Tópicos | homicídio doloso

Acusada de ter matado o filho a facadas, a mãe de um menino de 10 anos, cujo corpo sem vida foi encontrado em uma mala perto de Paris, foi indiciada neste domingo (30) por homicídio doloso e presa.

Nestes dois dias de prisão, que se seguiram à sua detenção na sexta-feira, a mulher de 33 anos "não explicou os fatos, (nem) os esclareceu" e mostrou-se "evasiva" sobre seus atos depois da morte do filho, declarou em um comunicado Laureline Peyrefitte, promotora de Meaux, no leste de Paris.

Os investigadores encontraram, no entanto "indícios graves e coincidentes sobre o cometimento do homicídio de seu filho", que teria ocorrido na manhã de quarta-feira, segundo a promotoria.

A mãe "teria, em seguida, transportado o menino em uma mala pertencente aos pais para depositá-lo em um contêiner de entulho, antes de voltar, limpar sua casa e jogar fora vários objetos que teria usado na limpeza em uma lata de lixo da vizinhança", acrescentou a promotora.

Na noite de quarta-feira, o pai, ao não encontrar ninguém ao voltar para casa à noite, avisou a polícia sobre o desaparecimento de sua mulher e seu filho.

Após encontrar manchas de sangue, os investigadores ativaram uma maciça operação de buscas.

No dia seguinte, o corpo do menino foi achado em uma mala com rodinhas a uma centena de metros da casa da família.

A necropsia revelou que ele "foi assassinado com uma arma branca, tipo uma faca", segundo a promotoria. A criança levou várias facadas no pescoço e no tórax.

A mulher foi detida na sexta-feira na casa da irmã, a 30 km do local dos fatos. Ela tinha consigo uma faca ensanguentada, que ainda precisa ser analisada.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que investiga a tragédia em Brumadinho (MG) aprovou nesta terça-feira (5) o indiciamento da mineradora Vale, da companhia alemã Tüv Süd e de mais 22 pessoas das duas empresas por homicídio doloso, lesão corporal dolosa e poluição ambiental por rejeitos minerais com sérios danos à saúde humana e ao meio ambiente, além de destruição de área florestal considerada de preservação permanente. 

O relatório foi apresentado na terça-feira passada pelo deputado Rogério Correia (PT-MG), mas só foi votado hoje, dando mais tempo para os parlamentares analisarem o documento final. Com mais de 600 páginas, o texto reúne informações sobre o rompimento da barragem em 25 de janeiro deste ano. Nenhuma mudança foi proposta pelos deputados.

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“A Vale e a Tüv  agiram em conluio que levou a um crime grave de corrupção empresarial, desacato ao meio ambiente, destruição ambiental séria e vidas que se perderam. Essas duas empresas e as pessoas que poderiam evitar isso não o fizeram e, por isso, fizemos os 22 indiciamentos de pessoas físicas e indiciamento das duas empresas”, argumentou Rogério Correia. 

Para o relator, os crimes estão tipificados no Código Penal, na Lei de Crimes Ambientais, na Lei Anticorrupção e na Lei de Improbidade Administrativa. As penas previstas são de reclusão e detenção de prazos variados. O deputado ressaltou que 29 estudos já apontavam o baixo fator de segurança da barragem desde 2014. Esses documentos mencionam problemas ligados a licenciamento, monitoramento e plano de emergência. 

“Colocamos no relatório o que é o lucro da Vale, que neste semestre, foi de R$ 6,5 bilhões depois do acontecido. Ou seja, ela extrai menos minério, mas aumenta o lucro porque o preço do minério cresceu. Com isso, fica parecendo que o crime compensa”, disse o parlamentar.

Segundo último balanço do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, foram contabilizadas 249 mortes em decorrência da tragédia. Oficialmente, 21 pessoas permanecem desaparecidas.

Inconsistências 

Nesta terça-feira também foi divulgado o relatório final elaborado pela Agência Nacional de Mineração (ANM) com 194 páginas. O documento aponta ao menos cinco inconsistências entre as informações prestadas pela empresa Vale ao longo de 2018 e a situação verificada pela agência após a tragédia em Brumadinho. A ANM emitiu 24 autuações à Vale e vai encaminhar o relatório à Polícia Federal, à Controladoria-Geral da União (CGU), ao Tribunal de Contas da União (TCU) e Ministério Público Federal (MPF).   

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu nessa quarta (30), Karla Vasconcellos de Almeida pelo crime de homicídio doloso. Ela estava fugindo de uma blitz da lei seca, na contramão, quando matou Jonatan da Silva, na Estrada do Catonho, em Sulacap, Zona Oeste do Rio.

O crime ocorreu no último dia 25 de outubro. De acordo com as investigações, as diligências à procura de Karla se estenderam por diversos locais do Estado.

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Além da prisão, foi feita a identificação e oitiva do marido da mulher e do homem que desembarcou do veículo logo após o crime.

Com informações da assessoria

O  delegado Antônio Ricardo Lima Nunes, responsável pelo caso do jovem Pedro Henrique Gonzaga, morto por sufocamento na tarde de quinta-feira (14), por um segurança de uma unidade do supermercado Extra na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, disse hoje (19) que, após ouvir uma testemunha, a acusação contra o segurança pode passar de homicídio culposo para doloso, quando há a intenção de matar. O acusado foi liberado mediante pagamento de fiança.

Segundo o delegado, foram ouvidas oito testemunhas, sendo sete no dia do ocorrido e uma ontem. Uma das testemunhas disse ter alertado o segurança diversas vezes para ele sair de cima de Pedro Henrique.

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“Essa testemunha trouxe informações relevantes, já que ela declarou que alertou diversas vezes esse segurança para ele largar, que o rapaz que estava por baixo já estava desfalecido. O segurança ouviu a mensagem e, mesmo sendo alertado diversas vezes, permaneceu naquela posição, chegando à consequência de tirar a vida daquele rapaz”.

Depoimento da mãe

A mãe de Pedro Henrique Gonzaga, Dinalva Oliveira, será ouvida na tarde desta terça-feira na Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro. 

De acordo com o delegado, Dinalva deve ajudar a esclarecer se houve ou não intenção de matar na ação do segurança.

O advogado da família, Marcello Ramalho, disse que a mãe ainda está muito abalada e a família espera que o resultado da investigação demonstre o dolo da ação.

“Não milita em favor do acusado qualquer cláusula de justificação que ampare a conduta dele. Ele agiu com dolo extremo. Ao promover a constrição na área do pescoço, aonde temos a artéria aorta, que é responsável por conduzir o sangue até o cérebro, ele, de uma forma extrema, assume aquele risco de produzir o resultado morte na vítima”.

O advogado diz que Pedro Henrique já estava em processo de cianose, ou seja, estava ficando roxo, e, mesmo assim, o segurança continuou com a asfixia. Há relatos de que o rapaz, que era usuário de drogas, estava sendo levado para uma clínica de reabilitação em Petrópolis quando foi morto.

Outros seguranças

Os outros dois seguranças que estavam trabalhando no momento e já prestaram depoimento serão ouvidos novamente. Estava previsto que eles seriam ouvidos na manhã de hoje, mas a pedido do advogado que os acompanha, o depoimento será tomado amanhã (20). Segundo Nunes, eles podem responder por omissão de socorro ou mesmo por homicídio.

“Essa análise inicial que fizemos aponta que houve no mínimo omissão de socorro, mas havendo mudança de culposo para doloso, os seguranças que estão ao redor e nada fazem para impedir aquele resultado poderão responder por homicídio doloso também, já que eram os agentes garantidores daquela vida naquele instante”.

O número de homicídios dolosos caiu 6% no estado de São Paulo, mas aumentou 29,5% na capital, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP). Em julho deste ano foram registrados 245 casos de homicídio doloso no estado, contra 261 no mesmo mês de 2017. Na capital foram contabilizados 57 crimes desse tipo, contra 44 em julho do ano passado.

Já os casos de estupro, latrocínio e roubos em geral diminuíram tanto no estado quanto na cidade de São Paulo. No estado houve o registro de 858 estupros no mês, contra 884 em julho de 2017, uma queda de 3%. Na capital foram contabilizadas 183 ocorrências, contra 197 em julho do ano passado, um recuo de 7%.

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O número de latrocínios teve queda de 34% no estado. Em julho foram registrados 21 casos de roubo seguido de morte, contra 32 no mesmo mês de 2017. Na capital o recuo foi de 20%, com oito casos de roubo seguido de morte, contra dez em julho do ano passado.

Os casos de roubo em geral (incluindo carga e bancos) no estado recuaram 15,7%. Em julho foram registrados 20.441 casos, contra 24.249 no mesmo mês de 2017. Na capital foram contabilizados 10.050 crimes desse tipo, contra 11.718 em julho do ano passado, uma queda de 14,3%.

Menos de quatro dias após atropelar e matar o operário José Fernando Ferreira da Silva, de 44 anos, enquanto dirigia supostamente embriagado pela zona sul do Rio, o empresário Ivo Nascimento de Campos Pitanguy, de 59 anos, filho do cirurgião plástico Ivo Pitanguy, foi indiciado por homicídio doloso (intencional) no inquérito realizado pela 14ª DP (Leblon), segundo a Polícia Civil. A delegada Monique Vidal considerou que, ao dirigir embriagado, como atestam as testemunhas do acidente e os policiais que atenderam a ocorrência, o empresário assumiu o risco de matar alguém.

O inquérito foi concluído e encaminhado à Justiça nesta segunda-feira (24). Agora, caberá à Justiça aceitar ou alterar a tipificação. Em casos de atropelamento acidental, o autor costuma ser acusado por homicídio culposo (sem intenção). Mas nesse caso foi considerada a suposta embriaguez do motorista.

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Pitanguy foi preso em flagrante logo após o acidente. Como ele também se feriu, esteve internado sob custódia no Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea (zona sul). Nesse domingo, 23, o empresário foi transferido para o complexo penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio, onde permanece. Na madrugada de sábado, 22, seu advogado, Rafael de Piro, apresentou pedido de liberdade provisória ao plantão judiciário, mas a medida foi negada. Nos próximos dias, ele deve apresentar pedido de habeas corpus para tentar libertar seu cliente.

O caso

Pitanguy, que acumulava 70 multas nos últimos cinco anos, 14 delas por dirigir embriagado, seguia pela Rua Marquês de São Vicente, na Gávea, quando perdeu o controle de seu veículo, que subiu na calçada e atingiu o operário. José Fernando trabalhava nas obras de construção da Linha 4 do Metrô e havia acabado de sair do trabalho quando foi atropelado. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu no Hospital Miguel Couto. Ivo Pitanguy sofreu traumatismo craniano e um corte na cabeça, mas já se recuperou.

Segundo o Departamento de Trânsito do Estado do Rio (Detran), nos últimos 12 meses Pitanguy somou 27 pontos em infrações de trânsito - em teoria, quem atinge 20 pontos tem a carteira de habilitação provisoriamente suspensa. O órgão abriu processo para suspender a carteira do empresário. Nesta segunda-feira (24), o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmou ter cobrado o Detran para saber por que a carteira de Pitanguy ainda não havia sido suspensa.

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