram encontrados corpos de garimpeiros no local. Eles teriam reagido a uma incursão de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A ação da polícia ocorreu após ataques registrados no território. Segundo lideranças indígenas, três yanomami foram baleados na tarde do último sábado (29) – uma das vítimas, um agente de saúde que atuava na comunidade, morreu no local. As outras duas vítimas foram socorridas no posto de saúde que funciona na própria reserva e, posteriormente

transferidas para o Hospital Geral de Roraima, onde estão internadas.  Há indícios de que uma facção criminosa controla o garimpo em que houve o confronto. O ataque desse domingo é o quarto contra esquipes do Ibama desde o início da retomada do território Yanomami, em 6 de fevereiro.  O governo federal enviou uma comitiva interministerial a Roraima após ataques registrados na área.

Os 100 dias do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), completos nesta segunda-feira (10), foram marcados por diversos eventos, sobretudo em ações econômicas, relações internacionais, políticas públicas, e políticas sociais. 

O primeiro mês do governo foi movimentado, com a tentativa do chefe do Executivo federal de tentar estabelecer prioridades. Ele realizou a posse dos ministros e ministras, assinaturas de leis e medidas, reuniões com governadores e governadoras, com representantes de países, viagens a eventos fora do Brasil, ataques à Praça dos Três Poderes e crise dos povos yanomamis. 

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De acordo com a cientista política Priscila Lapa ao LeiaJá, já se pode falar sobre a nova condução que Lula está dando ao Brasil, que é numa linha do retorno à institucionalidade, sobretudo nas relações internacionais. “A gente pode dizer isso também olhando para o Congresso, a relação com os governadores. Nesses primeiros 100 dias a gente tem claramente um retorno às perspectivas institucionais. A institucionalidade dentro do País. Isso por si só é extremamente positivo e louvável. A gente sente que as instituições políticas com seus defeitos e virtudes voltam a uma lógica de funcionamento institucional que tinha se perdido, sobretudo com o clima de campanha de 2022”, afirmou. 

Segundo Lapa, pode-se observar muito mais alicerces no governo do que medidas já em curso, “o que é natural sobre transições”. Mas que é um movimento de atuação política totalmente diferente do que o colocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Ele [Bolsonaro] atuava na linha do conflito. Enquanto ele se fortalecia, se forjava politicamente atuando de forma conflitiva. Lula tem uma postura de alinhamento, concertação, cooperação, entendimento, diálogo. E isso por si só já faz diferença”, observou. 

 

Bolsonaro e Moro

No entanto, a especialista pontuou que em alguns momentos o presidente Lula aparenta estar ressentido politicamente, quando fala de Bolsonaro e do senador Sergio Moro (UB) na linha político-ideológica, mas que é um movimento comum na política brasileira. “Não consigo imaginar como poderia ser diferente. Não temos a cultura política de separar o estadista do político. A gente não é assim, culturalmente falando no Brasil. Claro que, em alguns momentos, isso toma tom de exagero, mas em linhas gerais, descer de palanques não é trivial. Acho que são momentos muito mais de exceção do que efetivamente a marca dos 100 dias de governo Lula, já que foram feitas medidas de pacificação dessas instituições e entre os diálogos. Havia muito tempo que a gente não via isso acontecer no Brasil”, relembrou. 

Para Priscila Lapa, considerando a transição de gestão, 100 dias é pouco tempo para avaliar se as ações feitas pelo petista coadunam com as promessas feitas durante a campanha eleitoral, o que é razoável. “Você imagina que em três meses ou pouco antes de três meses você consiga realizar algumas ações. Mas num governo de ruptura, isso se torna um pouco mais difícil, desafiador. O que podemos dizer é que ele [Lula] está seguindo a linha que propôs na campanha, que já era esperada de um governo Lula ou dos governos petistas. Inclusive, essa tem sido uma fragilidade observada de que, até o momento, ele não mostrou novidades de uma nova era Lula. Ele tem reciclado agendas e retomando programas que marcaram as suas gestões, por enquanto. Mas ainda não deu uma nova roupagem ao seu alicerce de governo”, complementou. 

Uma das áreas de atuação do novo governo federal que foi destacada pela cientista política foi a econômica, que está sob o comando do ministro Fernando Haddad. Segundo ela, a postura que está sendo construída positivamente vem chamando atenção dos especialistas. “É um modelo que eu acho que tem sido uma marca importante e, de certa forma, até surpreendente. A condução do ministro Fernando Haddad à frente do Ministério da Economia. No mais, [as ações] são medidas de grandes lançamentos, anúncios que tem muito a ver com as marcas de programas esperados. 

Além do arcabouço fiscal, uma das medidas de responsabilidade de Haddad e pelo Ministério da Economia foi o reajuste do salário mínimo de R$ 1.032 para R$ 1.320 a partir de maio. A medida provisória deve ser publicada no Diário Oficial da União. Houve a expectativa, no início do ano, de que o reajuste seria imediato, mas o governo adiou a medida por conta dos impactos nas contas públicas.  A faixa de isenção do Imposto de Renda para pessoas físicas também será ampliada. A partir de maio será de R$ 1.903,98 para R$ 2.112. Ela também deve ser oficializada por medida provisória. 

“Podemos dizer que, até o momento, o governo federal se desenha nas linhas que foram colocadas durante o processo eleitoral, seguindo as linhas das promessas de campanha. Agora, claro, têm coisas que se mostraram muito mais difíceis de realizar do que se pode imaginar, apesar de que ele conseguiu, até o momento, os remanejamentos orçamentários que precisava para garantir a continuidade do Bolsa Família de R$ 600 e outras medidas”, acrescentou Priscila Lapa.

O professor da Universidade Federal da Paraíba Augusto Teixeira, afirmou que o contexto econômico encontrado por Lula neste terceiro mandato como presidente é diferente do contexto que ele encontrou no primeiro e segundo mandato. “Mesmo com o contexto da crise internacional do governo Fernando Henrique Cardoso contou, o Brasil estava relativamente arrumado.  

Agora, Lula recebe o Brasil com problemas orçamentários relevantes. Uma peça orçamentária mal elaborada que passa por uma PEC de trnasição para poder dar mais fundo ao governo, somando a um contexto de desorganização e descontinuidade de políticas públicas em todos os níveis, não apenas no caso da saúde e educação, mas também na área ambiental e política externa, quadro muito diferente do que Lula ou até a Dilma encontrou no primeiro mandato”, observou ao LeiaJá

 

Ações 

O preço da carne teve a maior queda dos últimos 15 meses em março deste ano, com uma queda de 1,22%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre as baixas, a picanha teve a maior redução: 2,63%. O filé mignon caiu 1,77%. Economistas deram três explicações para a queda: a suspensão das exportações para a China; a quaresma, quando o consumo da carne vermelha diminui; e a queda no preço das rações, que são usadas para a engorda dos animais. 

O governo federal realizou mudanças nos programas sociais e lançou propostas econômicas, como a volta do Mais Médicos, por exemplo, que foi relançado por Lula em março, com o objetivo de aumentar a quantidade de profissionais da área e incentivar a continuidade no projeto. 

O Bolsa Família também foi reestruturado e o presidente conseguiu manter o pagamento mínimo de R$ 600 por família pelo programa de assistência social, além de implementar um adicional por cada criança de até 6 anos de idade. Ainda sobre o Bolsa Família, a Caixa Econômica chegou a anunciar, em fevereiro, a suspensão definitiva de empréstimos consignados pelo programa. O Ministério da Cidadania alegou que o banco era responsável por 80% das contratações do serviço. 

As novas regras fiscais para substituir o atual teto de gastos e controlar os gastos públicos, o novo arcabouço fiscal, também foi anunciado em março. O texto prevê que as despesas podem crescer acima da inflação, ou seja, poderão ter alta real entre 0,6 a 2,5%. Além disso, os gastos vão poder crescer apenas entre 50 e 70% da variação da receita. No entanto, a proposta ainda precisa ser aprovada no Congresso Federal.

A cobrança dos impostos sobre os combustíveis, que haviam zerado na gestão anterior, voltaram a valer. A ação aumentou o preço do litro da gasolina em R$ 0,47 e o etanol em R$ 0,02. A medida vale até junho e os impostos podem aumentar ainda mais a partir de julho, quando as alíquotas vigentes, que são maiores, voltarão a ser colocadas em prática. 

Política internacional 

O cientista político e professor da UFPB Augusto Teixeira avalia que a situação do Brasil é "complicada" economicamente cenário internacional. “É um cenário desfavorável. Apesar de ocorrer um leve aumento no valor das commodities, tem-se a guerra na Ucrânia e um contexto hostil para interesses externos, dado o amplo processo de polarização internacional”, disse.

Como mencionado pela cientista política Priscila Lapa, a relação do Brasil com os outros Países fazem parte desses 100 dias de governo. O presidente Lula fez três viagens internacionais, sendo duas na América Latina. Ele faria uma viagem à China, mas teve de ser adiada porque ele teve uma pneumonia. 

A escolha foi na tentativa de estreitar os laços alargados por Bolsonaro durante a sua gestão. A primeira viagem foi à Argentina logo após ter assumido o comando da Presidência. Ele se encontrou com o presidente Alberto Fernández e pediu desculpas pelas “grosserias” de Bolsonaro com ele. 

De lá, ele foi ao Uruguai, reunir-se com o presidente Luis Alberto Lacalle Pou e com o ex-presidente Pepe Mujica, que marcou presença na sua posse, no dia 1º de janeiro. 

Dias depois o petista foi aos Estados Unidos se reunir com o presidente democrata Joe Biden. Eles trataram de acordos climáticos. Havia, ainda, uma expectativa de que Biden anunciasse valores para o Fundo Amazônia, mas não foi concretizada. 

 

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) lançou o Observatório de Pessoal, um portal de pesquisa de acesso público sobre os dados de pessoal do governo federal. Lançada na última semana, a plataforma reúne dados estatísticos e informações sobre tabelas de remuneração dos servidores.

Entre os dados, estão comparações sobre as presenças masculina e feminina em cargos de alta e média lideranças e o perfil dos ocupantes quanto à idade, estado civil e escolaridade. O Observatório de Pessoal também apresenta um recorte sobre pessoas com deficiência e de mulheres negras e indígenas na liderança pública.

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De acordo com a ministra Esther Dweck, na primeira versão do relatório de pessoal, foi constatada uma redução do número de mulheres em cargos efetivos do governo, que passou de 46%, em fevereiro de 2019, para 45% em fevereiro de 2023.

“O período de ausência de concursos gerais e continuidade dos concursos em áreas predominantemente masculinas, como militares e segurança pública, foi um dos fatores que fizeram o percentual geral de mulheres no serviço público ficar estagnado”, explicou a ministra durante evento de lançamento da plataforma.

“E quando olhamos sobre as mulheres no papel de lideranças, nem na média, nem na alta liderança, é proporcional à quantidade de servidoras na administração pública federal e mais abaixo ainda da média feminina da população brasileira”, acrescentou.   

De acordo com o recorte apresentado sobre o estado civil dos ocupantes em cargos de liderança, o relatório do Observatório de Pessoal mostrou que, estatisticamente, a chance de homens com filhos menores de idade exercerem cargos de média e alta gestão é 3,2 vezes maior do que entre mulheres nas mesmas condições.

“Isso reflete a dificuldade das mulheres em aceitar o cargo ou de serem chamadas a assumir cargos de gestão, porque o trabalho de cuidados geralmente fica com a mulher, e ela não consegue, ou não pode, aumentar sua responsabilidade. Mas é importante que a mulher seja chamada e a decisão de assumir, ou não, a liderança seja um fator pessoal, e não de incapacidade técnica”, afirmou a ministra.

Ainda segundo Esther Dweck, a ideia do observatório e do relatório sobre pessoal, por meio do recorte de gênero, raça e etnia, é consolidar uma política de transparência ativa e disponibilizar os dados de forma simples.

Como forma de ampliar a presença de pessoas negras em cargos de liderança, incluindo paridade entre homens e mulheres, o governo federal vai implementar um programa que reserva até 30% de vagas em cargos de comissão e funções de confiança na estrutura do Poder Executivo, incluindo administração direta, autarquias e fundações. O decreto foi assinado há pouco mais de 10 dias pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva [https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2023-03/decreto-institui-cotas-raciais-em-30-dos-cargos-de-confianca].

 

As propostas para o chamado “arcabouço fiscal”, que deve substituir o teto de gasto das contas públicas, que vigora desde 2016 e limita o crescimento das despesas do ano anterior, corrigido pela inflação oficial, foram apresentadas nesta quinta-feira (30) pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad e pela ministra do Orçamento Simone Tebet. Apesar de falar sobre contas e gastos públicos, o novo arcabouço pode impactar na vida da população brasileira se ele não for bem executado pelo governo. 

Um gasto desgovernado pode gerar incertezas em relação à trajetória da dívida pública, que pode ter reflexos na inflação, na economia, além de afetar a definição do Banco Central (BC) sobre a Selic, taxa básica de juros, que atualmente está em 13,75% ao ano. 

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O Banco Central chegou a argumentar, na ata da reunião do comitê de política monetária do último dia 22 de março, que um arcabouço fiscal sólido e “plausível” pode contribuir, sim, com o processo de desânimo da inflação. 

O documento diz que o objetivo do arcabouço é controlar os gastos públicos a fim de deixar as contas públicas em azul e que, caso a proposta seja cumprida, o esperado é que a alta dos preços de produtos e serviços se mantenha moderada. 

Além disso, a sensação de segurança do investidor estrangeiro sobre o País é refletida no “prêmio de risco” dos ativos. Ele estaciona em níveis favoráveis, o que ajuda a estabilizar o cenário para que a inflação possa se manter sob controle. 

Sendo assim, a geração de empregos, o poder de compra e a renda da população e até investimentos privados sofrem impacto. Ou seja, atividades comuns do dia a dia de cada cidadão podem ser levadas a rumos não tão agradáveis assim. 

 

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