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O primeiro-ministro de Singapura, Lee Hsien Loong, anunciou neste domingo (21) que seu país revogará uma lei colonial que criminalizava as relações sexuais entre homens, embora o governo continue "defendendo" que o casamento é entre um homem e uma mulher.

"O governo vai revogar [a lei] e descriminalizar o sexo entre homens. Acho que é a coisa certa a fazer, e algo que a maioria dos singapurenses aceitará agora", disse ele em um discurso político.

Lee acrescentou que os costumes mudaram desde 15 anos atrás, quando o governo decidiu deixar a lei em vigor.

Os homens homossexuais "agora são mais aceitos" localmente, especialmente entre os jovens de Singapura, disse ele. A revogação "colocará a lei em sintonia com os costumes sociais atuais e espero que dê um respiro aos singapurenses gays", estimou Lee.

A lei, herança da época colonial britânica, criminaliza as relações sexuais entre homens com até dois anos de prisão.

Ativistas dos direitos homossexuais há muito tempo argumentam que a lei vai contra a cultura da cidade-Estado cada vez mais moderna e, no passado, entraram com dois processos para derrubá-la, sem sucesso.

Ainda assim, Lee afirmou que o governo está ciente de que "a maioria dos singapurenses não quer que a revogação [da lei] leve a uma mudança drástica em nossas normas sociais", incluindo a definição de casamento e como o casamento é ensinado nas escolas.

"Portanto, mesmo que revoguemos [a lei], vamos defender e proteger a instituição do casamento", disse ele, lembrando que, sob a lei atual, Singapura "só reconhece os vínculos matrimoniais entre um homem e uma mulher".

- "Alívio" -

O governo vai alterar a Constituição para proteger a definição atual de casamento de ser contestada constitucionalmente no tribunal, acrescentou o presidente.

A primeira tentativa de anulação da lei foi rejeitada em 2014 e em fevereiro passado, o Tribunal de Apelação negou um segundo recurso.

Defensores dos direitos LGBTQIA+ expressaram "alívio" com a decisão do governo.

“A revogação da Seção 377A é o primeiro passo no longo caminho para a igualdade total para as pessoas LGBTQ+ em Singapura”, disseram em uma declaração conjunta assinada por mais de 20 grupos.

Mas "o verdadeiro impacto da revogação será determinado pela forma como os singapurenses respondem a ela e tratam uns aos outros, nos próximos dias e meses", acrescentaram.

Os ativistas também se referiram aos planos do governo de consagrar a definição de casamento entre um homem e uma mulher na Constituição de Singapura.

“Qualquer movimento do governo para introduzir mais legislação ou emendas constitucionais que destaquem as pessoas LGBTQ+ como cidadãos desiguais é decepcionante”, afirmaram.

Desde o bombardeio contra seu edifício, Oleksandra quer fugir da Ucrânia. Mas essa tradutora não tem o direito de deixar o país porque, segundo seu estado civil, é um homem capacitado para ser recrutado pelo exército.

"Tenho medo de sofrer discriminação se me chamarem para a linha de frente", explica à AFP a mulher de 39 anos, que deixou sua cidade Mikolayv, pela ameaça da invasão russa.

Assim como ela, muitas mulheres transgênero sem o estado civil atualizado encontram-se bloqueadas em deixar a Ucrânia pelo governo, por possuírem documentos registrados no sexo masculino.

"Não posso cruzar a fronteira com meus documentos: não correspondem ao que eu sou", explica Oleksandra por videoconferência, que prefere não dar seu sobrenome e se manteve discreta com seus vizinhos.

Graças a uma associação que proporciona alojamento gratuito, ela foi deslocada à Odessa. Teve também que explicar-se para a administração local em nome do certificado de realocação, necessário para receber ajuda humanitária.

"Me perguntaram por que tinha documentos falsos. Mas, felizmente, quando expliquei a situação, a reação foi acolhedora", disse a ucraniana aliviada, mas em situação precária.

Decisões arbitrárias

Para conseguir uma dispensa ou autorização para deixar o país, a pessoa precisa ser corajosa e sincera sobre sua situação, diante de uma comissão de recrutamento militar.

Em outros casos similares, essa comissão "já decidiu arbitrariamente de forma negativa", lamenta Inna Iryksina, de 44 anos e coordenadora das questões de pessoas transgêneras na associação LGBT Insight.

Segundo Iryksina, ao invés de tentar convencer a comissão, outras pessoas transgêneras na mesma situação responderam ao chamado do exército e ocultaram suas verdadeiras identidades, mesmo correndo o risco de enfrentar a violência nas tropas.

Já outras deixaram a Ucrânia clandestinamente, o que pode ser punido criminalmente. Há quem tenha conseguido uma modificação no estado civil e escapado dessas dificuldades.

"Uma voluntária serve, por exemplo, como enfermeira, mas os militares não sabem que ela é transgênero", afirmou Iryksina.

Jahn, estudante de 20 anos com dreadlocks, que também não deu seu sobrenome, gostaria de integrar como voluntário homem nas unidades de defesa territorial, mas não pôde.

"Em minha certidão de nascimento, está escrito que meu sexo é feminino e as mulheres só são aceitas se tiverem experiência militar", disse.

Segundo Inna Iryksina, convencida que a maioria das pessoas trans gostariam de demonstrar seu patriotismo sem sofrer discriminação se tivessem a oportunidade, seu perfil não é exceção.

Medo da lei russa

Muitos temem a situação nos territórios conquistados pelo exército russo. "Não tenho notícias de duas pessoas lá", lamenta.

Na Rússia, os discursos favoráveis à comunidade LGBTQIA+ estão proibidos há quase dez anos, reforçando o estigma, de acordo com o Tribunal Europeu de Direitos Humanos.

Na Ucrânia, pelo contrário, a lei evoluiu rapidamente depois da revolução pró-ocidental de Maidan, em 2014. Agora, "já não é obrigatório estar operado" para obter os documentos certos, diz Iryksina.

"A terapia hormonal é suficiente", destaca.

No entanto, o processo ainda é longo e as ONGs pedem que não forcem as pessoas trans a seguirem tratamento se não for do seu desejo.

"Em fevereiro, era muito difícil encontrar hormônio e o preço aumentou muito" pela escassez de medicamentos, explicou.

A ativista sabe o que está falando: é ela que garante que as pessoas trans recrutadas no exército não fiquem sem tratamento. E assegura que há mais pessoas do que se pensa.

O ator americano Kevin Spacey, que em 2017 viu sua carreira bem-sucedida destruída por acusações de atentado ao pudor e agressão sexual que posteriormente foram retiradas, foi acusado nesta quinta-feira (26) no Reino Unido por agressão sexual a três homens.

A Scotland Yard abriu uma investigação após receber denúncias contra o anjo caído de Hollywood por supostas agressões que teriam sido parcialmente cometidas no bairro londrino de Lambeth, onde fica o famoso teatro Old Vic, do qual foi diretor artístico entre 2004 e 2015 .

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Após "uma revisão das evidências coletadas pela polícia de Londres", o Crown Prosecutor's Office anunciou que "autorizou processos criminais contra Kevin Spacey, 62, por quatro acusações de agressão sexual a três homens".

"Também foi acusado de fazer com que uma pessoa participasse de uma atividade sexual com penetração sem seu consentimento", afirmou Rosemary Ainslie, chefe da divisão de crimes especiais em Londres.

As acusações abrangem um período compreendido entre março de 2005 e abril de 2013.

Duas delas referem-se a agressões sexuais em março de 2005 em Londres contra um dos denunciantes. Outra agressão sexual envolveu um segundo denunciante em agosto de 2008, também com participação em atividades sexuais com penetração sem seu consentimento.

O ator é acusado de uma quarta agressão sexual contra um terceiro denunciante em abril de 2013 em Goucestershire, no sudoeste da Inglaterra.

Depois de receber reclamações de membros de sua equipe, o teatro Old Vic inicialmente encomendou uma investigação interna a um gabinete jurídico sobre o comportamento de seu ex-diretor artístico.

No total, "20 depoimentos pessoais de suposto comportamento inadequado de Kevin Spacey" foram coletados, afirmou.

Onda de acusações

Spacey, protagonista de filmes como "Beleza Americana" e a série "House of Cards", premiado com dois Oscars, foi alvo de várias denúncias nos Estados Unidos por assédio e agressão sexual em 2017.

Ele foi inicialmente acusado no estado de Massachusetts por ter colocado as mãos no órgão sexual de um garoto de 18 anos em um bar, depois de embriagá-lo, em julho de 2016. Essas acusações foram retiradas em 2019.

A onda de acusações que encerrou sua carreira foi concomitante ao surgimento do movimento #MeToo, que nasceu a partir do caso do todo-poderoso produtor de cinema americano Harvey Weinstein.

A última aparição de Spacey nas telas remonta a 2018, com a estreia do filme "Billionaire Boys Club".

Foi demitido de "House of Cards" e ficou de fora de um filme de Ridley Scott, "All the Money in the World", no qual foi substituído pelo ator canadense Christopher Plummer.

Em novembro de 2021, foi condenado a pagar US$ 31 milhões à MRC, produtora de "House of Cards", como indenização pelo prejuízo atribuído à sua saída dessa série bem-sucedida de intrigas políticas em Washington, na qual deu vida ao presidente inescrupuloso Frank Underwood.

No entanto, fez um retorno tímido ao cinema em junho de 2021 com as filmagens na cidade italiana de Turim de um longa-metragem dirigido pelo italiano Franco Nero e intitulado "L'uomo che disegno Dio" (O homem que desenha Deus, em tradução livre) no qual, de acordo com o produtor, interpreta um personagem secundário.

A autoestima dos homens brasileiros anda boa. De acordo com uma pesquisa encomendada pela revista CQ Brasil, apenas 3% dos homens brasileiros se consideram feios, enquanto 44% se veem como “medianos” e 6% não têm opinião formada sobre a própria aparência. Além disso, 28% dos brasileiros se acham mais inteligentes que a média das pessoas, contra 7% que se acham menos inteligentes.

Outros 7%, ao serem questionados sobre o homem brasileiro que mais admiram, responderam: “eu mesmo”. O levantamento ouviu 633 brasileiros e será detalhado na edição de maio da CQ Brasil, que chega às bancas e ao aplicativo Globo+ nesta quarta-feira (11).

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Contentes com a própria aparência, só 13% dos entrevistados já fizeram ou topariam fazer uma cirurgia plástica e 9% aplicaram ou aceitariam aplicar botox. Quanto à necessidade de suporte emocional, 16% dizem fazer terapia e 65% não teriam problema de iniciar o processo terapêutico.

Já em relação aos temas familiares, só 56% dos homens solteiros dizem ter vontade de se casar. Já a maior parte (62%) dos que não são pais desejam ter filhos.

Nesta terça-feira, 8, data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, uma publicação do 'Grupo Voto' - organização que se intitula como "principal hub de interlocução entre o alto empresariado e os escalões da política brasileira" -, virou alvo de polêmica. Isso porque, a entidade divulgou nas redes sociais a programação da semana especial para "fomentar a participação feminina na política". Mas, ironicamente, são apenas convidados homens.

Entre eles, o presidente Jair Bolsonaro, o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira, o ministro da Economia Paulo Guedes, o ministro da Infraestrutura Tarcísio Freitas e o vice-governador do Estado de São Paulo Rodrigo Garcia.

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A falta de representação feminina em um evento que leva o nome 'Ciclo Brasil de Ideias Mulher', chamou a atenção dos internautas. Em poucas horas, a publicação alcançou quase 2 mil comentários. A maioria classificou a decisão da organização como: "piada pronta" e uma espécie de "meme". Homens e mulheres criticaram a incoerência. "Cambada de fanfarrões", disse um deles.

Com a repercussão do post, o vice-governador Rodrigo Garcia compartilhou um comunicado nos stories do Instagram. Ele explicou que foi convidado para dar uma palestra sobre a participação feminina na política e as ações desenvolvidas pelo governo de São Paulo. Em seguida, justificou que não concorda com o ponto de vista - em relação ao assunto - das autoridades políticas que também irão participar do evento. "Faz acreditar que eu farei uma palestra ao lado de pessoas que pensam diferente de mim quando o assunto é defesa da mulher".

Sobre a ausência de mulheres na programação, o gestor argumentou que vai levar "as Secretárias de Estado do Governo de São Paulo".

Retrospectiva

A proximidade dos convidados com o assunto abordado no evento também foi questionada pelos internautas. Desde as últimas eleições presidenciais, Bolsonaro protagonizou falas machistas e sexistas. Em 2021, a Justiça Federal em São Paulo determinou que o governo federal pagasse R$ 5 milhões pelos danos morais após declarações do presidente e seus ministros, com ofensas contra mulheres.

O presidente chegou a declarar que cada mulher no governo "equivale por dez homens". Em outra situação, banalizou o turismo sexual no País: "o Brasil não pode ser o país do turismo gay", mas se alguém "quiser vir aqui fazer sexo com uma mulher, fique à vontade".

Na manhã desta terça-feira, Bolsonaro parabenizou as mulheres pela data comemorativa por meio da conta oficial no Twitter. Se referindo a solenidade realizada hoje no Palácio do Planalto, o chefe do País escreveu que o ato representa "muito mais que bonitos gestos, com proposições que visam melhorar a qualidade de vida de todos".

Durante a solenidade, ele defendeu a preservação dos valores familiares e a participação das mulheres "para o futuro de uma grande nação". Em seu discurso, afirmou que o atual governo tem recorde de participação feminina se comparado às gestões anteriores. Porém, a realidade do Brasil não se encaixa com a fala do presidente. O governo de Jair Bolsonaro tem apenas duas ministras dentro de um total de 22 pastas. Este é um dos piores índices de participação feminina no Executivo entre todos os países do mundo, revela a ONU.

Pesquisa da Universidade Estadual Paulista (Unesp) apontam caminhos que podem levar ao desenvolvimento de um anticoncepcional masculino. O estudo, publicado na revista Molecular Human Reproduction, mostra que a partir da proteína Eppin, que regula a capacidade de movimentação do espermatozoide é possível desenvolver medicamentos que controlem a fertilidade dos homens.

Segundo o professor do departamento de Biofísica e Farmacologia da Unesp, Erick José Ramo da Silva, a partir de experimentos feitos em camundongos foi possível identificar dois pontos da proteína que regulam a movimentação dos espermatozoides. “Ela tem um papel muito importante no controle da motilidade temática por interagir com outras proteínas que agora estão no sêmen. E essas proteínas, ao interagirem com a Eppin, promovem o ajuste fino da motilidade, o controle da motilidade”, explica o pesquisador que faz estudos na área há 20 anos.

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Segundo Silva, foram usados anticorpos para descobrir quais são os pontos da Eppin, que tem função semelhante nos camundongos e nos seres humanos, responsáveis por regular a movimentação célula reprodutiva masculina. Após a ejaculação, o espermatozoide precisa nadar para chegar ao óvulo e fazer a fecundação.

Porém, antes da ejaculação, os espermatozoides não se movimentam. O estudo trabalhou em identificar justamente qual é a interação que faz com que as células fiquem paradas antes do momento certo. “Quem impulsiona o espermatozoide para dentro é o próprio processo de ejaculação. Somente depois de alguns minutos da ejaculação é que o espermatozoide vai adquirir a motilidade progressiva para seguir a jornada dele”, detalha o professor.

Princípio ativo

Um medicamento que fosse capaz de interromper a movimentação dos espermatozoides seria um anticoncepcional com efeito quase imediato, afirma Silva.

O estudo, inciado em 2016, foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e teve parceria com os departamentos de Farmacologia e de Ciências Biológicas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), além do Instituto de Biologia e Medicina Experimental do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas, da Argentina.

Silva diz que, agora, as pesquisas devem continuar no sentido de buscar compostos ou moléculas que possam atuar nos pontos identificados pelo estudo. Essa nova etapa terá colaboração com cientistas da Inglaterra, de Portugal e da Universidade de São Paulo (USP).

O pesquisador conta, no entanto, que ao longo das últimas décadas, o desenvolvimento de um anticoncepcional masculino tem enfrentado dificuldades devido a falta de financiamento pelas indústrias farmacêuticas.

Anitta, durante conversa com a influenciadora Gkay, deu uma conselho bem ousado aos seus seguidores - um internauta, pela ferramenta caixinha de perguntas do Instagram, quis saber como que a funkeira lidava com homens que ficavam flertando com várias mulheres, ao mesmo tempo, fingindo querer ter um relacionamento sério.

"Eu trato igual um brinquedinho", afirmou Anitta.

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A Girl From Rio ainda revelou ter passado por essa situação recentemente.

"Aconteceu isso esses dias. Já sabia que ele era assim, mas queria ficar assim mesmo. Eu falei: me dá seu endereço. Fui lá, fiz o que tinha que fazer e sai. E ele querendo falar: ai, baby. E eu: que baby? Você vai namorar comigo, andar de mãos dadas na rua? Não vai. Então vamos, faz o que tem que fazer e vai embora. Acabou. Se quiser fazer de novo, me liga", concluiu.

Do futebol à natação, passando pelo atletismo e hipismo. Em Cabul, o novo diretor de esportes do Talibã afirma que os afegãos poderão praticar até "400 esportes". Mas ainda não pode garantir se as mulheres poderão praticar algum em público.

"Por favor, não me faça mais perguntas sobre as mulheres", insiste Bashir Ahmad Rustamzai, enquanto está sentado na grande cadeira do ex-presidente do Comitê Olímpico do Afeganistão, que fugiu do país, assim como os outros membros do governo anterior.

O recém-nomeado diretor afegão de Esportes e Educação Física é um ex-campeão de luta livre e kung fu.

Durante o primeiro governo do Talibã, ocupou a função de presidente da Federação de Kung Fu e depois trabalhou com o governo pró-Ocidente, com o qual acabou entrando em conflito pela "corrupção generalizada", afirma Rustamzai.

Ele diz que deve muito aos talibãs, a começar por sua liberdade. Foi preso pelo Executivo por ser próximo aos rebeldes, e solto em 15 de agosto, após sete anos de prisão, enquanto o Talibã tomava Cabul e o poder.

De pronto, Rustamzai diz à AFP que os talibãs evoluíram desde os anos 1990, quando usavam principalmente os estádios para executarem seus oponentes. Além disso, promete que desenvolverão o esporte "em todo país, que não será mais controlado apenas por homens e que as mulheres não serão mais proibidas", como temem os ocidentais.

"Tudo isso é propaganda! Não proibiremos nenhum esporte", insistiu.

Os afegãos - continua ele - não têm nada com o que se preocupar, já que poderão continuar praticando seus esportes favoritos: futebol, críquete e as artes marciais. E muitos outros, porque "mais de 400 esportes estão permitidos pelas leis do Islã".

Os talibãs têm apenas uma exigência: que todos os esportes "sejam praticados de acordo com a lei islâmica". Isso representa poucos problemas para os homens, explica: para cumprir com a sharia, precisam apenas cobrir os joelhos. Isso vale para todos os esportes", incluindo o futebol, explicou.

- Separadas dos homens -

Mas o que vai acontecer com as mulheres?

Nesta questão sensível, na qual o Ocidente espera uma mudança por parte do Talibã, o mulá Rustamzai caminha sobre areia movediça, embora tente tranquilizar, afirmando que há mudanças entre os talibãs.

Algumas declarações geram sérias dúvidas, porém.

Há uma semana, o funcionário talibã Ahmadullah Wasiq disse ao jornal australiano SBS que o governo não deve permitir que as mulheres joguem críquete, se estiverem expostas ao público.

"É possível que enfrentem uma situação em que seu rosto e corpo não estejam cobertos. O Islã não permite que as mulheres sejam vistas assim", destacou.

Depois das declarações de Ahmadullah Wasiq, a Austrália ameaçou cancelar a primeira partida histórica masculina entre os dois países, programada para ser disputada em novembro, em Hobart.

As mulheres ainda eram maioria entre os desempregados no segundo trimestre no País, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desocupação do País desceu de 14,7% no primeiro trimestre para 14,1% no segundo trimestre de 2021. Enquanto a taxa de desemprego foi de 11,7% para os homens, houve um resultado de 17,1% para as mulheres.

Por cor ou raça, a taxa de desemprego ficou abaixo da média nacional para os brancos, em 11,7%, muito abaixo do resultado para os pretos (16,6%) e pardos (16,1%).

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A taxa de desocupação para as pessoas com ensino superior incompleto foi de 16,5%, mais que o dobro do resultado para as pessoas com nível superior completo, cuja taxa foi de 7,5%.

Um estudo preliminar apresentado nesta semana pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) indica que a imunidade em vacinados com as duas doses da Coronavac é menor em homens com mais de 55 anos.

O professor Jorge Kalil detalhou os três parâmetros verificados na pesquisa. “A resposta de anticorpos contra o sars-cov-2, mais especificamente a três tipos de proteínas do coronavírus, responsáveis por sua estrutura e adesão às células; os anticorpos neutralizantes, ou seja, aqueles que de fato inativam o vírus; e a resposta celular, que acontece através de uma proliferação de células de defesa, os linfócitos, numa cultura de células do sangue, depois de estímulo com fragmentos do vírus, os chamados peptídeos das proteínas virais”.

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Terceira dose

Após analisar amostras de 70 pessoas que já tiveram coronavírus e 100 que receberam as duas doses do imunizante, com intervalo mínimo de quatro semanas, foi percebido que um terço do público teve uma resposta de anticorpos ou de células contra a doença.

"Nos homens com mais de 55 anos, não houve diferença no interferon-gama, mas sim na interleucina-2, o que aponta para uma possível dificuldade na produção de células T de memória, que garantem a resposta imune contra o vírus muito tempo após a vacinação”, acrescentou o professor Edécio Cunha Neto.

Retomada das etapas de vacinação

A baixa resposta ao vírus se mostrou acentuada a partir dos 80 anos. Por isso, os pesquisadores recomendam a terceira dose. "Isso demonstra bem que o regime vacinal que foi utilizado não é suficiente para dar uma razoável cobertura contra doença grave e contra morte”, adverte Kalil.

A indicação da Comissão Técnica de Assessoramento a Imunizações (Cetai) é que a terceira dose seja aplicada em quem tem mais de 80 anos e, quando possível, sejam aplicadas em pessoas com mais de 60.

Imunizante para a terceira aplicação

“Muito provavelmente será aplicada uma vacina heteróloga, ou seja, uma outra vacina que não a Coronavac, preferencialmente ou AstraZeneca ou Pfizer”, pontua o cientista.

Os resultados já eram esperados pelo grupo, que mesmo assim, ressalta que as vacinas ainda são a melhor forma de se proteger da doença.

A pesquisa segue para definir qual imunizante é o mais adequado para a terceira dose. "Esse estudo encontra-se em andamento e espera-se que em um mês já tenhamos esses resultados, o que é muito importante para a definição de qual vacina será usada na terceira dose”, concluiu o professor.

Procedimento comum entre as mulheres, o congelamento de óvulos permite que o sonho de ser mãe possa esperar mais um pouco. Já o congelamento seminal vai além, pois o sêmen congelado pode ficar armazenado por décadas, aguardando para a paternidade se tornar realidade.

“Há alguns anos as pessoas estão adiando a paternidade e a maternidade, principalmente focando na parte profissional e até mesmo na qualidade de vida, acham que podem adiar um pouco para ter os filhos e isso é muito comum. Os casais que nos procuram serão pais muito mais velhos que foram nossos pais e isso é uma tendência da sociedade em geral”, observa o médico especialista em urologia da Huntington Medicina Reprodutiva, Guilherme Wood.

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No entanto, para a maioria dos homens que optam pelo congelamento seminal, o procedimento é uma opção para preservar a qualidade dos espermatozóides antes de uma cirurgia complexa, para aqueles que têm alguma doença ou, mais comumente, e para os que realizarão um tratamento de câncer, explica Wood.

“A maioria dos homens que fazem o congelamento seminal são aqueles que vão passar,  por exemplo, por um tratamento de câncer e que sabe que terá piora da qualidade do sêmen depois do tratamento, ou pacientes que vão passar por alguma cirurgia”.

No caso do publicitário Fábio Fernandes, de 46 anos, ele descobriu uma varicocele [dilatação das veias que drenam o sangue testicular devido à incompetência das válvulas venosas, associada ao refluxo venoso] ao tentar ter mais um filho com a segunda esposa. “Tive uma filha em 2005 no primeiro casamento. Em 2011 casei novamente e a partir de 2017 tentamos engravidar. Já nos primeiros exames descobrimos uma varicocele não tratada. Descobrimos que eu tinha uma azoospermia atípica”.

Ele fez duas cirurgias de varicocele, em 2017 e em 2019. “O resultado foi ótimo, permitiu o congelamento de um sêmen de excelente qualidade, mas nesse período não fizemos congelamento de óvulos e agora seguimos com dificuldades, provavelmente pela idade da minha esposa, que tem 38 anos hoje”, relata. Fábio considera importante conscientizar os homens sobre o congelamento. “A  exemplo do que tem sido feito com as mulheres em relação aos óvulos, os urologistas muitas vezes não esclarecem aos homens os riscos de infertilidade de uma varicocele no início”, lamenta o publicitário.

No momento, Fábio e a mulher têm dois embriões congelados, e estão avaliando se seguem tentando ter mais ou se partem para a implantação. “O material segue congelado e é preparado como "stand by", ou seja, uma reserva a cada tentativa de fertilização que fazemos. Nas cinco feitas até agora o sêmen à fresco segue dentro dos parâmetros normais, então a reserva congelada não precisou ser utilizada”.

Na opinião do paciente, é importante conscientizar os homens sobre a fertilidade masculina. “Acho de maior interesse público, como o nosso caso, é que médicos e pacientes têm que estar mais conscientes da necessidade de discutir o congelamento dos gametas de pessoas, casadas ou não, que desejam ser mães e pais um dia. A falência da produção de óvulos é programada, mas a dos espermatozóides também pode acontecer,  por uma "simples" varicocele, stress térmico ou por outros fatores que a ciência não domina”.

Diferenças entre o congelamento de óvulos e de sêmen

O médico Guilherme Wood ressalta as diferenças entre o congelamento de óvulos e de sêmen. “As mulheres têm um relógio biológico que é implacável, porque elas já nascem com os óvulos semi prontos, vamos dizer assim, e eles vão amadurecendo a cada ciclo menstrual. E em cada ciclo, ela está perdendo óvulos que ficarão mais velhos e vão diminuindo em quantidade. Quando ela passa dos 37, 38 anos, a fertilidade dela cai com muita velocidade e vai se tornando cada vez mais difícil conseguir engravidar tanto naturalmente e até mesmo por tratamento de reprodução. E quando chega a menopausa, ela não vai mais conseguir engravidar com óvulos próprios”, pontuou Wood.

Nos homens, é muito diferente, o médico detalha. “Os homens produzem espermatozóides durante toda a vida, a não ser que haja um problema testicular, ou outra causa, mas se não houver nenhum problema, um homem de 90 anos continua produzindo espermatozóides todos os dias, então ele é capaz de alcançar um gestação na mulher”.

O que não significa que a qualidade seminal seja a mesma sempre, frisa o médico. “A maioria dos trabalhos científicos diz que a partir dos 45 anos começa a ter mais risco de algumas doenças neurológicas nos filhos de pais mais velhos, como autismo e esquizofrenia. Não é um aumento muito relevante, mas existe sim esse risco aumentado em filhos de pais que tem mais de 45 anos”.

Um dos estudos mais recentes, “Efeito da idade paterna nos defeitos congênitos da prole: uma revisão sistemática e meta-análise”, indicou que a idade paterna está associada a um aumento moderado na incidência de anomalias urogenitais e cardiovasculares, deformidades faciais e distúrbios cromossômicos.

Idade para congelar o sêmen

Ainda não é comum os homens congelarem sêmen por serem jovens, completa o especialista. “Diferentemente das mulheres, que cada vez mais optam por congelar os óvulos quando estão chegando numa idade em que elas ainda não querem engravidar, mas querem preservar sua fertilidade, nos homens isso é muito menos definido. Mas sabemos que a partir dos 45, 50 anos, a maioria dos trabalhos científicos mostra que pode haver um maior risco de doenças associadas a filhos de pais mais velhos”, frisou.

Esse corte por idade para os homens é bem mais alto do que para as mulheres, já que para elas  o recomendável é congelar óvulos até 35 anos. “Geralmente o congelamento seminal é feito por motivo de doenças, mas se fosse para pensar numa data específica eu diria que 40 a 45 é a época ideal para congelar o sêmen, pensando em ter filhos com sêmen mais jovem”, recomenda o médico.

Custos

Os homens que desejam realizar o congelamento seminal precisam desembolsar cerca de R$3 mil para o procedimento e depois R$100 mensais para manter o material genético congelado. Ainda assim, o procedimento tem o custo bem menor que o congelamento de óvulos, que custa cerca de R$ 15 mil (valor para estimulação ovariana, coleta e congelamento), além do valor de manutenção dos óvulos congelados, cerca de R$ 1000 por ano.

“O congelamento de sêmen não é um procedimento caro, ao contrário do congelamento de óvulos que envolve medicações caras e procedimentos cirúrgicos para coleta dos óvulos. A coleta de sêmen é muito fácil, é uma coleta realizada por masturbação. A taxa do congelamento seminal varia em torno de R$3 mil e a mensalidade cerca de R$ 100 por mês para manter esse sêmen congelado. O sêmen congelado se preserva por décadas, temos amostras seminais muito antigas que já foram descongeladas e que mantém sua qualidade”, considera o especialista.

As amostras de sêmen são criopreservadas - mantidas em solução crioprotetora - em containers de nitrogênio líquido à 196ºC negativos e permanecem armazenadas por tempo indeterminado.

Na avaliação de Wood, a procura por congelamento seminal é igual entre casais homoafetivos  e heteroafeitvos. “Não reparo essa demanda maior entre homoafetivos. Porém o tratamento dos casais homoafetivo é bem mais complexo quando são dois homens, porque envolve uma terceira pessoa, o casal vai precisar de um útero de substituição, que é o nome mais correto para a barriga de aluguel, então vai ser preciso uma mulher que vai gestar esse filho,  é um tratamento que é muito mais caro e trabalhoso para este casal do que quando é um casal homoafetivo feminino”.

Legislação

No Brasil, segue-se a RDC 23/2011,  e as normativas do Conselho Federal de Medicina, que atualizou recentemente as normas para utilização das técnicas de reprodução assistida no Brasil.

De acordo com a legislação vigente no Brasil, os homens que desejam congelar, ou mesmo doar seus espermatozóides, devem passar por uma bateria de testes para marcadores de doenças infecto-contagiosas.

“É obrigatória a realização de uma triagem sorológica que inclui, por exemplo, hepatite B e C, HIV, HDLV, [entre outros]. Esses pacientes também fazem a sorologia para o vírus Zika, que ainda está vigente. É feita essa triagem e aqueles indivíduos que têm uma triagem negativa passam pela coleta dos espermatozoides. O congelamento dos espermatozóides geralmente utiliza a técnica de nitrogênio liquido”, detalhou o chefe do Departamento de Infertilidade Masculina da Sociedade Brasileira de Urologia Seccional de São Paulo, o urologista Sandro Esteves.

Pacientes que querem congelar para preservar seus espermatozóides tem que fazer as sorologias obrigatórias pela RDC 23, “mas é só para a rotina de armazenamento”, explicou o urologista Guilherme Wood. “As amostras de pacientes com sorologia positiva são tratadas de forma diferente, elas são armazenadas em tanques separados”, completou o especialista.

Esteves ressaltou que a RDC não limita a idade do paciente que queira congelar seu próprio sêmen. “Não tem um limite de idade quando o paciente quer congelar sêmen, mas sabemos que homens com mais de 45 anos têm um queda na qualidade dos espermatozoides, inclusive queda na qualidade do material genético que poderia aumentar o risco de desfechos adversos, inclusive alguns estudos indicando um potencial risco de defeitos na prole”, reforçou o urologista.

Bushra Shah finalmente realizou seu "sonho de infância": fazer a grande peregrinação a Meca. E ela fez isso sozinha, beneficiando-se da recente decisão da Arábia Saudita de permitir que as mulheres cumprissem esse rito essencial do Islã sem uma escolta masculina.

Este ano, o ministério encarregado da peregrinação, o hajj, autorizou as mulheres, sem distinção de idade, a irem sem um "tutor", ou "guardião", ou seja, sem um membro masculino da família, podendo partir em grupo.

"É um sonho que se tornou realidade. Meu sonho de infância era fazer o hajj", disse Bushra Shah à AFP.

Para essa mãe de família paquistanesa, passar pela peregrinação com o marido e o filho teria sido uma distração que a teria impedido de "se concentrar totalmente nos rituais".

Vestindo roupas brancas que cobrem todo corpo, exceto o rosto, ela é uma dos 60.000 residentes da Arábia Saudita selecionados para participar do hajj. Pelo segundo ano consecutivo, a cerimônia acontece em um formato reduzido, devido à pandemia da covid-19.

"Muitas mulheres também virão comigo. Estou muito orgulhosa de que agora somos independentes e não precisamos de um tutor", celebra, antes de se despedir do marido.

Seu marido, Ali Murtado, conta que a "encorajou muito" a viajar sozinha, após a decisão do governo de proibir crianças de participarem do hajj este ano.

Antes, as autoridades exigiam a presença de um companheiro do sexo masculino para todas as mulheres com menos de 45 anos. Isso impedia milhares de muçulmanas no mundo de participarem de um dos cinco pilares do Islã, o qual todo fiel deve seguir, se tiver capacidade física e financeira.

"Hajj sem guardião é um milagre", disse à AFP Marwa Shaker, uma egípcia que mora em Riade.

Em Meca, com três amigas, esta mãe de três filhos, funcionária de uma organização internacional, tentou várias vezes cumprir o hajj antes da pandemia. Não conseguiu, porque seu marido não pôde acompanhá-la.

- Abertura com muitas nuances -

Apesar do novo regulamento, cuja data de entrada em vigor não estava muito clara, algumas agências de viagens relutam em aceitar mulheres que viajam desacompanhadas de uma figura masculina, apurou um jornalista da AFP.

Desde a ascensão do príncipe herdeiro e líder de facto do reino, Mohamed bin Salman, a Arábia Saudita empreendeu reformas sociais, especialmente no que diz respeito aos direitos das mulheres, na tentativa de melhorar a imagem internacional deste país ultraconservador.

Agora, as mulheres podem dirigir, ou viajar, sem um tutor masculino. Essa abertura é acompanhada, no entanto, de uma rejeição implacável às vozes críticas ao poder, com inúmeras ativistas dos direitos femininos detidas, ou na mira da Justiça.

Homens armados sequestraram 140 estudantes na região noroeste da Nigéria, na madrugada de segunda-feira (5) - informou um professor, no episódio mais recente de uma longa lista de ações do tipo contra centros de ensino.

Os criminosos armados escalaram uma cerca para entrar no internato da Bethel Secondary School, na cidade dede Chikun, estado de Kaduna, onde dormiam 165 alunos.

"Os criminosos levaram 140 estudantes, 25 conseguiram escapar", disse à AFP Emmanuel Paul, professor da escola.

O porta-voz da polícia do estado de Kaduna, Mohammed Jalige, confirmou o ataque, mas não citou o número de estudantes sequestrados.

"Equipes táticas da polícia estão procurando os sequestradores. Ainda estamos na missão de resgate", afirmou.

Quase 1.000 estudantes foram sequestrados em vários estados nigerianos. Muitos foram soltos após negociações com autoridades locais, mas alguns continuam em cativeiro.

Grupos criminosos aterrorizam as regiões noroeste e central do país mais populoso da África, com ataques a cidades, roubo de gado e sequestro de personalidades locais, ou viajantes, para exigir o pagamento de resgate.

Desde o início do ano, os grupos parecem ter fixado escolas e universidades como alvo.

Eles operam de acampamentos localizados na floresta de Rugu, que se estende pelos estados nigerianos de Zamfara, Katsina e Kaduna, assim como pelo Níger.

Apesar da ação estimulada pelo lucro, alguns são próximos a grupos extremistas islâmicos presentes no nordeste da Nigéria, a centenas de quilômetros de distância.

- Terceiro ataque em três dias -

Este foi o terceiro grande ataque em Kaduna nos últimos três dias, e o quarto sequestro de estudantes, desde dezembro.

O governador de Kaduna, Nasir Ahmad El Rufai, é um dos líderes políticos que mais insistem na mensagem de não se pagar resgate aos grupos criminosos.

No domingo (4), ao menos oito funcionários de um hospital do estado foram sequestrados, segundo a polícia. Fontes locais afirmam, no entanto, que 15 pessoas foram feitas reféns.

Sete pessoas morreram em ataques no domingo à noite em cidades vizinhas, informou o secretário de Segurança do governo de Kaduna, Samuel Aruwan.

O presidente Muhammadu Buhari, um ex-general que está no poder desde 2015, prometeu acabar com as atividades dos grupos criminosos, mas os sequestros em larga escala são apenas um de seus muitos desafios.

As forças de segurança nigerianas combatem desde 2009 a insurgência extremista no nordeste do país, um conflito que matou 40.000 pessoas e deixou quase dois milhões de deslocados.

De janeiro a abril deste ano, a região Nordeste registrou mais contratações de mulheres do que homens. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (10) pela Secretaria de Trabalho, Emprego e Qualificação de Pernambuco (Stqe), 53.940 mulheres conseguiram emprego, ante 34.636 vagas ocupadas por profissionais do sexo masculino.

De acordo com a Stqe, no cenário pernambucano, o período de janeiro a abril registrou 3.057 desligamentos de homens, enquanto 8.220 mulheres foram admitidas. Em 2020, 14 mil mulheres perderam o emprego em Pernambuco.

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Na avaliação do secretário de Trabalho, Emprego e Qualificação, Alberes Lopes, existem fatores que explicam uma maior quantidade de mulheres contratadas na comparação com os trabalhadores. “O resultado é fruto de políticas públicas, da visão diferenciada dentro da iniciativa privada no Estado e da dedicação das mulheres, que se desdobram para assumir a renda de casa para ter mais independência e criar os filhos”, comentou.

Pernambuco, Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe e Alagoas são os estados em que o número de contratações de mulheres superou o dos homens. A nível local, das 184 cidades pernambucanas, o saldo de admissão de mulheres superior ao de homens foi registrado em 43 municípios.

Segundo a Stqe, as dez cidades que mais ofereceram empregos para trabalhadoras foram “Petrolina (1.408), Olinda (809), Garanhuns (556), São José do Belmonte (284), Ipojuca (258), Lagoa Grande (181), Igarassu (86), Cabo de Santo Agostinho (82), Moreno (64) e Afogados da Ingazeira (58)”.

“As mulheres ocuparam postos nas áreas de serviço administrativo, vendedoras do comércio, técnicas de nível médio, profissionais de ciências, entre elas, profissionais das ciências biológicas, saúde e afins. Em Petrolina, que ficou em primeiro lugar no ranking, elas foram mais absorvidas por trabalhos agropecuários. Em Olinda, foram mais admitidas na área de serviços, enquanto, em Garanhuns, as principais oportunidades abriram para vendedoras e prestadoras de serviços de comércio. Os dados são do Cadastro Geral de Empregos e Desempregados, que analisa apenas os empregos celetistas, intermitentes, e temporários, além de admissões de jovem aprendiz”, detalhou a Stqe.

Durante um estudo recente, pesquisadores descobriram um novo biomarcador para identificar pacientes do sexo masculino com COVID-19, que apresentam maior risco de admissão em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). As descobertas apresentadas no Simpósio de Primavera de 2021 da Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia (EADV), nessa quinta-feira (6), sugeriram que os homens com fenótipos sensíveis ao hormônio sexual masculino andrógeno (alopecia androgenética) têm maior probabilidade de apresentar doença Covid-19 grave.

Os cientistas estudaram a associação entre o gene do receptor de andrógeno (RA) e o vírus, após observar o número desproporcional de homens hospitalizados com Covid-19 apresentando alopecia androgenética (uma forma comum de queda de cabelo) em comparação com o número esperado em uma população de mesma idade (79% vs. 31-53%).

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A doença é conhecida por ser controlada por variações no gene RA, que afeta a sensibilidade do corpo aos andrógenos (hormônios como a testosterona). Além disso, uma enzima implicada na infecção por Covid (TMPRSS2) é regulada por um elemento de resposta de andrógeno, o que signinica que também pode ser afetada por variações no gene AR.

Como a região de repetição de poliglutamina (repetição de CAG) localizada no gene RA está associada à sensibilidade a andrógenos e à alopecia androgenética, a pesquisa procurou identificar a conexão entre o comprimento da região de repetição CAG e a predisposição para o aumento da gravidade da doença.

Um estudo prospectivo de 65 homens hospitalizados e positivos para a Covid-19 mediu a duração da repetição RA-CAG de cada paciente. Os pesquisadores descobriram que os internos do sexo masculino com uma repetição CAG abaixo de 22 nucleotídeos (CAG <22) eram significativamente menos propensos a serem admitidos na UTI do que os pacientes com uma contagem de CAG maior ou igual a 22 nucleotídeos (CAG? 22; p = 0,05).

Andy Goren, Diretor Médico e correspondente de Biologia Aplicada na cidade de Irvine, na Califórnia, explica: "Nossos dados mostram que pontuações RA-CAG mais longas estão associadas às formas mais graves da Covid-19 e indicam que a duração da repetição RA-CAG pode ser usado como biomarcador para ajudar a identificar pacientes do sexo masculino com quadros de maior risco”.

O especialista continua e diz também que a “identificação de um biomarcador conectado com o receptor de andrógeno é outra evidência que destaca o importante papel dos andrógenos na gravidade da doença COVID-19."

Outras pesquisas conduzidas por Goren e sua equipe, relatadas no Simpósio de Primavera EADV, exploram uma nova terapia promissora para a Covid usando um novo antagonista do receptor de andrógeno para regular a expressão de TMPRSS2 e possivelmente tratar pacientes infectados.

"Esta pesquisa demonstra o valor científico da dermatologia, oferecendo insights importantes sobre o papel da genética e sua ligação com a doença Covid. É um excelente exemplo de alguns dos resumos pioneiros apresentados no Simpósio de Primavera da EADV este ano", disse o Prof. Lidia Rudnicka, Membro do Conselho da EADV e professora da Universidade Médica de Varsóvia, na Polônia.

 Dois homens foram presos por praticarem consecutivos estupros contra uma menina de 11 anos de idade portadora de deficiência intelectual, no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. O primeiro deles, de 53 anos, era vizinho da vítima e praticava os abusos em um imóvel abandonado, para onde atraía a criança e mostrava-lhe vídeos pornográficos, oferecendo-lhe ainda dinheiro. O segundo, de 47 anos, era seu padrasto e praticava os estupros quando a mãe da menina saia de casa para ir à igreja.

O vizinho teve mandado de prisão temporária expedida pela Segunda Vara Criminal de Jaboatão dos Guararapes cumprido na última sexta (12), por policiais civis da 2aDPCCAI. Ele infringiu os Artigos 69, 71 e  217-A do Código Penal c/c Art. 1º inciso VI da Lei dos Crimes Hediondos (Lei nº 8.079/90).

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O padrasto já havia sido preso no dia 10 deste mês, com base em mandado expedido pela Primeira Vara Criminal. Ele foi casado com a mãe da vítima por 11 anos. De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, o casal só se separou “quando o caso foi ‘denunciado’”.

A música "WAP", de Cardi B e Megan Thee Stallion, cujo clipe foi lançado em agosto, ainda causa polêmica. Em entrevista à revista GQ, Megan disse que sempre precisa explicar a letra da canção e que os homens têm medo do hit. "Algumas pessoas simplesmente não sabem o que fazer quando uma mulher está no controle e se apropriando de seu próprio corpo. Por muito tempo, sinto que os homens se sentiram donos do sexo, e agora as mulheres estão dizendo: 'Ei, isso é para mim. Eu quero prazer. É assim que eu quero ou não quero. Isso assusta os homens", disse.

O assunto veio à tona quando o comentarista estadunidense Ben Shapiro publicou um vídeo em seu canal no YouTube onde canta "WAP" e desaprova a letra. 

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"Isso vem de um lugar de medo e insegurança, como por que alguém ficaria bravo com o meu WAP? Pertence a mim", disse Megan. Cardi B também defendeu a música no início do ano, quando afirmou que as pessoas que ela mais incomoda são "conservadores" ou "cegamente religiosos". "A questão é que eu cresci ouvindo esse tipo de música. Outras pessoas podem achar que é estranho e vulgar, mas para mim é quase normal", comentou a cantora ao Dazed.

 

Para assegurar a limpeza da faixa de areia e do calçadão no município de Olinda, na Região Metropolitana do Recife, devido ao grande movimentação nas praias com a retomada das atividades e a proximidade do verão, a quantidade de reeducandos que realizam as atividades na área subiu de 36 para 54 homens, o que significa um reforço de 50% da mão de obra. Supervisionados pelo Patronato Penitenciário, entidade da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) de Pernambuco, eles cumprem regime aberto e livramento condicional.

Durante toda a semana, os reeducandos, que são distribuídos em dois turnos – o primeiro das 7h às 12h e o segundo das 12h às 14h -, realizam a limpeza da área que vai da Paia dos Milagres até Rio Doce. Por meio de parceria com a Prefeitura de Olinda, a ação objetiva empregar os reeducandos e reinserí-los à sociedade por meio do trabalho, que oferece um salário mínimo, alimentação e transporte.

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"Os reeducandos que trabalham na limpeza das praias de Olinda fazem um trabalho indispensável para a sociedade, que encontra o local limpo no horário de lazer. Através da empregabilidade a cidade também promove o resgate deles como cidadãos, hoje o convênio com a prefeitura de Olinda emprega 272 reeducandos”, conta o superintendente do Patronato Penitenciário, Josafá Reis, de acordo com a assessoria de comunicação do Patronato Penitenciário. 

As mulheres possuem menor probabilidade de possuírem aparelhos digitais e terem acesso à internet na América Latina. As desigualdades de gênero se estendem no acesso a dispositivos e recursos tecnológicos, reforçando a iniquidade das mulheres na região.

A conclusão é de um relatório lançado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento e pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). O estudo foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

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Em 23 países analisados, a propriedade de telefones móveis é majoritariamente maior entre homens do que mulheres. As diferenças mais acentuadas ocorrem no Equador, em El Salvador, na Guatemala, em Honduras, em Trindad e Tobago e na Venezuela.

Em cinco dos 23 países estudados, esta tendência se inverte. Isso ocorre na Argentina, no Brasil, no Chile, no Haiti e no Panamá. Na Jamaica, os índices são semelhantes. Na evolução dos índices, as mulheres chegaram a possuir uma possibilidade maior em 2007, mas desde então a brecha de gênero favoreceu os homens. Nos últimos anos este movimento vinha diminuindo, quando começou a aumentar novamente.

“O hiato digital de gênero vinha sendo gradualmente reduzido ao longo do tempo, mas nos últimos cinco anos ocorreu aparentemente uma piora. Além disso, características como gênero, situação socioeconômica e localização da residência interagem produzindo múltiplas camadas de desvantagem para as mulheres”, afirmam os autores.

Nesse entrecruzamento de fatores, as mulheres com baixo nível educacional residentes em áreas rurais são as mais afetadas. Este é o grupo com taxas mais baixas de acesso à internet, ficando mais excluído das informações e aplicações disponibilizadas no âmbito da Rede Mundial de Computadores.

O apontamento da desigualdade no uso de tecnologias da informação é justificado pelos autores também como tema relevante uma vez que o acesso ao telefone também possibilita a participação de práticas importantes, sejam elas de comunicação pessoal, interação social ou facilitação da atividade econômica.

Além disso, os responsáveis pelo estudo identificaram também uma correlação entre os hiatos digitais e situações de vulnerabilidade, como empregos precários.

Facebook

A pesquisa analisou também o acesso à maior rede social do mundo, o Facebook. O uso da plataforma foi considerado alto na região, especialmente na faixa de 20 a 30 anos. Na comparação entre 2018 e 2020, foi registrada uma queda na faixa de jovens abaixo de 25 anos e um aumento entre as pessoas acima desta idade.

Os maiores índices de penetração entre mulheres ocorre nos países Aruba, Argentina, Equador, México e Uruguai. Em vários países elas possuem acesso maior do que eles, como Brasil, Argentina, Venezuela, Chile, Suriname e Uruguai.

Para os autores, em um contexto em que a pandemia evidenciou a conectividade como um bem público, o “caminho para a igualdade ainda é longo”, seja na posse de tecnologias digitais seja no acesso à Internet.

Para além de cerca de 36% da população ainda não ter acesso à Rede Mundial de Computadores, segundo a União Internacional de Telecomunicações, as diferenças dentro do acesso, como as de gênero, erguem barreiras ainda maiores para uma acesso equânime.

“Se as diferenças no acesso às tecnologias da informação e comunicação, em geral, e aos telefones móveis, em particular, não forem abordadas com eficácia, as desigualdades existentes no mundo, como as que ocorrem entre homens e mulheres, poderão ser exacerbadas”, concluem os responsáveis pela pesquisa.

Sucesso no mundo da moda, a Gucci está com mais uma novidade. A marca lançou recentemente um vestido destinado apenas para os homens, com laço na cintura. O vestido cor de laranja e tecido xadrez está avaliado em US$ 2,6 mil, cerca de RS 15 mil. Segundo descreve a marca na internet, a novidade rompe "estereótipos tóxicos que moldam a identidade de gênero masculina".

A grife italiana ainda ressalta que a roupa pode ser costumizada com calça jeans. De acordo com a Gucci, o vestido "vem em cores delicadas que refletem a ideia de fluidez explorada no desfile outono/inverno 2020". A peça também tem inspiração no estilo grunge dos anos 1990. A Gucci garante que a vestimenta é confeccionada em tecido 100% algodão.

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