Tópicos | GP da Estíria

Três corridas ruins, sem vitórias, e o inglês Lewis Hamilton já não consegue mais esconder o seu desânimo. A preocupação é grande com a queda de rendimento da Mercedes e a consequente evolução da Red Bull Racing, de Max Verstappen. Ciente que se não ocorrerem mudanças em seu carro dificilmente conseguirá brigar pelo título, o heptacampeão cobra atitudes da equipe.

Com o triunfo do holandês neste domingo, no GP da Estíria, Hamilton agora tem 18 pontos de desvantagem para Verstappen. Ao deixar o cockpit após a prova na Áustria, ele saiu avaliando o carro em busca de algum ajuste. Em momento algum ele conseguiu acompanhar o rival em Spielberg.

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"Precisamos encontrar algum desempenho, algum tipo de atualização, acelerar mais. Não sei onde, se é apenas a asa traseira ou a atualização do motor. Mas seja o que for, temos de encontrar alguma melhora", afirmou um desanimado heptacampeão.

Hamilton sabe que apenas no braço não conseguirá superar o arrojado piloto da Red Bull. A situação é tão ruim que ele torcia para chover em Spielberg. "Corri sozinho, na verdade. Estava tentando acompanhar esses caras, mas a velocidade que eles têm...", lamentou "Fizeram grandes melhorias nas últimas duas corridas e são impossíveis de acompanhar. Não sei onde estamos perdendo tanto tempo."

A todo momento Hamilton perguntava qual a diferença em relação a Verstappen. E ficava indignado com aumento a cada volta na reta final da corrida. "O ritmo deles a longo prazo parece ser um pouco melhor, eles parecem ser capaz de continuar virando rápido e, obviamente, estamos perdendo muito nas retas", avaliou. "Mesmo assim, conquistamos bons pontos e temos que continuar pressionando."

Como aconteceu na corrida de abertura da temporada 2020 da Fórmula 1, o GP da Estíria foi marcado por novo protesto antirracista neste domingo, momentos antes da largada. A prova em Spielberg, na Áustria, contou com pilotos de joelho, mais uma vez sob a liderança de Lewis Hamilton.

Vencedor da corrida, o único piloto negro na história da F-1 afirmou que não há prazo para o fim dos protestos. "Algumas pessoas perguntaram: 'por quanto tempo vamos continuar com isso?' Alguns acharam que um protesto, na semana passada, era o suficiente. E eu tive que dizer a eles que o racismo continuará por aí provavelmente por um tempo maior do que nós mesmos", declarou o piloto da Mercedes.

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Hamilton indicou que os protestos devem fazer parte da rotina dos próximos GPs. "As pessoas de cor, sujeitas a atos racistas, não tem tempo para 'tirar um momento' para protestar. Temos que continuar a buscar igualdade e aumentar a conscientização sobre o assunto."

O britânico afirmou que a causa antirracista se tornará permanente em sua vida, após passar anos sem se manifestar publicamente sobre o tema. Mas, nas últimas semanas, após o assassinato do americano George Floyd, Hamilton passou a se posicionar constantemente contra a discriminação racial.

O hexacampeão cobrou da Fórmula 1 e de seus colegas uma postura ativa contra o racismo e depois participou pessoalmente de protestos de rua em Londres, na Inglaterra. O piloto inglês também foi nomeado líder da força-tarefa "We Race as One" ("Nós Corremos como Um", em português), criada pela F-1.

"Pessoalmente, será algo para a vida inteira para mim. E, como time, vamos manter a cor preta no nosso carro durante toda a temporada", disse o piloto, referindo-se à mudança na cor dos carros da Mercedes, geralmente prateados.

Quanto a sua 85ª vitória na carreira, conquistada neste domingo, ele comemorou a forte performance exibida ao longo de todo o fim de semana. "Que ano estranho, mas foi ótimo voltar a pilotar e com este nível de desempenho. O time fez um trabalho fantástico. O fim de semana passado foi difícil, mas este significou um passo à frente."

Ele também disse estar satisfeito com as corridas em sequência, neste início atrasado de temporada da F-1. Em razão da pandemia do novo coronavírus, a organização diversas corridas sem descanso. Assim, equipes e pilotos terão que encarar três provas em três domingos consecutivos, contando do domingo passado.

"Por mim, estaria feliz se tivéssemos corridas a cada fim de semana. Um pouco de descanso não faz mal, mas para mim seria perfeito correr todo fim de semana", comentou Hamilton.

Soberano e dominante, Lewis Hamilton sobrou no GP da Estíria da Fórmula 1. Neste domingo, o hexacampeão mundial liderou de ponta a ponta a corrida no circuito Red Bull Ring de Spielberg, na Áustria, e venceu a prova com autoridade, sem sustos, recuperando-se do quarto lugar na primeira etapa da temporada. Ele anotou o tempo de 1h22min50s683.

Valtteri Bottas chegou em segundo e, assim, a Mercedes marcou a primeira dobradinha da temporada. O pódio foi completo pelo holandês Max Verstappen, da Red Bull, que foi vice-líder por um bom tempo, mas não conseguiu sustentar a posição e acabou ultrapassado pelo finlandês, líder do Mundial de Pilotos, com 43 pontos, seis a mais que Hamilton.

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Hamilton chegou à 85ª vitória na carreira e agora está a seis de igualar Michael Schumacher, o maior vencedor da história da categoria. O piloto inglês, com o primeiro triunfo no ano, venceu pelo menos uma vez nas últimas 14 temporadas.

"O time fez um trabalho fantástico com a estratégia. Sou muito grato por voltar a vencer. Parece que faz um tempão desde a última vez. Foi um grande passo à frente. Eu amo corridas seguidas, poderia fazer isso durante toda a temporada", celebrou Hamilton.

A quarta posição ficou com o tailandês Alexander Albon, da Red Bull, logo à frente de Lando Norris, que mais uma vez se destacou pelo arrojo e talento. Pilotando como se tivesse larga experiência, o jovem inglês de 20 anos ultrapassou o mexicano Sergio Perez na última curva e terminou em quinto. No último fim de semana, ele já havia chamado a atenção ao ter chegado em terceiro e conquistado seu primeiro pódio na carreira.

Apesar da posição perdida no final, o mexicano Sérgio Peres também teve performance notável. O piloto da Racing Point largou em 17º depois de um desempenho ruim na chuva na sessão classificatória e protagonizou uma corrida de recuperação espetacular. Ele empilhou ultrapassagens e chegou a estar em quinto, mas danificou a asa dianteira na disputa pelo quarto lugar com Albon e acabou terminando em sexto.

Completaram o grupo dos dez melhores colocados, do sétimo ao décimo lugar, o canadense Lance Stroll, da Racing Point, o australiano Daniel Ricciardo, da Renault, o espanhol Carlos Sainz, da McLaren, e o russo Daniil Kvyat, da Alphatauri.

A corrida neste domingo foi bem menos caótica em relação à última prova. Abandonaram a prova apenas o francês Esteban Ocon, da Renault, e os carros da Ferrari, que teve um fim de semana para esquecer. Logo na largada, Charles Leclerc se afobou e bateu no companheiro Sebastian Vettel, que logo deixou a corrida. O jovem monegasco tentou voltar, mas não conseguiu e também retirou seu carro. Depois, ele assumiu a culpa pelo incidente e pediu desculpas. O piloto escapou de punição.

A última vez que as duas Ferraris bateram havia sido no GP do Brasil de 2019, com a dupla também abandonando. Após o incidente, o chefe da escuderia italiana, Mattia Binotto, em entrevista à Rede Globo, preferiu não apontar culpados e disse que a equipe vai trabalhar para se recuperar.

Um novo protesto antirracista marcou o GP da Estíria. Antes da prova, a maioria dos pilotos novamente se ajoelhou e usou uma camiseta com os dizeres "Fim do Racismo". Vestido com uma camiseta que estampava a frase "Black Lives Matter" (Vidas Negras Importam) Lewis Hamilton, único piloto negro da história da categoria, liderou de novo o movimento.

Os pilotos voltam à pista no próximo fim de semana para o GP da Hungria, a terceira etapa da temporada da Fórmula 1. A categoria ainda não definiu o calendário completo e deve anunciar mais corridas em breve.

Confira a classificação do GP da Estíria:

1°) Lewis Hamilton (ING/Mercedes), em 1h22min50s683

2º) Valtteri Bottas (FIN/Mercedes), a 13s719

3º) Max Verstappen (HOL/Red Bull) , a 33s698

4º) Alexander Albon (TAI/Red Bull), a 44s400

5º) Lando Norris (ING/McLaren), a 61s470

6º) Sergio Pérez (MEX/Racing Point), a 62s387

7º) Lance Stroll (CAN/Racing Point), a 62s453

8º) Daniel Ricciardo (AUS/Renault), a 62s591

9º) Carlos Sainz Jr. (ESP/McLaren), a uma volta

10º) Daniil Kvyat (RUS/Alphatauri), a uma volta

11º) Kimi Raikkonen (FIN/Alfa Romeo), a uma volta

12º) Kevin Magnussen (DIN/Haas), a uma volta

13º) Romain Grosjean (FRA/Haas), a uma volta

14º) Antonio Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo), a uma volta

15º) Pierre Gasly (FRA/Alphatauri), a uma volta

16º) George Russel (ING/Williams), a duas voltas

17º) Nicholas Latifi (CAN/Williams), a duas voltas

Abandonaram a prova:

Charles Leclerc (ALE/Ferrari)

Sebastian Vettel (ALE/Ferrari)

Esteban Ocon (FRA/Renault)

Lewis Hamilton celebrou a sua performance praticamente perfeita durante a sessão classificatória que lhe garantiu a pole do GP da Estíria. O inglês admitiu que ficou com o "coração na boca" em dado momento na pista molhada do circuito Red Bull Ring de Spielberg, na Áustria, e falou sobre a adrenalina provocada pela chuva.

O hexacampeão mundial mostrou talento na pista molhada e anotou o tempo de 1min19s273 em sua última volta, colocando 1s216 de vantagem sobre o segundo colocado Max Verstappen no treino classificatório, que começou com 46 minutos de atraso em razão das condições climáticas adversas. O mau tempo, antes, já havia provocado o cancelamento do terceiro treino livre.

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"Honestamente, foi uma volta fantástica, a última", comemorou Hamilton. "Tive um grande momento na penúltima volta, uma grande aquaplanagem. Fiquei com o coração na boca, mas fui capaz de melhorar na próxima volta, que foi boa e limpa. Eu amo esses dias", prosseguiu.

O piloto inglês foi dominante em toda a atividade, de modo que ele fez os melhores tempos nas três etapas do treino e sobrou em relação aos rivais. Para cravar a sua primeira pole na temporada, a 89ª pole da carreira, também aproveitou um erro de Verstappen, que rodou na parte decisiva do treino.

"Obviamente, a volta que eu tinha antes era boa o suficiente, mas ainda assim, a última volta para mim foi realmente a mais perfeita possível, nessas condições. E considerando que estava chovendo mais, fico mais feliz ao saber que eu poderia ir um pouco mais rápido em relação a aquele tempo", avaliou o piloto.

A sua atuação no treino no circuito austríaco o fez comparar à vitória marcante no GP da Inglaterra de 2008. Eufórico, Hamilton analisou as dificuldades de pilotar em uma pista molhada, cheia de desafios.

"Definitivamente, isso me leva de volta a tempos como Silverstone em 2008, porque quando você está realmente em harmonia com o carro e não sofre nenhuma interrupção você precisa ser realmente dinâmico com seu estilo de dirigir do começo ao fim em razão dos trechos molhados e das poças que se alteram com os carros que estão dirigindo à sua frente, o que é um enorme desafio".

Seu companheiro de Mercedes, Valtteri Bottas, não teve um grande desempenho e largará na quarta colocação. O finlandês venceu o GP da Áustria, primeira etapa da temporada, e lidera o campeonato.

"Vamos largar em primeiro, mas não estamos com a segunda colocação, então vamos ver essa noite o que aconteceu", comentou Hamilton, em referência à posição do companheiro de equipe.

O terceiro treino livre para o GP da Estíria da Fórmula 1, segunda etapa da temporada de 2020, foi cancelado na manhã deste sábado (11) em razão da forte chuva na região do circuito Red Bull Ring de Spielberg, na Áustria. A pista estava muito molhada e as condições para pilotagem eram muito ruins.

Como estava previsto, caiu uma tempestade neste sábado em Spielberg. A direção da prova aguardou por um tempo, mas como o temporal só aumentou, não teve o que fazer senão cancelar a prática. A sessão foi cancelada quando restavam 19 minutos para o horário previsto para o seu desfecho.

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Dessa maneira, o treino classificatório que define as posições do grid, previsto para as 10 horas (de Brasília) deste sábado, está ameaçado. A Fórmula 1 planeja realizar a sessão classificatória neste sábado se as condições climáticas melhorarem, o que deve não acontecer, já que a previsão meteorológica não aponta para isso.

Assim, a categoria trabalha com a ideia de o treino ser adiado para a manhã do domingo, até três horas antes do início da corrida no circuito austríaco, marcada para as 10h10 (no horário de Brasília).

"Há muitas opções, para simplificar. Se houver o pior cenário, já tínhamos uma ideia e o treino classificatório pode ocorrer no domingo de manhã", apontou o diretor de corridas da F-1, Michael Masi, responsável por tomar a decisão final.

Na sexta-feira, ele já tinha avisado às equipes que o segundo treino livre poderia definir o grid de largada, o que de fato acontecerá caso os pilotos não voltem à pista para o treino de classificação.

Se os tempos da segunda atividade forem considerados, o holandês Max Verstappen, da Red Bull, ficaria com a pole, seguido pelo finlandês da Mercedes Valtteri Bottas, vencedor da primeira corrida, e o mexicano Sergio Peres, da Racing Point. O hexacampeão mundial Lewis Hamilton largaria apenas em sexto.

Ross Brawn, diretor-esportivo da categoria, está otimista quanto à possibilidade de realizar o treino do domingo. "Este circuito é sempre desafiador em termos de clima. Já tivemos esse tipo de condição aqui. É uma grande tempestade que chegou aqui neste sábado, e que está se movendo de forma imprevisível. Há uma chance de que possamos ir à pista hoje, mais para o final do dia, mas amanhã a previsão é de tempo bom", disse.

Sem equipe para a temporada de 2021 da Fórmula 1 após a confirmação de sua saída da Ferrari no final deste ano, o alemão Sebastian Vettel perdeu uma chance nesta semana com a Renault confirmando a volta do espanhol Fernando Alonso para o lugar do australiano Daniel Ricciardo, que vai para a McLaren.

Nesta quinta-feira, em entrevista coletiva para o GP da Estíria, nome da região na Áustria onde fica o circuito Red Bull Ring, na cidade de Spielberg, o tetracampeão mundial revelou que teve conversas, apenas em estágios iniciais, com a escuderia francesa.

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"Sim, eu conversei, mas não chegamos a algo concreto", disse Vettel. "Como vocês viram, eles foram para outra direção. Isso não muda muita coisa para mim. Isso realmente depende da minha decisão e eu não me sinto obrigado a fazer isso nos próximos dias. Eu quero tirar o tempo necessário para decidir", prosseguiu.

O alemão ainda tem algumas opções para a próxima temporada e entre elas está a Red Bull, time no qual conquistou o tetracampeonato mundial entre 2010 e 2013. "Eu conheço este time muito bem do passado e ainda tenho contato com muitas pessoas como Christian (Horner), Helmut (Marko) e outros. Eles têm um carro forte, são um time forte, é isso que sei do passado. Não teria medo de estar ao lado de Max (Verstappen)", afirmou.

O piloto holandês tem contrato com a Red Bull até 2023. A outra vaga da equipe segue aberta, já que o tailandês Alexander Albon ainda não renovou seu compromisso com a equipe austríaca. "Como eu disse, é um carro vencedor, estou aqui para competir e vencer. Então provavelmente sim", completou o alemão sobre a possibilidade de contratação, mas sem descarta um "ano sabático" em 2021.

"Não é segredo que eu sou uma pessoa competitiva. Eu já conquistei muita coisa no esporte e tenho o desejo de conquistar ainda mais, não apenas da boca pra fora. Mas vamos ver o que acontece", revelou Vettel.

O problema para o alemão é que a Red Bull não parece estar muito disposta a apostar nele. Helmut Marko, consultor da equipe, já deixou claro que não há espaço para Vettel ensaiar uma volta para o time. "Não há espaço para Vettel aqui. Temos Albon e estamos satisfeitos com ele. Alex é meio tailandês e os tailandeses são donos de 51% da Red Bull", disse o dirigente em entrevista à revista alemã Auto Motor und Sport.

"Se eu fosse Sebastian, ficaria um ano fora e veria o assunto. Talvez algo surgiria em um ano, talvez tenha uma ideia melhor. Mas talvez goste tanto da vida com sua família que se aposentaria para sempre", completou o austríaco.

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