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Em mais uma agenda para dialogar sobre investimentos para habitação social em Pernambuco, a governadora Raquel Lyra se reuniu com o ministro das Cidades, Jader Filho, em Brasília, na manhã desta quarta-feira (13).

Na ocasião, a chefe do Executivo estadual apresentou ao ministro uma relação de terrenos que podem ser destinados à construção de empreendimentos habitacionais. Antes disso, a governadora esteve com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e debateu sobre recursos para investimentos voltados à regionalização da saúde no Estado.

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“Apresentamos ao ministro Jader vários terrenos para a construção de unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida e também conversamos com ele sobre novas obras em Pernambuco”, destacou a governadora Raquel Lyra.

A gestão estadual tem trabalhado permanentemente no sentido de ampliar o acesso dos pernambucanos a moradias dignas. Uma das ações que a administração estadual adotou nesta área foi o programa Morar Bem PE, que atende famílias com renda de até dois salários mínimos.  Uma das metas do programa é facilitar a construção de unidades habitacionais populares no Estado, otimizando os recursos disponibilizados pelo governo federal no Programa Minha Casa, Minha Vida. Quando oferece terrenos ao Executivo federal para esta finalidade, os processos de propriedade que podem ser usados como contrapartidas nos planos de habitação federais são agilizados, possibilitando a contratação de mais unidades do que o Planalto havia previsto inicialmente. 

“A portaria do Minha Casa, Minha Vida FAR publicada para Pernambuco já destinava 6.325 unidades para o Estado, e nós catalogamos terrenos que podem ser usados para a construção de empreendimentos habitacionais com esta finalidade. Agora, pleiteamos junto ao ministro Jader o máximo de imóveis para auxiliar na solução dos nossos problemas de habitação”, disse Simone Nunes, secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação, que acompanhou a visita da governadora ao lado do secretário da Casa Civil, Túlio Vilaça.

O Minha Casa, Minha Vida FAR tem como objetivo fornecer unidades habitacionais novas em áreas urbanas para determinados grupos de famílias com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial. O plano do governo federal estabelece a meta de contratar 130.000 unidades habitacionais no País em 2023, sendo 6.325 em Pernambuco.

Devem ser beneficiadas pela iniciativa famílias que perderam suas casas devido a obras públicas federais, desastres naturais ou que residem em áreas de alto risco. O governo vem pleiteando junto ao governo federal a inclusão das famílias afetadas pelos desastres dos prédios-caixão na modalidade FAR.

Com a ministra Nísia Trindade, a governadora também tentou atrair novos investimentos para o Estado. “No Ministério da Saúde negociamos novas maternidades e aumento de recursos”, pontuou. Na última semana, Raquel Lyra anunciou a construção da segunda maternidade da gestão, em Ouricuri, no Sertão. A unidade, que é um dos pleitos da população na região, vai dispor de leitos de alto risco, banco de leite, além de outros atendimentos. A primeira maternidade está sendo construída em Caruaru, no Agreste.

*Da assessoria 

A Secretaria do Trabalho, Emprego e Qualificação (Seteq) de Pernambuco e a Secretaria de Habitação do Recife fecharam uma parceria para incentivar o empreendedorismo entre os cerca de 10 mil moradores de unidades habitacionais da capital pernambucana. O objetivo é lançar a plataforma Compre PE, loja virtual que centraliza produtos e serviços desenvolvidos no Estado, para os moradores.

“A plataforma é de extrema importância e ficará mais forte ainda com divulgação nos habitacionais da cidade, onde há pessoas que trabalham na informalidade, pedreiros, marceneiros, manicures. Vamos ajudar a fortalecer esses empreendedores, levar cursos de qualificação e dar mais autonomia para os trabalhadores ganharem seu dinheiro, especialmente numa crise como essa que a gente está vivendo”, declarou a secretária de Habitação do Recife, Ana Paula Lins.

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Segundo o secretário do Trabalho, Emprego e Qualificação, Alberes Lopes, a ação nos habitacionais deve começar em janeiro com orientações sobre o Crédito Popular e apoio ao desenvolvimento das micro e pequenas empresas e Microempreendedores Individuais (MEI’s). “Junto com a Secretaria de Habitação, vamos fazer esse serviço, onde a população vai ter a oportunidade de fazer suas vendas sem precisar pagar nada por isso. Vai ser um sucesso. Os habitacionais têm mais de 10 mil pessoas e esse público vai ser fundamental para quem precisa do serviço, para quem quer apostar no empreendedorismo”, declarou o secretário.

Com informações da Seteq

Banhadas pelas águas do Rio Capibaribe, estruturas precárias abrigam gritos por uma cidade digna. Madeiras ou qualquer outro objeto que amenize os efeitos do sol e da chuva são utilizados em comunidades que resistem na história urbana da capital de Pernambuco, negligenciadas pela ausência de políticas públicas que pudessem garantir lares para centenas de famílias. O mesmo rio que embeleza nossa Aurora, cortado pelas belas pontes do Centro do Recife, também circunda barracos cheios de cidadãos que clamam por melhorias. Na Veneza Brasileira, as palafitas persistem e reforçam uma linha de desigualdade social tão clara aos olhos da sociedade e do poder público.

Há anos essas moradias significam a única opção de lar para muitos recifenses. O Recife das palafitas, sobretudo, sempre foi foco de intervenção municipal em diversas gestões, porém, nem todas as famílias foram contempladas por moradias bancadas pela prefeitura local ou governo federal. No bairro dos Coelhos, área central da cidade, várias comunidades ainda se utilizam das precárias estruturas construídas diante do Capibaribe, mas não desistem de cobrar ajuda em busca de lares dignos.

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Nem mesmo o calor, causado pelas lonas que servem para evitar goteiras, atrapalha o serviço de Maria José Pereira da Silva, de 55 anos. Na palafita onde reside há uma década, na comunidade Roque Santeiro I, bairro dos Coelhos, a senhora se aperta junto com dois filhos para caminhar entre a estrutura que representa a única opção de moradia da família. Ela precisa tratar os peixes que comercializa no Centro da cidade, afinal de contas, o sustendo dela e da família vem do trabalho, responsável por uma renda inferior a um salário mínimo. Em meio a tábuas e madeiras desgastadas pela ação do tempo, além de fiações elétricas expostas e um banheiro montado em meio a frestas que a qualquer momento podem causar acidentes, dona Maria luta, diariamente, a fim de garantir o mínimo de conforto para os filhos.

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Prática comum durante a construção das palafitas, um aterramento foi utilizado por dona Maria durante o levante da sua casa. Ela comprou o espaço por R$ 1.200 a uma senhora que não mais reside na comunidade. Da transação, Maria guardou apenas um recibo de compra. A estrutura precária, sempre banhada pelas águas do Capibaribe, instiga um alerta constante para as quase 240 famílias da comunidade Roque Santeiro. Como as palafitas podem cair a qualquer momento, resta aos moradores arrumar madeiras que servem de reparos contínuos. "Quando a maré sobe, a água chega a entrar em casa. Tem rato, barata, o risco de acidente é grande. Mas é o jeito, não tenho canto para morar em outro lugar. É melhor do que pagar aluguel, até porque não tenho condições", diz Maria José.

Nos becos estreitos da comunidade, as paredes de tábua se colorem em meio aos cartazes eleitorais que restaram após as últimas eleições. Também existem inúmeros cadastros da Prefeitura do Recife, que segundo os moradores locais serviriam, teoricamente, para fazer um levantamento de quantas pessoas precisam sair das palafitas para moradias dignas. Mas de concreto, o que há, até o momento, é o sofrimento de famílias jogadas à sujeira, entulhos, roedores, insetos, riscos de acidentes, além da falta de saneamento básico.

Auxiliar de serviços gerais, Larissa da Silva, 19 anos, cresceu entre as palafitas e até hoje assiste ao Capibaribe da janela improvisada do seu lar. Seria poético se o contexto representasse a apreciação do principal rio da capital pernambucana, mas a realidade é fruto da falta de habitação digna para a jovem e sua família. Ela tem um garoto de seis anos e também reside na Roque Santeiro, dividindo a estrutura de madeira com a irmã e sua mãe. O discurso de Larissa é de desapontamento, pois afirma que ouviu inúmeras promessas políticas, mas até o momento nada aconteceu. Em entrevista ao LeiaJá, ela e dona Maria José mostraram a dura e persistente realidade das palafitas do Recife:

Entre o ofício e a moradia precária

Bem próxima de um dos bairros mais nobres do Recife - Boa Viagem -, outra comunidade resiste ao tempo e aos malefícios da falta de saneamento básico das palafitas. Mais de 150 famílias vivem entre lixos, ratos, baratas, madeiras velhas, num local onde a esperança por uma vida melhor dá seus últimos suspiros. No bairro do Pina, Zona Sul do Recife, o Beco do Sururu – situado às margens de um estuário - acumula centenas de pessoas, a maioria pescadores, sedentas por uma solução concreta.

De acordo com o pescador José Carlos de Abreu, de 61 anos, a situação das palafitas é cada vez mais precária. Morador do Beco do Sururu há 25 anos, ele tenta manter a esperança por ações políticas que pudessem mudar a realidade, mas confessa que, aos poucos, a situação o deixa mais incrédulo. Ele diz que já ouviu promessas políticas dos mais diversos partidos, porém, nada saiu do papel.

“Aqui, o estado é crítico. Tem muito rato, estou vendo a hora pegar uma doença. Muitos políticos vieram aqui nas eleições, mas até agora só fizeram cadastro. As crianças correm o risco de cair entre as madeiras velhas. É horrível”, desabafa pescador.

Nora de seu José, a pescadora Josélia Francisca Lima, 23 anos, sentiu na pele os efeitos da estrutura precária. “Eu cozinhando aqui no barraco, de repente, a panela explodiu. Pegou fogo! A sorte foi que o vizinho viu e ajudou eu e meu filho a sair de casa”, conta Josélia. Por sorte, ela e a criança sofreram apenas pequenas queimaduras, mas na comunidade, não faltam relatos de acidentes e incêndios ainda mais sérios.

Além de seu José Carlos, outra moradora sabe bem o que é viver em busca de uma moradia digna. A marisqueira Ester Gomes, 49 anos, reside no Beco do Sururu há pelo menos duas décadas. Para ela, a melhor solução seria que a Prefeitura do Recife construísse outras moradias para acolher as famílias da comunidade, mas apesar da vontade de sair das palafitas, ela confessa que muitos moradores, por viverem da pesca, preferem um endereço próximo ao Pina. Confira, no vídeo a seguir, relatos do pescador José Caros e da marisqueira Ester:

PCR promete novas ações, mas empaca no governo federal 

Em nota enviada ao LeiaJá, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria Executiva de Habitação, informou que entregou, em junho de 2016, o Habitacional Travessa do Gusmão, situado no bairro de São José, área central da cidade. Na ocasião, foram entregues 160 apartamentos “destinados às comunidades residentes em palafitas localizadas às margens do Rio Capibaribe”. De acordo com a Secretaria, esse conjunto beneficiou parte do bairro dos Coelhos.

Já no que diz respeito ao habitacional Vila Brasil II, situado na Ilha Joana Bezerra, a Secretaria de Habitação diz que existem 320 moradias, mas as obras ainda não foram concluídas. Para isso, a Prefeitura “aguarda a reabertura dos financiamentos do programa federal Minha Casa, Minha Vida para dar início ao processo licitatório”.  Segundo a Secretaria, ainda não é possível estabelecer um prazo para a retomada das obras, justamente porque o procedimento necessita de recurso federal, entretanto, o local, ao ser concluído, poderá servir de moradia para os moradores da comunidade Roque Santeiro.

Procurada pelo LeiaJá, a Caixa Econômica Federal, que é a instituição responsável pelo programa “Minha Casa, Minha, Vida”, informou que a documentação inicial do empreendimento Vila Brasil II foi apresentada no início de maio deste ano pela empresa ganhadora do chamamento público realizado. “A documentação está em análise, aguardando complementação, para encaminhamento ao Ministério das Cidades”, consta na nota do banco. O prazo para esse procedimento, porém, ainda não foi definido. 

Em relação aos moradores do Beco do Sururu, no Pina, a princípio ainda não foi definido em qual conjunto habitacional eles poderão morar. Por outro lado, a Prefeitura do Recife destaca que, durante a atual gestão, 12 habitacionais foram entregues, sendo boa parte deles destinada a pessoas que viviam em palafitas.

 

“Na atual gestão foram entregues 12 Conjuntos Habitacionais com 1.346 unidades (casas e apartamentos). Cada residência é dotada com um novo padrão construtivo, com sala, dois quartos, cozinha, banheiro e área de serviço. Todas as unidades habitacionais contam com cerâmica nas áreas molhadas (banheiro e cozinha), além de equipamentos de acessibilidade”, informou a Secretaria de Habitação do Recife. 

O ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), confirmou, nesta terça-feira (4), que o primeiro Cartão Reforma do país será entregue em maio pelo presidente Michel Temer (PMDB) em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. O ministro se reuniu com prefeitos pernambucanos durante a manhã de hoje, na Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), para esclarecer as regras do programa criado pela Medida Provisória (MP) 751/2016 já aprovada na Câmara dos Deputados e à espera da análise no Senado. 

“Em maio o presidente da República entrega o primeiro em Caruaru. Caruaru foi escolhido como piloto e será a primeira cidade do Brasil, no semiárido, a entregar o Cartão Reforma”, adiantou, em conversa com a imprensa após o evento. No primeiro momento de efetivação do programa, de acordo com o ministro, o número de beneficiários será reduzido, mas um dos critérios que podem ampliar a participação dos municípios e estados é a forma com que os gestores locais pretendem atuar. 

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O Cartão Reforma servirá para, entre outras iniciativas, a construção de novos cômodos, a finalização das casas (como pintura e reboco) e instalações elétricas. Podem se inscrever famílias que tenham a renda de até 3 salários mínimos, ao menos um celular e que a residência seja fixa, além disso não haverá consultas ao SPC e Serasa. 

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No encontro com os prefeitos, os técnicos e secretários do Ministério das Cidades também esclareceram sobre a desburocratização da regularização fundiária, que corresponde à Medida Provisória 759/2016, e as novas medidas para a adesão do Minha Casa, Minha Vida. “Estima-se que temos no Brasil metade das residências sem titulação e fizemos uma lei que se adequa a realidade brasileira, barata, rápida e desburocratizada. Isso significa dar dignidade a família e garantir o desenvolvimento do país”, detalhou Bruno Araújo. 

“Serão 610 famílias beneficiadas nas diversas faixas do Minha Casa, Minha Vida, Cartão Reforma para 175 mil famílias e milhares de títulos entregues”, acrescentou. Segundo Bruno a ideia é que os novos recursos que serão destinados para os programas habitacionais possam “ajudar a gerar emprego em Pernambuco, na construção de habitacionais, entrega de casa e reformas”. 

O ministro ainda disse aos prefeitos que pretende apresentar, em breve, um projeto para orientar os municípios a realizarem concessões. “Está sendo desenvolvido pelo Governo Federal um desenho [de projeto] onde os municípios possam acessar recursos para convidar a iniciativa privada para ser parceira em projetos como o de iluminação pública. O presidente fará, em um encontro com prefeitos nas próximas semanas, o anúncio do projeto com os detalhes de quem pode participar e as áreas que o município possa contar com a parceria privada”, ressaltou.

Para o presidente da Amupe, o prefeito de Afogados da Ingazeira José Patriota (PSB), a desburocratização das normas para os três programas beneficia o cidadão mais pobre. "Facilita muito o fluxo e a velocidade de acesso aos recursos. Há muito entravamento com relação as ações que atinge a regularização habitacional. Na medida que isso é simplificado encurta o caminho para que as famílias mais pobres e mais carentes tenham acesso aos recursos públicos", declarou. 

A Prefeitura do Recife (PCR) anunciou a construção de dois novos conjuntos habitacionais na cidade. Os empreendimentos serão erguidos em lotes localizados na Rua Tenente Nindelo, no bairro do Jiquiá, Zona Oeste da capital pernambucana, contemplando um total de 480 famílias residentes na comunidade da Beirinha, às margens do Rio Tejipió.

De acordo com a Secretaria de Habitação, os conjuntos contam com o financiamento do programa federal Minha Casa, Minha Vida e terrenos cedidos pelo município. No total, foram investidos R$ 30,1 milhões. As construtoras terão até esta quinta-feira (22) para se inscrever no edital de licitação.

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Com os dois anúncios, sobe para cinco o número de editais para construção de novas moradias lançados este ano. Dentro das características do programa Minha Casa, Minha Vida, cada apartamento terá área construída de aproximadamente 50 metros quadrados, distribuídos em dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço. O valor médio repassado pela Caixa Econômica Federal é de R$ 63 mil por unidade construída.

Com informações da assessoria

A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Habitação, publicou no Diário Oficial (DO) desta terça-feira (13) um edital de chamada pública para construção de mais dois habitacionais que serão localizados na Avenida Sul, Imbiribeira (nas proximidades da Cachaçaria Carvalheira).

Ao todo, serão 384 unidades erguidas (192 para cada habitacional), beneficiando famílias da comunidade Beira da Maré, também na Imbiribeira, e do entorno - todos os beneficiários já foram cadastrados. Com financiamento do programa federal Minha Casa, Minha Vida, e terrenos cedidos pelo município, os dois empreendimentos totalizarão investimentos de R$ 24 milhões, sendo R$ 12 milhões para cada intervenção.

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O Edital de número 003/2013 estará disponível para as construtoras interessadas a partir desta quarta-feira (14), das 8h às 12h, na sala da Gerência Geral de Projetos Habitacionais da Secretaria de Habitação, localizada no 7ª andar do edifício-sede da PCR. Com a chamada pública desta terça-feira, sobe para quatro o número de editais para construção de novas moradias já lançados este ano pela Prefeitura.

Com o investimento de R$ 25,5 milhões, a Prefeitura de Recife lançou nesta quinta-feira (8) três editais para a construção dos conjuntos habitacionais nos bairros de Tejipió, São José e Afogados. Todas as unidades dos três novos conjuntos habitacionais seguirão o padrão do programa Minha Casa Minha Vida. O preço médio dos apartamentos é de R$ 63 mil por unidade construída.

Em Tejipió, situado na Zona Oeste do Recife, o conjunto Habitacional Boa Esperança vai conter 64 apartamentos, já o projeto do habitacional Espólio do Estevinho, no Bairro de São José, terá 160 apartamentos. O acompanhamento dessas duas intervenções ficará sob a coordenação da Secretaria de Habitação do Recife. Em Afogados, na comunidade Caranguejo-Tabaiares serão 192 unidades.

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Quem ficará responsável pela execução do serviço é a Empresa de Urbanização do Recife (URB), vinculada à Secretaria de Infraestrutura e Serviços Urbanos. Os editais dos conjuntos habitacionais Boa Esperança e do Espólio do Estevinho estarão disponíveis para as empresas interessadas a partir da próxima segunda-feira (12), na Secretaria de Habitação da Prefeitura.O edital do Habitacional Caranguejo-Tabaiares estará disponível aos interessados na sede da URB na terça-feira (13).

A bancada da oposição da Câmara de Vereadores do Recife retomou nesta quarta-feira (7), as blitz de fiscalização das ações da Prefeitura da Cidade do Recife (PCR). Os parlamentares visitaram três dos cincos conjuntos habitacionais analisados por eles e constataram atraso e paralisação de obras.

De acordo com a vereadora Priscila Krause (DEM), a decisão de ver de perto as obras habitacionais no Recife surgiu desde a semana passada, antes do incêndio no bairro dos Coelhos, quanto os vereadores oponentes se reuniram para elaborar a pauta da primeira fiscalização. Na avaliação dos representantes da Casa José Mariano quatro obras de moradias estão paradas e uma ainda nem começou.

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Entre as obras apontadas estão: Habitacional Vila Brasil; Habitacional Sérgio Loreto (Coelhos) e Habitacional Travessa do Gusmão, dispondo cada um de 448, 224 e 160 unidades respectivamente. Todos os equipamentos públicos possuem data de assinatura de contrato de novembro de 2009 e prazo de entrega para maio de 2011, prorrogado em abril de 2013 já na gestão Geraldo Julio (PSB), para 1° de agosto, mas até agora nenhum está pronto.

As outras duas obras são o Habitacional Pilar com contrato assinado em 2010 e com prazo de entrega de um dos lotes prorrogado para 31 de outubro, mas a construção está parada desde 14 de dezembro, segundo operários e o Carangueiro na Ilha do Leite. Este último, de acordo com o vereador Wanderson Florêncio (PSDB) também sofreu um incêndio neste ano e não teve as obras nem se quer começadas. 

Segundo os vereadores os recursos para a construção dos habitacionais são do Programa de Aceleramento do Crescimento (PAC) e já foram liberados para o município. “A contrapartida do Governo Federal foi depositada na conta da prefeitura em janeiro de 2009. Praticamente 10 meses antes do início das obras. Então dinheiro garantido tem”, disse Priscila Krause. A democrata citou em seguida os valores de três dos cinco habitacionais que somam mais de R$ 16 milhões. “Eu estive nesses habitacionais em fevereiro de 2012 e faz mais de um ano que todos eles estão parados”, alertou a vereadora.

O segundo conjunto visitado, o Habitacional Travessa do Gusmão estava fechado e não teve como a caravana oponente entrar. “Não conseguimos entrar e esse é mais um exemplo que o governo Geraldo Julio não começou. No oitavo mês deveríamos ter um governo que esteve integrando esse habitacional para as pessoas que estão nas palafitas (...). O governo Geraldo Julio que foi vendido como o governo que fazia tudo, nada faz! E a cidade e as comunidades que pagam o risco com as suas casas e com a sua própria vida”, criticou o líder da oposição, vereador Raul Jungmann.

Ratificando as alfinetadas ao governo socialista, Jungmann chamou a gestão de lenta. “Esse governo é um passo de tartaruga e por isso que nós utilizamos este símbolo. O símbolo que demonstra que esse governo ridículo mais uma vez mais ainda não começou”, disparou.

O último conjunto visitado pelos parlamentares foi o da comunidade do Pilar. No local, 48 unidades foram entregues na gestão João da Costa (PT) e segundo operários desde 14 de dezembro a construção foi parada. Diante dos problemas, os vereadores afirmaram tomar providências. “Temos que fazer com que haja cobranças na Câmara do Recife, vamos levar o caso ao Tribunal de Contas da União (TCU), iremos acionar o Ministério Público Estadual e queremos mobilizar a população”, adiantou o vereador André Régis (PSDB). 

Um protesto de moradores das comunidades da Beira Rio e do Bode interditou, no final da tarde desta terça-feira (20), a Avenida Herculano Bandeira, no bairro do Pina, zona sul do Recife, próximo a Igreja do bairro. Eles reivindicaram o direito às suas casas, já que a Prefeitura do Recife as derrubou prometendo novas moradias em conjuntos habitacionais.

“A prefeitura chega dizendo que em três dias é preciso desocupar as casas, oferecendo cinco mil reais ao pessoal, mas pra onde eles vão? Não se compra em lugar nenhum uma casa por cinco mil reais”, conta o autônomo Fernando da Silva, 26, que presenciou todo o ocorrido. “As pessoas da comunidade estão trabalhando na obra, como funcionários, para habitar no local, mas a prefeitura está dando prioridade para as pessoas de fora. Isso é errado, o certo é priorizar os trabalhadores da comunidade que estão trabalhando para ter a sua casa”, completa. 

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No local, podia ser visto os vestígios de pneus queimados e pedaços de madeira. Devido à manifestação, o engarrafamento da Agamenon Magalhães, que já é intenso nesse horário de pico, ficou pior. De acordo com os agentes da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), eles escolhem o horário de pico para começarem o protesto. O congestionamento passou pela Agamenon, sentido Olinda-Boa Viagem, indo pelo Viaduto Capitão Temudo, até chegar na Avenida Herculano Bandeira.

O protesto terminou por volta das 19h30 e duas pessoas foram encaminhadas para a Delegacia de Boa Viagem, onde passaram por averiguação e foram liberadas após assinar o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).

Segundo o autônomo, a comunidade está organizando outra movimentação provavelmente para esta semana.

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