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Por quatro dias, o deputado federal Sidney Leite (PSD-AM) viajou com despesas pagas pela Câmara distribuindo cestas básicas, brinquedos e sorteando eletrodomésticos ao lado do sobrinho, Júnior Leite, que é prefeito na região. A "agenda parlamentar", cumprida entre os dias 19 e 23 de dezembro, envolveu paradas em 14 comunidades ribeirinhas, onde a presença da comitiva promoveu aglomerações.

A "maratona", como o próprio parlamentar definiu em suas redes sociais, só foi possível mediante a locação de uma aeronave Caravan Anfíbio, que faz pousos na água. A nota apresentada à Câmara com pedido de reembolso descreve exatamente os locais pelos quais Leite passou e revela o custo do roteiro: R$ 82,5 mil.

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Juntamente com um álbum de fotos das festas, o deputado postou a justificativa da agenda. "Junto com o prefeito de Maués, Júnior Leite, estamos realizando uma verdadeira maratona na cidade e no interior, desde o dia 19 até o 23 de dezembro, para entregar 20 mil brinquedos e 8,5 mil cestas básicas para famílias em situação de vulnerabilidade social antes das festividades de Natal".

Leite ainda comentou que "2020 foi um ano muito difícil devido à pandemia do novo coronavírus" e, que, por isso, "não poderia deixar de garantir o alimento da ceia e o presente das crianças". Pelas fotos é possível ver tanto o deputado como convidados em ginásios, escolas e salões lotados, ora com máscara ora sem - em janeiro, ele informou que pegou covid.

Leite é o deputado que mais gastou com transporte em 2020, segundo levantamento feito pelo Estadão com notas fiscais reembolsadas pela Câmara relativas a custo com aluguel de aeronaves, carros ou combustível, por exemplo.

Ao todo, foram R$ 347 mil em deslocamentos feitos antes e durante a pandemia. Do total, 80% foi utilizado na locação de aeronaves durante o ano - a Câmara não estipula limite para este tipo de despesa. Procurada, a Casa informou que o deputado só não pode ultrapassar o valor anual de sua cota parlamentar. Leite, por representar a Região Norte, tem direito a usar R$ 522,8 mil por ano. Em 2020, ele usou 93% do limite.

Procurado pela reportagem, Leite afirmou que os gastos são resultado do trabalho feito durante a pandemia em municípios isolados do Amazonas. Segundo o parlamentar, a opção pela locação de aeronaves ocorre devido à ausência de estradas e à demora para realizar trajetos de barco. Ele não respondeu por que usou verba pública para promover festas.

Lancha

Nas regras de reembolso com transporte é permitido aos parlamentares ainda alugar embarcações. Foi o que fez por 25 vezes o deputado Éder Mauro (PSD-PA) no ano passado. Ele gastou R$ 102 mil com locação de lanchas de pessoas físicas, que fornecem recibo, e não nota fiscal.

O Estadão procurou por Junio Cesar Cardoso, o dono da "Lady Magnólia", uma das lanchas usadas pelo deputado, no único endereço informado. A numeração indicada não existe, mas a reportagem conseguiu localizar Cardoso em outro ponto da mesma avenida de Belém, onde funciona uma loja de peças de carros. Ele confirmou que faz a locação e que cobra até R$ 5 mil por apenas um dia. O deputado Éder Mauro pagou R$ 6 mil por dois dias.

O outro fornecedor é Oteniel Lobato Correa. Conhecido como "Teny Lobato", ele é vereador de Breves (PA), na Ilha De Marajó, onde o delegado Éder Mauro esteve em outubro. O Estadão não conseguiu contato com o deputado e o vereador.

Carro

Desde abril do ano passado, justamente quando a pandemia forçou o fechamento de atividades em todo o País, a deputada Magda Mofatto (PL-GO) passou a alugar veículos em Goiânia. Até novembro, a parlamentar pediu reembolso mensais para rodar em um Volkswagen Amarok ou em um Mitsubishi L-200 Triton.

O Estadão orçou os mesmos carros por quase a metade do preço na empresa contratada por Magda, a Gyn Locadora. A informação repassada por um funcionário é que o primeiro 4x4 custa, por mês, R$ 7 mil e o segundo, R$ 6,5 mil, já incluindo os valores dos seguros - Magda, no entanto, pagou R$ 12,7 mil e 12,2 mil, respectivamente.

Procurada pelo Estadão, a deputada não quis se pronunciar sobre os valores pagos nem sobre o motivo dos deslocamentos. Em nota, a locadora afirmou que os valores podem mudar de acordo com a franquia de quilômetros rodados, o prazo de contrato e a opção por assistência 24 horas local ou nacional.

Justificativas

A maioria dos deputados citados no levamento afirma que as despesas com transportes se devem à continuidade do trabalho apesar da pandemia e, em alguns casos, por causa dela. Silas Câmara (Republicanos-AM), por exemplo, disse que precisou "checar 'in loco'" as necessidades de saúde da população.

Segundo Francisco Júnior (PSD-GO), sua ação presencial aumentou com o redirecionamento das emendas parlamentares para combater o novo coronavírus. O mesmo afirmaram Beto Faro (PT-PA), José Mário Schreiner (DEM-GO) e Adriano do Baldy (PP-GO).

Alex Santana (PDT-BA) disse que não aderiu à "ideia de ficar em casa". "Atuei na linha de frente, fiscalizando os serviços", afirmou o deputado, que ficou oito dias na UTI com covid. Gurgel (PSL-RJ) afirmou que utiliza a cota com economicidade. E que precisou ir a Brasília por diversas vezes por ter sido o relator do projeto "BR do Mar", aprovado em dezembro.

Cristiano Vale (PL-PA) afirmou que manteve a locação de veículos porque o contrato é anual, mas que não usou a cota de combustível de março a dezembro. Já Átila Lins (PP-AM) disse que devolveu R$ 270 mil de sua cota e que o Amazonas, por ser o maior Estado do Brasil, exige o uso de aeronaves.

Já Zacharias Calil (DEM-GO) afirmou que o aumento no gasto com transporte se deu pelo aluguel de um segundo veículo "necessário para o período de campanha eleitoral".

Sérgio Brito (PSD-BA) disse que a alta em seus gastos se deu porque, em 2019, ficou afastado da Câmara. Júlio César (PSD-PI) e Eli Borges (Solidariedade-TO) alegaram que seus gastos foram criteriosos e aprovados. Carlos Bezerra (MDB-MT) não comentou. A reportagem não localizou Jesus Sérgio (PDT-AC), Loester Trutis (PSL-MS) e Charles Fernandes (PSD-BA). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um hidroavião de seis lugares, apresentado como a primeira aeronave comercial elétrica do mundo, realizou seu primeiro voo de teste nesta terça-feira (10), na região de Vancouver, no oeste do Canadá.

O aparelho, da companhia canadense Harbour Air, um Beaver DHC-2 de Havilland de 62 anos equipado com um motor elétrico, realizou um voo de alguns minutos pela manhã a partir do Aeroporto de Vancouver, diante de uma centena de curiosos e jornalistas.

"É o começo da era da aviação elétrica", disse Roei Ganzarski, presidente da companhia americana magni-X, que criou o primeiro motor elétrico de 750 cavalos para a Harbour Air, a principal empresa de hidroaviões da América do Norte.

O piloto do teste foi Greg McDougall, fundador e presidente da Harbour Air, que tem cerca de 40 hidroaviões e transporta a cada ano 500 mil passageiros em trajetos curtos pela costa do Pacífico na província canadense de Columbia Britânica.

"Nosso objetivo é eletrificar toda a frota, não há qualquer motivo para não fazer isto", disse McDougall, que estima em ao menos dois anos o tempo necessário para atingir esta meta.

Com a autonomia de sua bateria, o "e-Beaver" testado nesta terça pode percorrer cerca de 160 km, o que corresponde a distância da maioria dos voos da Harbour Air, assinalou McDougall.

Os ecologistas canadenses celebraram "uma etapa importante: o início de uma nova era na aviação e a transformação dos hidroaviões da Harbour Air na primeira frota comercial totalmente elétrica".

O CEO da multinacional britânica Compass Group e vários membros de sua família morreram em um acidente de hidroavião no Ano Novo na Austrália - anunciou a Polícia nesta segunda-feira (1º).

A aeronave que levava Richard Cousins, conselheiro delegado do grupo britânico de catering, caiu nesta segunda-feira (1°) no rio Hawkesbury, a cerca de 50 quilômetros ao norte de Sydney.

Seus seis ocupantes morreram: Cousins, de 58 anos, seus dois filhos de pouco mais de 20, sua namorada e a filha dela, de 11, assim como o piloto.

"Os pensamentos de todos na Compass estão com a família e com os amigos de Richard e lhes transmitimos nossos mais sinceros pêsames", declarou o presidente do grupo, Paul Walsh, em um comunicado.

Considerado o 11º melhor executivo do mundo pela revista "Harvard Business Review" em 2017, Cousins pretendia deixar o cargo na Compass em 2018.

As causas do acidente ainda são desconhecidas e estão sendo investigadas. Testemunhas da queda disseram que viram o aparelho, um DHC-2 Beaver Seaplane, girar bruscamente antes de cair na água.

Três pessoas ficaram feridas na explosão de um hidroavião na manhã desta segunda-feira na comunidade Aruaru, a 50 quilômetros de Manaus (AM). Os feridos são o piloto e o copiloto, além de um passageiro.

Os três tiveram queimaduras de terceiro grau e foram socorridas por um helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB). O acidente teria ocorrido por volta das 7 horas da manhã. O Comando da Aeronáutica está no local. As causas do acidente serão investigadas.

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