Tópicos | GP de Miami

Max Verstappen largou em nono lugar neste domingo, durante a disputa do GP de Miami de Fórmula 1, mas não teve problemas para ganhar posições rapidamente e terminar a corrida em primeiro lugar. A disputa que exigiu mais do holandês foi com Sergio Pérez, seu companheiro de Red Bull e pole position da etapa, que terminou como segundo colocado. Fernando Alonso foi o terceiro.

Pérez entrou na pista podendo roubar a liderança de Verstappen no Mundial de Pilotos. Durante a corrida, perdeu o primeiro lugar para o parceiro ao entrar nos boxes, na volta 21. Recuperou a posição na volta 45, quando o holandês, que correu a maior parte da prova com pneus duros, finalmente parou pela primeira vez.

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A parada, conduzida de forma lenta pela equipe, colocou o mexicano novamente em primeiro, mas Verstappen voltou sedento dos boxes e fez uma ultrapassagem aberta para assumir a ponta nas voltas finais. "Corrida muito boa. Consegui ir muito longe com pneu duro, isso fez a diferença. No final ,foi uma boa briga com o Checo. Ontem, foi complicado, mas fiquei calmo", afirmou o atual campeão.

A distância entre os dois pilotos da Red Bull no Mundial, antes de seis pontos, agora é de 14. Verstappen lidera a classificação com 119 contra 105 de Pérez. O nome mais perto da dupla no momento é o de Fernando Alonso, dono de 75 pontos e terceiro colocado na disputa deste domingo.

O top 10 do GP de Miami teve também George Russell, Carlos Sainz, Lewis Hamilton, Charles Leclerc, Pierre Gasly, Esteban Ocon e Kevin Magnussen. Entre eles, o único que não largou entre os 10 primeiros foi Hamilton, que começou eu 13º lugar, sua pior posição no grid desde o GP da Emilia-Romana de abril de 2022, no qual largou na 14ª posição. O heptacampeão foi o sexto colocado.

A formação do grid no sábado despertou a expectativa por uma prova com emoções, ao menos na largada. Durante o Q3, Leclerc rodou na curva e bateu sua Ferrari no muro, situação que forçou o fim da sessão quando ainda restavam pouco menos de dois minutos para o cronômetro zerar. Como cometeu um erro em sua primeira volta, Verstappen ainda não havia marcado tempo no momento do acidente, por isso acabou ficando com o nono lugar,atrás do acidentado Leclerc, sétimo.

As três primeiras posições do grid inesperado ficaram com Pérez, Alonso e Sainz, e o bolo do top 10 ainda tinha Kevin Magnussen, Pierre Gasly, George Russell e Esteban Ocon. Após a largada, foi questão de tempo até Verstappen começar a deixar cada um desses nomes para trás. Ele foi o único, ao lado de Ocon, a começar a prova com pneus duros, e a estratégia provou-se acertada.

Depois de ser passado para décimo lugar logo no início, o holandês iniciou a reação e foi ganhando posições. Chegou ao sexto lugar na volta 4, ao abrir a asa móvel em manobra utilizada para ultrapassar Leclerc e Magnussen de uma só vez. No início da volta 15, já era o terceiro colocado, após passar por Sainz com facilidade. No momento, estava atrás apenas de Alonso e do companheiro Pérez.

Poucos instantes depois da ultrapassagem sobre o espanhol da Ferrari, chegou a vez de passar o espanhol da Aston Martin. Alonso mal se defendeu e apenas viu a Red Bull do atual campeão passá-lo tranquilamente. Quando Pérez foi para os boxes, na volta 21, Verstappen herdou a ponta e lá se manteve até a volta 45, momento da corrida em que finalmente parou nos boxes.

O desempenho da equipe da Red Bull não foi dos mais rápidos e Verstappen voltou atrás de Pérez, mas com muito ímpeto para impedir que o parceiro o ultrapassasse no Mundial de Pilotos. Então, precisou de três voltas após o retorno dos boxes para tomar a liderança do mexicano com uma manobra aberta e continuou em primeiro até cruzar a linha de chegada.

Confira o resultado do GP de Miami de Fórmula 1:

1º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), em 1h27min38s241

2º - Sergio Pérez (MEX/Red Bull), a 5s384

3º - Fernando Alonso (ESP/Aston Martin), a 26s305

4º - George Russell (ING/Mercedes), a 33s229

5º - Carlos Sainz (ESP/Ferrari), a 42s511

6º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes), a 51s249

7º - Charles Leclerc (MON/Ferrari), a 52s988

8º - Pierre Gasly (FRA/Alpine), a 55s970

9º - Esteban Ocon (FRA/Alpine), a 58s123

10º - Kevin Magnussen (DIN/Haas), a 1min02s945

11º - Yuki Tsunoda (JAP/AlphaTauri), a 1min04s309

12º - Lance Stroll (CAN/Aston Martin), a 1min04s754

13º - Valtteri Bottas (FIN/Alfa Romeo), a 1min11s861

14º - Alexander Albon (TAI/Mercedes), a 1min12s961

15º - Nico Hulkenberg (ALE/Haas), a 1min12s861

16º - Zhou Guanyu (CHI/Alfa Romeo), a 1min18s440

17º - Lando Norris (ING/McLaren), a 1min27s717

18º - Nyck de Vries (HOL/AlphaTauri), a 1min28s949

19º - Oscar Piastri (AUS/McLaren), a 1 volta

20º - Logan Sargeant (EUA/Mercedes), a 1 volta

A Fórmula 1 anunciou neste domingo que o GP de Miami fará parte do calendário 2022 da categoria. Há alguns anos, a Liberty Media buscava incluir um segundo circuito nos Estados Unidos no calendário. Desde 2012, na parte final da temporada, o Circuito das Américas, em Austin, no Texas, recebe a prova em território norte-americano. Caso o cenário não evoluísse com a cidade da Flórida, Indianápolis, Los Angeles e New Jersey estavam no radar dos organizadores.

O contrato com o novo circuito é valido por 10 anos e conseguiu superar a contrariedade de moradores da região de Miami Gardens, que fica 25 quilômetros ao norte de Miami e receberá a prova. Membros de grupos ativistas da cidade alegam que a corrida causará problemas com poluição atmosférica e sonora, além de prejudicar o trânsito local. Por isso, o traçado da prova foi modificado diversas vezes até que ficasse localizado em uma região melhor. O horário da prova e dos treinos também foi alvo de críticas e deve se ajustar para atender aos interesses locais. O início dos eventos não pode coincidir com horário escolar e deve se encerrar antes do pôr do sol.

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A prova será realizada no entorno do Hard Rock Stadium, casa do Miami Dolphins, equipe de futebol americano da NFL. O traçado terá 5,41 quilômetros, contando com 19 curvas e três retas onde poderá ser liberado o uso do DRS (abertura da asa traseira). Estima-se que a velocidade máxima a ser alcançada será de 320 km/h.

"Somos gratos aos nossos fãs, às autoridades de Miami Gardens e à indústria do turismo local por sua paciência e apoio durante todo este processo. Estamos ansiosos para trazer o maior espetáculo de corrida do planeta para Miami pela primeira vez na história do nosso esporte. Estaremos trabalhando em estreita colaboração com a equipe do Hard Rock Stadium e da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) para garantir que o circuito ofereça corridas sensacionais, mas também deixe uma contribuição positiva e duradoura para as pessoas da comunidade local", afirmou Stefano Domenicali, CEO da F-1.

Para chegar a um acordo para a liberação da prova, o novo prefeito de Miami Gardens, Rodney Harris, e Stephen Ross, bilionário dono do Miami Dolphins, aprovaram investimento na cidade de US$ 5 milhões (cerca de R$ 28,5 milhões) ao longo dos próximos dez anos. Haverá também um programa de descontos para moradores, prioridade para empresas locais e oferecimento de cursos e estágios para moradores em algumas áreas de especialização, como engenharia, ciência e tecnologia.

Anteriormente, Riverside, Sebring, Watkins Glen, Phoenix, Detroit, Dallas, Las Vegas, Long Beach e Indianápolis receberam corridas nos Estados Unidos. Em 1983, por exemplo, foram três provas no país. Para 2021, 23 corridas estão programadas para a temporada. A Fórmula 1 entende haver espaço no calendário para até 25 provas. Marrocos e África do Sul são os próximos alvos da categoria, que busca ampliar sua presença em outros continentes.

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