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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina nesta terça-feira (26) decreto que institui a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas. A previsão do governo é conectar 138,4 mil escolas em todo o país até 2026. O anúncio foi feito durante o programa Conversa com o Presidente, transmitido pelo Canal Gov. 

“Temos hoje a assinatura do decreto que institui a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas. Vamos conectar 138.400 escolas nesse país. Até 2026, a gente vai deixar toda a nossa meninada altamente conectada com wi-fi e tudo o mais que for necessário”, disse o presidente. 

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Durante participação no programa, o ministro da Educação, Camilo Santana, lembrou que mais da metade das escolas brasileiras, atualmente, não tem wi-fi.

Ação de ministérios

Segundo ele, algumas até contam com algum tipo de conectividade, mas somente na sala da direção, por exemplo, sem acesso aos alunos e professores. 

“A estratégia é criar um comitê e, através do decreto assinado hoje, vão participar vários ministérios – Ciência e Tecnologia, Educação e Casa Civil. Os recursos serão do Fundo da Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) e também do leilão do 5G”, disse o ministro. 

Acrescentou que “esse comitê vai trabalhar e a meta é - até o final de 2026 - nenhuma escola pública deixar de ter conectividade com fins pedagógicos. Não é só ter internet com baixa velocidade. E ter equipamento, um laboratório de informática, tablet, computador, wi-fi na escola”, concluiu o ministro. 

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse na manhã desta terça-feira (26), em entrevista para um pool de rádios da Bahia, que irá se reunir nesta terça com os ministros da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e da Defesa, José Múcio, além da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), para discutir a questão da segurança e estratégias de contenção de armamento pesado que estão nas áreas urbanas das capitais, como Salvador. "País vai voltar a ter controle de armas, que ficou liberado nos últimos 4 anos, é preciso tirar os equipamentos pesados das ruas."

Na entrevista, o ministro disse que na quarta-feira (27), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, anuncia a edição do Novo PAC voltada a projetos prioritários apresentados pelos municípios e que essa edição irá contemplar o abastecimento de água em cidades prejudicadas pela seca.

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Indagado se já está se movimentando para a eleições municipais do ano que vem, em seu reduto eleitoral, Bahia, o ministro disse que este não é o momento de falar neste tema porque o governo Lula tem muito trabalho pela frente e está lançando muitos programas, como o Brasil Conectado, que vai levar banda larga às escolas do País.

Centrão no governo

Costa falou também da entrada do Centrão no governo Lula, dizendo que é preciso ver que o Brasil é um País plural e a Casa Legislativa é um reflexo disso. "Sou a favor do diálogo entre os que pensam diferente."

E reiterou que a sociedade é plural e é preciso buscar respeito às ideias de todos, com foco no interesse da população.

Larvas, cabelo e tachinhas de metal, usadas para pregar papel em quadro de aviso, foram encontrados por alunos dentro da merenda servida da Escola Técnica Estadual Dom Bosco, localizada no bairro de Casa Amarela, na Zona Norte do Recife.

“Eu encontrei cabelo, aí peguei o prato de comida e fui levar para as tias da merenda. E elas disseram que foi a gente que colocou e não podia fazer nada. A gente levou para a gestão, e a gestora disse que a nutricionista ia vir. Ela veio ontem [quarta], mas não fez nada, só mexeu a panela e foi embora. É um absurdo porque a gente não é um animal para estar comendo isso e nem um animal come isso. Larva na comida, a gente achou um parafuso, imagina se um menino engolisse?”, disse Emily Mendes, estudante de 16 anos do 1º ano do ensino médio na escola. 

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A Escola Técnica Estadual Dom Bosco funciona em tempo integral, e conta com mais de 400 alunos. Diariamente, são servidas três merendas na escola: um lanche de manhã, o almoço e um lanche no turno da tarde.

Ao ser procurada pela TV Globo, a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco respondeu que a gestão da Escola Técnica Estadual Dom Bosco tem conhecimento do que aconteceu com a merenda dos alunos e que notificou a empresa responsável pela alimentação dos estudantes. Ainda segundo a Secretaria, uma equipe de nutricionistas foi à escola e verificou que os fardos de arroz estavam dentro do prazo de validade. Além disso, testes de cozimento dos alimentos foram feitos e não encontraram larvas.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) criou um Grupo de Trabalho para Redução do Custo Brasil (GT-CB), com o objetivo de propor medidas que aumentem a competitividade e promovam o crescimento do país. O colegiado funcionará por quatro anos, conforme determina a resolução publicada nesta quarta-feira (20), no Diário Oficial de União.

O Custo Brasil é o conceito usado para definir os desafios e entraves ao crescimento econômico do país, como problemas de logística, burocracias, entraves jurídicos e alta carga tributária que tornam o custo dos produtos nacionais altos e os investimentos menos atraentes. De acordo com um estudo realizado pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC), em parceria com o MDIC, e apresentado em maio deste ano, atualmente o Custo Brasil chega a R$ 1,7 trilhão por ano.

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O estudo chegou a esse valor, a partir da despesa adicional que as empresas brasileiras precisam gastar para produzir no país, comparados a média do custo da produção nos países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os custos são baseados em 12 indicadores de áreas fundamentais para garantir a competitividade do setor empresarial, como o custo para empregar um trabalhador, por exemplo.

Para reduzir esses desafios, o grupo tem como metas melhorar a produtividade, competitividade e o ambiente de negócios da economia brasileira, por meio de propostas de políticas públicas e melhoria da regulamentação de responsabilidade do Poder Executivo. Essas soluções serão submetidas ao Comitê-Executivo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), que também será o responsável por coordenar o GT-CB, por meio da sua Secretaria-Executiva.

Além do CNDI, o colegiado terá a participação de representantes de outros 20 órgãos, como a Casa Civil da Presidência da República, duas secretarias do MDIC, 15 ministérios, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Os representantes terão suplentes e suas atividades não geram remuneração além da que já recebem na prestação de serviço público.

O GT se reunirá todos os meses, podendo ter reuniões extras, caso seja necessário. E a cada encontro, deverá gerar um relatório de monitoramento das atividades realizadas, para ser submetido ao CNDI.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que o governo quer acelerar votações no Congresso de projetos que modernizam a legislação de Parcerias Público-Privadas (PPPs) e concessões, além de matérias de licenças ambientais, sem perder a preservação do meio ambiente. "Mas aquilo que é possível e, como for possível, que seja analisado e liberado rapidamente", disse.

"Está na pauta do Senado desta semana o novo marco de debêntures de infraestrutura para ser uma nova ferramenta de captação de fundos de investimentos que não querem, necessariamente, participar da gestão desse ou daquele projeto, mas que querem participar do investimento de infraestrutura", comentou Costa, em evento de apresentação do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) a embaixadores, no Palácio do Itamaraty, nesta segunda-feira (18). "Essa semana pretendemos fazer essa votação. Com isso, teremos um novo marco legal, mais moderno, para disponibilizar a investidores que queiram, através das debêntures, participar desses projetos", acrescentou.

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Na fala, o ministro também citou as conversas que mantém com o Ministério da Fazenda, sob Fernando Haddad, para a criação do Fundo Verde. "É importantíssimo principalmente às nações que querem reafirmar seu compromisso com meio ambiente e sustentabilidade", pontuou.

Segundo Costa, o Fundo Verde teria como objetivo "captar recursos de fundos de investimentos, fundos financeiros, que queiram oferecer, a taxas menores e queiram ajudar a viabilizar projetos de retirada da emissão de carbono". Por exemplo, a substituição de ônibus a diesel por elétricos. A ideia, conforme disse, é o governo lançar títulos para Fundo Verde, captando recursos com taxa menor.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é considerado bom ou ótimo por 38%, regular por 30% e ruim ou péssimo, por 31%, de acordo com pesquisa do instituto Datafolha divulgada na tarde desta quinta-feira, 14. Não souberam responder 2% dos entrevistados.

O Datafolha ouviu 2.016 entrevistados em 139 municípios na terça, 12, e quarta-feira, 13. A margem de erro do levantamento é de 2 pontos porcentuais.

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Segundo o instituto, o único índice que oscilou acima da margem de erro ante sondagem de junho, foi a reprovação, que era então de 27%. Em junho, a aprovação era de 37% e a avaliação regular, 33%.

As melhores taxas de aprovação de Lula estão entre os nordestinos (49%), os entrevistados com menor escolaridade (53%) e os mais pobres (43%).

Já a rejeição é maior na Região Sul (39%), entre os mais escolarizados (39%), entre os que ganham de cinco a dez salários mínimos (44%) e evangélicos (41%).

Entre os jovens de 16 a 24 anos, 43% consideram o governo Lula regular, enquanto os que rejeitam são 23% e os que aprovam, 31%.

Expectativa

Sobre a expectativa com o governo, 43% acham que será ótimo ou bom no futuro, ante 50% que consideravam isso em março. Os que esperam um governo regular continuam estáveis (26% a 27%), mas os que creem na piora, com Lula ruim ou péssimo, subiram de 21% para 28%.

Desempenho

Segundo a pesquisa, a avaliação sobre o desempenho de Lula segue em estabilidade: 17% acham que ele fez mais do que se esperava, 53% que ele fez menos e 25% que cumpriu as expectativas.

A gestão de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é aprovado por 55% dos brasileiros, segundo pesquisa Ipespe, contratada pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos). É o maior patamar de apoio ao petista desde o início do ano na apuração do instituto. Em relação ao último levantamento, o crescimento foi de quatro pontos percentuais - em julho, o percentual era de 51%. Lula é reprovado por 38%, uma diminuição de dois pontos no mesmo período de tempo.

Lula tem aprovação maior entre moradores Nordeste (65%), brasileiros que possuem até o ensino fundamental (60%), aqueles com renda até dois salários mínimos (59%), mulheres (59%) e pessoas entre 25 e 44 anos (59%).

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Sobre as áreas que deveriam ser prioritárias para o governo, 29% dos entrevistados citam saúde. Outros 27% mencionam emprego e renda, e 17%, educação.

O levantamento foi realizado entre 28 de agosto e 1º de setembro de 2023. Foram ouvidos 2.000 entrevistados de todas as cinco regiões do País. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais e a taxa de confiança é de 95,5%.

Mudanças no governo

Na última quinta-feira, 7, o Palácio do Planalto anunciou o desfecho de uma negociação de dois meses pela entrada de mais dois partidos no governo. Os deputados André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) foram nomeados, respectivamente, como ministros do Esporte e de Portos e Aeroportos. Márcio França, que era titular de Portos e Aeroportos, assumiu o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, criado nesta quarta-feira, 13.

Com a reforma ministerial, o governo espera destravar pautas importantes para o Executivo no Congresso. Desde o início do mandato, Lula dispôs as pastas de forma a abranger o máximo de partidos aliados que conseguia. Na época, além dos aliados da campanha eleitoral, o petista conseguiu agregar também União Brasil, MDB e PSD, totalizando dez siglas diferentes na Esplanada. A aliança, entretanto, não foi o suficiente para o governo ter seus interesses sustentados nas votações no Congresso Nacional. Agora com a mudança ministerial, há 12 partidos representados na Esplanada, contando com o PT.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, assegurou no período da noite da quarta-feira (13) em evento com empresários na capital paulista, que o governo vai perseguir os compromissos do novo marco fiscal. Diante da necessidade de aprovação pelo Congresso de medidas encaminhadas pelo Executivo para zerar o déficit primário no ano que vem, o ministro deixou claro que, se alguma matéria cair no Legislativo, o governo vai apresentar rápido uma alternativa.

"O que não podemos pensar em fazer é desistir dos nossos objetivos. Se amanhã, uma medida, das dezenas que a gente mandou, sofrer um revés, temos de imediatamente substituir por outra", declarou Haddad ao participar da cerimônia de uma premiação concedida a empresas pela revista Exame. "Vamos acertando isso, o que for necessário fazer, para arrumar a casa. Temos de fazer o que for necessário, não podemos cansar. E como ninguém da minha equipe está muito cansado, estou confiante de que vai dar certo", complementou Haddad durante o evento, em que foi entrevistado pelo ex-secretário do Tesouro e atual economista-chefe do BTG Pactual, Mansueto Almeida.

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A meta, prevista no orçamento do ano que vem, de zerar o déficit das contas primárias depende de R$ 168 bilhões em receitas adicionais.

As medidas propostas pelo governo para chegar a esse valor incluem a tributação de fundos exclusivos e offshore, proposta que enfrenta resistência de investidores.

O ministro reconheceu que o Congresso, a quem caberá fazer a mediação, tem se mostrado sensível a argumentos, quando bem fundamentados.

No evento da Exame, Haddad apontou ainda a vigilância sobre a qualidade e retorno dos gastos públicos como o caminho de a disciplina fiscal se tornar algo natural no País.

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, anunciou nesta quarta-feira (13) uma reforma de seu governo e aumentou o número de mulheres em cargos de alto escalão em busca de um novo impulso.

Kishida, de 66 anos, assumiu o poder em outubro de 2021, mas sua popularidade sofreu um declínio acentuado nos últimos meses.

Entre outras mudanças, substituiu seu ministro das Relações Exteriores, Yoshimasa Hayashi, por Yoko Kamikawa, uma política experiente de 70 anos que foi ministra da Justiça. É a primeira vez em 19 anos que uma mulher ocupa a Chancelaria no Japão.

Do total de 19 ministros, cinco são mulheres, três a mais do que no gabinete anterior. Esse número iguala, assim, o recorde de mulheres no governo alcançado em 2001 e 2014.

O ministro da Defesa, Yasukazu Hamada, foi substituído por Minoru Kihara, de 54 anos, que integra um grupo parlamentar a favor do reforço das relações com Taiwan.

Kishida manteve sua equipe econômica, com Shunichi Suzuki como ministro das Finanças, e Yasutoshi Nishimura, na Economia, Comércio e Indústria.

Os índices de popularidade de Kishida e sua posição no Partido Liberal Democrático (PLD, de direita), no poder, despencaram, devido a um contexto de aumento dos preços na terceira maior economia do mundo.

De acordo com uma pesquisa publicada na segunda-feira pela rede de televisão NHK, o apoio ao governo é de 36%. Outra sondagem mostrou que a maioria dos eleitores está insatisfeita com os esforços do governo para conter a inflação.

Kishida concorrerá à reeleição no próximo ano como presidente do PLD, legenda que domina a política japonesa há décadas.

Em uma entrevista coletiva nesta quarta-feira, Kishida prometeu que seu governo implementará, rapidamente, um novo plano "drástico" para mitigar os efeitos negativos da inflação, e que esta seria a "prioridade máxima" da sua nova equipe.

Vários escândalos também mancharam a imagem do governo nos últimos meses, como as inúmeras falhas do "My Number", um sistema digital nacional de identificação de pessoas para procedimentos administrativos, e os repetidos erros de Shotaro Kishida, o filho mais velho do premiê, que acabou por destituí-lo em maio passado do cargo de secretário político.

Foi divulgado nesta sexta-feira (8), o resultado final da prova prática e a convocação para avaliação de títulos do certame para professor de Rede Municipal de Ensino do Recife. A ordem do resultado é feita pelo cargo, número de inscrição, nome do candidato em ordem alfabética e nota final da prova prática.

Já a convocação para avaliação de títulos, a ordem adotada pela banca organizadora para convocação é: cargo, número de inscrição e nome do candidato em ordem alfabética. 

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 Para avaliação de títulos, os candidatos devem enviar toda a documentação necessária entre às 10 horas do dia 11 de setembro e 18 horas do dia 12 de setembro. O resultado provisório da avaliação de título será divulgada no site do CEBRASPE no dia 22 de setembro.

Celebrado no dia 8 de setembro, o Dia Mundial da Alfabetização é uma data importante que destaca a necessidade crucial da educação básica para todos. Esta ocasião reconhece os esforços contínuos de todos os profissionais que promovem a alfabetização e habilidade de leitura.  

Dados recentes do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep), a partir das provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) dos anos de 2019 e 2021, revelam que houve uma queda no desempenho da alfabetização, mostrando que em 2019, 54,8% das crianças avaliadas foram consideradas alfabetizadas. Já em 2021, apenas 49,4%. 

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De acordo com o Saeb, são consideradas alfabetizadas as crianças que conseguem atingir a nota mínima de 743, o que as tornam aptas para ler frases e pequenos textos, escrever ortograficamente palavras com regularidades diretas entre fonemas e letras, e escrever textos que circulam na vida cotidiana. 

 

O governo autorizou o uso da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) em terras indígenas de Roraima e do Pará. Além disso, prorrogou a presença da força em terras indígenas de Rondônia e Mato Grosso do Sul. As autorizações constam de portarias assinadas pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, e estão publicadas no Diário Oficial da União desta sexta-feira (8). 

Em Roraima, a atuação será na Terra Indígena Pirititi. Em Rondônia, na Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau. Também serão atendidas terras indígenas no cone sul de Mato Grosso e Alto Rio Guamá, no Pará. Em todos os casos, o período determinado é de 90 dias. 

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De acordo com a portaria, a atuação da Força Nacional em Roraima, Rondônia e no Pará será em apoio à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Em Mato Grosso do Sul, em auxílio à Polícia Federal. 

O efetivo atuará “nas atividades e nos serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade [segurança] das pessoas e do patrimônio, em caráter episódico e planejado”. 

O contingente a ser disponibilizado nas ações obedecerá ao planejamento da Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça. 

Acre

O Diário Oficial de hoje também traz portaria do ministério que prorroga a presença da Força Nacional no estado do Acre para “atuar nas ações de policiamento ostensivo, polícia judiciária e perícia forense”, além de contribuir para manter a ordem pública e segurança das pessoas e do patrimônio. O prazo determinado é de 90 dias. A cidade-sede da operação será a capital, Rio Branco. 

Agentes 

A Força Nacional de Segurança Pública não faz parte das Forças Armadas. É uma cooperação federativa, formada por agentes de segurança de vários estados. Fazem parte do efetivo policiais militares, corpos de bombeiros militares, policiais civis e profissionais de perícia. A gestão é feita pelo Ministério da Justiça, a quem cabe mobilizar e autorizar o envio do efetivo para qualquer parte do território nacional. Todos os profissionais passam por treinamento específico, tanto em termos de armamento, quanto do tipo de operação.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é avaliado como ótimo ou bom por 40% dos entrevistados em pesquisa do instituto Ipec divulgada na noite desta quarta-feira, 6. A administração é apontada como regular por 32% e como ruim ou péssima, por 25%. De acordo com o levantamento, 3% não sabem ou não responderam.

A avaliação positiva de Lula subiu 3 pontos porcentuais em comparação com a pesquisa divulgada em 9 de junho, quando a gestão era considerada ótima ou boa por 37% dos entrevistados. Já a avaliação negativa caiu 3 pontos - na ocasião, estava em 28%.

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Sobre a maneira de Lula governar, 56% dizem aprovar enquanto 39% afirmam desaprovar. Os que não sabem ou não responderam são 6%.

A sondagem foi realizada entre sexta-feira, 1º, e esta terça-feira, 5. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais.

O Inep divulgou a data para o resultado definitivo da prova objetiva do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida). Será no dia 13 de setembro. A retificação do cronograma foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), na útlima terça-feira (5).  

Sendo assim, o período para recursos sobre o resultado provisório será de 13 a 18 de setembro. O resultado final da primeira etapa será disponibilizado no dia 2 de outubro pelo Inep.

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Utilizado para validar diplomas de médicos formados no exterior, o Revalida visa garantir que os profissionais estrangeiros atendam aos padrões de qualidade e competência exigidos pela legislação brasileira. É composto por duas etapas: uma prova teórica e uma prática, ambas abrangendo diversas áreas da medicina.

 

O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2023 está chegando e quem precisa de atendimento especializado deve pedir até a próxima sexta-feira (8). O mesmo vale pra as solicitações de tratamento social. A prova será aplicada no dia 26 de novembro e avaliará os estudantes concluintes de cursos superiores vinculados ao Ano I do Ciclo Avaliativo Enade.

O exame avaliará os estudantes dos cursos de agronomia, arquitetura e urbanismo, biomedicina, enfermagem, engenharia ambiental, engenharia de computação, engenharia de controle e automação, engenharia de produção, engenharia mecânica, engenharia química, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária, nutrição, odontologia, cosmética, gestão ambiental, gestão hospitalar, radiologia e segurança no trabalho.

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O Enade é um exame que avalia o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares, o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias ao aprofundamento da formação geral e profissional, assim como o nível de atualização de estudantes com relação a realidade brasileira e mundial.

O governo tem exatamente duas semanas para resolver o conflito com a Câmara dos Deputados - agravado pela fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad - evitando, assim, um "corte" de cerca de R$ 200 bilhões no Orçamento de 2024, o primeiro elaborado pelo atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A cifra foi calculada por economistas do mercado e técnicos do Congresso a pedido do Estadão.

Se a nova regra fiscal não for sancionada até 31 de agosto, o Orçamento do próximo ano terá de ser baseado na atual regra do teto de gastos, que restringe o crescimento das despesas apenas à variação da inflação. Isso levaria, portanto, a uma redução bilionária na previsão de verbas públicas, as quais só poderiam constar do Orçamento de forma condicionada, contando com uma futura aprovação do arcabouço.

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A hipótese leva apreensão à equipe econômica, que está debruçada sobre a peça orçamentária com um duplo desafio: cumprir as promessas de campanha do presidente Lula, o que implica acomodar novos gastos, e tentar viabilizar a meta de zerar o rombo das contas públicas em 2024, considerada pouco factível pelo mercado.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse na terça-feira, 15, que o grande desafio para a elaboração do Orçamento "é o tempo", mas disse confiar no trabalho do Congresso.

Resistência

As lideranças partidárias - insatisfeitas com a demora na reforma ministerial e na liberação de emendas, e agora também irritadas com Haddad - saberão usar esse fator a seu favor, aumentando o preço cobrado do governo pela aprovação de propostas de interesse da gestão.

A equipe econômica considera, porém, que o risco de um Orçamento enxuto também é dos próprios parlamentares - que, na versão sem o arcabouço, não teriam espaço para as emendas que vêm pleiteando.

Nos bastidores, parlamentares dizem que as declarações de Haddad sobre o aumento de poder da Câmara e o "parlamentarismo sem primeiro-ministro" criaram um caminho sem volta e que o governo terá de se acostumar. Nos últimos meses, o ministro da Fazenda vinha conseguindo blindar a pauta econômica dos atritos entre Lula e o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL) - algo raro para políticos que comandam o cofre do governo.

Neste início de segundo semestre, porém, Haddad começou a sentir a resistência da Câmara em aprovar o pacote de medidas arrecadatórias, principalmente as que miram os mais ricos, como a taxação de fundos exclusivos e offshore (fora do País). Apesar do desgaste, Lira prometeu pautar o projeto na próxima terça-feira, 22.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo Talibã do Afeganistão celebra nesta terça-feira (15) o segundo aniversário de seu retorno ao poder com um desfile militar na cidade em que o movimento extremista foi criado, Kandahar.

"A conquista de Cabul demonstrou mais uma vez que ninguém pode controlar a orgulhosa nação do Afeganistão e garantir sua permanência no país", afirma um comunicado divulgado pelo regime Talibã.

"Não se permitirá que nenhum invasor ameace a independência e a liberdade do Afeganistão", acrescenta a nota.

Bandeiras do Emirado Islâmico de Afeganistão, o nome atribuído oficialmente ao país por seus novos governantes, foram hasteadas nos postos de controle da capital Cabul, que caiu em 15 de agosto de 2021, quando o governo apoiado pelos Estados Unidos entrou em colapso e seus líderes fugiram para o exílio.

Desde então, as autoridades talibãs adotaram uma interpretação rigorosa do islã, em particular no que diz respeito às mulheres, uma situação que a ONU denominou de "apartheid de gênero".

O desfile previsto para Kandahar, de onde o líder talibã Hibatullah Akhundzada comanda o país, terá a participação de muitos veículos militares e armas deixadas para trás pelas tropas internacionais em sua retirada caótica.

Também está programado um desfile de tropas talibãs nas ruas de Herat (oeste), além de um evento de celebração organizado pelo Ministério da Educação em uma escola de Cabul.

Dois anos após a tomada de poder, nenhum país reconheceu o governo Talibã, com debates abertos na comunidade internacional sobre um eventual estabelecimento de relações com as novas autoridades.

As restrições aos direitos das mulheres - praticamente banidas dos espaços públicos, do mercado de trabalho e da educação - são um grande obstáculo nas negociações sobre o reconhecimento e a ajuda internacional para um país imerso em uma grave crise humanitária e econômica.

Um painel de especialistas da ONU questionou na segunda-feira as promessas dos líderes talibãs de que o país teria um governo mais flexível que em sua primeira etapa no poder, entre 1996 e 2001.

"Os fatos demonstram a existência de um sistema acelerado, sistemático, que envolve segregação, marginalização e perseguição", afirmaram os especialistas em um comunicado.

- "Recuperar a liberdade" -

Antes do aniversário de dois anos de retorno do Talibã, afegãs expressaram o medo e desespero com a perda de direitos, com pequenas manifestações em que muitas mulheres compareceram com os rostos cobertos.

Os afegãos também estão preocupados com a crise econômica e humanitária que afeta o país desde o retorno do Talibã ao poder, uma consequência da redução das ajudas e das sanções impostas ao regime.

O agricultor Rahatullah Azizi declarou à AFP que costumava ganhar a vida apenas com suas plantações, mas que agora tem "apenas o suficiente para comer".

Ele reconhece, com alívio, que a segurança melhorou e que atualmente consegue viajar à noite sem medo.

Mesmo assim, persistem a ameaça do grupo Estado Islâmico, rival do Talibã que permanece ativo no país, e as tensões com o Paquistão com o aumento dos ataques nas áreas de fronteira.

Enquanto alguns afegãos celebram o fim de duas décadas de conflito e o retorno do Talibã ao poder, outros consideram a data um aniversário nefasto.

"Todas as meninas em mulheres do Afeganistão querem recuperar a liberdade", disse Hamasah Bawar, uma jovem afastada dos estudos devido às políticas do governo.

Na agenda política desta semana estão marcados os depoimentos do Walter Delgatti Neto, preso por invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, e de João Pedro Stédile, líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), na CPI que investiga a atuação do movimento em invasões pelo País. No Supremo Tribunal Federal (STF), os ministros voltarão a julgar a constitucionalidade do juiz de garantias e a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal.

O hacker será ouvido na quinta-feira (17), no Senado Federal. O horário para o início dessa sessão da CPMI do 8 de Janeiro ainda não foi definido pela presidência do colegiado.

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Delgatti Neto foi preso no último dia 2 de agosto durante uma operação da Polícia Federal (PF) que apura uma suposta invasão aos sistemas do CNJ e inserção de mandado de prisão falso do ministro Alexandre de Moraes e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP). O hacker se tornou um alvo da CPMI ao afirmar que recebeu quantias em dinheiro da deputada Carla Zambelli (PL-SP), que supostamente queria que ele "invadisse a urna eletrônica, ou qualquer sistema da Justiça" com objetivo de demonstrar alguma suposta fragilidade do sistema judicial.

Em 2019, ele foi preso por suspeita de "grampear" autoridades brasileiras e admitiu ter fornecido dados de conversas entre o ex-juiz e senador Sergio Moro (União-PR) e procuradores da Operação Lava Jato, em um escândalo conhecido como "Vaza Jato" que teve, entre as suas principais consequências a anulação das condenações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em outubro de 2020, Delgatti passou à condição de liberdade condicional.

Na terça-feira (15), a CPMI vai ouvir Adriano Machado, fotógrafo da Agência Reuters que registrou as cenas dos ataques aos prédios dos Três Poderes. O depoimento acontecerá no plenário nº2 do Senado, a partir das 9 horas. Machado é alvo de fake news divulgadas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que o acusam de ter sido um profissional de imprensa infiltrado no 8 de janeiro que estaria nos edíficios antes mesmo da chegada dos vândalos.

Stédile vai depor na CPI do MST

O ativista João Pedro Stédile deve prestar depoimento à CPI do MST nesta terça-feira, a partir das 14 horas, na Câmara dos Deputados. A oitiva de Stédile, personalidade emblemática do Movimento Sem Terra, é uma das mais aguardadas pela oposição ao governo federal, que tenta ligar as recentes invasões de terra promovidas pelo grupo ao Palácio do Planalto. Os requerimentos para convocá-lo foram protocolados pelos deputados Kim Kataguiri (União-SP), Rodolfo Nogueira (PL-MS) e Coronel Assis (PL-MT).

Em abril, a bancada ruralista do Congresso Nacional pediu a prisão temporária de Stédile, após a veiculação de um vídeo em que o ativista afirmava que haveria mobilizações do MST em todos os estados do País, "seja marchas, vigílias, ocupações de terra, as mil e uma formas de pressionar que a Constituição seja aplicada e que latifúndios improdutivos sejam desapropriados e entregues às famílias acampadas".

Os ministros do STF vão retomar o julgamento sobre a constitucionalidade do juiz de garantias na quarta-feira (16), a partir das 14 horas. A apreciação do tema foi interrompido na semana passada após o voto do novo ministro da Corte, Cristiano Zanin. O placar está em 2 a 1 para que o fundamento se torne constitucional.

O juiz de garantias é a figura responsável pela legalidade das investigações, com a função de decretar prisões, quebras de sigilo e buscas. O papel é o de um fiscalizador e protetor das garantias fundamentais dos indivíduos, validando, ou não, parâmetros utilizados pelos órgãos persecutórios na busca pela elucidação de fatos supostamente ilícitos. Concluído o inquérito, a denúncia criminal do Ministério Público passa a ser analisada obrigatoriamente por outro juiz, que pode recusá-la ou aceitá-la. Ou seja, cuida da instrução do processo e da sentença.

Na quinta-feira (17), a partir das 14 horas, a Suprema Corte voltará a julgar a descriminalização do porte da maconha para uso pessoal. O placar atual é de 4 a 0 para extinguir a punibilidade e o próximo ministro a votar é Gilmar Mendes. O STF julga, desde 2015, um recurso extraordinário da Defensoria Pública de São Paulo que contesta a punição prevista especificamente para quem "adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal".

A Corte agora discute a criação de um critério objetivo para eliminar 'injustiças' na distinção entre usuários da droga e vendedores. O tráfico de drogas não está sendo tratado pelos ministros no julgamento julgamento, e o crime ainda continuará sendo considerado crime de natureza hedionda com reclusão de cinco a 15 anos.

Lula vai ao Paraguai sob expectativa da reforma ministerial

O presidente Lula irá embarcar nesta segunda-feira (14) para o Paraguai, onde irá acompanhar a cerimônia de posse do presidente eleito do País, Santiago Peña, na terça-feira (15). As solenidades estão previstas para começar às 8 horas, no horário de Brasília (7 horas no horário local).

A semana também pode ter avanços na discussão da reforma ministerial na Esplanada. Os deputados federais André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) já foram anunciados ministros pelo Planalto, mas ainda não têm pastas definidas. Na última sexta-feira (11), a Coluna do Estadão revelou que uma ala do Partido dos Trabalhadores defende que Lula crie mais dois ministérios, dividindo Portos e Aeroportos em dois e recriando o Ministério da Pequena e Média Empresa, que existiu entre 2013 e 2015.

Outra agenda marcada no Planalto é a visita do assessor especial da Presidência, Celso Amorim, a Cuba, prevista para esta terça-feira (15). A estadia de Amorim busca reaproximar as relações diplomáticas dos dois países, que se distanciaram durante o governo do ex-presidente Bolsonaro. Segundo o Executivo, a viagem deve durar cinco dias e vai incluir reuniões bilaterais com o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel.

Senado vai votar o marco temporal e discutirá mudanças no arcabouço

O projeto de lei do marco temporal para reconhecimento de terras indígenas será votado na próxima quarta-feira, 16, pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado Federal. A relatora da proposta é a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que já apresentou um voto favorável ao texto.

O projeto em tramitação no Senado foi aprovado na Câmara no fim de maio, e busca restringir a demarcação de terras indígenas para aquelas que foram tradicionalmente ocupadas por esses povos em 5 de outubro de 1988, data em que foi promulgada a Constituição Federal. Quem se opõe ao projeto diz que a lei iria afetar a proteção à população originária e ao meio ambiente. Já os apoiadores defendem que a matéria pode trazer uma maior segurança jurídica e impulsionar o setor agropecuário.

A semana também deve ser marcada por discussões entre os membros da Câmara sobre as mudanças feitas pelo Senado no texto do arcabouço fiscal. O relator da proposta, o deputado Claudio Cajado (PP-BA) confirmou que haverá um encontro com técnicos do governo nesta segunda-feira (14). A reunião foi confirmada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

Câmara votará direitos autorais

O presidente da Câmara dos Deputados afirmou na última quinta-feira (10) que o projeto de lei que estabelece novas regras para a publicação na internet de obras protegidas por direitos autorais, deve ser votado nesta semana. O Estadão adiantou que o texto já tem aval de partidos políticos, mas a votação ainda estava sendo segurada por Lira.

Na CPI das Americanas, o ex-diretor da empresa de varejo, Márcio Cruz Meirelles, será ouvido nesta terça-feira (15) a partir das 15 horas. O requerimento para a sua convocação foi protocolada pelo deputado Carlos Chiodini (MDB-SC). Também será colhido o depoimento de Flávia Pereira Carneiro, que atuou como Superintendente de Controladoria na holding.

Deputados do PL que se aliaram ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva planejam sair da legenda alegando perseguição da cúpula do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Dentro do núcleo que comanda a sigla, eles são chamados de "transdeputados", por integrarem um partido de direita e darem votos a um governo de esquerda.

O grupo no PL que "fez o L" conta com uma dezena de deputados e, em conversas internas, traça planos para deixar a sigla em bloco após a aprovação do Orçamento de 2024. Como a relatoria do Orçamento está nas mãos de um deputado do PL, Luiz Carlos Motta (SP), não seria inteligente um movimento de retirada antes disso. O relator tem o poder de barrar as demandas dos deputados para beneficiar suas bases eleitorais.

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A divergência entre os dois grupos no PL cresceu após a aprovação da reforma tributária. Um em cada cinco deputados da sigla votou para que a proposta do governo pudesse avançar para o Senado, mesmo com a ameaça de punição, por parte do líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes (RJ), a quem ajudasse o Executivo.

PAREDÃO

O deputado Yury do Paredão (PL-CE) foi o primeiro a ser expulso por apoiar o governo, tirar foto com o presidente Lula e "fazer o L". Alguns parlamentares mais radicais celebraram o que poderia ser o início de um expurgo na legenda. Para um parlamentar da sigla, repetir o gesto que marcou o retorno do petista à cena eleitoral merece o "paredón" - uma alusão ao método de saída da casa do Big Brother Brasil, programa que projetou Yury.

A aproximação com o governo Lula tem uma explicação lógica. O petista foi eleito com 69,97% dos votos no Ceará ante 30,03% de Bolsonaro. Atuar como oposição ao PT no Estado é considerado suicídio político. O petista venceu em todos os 184 municípios cearenses.

O Estadão mostrou que essa ala de deputados mais próxima a Yury relatou perseguição de colegas de partido. Vinicius Gurgel (PL-AP) foi um dos deputados que acusaram ataques de bolsonaristas da bancada em grupos de WhatsApp.

Para o líder da oposição, Carlos Jordy (PL-RJ), integrantes desse grupo pró-Lula devem ser tratados no partido como "mortos-vivos". "A melhor alternativa seria deixá-lo no sal: sem comissões, sem fundo e sem diretórios. Um morto-vivo no PL. E, se ele tentar sair do partido, perderá o mandato." Os "petistas do PL", porém, contam com a expulsão para evitar o risco de perder o mandato.

"Eles são transdeputados", ironizou José Medeiros (PL-MT), que vê o interesse dessa ala em cargos e emendas do governo. "São do PL, de direita, mas se identificam com o governo de esquerda."

No dia seguinte à votação da reforma tributária, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, tentou conciliar os grupos no WhatsApp dizendo que é correto apoiar o governo Lula na economia. A direita sempre defendeu a reforma tributária e, nesse caso, votar contra o governo seria abandonar uma bandeira que nunca foi da esquerda.

"Muitos parlamentares foram eleitos com apoio de prefeitos e vereadores e precisam levar benefícios para suas regiões e seu povo. E se, para isso, precisarem votar com o governo em pautas específicas, que façam", disse Valdemar. "Para que não fique dúvida, somos um partido de oposição. E ficaremos unidos nas pautas conservadoras que a direita sempre defende", afirmou.

Como mostrou o Estadão, mesmo com punições a oito deputados que votaram na medida provisória (MP) dos Ministérios, contrariando orientação de bancada, os mesmo oito votaram com o governo na reforma tributária.

NORDESTE

Um dos problemas para o PL está na Região Nordeste, predominantemente lulista, em que os parlamentares enfrentam constrangimento em votar contra o governo. E alegam que não foram eleitos com os votos da direita.

Os quatro deputados do PL da bancada do Maranhão, por exemplo, costumam votar com o governo em quase todas as principais pautas. Lula venceu a disputa no Estado com 71,1% dos votos, o que deixa em situação fragilizada a oposição ao seu governo.

Por que eles seguem no PL? Caso saiam do partido, perdem o mandato por infidelidade partidária, à exceção de casos que tenham ou a anuência do partido ou que apresentem justa causa. A "grave discriminação política pessoal" é uma das justificativas para uma justa causa na política.

O especialista em Direito Eleitoral Alberto Rollo afirmou que a jurisprudência costuma abarcar outros fatores também. "O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) analisa o contexto de atuação do partido e seus dirigentes em relação ao parlamentar", disse. Um exemplo seria, segundo Rollo, a exclusão de reuniões de bancada, o que pode ser o caminho alegado para a troca de partido.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse, durante a Biodiesel Week, que o governo quer aumentar a mistura obrigatória de biodiesel no diesel fóssil de 12% para 20% (B20). O objetivo está no plano de descarbonização. 

Segundo ele, essa mudança deve ocorrer de forma gradual e a medida depende da quantidade do setor para atender a demanda pelo biodiesel. O crescimento dessa mistura foi um dos temas abordados pelo governo no início deste ano, durante a primeira reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

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Na ocasião, o colegiado definiu aumentar o percentual de biodiesel no óleo diesel de 10% para 12% e impôs uma progressão de um ponto percentual ao ano até chegar a B15 (diesel fóssil) em 2026. Essa mudança na composição neste ano causou um impacto de R$0,02 no litro vendido na bomba dos postos.  

Para o ministro, é “inconcebível” que o país debata a diferença nos preços, enquanto o mundo discute a descarbonização. “Não tem como discutirmos mais a despoluição do mundo, discutir a captura de carbono, mas ficar consumindo produto fóssil, combustível fóssil”, enfatizou.

O presidente da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio), deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), alegou que o segmento ainda precisa de segurança jurídica e previsibilidade para atrair a indústria, e defendeu a antecipação do B15.

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