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Por meio de uma proposta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o governo federal sugeriu, na última semana, que o Ministério da Saúde fizesse uma alteração do Guia Alimentar para a População Brasileira. A nota técnica do Mapa recomenda que a pasta da Saúde revise o conteúdo da publicação e não apresente mais as restrições do consumo de alimentos ultraprocessados.

Publicado a partir do ano de 2014 pelo Ministério da Saúde, o Guia Alimentar considera maneiras de alimentação mais saudáveis para a população do país. No conteúdo, a cartilha recomenda o consumo de produtos naturais e desaconselha a ingestão de itens como batatas-fritas congeladas, biscoitos recheados, macarrão instantâneo (e o tempero), refrigerantes, salgadinhos, entre outros.

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De acordo com a nutricionista Ariane Soares, os alimentos ultraprocessados em geral oferecem riscos à saúde por terem ingredientes compostos por como sódio, gorduras trans e saturadas, açúcares e outros aditivos.

“A grande quantidade de açúcar promove resistência à insulina, o que pode evoluir para diabetes. Já o sódio consumido em excesso pode propiciar hipertensão arterial. Gorduras do tipo trans e saturadas estão relacionadas ao maior risco cardiovascular e aumento dos níveis de colesterol ruim, além dos corantes e conservantes, que podem desenvolver alergias e disfunções metabólicas”, explica a especialista.

Segundo Ariane, além dos riscos à saúde, os ultraprocessados são pobres em fibras, vitaminas e minerais. De acordo com a especialista, o corpo ingere o que é necessário para o funcionamento independente da origem, no entanto a riqueza nutricional dos produtos in natura não se compara à dos produtosprontos para consumo. Para ela, a atual proposta de revisão do Guia Alimentar não traz benefício à população.

“É importante revisar se as orientações do Guia correspondem às mudanças alimentares da população brasileira, entretanto, não há ponto positivo em deixar de alertar sobre os riscos de consumir alimentos ultraprocessados”, opina. “O alerta orienta o consumidor a não se deixar ser convencido apenas pelo marketing do produto, que muitas vezes o apresenta como nutritivo, mas pela sua composição que comprova se há ou não a existência de ingredientes relacionados a agravos na saúde”, considera a nutricionista.

Diretriz alimentar

Outra especialista que não avalia a proposta de edição do Guia Alimentar como positiva é a nutricionista Marisa Diniz Graça. Para ela, em um país desigual como o Brasil, a cartilha deve ser uma diretriz para políticas públicas em benefício da alimentação saudável no país.

“O Guia foi o primeiro documento publicado no Brasil para indicar à população que devemos comer comida de verdade. Publicações anteriores tinham uma linguagem incompreensível para a maioria da população, abordando de uma maneira muito séria o impacto ruim do consumo de ultraprocessados na saúde das pessoas”, cita Marisa.

Ainda segundo a nutricionista, alguns fatores como a facilidade no preparo, o acréscimo de sabor propiciado pelos aditivos químicos nos produtos e a condição econômica da população são preponderantes para a elevação do consumo desse tipo de alimento.

“O consumo se deve à palatabilidade e à praticidade da receita de alimentos ultraprocessados que, às vezes, se tornam financeiramente mais viáveis para aquisição”, considera.

Consumo

A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e publicada no último mês de abril, aponta que os ultraprocessados representam 18,4% das calorias ingeridas pela população do país. O mesmo estudo aponta que em 2003 e 2009, os produtos significavam respectivamente 12,6% e 16% do consumo calórico do povo brasileiro.

Dois cientistas das Universidades de Oxford (Reino Unido) e Harvard (Estados Unidos), autores de um estudo que analisou guias alimentares de dezenas de países, acusam a Associação Brasileira de Indústria de Alimentos (Abia) de desonestidade por usar os resultados de sua pesquisa de forma distorcida para criticar o guia brasileiro.

As diretrizes alimentares brasileiras viraram alvo de polêmica na semana passada quando o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) finalizou uma nota técnica pedindo ao Ministério da Saúde que remova do guia alimentar do País trechos com críticas aos alimentos industrializados. Na nota, divulgada pela imprensa, o Mapa classifica o guia alimentar brasileiro como um dos piores do planeta sem citar fontes nem evidências científicas.

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A Abia endossou parte das críticas do Mapa ao documento e usou como uma das evidências da suposta falta de qualidade das diretrizes brasileiras um estudo internacional publicado neste ano no periódico científico British Medical Journal (BMJ), um dos mais importantes do mundo, que avaliou as implicações da adoção de guias alimentares nacionais na saúde e no meio ambiente. O trabalho foi realizado por especialistas dos EUA, Reino Unido e Austrália, entre eles Marco Springmann, autor principal e pesquisador de Oxford, e Anna Herforth, pesquisadora sênior associada de Harvard.

A pesquisa foi citada em posicionamento da Abia favorável à revisão do guia. Na declaração, a associação da indústria afirma que o estudo "analisou guias de 97 países e posicionou as recomendações do guia brasileiro no ranking 86, à frente, portanto, de apenas 11 países".

Ao saber que a pesquisa está sendo usada para criticar o guia brasileiro, Anna e Springmann publicaram nota de esclarecimento em que afirmam que a Abia faz uma interpretação "grosseira" da publicação científica de autoria deles. Os pesquisadores disseram que o estudo não traz ranking de guias alimentares, mas, sim, avalia o alinhamento dos guias com aspectos de saúde e meio ambiente.

Em entrevista por e-mail ao Estadão, os pesquisadores afirmaram não ter entendido de onde a Abia tirou a informação de que o Brasil está na 86ª posição de um suposto ranking trazido no estudo. "O artigo da indústria cita uma classificação que não existe. Tentamos replicar essa classificação, mas não conseguimos chegar perto dos resultados a que se referiam", disse Springmann.

A pesquisadora de Harvard afirmou ter ficado "consternada" ao descobrir o que chamou de "uso desonesto" do artigo pela indústria. "Nós estudamos as diretrizes alimentares porque são documentos políticos importantes que ajudam a colocar em prática o consenso científico sobre dietas saudáveis. Esses documentos devem ser baseados na ciência, não em lobbies da indústria", afirmou.

"Fiquei chocado de terem tentado usar um estudo como o nosso, que pede diretrizes dietéticas mais ambiciosas para argumentar exatamente o contrário. Esse foi claramente um caso de deturpação e referência indevida", disse Springmann.

Os cientistas explicaram que a pesquisa considerou na análise dos guias se eles tinham recomendações quantitativas para o consumo de alimentos, ou seja, se traziam números de porções indicadas de cada produto. Como o guia brasileiro tem diretrizes mais qualitativas, ele aparece no estudo com pontuação incerta nesse quesito. "Pontuação incerta não significa que a orientação é ruim ou precisa de reforma. Significa que a orientação não é quantificada", disseram os pesquisadores. A Abia afirmou que os resultados do estudo permitem a interpretação de que o guia brasileiro tem recomendações genéricas.

Anna ressaltou que o estudo defende que o consumo de alimentos ultraprocessados está associado a maior risco de doenças crônicas - justamente o que a Abia pede que seja retirado do guia brasileiro. Ela destacou que a classificação adotada no documento brasileiro (que separa os alimentos em grupos de acordo com seu nível de processamento) "funciona bem" para comunicar ao público como adotar dietas mais saudáveis, ricas em vegetais, frutas, grãos e leguminosas e com baixo teor de açúcar, sal e gorduras não saudáveis.

Comparação genérica

Procurada, a Associação Brasileira de Indústria de Alimentos (Abia) argumentou que "os números apresentados na conclusão do estudo permitem a comparação das notas atribuídas aos guias analisados" e que o guia brasileiro pode ser considerado "de alta incerteza ou generalidade".

A Abia diz que é precisamente "a recomendação genérica de não consumir produtos 'ultraprocessados' em caráter absoluto" (sem citar quantidades ou densidade de nutrientes) o objeto da crítica dirigida por esta entidade ao documento e que baseia a argumentação de que o guia deve ser revisado".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) pediu ao Ministério da Saúde uma "revisão urgente" do Guia Alimentar para a População Brasileira para que sejam retiradas recomendações contrárias a alimentos industrializados.

O guia, elaborado pela Saúde e válido desde 2014, quando a edição mais atualizada foi publicada, traz diretrizes sobre alimentação adequada e saudável para a população brasileira, com recomendações que privilegiam alimentos in natura ou pouco processados.

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As orientações foram formuladas por técnicos do ministério em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP) e o apoio da Organização Panamericana da Saúde (Opas).

O pedido de alteração do documento pelo Mapa foi enviado à Saúde na terça-feira, 15, pouco menos de dois meses após a ministra Tereza Cristina realizar reunião com representantes da indústria de alimentos cuja pauta era justamente a revisão do guia alimentar. No dia 23 de julho, a titular do Mapa realizou videoconferência de uma hora com o presidente-executivo da Associação Brasileira de Indústria de Alimentos (Abia), João Dornellas.

Na nota técnica enviada pelo Mapa ao Ministério da Saúde e à qual o Estadão teve acesso, são feitas críticas a classificação de alimentos utilizada no guia, que separa os produtos em quatro grupos de acordo com seu nível de processamento. No primeiro grupo, estão os alimentos in natura ou minimamente processados (como vegetais, frutas, ovos, cereais). No segundo, estão os óleos, açúcar e sal. O terceiro grupo é dos processados, que inclui alimentos in natura que tiveram a adição de óleos, açúcar, sal ou outras substâncias para aumentar sua durabilidade, como conservas. Por fim, há os alimentos ultraprocessados, geralmente fabricados industrialmente e com substâncias como corantes e conservantes, como refrigerantes, biscoitos recheados e salgadinhos.

De acordo com o guia, esses alimentos - ricos em açúcares, sódio, gordura e outras composições industriais - devem ser evitados por aumentarem o risco de obesidade e outras doenças relacionadas a uma composição nutricional desbalanceada, como diabetes, problemas cardíacos e alguns tipos de câncer.

Apesar de vários estudos científicos já terem comprovado esses riscos, a nota técnica do Mapa argumenta que "pesquisas demonstram que não existem evidências de que o valor nutricional e a saudabilidade de um alimento estejam relacionados aos níveis de processamento". A pasta diz ainda que a classificação de alimentos ultraprocessados como nutricionalmente desbalanceados é "uma incoerência".

Contrariando especialistas em nutrição e saúde pública, o Mapa chega a criticar os alimentos in natura e as preparações culinárias feitas em casa, afirmando que a "regra de ouro" trazida pelo guia alimentar (de evitar alimentos ultraprocessados) não alerta que uma alimentação que utiliza "sempre alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias é perigosa". Para o Mapa, o guia "não orienta que o uso apenas desses alimentos em consumo excessivo está associado a doenças do coração, obesidade e outras doenças crônicas, de forma semelhante as outras categorias de alimentos".

O Ministério da Agricultura afirma também que a classificação "apenas confunde" a população, diminuindo "a autonomia das escolhas alimentares" e solicita ao Ministério da Saúde a "imediata retirada" do guia das menções à classificação dos alimentos por nível de processamento, o que implicaria na remoção das menções aos riscos dos alimentos industrializados.

Na conclusão da nota técnica, o Mapa chama ainda o guia alimentar brasileiro de "um dos piores" do mundo, sem citar evidências científicas e contrariando avaliação feita por instituições internacionais sobre o documento brasileiro. De acordo com o Nupens/USP, que ajudou o ministério a formular as diretrizes, organismos técnicos das Nações Unidas, como FAO, OMS e Unicef "consideram o guia brasileiro um exemplo a ser seguido".

O grupo de pesquisadores diz ainda que as diretrizes do País inspiraram os guias alimentares de nações como Canadá, França e Uruguai e cita um estudo publicado no ano passado na revista científica Frontiers in Sustainable Food Systems que elegeu o guia alimentar brasileiro como "o que melhor atendia a critérios previamente estipulados quanto à promoção da saúde humana, do meio ambiente, da economia e da vida política e sociocultural".

Em nota divulgada nesta quinta-feira, 17, o Nupens/USP classificou os argumentos do Mapa como frágeis e inconsistentes, destacando que a classificação de alimentos por nível de processamento já foi utilizada em mais de 400 estudos científicos. Os pesquisadores ressaltaram ainda que cinco revisões sistemáticas (pesquisas que reúnem evidências de vários estudos) "demonstraram a associação inequívoca do consumo dos alimentos ultraprocessados com o risco de doenças crônicas de grande importância epidemiológica no Brasil e na maior parte dos países, como obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e acidentes vasculares cerebrais".

O Nupens/USP afirmou ser "absurda e desrespeitosa" a avaliação do guia alimentar feito pelo Mapa e disse confiar o que o Ministério da Saúde e a sociedade brasileira "saberão responder à altura ao que se configura como um descabido ataque à saúde e à segurança alimentar e nutricional do nosso povo".

O Estadão procurou o Mapa para comentar as motivações do documento e a influência da indústria alimentícia no pedido de revisão, mas ainda não obteve resposta. O Ministério da Saúde foi questionado pela reportagem se pretende adotar as alterações solicitadas pela Agricultura, mas também não se posicionou.

"Hoje vai ser uma festa! Bolo, guaraná, muito doce pra você!", dizia a letra da música de aniversário mais famosa da Xuxa Meneghel. Desde sempre, festinha infantil é sinônimo de doce. E o açúcar rola solto entre os convidados. Porém, o consumo do produto, além de ser proibido para menores de dois anos, pode ser essencialmente danoso para os pequeninos.

Uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade de Queensland, na Austrália, revela que os efeitos do açúcar no cérebro são parecidos com aqueles provocados pelo consumo de drogas como a cocaína. "Com base nas semelhanças comportamentais e neuroquímicas observadas entre os efeitos do açúcar e drogas, podemos deduzir que o açúcar atenda aos critérios para uma substância de abuso e possa ser "viciante" para alguns indivíduos quando consumido de maneira exagerada", afirma a nutricionista Luciana Sarmento, do Espaço Stella Torreão.

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O açúcar induz as mesmas respostas na região do cérebro conhecida como "centro de recompensa", como nicotina, cocaína, heroína e álcool. O produto estimula a liberação de neurotransmissores - dopamina em particular.

Nas crianças, a especialista em Nutrição Clínica e Funcional Luciana Sarmento explica que a dependência do açúcar pode se manifestar através de distúrbios de comportamento. "Hiperatividade, dificuldade de concentração, irritabilidade e outros problemas psicológicos podem estar ligados à dieta e ao excesso de consumo de açúcar", avalia.

Para os pais, é muito difícil resistir à tentação de oferecer guloseimas para as crianças. Ao contrário da cocaína, o açúcar é uma "droga" que vicia socialmente aceita, sobretudo em festinhas infantis.

A partir de qual idade deve-se oferecer açúcar para a criança?

Essa é uma pergunta bastante comum entre os pais. Antes de falarmos sobre o açúcar, vale ressaltar que o consumo do mel para crianças abaixo de dois anos é vetado. Isso porque a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alerta que estudos revelaram a presença de bactérias causadoras do botulismo intestinal em amostras de mel. A doença pode levar à morte por paralisia da musculatura respiratória.

Recomenda-se não consumir açúcar de nenhum tipo (refinado, cristal, mascavo, mel, melado, rapadura, etc) durante os dois primeiros anos de vida da criança.

"Às vezes, ficamos ansiosos para que a criança comece a utilizar o açúcar. Talvez essa seja uma ansiedade mais dos pais do que da própria criança. Nem tudo precisa de açúcar a mais, por exemplo um suco de melancia não precisa de açúcar. O mesmo vale para o leite: não precisa adoçar a mamadeira", enfatiza a endocrinologista Livia Marcela, mestre em Endocrinologia pela Unifesp.

Desde 2015, a OMS recomenda que o limite máximo para açúcares livres oferecidos para crianças acima de dois anos deve ser 10% do valor energético total e, idealmente, 5%. O que equivale a aproximadamente 25 gramas (100 cal ou aproximadamente seis colheres de chá) de açúcares adicionados por dia.

"Tem havido uma falta de clareza e consenso sobre quanto açúcar adicionado é considerado saudável para crianças. Então, o açúcar permanece um ingrediente comumente presente em comidas, bebidas e o consumo geral por crianças permanece alto. Não existe referência quanto ao tipo açúcar que deve ser consumido, mas obviamente os açúcares nutritivos são os mais indicados dentro das quantidades preconizadas", afirma a nutricionista Luciana Sarmento.

Consequências do açúcar na saúde infantil

Um dos primeiros efeitos quando os pais introduzem o açúcar na vida dos pequeninos é em relação ao paladar. Acostumada ao gosto do leite materno ou fórmula, ou dos alimentos in natura preparados com poucos temperos, o açúcar parece uma "bomba de sabor". E isso pode comprometer as escolhas saudáveis, ou não, que ela fizer no futuro.

Ao oferecer o açúcar, a criança pode rejeitar outros sabores. O açúcar adicionado, ou seja, aquele que a gente usa para adoçar alimentos ou bebidas, tem efeito prejudicial para os pequeninos, como esclarece Luciana Sarmento: "Uma associação entre ingestão de açúcar e distúrbios metabólicos como obesidade, dislipidemias, aumento da pressão arterial, diabetes mellitus. Alguns tipos de câncer podem estar associados ao excesso do uso de açúcar assim como distúrbios cognitivos e cáries".

A endocrinologista Lívia Marcela aponta a obesidade como um dos principais problemas. "Dados recentes apontam que mais de 30% das nossas crianças de cinco a nove anos sofrem com excesso de peso. Açúcar adicionado é o açúcar que colocamos a mais em alimentos. Esse seria o maior problema. A obesidade tem um elo muito grande com o açúcar adicionado", ressalta.

Escolhas mais saudáveis

Para crianças acima de dois anos, se optar por utilizar o produto, prefira as versões mais nutritivas, como mel, açúcar mascavo, de coco, demerara, orgânico ou melado.

A adição de fibras também diminui a absorção do açúcar. "Recomenda-se o consumo de alimentos ricos em fibra solúvel como as cascas das frutas, grãos integrais, brócolis, a aveia, chia. Este tipo de fibra ajuda a desacelerar o processo de absorção de açúcares, regulando assim os níveis de glicose no sangue", aconselha Luciana Sarmento.

Uma outra dica importante é incentivar o consumo de frutas inteiras e orientar as crianças sobre os benefícios da fruta, rica em fibras em comparação ao suco.

Na opinião da endocrinologista Lívia Marcela, as festas infantis não são as vilãs da história. "O maior problema não é a criança comer um ou outro doce durante as festinhas. Mas a frequência que esse consumo acontece. Então, deixar fácil acesso a doces, balas e bolachas não é recomendado. Uma regra muito simples porém que gera um efeito muito bom no dia a dia é: desembrulhe menos. Procure comidas o mais naturais possível, um bom exemplo são as frutas", lembra.

Uma outra observação é em relação aos iogurtes. Muitos deles têm uma alta concentração de açúcar. Então, aqui também vale a recomendação: quanto mais natural melhor. Para que os pais consigam fazer essas escolhas, é necessário se programar para ter sempre frutas e verduras em casa.

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