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Acostumado a formar grandes campeões, o automobilismo brasileiro passa por um hiato de títulos importantes no esporte. E isto acontece devido à falta de apoio na formação dos pilotos, que acontece no kart. Em Pernambuco, a Federação organiza apenas uma competição e torna difícil a vida de quem quer iniciar ou seguir a carreira.
##RECOMENDA##O principal exemplo é o do pernambucano Rafael Câmara, de apenas oito anos. Ele é uma das esperanças do automobilismo no Brasil e teve de deixar o Estado para treinar na Granja Viana, em Cotia, São Paulo, devido à falta de apoio.
“Aqui tudo ainda é muito atrasado com relação ao restante do Brasil. No Nordeste, Pernambuco só fica atrás da Bahia, mas ainda assim não é grande coisa porque em lugares como Natal não tem nem pista. No Sul e Sudeste eles respiram automobilismo”, afirmou Thiago Aragão, que corre pela equipe DPKin e irá participar do Brasileiro de Endurance, na Granja Viana, em setembro.
Alheio à Federação, acontece o Desafio Pernambucano de Kart Indoor DPKin, que terá a sua próxima etapa no dia 31 de agosto, às 14h, no GKI Kart Aeroporto, com 60 pilotos de elite. Este já é o 12° ano que a competição é realizada sem nenhum apoio da FPA, presidida por Waldner Bernardo de Oliveira.
As dificuldades não são apenas para quem está começando. Por amor ao esporte, muitos precisam conciliar as pistas com outros empregos. Thiago Aragão é administrador de empresas e seu companheiro de equipe, Gustavo Valença, é publicitário.
“O custo para manter uma equipe é de, no mínimo, R$ 3 mil por mês. Por isso precisamos de patrocínio. Só assim conseguimos diminuir nossos custos”, explicou Gustavo.
Sem uma boa formação de base, o Brasil sofre sem grandes pilotos nas principais categorias de automobilismo mundial, como por exemplo, na Fórmula 1. O último brasileiro campeão mundial na categoria foi Ayrton Senna em 1991.