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A Promotoria de Roma, na Itália, abriu uma investigação nesta segunda-feira (7) para analisar um ataque realizado por dois homens de um clã mafioso contra um romeno e uma jovem com deficiência, informou o jornal "La Repubblica".

Os protagonistas do ataque foram Antonio Casamonica e seu primo, Alfredo Di Silvio, e a ação deles foi gravada por uma câmera de segurança.

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Segundo as autoridades, os criminosos exigiram atendimento prioritário, antes dos outros clientes, no entanto, um jovem romeno contestou o pedido e foi agredido com chutes e socos. Uma mulher deficiente tentou apartar a briga, mas também foi alvo da agressão.

Poucos minutos depois de saírem do estabelecimento, Casamonica e Di Silvio voltaram ao local para agredir o atendente e quebrar o bar.

A prefeita de Roma, Virginia Raggi, afirmou que a ação é uma "agressão inaceitável" e pediu para que a máfia fosse removida da "cidade eterna". 

Da Ansa

Após uma averiguação policial realizada nessa segunda-feira (23), foi encontrado um plantio de maconha cultivado por quatro homens no Assentamento Alegre, localizado na Fazenda Mucambo, na zona rural de Orocó, no Sertão de Pernambuco. Os suspeitos irão responder por tráfico e associação para o tráfico.

Segundo a polícia, foram encontradas duas mil covas, totalizando aproximadamente dez mil pés de maconha, além de 488g de sementes da mesma droga. O efetivo prendeu os suspeitos ainda dentro das roças. Eles foram encaminhados juntamente com o material apreendido para a Delegacia de Cabrobó, onde foram autuados em flagrante delito.

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Por André Cabral

Os homens na França pagarão 25% a mais do que as mulheres ao comprarem nesta quinta-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o jornal Libération, uma campanha para alertar sobre a diferença salarial entre os sexos.

"O lucro potencial será doado ao Laboratório da Igualdade", uma associação que luta pela equiparação profissional entre homens e mulheres, informou o jornal.

"Apesar da lei, a diferença salarial entre homens e mulheres continua sendo de 25% na França. Para ressaltar esta injustiça, o Libération decidiu aplicar, por um dia, a mesma diferença no preço de venda", ou seja 2,50 euros para os homens e 2 euros para as mulheres, afirma o jornal em sua primeira página.

Excepcionalmente, o jornal também apresenta nesta quinta-feira primeiras páginas diferentes, de acordo com o sexo de quem compra. Uma com a ilustração de um homem e menção "para os homens 2,50 euros" e a outro com a de uma mulher e a frase "Para as mulheres 2 euros, o preço normal".

"Nosso gesto para este 8 de março, embora simbólico, talvez tenha um efeito: o de uma recordação", afirma o diretor de redação do jornal francês, Laurent Joffrin, em um editorial.

De acordo com a agência europeia de estatísticas Eurostat, para cada euro recebido por um homem na União Europeia (UE) em 2016, uma mulher recebeu em média 84 centavos.

O Escritório de Estatística da União Europeia (UE) divulgou um estudo que aponta as particularidades da desigualdade salarial na Europa. A análise mostra que, em média, a cada euro recebido por um homem, as mulheres ganham cerca de 84 centavos  – 16% a menos.

O relatório ainda aponta que a porcentagem varia de acordo com os países: na Romênia, a diferença é de 5%, já na Estônia, o número atinge 30%.

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Entre os países que registraram desigualdades salariais abaixo dos 10%, estão: Romênia (5,2%), Itália (5,3%), Luxemburgo (5,5%), Bélgica (6,1%), Polônia (7,2%), Eslovênia (7,8%) e Croácia (8,7%).

Por outro lado, os países com desigualdades superiores a 20% são: Estônia (25,3%), República Tcheca (21,8%), Alemanha (21,5%), Reino Unido (21,0%) e Áustria (20,1%).

Todos os 955 mineiros que estavam presos debaixo da terra na África do Sul desde a noite de quarta-feira (31) por um corte de energia elétrica foram resgatados na madrugada desta sexta-feira (2), anunciou a a empresa Sibanye Gold.

"Todos saíram", afirmou James Wellsted, porta-voz da Sibanye Gold. "O incidente não provocou nenhuma vítima, apenas alguns casos de desidratação e de pressão arterial elevada, mas nada grave", disse o representante da empresa.

O corte de energia provocado por uma tempestade na quarta-feira à noite paralisou os elevadores, o que impediu a saída de quase toda a equipe do turno da noite da mina Beatrix, que fica próxima da cidade de Wilkom, centro do país.

Depois de várias horas de trabalho, as equipes de resgate conseguiram restabelecer a energia elétrica e acionar os elevadores. "Viveram uma experiência traumática", admitiu o porta-voz da empresa.

Os geradores da mina que deveriam ser ativados no caso de um corte de energia elétrica não funcionaram, reconheceu Wellsted.

Várias famílias, mantidas a uma certa distância pelos agentes de segurança da mina, esperava com nervosismo ter notícias de seus parentes.

"Não tenho notícias desde as 21h00 de ontem à noite", disse à AFP na quinta-feira a mulher de um mineiro que pediu para não ser identificada.

"Normalmente me liga às 05H00, mas esta manhã seu chefe me ligou para me dizer que a mina estava sem luz", acrescentou a mulher.

"Isto começa a demorar (...) Meu Deus, tomara que consiga sair esta noite", disse.

Innocentia, a mulher de outro mineiro, não perdeu a esperança durante todo o incidente.

"Somos otimistas, nos disseram que estão bem", afirmou.

- Tempestade -

A tempestade que atingiu na quarta-feira à noite a mina, que fica 290 quilômetros ao sudoeste de Johannesburgo, danificou o cabeamento de alimentação elétrica do local.

Uma parte da infraestrutura foi consertada durante o dia, acrescentou Wellsted.

"Durante a noite houve uma tempestade na província de Free State (centro) que provocou o corte de energia na mina", declarou Wellsted na quinta-feira.

A Associação do Sindicato de Mineradores denunciou "a falta de planos de resgate na mina em termos de fontes alternativas de eletricidade" e falou de um "incidente muito grave, levando em conta o elevado número de mineiros bloqueados".

A principal central sindical do país, Cosatu, pediu imediatamente "uma investigação sobre este acidente" e exigiu que a companhia seja responsabilizada por negligência.

Os acidentes em minas são frequentes na África do Sul, que possui as mais profundas no mundo. Em 2015 morreram 77 pessoas em minas, segundo a Câmara Sul-Africana de Minas.

Em agosto do ano passado, morreram cinco trabalhadores em uma mina de ouro perto de Johannesburgo após um deslizamento.

Durante décadas, as minas, particularmente de ouro, foram o único motor de crescimento da economia sul-africana. No entanto, sua produção caiu recentemente devido ao esgotamento de suas reservas.

A desigualdade entre homens e mulheres voltou a crescer este ano, pela primeira vez após uma década de avanços constantes em matéria de igualdade entre sexos, informou nesta quinta-feira o Fórum Econômico Mundial (WEF).

O relatório anual do WEF sobre a igualdade entre homens e mulheres envolve 144 países e analisa a situação entre sexos nas áreas de trabalho, educação, saúde e política.

O estudo avalia que mantido o ritmo atual, as desigualdades entre homens e mulheres no trabalho persistirão até 2234 (por mais 217 anos), quando no ano passado a previsão era de 170 anos para se atingir este objetivo.

Pelo quarto ano consecutivo se ampliou o abismo entre sexos na área trabalhista, um retrocesso ao nível de 2008, assinala o relatório.

Globalmente, o ano de 2017 "marca um retrocesso após uma década de avanços lentos mas constantes em matéria de melhoria da igualdade entre os sexos, com a distância em escala mundial crescendo pela primeira vez desde a publicação do primeiro relatório, em 2006".

No ritmo atual, será preciso um século para acabar com a distância global entre homens e mulheres em escala mundial, contra os 83 anos calculados em 2016. "Em 2017, não deveríamos estar constatando que a tendência de progresso a favor da igualdade se reverte", declarou um dos autores do relatório, Saadia Zahidi.

Este retrocesso se explica pelo aumento da diferença entre homens e mulheres nos quatro pilares estudados pelos especialistas. "As áreas onde a diferença entre sexos são mais difíceis de superar são economia e saúde", enquanto "o abismo político entre os sexos é o mais escandaloso...".

Diante das tendências atuais, a distância entre sexos na área da educação poderia ser eliminada no prazo de 13 anos. Em 2017, a Europa ocidental permaneceu como a região mais avançada em matéria de redução das desigualdades, à frente dos Estados Unidos. Oriente Médio e África do Norte são as regiões onde o abismo é maior.

Entre os países do G20, a França ocupa a primeira posição em matéria de igualdade, seguida por Alemanha, Grã-Bretanha, Canadá, África do Sul e Argentina.

A classificação geral é dominada pelos países do Norte da Europa: Islândia, Noruega e Finlândia.

Nem mesmo após ter sido interrompido por pessoas que estavam na galeria da Câmara Municipal do Recife, na tarde desta segunda (23), o vereador Jayme Asfora (PMDB) deixou de justificar seu voto a favor da criação da Frente Parlamentar em Defesa da Cidadania LGBT. O peemedebista disse que a frente é a esperança a ser incrementada na luta da população LGBT. 

Asfora falou sobre a necessidade de lutar contra todo tipo de intolerância e que votou “sim à família”. “Eu votei sim porque aqui não conseguimos criar, sequer, a comissão de políticas públicas LGBT, o que foi um absurdo (...) A família é composta por dois homens, por duas mulheres, por dois homens e uma mulher, por três mulheres e um homem porque todas as famílias são iguais e merecem respeito. A constituição prescreve que o Estado é laico e precisa ser respeitado”, discursou. 

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O parlamentar ressaltou que não existe “ideologia de gênero”. “Me incorporo com entusiasmo para lutar contra projetos que proíbam discussão de gênero e de orientação sexual nas escolas e nos livros didáticos para que a gente possa lutar contra a criação disso, que uma parte do Brasil conservadora chama de ideologia de gênero, que não existe”.

Jayme Asfora disse que há “um movimento coletivo” que querem mais homossexuais assassinados. “Eu votei a favor dessa frente porque é preciso que a gente faça um movimento coletivo contra outro movimento coletivo que quer restringir os direitos das pessoas homossexuais, que querem que homossexuais sejam mais assassinados, que cresça mais a homofobia, que inventou essa coisa de ideologia de gênero que não existe. É uma criação por parte da bancada evangélica do Congresso Nacional. É por isso que votei sim porque a população LGBT é igual a população heterossexual do Recife”, afirmou.

O programa "Filho que AMA leva o pai ao AME", desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, que oferece check-up gratuito para homens a partir dos 50 anos de idade sem necessidade de encaminhamento médico, já atendeu 67 mil pessoas em todo o Estado. No total, já foram realizadas mais de 188 mil consultas.

São ofertados exames preventivos nas áreas de enfermagem, cardiologia e urologia, e acontecem aos sábados em 25 AMEs (Ambulatório Médico de Especialidades) da capital, região metropolitana, interior e litoral do Estado.

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Em 2016, o projeto atendeu 22 mil pacientes, totalizando 60,9 mil consultas realizadas. Entre janeiro e julho deste ano, foram atendidos 13,8 mil pacientes foram e realizadas 39,3 mil consultas.

O atendimento é dividido em pelo menos dois sábados. No primeiro, o paciente passa por uma consulta de enfermagem que envolve avaliação do peso, altura e risco cardíaco, uma bateria de exames laboratoriais de sangue e eletrocardiograma. Na segunda consulta é agendado o retorno para as consultas com cardiologista e urologista com a avaliação dos resultados dos exames. 

Aos interessados, para fazer o check-up, basta ligar para o telefone 0800-779-0000 e fornecer seus dados pessoais.

Confira abaixo as unidades que fazem o atendimento do programa "Filho que ama leva o pai no AME":

AME Heliópolis (Capital)

CRI Norte (Capital)

AME Mogi das Cruzes

AME Taboão da Serra

AME Carapicuíba

AME Mauá

AME Araçatuba

AME Américo Brasiliense

AME Santos

AME Praia Grande

AME Barretos

AME Bauru

AME Promissão

AME Jundiaí

AME Franca

AME Ourinhos

AME Rio Claro

AME Presidente Prudente

AME São João da Boa Vista

AME Mogi Guaçu

AME Votuporanga

AME São José do Rio Preto

AME Sorocaba

AME Caraguatatuba

AME Tupã

Um trio de ex-funcionárias da Google entrou, nesta quinta-feira (14), com uma ação judicial acusando a gigante tecnológica de pagar menos às mulheres que aos homens pela mesma função.

No processo apresentado na corte de São Francisco, as três mulheres acusam a Google de "discriminação sistêmica e profunda no pagamento e na promoção das funcionárias mulheres".

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Advogados estão buscando conferir um status de ação de classe ao processo, para tentar representar mais mulheres que atualmente sejam ou tenham sido funcionárias na Google.

Em resposta ao processo, a gigante tecnológica americana negou ter qualquer política discriminatória.

"Nós trabalhamos bastante para criar um ambiente de trabalho bom para todos e dar a todo mundo a chance de prosperar aqui", disse a porta-voz da Google Gina Scigliano em resposta à AFP.

"Em relação a esse processo específico, vamos revisar em detalhes, mas discordamos das alegações centrais".

Advogados das mulheres acusam a Google de violar a lei de pagamento equitativo da Califórnia, bem como o código trabalhista estadual.

A denúncia também alegou que a Google repetidamente atribuiu mulheres a "níveis mais baixos" ou "carreiras de trabalho" com remuneração menor e menos oportunidades de promoção do que as dos homens.

Uma das três mulheres, Kelly Ellis, disse num comunicado divulgado por seus advogados que o processo trata de "um problema generalizado de tendência sexista na Google".

Scigliano garantiu que os níveis dos cargos e promoções na empresa são determinados por comitês "rigorosos" e passam por uma revisão que inclui a verificação de sexismo.

"Se nós vemos discrepâncias individuais, ou problemas, nós trabalhamos para consertá-los", disse ela.

O Departamento de Trabalho dos Estados Unidos está auditando as remunerações da empresa, avaliando possíveis discriminações de gênero.

A Google também lida com as consequências de uma grande polêmica sobre sexismo e liberdade de expressão provocada por um "manifesto" publicado como um memorando interno pelo então empregado James Damore.

O memorando do engenheiro da Google defendeu a diferença de gênero do Vale do Silício, alegando que as "diferenças biológicas" eram um fator-chave no baixo percentual de mulheres em empregos no setor tecnológicos. O memorando foi vazado e desencadeou uma crise pública.

Um projeto de lei (PL) do vereador guarulhense Jorge Tadeu (PMDB) pretende proibir valores diferentes para homens e mulheres na entrada de casas noturnas, shows, bares e demais estabelecimentos similares de Guarulhos. A proposta foi discutida hoje (31) na Câmara Municipal e aguarda a segunda audiência com os vereadores para a decisão.

No início do mês de agosto a Justiça Federal de São Paulo (JF-SP) autorizou a cobrança de preços diferentes para homens e mulheres nas baladas. A decisão é válida somente no estado de São Paulo. O Ministério da Justiça havia proibido a prática por considerá-la abusiva.

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O assunto ganhou repercussão neste ano (2017) quando a juíza Caroline Santos Lima, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, declarou que “a diferenciação de preço com base exclusivamente no gênero do consumidor não encontra respaldo no ordenamento jurídico”. A juíza analisava o pedido de um estudante que processou uma empresa por ter se recusado a vender para ele ingressos para dois shows pelo mesmo valor cobrado para mulheres. Os ingressos  apresentavam R$ 50 de diferença entre os gêneros.

Na madrugada da última quinta-feira (17), uma briga de bar resultou na morte de dois homens, no município de Wanderley, no oeste da Bahia. As vítimas, identificadas como Davi Barros, de 35 anos, e Gileno Santana, 44, atiraram um contra o outro, após iniciarem discussão por causa de uma dívida de R$ 15.

A confusão teria iniciado após os dois rapazes assistirem uma partida de futebol no bar, onde costumavam frequentar. No momento de pagar a conta, no valor de R$ 15, ambos divergiram com relação a quem deveria arcar com o custo. Segundo relatos, Davi disse que Gileno teria feito o convite para irem ao bar e por isso deveria pagar o valor. O outro não ficou contente com a atitude, e ameaçou o amigo com um revólver.

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Após discussão, Davi deixou o estabelecimento e voltou ao bar, também armado. Ele disparou contra Gileno, que revidou. Houve troca de tiros e ambos morreram no local. Os dois ainda foram socorridos para uma unidade de saúde, por pessoas que estavam próximas, mas o óbito foi confirmado. O Departamento de Polícia Técnica (DPT) foi acionado para realizar perícia.  

Conforme informações da 2ª Delegacia Territorial do município, os dois podem ter iniciado a confusão devido ao efeito do álcool, já que haviam bebido. O delegado Francisco de Sá explica que é preciso averiguar para saber quem efetuou o primeiro disparo. Ele contou também que o dono do estabelecimento deverá ser ouvido em depoimento. O corpo de Gileno já foi enterrado nesta sexta-feira (18).

Quatro homens foram presos em flagrante na segunda-feira (31) enquanto roubavam um supermercado em Igarassu, na Região Metropolitana do Recife. As prisões foram efetuadas pela Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente (Cipoma) e toda a ação foi filmada. Com o grupo, foram apreendidas três armas de fogo e uma motocicleta roubada pelos suspeitos. 

De acordo com a Polícia Militar, a equipe realizava uma operação de combate a homicídios na área e, por volta das 6h30, foi acionada pelo filho do proprietário do supermercado, localizado na Avenida Maria Rita, no Loteamento Encanto.

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Enquanto os três homens armados faziam o assalto, um quarto suspeito dava cobertura, aguardando do lado de fora do mercado em uma motocicleta roubada um dia antes em Cruz de Rebouças, com placa de Santa Rita, na Paraíba.

Todo o armamento e os envolvidos foram levados para a 33ª Delegacia de Polícia de Cruz de Rebouças, onde foi lavrado o auto de prisão em flagrante. 

Confira o vídeo da prisão dos suspeitos:

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Um novo estudo do Departamento Nacional de Pesquisa Econômica dos EUA afirma que a popularidade dos videogames está desempenhando um papel na redução da quantidade de horas trabalhadas entre os jovens americanos. Divulgada na segunda-feira (3), a pesquisa diz que a queda foi mais acentuada entre os homens com idade entre 21 e 30 anos.

Os economistas Erik Hurst, Mark Aguiar, Mark Bils e Kerwin Charles estão sugerindo que os videogames podem ter desempenhado um papel nisso. Eles estimam que, desde 2004, os jogos eletrônicos representam uma redução aproximada de 15 a 30 horas trabalhadas ao longo de um ano.

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Eles descobriram que, entre 2004 e 2015, o período destinado ao lazer dentro do grupo de amostra aumentou cerca de 2,3 horas por semana. No total, 60% desse tempo foi gasto jogando videogames. Em contrapartida, o tempo de lazer feminino cresceu apenas 1.4 horas e quase nada disso foi entregue aos jogos.

O relatório também aponta que 2004 coincide com o lançamento do jogo de estratégia ''World of Warcraft''. Ao jornal The New York Times, Erik Hurst, um dos autores do estudo, diz que as mulheres são mais propensas a optar por games móveis, pois podem fazer outra coisa enquanto isso, como fazer compras ou dirigir.

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A mulher trabalha 5,4 anos a mais do que o homem ao longo de cerca de 30 anos de vida laboral, segundo simulação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O trabalho extra é resultado dos afazeres domésticos. O cálculo foi feito a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o Ipea, nesse período de aproximadamente 30 anos, as mulheres somam, em média, 22,4 anos de contribuição para a Previdência Social. Um total de 44,4% das mulheres às quais foram concedidas aposentadorias em 2014 atingiram até 20 anos de contribuição.

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A pesquisadora do Ipea Joana Mostafá explica que essas informações foram obtidas por meio de uma parceria que possibilitou o acesso a microdados do extinto Ministério da Previdência Social – atualmente Secretaria da Previdência Social, vinculada ao Ministério da Fazenda.

Segundo Joana, as interrupções na contribuição previdenciária feminina são causados por situações como desemprego, trabalho informal, afastamento do mercado de trabalho para cuidar dos filhos, entre outras. Com base nesse cenário, o Ipea lançou uma nota técnica na última semana na qual defende que as idades de aposentadoria de homens e mulheres devem ser diferentes.

“A princípio, a diferença [no sistema em vigor hoje, em que a mulher se aposenta cinco anos mais cedo que o homem] é justificada”, disse a pesquisadora. Atualmente, para se aposentar, o homem deve acumular 35 anos de contribuição e a mulher, 30. Há ainda a opção da aposentadoria por idade, que exige 15 anos de contribuição e idade de 65 anos para o homem e 60 anos para a mulher.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, de reforma da Previdência, atualmente em discussão na Câmara dos Deputados, altera esse modelo e estabelece como condição para a aposentadoria no mínimo 65 anos de idade e 25 anos de contribuição para homens e mulheres. Um dos argumentos do governo para a mudança é que as mulheres vivem mais que os homens.

Acordo social

Segundo dados do IBGE, ao atingir os 65 anos, a mulher tem uma sobrevida 3,1 anos superior à do homem. Mas, para Joana Mostafá, usar a sobrevida como base para equiparação das aposentadorias está em desacordo com a função da Previdência. “O acordo da Previdência é um acordo social. Ele visa, entre outras coisas, compensar algumas desigualdades do mercado de trabalho”, afirma.

A pesquisadora destaca que outros fatos, além da jornada dupla de trabalho, distanciam a realidade feminina da masculina. “Estamos falando da desigualdade ocupacional, da diferença de salários e da taxa de desemprego, que é maior entre as mulheres do que entre os homens. A mulher poderia contribuir mais [para a Previdência] se não fossem essas dificuldades”, afirma.

A pesquisadora Luana Mhyrra, professora do Departamento de Demografia e Ciências Atuariais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), corrobora dizendo que os sistemas nos quais os participantes ganham de acordo com o que poupam e com o tempo que contribuem são modelos de capitalização, diferentes da proposta previdenciária brasileira.

“Os fundos de Previdência complementar [privados] são exemplos de fundos capitalizados, que atualizam e capitalizam o dinheiro aplicado pelo contribuinte. Isso não se aplica ao RGPS [Regime Geral da Previdência Social] do Brasil, uma vez que quem contribui hoje não o faz para sua própria aposentadoria e sim para aqueles que já estão aposentados. Pensar que a mulher precisa contribuir mais porque vive mais é coerente quando se pensa em um fundo capitalizado”, ressalta.

Queda na desigualdade

De acordo com o governo, ao equiparar-se a idade de aposentadoria masculina e feminina, a desigualdade no mercado de trabalho tende a cair. Recentemente o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a defasagem entre os salários de homens e mulheres acabará em até 20 anos.

A pesquisadora Joana Mostafá admite que tem havido uma redução na desigualdade de renda. Segundo ela, dados da Pnad apontam que em 1995 o rendimento da mulher equivalia a 55% do rendimento dos homens. Passados 20 anos, em 2015, esse percentual havia subido para 76%. Joana alega, entretanto, que a melhora não é verificada em outros indicadores. Ela cita como exemplo a participação da mulher no mercado de trabalho. “Desde 2005, está em 60%. Não se move”, afirma.

Em debate na Câmara dos Deputados, a assessora especial da Casa Civil da Presidência da República Martha Seiller disse que as justificativas para manutenção da diferença de idade mínima para aposentadoria entre homens e mulheres já não se sustentam como antigamente.

Martha lembrou que a pirâmide demográfica brasileira está cada vez mais desfavorável à manutenção de um sistema previdenciário equilibrado, já que a base jovem tem diminuído, devido à queda na taxa de natalidade, ao crescente número de idosos no topo, com o avanço da expectativa de vida. "Como é que esse sistema previdenciário sobrevive com uma mudança tão brusca na taxa de natalidade e expectativa de vida sem passar por mudanças?", questionou.

A assessora da Casa Civil disse que as regras de transição previstas na reforma para vigorar em 20 anos podem compensar as desigualdades ainda existentes. Ela acrescentou que a diferença de cinco anos é a maior entre os regimes de outros países que ainda consideram a necessidade de diferenciação.

Adriana, a transexual brasileira de 35 anos presa em uma ala masculina na Itália, foi transferida para o Centro de Identificação e Expulsão (CIE) de Caltanissetta, na Sicília.

Ela vive há 17 anos na península, mas perdeu a permissão de estadia após ter ficado sem trabalho. Por conta disso, foi levada para o CIE de Brindisi, também no sul do país, onde ficava entre os homens.

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No fim da semana passada, chegou-se a divulgar que Adriana havia recebido autorização temporária para permanecer na Itália por seis meses, mas ela acabou apenas transferida para outro centro de expulsão.

"Chorei por uma hora, meus parentes me esperavam em casa aqui na Itália. Depois foram gentis e me deixaram telefonar para avisá-los", contou a transexual à ANSA neste domingo (26). Segundo ela, a mudança foi motivada por alguns "antecedentes criminais".

Fontes próximas ao processo dizem que os juízes do Tribunal de Nápoles anularam o decreto de expulsão da brasileira, mas estabeleceram que ela seja mantida em um CIE até que uma comissão ministerial avalie a possibilidade de conceder asilo.

Por sua vez, Adriana diz que já cumpriu pena pelos crimes que cometera, mas sem citar quais foram esses delitos. O caso chegou ao noticiário na semana passada, por meio de uma denúncia do Movimento de Identidade Transexual (MIT) e do partido Esquerda Italiana (SI).

A brasileira chegou até a fazer uma greve de fome para protestar contra sua prisão em uma ala masculina de imigrantes irregulares. De acordo com Adriana, ela foi alvo de ameaças de morte por parte de alguns homens detidos na estrutura de Brindisi. Agora a trans está em um contêiner do CIE de Caltanissetta, sozinha.

Ela afirma que não quer retornar ao Brasil porque teme pela sua vida. Muitos travestis e transexuais brasileiros decidem se mudar para a Itália na esperança de encontrar um país com menos violência e preconceito, mas acabam se deparando com casos de discriminação.

É comum a imprensa italiana publicar notícias sobre trans agredidas ou mortas na península, nos episódios mais graves, ou então denúncias de preconceito. Recentemente, dirigentes esportivos protestaram contra a presença da transexual brasileira Tifanny Abreu, de 32 anos, em um time da segunda divisão do vôlei nacional.

Um maior risco de calvície prematura foi adicionado à lista de doenças e condições enfrentadas por homens baixos de ascendência europeia, de acordo com um estudo publicado na quarta-feira (8).

"Parece que os homens com uma altura relativamente menor têm uma possibilidade mais elevada de perder seu cabelo", disse à AFP Stefanie Heilmann-Heimbach, da Universidade de Bonn, autora principal do estudo. 

"Nossos dados indicam que alguns dos genes envolvidos na calvície estão associados, na média, com uma menor estatura", acrescentou.

Pesquisas anteriores mostraram que os homens calvos também são estatisticamente mais propensos a sofrer de doença cardíaca e câncer de próstata, embora o risco adicional seja pequeno.

Um tamanho corporal reduzido e um início precoce da puberdade também estão ligados à perda de cabelo masculina.

Alguns dos mesmos genes que regulam a altura humana também parecem desempenhar um papel no surgimento dessas condições e doenças, indica o estudo.

Publicado na revista Nature Communications, o estudo identificou 63 variações genéticas "que aumentam o risco de perda de cabelo prematura", disse Heilmann-Heimbach.

Os pesquisadores não se propuseram a encontrar uma ligação com a altura, nem quantificaram o risco relativo de calvície associado com diferentes estaturas, acrescentou.

"Estudos futuros que avaliem a perda de cabelo e a altura do corpo podem ser capazes de responder a essa pergunta", disse a pesquisadora por e-mail.

Mas a ligação estatística é clara. Em homens de origem europeia, a calvície geralmente começa por volta dos 30 anos. Até 80% dos homens europeus são afetados em alguma medida.

A perda de cabelo em asiáticos chega cerca de uma década mais tarde, e com uma frequência geral muito menor, afetando de 50% a 60% dos homens.

Há relativamente poucos dados sobre a calvície na África, mas a perda de cabelo masculino lá parece ser ainda menos frequente.

Algumas das variantes genéticas descobertas no estudo "podem ser alvos promissores para intervenções terapêuticas", disse Heilmann-Heimbach.

As desigualdades de salários, de acesso ao emprego e na política persistem no Canadá, apesar de terem diminuído nos últimos anos, indicou na quarta-feira o Instituto de Estatísticas do país. Segundo um estudo da organização, publicado por ocasião do Dia Internacional da Mulher, para cada dólar que um homem canadense recebe em seu salário, uma mulher recebe 87 centavos.

Esta diferença pode ser explicada por uma maior proporção de mulheres em postos de trabalho com menor remuneração, mas, segundo o Statistique Canada, em trabalhos equivalentes uma canadense também ganha menos que um canadense.

Nos últimos 30 anos, a estrutura de empregos em função do sexo se manteve praticamente inalterada, com 56% das mulheres ocupando os postos de trabalho aos que "são tradicionalmente associadas", aponta o estudo, citando as profissões vinculadas a cuidados de saúde, ensino e tarefas administrativas ou comerciais.

Esta proporção é de 17% para os homens, que ocupam, por outro lado, três quartos dos postos de trabalho mais qualificados e mais bem pagos. Inclusive as mulheres com um alto nível de qualificação recebem menos, em uma relação de 90 centavos contra um dólar para os homens.

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, no poder desde 2015, fez um gesto a favor da igualdade de gênero ao formar um governo com 15 ministras mulheres. No entanto, o desequilíbrio persiste no Parlamento, onde quase dois terços dos deputados são homens.

Na quarta-feira, Trudeau lamentou esta desigualdade, mas afirmou que ele não podia "eleger diretamente quem se senta no Parlamento". "Temos que fazer muito mais para incentivar e convencer mais mulheres a se candidatarem como deputadas", disse em uma coletiva de imprensa.

Estudo realizado pela Amcham (Câmara Americana de Comércio) publicado nesta quarta-feira (8) traz dados preocupantes sobre a participação feminina no mercado de trabalho. O levantamento entrevistou 350 executivos e executivas; Cinquenta e dois por cento deles acreditam que as empresas não possuem programas formais de igualdade entre homens e mulheres, ou ação de inventivo à igualdade de gênero. A pesquisa foi realizada em outubro do ano passado. 

De acordo com o estudo, 48% dos entrevistados disseram que têm um programa estruturado de igualdade de gênero, mas desse quantitativo, 63% classificaram os resultados de incentivo à igualdade como “regulares”. Menos de 20% se mostraram satisfeitos com as ações e estágio atual dos programas de equidade. 

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“Os entrevistados são, na sua maioria, gestores de recursos humanos de empresas dos mais variados portes e segmentos. Para 76% deles, as empresas ainda não tratam homens e mulheres de forma igualitária na estrutura organizacional e de gestão. Só 24% deles avaliam de forma satisfatória a temática e tratamento de gênero na sua companhia”, consta no texto de divulgação da pesquisa da Amcham.

O estudo mostra ainda que na percepção de 80% das executivas e executivos entrevistados, a diferença de tratamento entre homens e mulheres é identificada em maior escala na promoção de novas lideranças, uma vez que percebem maior número de homens em cargos de gerência. Já 12% dos entrevistados consideram o processo seletivo com o momento de maior diferenciação, “com maior preferência por gênero e não por competência”. Por fim, 8% indicam o estágio do desenvolvimento, com investimentos em treinamento desigual entre sexo nas empresas.

Em busca de igualdade

Segundo conclusões do estudo, existem aspectos importantes no processo de concretização da igualdade de gênero no mercado de trabalho. Esses aspectos são considerados prioritários e precisam ser trabalhados dentro das empresas: “(47%) financeiro, igualando salários e benefícios entre gêneros do mesmo cargo; (30%) recursos humanos, aumentando o número de mulheres no quadro de funcionários; e (23%) jurídico, igualando diretos e benefícios independente de gêneros”.

Para a CEO da Amcham Brasil, Deborah Vieitas, a pesquisa traz números que demonstram o quanto ainda é necessário avançar em prol da equidade entre homens e mulheres. “Quando, para 47% dos empresários, igualar salários entre gêneros ainda é o maior obstáculo, percebemos o quanto falta avançar”, opina a CEO, conforme informações da assessoria de imprensa. 

Família e emprego

O levantamento da Amcham trouxe ainda um panorama que discute maternidade e carreira profissional. De acordo com o estudo, 86% dos entrevistados avaliam que “o papel cultural das mulheres nas estruturas familiares ainda são fatores de interrupção de carreira”. Segundo a maioria dos entrevistados, como as mulheres enfrentam grande proporção das tarefas domésticas, elas perdem oportunidades de promoções. Além disso, 78% dos entrevistados acreditam que a maternidade gera interrupções e pausas em plano de carreira para as profissionais executivas.   

A cada ano, os mesmos suores frios e as mesmas reuniões frenéticas de último minuto: por ocasião do 8 de Março, os russos se empenham para desejar um feliz Dia da Mulher não apenas às mães e esposas, como também às colegas de trabalho.

"Trocamos um monte de e-mails, analisamos o mercado, comparamos ideias e tivemos uma última reunião antes do lançamento da operação 'Dia da Mulher'", explica à AFP Serguei Krajmaliev, funcionário do banco Rosbank.

"Este ano, decidimos não gastar dinheiro com presentes inúteis e vamos organizar um buffet", revela.

Com os oito homens de sua equipe - em que há 35 mulheres -, Serguei gastará cerca de 25.000 rublos (400 euros). "É caro", admite, mas "é uma tradição soviética que eu acho importante preservar".

O dia 8 de março, decretado feriado em 1965 pela URSS, permite aos homens "lembrar a importância das mulheres na sociedade", diz ele.

Irina, diretora de recursos humanos de uma grande empresa russa, lembra-se do tempo em que "a companhia reservava um grande orçamento para esta festa e convidava até 500 mulheres para o restaurante."

"Era antes da crise econômica de 2008. Agora, os homens colaboram entre todos para nos presentear com flores e bombons", explica.

Esta festa "melhora o ambiente na equipe", considera. "Tem um aspecto 'team building' que é geralmente benéfico".

'Dar e receber'

Na Rússia, o Dia da Mulher é precedido por sua versão masculina em 23 de fevereiro, onde as mulheres desejam aos homens um bom dia como "defensores da pátria".

Para Vitali Kroniaiev, gerente de projetos em Saratov, no sul da Rússia, "é um dar e receber. Este ano as minha colegas não me ofereceram nada em 23 de fevereiro, então podem esperar sentadas pelo 8 de março", diz.

"De qualquer forma, esta festa só faz sentido se oferecermos flores às mulheres que amamos e respeitamos, não àquelas que somos obrigados a ver no trabalho", afirma indignado, lembrando que gasta cerca de 1.000 rublos (16 euros) por bouqu.

O preço das flores, presente muito apreciado pelas mulheres russas, custa o dobro perto de 8 de março. O mesmo que os pedidos , explica a florista Florence Gervais d'Aldin, instalada na Rússia há mais de 20 anos.

Especializada nas rosas de jardim e flores perfumadas, sua empresa "Fada das Rosa" vende nos dias 7 e 8 de março mais de 8.000 unidades, em comparação com as habituais 600 por dia.

"É como se soma-se o Dia das Mães e o Dia dos Namorados", indica a florista, para quem a devoção dos russos por esta comemoração "supera de longe" a pelo Dia dos Namorados.

- 8 de março na escola -

Bolos, balões, cartões e até shows: como os mais velhos, Sasha Kuznetsov deve organizar uma festa para as meninas de sua sala na escola.

"Eu acho que essa festa deveria existir, mas não deveria ser comemorada com tanta pompa", considera esta criança de 11 anos. "De qualquer forma, em breve ela não vai precisar ser comemorada, porque os direitos das mulheres serão respeitados".

"Os russos estão acostumados desde a infância a esta festa, mas para nós, ainda é um pouco estranho", admite Samuel, um francês que trabalha no banco russo Sberbank.

Designado como "voluntário" por seus colegas russos para organizar o dia em seu local de trabalho, evoca com humor "reuniões intermináveis ​​e planilhas" para organizar o 8 de março, que no ano passado custou aos companheiros mais de 150.000 rublos (cerca de 2.500 euros).

"É a chance de fazer algo para as minhas colegas russas", resume, admitindo que, em geral, a feste pode ser um pouco "kitsch" (de mau gosto): "Algumas coisas fariam as mulheres francesas arrancar os cabelos", brinca.

As mulheres trabalham, em média, 7,5 horas a mais que os homens por semana devido à dupla jornada, que inclui tarefas domésticas e trabalho remunerado. Apesar da taxa de escolaridade das mulheres ser mais alta, a jornada também é.

Os dados estão destacados no estudo Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, divulgado hoje (6) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O estudo é feito com base em séries históricas de 1995 a 2015 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

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Em 2015, a jornada total média das mulheres era de 53,6 horas e a dos homens, de 46,1 horas. Em relação às atividades não remuneradas, a proporção se manteve quase inalterada ao longo de 20 anos: mais de 90% das mulheres declararam realizar atividades domésticas; os homens, em torno de 50%.

“A responsabilidade feminina pelo trabalho de cuidado ainda continua impedindo que muitas mulheres entrem no mercado de trabalho e, ao mesmo tempo, aquelas que entram no mercado continuam respondendo pela tarefas de cuidado, tarefas domésticas. Isso faz com que tenhamos dupla jornada e sobrecarga de trabalho”, afirmou a especialista em políticas públicas e gestão governamental e uma das autoras do trabalho, Natália Fontoura.

Segundo Natália, a taxa de participação das mulheres no mercado de trabalho aumentou muito entre as décadas de 1960 e 1980, mas, nos últimos 20 anos, houve uma estabilização. “Parece que as mulheres alcançaram o teto de entrada no mercado de trabalho. Elas não conseguiram superar os 60%, que consideramos um patamar baixo em comparação a muitos países.”

Chefes de família e mulheres negras

O estudo observou ainda que aumentou o número de mulheres chefiando famílias. Em 1995, 23% dos domicílios tinham mulheres como pessoas de referência. Vinte anos depois, esse número chegou a 40%.

As famílias chefiadas por mulheres não são exclusivamente aquelas nas quais não há a presença masculina: em 34% delas havia a presença de um cônjuge. “Muitas vezes, tais famílias se encontram em maior risco de vulnerabilidade social, já que a renda média das mulheres, especialmente a das mulheres negras, continua bastante inferior não só à dos homens, comotambém à das mulheres brancas”, diz o estudo.

O Ipea verificou a sobreposição de desigualdades com a desvantagem das mulheres negras no mercado de trabalho. Segundo Natália, apesar de mudanças importantes, como o aumento geral da renda da população ocupada, a hierarquia salarial – homens brancos, mulheres brancas, homens negros, mulheres negras – se mantém.

“A desvantagem das mulheres negras é muito pior em muitos indicadores, no mercado de trabalho em especial, mas também na chefia de família e na pobreza. Então, é quando as desigualdades de gênero e raciais se sobrepõem no nosso país”, disse a especialista, destacando que a taxa de analfabetismo das mulheres negras é mais que o dobro das mulheres brancas. Entre os homens, a distância é semelhante.

Menos jovens domésticas

O Ipea destacou também a redução de jovens entre as empregadas domésticas. Em 1995, mais de 50% das trabalhadoras domésticas tinham até 29 anos de idade (51,5%); em 2015, somente 16% estavam nesta faixa de idade. Eram domésticas 18% das mulheres negras e 10% das mulheres brancas no Brasil em 2015.

“Nesse últimos 20 anos, podemos ver algumas tendências interessantes, como o aumento da renda das trabalhadoras domésticas. Só que, ainda assim, em 2015, a média do Brasil não alcançou nem o salário mínimo”, afirmou Natália. Em 2015, a renda das domésticas atingiu o valor médio de R$ 739,00 em 2015, enquanto o salário mínimo, à época, era de R$ 788.

O número de trabalhadoras formalizadas também aumentou, segundo o Ipea. Em 1995, 17,8% tinham carteira e em 2015, a proporção chegou a 30,4%. Mas a análise dos dados da Pnad mostrou uma tendência de aumento na quantidade de diaristas no país. Elas eram 18,3% da categoria em 1995 e chegaram a 31,7% em 2015.

Escolaridade entre raças

Segundo o Ipea, nos últimos anos, mais brasileiros e brasileiras chegaram ao nível superior. Entre 1995 e 2015, a população adulta negra com 12 anos ou mais de estudo passou de 3,3% para 12%. Entretanto, o patamar alcançado em 2015 pelos negros era o mesmo que os brancos tinham já em 1995. A população branca com tempo de estudo igual ao da negra praticamente dobrou nesses 20 anos, variando de 12,5% para 25,9%.

O estudo Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça está disponível no site do Ipea.

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