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Compadre Washington passou por um grande recentemente após ficar alguns dias internado com uma crise de pressão alta. Aos 61 anos de idade, o músico agora está bem, mas precisou mudar alguns hábitos.

Durante o Fortal 2023, ele bateu um papo com Lucas Pasin e falou que está seguindo as orientações médicas e maneirando em algumas coisas:

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- Acumulou cansaço, sono e stress. O sal tem que aliviar, aquelas comidas que eu gosto, que a Bahia oferece, tem que dar uma maneirada um pouquinho, continuar tomando minhas medicações.

Beto Jamaica, parceiro de palco de Compadre, está ajudando nesta fase e pegando no pé:

- Tem que se cuidar. A gente fica dentro do avião, poucas idas em casa com a família. Bate saudade, bate stress. Se não se cuidar, o bicho pega.

- Eu tombo, mas não caio, emendou ele.

O uso do cheque segue forte no Brasil mesmo com a popularização do Pix, que significou uma revolução na forma de o brasileiro movimentar seu dinheiro. Como ferramenta de pagamento de salário ou de parcelamento, são compensadas hoje, por ano, mais de 200 milhões de folhas de cheques - mais da metade no Sudeste. A conclusão é de que esse meio de pagamento, já deixado na gaveta há alguns anos por grande parte da população bancarizada, segue substituindo dinheiro, cartões e transferências eletrônicas, principalmente em regiões mais distantes de grandes centros e com acesso precário à internet.

Levantamento do Banco Central a pedido do Estadão mostra que o advento do Pix, no fim de 2020, ajudou a reduzir a circulação de cheques, mas o número de compensação segue firme especialmente em municípios menores, com forte presença do agronegócio. Em 2020, foram compensados 287 milhões de cheques, volume que caiu para 219 milhões em 2021. Neste ano até maio, mesmo com a disseminação do Pix, foram 76 milhões de folhas emitidas.

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O diretor adjunto de Serviços da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Walter Faria, reconhece que esse instrumento de pagamento continua relevante no País, especialmente onde a internet é intermitente. "Alguns comerciantes, por exemplo, ainda pedem o cheque. Eles ainda endossam o cheque e o repassam, funcionando como se fosse um crédito", afirma Faria, embora acredite que, com o avanço da bancarização e da melhora do sinal da internet, o uso do cheque seguirá caindo.

O empresário José Oliveira, que atua na compra e na venda de hortifrúti para o varejo, explica que o uso do cheque é parte da cultura do negócio. Mensalmente, ele usa cerca de 200 folhas da cédula do pré-datado para a compra de insumos para a empresa. "Pelo menos 90% dos meus pagamentos são feitos com cheque", conta. "No Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), o uso do cheque ainda é muito forte, dificilmente alguém faz um pagamento por Pix."

Apesar da dependência da modalidade de crédito, o empresário afirma que prefere não repassar cheques recebidos para evitar as dores de cabeça em caso de inadimplência. "Tem de tomar cuidado com quem passa o cheque para você. Hoje em dia só 5% dos cheques que eu recebo acabam voltando", diz.

Com o pré-datado, o cheque ocupa um espaço que outros meios ainda não entraram. Professor da Escola de Economia da FGV, Joelson Sampaio diz que o cheque permite ao comerciante a programação de pagamentos. "Isso os ajuda no controle financeiro de seus negócios. Isso ajuda a explicar o porquê de o cheque ainda ser muito utilizado, apesar do avanço dos cartões e do Pix", diz.

INTERIOR

Em Porto Feliz (SP), cidade com um pouco mais de 50 mil habitantes, o músico Rodrigo Moura recentemente desengavetou o cheque para pagar uma reforma. Foi como conseguiu com os prestadores de serviços, tal como o vidraceiro, a possibilidade de parcelamento.

A cooperativa de crédito Sicoob, a maior do País em número de agências bancárias, tendo recentemente superado o Banco do Brasil, percebe um volume de cheque resiliente às últimas inovações tecnológicas. "Cheque ainda é um instrumento muito utilizado, vem sofrendo redução, mas segue importante e circula muito ainda, inclusive como instrumento de crédito", diz o diretor de Coordenação Sistêmica e de Relações Institucionais do Sicoob, Ênio Meinen. "É muito empregado em localidades de até 20 mil habitantes."

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Desde o início da pandemia, os brasileiros ficaram menos ativos fisicamente e passaram a se alimentar pior. Os efeitos da crise foram mais graves entre desempregados e pessoas com menos escolaridade. A conclusão é do levantamento telefônico Covitel, da Vital Strategies e da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

Da pré-pandemia até o 1º trimestre deste ano, o consumo de frutas e legumes entre os brasileiros que perderam o emprego na pandemia caiu 37%. A taxa de pessoas na categoria que comia frutas cinco vezes por semana ou mais recuou de 42,6% para 26,7%. Já a queda no consumo de verduras e legumes entre os que perderam o trabalho teve comportamento parecido: de 44,2% para 27,6%.

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Nos últimos anos, o Brasil teve alta no desemprego e explosão de preços.

Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no primeiro trimestre deste ano, o País somava 12 milhões de desempregados (11,2%). Nas outras faixas da população (aqueles que seguem trabalhando e os que já estavam sem emprego antes do surgimento da covid-19), não houve redução estatisticamente significativa desse consumo.

"Basicamente, o que a pandemia fez foi piorar tudo mais nos mais vulneráveis. Seja mais pobre, seja o negro, seja a mulher em alguns casos. É uma pandemia que causou aumento das desigualdades que infelizmente já existiam", destaca o epidemiologista Pedro Hallal, envolvido na pesquisa.

Outros dados mostram que o impacto na alimentação foi mais forte entre os vulneráveis. A proporção dos que consomem frutas cinco dias na semana ou mais caiu 17% entre os menos escolarizados - que estudaram até oito anos. Para a população preta e parda, o recuo foi de 15,9%. Para os especialistas, por trás disso está o encarecimento da alimentação somado à retração de renda.

"É só olhar preço de tomate, de verdura, de fruta. Aumentou muito", diz Hallal. Em um ano, dos mais de 400 itens acompanhados pelo IBGE, a cenoura é a que ficou mais cara no acumulado: alta de 166,17%. Seguida do tomate (+94,55%) e do pimentão (+80,44%).

Ao mesmo tempo que a alimentação piorava, os desempregados e menos escolarizados passaram a praticar menos atividade física no tempo livre (equivalente a pelo menos 150 minutos de exercício moderado por semana). A taxa de ativos no lazer caiu 30% para os que perderam emprego; 39% para os que nunca trabalharam; e 30% para os que estudaram até oito anos.

A piora na alimentação e a redução na atividade física preocupam, pois são fatores para doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) - sete entre as dez principais causas de morte no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Especialistas indicam ser necessário combater desigualdades e "inverter pirâmide", ou seja, investir mais em prevenção para gastar menos em tratamento.

INTERIOR

O Covitel buscou aferir o impacto da pandemia nos fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis na população adulta, com 18 anos ou mais. Os mais de 9 mil entrevistados deram respostas relativas ao período pré-pandemia e ao primeiro trimestre deste ano. A pesquisa inovou ao fazer metade das entrevistas por telefonia móvel e também buscar moradores do interior do País, não só das capitais.

Por mais que tenha identificado retrocesso nos fatores de risco para essas doenças, principalmente entre os mais vulneráveis, o Covitel mostra estabilidade nos diagnósticos de diabete e hipertensão - o que pode indicar subnotificação. "Historicamente a gente sabe que está aumentando (número de pessoas com essas doenças no País)", alerta Luciana Sardinha, assessora Técnica de Saúde Pública e Epidemiologia da Vital Strategies.

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Estudos da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) indicam o perigo da chamada nomofobia (medo de estar desconectado) em indivíduos que passam muito tempo na frente das telas. O excesso de internet impacta negativamente na vida dos indivíduos, gerando problemas como ansiedade e depressão, e exige a “desintoxicação virtual”, ou seja, um momento distante das tecnologias.

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Os jovens são os mais afetados, pois é o grupo que mais está ativo na internet. A estudante Amanda Albuquerque, de 18 anos, é uma dessas jovens que passam bastante tempo nas redes sociais. Ela admite que isso afeta sua vida de forma negativa, deixando-a ansiosa. 

Como a maioria dos jovens de sua idade, a estudante está ativa nas principais redes sociais, como Instagram, Facebook e TikTok, as quais ocupam grande parte do dia dela. “Às vezes, eu checo as horas que eu passo (no celular), e geralmente são muitas horas. Boa parte nas redes sociais”, diz a estudante.

Para a publicitária Tamires Virgílio, especialista em Marketing Digital, a tecnologia oferece diversos benefícios para estudos e negócios, principalmente pelo grande leque de conteúdos e pela interatividade proporcionada, desde que esse uso não se torne prejudicial. “Se eu começo a ter prejuízos, seja ele qual for, seja prejuízo de sono, de descanso de convivência família, relacionamentos, é porque a rede social está ocupando aquele espaço maior do que ela deveria”, alertou.

Nas redes sociais, os usuários mostram o que é conveniente para si. É idealizada uma vida perfeita e, consequentemente,projetado o mesmo ideal aos espectadores. Assim, comportamentos fora desse padrão são julgados e considerados inválidos, caracterizando então o “cancelamento”.

De acordo com Tamires, esse não é um fenômeno novo. “O cancelamento é um reflexo modernizado dos hábitos da sociedade de querer expelir o que ela recrimina”, comenta. “Eu jogo pedra naquilo que também me afeta. Não há uma racionalização”, acrescentou.

Segundo a profissional de marketing, é necessário aprender a impor limites nos meios digitais. “Um dos pontos é sempre voltar para este pensamento: não esquecer que é uma vida virtual, a rede social é como uma vitrine. Uma das saídas é tentar equilibrar. Deixar de consumir um conteúdo que faz mal, substituir por conteúdos que façam bem. Equilibrar lendo um livro, vendo um filme ou não fazendo nada”, sugeriu Tamires.

“A gente ainda acha que tudo deve ser consumido, ainda estamos aprendendo a lidar com as novas mídias. Uma das formas é ficar em alerta no que está sendo consumido na internet e como eu me sinto em relação a isso”, enfatizou a publicitária.

A partir do uso exacerbado dos mecanismos tecnológicos, essa frequência pode comprometer o bem-estar, contribuindo para o surgimento de estresses diários. Para a psicóloga Christiane Macedo, especialista em Neuropsicologia e Avaliação Psicológica, o uso excessivo das mídias digitais pode desencadear estresse e ansiedade, mas não somente por esse aspecto. “É um conjunto de fatores que acarretam esse estresse ou essa ansiedade, quando você não tem o meio tecnológico para usar. Por exemplo, em alguns momentos o WhatsApp fica fora do ar, as pessoas ficam desesperadas e começam a baixar o Telegram, porque elas precisam estar em conectividade com alguém, sendo que às vezes essa necessidade não é tão grande”, afirmou.

Em relação à saúde mental, Christiane comenta que as relações sociais foram afetadas pelo confinamento, gerando indivíduos introspectivos. Com a utilização diária das plataformas digitais, o direcionamento é relacionado apenas aos próprios interesses do usuário, que já não conta como prioridade manter vínculos sociais, resultando em aspectos antissociais. “Isso, mentalmente falando, não é bom, porque nós somos seres que vivemos em sociedade. A gente precisa compartilhar emoções, a gente precisa compartilhar experiências, e, presencialmente, isso é muito bom. Só que a gente constatou agora, com o período da pandemia, que não pode aglomerar, não pode se reunir. Então, é muito complicado”, declarou.

Para evitar o uso exagerado dos meios digitais, a profissional recomenda que haja mudança de hábito, sendo fundamental uma autoavaliação para perceber o que de fato é necessário e que merece o esforço para estar usando o meio digital. “Diminuir o uso e desligar o celular para carregar, não deixar carregando ligado e desligar os dados móveis para que você não fique tentado a usar”, propôs a psicóloga.

Por Gabriel Pires, Vitória Reimão e Painah Silva.

 

Com o isolamento social causado pela pandemia de covid-19, as pessoas se mantiveram conectadas nas redes sociais por mais tempo. Isso resultou em problemas como aumento de ansiedade e também gerou novos hábitos de consumo e relacionamentos.

O estudante André Maia disse que está entre as pessoas que ficaram a maior parte do tempo no celular. Ele contou que teve problemas de ansiedade por tentar imaginar o dia em que o isolamento social iria acabar.

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“Eu passava basicamente o dia inteiro no celular, da hora que eu acordava até a hora de ir dormir. Não era a única opção, mas era a mais viável para ficar próximo das pessoas que faziam parte da minha rotina, porque via como um tipo de tratamento, como uma fuga do que estava acontecendo no mundo”, relatou.

Durante a pandemia houve um aumento exponencial no número de usuários e horas gastas nas redes sociais. Segundo dados da consultoria Kantar, a pandemia influenciou um aumento de 76% no número de usuários do WhatsApp, e de 40% do Facebook e Instagram, apenas no período da pesquisa. A pesquisa mostra, também, que entre março e abril houve um aumento de 33% do uso da rede social TikTok no mundo.

André disse que está utilizando bastante as redes sociais para lidar com os dias de isolamento, já que o sentimento de angústia tomou conta de sua vida. Além disso, informou, as atividades remotas causaram uma estranheza a ele por não ter aquele contato físico com as pessoas.

"Ficava pensando 'Quando vão aprovar uma vacina?', 'Quando eu vou poder encontrar as pessoas de novo?'. Isso era muito angustiante. Na faculdade, a gente aprendeu a estar todos os dias numa sala de aula com professor, com as pessoas ao nosso redor. E aí do nada tem que passar a assistir aula diariamente on-line, não é a mesma coisa, mas era a única opção. E o Home Office, onde a gente, apesar de tudo, tem que se manter produtivo, e isso nem todo dia é possível, porque ninguém é de ferro", afirmou.

André confirmou os dados da pesquisa: abusou das redes sociais. "Eu uso muito Instagram e o Twitter, porque na falta de interação de contato pessoal, a gente busca essas redes sociais para se conectar com amigos, família etc. E também uso a Netflix, assisto uma série ou um filme para esquecer o que está acontecendo, e evitar notícias ruins", conta o estudante.

De acordo com a psicóloga Danielle Almeida, as pessoas ficaram muito mais tempo reclusas, e isso permitiu que passassem mais tempo nas redes sociais, em aplicativos de séries e filmes. Um tempo maior na utilização da internet e dos aparelhos eletrônicos implica alguns malefícios pelo uso excessivo, como problemas de visão, por causa do tempo diante da tela do aparelho.

"Em virtude da pandemia, nós passamos um tempo maior utilizando a internet e os aparelhos eletrônicos. Com isso, nós temos alguns malefícios, problemas com relação à visão, em virtude do excesso do uso dos aparelhos, e também ao aspecto físico da coluna. A gente começa a perceber essas dificuldades, por passar a maior parte do tempo sentado e deitado. Com isso, o corpo em algum momento acaba reclamando", assinalou a psicóloga.

Segundo Danielle, no aspecto psicológico, há o problema da reclusão. "As pessoas passam a ficar em casa, criando uma zona de conflito e não uma zona de conforto. Então, você começa a perceber que os comportamentos são outros, a ausência do abraço, do beijo e do aperto de mão, por isso a pessoa desenvolve uma depressão, uma ansiedade, e até manias de limpeza", explicou.

Compras pela internet

As compras on-line aumentaram até 40% com o impacto do novo coronavírus. A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico informa que as lojas virtuais registraram alta de mais de 180% em transações nas categorias de alimentos e saúde.

Já a pesquisa Impactos da Pandemia no Comportamento do Consumo do Brasileiro, realizada pelo Instituto Locomotiva, revela que uma média de 40% dos entrevistados que frequentam lojas físicas de livrarias, perfumarias, lojas de departamentos, entre outros, pretendem não fazer mais compras nesses espaços, optando por compras pela internet.

O economista Nélio Bordalo analisa que isso foi um efeito da pandemia, refletindo as limitações impostas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelos governos à população.

"Por causa do lockdown, no Brasil e no resto do mundo, as pessoas optaram por compras on-line. As lojas que atuavam no e-commerce tiveram um faturamento além da média, principalmente porque o comércio tradicional não estava podendo funcionar. A projeção para 2020 é que a receita e o faturamento do comércio eletrônico no Brasil girem em torno de R$ 11 bilhões. Em comparação com o ano passado, nós tivemos ao todo, R$ 75 milhões", informou.

Segundo Nélio, as empresas começaram a praticar as vendas por comércio eletrônico como uma questão de sobrevivência. Ele acredita que, após a pandemia, as empresas que atendiam somente fisicamente deverão começar a ofertar as duas modalidades.

"Eu vejo com bons olhos essa mudança do varejo para as vendas no e-commerce, porque o mundo todo está utilizando esse artifício. Sim, isso altera um pouquinho a estrutura, a logística. Essa comercialização exige uma redução no custo operacional das lojas físicas, e as empresas deixam de pagar aluguel, pois não têm muito custo com energia, nem com empregados. O comércio eletrônico tem uma estrutura mais enxuta. É uma tendência que o Brasil certamente vai acompanhar", disse.

Como tudo na internet exige cautela, o economista alerta para o aumento de novos golpes também. "O consumidor tem que ficar atento a essa situação. Tem que ter cuidado com relação aos pagamentos dos fornecedores através do comércio eletrônico para também evitar qualquer tipo de golpe", alertou.

A estudante Erika Castro é uma das pessoas que não compravam pela internet, mas que agora está aproveitando a pandemia e comprando bastante em lojas virtuais. "Eu não costumava fazer compras on-line, mas eu comecei a partir da quarentena. Como eu não podia sair e eu precisava comprar, então eu comecei a comprar sapatos, fazer compras no mercado, frutas e verduras, enfim eu comecei a comprar muita coisa. Eu gosto muito de comprar pessoalmente, de tocar naquilo que eu vou comprar, mas os benefícios do comodismo, de estar em casa e poder receber as coisas é um ponto positivo", comentou.

Por Ana Caroline Barboza, com o apoio de Cristian Corrêa.

 

A pandemia tem feito muita gente mudar hábitos, entre eles o consumo frequente de comida caseira e fresca. É o que mostram as primeiras análises do Estudo NutriNet Brasil, que envolveram 10 mil participantes e indicam aumento generalizado na frequência de consumo de frutas, hortaliças e feijão (de 40,2% para 44,6%) durante a pandemia.

Segundo o professor Carlos Monteiro, coordenador do NutriNet Brasil, essa mudança positiva no comportamento alimentar pode ser explicada por alguns fatores. “As novas configurações causadas pela pandemia na rotina das pessoas podem tê-las estimulado a cozinhar mais e a consumir mais refeições dentro de casa. Além disso, uma eventual preocupação em melhorar a alimentação e, consequentemente, as defesas imunológicas do organismo, podem ser consideradas". O Estudo NutriNet é executado pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP).

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A evolução positiva na alimentação, no entanto, foi acompanhada por um aumento no consumo de alimentos ultraprocessados nas regiões Norte e Nordeste e entre as pessoas de escolaridade mais baixa. Esses resultados sugerem desigualdades sociais na resposta do comportamento alimentar à pandemia.

O consumo de alimentos in natura ou minimamente processados fortalece os mecanismos de defesa do organismo, já a ingestão de comidas ultraprocessadas favorece o aparecimento de doenças crônicas que aumentam a letalidade da covid-19. Refrigerantes, bolachas, pratos congelados, salgadinhos, bolos prontos e mistura para bolos, cereais matinais, macarrão instantâneo, pães de forma, sorvetes e bebidas com sabor de frutas fazem parte do grupo de alimentos ultraprocessados.

“Uma das razões pelas quais o consumo de alimentos ultraprocessados piora as defesas do organismo é que eles são pobres em vitaminas e minerais, nutrientes essenciais para a resposta imunológica. Já foi demonstrado, em pesquisa realizada no Brasil, que indivíduos que consomem mais ultraprocessados têm um consumo menor desses nutrientes”, explica a pesquisadora do Estudo NutriNet Brasil, Kamila Gabe.

Outra razão, segundo Kamila, é que o consumo de alimentos ultraprocessados aumenta o risco de desenvolver condições como obesidade, diabetes e hipertensão. “Estudos realizados em diferentes países, como Estados Unidos, Itália e China, observaram que a presença dessas condições está associada à ocorrência de formas mais severas da covid-19, aumentando a necessidade de internação hospitalar e o risco de mortalidade”.

Para essa análise, o Estudo NutriNet Brasil aplicou o mesmo questionário alimentar em dois momentos: entre 26 de janeiro e 15 de fevereiro (antes da pandemia) e entre 10 e 19 de maio (durante a pandemia). Foi questionado o consumo de uma série de alimentos no dia anterior ao preenchimento do formulário. A amostra, composta pelos 10 mil primeiros participantes, é representada, em sua maioria, por jovens adultos, de 18 a 39 anos (51,1%), mulheres (78%), residentes da Região Sudeste do Brasil (61%) e com nível de escolaridade superior a 12 anos de estudo (85,1%).

Hábitos pós-pandemia

Na opinião da pesquisadora, não é possível afirmar que essa tendência de alimentação saudável será mantida após a quarentena. “Os dados do estudo NutriNet  Brasil não nos permitem concluir se há essa tendência no pós-pandemia, já que a análise comparou dados de consumo alimentar obtidos em janeiro, imediatamente antes do início da chegada do novo coronavírus ao Brasil, e em maio, no auge da adesão às medidas de distanciamento físico”.

Para Kamila, é possível que o retorno das pessoas às suas rotinas de trabalho e lazer, e até mesmo o relaxamento dos cuidados com a saúde, façam com que os indivíduos retornem aos seus hábitos praticados antes da pandemia. “Por outro lado, também é plausível pensar que esse período tenha proporcionado às pessoas oportunidade para a aquisição de hábitos saudáveis que venham a ser ganhos permanentes, como passar a comer mais frutas, verduras e legumes ou a cozinhar em casa com maior frequência. Com o Nutrinet acompanhando esses participantes, nós teremos a opção de investigar isso em novos estudos futuramente”. 

Estudo

O objetivo da análise foi conhecer o impacto da pandemia de covid-19 sobre o comportamento alimentar da população. O recorte faz parte do Estudo NutriNet Brasil, lançado em janeiro de 2020, para investigar a relação entre padrões de alimentação e o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis no Brasil. A pesquisa tem duração de dez anos e vai acompanhar 200 mil pessoas. Os interessados em participar voluntariamente do estudo podem se inscrever no site nutrinetbrasil.fsp.usp.br .

O Estudo NutriNet Brasil é um dos maiores sobre alimentação e saúde do país. Os resultados vão contribuir para a elaboração de políticas públicas que promovam a saúde e a qualidade de vida da população brasileira.

O arroz e o feijão continuam sendo o carro-chefe da dieta brasileira, em geral acompanhados de alguma proteína animal, segundo números da nova Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do IBGE, divulgada na sexta-feira (21). No entanto, segundo o instituto, entre o levantamento de 2008/2009 e este último, de 2017/2018, houve redução no consumo desses alimentos e aumento na ingestão de fast-food.

A frequência do consumo de arroz, por exemplo, ainda é predominante, mas caiu de 82,7% para 72,9%. A do feijão, de 72,1% para 59,7% e a de carne bovina de 43,8% para 34,6%. A de frutas também se reduziu de 45,4% para 37,4%. Na contramão dessa tendência, a frequência na ingestão de sanduíches e pizzas cresceu de 10,5% para 17%.

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Ainda assim, os alimentos consumidos diariamente pelos brasileiros são, na maioria, naturais ou minimamente processados - o que, na avaliação dos especialistas, também é positivo. Mas esse modo de vida pode estar ameaçado pela comida ultraprocessada.

"Alimentos ultraprocessados - os quais, segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, deveriam ser evitados - somam cerca de um quinto das calorias consumidas. A maior participação de alimentos ultraprocessados, em relação ao total calórico, foi para adolescentes (26,7%), sendo intermediária entre adultos (19,5%) e menor entre idosos (15,1%)", acrescenta a pesquisa.

Para André Martins, um dos técnicos responsáveis pelo trabalho, há problemas na alimentação básica dos brasileiros. "O consumo de frutas já era aquém do esperado em 2008 e continua. O consumo de legumes e verduras está abaixo do esperado e ainda há um aumento na ingestão de sanduíches e refeições rápidas, sobretudo no caso dos adolescentes."

Novos hábitos

Há um ano e meio, o servidor público Leandro Rocha, de 39 anos, decidiu mudar sua alimentação. Deixou de lado alimentos prontos e embutidos e introduziu salada crua nas refeições. "Passei a consumir todos os tipos de folhas. Alfaces, rúcula, couve, agrião, folhas de beterraba, acelga e repolho. Antes disso, raramente comia alguma folha."

A mudança aconteceu por dois motivos: vontade de emagrecer e prevenir doenças decorrentes do aumento de peso. "Consegui perder mais de 10 quilos. Hoje estou com 78 quilos." Há um ano, Rocha também tirou o refrigerante. "No começo foi difícil, mas após uns dois meses me acostumei."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Maus hábitos alimentares contribuem para o desenvolvimento de doenças crônicas como a hipertensão, diabetes, colesterol e doenças renais. De acordo com a especialista em Nutrição e Saúde Pública Dalva Coutinho, participante de um projeto para hábitos alimentares no Hospital de Clínicas, em Belém, “a correção alimentar é fundamental, mas não é tarefa fácil, além de ser um processo ancestral e cultural”.

 No Pará, por exemplo, o açaí e seus acompanhamentos, como a carne, o peixe ou o charque frito, possuem um grande teor de gordura. “O açaí, que é rico em potássio e sais minerais, ajuda também na circulação vascular. Ao ingerir esses acompanhamentos, perdem-se esses benefícios”, explicou.

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A nutricionista também destaca o cuidado que as pessoas devem ter ao consumir produtos de origem industrializada, além do açúcar, sal e gorduras saturadas (frituras em excesso). 

A mudança alimentar não é uma tarefa fácil. Requer educação e acompanhamento integral de equipes especializadas no assunto. “Não é papel apenas do profissional de nutrição. São muitos fatores envolvidos: sociais, econômicos, políticos e disponibilidade de alimentos”, afirma Dalva.

Conduzir mudanças de hábitos alimentares exige atuação em escolas com o público infantojuvenil, para mostrar as vantagens de um alimento mais saudável. Programas como Cantinas Saudáveis e Crescer Saudável lançaram projetos, em 2010, com modelos de lanche. Mas grande parte ainda não entrou em prática. 

Não existem fórmulas perfeitas para a mudança repentina quando se trata de alimentação, destaca a especialista. “Quero pontuar isso tanto para as escolas quanto para os especialistas da área da saúde e governamental: é necessário mostrar essa diferença de hábitos. O excesso pode levar a problemas graves de saúde. As políticas públicas devem ser exercidas para que de alguma forma isso possa mudar. Além disso, que a população faça a sua parte, pois a saúde é um bem precioso”, concluiu.

Por Natália Lavoura.

Enquanto parte dos brasileiros incorporou mais frutas e hortaliças à dieta e tem se exercitado mais, outra parcela da população está ficando mais obesa.

De acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada nessa quarta-feira (24) pelo Ministério da Saúde, a taxa de obesidade no país passou de 11,8% para 19,8%, entre 2006 e 2018.

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Foram ouvidas, por telefone, 52.395 pessoas maiores de 18 anos de idade, entre fevereiro e dezembro de 2018. A amostragem abrange as 26 capitais do país, mais o Distrito Federal.

Para o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, apesar de ter havido melhora no cardápio, o brasileiro ainda compra muitos itens calóricos e sem tanto valor nutricional. "Temos ainda um aumento maior de obesidade porque ainda há consumo muito elevado de alimentos ultraprocessados, com alto teor de gordura e açúcar." Segundo ele, o excesso de peso é observado sobretudo entre pessoas de 55 e 64 anos e com menos escolaridade.

O estudo mostra que, no período, houve alta do índice de obesidade em duas faixas etárias: pessoas com idade que variam de 25 a 34 anos e de 35 a 44 anos. Nesses grupos, o indicador subiu, respectivamente, 84,2% e 81,1% ante 67,8% de aumento na população em geral.

A capital com o menor índice de obesidade foi São Luís, com 15,7%. Na outra ponta, está Manaus, com 23% de prevalência.

O ministério destacou que, no ano passado, ocorreu uma inversão quanto ao recorte de gênero. Diferentemente do padrão verificado até então, identificou-se um nível maior de obesidade entre as mulheres. A percentagem foi de 20,7% contra 18,7% dos homens.

Além de conferir a prevalência de obesidade, a Vigitel reúne dados sobre o excesso de peso. Os pesquisadores concluíram que mais da metade da população brasileira (55,7%) se encontra nessa condição, índice que resultou de um crescimento de 30,8%, acumulado ao longo dos 13 anos de análise. Em 2006, a proporção de brasileiros com excesso de peso era de 42,6%.

Nesse quesito, o grupo populacional com predominância é o de pessoas mais jovens, com idade entre 18 e 24 anos. As mulheres apresentaram um crescimento mais significativo do que os homens. O delas aumentou 40%, ao passo que o deles subiu 21,7%.

Mudança de hábitos

A pesquisa também constatou que os brasileiros têm seguido uma linha de hábitos mais saudável. O consumo regular de frutas e hortaliças, por exemplo, passou de 20% para 23,1%, entre 2008 e 2018, uma variação de 15,5%.

A recomendação é da ingestão de, no mínimo, cinco porções diárias desses alimentos, cinco vezes por semana, segundo parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Com base nessa referência, a Vigitel considera que as mulheres têm se alimentado melhor, já que 27,2% delas mantêm o consumo recomendado. Entre homens, a taxa é de 18,4% e, entre brasileiros, de 23,1%.

Mexendo o corpo

Outro registro positivo diz respeito à prática de atividades físicas no tempo livre. A taxa subiu 25,7%, na comparação de 2009 com 2018. O salto foi de 30,3% para 38,1%.

A dedicação a uma rotina de exercícios que dure ao menos 150 minutos semanais, é algo mais comum entre homens (45,4%) do que mulheres (31,8%). Adultos com idade entre 35 e 44 anos geraram o aumento mais expressivo na última década, de 40,6%.

A taxa global de inatividade física sofreu queda de 13,8% em relação a 2009. O percentual de inatividades das mulheres é de 14,2% e o dos homens, ligeiramente inferior, de 13%.

Ao mesmo tempo em que muitos deixam o sedentarismo, um número maior de pessoas também afasta da mesa refrigerantes e bebidas açucaradas. Ao todo, de 2007 a 2018, o índice de consumo desses produtos caiu 53,4% entre adultos das capitais.

Em material distribuído à imprensa, o ministério ressalta que uma das medidas do governo federal para promoção de uma alimentação adequada é um acordo fechado com representantes da indústria alimentícia, que se comprometeram a reduzir a quantidade de açúcar em produtos.

Segundo a pasta, o acordo, feito em novembro de 2018, deve atingir mais da metade das bebidas adoçadas, biscoitos, bolos, misturas para bolos, produtos lácteos e achocolatados que chegam às prateleiras dos mercados.

A previsão é de que 144 mil toneladas de açúcar deixem de ser usadas nos produtos até 2022.

Diabetes

No documento, o ministério ressalta que nos últimos anos os entrevistados da pesquisa Vigitel têm demonstrado um conhecimento mais amplo sobre saúde,o que facilita a descoberta de doenças como diabetes.

Na avaliação da pasta, outro fator que tem contribuído para os diagnósticos é o acesso às Unidades Básicas de Saúde (UBS), na Atenção Primária. De 2006 para 2018, houve um aumento de 40% no volume de pessoas diagnosticadas com a doença.

O balanço mais recente, feito no ano passado, contabilizou 7,7% da população adulta brasileira com o quadro de diabetes confirmado, proporção que era de 5,5% em 2006. As mulheres têm um percentual maior de diagnóstico: 8,1%. O índice dos homens é de 7,1%.

Segundo o ministério, no intervalo de 2008 a 2018, o acesso a medicamentos para diabetes aumentou em mais de 1.000%. No ano passado, foram distribuidos 3,2 bilhões de medicamentos a 7,2 milhões de pacientes. Em 2008, o quantitativo foi de 274 milhões de unidades entregues a 1,2 milhão de pacientes.

Atualmente, o SUS [Sistema Único de Saúde] oferta de forma gratuita o tratamento medicamentoso para a doença, entre eles, cloridrato de metformina, glibenclamida e insulinas NPH e regular. Em 2018, a pasta investiu R$ 726 milhões na aquisição dos medicamentos.

Márcio Garcia, que comanda o Tamanho Família, recebeu neste domingo (21) a família de Simone e Simaria, e de Leandro Hassum. Assim que abriu o programa, o apresentador comentou que o trio estaria fechando a edição desta temporada.

A dupla sertaneja mostrou durante o programa que apesar de serem irmãs, elas não tem definitivamente nada em comum quando o assunto é personalidade, mas que isso acaba não interferindo no trabalho das coleguinhas.

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"Tudo diferente! A gente acaba que se completa. A Simone é mais desligada das coisas, eu sou ligada em tudo. Digo no sentido de fazer coisas pela banda ou mesmo do trabalho, eu sou mais focada", comentou Simaria.

Apesar de tantas diferenças, Márcio Garcia tentou achar algo em comum nas coleguinhas e ele comentou sobre elas gostarem de dormir cedo nos dias que estão de folga e não estão fazendo show. Mas Simaria comentou que esse hábito é uma coisa nova em sua vida porque ela sofre com insônia durante muitos anos. A mudança de hábito só veio depois que Simaria foi diagnosticada com tuberculose ganglionar, em 2018.

"Eu não dormia. Tinha muita insônia, passava a noite inteira acordada porque fico muito criativa durante a madrugada. Só que veio a doença e uma série de coisas que tive que enfrentar. Coloquei minha cabeça no lugar e pensei: cara, não tem ninguém para você conversar a essa hora, não dá para resolver nada nesse horário, a madrugada foi feita para dormir. A partir desse momento, quando me conscientizei disso, comecei a conseguir dormir mais e descansar mais. Adoro dormir cedo para acordar cedo. Às vezes não consigo porque ainda tenho umas insônias", disse ela.

Já Leandro Hassum comentou uma parte mais sentimental da sua vida. O teatro acabou lhe dando um amor, Karina - sua esposa, que se multiplicou um tempo depois com a vinda de sua filha, Pietra, e claro, o humorista simplesmente ficou desmontado de tanto chorar ao falar sobre a família.

"Nos conhecemos no teatro e começamos a namorar. Com um ano de namoro ela engravidou e eu não tinha um tostão. A gente fazia a mesma peça infantil e recebia R$ 25 reais por apresentação. Fazíamos quatro apresentações para tentar sair dali com 200 reais para comprar fralda. A gente passou por muitas coisas juntos! Eu sou um pai extremamente apaixonada pela minha filha. Eu posso fazer milhares de pessoas rirem, mas eu nunca vou esquecer do primeiro dia que minha filha riu pra mim".

E o que não faltaram foram lágrimas com as apresentações das famílias também.

Muitos brasileiros começam a repensar o tempo que gastam online. Uma nova pesquisa da Mintel sobre atitudes e hábitos em relação ao uso de mídias sociais revela que um em cada cinco (22%) usuários do país afirmam ter deletado alguma conta nos últimos 12 meses (em relação a abril de 2018).

"Uma das hipóteses para a exclusão de contas é que as pessoas estejam tentando passar mais tempo desconectadas. Os consumidores estão começando a perceber que o uso excessivo de celulares pode se tornar um vício e ser prejudicial à saúde", afirma a especialista em pesquisa de consumo da Mintel, Ana Paula Gilsogamo.

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A pesquisa da Mintel também revelou detalhes de como os brasileiros costumam utilizar as redes, com 65% afirmando que usam redes sociais como principal fonte de informação e 73% dizendo gostar de acompanhar notícias e artigos nessas mídias.

Em relação ao que mais chama atenção, 68% disse ser mais atraído por publicações de amigos e familiares, enquanto 38% têm mais interesse nas postagens de marcas. Conteúdo criado por influenciadores é atraente para 34% dos brasileiros.

"É claro que a informação transmitida de pessoa a pessoa é o que mais atrai quem usa mídia social, o que vai de encontro com estratégias e ativações recentes adotadas por algumas marcas e líderes da indústria em priorizar conteúdo pessoal. Assim, as marcas podem estimular os usuários a produzir conteúdos próprios nas redes sociais dos quais suas marcas façam parte", explicou a especialista.

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Aos poucos, as famílias brasileiras começam a retomar alguns hábitos de consumo adquiridos nos tempos de bonança da economia. Depois da longa recessão econômica que fez os consumidores cortarem ou substituírem produtos no dia a dia, a lista de compras voltou a ser incrementada com mercadorias um pouco mais caras. No lugar da margarina, a manteiga retornou à mesa; assim como o óleo de soja foi substituído pelo azeite de oliva. O requeijão, a batata congelada e o pão industrializado também estão de volta ao cardápio dos consumidores.

Dados da consultoria Kantar Worldpanel mostram que, em 2017, mais de dois milhões de lares voltaram a comprar manteiga pelo menos uma vez no ano - indicador que mostra uma reação do mercado de consumo. No auge da crise, o produto estava presente em 32,94% dos lares brasileiros. Com a retomada, a participação subiu para 36,80% - superior à registrada antes da recessão, em 2014 (34,17%). O mesmo ocorreu com o azeite, que retornou à lista de supermercado de 1,4 milhão de famílias.

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"À medida que a economia melhora, a primeira cesta a dar sinais de recuperação é a de bens de consumo não duráveis", afirma a diretora de negócios e Marketing da Kantar, Christine Pereira. A retomada é explicada por um conjunto de fatores: inflação baixa, juros no menor patamar histórico, aumento da renda e ligeira reação do mercado de trabalho.

Outro motor do consumo foi a redução do endividamento das famílias, que chegou a comprometer 22,8% da renda mensal em 2015. De lá pra cá, o indicador seguiu um movimento de queda. Segundo dados do Banco Central, em dezembro do ano passado, já estava em 19,9%.

Cálculos do economista Maurício Molan, do Santander, mostram que o aumento da massa salarial e o recuo do endividamento dos brasileiros devem liberar cerca de R$ 124 bilhões para a economia. "Vemos um crescimento consistente do consumo neste ano, já que o emprego e a renda estão voltando. Tudo isso é muito poderoso."

A expectativa é de que o varejo tenha um avanço de 4,7% em 2018 - o que deve ajudar a sustentar as previsões de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em torno de 3%. Levantamento da Tendências Consultoria Integrada mostra que o aumento do consumo deverá ser puxado em especial pelos Estados do Norte e por São Paulo.

O economista da consultoria, Adriano Pitoli, afirma que quem sofreu mais durante a crise tem potencial para registrar melhor desempenho agora. Ele lembra que a maior disponibilidade dos bancos para emprestar dinheiro também pode ter efeito positivo nesse mercado. Durante a crise, as instituições financeiras fecharam os cofres para novos empréstimos às pessoas físicas.

"Mas, vale pontuar que há um longo caminho pela frente para o País retomar por completo os níveis pré-crise", diz Pitoli. Segundo ele, projeções apontam que apenas em 2021 o Brasil vai voltar ao patamar de consumo de 2013. Essa avaliação é compartilhada pela diretora da Kantar, Christine Pereira. Ela destaca que, apesar de novos compradores e do avanço nas vendas de produtos de maior valor agregado, o desafio é aumentar a frequência de compras, ainda limitada.

Outra dificuldade é que essa onda de consumo, por ora, não deve ser acompanhada de grandes volumes de investimentos. "A ociosidade ainda é muito grande e vai demorar para ter um gatilho de novos investimentos produtivos", diz Pitoli. O economista do Santander, no entanto, tem opinião diferente. Segundo ele, apesar do baixo uso da capacidade instalada, há outros investimentos importantes que podem ser feitos agora, como a modernização de parques industriais e a demanda por máquinas no agronegócio, que tem efeito multiplicador na economia. "Os indicadores são bastante positivos, especialmente se levarmos em consideração que estamos saindo de uma grave recessão."

Azeite volta à mesa

A recessão pegou a cabeleireira Gilda Barbosa da Silva, de 46 anos, no contrapé. Com duas obras em andamento e queda nas receitas por causa da movimentação menor no salão, ela teve de reduzir despesas do dia a dia. Trocou a marca do sabão em pó por uma mais barata, substituiu o azeite por óleo e a picanha por acém. "Foi um pavor", lembra Gilda, que agora começa a respirar aliviada com os sinais de recuperação da economia.

O movimento no salão voltou a crescer; o rendimento do marido, que trabalha com peças automotivas, melhorou; e a filha, que estava desempregada, conseguiu uma recolocação. Ela lembra que a mudança começou no último trimestre de 2017 e continua positiva. "Hoje já voltei a consumir Omo (sabão em pó), azeite e picanha", comemora a cabeleireira, que também planeja uma viagem para Alagoas com a família no fim do ano.

Gilda faz parte do grupo de famílias que conseguiram emergir da intensa crise econômica brasileira. Um levantamento feito pela consultoria Nielsen mostra que 22,2% dos lares conseguiram superar a recessão no ano passado. Para isso, as famílias tiveram de promover um forte ajuste no orçamento doméstico. Segundo a pesquisa, os gastos foram reduzidos em 25%.

"Esta crise foi um pouco mais sofrida do que as anteriores. Estamos falando de uma geração que consumiu produtos diferentes em anos passados, mas teve de cortar por causa da recessão", diz a especialista em consumo da Nielsen, Mariana Morais.

A representante comercial Tatiana Arjona sentiu na pele os reflexos da crise. Parou de comer fora, trocou o café em cápsulas pelo café em pó, deixou de ir ao salão de beleza para fazer unha em casa e cancelou o plano de TV a cabo. Ela fechou uma empresa e passou a ser representante comercial ao lado do marido, Ivan. Nesse processo, a renda do casal caiu 40%.

Mas, de quatro meses para cá, a situação voltou a entrar nos trilhos e a renda familiar melhorou. "Hoje já consigo comprar o xampu de marca que sempre gostei, maquiagens e comer fora de casa", diz ela. "O azeite, que tinha trocado por uma marca inferior, agora já é de mais qualidade. A situação melhorou bastante." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um aplicativo para smartphones permitiu a pesquisadores americanos conhecer mais sobre os hábitos de sono ao redor do mundo e apontar o papel desempenhado pelas pressões da sociedade e dos ritmos biológicos - revela um estudo divulgado nesta sexta-feira (6).

Os cientistas identificaram como a idade, o sexo e a quantidade de luz natural, à qual um ser humano se vê exposto, afetam a duração do sono em 100 países e determinam quando as pessoas vão dormir e quando acordam. Publicados na revista Science Advances, esses trabalhos permitiram demonstrar como as pressões da vida social afetam os ciclos circadianos, o relógio biológico das pessoas, basicamente na hora de ir dormir.

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"Parece que a sociedade e seus estímulos determinam, sobretudo, a hora de deitar e que o relógio biológico estabelece a hora de despertar, embora as obrigações profissionais, os filhos e a escola também tenham um papel", explicou o matemático Daniel Forger, da Universidade de Michigan, coautor da pesquisa. O déficit de sono está, em parte, ligado à hora que a pessoa dorme, acrescenta.

Esses mesmos cientistas usaram o aplicativo gratuito para celular "Entrain", lançado em 2014, para ajudar viajantes a se adaptarem a diferenças de fuso horário. Isso lhes permitiu coletar inúmeros dados sobre os hábitos de sono de milhares de pessoas em diferentes países. O Entrain é um programa personalizado de exposição à luz para ajudar o usuário a se adaptar, rapidamente, a um novo fuso horário atuando sobre os ritmos circadianos.

Do tamanho de um grão de arroz, o relógio biológico humano fica atrás dos olhos e contém 20 mil neurônios. É regulado em função da quantidade de luz que a pessoa capta, sobretudo, a luz natural. Os pesquisadores estimaram que a duração média do sono no mundo varia de um mínimo de 7 horas e 24 minutos em Cingapura e Japão a um máximo de 8 horas e 12 minutos na Holanda.

Essa diferença de 48 minutos parece pequena, mas meia hora de carência de sono pode ter efeitos consideráveis sobre as funções cognitivas e sobre a saúde, relatam os especialistas. Segundo um informe recente dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDCs) dos Estados Unidos, um em cada três adultos americanos não dorme o mínimo de sete horas recomendado.

A carência crônica de sono aumenta o risco de obesidade, diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares, destacam os CDCs. Os homens na meia-idade são os que dormem menos tempo. Já as mulheres, em média, dormem antes e se levantam mais tarde e dormem cerca de 30 minutos a mais do que os homens.

Consumidores brasileiros acreditam que a atual situação econômica está pior do que a do ano passado. Levantamento realizado pela Boa Vista Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) chamado Pesquisa Hábitos de Consumo - Dia Mundial do Consumidor 2016 mostra que, do total de 504 entrevistados, 73% têm essa opinião, 17% avaliam que está igual e para 10% está melhor.

O pessimismo para com a economia é maior no Sudeste, onde o porcentual foi de 78%, em comparação a 74% no Centro-Oeste e também no Sul, 73% no Nordeste e 50% no Norte.

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Na divisão por classe de renda, o estudo mostrou que a classe A/B é a mais pessimista com a economia brasileira, com 83%. Logo em seguida vêm as classes C e D/E, ambas com 74%. Por sexo, as mulheres são mais pessimistas (80%) do que os homens (70%).

Na análise das questões mais preocupantes, o desemprego é o mais citado (57%), seguido da inflação (23%), da diminuição da renda (11%) e da redução das linhas de crédito (9%). Por região, a Norte é a que mais se preocupa com o desemprego (71%) e por classes, as D/E (67%).

No entanto, quanto à sua própria situação financeira, os consumidores estão otimistas: 88% consideram que suas finanças pessoais em 2016 estarão melhor ou no mesmo nível do ano anterior, enquanto para 12% as finanças estarão piores este ano. Ainda no estudo, 48% deles consideram que as contas estão equilibradas, embora uma fatia expressiva (42%) gaste mais do que recebe. O estudo mostrou também que 46% consideram-se "equilibrados" em relação a seus hábitos de consumo.

A pesquisa foi realizada de 2 a 23 de fevereiro, com 504 consumidores usuários do site Consumidor Positivo. Para leitura geral dos resultados, deve-se considerar 95% de grau de confiança e margem de erro de 4%, para mais ou para menos.

A família do representante comercial Ernesto Francisco Andrade é o exemplo do aperto vivido pelas famílias brasileiras que são obrigadas a reduzir o consumo para sobrar dinheiro para pagar as contas do fim do mês. Funcionário de uma empresa de materiais elétricos para construção civil que entrou em recuperação judicial, Andrade teve de reduzir gastos, mudar hábitos de consumo e dar "pedaladas" no orçamento doméstico para manter um mínimo de conforto no dia a dia da família.

"Ainda bem que consegui quitar o carro (um Kia Sportage, 2007), mas a troca por um modelo mais novo vai ficar para depois", afirma Andrade. "As vendas caíram e a empresa passou a não cumprir prazos de entrega, e comecei a faturar bem menos, resultando numa queda de renda brutal."

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Segundo ele, "desde 2013, a coisa vem apertando, mas este ano, piorou demais". A saída foi usar criatividade e "jogo de cintura". "Em algumas contas, dou ‘pedaladas’. Se tem juros altos, como cartão de crédito, dou prioridade no pagamento, mas outras, menores, ficam para o mês seguinte e assim vou revezando para não deixar de pagar ninguém", conta. "A gente atrasa aqui e ali e vai levando."

O consumo da família também mudou. "Troquei as marcas de produtos de limpeza e de consumo na casa", diz Célia. Agora a família compra grandes quantidades em lojas de atacado. "O sabão em pó, por exemplo, eu compro embalagens de cinco quilos, que sai mais barato. Parei com o refrigerante e agora o negócio é o suco de saquinho." Segundo Ernesto até mesmo conseguir outro emprego está difícil. "As empresas mais conceituadas estão com o quadro formado", explica. "Vamos esperar que as coisas melhorem para que a gente volte a consumir, mas não vejo muitas mudanças em pouco tempo não", concluiu.

Nova realidade

Em Fortaleza, Clébia Nobre, dona de uma pequena confecção de roupas masculinas no bairro Serrinha, deixou a Coca-Cola de lado e substituiu pelas "tubaínas", como são chamados os refrigerantes de marcas menos conhecidas. O sabão em pó que lavava a roupa da família - ela, o marido e as duas filhas menores - também foi trocado. De olho mais atento ao orçamento, Clébia deixou de lado a fidelidade a certas marcas de produtos.

Até pouco tempo atrás, a situação financeira da família era ótima. Em 2011, Clébia até ampliou a confecção, mas, com o aumento no custo de vida, a família começou a enfrentar alguns problemas financeiros. "A gente aperta o supérfluo e gasta o essencial. É melhor do que ter dívidas para o futuro."

Professora da rede municipal de Fortaleza, Christiane Costa também teve de fazer ajustes no orçamento para não acumular dívidas. "Como as coisas estão piorando cada dia, a situação da classe média está no corte de despesas. Marcas caras nem pensar." Para continuar bancando o combustível do carro usado para ir ao trabalho e para os passeios com a filha, ela reduziu o consumo de certos alimentos, como peixe, feijão verde e algumas frutas. Além da gasolina, outra conta que tem pesado é a de luz.

Já para o administrador de empresas Glauber Henrique de Carvalho, que trabalha no setor de construção, é separado e tem uma filha, a crise ainda não chegou. Ele costuma planejar tudo. "O segredo é não gastar com besteira", diz. Carvalho usa um software para administrar as contas pessoais. "Às vezes, pagamos caro por um produto, mas na verdade, estamos pagando pela marca." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Felipe Pinto, 36 anos, trabalha na área de relações-públicas de um restaurante de alto padrão no centro de Brasília. Ele relata que, nos últimos seis meses, desde que entrou em vigor a chamada Lei Antifumo, dificilmente observou algum cliente desobedecendo as novas regras. “As pessoas parecem mais conscientes. Mesmo antes da lei, elas já buscavam fumar do lado de fora do estabelecimento”, disse.

A Lei 12.546 foi regulamentada há um ano, no Dia Mundial sem Tabaco, comemorado hoje (31), e entrou em vigor em dezembro passado. O texto proíbe fumar cigarrilhas, charutos, cachimbos, narguilés e outros produtos em locais de uso coletivo, públicos ou privados, como halls e corredores de condomínios, restaurantes e clubes – mesmo que o ambiente esteja parcialmente isolado por parede, divisória, teto ou toldo.

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No Distrito Federal (DF), o governo informou que, nos últimos seis meses, algumas visitas a estabelecimentos foram feitas apenas com o intuito de orientar. Desta forma, a fiscalização notifica os locais que não estiverem cumprindo a lei e dão um prazo de dez dias para adequação e orientação do público sobre as mudanças. Os dados mostram que, até o momento, não houve penalização a nunehum estabelecimento.

Brasília foi a primeira cidade brasileira a proibir o cigarro em locais fechados, em 2003. A forte aceitação popular motivou o Ministério da Saúde e outros estados a seguirem o exemplo. No ano em que a proibição distrital entrou em vigor, o índice de fumantes maiores de 18 anos no DF era 21%. Atualmente, caiu para 10,7%.

Dono de um restaurante também no centro da capital federal, Abel Amaro, 45 anos, concorda que a lei, até o momento, trouxe benefícios tanto pra quem fuma quanto para quem não fuma. “Venho percebendo que as pessoas estão se conscientizando cada vez mais e respeitando as regras. Fiquei surpreso com o fato de respeitarem um ambiente onde há concentração de pessoas deixando pra fumar do lado de fora do restaurante”.

A gerente de um restaurante próximo ao setor de hotéis de Brasília, Rejane Coelho, 43 anos, lembra que a fumaça do cigarro em ambientes fechados pode, até mesmo, comprometer o sabor da comida servida. “Você só sente o gosto da fumaça. Aqui no restaurante, todos os nossos clientes respeitam muito as regras e, quando querem fumar, vão para a calçada para não incomodar quem não fuma”.

A estudante Valéria Almeida, 20 anos, trabalha em uma brinquedoteca e sabe bem como o hábito de fumar incomoda os colegas e os clientes do estabelecimento. Ela conta que, mesmo saindo para fumar ao ar livre, precisa lavar as mãos na tentativa de amenizar o cheiro do cigarro para não receber reclamação. “Acho ótima a lei pois nem todos fumam e não podemos invadir o espaço de quem não fuma. Faço questão de respeitar os outros".

Fumante há muitos anos, a auxiliar de serviços gerais Micéia Ferreira, 33 anos, também apoia a Lei Antinfumo, mas defende o reforço de políticas públicas para quem quer largar o hábito. “Já tentei parar de fumar duas vezes. Deveriam criar clínicas de apoio aos fumantes que querem parar e não têm forças”.

Por outro lado, na opinião de quem ainda não conseguiu largar o vício, como o técnico Wagner Silva, 49 anos, é preciso respeitar os fumantes. “Tem que haver um espaço para o fumante. É direito de qualquer um fumar e estão restringindo muito o nosso espaço. Espero que alguém competente comece a pensar nos fumantes e que não haja mais a discriminação que está havendo”.

Além de proibir o fumo em locais de uso coletivo, as novas regras extinguem os fumódromos. Fica permitido fumar apenas em casa, em áreas ao ar livre, parques, praças, áreas abertas de estádios de futebol, vias públicas e tabacarias – voltadas especificamente para esse fim. Entre as exceções estão também cultos religiosos, onde os fiéis poderão fumar caso faça parte do ritual.

Uma pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau (IPMN), nos últimos dias 7 e 8, revela que 10,6% dos recifenses sofrem com falta de luz costumeiramente em sua residência; um reflexo dos constantes apagões, segundo um dos coordenadores do projeto, Djalma Guimarães. O estudo também traçou alguns hábitos do consumo de energia dos moradores da capital pernambucana. 

Das pessoas que responderam adotar medidas de economia, os hábitos mais positivos são o de desligar a luz quando não está sendo usada (22,3%) e desligar aparelhos eletrônicos da tomada (19,1%). Mas apenas 12,2% diz deixar os aparelhos ligados só quando necessário. Para o economista e coordenador do IPMN, Djalma Guimarães, a pesquisa mostra que as pessoas, de uma maneira geral, estão dispostas a reduzir os custos, mas as ações que são tomadas ainda são insuficientes. 

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Segundo Guimarães, algumas medidas eficazes seria comprar equipamentos de baixo consumo, que possuam o selo Procel; trocar a lâmpada incandescente pela fluorescente, e nunca esquecer de desligar os eletrodomésticos da tomada. “É importante lembrar que o stand by consome energia”. 

Dos hábitos menos econômicos entre os entrevistados, está o de passar o dia e a noite com ar condicionado e/ou ventilador ligados. Além disso, 53,1% das pessoas dizem não usar medidas de economia de energia diariamente.

Outra constatação negativa que o estudo relevou, é que 5,9% dos entrevistados dizem possuir “macaco” em sua residência para furtar energia, e 30,5% dizem conhecer alguém que pratica a ilegalidade. 

A pesquisa foi feita com uma amostra de 624 pessoas, definida com base nas fontes oficiais de dados: Censo IBGE e TER. O nível de confiança é de 95%, com margem de erro de 4,0 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Um novo aplicativo iOS está chamando a atenção ao afirmar que pode prever a morte de quem o utiliza. Batizada como Deadline, a ferramenta utiliza informações estatísticas para determinar a data e hora em que o usuário dará seu último suspiro.

Para realizar seus cálculos, o Deadline capta informações do HealthKit, aplicativo de saúde da Apple. Quem não possui a ferramenta instalada no smartphone, pode responder a algumas questões simples e obter o veredito.

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Dados como peso, pressão arterial e hábitos alimentares podem influenciar o resultado final.

Os desenvolvedores do aplicativo afirmam estarem conscientes que nenhum aplicativo é capaz de prever o dia da morte de uma pessoa. No entanto, a brincadeira deve ser levada como motivação para que todos levem uma vida mais saudável.

O aplicativo já está disponível para download, por 0.79€, na App Store.

A Editora Moderna acaba de reformular um grande sucesso da autora Eva Furnari. O livro Cocô de Passarinho desembarca na Biblioteca Eva Furnari com novidades que vão desde reformulação da capa e projeto gráfico revisto, até atualização do texto de acordo com as novas normas ortográficas. Lançado há 15 anos, a obra já recebeu o Título Altamente Recomendável (FNLIJ) pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil em 1998, na categoria criança.

O livro conta a história de uma cidade pequena que possui apenas seis habitantes, onde os moradores se juntavam na praça central e conversavam sobre as mesmas coisas. O hábito monótono de sempre se falar as mesmas coisas dominava até mesmo os passarinhos que viviam nas árvores da praça central. Até que um vendedor de flores passou pela cidade e trouxe as sementes da mudança. 

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A obra, que é indicada para crianças a partir dos oito anos, mostra ao leitor uma sutil e bem humorada fábula sobre a importância de desvincular hábitos ruins da nossa rotina, como o mau humor, o pessimismo e o conformismo.

Serviço

Cocô de Passarinho, de Eva Furnari

Editora Moderna

30 páginas

R$ 27,90

Páginas

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