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O zagueiro David Luiz, do Flamengo, está com suspeita de hepatite viral e será submetido a exames médicos pelo clube até esta sexta-feira para avaliar o seu real quadro de saúde. A informação foi divulgada originalmente pelo GE e confirmada pelo Estadão.

O jogador de 35 anos foi substituído no intervalo da vitória por 3 a 1 sobre o São Paulo, na noite de quarta-feira, pelo jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil. A expectativa é de que o Flamengo se manifeste oficialmente somente após o resultado dos exames. Tanto os jogadores quanto a comissão técnica receberam folga nesta quinta-feira e se reapresentam somente na sexta-feira.

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A preocupação dos torcedores do Flamengo sobre o estado de saúde de David Luiz começou ainda com a bola rolando. Durante a transmissão da partida na TV Globo, o repórter Eric Faria contou que o jogador o confidenciou que havia deixado o jogo por causa de um "problema mais sério". Segundo a assessoria do clube carioca, o atleta saiu "muito cansado" da partida, afirmando que "não estava se sentindo bem".

Caso o problema se confirme, David Luiz deve desfalcar o Flamengo por tempo indeterminado, correndo o risco de perder uma eventual final da Copa do Brasil, marcada para o dia 19 de outubro. Fabrício Bruno, ex-Red Bull Bragantino, deve assumir a vaga de titular ao lado de Léo Pereira.

O QUE É HEPATITE VIRAL?

De acordo com o Ministério da Saúde, a hepatite viral é uma inflamação que atinge o fígado, podendo causar alterações leves e até graves. Na maioria dos casos, a infecção ocorre de forma silenciosa, sem a presença de sintomas, mas eles também podem se manifestar das seguintes formas: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

As hepatites virais mais comuns no País são causadas pelos vírus A, B e C - diferentemente da hepatite autoimune, que vitimou a jogadora de futsal Pietra Medeiros, do Taboão Magnus, que ocorre quando o próprio organismo ataca o órgão. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D, e o vírus da hepatite E, que é menos frequente no Brasil.

O avanço da hepatite compromete o fígado sendo causa de fibrose avançada ou de cirrose, que podem levar ao desenvolvimento de câncer e necessidade de transplante do órgão.

Um tipo misterioso de hepatite aguda tem despertado a atenção de autoridades de saúde de diferentes países do mundo ao longo das últimas semanas. A doença, que atinge crianças e já é investigada até no Brasil, não é ocasionada por nenhum dos vírus conhecidos da hepatite (A, B, C, D e E) e pode ter entre as suas causas uma relação ainda não esclarecida entre a covid-19 e um tipo de adenovírus. A Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou até esta semana 348 casos da doença. A maioria das crianças apresentou sintomas gastrointestinais, icterícia e, em alguns casos, falência aguda do fígado e um quadro que acabou levando à morte.

O Ministério da Saúde criou uma sala de situação para monitorar 41 eventos suspeitos de hepatite aguda de origem desconhecida registrados até agora em território nacional. Entre eles está o de uma adolescente de 14 anos, de Ibimirim, sertão de Pernambuco, que foi hospitalizada em coma e precisou passar por transplante de fígado de emergência na sexta. Com esse, são seis os casos suspeitos da doença apenas em Pernambuco.

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A primeira hipótese foi levantada por autoridades de saúde do Reino Unido. Lá, os primeiros casos foram registrados e tratava-se de uma hepatite causada por um adenovírus. Estudos mostraram que até 70% dos doentes testaram positivo para o adenovírus 41F. Ele afeta mais crianças, jovens e pessoas imunossuprimidas. Provoca resfriado ou problemas intestinais.

"Inicialmente achou-se que o adenovírus seria a causa das hepatites agudas, mas o fato é que ele não aparecia em todos os casos", explicou o infectologista Marcelo Simão, da Universidade Federal de Uberlândia, em Minas. "Em muitas crianças que apresentaram quadros graves não foi possível isolar o vírus; e em algumas na qual foi feito um transplante não se achou o vírus no fígado retirado."

Especialistas notaram também que muitas crianças tinham tido covid-19 antes da hepatite aguda. Um estudo publicado na Lancet na semana passada propôs, então, nova hipótese. Segundo o trabalho, uma combinação entre as duas infecções estaria provocando a doença hepática aguda.Partículas remanescentes do Sars-CoV-2 no trato intestinal das crianças estariam servindo de gatilho para uma reação exagerada no sistema imunológico a uma infecção posterior pelo adenovírus 41F. A proteína spike do coronavírus é considerada um superantígeno. Ela torna o sistema imunológico mais sensível. Assim, potencializaria o efeito do adenovírus 41F. Normalmente, esse vírus não provoca problemas mais graves.

A reação seria similar à provocada na Síndrome Inflamatória Multissistêmica. Essa condição foi identificada em crianças com covid longa. Nesses casos, há uma ativação anormal do sistema imunológico por causa do superantígeno. Ele desencadeia uma reação autoimune extremamente inflamatória. Uma eventual exposição posterior a um adenovírus poderia provocar uma reação ainda mais forte do organismo. É o que pode estar acontecendo nos casos de hepatite aguda.

"A hipótese mais aceita atualmente é de que essa hepatite está sendo provocada por uma reação imunológica exagerada causada pela combinação desses dois vírus que acaba por agredir o fígado", disse Simão, cujo nome integra a lista da Universidade de Stanford, nos EUA, dos cientistas mais influentes do mundo. "Por que o fígado? Ainda não sabemos."

VARIAÇÃO

Outra questão ainda não esclarecida, segundo Simão, é por que os casos de hepatite aguda só começaram a ser notados agora, dois anos depois do início da pandemia. Uma explicação possível estaria relacionada à variante do Sars-CoV-2 atualmente em circulação.

Para o presidente da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, José David Urbaez Brito, a hipótese da combinação dos dois vírus é, atualmente, a mais provável para explicar os casos de hepatite aguda em crianças, embora ainda não esteja fechada.

"O que acontece de diferente neste momento atual da nossa vida é que estamos sofrendo a modulação contínua de uma pandemia", disse Brito. "Somos bombardeados minuto a minuto por um agente infeccioso circulando em uma magnitude gigantesca; qualquer coisa nova que apareça pode ter relação com isso."

Dados da OMS e de estudos feitos em Israel, Estados Unidos e Índia reforçam a hipótese. O trabalho israelense, coordenado por Yael Mozer Glassberg, do Centro Médico Infantil Schneider, mostrou que 11 de 12 crianças que tiveram a hepatite tinham tido covid-19. Nenhuma delas, porém, testou positivo para o adenovírus.

A OMS Europa apontou em um relatório divulgado neste mês que até 70% das crianças com menos de 16 anos que desenvolveram a hepatite aguda tiveram diagnóstico de covid-19 anteriormente. Além disso, explicaram especialistas, outras crianças podem ter tido a doença de forma branda ou mesmo assintomática; ou seja, sem um diagnóstico oficial.

Um trabalho feito nos Estados Unidos e publicado em Journal of Pediatric Gastroenterology and Nutrition analisou o caso de uma menina de 3 anos. A garota apresentou falência hepática alguns dias depois de se recuperar de uma covid branda.

"As descobertas da biópsia do fígado e de exames de sangue da paciente são compatíveis com um tipo de hepatite autoimune que pode ter sido deflagrada pela covid", explicou a pediatra Anna Peters, gastroenterologista do Centro Médico do Hospital de Crianças de Cincinnati, nos EUA, responsável pelo estudo, ao comentar o trabalho.

Segundo a especialista, é impossível provar a existência de um vínculo direto entre a covid e a doença hepática. Mas o vírus pode ter deflagrado uma resposta imune anormal. Ela seria geradora do ataque ao fígado.

Um levantamento feito na Índia no ano passado acompanhou 475 crianças que tiveram covid no país. Delas, 47 apresentaram hepatite aguda. Recentemente, com os novos casos surgidos na Europa e nos EUA, pesquisadores se voltaram a esse estudo indiano de 2021.

"O único fator em comum que achamos entre essas crianças foi que todas tinham sido infectadas pela covid", disse o principal autor do estudo, Sumit Rawat, professor associado da Escola de Medicina de Bundelkhand, em Madhya Pradesh, na Índia, em entrevista para agências internacionais. "Provar que a covid está de fato provocando essa hepatite vai demandar ainda muito estudo, mas uma pista importante é que os casos da hepatite caíram quando o Sars-CoV-2 deixou de circular na região e voltaram a subir quando a covid estava em alta."

NADA COM VACINA

A ligação entre os casos de hepatite aguda e a vacina contra a covid, no entanto, foi totalmente descartada. Não há relação direta entre a vacinação e a hepatite. Além disso, a maioria das crianças que apresentaram o quadro agudo de hepatite tinha menos de 5 anos. Ou seja, elas não haviam sido imunizadas contra a covid.

Especialistas acreditam que novas pandemias de vírus emergentes - e seus eventuais desdobramentos -- devem se tornar cada vez mais comuns, por causa do impacto do homem no meio ambiente e no clima. "Estamos vivendo em um mundo complicado, com muitas doenças novas, muitos vírus novos; bactérias às quais não dávamos importância estão agora causando enfermidades graves", disse Simões. "Apesar dos avanços tecnológicos, os desafios são cada vez maiores."

José David Urbaez Brito lembrou que, não por acaso, vivemos no chamado período antropoceno. É a primeira vez que um ser vivo, no caso o homem, alterou de maneira tão profunda e muitas vezes irreversível o seu meio ambiente até que passou a dar nome a uma era geológica. "O homem alterou cadeias geológicas e ecológicas, aumentou a temperatura global de forma perceptível, provocando um impacto profundo na dinâmica dos agentes infecciosos, notadamente dos vírus, que são formas muito simples", disse Brito. "As narrativas têm o poder de racionalizar o que acontece, nos deixando alienados; mas, a verdade é que vivemos um momento apocalíptico de dimensões gigantescas, e a atual pandemia é um sintoma disso."

Uma adolescente de 14 anos, de Ibimirim, sertão de Pernambuco, precisou passar por um transplante de fígado de emergência. A cirurgia foi realizada na última sexta-feira (20), no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, no Recife.

De acordo com os médicos que fizeram o procedimento, a adolescente estava em estado de coma quando a cirurgia, de 6 horas de duração, teve início. A paciente deu entrada no hospital em estado grave e, pelos sintomas apresentados, ficou claro para eles que se tratava de uma doença no fígado. A adolescente apresentava vômito, icterícia e urina escura.

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Os médicos afirmaram que vão continuar investigando os sintomas para tentar identificar a causa da doença. Antes de chegar ao Oswaldo Cruz, a jovem já havia passado por outras duas unidades de saúde: um hospital em Arcoverde (sertão do Estado) e o Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru, no agreste pernambucano.

Durante a entrevista coletiva, realizada após a finalização da cirurgia, o médico Cláudio Lacerda, um dos especialistas responsáveis pelo procedimento, afirmou que "o quadro clínico da adolescente teve início na semana passada, evoluindo para um caso de insuficiência hepática, considerada fulminante, o que levou ao coma. Nesses casos, a solução é um transplante de fígado, sob pena do paciente não sobreviver muitos dias" se o procedimento não for realizado.

"No caso desta adolescente, todos os exames foram realizados e não houve a identificação da causa da doença. Por isso, o diagnóstico dela seria de hepatite, em sua causa mais desconhecida."

Para a realização de um transplante de fígado, alguns critérios são levados em consideração: o tamanho do órgão, o grupo sanguíneo e o grau de gravidade do paciente. A adolescente pernambucana apresentava o grau mais elevado da doença.

O doador do fígado sofreu morte cerebral por traumatismo craniano, após um acidente no Paraná. A família do homem de 30 anos autorizou a doação do órgão na madrugada desta sexta-feira e a equipe médica local realizou a captação do órgão às 2 horas da madrugada. Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) realizou o transporte do fígado para o Recife e, às 9h, a cirurgia da adolescente teve início.

Cerca de 20 médicos especialistas estiveram envolvidos no procedimento cirúrgico para salvar a vida da adolescente. O médico Américo Gusmão relatou que, durante as próximas 48 horas, a menina deverá ficar em observação. Após este período, ela deverá ser encaminhada para um dos quartos da unidade hospitalar.

"Tudo depende da evolução do quadro. Se tudo correr bem, que é o que se espera, no máximo em 72 horas a adolescente vai para um quarto hospitalar." Segundo Américo Gusmão, após uma semana do procedimento deverá ser iniciado o uso dos medicamentos para evitar a rejeição ao órgão.

Em nota, a Secretaria de Saúde de Pernambuco afirmou que o Ministério da Saúde foi notificado sobre este possível caso de hepatite misteriosa no Estado. Com o caso da adolescente, já são seis o número de notificações suspeitas da doença em Pernambuco. Destes, um caso já foi descartado e cinco seguem sendo investigados.

Até o momento, 70 casos suspeitos de hepatite misteriosa foram notificados em todo País ao Ministério da Saúde, sendo que 12 casos já foram descartados e 58 ainda estão em fase de investigação. Nenhum caso foi confirmado oficialmente pelo órgão federal.

O adenovírus 41 pode estar relacionado ao misterioso surto de hepatite que chegou a vários países ao redor do mundo, inclusive ao Brasil. A informação foi divulgada em uma pesquisa do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças, que apontou associação entre os casos recentes da doença e infecções pelo vírus. O microrganismo foi identificado na maioria dos casos registrados no Reino Unido (72%), na Europa (mais de 60%) e nos Estados Unidos (mais de 50%). 

Segundo a publicação, “a etiologia (estudo da causa e da origem de um fenômeno) e os mecanismos patogenéticos da doença ainda estão sob investigação” e outras hipóteses e cofatores são considerados, mas uma possível associação entre os casos de infecção atual e o adenovírus foi encontrada, com maior foco aos casos na população britânica.  

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Para o levantamento, foram analisados casos suspeitos em todo o mundo até o dia 10 de maio. Casos da inflamação do fígado, suspeitos de hepatite, já foram relatados em mais de 25 países, embora a maioria esteja concentrada no Reino Unido (com cerca de 160) e nos Estados Unidos (cerca de 110), com a maioria dos registros ocorrendo em crianças com menos de 5 anos. 

--> Brasil tem 28 casos suspeitos de hepatite misteriosa 

Um pesquisador de doenças infecciosas pediátricas da Universidade do Alabama, em Birmingham, teria sido o primeiro a notar o padrão incomum da hepatite misteriosa em crianças americanas e a denunciar tais ocorrências ao Centro de Controle e Prevenção de Doenças do país (CDC). Um grupo da instituição pesquisa se o isolamento, consequente da pandemia de Covid, teria resultado na redução da exposição aos adenovírus em geral, o que tornaria as crianças mais vulneráveis à nova variante. 

Os especialistas, contudo, não descartam a possibilidade de que a Covid possa, também, ser um “contribuinte subjacente”, uma vez que a onda de casos parece ter surgido durante a pandemia. 

No Brasil, os casos foram registrados em sete estados. São Paulo é o que concentra a maioria deles, oito no total. Em seguida, aparecem Rio de Janeiro, com sete; Minas Gerais, com quatro; e Paraná, com três. Espírito Santo, Santa Catarina e Pernambuco têm dois casos cada. 

O Ministério da Saúde orienta que os profissionais da área façam notificações imediatas de casos suspeitos, e informou que "os Centros de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) e a Rede Nacional de Vigilância Hospitalar (Renaveh) monitoram qualquer alteração do perfil epidemiológico". 

O que fazer? 

Para evitar que o surto aumente, a agência de saúde britânica sugere que medidas como lavagem das mãos e higiene respiratória – como cobrir com o braço tosses e espirros – sejam reforçadas. Especialistas afirmam que o aumento no número de casos tem sido relativamente lento, mas alertaram que mais diagnósticos são esperados.  

Confira os sintomas da hepatite segundo a agência de saúde do Reino Unido: 

Urina escura; 

Fezes pálidas ou cinzas; 

Coceira na pele; 

Olhos e pele amarelados (icterícia); 

Dores musculares e nas articulações; 

Temperatura alta; 

Enjoo e náuseas; 

Cansaço o tempo todo fora do normal; 

Perda de apetite; 

Dor de barriga. 

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) está investigando um segundo caso suspeito da chamada “hepatite misteriosa”, que tem alertado as autoridades de saúde em todo o país. O possível novo caso em Pernambuco foi percebido em um adolescente de 14 anos, residente em Salgueiro, no Sertão do estado. Ele deu entrada no Hospital Getúlio Vargas, no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife, no último sábado (7). O jovem, que segue internado, apresentava um quadro de febre alta e dores nas articulações ao dar entrada na unidade de saúde. 

De acordo com a SES, o adolescente foi transferido do Hospital Regional Inácio de Sá, em Salgueiro, onde recebeu os primeiros cuidados. A pasta informou que o jovem responde bem ao tratamento. Os primeiros exames coletados detectaram aumento nas transaminases, que são enzimas intracelulares que atuam catalisando diversas reações, principalmente no fígado, e um dos critérios elencados pelo Ministério da Saúde para definição de caso suspeito. 

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Assim, Pernambuco soma dois casos suspeitos da doença. O primeiro caso registrado no estado continua em investigação. Foi de um bebê do sexo masculino, de um ano de idade, em Toritama, no Agreste. Ele foi internado no Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru, em 27 de abril. O menino apresentou febre, erupções na pele e dor abdominal com hepatomegalia (aumento do fígado). Após melhora clínica, recebeu alta na última sexta-feira (6). 

O Governo de Pernambuco informou que segue monitorando as ocorrências. “Por fim, a SES-PE relembra que o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Pernambuco (Cievs-PE) já emitiu nota de alerta orientando toda a rede de saúde - unidades públicas e privadas - para que, na observação de casos suspeitos e que atendam às definições, realizem a notificação de imediato”, concluiu a secretaria, em nota. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já identificou cerca de 200 casos suspeitos de hepatite em crianças e adolescentes em pelo menos 20 países. Os sintomas comuns para a doença, que consiste em uma inflamação no fígado, são a icterícia (pele e olhos amarelados), náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal. Nos casos mais graves, pode ser necessária a realização do transplante de fígado. 

Casos no Brasil 

O Ministério da Saúde investiga, desde a última sexta-feira (6), a morte de um bebê e 16 casos suspeitos de hepatite aguda grave em crianças no país, sendo nove notificados somente nessa segunda-feira (9). Os casos vêm sendo acompanhados pelas secretarias estaduais de Saúde. 

 

As autoridades sanitárias dos Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (6) que investigam 109 casos de um tipo de hepatite grave em crianças, cinco deles fatais.

Os casos de inflamação hepática grave foram detectados em 25 estados e territórios do país em crianças com uma média de idade de apenas dois anos, disse um alto funcionário dos Centros para Prevenção e Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês) em coletiva de imprensa.

Fora dos Estados Unidos, mais de 200 casos foram identificados, especialmente na Europa, disse outro funcionário. Na quinta-feira, Argentina e Panamá reportaram um primeiro caso cada. Já nesta sexta-feira, o Ministério da Saúde do Brasil informou que está monitorando sete casos suspeitos da doença, quatro no Rio de Janeiro e três no Paraná.

Devido à pouca idade, a maioria das crianças afetadas ainda não havia sido vacinada contra a covid-19.

"A vacinação contra a covid-19 não é a causa" da doença, afirmou Jay Butler, subdiretor do departamento de doenças infecciosas dos CDC, contrariando rumores que circulam na internet.

No entanto, não foi descartada como possível causa a infecção por covid-19.

A autoridade sanitária privilegia, porém, a possibilidade de um tipo de adenovírus muito comum, mas ainda desconhecido, como causador de hepatite em crianças saudáveis.

Foi confirmado que mais da metade das crianças doentes nos EUA testaram positivo para o chamado adenovírus "tipo 41".

"Os pesquisadores do país e de todo o mundo estão trabalhando arduamente para determinar a causa", disse Jay Butler.

Os casos nos Estados Unidos ocorreram durante os últimos sete meses, afirmou. Entre os afetados, 14% tiveram que se submeter a um transplante de fígado.

"Sabemos que esta notícia pode ser preocupante, especialmente para os pais de crianças pequenas. É importante lembrar que casos de hepatite graves são raros", disse Butler.

No total, 90% das crianças afetadas tiveram que ser hospitalizadas, mas a maioria se recuperou.

Os casos de hepatite aguda em crianças, detectados em mais doze países, sobretudo, europeus, geram perguntas e também medo de uma nova epidemia. No entanto, a origem dessa grave inflamação do fígado segue sendo desconhecida.

Tudo começou no Reino Unido, que conta com o maior número de casos (114). Em seguida, foram revelados casos na Espanha (13); na Dinamarca (6); na Irlanda (menos de 5); na Holanda (4); na Itália (4); na França (2); na Noruega (2); na Romênia (1) e na Bélgica (1), segundo dados Organização Mundial de Saúde (OMS).

Fora da Europa, Israel (12 casos) e Estados Unidos (ao menos 9) se juntam à lista.

As crianças afetadas têm de um mês a 16 anos, mas a maioria é menor de 10 anos e muitos são menores de cinco anos. Nenhuma tinha outra doença. Houve um falecimento.

"As investigações prosseguem nos países onde há casos. Até agora, a causa atual da hepatite é desconhecida", segundo o Centro Europeu de Prevenção e de Controle de Enfermidades (ECDC).

No momento, uma causa infecciosa parece o mais provável, mas não foi estabelecido nenhum vínculo comum com alimento contaminado ou tóxico que pudesse ser identificado.

A hepatite é uma inflamação do fígado, como reação a um vírus, a tóxicos (venenos, drogas, etc.) ou a doenças autoimunes ou genéticas. Sua evolução costuma ser benigna e seus principais sintomas - febre, diarreias, dores abdominais - se resolvem rapidamente ou deixam poucas sequelas. Às vezes, de forma mais rara, podem provocar insuficiência renal.

Mas "a crescente alta do número de crianças afetadas por uma súbita hepatite é incomum e preocupante" indicou ao Science Media Center britânico Zania Stamakati, do centro de pesquisa sobre o fígado e sobre o aparelho gastrointestinal da universidade de Birmingham.

Entre as possíveis pistas, o adenovírus foi detectado em ao menos 74 crianças, dos quais 18 era o chamado "tipo 41".

Vários países, entre eles a Irlanda e a Holanda, informaram sobre uma crescente circulação desses adenovírus.

Porém, seu papel no desenvolvimento das misteriosas hepatites não está claro.

A possibilidade de uma relação com a covid-19, que ainda segue circulando, figura também entre as hipóteses.

A covid-19 foi detectada em 20 das crianças. E outros 19 mostraram uma coinfecção de covid e de adenovírus.

Porém, "se essa hepatite estiver sendo causada pela covid-19, seria muito surpreendente que não foram muito mais numerosas dada a forte circulação do Sars-Cov2", destaca Graham Cooke, especialista de doenças infecciosas do Imperial College de Londres, ao Science Media Center.

O "kit covid", tratamento sem eficácia comprovada que combina o uso de azitromicina, hidroxicloroquina e ivermectina, está sendo consumido por parte da população contra a covid-19, muitas vezes com prescrição médica, mas vem sendo questionado por profissionais de saúde e contestado pela comunidade científica internacional. Isso porque o uso equivocado pode provocar hepatite medicamentosa.

Hepatite medicamentosa é uma grave inflamação no fígado causada pelo mau uso e pelo excesso de medicamentos. Um estudo realizado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) aponta que, além do kit não ter resultados positivos para o tratamento da covid-19, ainda pode causar graves riscos à saúde.

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Segundo o médico hepatologista Rafael Ximenes, o kit é um fator preocupante principalmente pela falta de eficácia das medicações, que não ajudam a prevenir nem a tratar a doença.”Esses remédios possuem efeitos colaterais, inclusive lesões no fígado. A azitromicina, por exemplo, causa lesão no fígado em torno de 1 a 2% das pessoas que a usam. O risco da ivermectina é menor e a hidroxicloroquina parece ser nesse aspecto a mais segura, mas pela escala que essas medicações estão sendo usadas, milhares, talvez milhões de pessoas estejam usando, mesmo com o risco de 1% passam a ser muito alto e muitas pessoas, infelizmente, vão ter lesões no fígado por isso”, afirma.

A manifestação da doença é variável. Os sintomas podem aparecer em poucos dias ou até depois de alguns meses após o início da medicação. “Os primeiros sintomas podem ser leves e inespecíficos, como fraqueza, desânimo, falta de apetite, desconforto no abdome e enjoos. Nos casos mais graves, após alguns dias da semanas destes sintomas, podem aparecer a icterícia e depois a encefalopatia hepática”, explica o doutor.

 Ainda de acordo com o hepatologista, já foram registrados casos fatais de pessoas que optaram pelo tratamento. “Já têm casos de pessoas que precisaram de transplante por causa do kit covid e alguns pacientes até faleceram por isso. Então recomendamos que a população tome muito cuidado e não se automedique”, alerta Rafael Ximenes.

Sobre o tratamento para a doença, o doutor conta que a principal medida é a suspensão imediata dos medicmentos. “Na maioria dos casos, o tratamento é suspender a medicação que causou a lesão e esperar o fígado se recuperar. Vale lembrar que o fígado é um órgão com alta capacidade de regeneração. Em alguns casos, há tratamento específico para a lesão por aquele medicamento. Vale ressaltar que este tratamento deve ser feito por médico hepatologista com experiência neste tipo de lesão, e nunca por conta própria”, relata.

Por Rebeca Costa.

 

 

 

O Hospital das Clínicas da Unicamp confirmou caso de hepatite medicamentosa relacionada ao uso dos medicamentos do “kit covid”, azitromicina, hidroxicloroquina e ivermectina. O paciente diagnosticado terá que realizar transplante de fígado e mais quatro casos já apareceram em outras cidades desde o início das pesquisas.

O paciente identificado é morador de Indaiatuba, tem cerca de 50 anos e após três meses de contrair Covid-19, apresentou a pele e os olhos amarelados. Ao chegar ao Hospital das Clínicas, disse ter feito uso dos três medicamentes do “kid covid”, zinco e vitamina D.

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Em entrevista a EPTV, Ilka Boin, professora e médica da unidade de transplante hepático do HC, explicou o caso.

"Ele chegou com uma síndrome de doença hepática pós-Covid. Mas quando analisamos, vimos que não se enquadrava muito bem na síndrome. Tinha alterações específicas e analisamos a biópsia. Era, na verdade, uma hepatite medicamentosa que causou a destruição dos dutos biliares, e o paciente tinha usado somente, nos últimos quatro meses, remédios do kit Covid”.

O paciente quase foi submetido a cirurgia de emergência, mas não foi necessário. Porém, terá que passar por um transplante de fígado. Segundo a médica, outras duas pessoas faleceram antes dos estudos clínicos serem concluídos ou transplantes de fígado serem realizados.

O Ministério da Saúde deixou vencer um contrato e suspendeu os exames de genotipagem no Sistema Único de Saúde (SUS) para pessoas que vivem com HIV, aids (a doença causada pelo vírus) e hepatites virais. O teste é essencial para definir o tratamento mais adequado para quem desenvolve resistência a algum medicamento.

O contrato com a empresa que realizava este exame venceu em novembro passado. Apenas um mês antes, em 7 de outubro, o ministério realizou um pregão para buscar nova fornecedora do serviço. O processo, porém, fracassou após a empresa vencedora não anexar todos os documentos exigidos pelo edital. O ministério prevê realizar novo pregão nesta terça-feira, 8. Se houver vencedor no certame, a expectativa é retomar o serviço apenas em janeiro.

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Em nota distribuída a serviços de saúde no último dia 3, o ministério afirma que fará este exame apenas para crianças com menos de 12 anos e gestantes que vivem com HIV e aids. Já os pacientes de hepatite C devem receber os medicamentos velpatasvir e sofosbuvir, que são mais eficazes e dispensam a genotipagem. O HIV é o vírus causador da aids, doença que ataca células do sistema imunológicos. Ter HIV, porém, não significa que a pessoa desenvolverá aids.

Grupo avalia ir ao Ministério Público

Conselheiro Nacional de Saúde e representante da Articulação Nacional de Luta contra a aids (Anaids), Moysés Toniolo afirma que foi pego de surpresa pela interrupção dos exames de genotipagem. Ele disse que a pasta não informou quantos pacientes precisam hoje deste serviço.

A Anaids estuda levar o caso ao Ministério Público Federal (MPF), segundo Toniolo. "Temos um contingente de pessoas que há anos usam a terapia e pode precisar desse exame para continuar a viver", afirmou ele.

Toniolo avalia que há um "desmonte" de políticas para pessoas que vivem com HIV, aids e hepatites virais no governo Jair Bolsonaro. Ele lembra que, quando ainda era deputado, Bolsonaro disse ser contra o custeio do tratamento destas doenças pelo SUS. "Problema é dele (o paciente)", declarou o atual presidente em entrevista ao programa CQC, da TV Bandeirante, em 2010.

Professor titular de medicina na Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Marcelo Simão Ferreira afirma que o prejuízo não será grande para pacientes de hepatites virais, pois há medicamentos que servem para todos os genótipos da doença, ou seja, dispensam o exame que o SUS interrompeu. "Agora, para o HIV vai fazer falta. A genotipagem do HIV avalia a sensibilidade do vírus às várias drogas que nós temos", disse ele.

Professor de infectologia da Universidade Federal de São Paulo (USP) e membro da SBI, Paulo Abrão afirma que a falta do exame pode comprometer "gravemente" a saúde dos pacientes de HIV. Ele afirma que é preciso planejamento para evitar a descontinuidade de serviços deste tipo, além da perda de direitos conquistados pelos pacientes. Abrão afirma, porém, que é "razoável" a solução do ministério para o tratamento de hepatite C.

Procurado, o Ministério da Saúde não se manifestou até a publicação deste texto.

Estudo divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) concluiu que é preciso investimento de US$ 6 bilhões por ano para evitar 4,5 milhões de mortes causadas em todos os países pela hepatite até o 2030. A medida foi proposta nesta semana em razão do Dia Mundial de Combate à Hepatite, data lembrada neste domingo (28).

Segundo o estudo, a erradicação da hepatite em todo o mundo depende de US$ 58,7 bilhões, quantia que poderia reduzir novas infecções em 90% e mortes em 65%.

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Na avaliação da OMS, 80% das pessoas que vivem com a doença não conseguem ter acesso aos serviços básicos de tratamento. De acordo com o órgão da ONU, as nações devem aproveitar as recentes reduções nos custos

de diagnóstico e de tratamento da hepatite viral para aumentar os investimentos na eliminação da doença.

Segundo a organização, cerca de 325 milhões de pessoas vivem com hepatite B e C. 124 países tem planos de erradicação da doença, no entanto, não possuem orçamento para executar as medidas de prevenção e tratamento. 

*Com informações da Agência ONU

O número de pacientes notificados com casos de hepatites virais no Brasil aumentou 20% de 2008 a 2018, de acordo com o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais 2019, divulgado nesta segunda-feira (22) pelo Ministério da Saúde. Em 2008, foram registrados 35.370 casos. Dez anos depois, esse número saltou para 42.383.

Apesar do aumento, o levantamento apontou queda de 9% no total de mortes, saindo de 2.402 em 2007 para 2.184 em 2017.  

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A hepatite é a inflamação do fígado. Ela pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas.

De acordo com o Ministério da Saúde, são doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas quando estes aparecem, podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus D e E, esse último mais frequente na África e na Ásia.

Tipo de hepatite

De 2000 a 2017, foram identificados no Brasil, segundo o boletim, 70.671 óbitos por causas básicas e associadas às hepatites virais dos tipos A, B, C e D. Desses, 1,6% foi associado à hepatite viral A; 21,3% à hepatite B; 76% à hepatite C e 1,1% à hepatite D.

O boletim mostra que o tipo C da doença, além de ser o mais letal, é o mais prevalente. Ao todo, 26.167 casos foram notificados em 2018.

A doença é transmitida por sangue contaminado, sexo desprotegido e compartilhamento de objetos cortantes.

O maior número de pessoas com hepatite C se concentra em pessoas acima dos 40 anos. A hepatite C nem sempre apresenta sintomas.

Por isso, o Ministério da Saúde estima que, atualmente, mais de 500 mil pessoas convivam com o vírus C da hepatite e ainda não sabem.

Foram notificados ainda 2.149 casos de hepatite A no Brasil. A transmissão mais comum desse tipo da doença é pela água e alimentos contaminados. O tratamento geralmente evolui para cura.   

Também foram registrados 13.992 casos de hepatite B, que pode ser transmitida pelo contato com sangue contaminado, sexo desprotegido, compartilhamento de objetos cortantes e de uso pessoal e pode também ser transmitida de mãe para filho.

Já a hepatite D foi registrada em 145 pacientes. A infecção ocorre quando a pessoa já contraiu o vírus tipo B.

Os sintomas da hepatite D são silenciosos e a doença é combatida por meio da vacina contra a hepatite B que também protege contra a D.

Combate

Nas vésperas do Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, dia 28 de julho, o Ministério da Saúde alerta para a importância do diagnóstico e tratamento da doença.

“Estamos garantindo prevenção, por meio de vacinas, e diagnóstico, com oferta de testes, além de tratamento medicamentoso. É muito importante que as pessoas acima de 40 anos procurem a unidade de saúde mais próxima para realizar testagem e se imunizar contra a hepatite B e que os pais vacinem as crianças contra hepatite A. Assim, conseguiremos tratar ainda mais pessoas e eliminar a sombra da hepatite do Brasil”, diz, em nota, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Em 2018, o Ministério da Saúde distribuiu 25 milhões de testes de hepatite B e C. Para 2019, com o fortalecimento das ações de diagnóstico e ampliação do tratamento, a expectativa é que esse número seja superado.

Além dos testes, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece vacina contra a hepatite A para menores de 5 anos e grupos de risco. Disponibiliza também vacina contra a hepatite B para todas as faixas etárias. Esta vacina também protege contra a hepatite D.

Eliminação da hepatite C

O Brasil tem como meta eliminar a hepatite C até 2030. Para isso, nos últimos três anos, foram disponibilizados pelo SUS 100 mil tratamentos para hepatite C.

Neste ano, foram entregues 24 mil tratamentos para a doença. Até o início de agosto, de acordo com o Ministério da Saúde, serão entregues outros 5 mil tratamentos.

Em 2019, o Ministério da Saúde adquiriu 42.947 tratamentos sofosbuvir/ledipasvir e sofosbuvir/velpatasvir. Outros 7 mil tratamentos estão em processo de aquisição.

De acordo com a pasta, todas as pessoas diagnosticadas com hepatite C têm a garantia de acesso ao tratamento, independente do dano no fígado, assegurando universalização do acesso previsto desde março de 2018. Essa ação, segundo o ministério, coloca o Brasil como protagonista mundial no combate a hepatite C.

O ator D'Artagnan Júnior, marido da escritora Maria Carmem Barbosa, morreu neste domingo (24). Sucesso em novelas da Globo, como "A Sucessora" (1978), D'Artagnan tinha hepatite C e estava há quase três semanas internado. A notícia da morte foi dada pelo ator e diretor Miguel Falabella.

"Querido Dartagnan, obrigado pelas gargalhadas, pelos bons momentos que passamos juntos. Finda-se uma era. Que bom que Maria Carmem não pode atravessar a dor dessa perda. Ela não suportaria. Até breve! RIP", escreveu Miguel. Maria Carmem Barbosa sofre do Mal de Alzheimer, segundo informações do jornal Extra.

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No currículo, D'Artagnan Júnior colecionou grandiosos trabalhos na TV, como na novela "Salve Jorge", em 2012, sendo essa a sua última aparição. As atrizes Fabiana Karla, Cissa Guimarães e Heloísa Perissé lamentaram a morte. O velório de D'Artagnan será no Cemitério do Caju, Zona Portuária do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (26), às 13h. O corpo será cremado.

Na última quinta-feira (19) as sociedades brasileiras de Diabetes (SBD), Hepatologia (SBH) e Infectologia (SBI) iniciaram a campanha nacional de conscientização Na ponta do dedo – faça o exame, por trás da Diabetes tipo 2 pode estar a Hepatite C. A campanha tem o objetivo de incentivar a população a realizar o exame que constata o vírus da hepatite C.

De acordo com as entidades, estudos revelam que o vírus da hepatite C é capaz de gerar alterações na insulina, dificultando a regulação do metabolismo da glicose no organismo. Pacientes com essas alterações têm quatro vezes mais probabilidade de desenvolver o diabetes tipo 2.

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A campanha foi anunciada no mês de Julho para aproveitar o Julho Amarelo, mês de  prevenção controle das hepatites virais. Em julho também acontece o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais, realizado no dia 28 de julho pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

De acordo com a Sociedade Brasileira de Hepatologia, foi constatado no Brasil que aproximadamente 2 milhões de pessoas desenvolveram o vírus da hepatite C, sendo que 70% não sabem que são portadores e 10% realizam o tratamento contra a doença. Cerca de 90% das pessoas que contraem o vírus não desenvolvem a doença. O aparecimento dos sintomas é raro e  pode passar despercebido pelos portadores do vírus, por comta disso a doença pode ser diagnosticada quando as complicações já estão avançadas. Além do diabetes tipo 2, portadores de hepatite C têm tendência de desenvolver câncer de fígado, cirrose e doenças cardiovasculares.

Já o presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia, Sérgio Cimerman,  afirma que a hepatite C pode ser detectada por um diagnóstico fácil e a partir do diagnóstico precoce a chance para a cura é maior. "Com o diagnóstico precoce, conseguimos instituir um tratamento com drogas disponíveis no mercado e no Sistema Único de Saúde (SUS). A cura pode chegar em torno de 98%".

Conforme o presidente da SBD, Luiz Turatti, boa parte dos médicos e da população não sabem ou não fizeram a ligação entre as duas doenças,o Brasil integra o quarto lugar no ranking mundial de portadores de diabetes, mantendo-se atrás dos EUA, China e Índia.  “Hoje, no Brasil, há 14 milhões de doentes e, em 25 anos, o número pode aumentar em 50%.  Se nada for feito, haverá impacto da relação entre as duas doenças a longo prazo”.

Segundo o professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Edison Parise, durante anos os médicos consideravam que a hepatite C prejudicava apenas o fígado, no entanto, a doença atinge outros sistemas do organismo. "Hoje, sabe-se que o vírus da hepatite C é capaz de interferir na efetivação da ação da insulina, e isso começa a desencadear o diabetes. Quando se elimina o vírus da hepatite C, a resistência à insulina desaparece. Quanto mais resistência insulínica, maior vai ser a lesão no fígado, acelerando a progressão da hepatite".

O presidente da SBH, Fábio Marinho, esclareceu que o exame realizado para identificar a hepatite C é simples, rápido e essencial para descobrir os portadores da doença.

Para realizar o teste anti-HCV, que fornece o diagnóstico da doença, é necessário tirar uma pequena quantidade de sangue, a partir de uma picada no dedo. O tratamento é feito com o uso de um medicamento que pode ter pouco ou nenhum efeito colateral e deve ser tomado duas vezes ao dia, no decorrer de três meses. O remédio necessário para fazer o tratamento também está disponível no SUS.

Para mais informações, acesse o site da campanha

No último sábado (15), em São Paulo, teve início a campanha “Julho Amarelo”, promovida pela Secretaria de Estado da Saúde, que visa prevenir e conscientizar a população sobre as hepatites virais.

A ação é desenvolvida em homenagem ao Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, celebrado em 28 de julho (sexta-feira), e acontece em um momento de elevação da doença no estado. Em 2016, foram notificados 7,6 mil casos de Hepatite C contra 4,9 mil em 2014. Já os casos de Hepatite B aumentaram 3,7%, no mesmo período.

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As atividades prosseguem em dias alternados até o dia 27 de julho, no Palácio dos Bandeirantes, Centro de Convenções Rebouças e Terminal de ônibus e metrô Jabaquara. A população será orientada a evitar as doenças e poderá fazer testes gratuitos de prevenção.

A hepatite é uma inflamação no fígado que pode ser causada por diferentes vírus, uso de remédios e drogas injetáveis, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas.

As hepatites B e C podem ser contraídas por meio de relações sexuais, compartilhamento de agulhas, seringas ou uso de materiais perfurantes de higiene pessoal, como lâminas de barbear, alicates de unha e outros. A hepatite B também pode ser transmitida de mãe para filho durante o parto.

Vale lembrar a importância de adotar medidas preventivas como o uso de preservativos nas relações sexuais e o não compartilhamento de seringas entre os usuários de drogas injetáveis. Os testes de hepatite B e C podem ser feitos em qualquer período. Para obter mais informações, ligue para o serviço Disk DST/Aids no 0800 162 550.

Confira abaixo a programação:

Dias 20 e 21/07

“Fique Sabendo” - Aconselhamento, orientações sobre prevenções e testes rápidos para colaboradores

Local: Palácio dos Bandeirantes

Horário: das 9h às 16h

Dia 22/07

Aconselhamento, orientações sobre prevenções e testes rápidos de hepatite C para a população

Local: Paróquia São Joaquim - Av. Lacerda Franco, 02, Cambuci

Horário: das 9h às 13h

Dia 25/07

Jornada do Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais B e C

Local: Centro de Convenções Rebouças - Avenida Rebouças, 600

Horário: das 8h às 14h

Dia 27/07

Testagem para hepatite C e orientações para a população

Local: Terminal Jabaquara - Plataforma A

Horário: das 9h às 15h

Um total de 325 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com uma infecção crônica de hepatite B ou C, e poucas sabem, de acordo com números divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com a OMS, que pede um plano global para lutar contra as doenças virais, "a maioria desta população não é submetida a exames e não tem acesso aos tratamentos. Desta maneira, "milhões de pessoas" correm o risco de desenvolver uma doença crônica ou um câncer que provoquem a morte.

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O vírus da hepatite mata 1,34 milhão de pessoas por ano, um "número comparável às mortes provocadas pela tuberculose e a aids", segundo a OMS. "A mortalidade provocada pela hepatite está em alta (+22% entre 2000 e 2014), enquanto a provocada pela tuberculose ou aids está em baixa", destacou o dr. Gottfried Hirnschall, diretor do programa de combate à hepatite na OMS.

Apenas 9% dos enfermos de hepatite B sabem que contraíram a doença, de acordo com a OMS. No caso da hepatite C, 20% dos enfermos têm conhecimento da doença.

Em 2015, quase 1,75 milhão de pessoas foram infectadas pelo vírus da hepatite C (HCV), elevando a 71 milhões o número de pacientes com HCV.

Além disso, a OMS calcula que 257 milhões de pessoas vivem com o vírus da hepatite B (HBV).

A cidade de São Paulo receberá entre 1 e 3 de novembro uma reunião mundial sobre o combate a hepatite, organizada pela OMS, o Brasil e a Aliança mundial contra a hepatite.

A hepatite (inflamação do fígado) é uma das doenças que os médicos costumam chamar de silenciosas. É muito comum que os sintomas só apareçam (principalmente em se tratando das hepatites dos tipos B e C) quando a doença já está em estágio avançado e já se transformou, na verdade, em cirrose ou câncer de fígado. Esses pacientes levam anos para descobrir que estão infectados. Por isso, o diagnóstico precoce é determinante para evitar a transmissão ou a progressão das hepatites, que podem acarretar graves consequências. Para conscientizar as pessoas sobre o assunto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) criou em 2010 o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais, 28 de julho, e orientou médicos e agentes de saúde sobre a necessidade de aumentar o alerta em relação ao problema.

Para Bianca Lastra, oncologista clínica do Centro de Tratamento Oncológico, em campanhas como o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais “é importante aproveitar para conscientizar a população de que a hepatite pode evoluir para doenças mais graves, como o câncer”. A hepatite viral é uma doença infecciosa que afeta diretamente o fígado. Cerca de 1,4 milhão de pessoas morrem por ano por conta da doença em todo o mundo. No Brasil, as mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. “Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem e causarem danos mais graves ao fígado, como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que ajudam no diagnóstico”, alerta a oncologista Bianca Lastra.

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Os principais sintomas das hepatites virais são: náuseas e vômitos, dores abdominais, febre, falta de apetite, mal-estar geral, urina escura (cor de refrigerante de cola), fezes esbranquiçadas, e pele e olhos amarelados (icterícia).

O câncer de fígado pode ser primário ou secundário. O câncer primário é o tumor que se origina no fígado e o secundário é o metastático, ou seja, originado em outro órgão e que atinge também o fígado.

As hepatites virais B e C são importantes fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de fígado. Uma pessoa infectada pelo vírus B tem 100 vezes mais chance de desenvolver tumores do que uma pessoa saudável. E a hepatite C é responsável por 54% dos casos de câncer de fígado no Brasil. No Brasil, enquanto a hepatite B é mais frequente na faixa etária de 20 a 49 anos, a hepatite C acomete mais pessoas entre 30 e 59 anos.

As formas de prevenção do câncer são conhecidas. Ter hábitos de vida e alimentares saudáveis, evitar alcoolismo, além da identificação e tratamento dos pacientes com hepatite B e C. As medidas preventivas para hepatites incluem o saneamento básico, as boas práticas de higiene pessoal, como lavar bem as mãos após ir ao banheiro e antes de comer, lavar bem alimentos que serão consumidos crus e cozinhar bem os demais, principalmente frutos do mar e carne de porco. 

É muito importante também o uso de agulhas e seringas descartáveis, além de evitar compartilhar objetos perfurocortantes como barbeador e instrumentos de manicure/pedicure. É importante ainda ter certeza de que materiais utilizados para fazer tatuagens e para a colocação de piercings sejam descartáveis. A proteção nas relações sexuais com preservativos também é fundamental. “A hepatite C também é considerada uma doença sexualmente transmissível”, destaca Bianca Lastra. “Alguns tipos de vírus e bactérias, como os da toxoplasmose, rubéola, sífilis, hepatites e AIDS são o que chamamos de ‘amigos’, provocam a co-infecção. É comum o paciente ter essas doenças simultaneamente, por isso a prevenção é fundamental”, avalia a médica.

Já existem vacinas para as hepatites A e B, que têm se mostrado eficazes em aproximadamente 95% dos casos. Nas crianças, a primeira dose da vacina de hepatite B é dada ao nascer, sendo repetida aos 2 e aos 6 meses. Já a vacina para hepatite A é aplicada quando a criança completa 1 ano, e o reforço ocorre com 18 meses. No caso de adultos, é preciso tomar as 3 doses de hepatite B e as duas de hepatite A para que a vacinação possa ser considerada completa. É possível ainda tomar a vacina combinada de hepatite A e B. Atualmente não existe vacina para a hepatite C.

Por Dina Santos, especial para o LeiaJá.

 

Na próxima quinta-feira (28), a população poderá fazer exames que diagnosticam as Hepatites B e C gratuitamente no Plaza Shopping, Zona Norte do Recife. A campanha é uma  parceria do mall com o Núcleo de Assistência aos Pacientes Hepáticos (NAPHE) e visa conscientizar as pessoas sobre a importância da prevenção da doença e estimular a procura pelo diagnóstico precoce e a realização de tratamentos.

Ação acontece no Dia Mundial de Luta contra as Hepatites. O atendimento será realizado no Piso L2 do Plaza, das 10h às 22h, horário de funcionamento do centro de compras. No local, profissionais do NAPHE estarão orientando os interessados a realizar um exame que pode diagnosticar hepatites B e C. 

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Para os testes de hepatite B, o paciente precisa ter acima de 18 anos. Já para o de hepatite C, a idade mínima é 35 anos. O tempo de resposta dos exames é de 30 minutos, no entanto não é necessário ficar aguardando no local, o cliente poderá passear no mall e retornar no tempo estipulado pelo instituto.

Além da realização de exames, os profissionais do NAPHE estarão distribuindo materiais informativos sobre a patologia. A ideia é que as pessoas aprendam cada vez mais sobre a doença e que tenham conhecimento sobre formas de prevenção e os tratamentos que podem ser realizados.

As hepatites virais, ao contrário de outras doenças causadas por vírus, têm prevenção e tratamento. O NAPHE, localizado no bairro de Santo Amaro, em Recife, é uma associação civil, sem fins econômicos, com a missão de mobilização social na prevenção e atenção às hepatites virais e doenças de fígado.

O Ministério da Saúde começa a distribuir para Estados dois medicamentos que serão incorporados ao tratamento da hepatite C, considerados muito mais potentes e com menos efeitos colaterais. As drogas sofosbuvir e daclatasvir, usadas em associação, devem estar disponíveis nos pontos de distribuição de medicamentos excepcionais a partir de novembro.

Uma terceira droga que também integra a terapia, o simeprevir, deverá chegar ao País nas próximas semanas. A expectativa é a de que ela esteja disponível para pacientes em dezembro.

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O anúncio da chegada dos remédios foi feito nesta terça-feira, 20, pelo ministro da Saúde, Marcelo Castro. "A incorporação desse medicamento terá um impacto semelhante aos exercido pelos antirretrovirais para pacientes com a aids", disse.

A nova terapia tem eficácia de 90%, um índice bem superior aos medicamentos usados até agora (50% e 70%). A duração do tratamento também é menor: das 48 semanas atuais para 12 semanas. Foram adquiridos remédios suficientes para 30 mil pacientes, durante um ano.

Para a compra, o governo desembolsou R$ 1 bilhão. O valor é 90% menor do que o praticado no mercado internacional. As negociações foram feitas pelo antecessor de Castro, Arthur Chioro. Durante a cerimônia, o ministro fez elogios à atuação da equipe anterior.

Por ser mais eficaz e seguro, o tratamento poderá ser usado também por pacientes que até agora eram excluídos da terapia, como os com HIV, os transplantados ou que estão na fila de transplante. Atualmente, cerca de 10% dos pacientes com hepatite C também são portadores do vírus da aids.

O diretor do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita, avalia que a mudança no protocolo vai possibilitar a inclusão de novos pacientes ao tratamento. "A expectativa é dobrar o número de pessoas em terapia."

Até agora, 11 mil pacientes estão cadastrados para receber o novo tratamento. "Fizemos uma compra com folga, não deve faltar medicamento para pacientes que preencham o protocolo preconizado", disse o ministro.

Estima-se que 1,4 milhão de brasileiros sejam portadores do vírus da hepatite C. A transmissão acontece por meio de uso de drogas injetáveis, transfusões, sexo desprotegido e tatuagens. Os sintomas da doença somente aparecem quando a doença está em estágio avançado.

Estreia

O anúncio é o primeiro evento liderado pelo ministro da Saúde, Marcelo Castro, desde que assumiu o cargo, há 15 dias. Para a cerimônia, além de representantes do Conselho dos Secretários Estaduais de Saúde e do Conselho de Secretários Municipais de Saúde e do representante da Organização Pan-Americana de Saúde, foram convidados o secretário de Saúde do Distrito Federal, Fábio Gondim, e uma paciente com hepatite C, a primeira que será medicada no País com os novos remédios: Helenisar Camos Cabral Salomão.

Ao anunciar os presentes, o ministro provocou constrangimento ao se referir a Helenisar como "presidente" do SUS. Corrigido por assessores, que não escondiam certo desconforto, o ministro emendou: "Paciente. Claro, o SUS não tem presidente."

Esta é a terceira vez que o novo tratamento para hepatite C é anunciado pelo governo. A primeira vez foi em junho, logo que a adoção das drogas foi aprovada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia do Sistema Único de Saúde (Conite). Pouco tempo depois, foi a vez de ser anunciada a campanha para identificação do vírus e agora, a chegada do remédio no País.

A inclusão de Gondim na cerimônia não foi à toa: ela atende a um pedido do Governo do Distrito Federal que, diante de um cenário de greves de seu funcionalismo, buscava um fato positivo para a sua agenda.

Paulista ganhará dois novos pontos de teste e aconselhamento sobre HIV, Sífilis e Hepatites B e C, a partir da próxima sexta-feira (21). As comunidades beneficiadas foram a do Chega Mais e de Mumbeca. A implantação do trabalho nas unidades de saúde ocorre simultaneamente às 8h30.

No local, Técnicos da Secretaria de Saúde estarão disponíveis para aconselhamento aos usuários e realização de exames. Em caso de detecção dos vírus do HIV ou da Sífilis, os pacientes serão encaminhados ao Serviço de Assistência Especializada (SAE) e receberão medicamentos para o tratamento. O serviço acontece de segunda a sexta, das 8h às 17h.

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A unidade conta com sete profissionais de diversas especialidades, como: psicólogo, infectologista e assistente social. Os pacientes diagnosticados com Hepatites B ou C serão encaminhados ao Instituto do Fígado, em Santo Amaro, no Recife. Para realizar o teste, basta o paciente se dirigir a uma das unidades credenciadas portando um documento oficial com foto. 

Este tipo de atendimento já é desenvolvido nos centros médicos da Mata do Ronca, que fica na zona rural, e Jurandir Freire II, em Jardim Maranguape. De acordo com a Prefeitura do Paulista, a meta da Secretaria de Saúde é instalar o serviço em 20 postos da cidade até o final de 2015.

Desde que os testes foram iniciados na cidade, em 1986, até hoje, foram registrados 1.287 casos de pessoas portadoras de AIDS no município, sendo 846 homens, 434 mulheres e sete crianças. Em todo o estado de Pernambuco já foram detectados 14.249 homens e 7.741 mulheres com o vírus.

ACONSELHAMENTO – Pessoas que desejam obter mais detalhes sobre o tratamento podem participar do Grupo de Adesão. A equipe se reúne todas as terças-feiras, a partir das 9h, no SAE, que fica na Rua Rodolfo Aureliano, 714, na Vila Torres Galvão. O espaço conta com profissionais como nutricionista e educador físico, que orientam os pacientes como obter qualidade de vida, apesar da doença.  

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