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Na presença de seis mil indígenas vindos de comunidades de todo o País para Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) homologou nesta sexta-feira, 28, as seis primeiras terras indígenas de seu governo, conforme antecipou o Estadão. O documento de homologação foi assinado no encerramento do Acampamento Terra Livre (ATL).

Em sua conta no Twitter, Lula escreveu que "a luta por demarcação dos povos indígenas é uma luta por respeito, direitos e proteção da nossa natureza e país". "Estamos avançando", disse o presidente. Segundo o governo federal, as primeiras demarcações do terceiro mandato de Lula encerram um período de cinco anos sem homologações.

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As terras com demarcação reconhecida pelo presidente foram as de Arara do Rio Amônia (AC), Kariri-Xocó (AL), Rio dos Índios (RS), Tremembé da Barra do Mundaú (CE), Uneiuxi (AM) e Avá-Canoeiro (GO). Juntas, essas comunidades abrigam 3.715 pessoas.

Líder histórico do movimento indígena no País, o cacique Raoni cobrou de Lula a ampliação das demarcações neste terceiro mandato e, sobretudo, a ampliação dos repasses de recursos do Executivo federal para a proteção de territórios. "O presidente Lula precisa rever os recursos financeiros para o atendimento dos nossos povos indígenas. A Funai e a Sesai (Secretaria de Saúde Indígena) precisam de recursos financeiros", cobrou Raoni.

"Tem muita terra indígena que não está demarcada e eu vou falar com o presidente Lula para ele agilizar a demarcação de terras indígenas para os parentes que não têm, mas vocês (indígenas) também precisam defender esse território para não deixar os garimpeiros e madeireiros entrar", prosseguiu.

A assinatura de Lula, na prática, reconhece as demarcações feitas pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Além do presidente, participaram da cerimônia a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, a presidente da Funai, Joênia Wapichana, e a deputada federal Célia Xacriaba (PSOL-MG), além de outras lideranças do movimento indígena.

Durante a transição de governo, o grupo de trabalho dedicado ao tema mapeou a existência de 14 terras indígenas já demarcadas e em condições de serem homologadas pelo presidente. A expectativa entre os organizadores do ATL era de que apenas cinco territórios fossem homologados nessa primeira leva.

O Acampamento Terra Livre é uma das maiores mobilizações do movimento indígena e este ano teve início na segunda-feira, 24. Anualmente, lideranças e aldeados de todo o País se reúnem na capital federal para cobrar do governo a demarcação de terras, bem como pressionar outros Poderes a analisar temas de interesse dos povos indígenas. Neste ano, eles estão organizados para frear a tramitação de pautas consideradas "anti-indígenas" no Congressos, como o Projeto de Lei (PL) 191/2020 que autoriza a mineração em terras ancestrais dos povos indígenas.

STF

Outra pauta defendida pelo movimento é a rejeição da tese de marco temporal pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No início da semana, a presidente da Corte, ministra Rosa Weber, pautou o julgamento do caso para o dia 7 de junho. A votação foi iniciada em 2021, mas acabou interrompida por sucessivos pedidos de vista na esteira da crise provocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele ameaçava não respeitar decisão do STF que invalidasse a tese do marco temporal e atacava o processo sob o argumento de que impediria o desenvolvimento econômico por meio da exploração agrícola e mineral nos territórios de direito dos indígenas.

Disputa no governo

A expectativa da ministra Guajajara era anunciar a homologação das demarcações na reunião de 100 dias de governo, quando foi feito o balanço do início da gestão Lula e o anúncio de novas medidas a serem implementadas. O anúncio, no entanto, foi postergado porque a Casa Civil, chefiada pelo ministro Rui Costa, não havia terminado a análise dos processos e liberado a documentação para que Lula assinasse.

A promoção das demarcações foi defendida por Lula na campanha como um contraponto ao governo Bolsonaro, que paralisou completamente os processos durante sua passagem pelo Planalto. Jair Bolsonaro deixou a Presidência sem homologar nenhuma terra indígena. No início de seu mandato, em 2019, ele disse que "enquanto for presidente, não tem demarcação", pois os povos originários já teriam "territórios demais", o que atrapalharia a exploração agrária e mineral com fins econômicos.

O Governo de Pernambuco anunciou, nesta quinta-feira (30), a homologação do concurso público realizado pela Secretaria Estadual de Educação e Esportes com objetivo de preencher 596 vagas na pasta.

Em nota divulgada, o estado parabenizou os aprovados e anunciou que a convocação será feita em breve.

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Entre o total das oportunidades, 500 delas foram para o cargo de analista em gestão educacional e 96 para assistente administrativo educacional.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta quarta-feira, 22, a homologação do Acordo de Noronha para gestão compartilhada do território de Fernando de Noronha entre o governo federal e o Estado de Pernambuco. Na segunda agenda do dia no Nordeste, contudo, o presidente não falou.

O evento ocorreu em Pernambuco e contou com a participação da governadora do Estado, Raquel Lyra (PSDB), do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski e do Advogado-Geral da União, Jorge Messias. A gestão da ilha vinha sendo disputada entre a União e o governo federal judicialmente desde março de 2022.

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No discurso, Lewandowski classificou o evento como "momento histórico e extremamente importante". De acordo com ele, o acordo representa três princípios importantes da Constituição. O primeiro, segundo ele, é o prestígio ao diálogo entre as unidades federativas; o segundo é a inauguração de um diálogo entre os Poderes; já o terceiro representa uma ênfase maior dada ao patrimônio ambiental brasileiro. "Estamos inaugurando uma nova era, de diálogo e harmonia", disse Lewandowski.

Seguido do ministro, Messias tomou a palavra e classificou o acordo como uma restauração do equilíbrio federativo. O advogado-geral da União destacou a sensibilidade, diálogo e conciliação de Lula para o acordo. "Hoje, o acordo que assinamos vai estabelecer marcos claros de preservação ambiental para a ilha de Fernando de Noronha, marcos claros para a gestão urbana, permitir a retomada de investimentos de Pernambuco na ilha, da União Federal, principalmente dos órgãos de proteção ambiental", disse em discurso.

Na última segunda-feira (12), o Governo de Pernambuco homologou o concurso para professor da Educação Básica, promovido pela Secretaria Estadual de Educação (SEE). O certame contou com 2.907 vagas para para as diversas áreas de formação e foi realizado no dia 21 de agosto de 2022.

"Esse é mais um passo decisivo para fortalecer o nosso ensino público e assegurar a nossa permanência entre os estados com a melhor educação do país", afirmou o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), através da assessoria. 

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Na ocasião, o secratário de Educação, Marcelo Barros, ressaltou a importância da realização do certame. “O concurso foi organizado para atender a necessidade da Secretaria de Educação, tanto em relação às disciplinas, já que serão ofertadas vagas para todas áreas, quanto para todo o território do Estado. Para isto, o Edital organizou as vagas considerando as disciplinas/localidade distribuídas em 13 polos que contemplam 16 Gerências Regionais da Educação”, explicou por meio da comunicação.

O Governo de Pernambuco anunciou também que, nos próximos dias, a Secretaria de Educação e Esportes deve divulgar um terceiro edital, desta vez, para professor do Conservatório de Música, da Educação Profissional e Especial, totalizando 3.714 vagas.

O Partido Comunista Brasileiro (PCB) homologou hoje (30) como candidata à Presidência da República nas eleições de 2022 a professora e economista Sofia Manzano. A chapa terá, como vice-presidente, o sindicalista Antônio Alves. Para as eleições majoritárias, o partido optou por não fazer coligações com outras legendas. A cerimônia de homologação foi no bairro do Tatuapé, em São Paulo.

As propostas do PCB abrangem revogação de “contrarreformas e de toda a legislação neoliberal contrária aos interesses dos trabalhadores, da juventude e da população pobre”, o que inclui a Lei de Responsabilidade Fiscal e do teto dos gastos e a criação de uma Lei de Responsabilidade Social, que garanta recursos para investimento público no desenvolvimento do país e nas áreas sociais.

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A reforma tributária defendida pelo partido é “progressiva”, taxando lucros e dividendos, grandes fortunas, heranças e transações financeiras, além de isentar quem ganha até cinco salários mínimos da cobrança do Imposto de Renda. A política defendida pelo PCB é de “recomposição das perdas salariais e valorização do salário mínimo, aliada a uma reforma agrária sob o controle popular e ao combate permanente a todas formas de opressão.

Durante o discurso, Sofia Manzano falou sobre os 100 anos de história do “partidão nas ruas, denunciando as mazelas de um capitalismo que não deu certo por destruir seres humanos e meio ambiente”. Ela defendeu a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais sem redução salarial. Abordou também algumas questões polêmicas como a descriminalização das drogas e do aborto.

“Somos a única candidatura que defende a descriminalização das drogas porque a política de guerra às drogas é na verdade uma política de matança e encarceramento da população negra e jovem. E somos a única candidatura que defende a legalização do aborto, porque o aborto em nosso país só é ilegal e criminalizado para a população pobre. Para mulheres ricas ele não é criminalizado, porque é tranquilamente praticado nas estruturas do mais alto luxo da saúde privada”.  Antônio Alves reiterou o compromisso de levar a palavra do PCB a favelas, comunidades, locais de trabalho e de estudo, moradias e aldeias indígenas. “Vamos estar onde o povo está”, disse.

Perfil

Sofia Manzano nasceu em 19 de maio de 1971 na cidade de São Paulo. Graduada em ciências econômicas pela PUC/SP, é mestra em desenvolvimento econômico pelo Instituto de Economia da Unicamp e doutora em história econômica pela USP. Foi aprovada em primeiro lugar em concurso público para professora do curso de Economia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), motivo pelo qual mudou-se para Vitória da Conquista em 2013.

Desenvolve pesquisas sobre mercado de trabalho e desigualdade social no capitalismo. A militância no PCB teve início durante a campanha presidencial de 1989. Foi também atuante no movimento sindical. Integrou alguns sindicatos de professores, chegando a ser eleita vice-presidente da Associação de Docentes da Universidade de São Paulo entre 2015 e 2016.

Os partidos políticos terão até o dia cinco de agosto para realizarem as convenções partidárias e definirem, de uma vez por todas, os seus candidatos que irão concorrer ao Legislativo e ao Executivo nas eleições deste ano. Desde a última quarta-feira (20) que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) liberou a realização das convenções.

Os escolhidos para concorrer aos cargos de presidente e vice-presidente da República, governador e vice-governador, senador, deputado federal, deputado estadual e distrital devem ser registrados na Justiça Eleitoral até o dia 15 de agosto.

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Pernambuco conta com 10 pré-candidaturas que aguardam a homologação de seus nomes para a oficialização da corrida pelo Palácio do Campo das Princesas. O LeiaJá conseguiu confirmar as datas das convenções de sete dos pré-candidatos.

Confira

Marília Arraes (Solidariedade) - 31 de julho. A assessoria não confirmou o local e horário;

Raquel Lyra (PSDB) - 30 de julho, no Clube Português. O horário ainda vai ser definido, mas começará no turno da tarde;

Anderson Ferreira (PL) - 31 de julho, no Clube Português, às 10h;

Miguel Coelho (União Brasil) - 31 de julho, no Clube Internacional do Recife, às 14h;

Danilo Cabral (PSB) - 5 de agosto, no Clube Português. O horário ainda será definido, mas deve ocorrer no fim do dia; 

João Arnaldo (PSOL) 30 de julho. Segundo a assessoria, o local e horário ainda serão definidos;

Jones Manoel (PCB) - 27 de julho, no Edifício Texas, nova sede do PCB, às 18h.

Formato

Os candidatos aqui citados escolheram a forma presencial para a realização das convenções, mas o TSE também autoriza a realização por meio virtual ou híbrido. Após a escolha em convenções, as legendas já podem solicitar o registro das candidaturas no dia seguinte. A federação de partidos registrada no TSE também está habilitada a participar das eleições. Porém, neste caso, as convenções deverão ocorrer de maneira unificada, como se fosse uma única agremiação.

Proibição

Estão vedadas as coligações de partidos para as eleições proporcionais. Ou seja, para os cargos de deputado federal, estadual e distrital. No entanto, continuam válidas para os pleitos majoritários: presidente da República, governador de estado e senador. As coligações terão denominação própria e todas as prerrogativas e obrigações de um partido político no tocante ao processo eleitoral, funcionando como uma só agremiação.

O Ministro da Educação esclareceu por meio do Twitter que, os atos do Conselho Nacional de Educação (CNE), terá validade após a homologação pelo ministro da educação e afirmou que o fato ainda não ocorreu em relação ao parecer divulgado nesta segunda-feira (14). 

“Reforço que o Novo Enem brevemente será lançado e que as novidades estão sendo debatidas em Grupo de Trabalho capitaneado pela Secretaria de Educação Básica do MEC com representantes de órgãos como o Inep e o próprio CNE”, explicou Milton Ribeiro.  

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O ministro concluiu dizendo que tornará público o formato do novo Enem, após a decisão do Grupo de Trabalho (GT) seja homologada “Tão logo a decisão do GT seja homologada, tornaremos público para toda a sociedade o formato do Novo Enem. Mais moderno, adequado à realidade do estudante e seguindo as diretrizes do Novo Ensino Médio e da BNCC” finalizou Milton Ribeiro.  

 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julga, na noite desta terça-feira (8), a fusão que cria o União Brasil, maior legenda do País, quatro meses após DEM e PSL anunciarem a junção partidária. Lideranças das siglas avaliam que o relator, ministro Edson Fachin, vai seguir a recomendação positiva do Ministério Público Eleitoral (MPE) e homologar o novo partido que, apesar de nascer bilionário, deve passar por um esvaziamento de seus quadros assim que o calendário eleitoral permitir.

Confirmado o aval de Fachin e do plenário do TSE, o União Brasil nascerá gigante. Serão 81 deputados federais em exercício, oito senadores e três governadores. Na eleição de 2018, as siglas elegeram, ainda, 129 deputados estaduais e, em 2020, ocuparam o topo do Executivo de 552 prefeituras, cerca de 10% dos municípios do Brasil. O superpartido contará também com quase R$ 1 bilhão em fundos públicos, resultado da soma das verbas destinadas a cada um no ano eleitoral.

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O tamanho robusto do União Brasil, porém, facilita um racha entre os membros acerca das disputas eleitorais deste ano. O cabo de guerra das lideranças vai decidir quem a sigla apoiará no cenário nacional e como se darão as articulações regionais.

Resultado disso, o novo partido não deve garantir a liderança isolada na Câmara em número de parlamentares após a fusão. Juntos, DEM e PSL superam com folga o PT na Casa, segundo colocado com 53 deputados, mas o PSL deve perder seus quadros mais ligados ao bolsonarismo.

Após romper com o partido em 2019, o presidente Jair Bolsonaro agora deve levar cerca de 25 deputados ao PL, nova casa do mandatário. Como a fusão permite aos atuais membros mudar de legenda sem perder o cargo, a debandada pode começar desde já, antes mesmo da janela partidária, período que se abre em março e permite livre trânsito dos parlamentares entre legendas.

Membros do novo partido avaliam que o troca-troca partidário pode ser ainda maior, já que o apoio a Bolsonaro não se concentra apenas no PSL. Um deles é o senador Marcos Rogério, que deixou o DEM no final deste ano para se filiar ao PL. Conforme mostrou o Estadão, a maioria dos parlamentares do União Brasil não descarta um alinhamento eleitoral com o presidente Jair Bolsonaro em 2022. Levantamento feito em novembro com os parlamentares da nova sigla mostra que 56 defendem o apoio ou admitem que podem apoiar a reeleição. Apenas cinco disseram abandonar essa possibilidade.

Líder do PSL na Câmara, o deputado federal Major Vitor Hugo também deixará o União se não houver apoio ou coligação com o partido de Bolsonaro. Segundo ele, existem muitas conversas dentro da nova legenda que ainda não se consolidaram sobre o presidente.

Com a aproximação das convenções partidárias, que definem as candidaturas das legendas, outras alas do futuro União Brasil dialogam com o Podemos, do ex-juiz Sérgio Moro, e o PSDB, do governador João Doria (SP). Aos presidenciáveis, o apoio do União será decisório na definição de recursos e tempo de propaganda eleitoral.

O presidente nacional do PSL, deputado Luciano Bivar, tem puxado estas articulações. Bivar é o futuro presidente do União Brasil e já disse em mais de uma ocasião que Doria e Moro são os dois pré-candidatos com mais chances de receber o apoio do novo partido. Aliados de Bivar trabalham agora para que ele seja vice de um desses presidenciáveis.

Mas enquanto setores do PSL olham para a disputa nacional, dirigentes do DEM preferem investir na construção de palanques estaduais e na retomada dos quadros na Câmara.

Líder do DEM na Câmara, o deputado federal Efraim Filho minimiza o impacto da debandada bolsonarista e projeta um saldo positivo na Casa após a janela partidária. "Os ingressos podem suprir essas saídas que já estão contabilizadas. Até porque esse foi um movimento inteligente e estratégico do ponto de vista político. Nós nos antecipamos ao fim das coligações e formamos o maior partido do Congresso Nacional, isso tem um reflexo imediato em termos de tempo de TV e rádio", afirmou.

De acordo com o deputado, a primeira meta do União, em ordem de prioridade, deve ser formar bancada no Congresso, a segunda fortalecer a candidatura de governadores e só a terceira é a disputa nacional.

Arranjos

Os arranjos locais também serão decisórios nestas movimentações. O deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) já avisou que se desfiliará do partido se o prefeito de Belford Roxo, Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho - hoje presidente do PSL fluminense - continuar no cargo.

Em São Paulo, a nova legenda já declarou apoio à pré-candidatura do vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB) em São Paulo, aliado de Doria.

A decisão pode impedir a aproximação com Moro, uma vez que o ex-ministro manifestou simpatia pela candidatura do deputado Arthur Do Val (Podemos) ao Palácio dos Bandeirantes. A disputa no Estado, inclusive, levou o deputado federal Kim Kataguiri (hoje no DEM) a deixar o partido e migrar com outros membros do Movimento Brasil Livre ao Podemos.

No Distrito Federal, onde a direção da nova legenda foi prometida a Manoel Arruda - atual presidente do PSL local e aliado do ministro da Justiça, Anderson Torres -, os ex-bolsonaristas Alberto Fraga e Luís Miranda, ambos do DEM, também lutam pelo controle do partido.

No Ceará, o União Brasil se divide entre duas possibilidades de coligação. A ala representada pelo DEM, do senador Chiquinho Feitosa, está aliada ao PT e ao PDT. Já o segmento sob comando do PSL tenta filiar o deputado Capitão Wagner (PROS) para disputar o governo e dar palanque a Bolsonaro.

Efraim aponta ainda que o União lançará a reeleição dos governadores Ronaldo Caiado (DEM), em Goiás, Mauro Mendes (DEM), no Mato Grosso, e Marcos Rocha (PSL), em Rondônia. Em Santa Catarina, Pernambuco e na Bahia, o partido chegará com novas candidaturas, respectivamente: Gean Loureiro (DEM), atual prefeito de Florianópolis; Miguel Coelho, prefeito de Petrolina e ACM, Neto, dirigente do DEM.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) concedeu nesta sexta-feira (30) a homologação de emergência para a vacina contra a covid-19 da Moderna, a quinta a receber essa aprovação da agência sanitária da ONU.

Esta vacina, baseada na tecnologia de RNA mensageiro, "se soma à lista crescente de vacinas validadas pela OMS para uso emergencial", indicou a agência da ONU em um comunicado.

Até agora, a OMS tinha homologado a vacina da Pfizer-BioNTech, os dois fármacos da AstraZeneca fabricados na Índia e na Coreia do Sul e o da Johnson & Johnson, chamado Janssen. Espera-se que em breve se tome uma decisão sobre as duas vacinas chinesas, Sinopharm e Sinovac.

Este procedimento contribui para que os países que não têm recursos para determinar se um medicamento é eficaz e inócuo, possam acessar mais rapidamente o mesmo; e também permitirá ao sistema Covax - implantado pela OMS com outros cinco parceiros para distribuir vacinas anticovid em países desfavorecidos - ter mais vacinas.

A vacina desenvolvida pela Moderna, uma empresa emergente pioneira em vacinas contra a covid, tem características parecidas à desenvolvida pela Pfizer-BioNTech, com 94,1% de eficácia. Essa vacina americana foi autorizada na União Europeia, nos Estados Unidos, no Reino Unido, em Israel e Singapura, entre outros países.

Em 21 de janeiro foi examinada pelo Grupo Estratégico Consultivo de Especialistas (SAGE) sobre vacinação, encarregado de emitir recomendações sobre as vacinas.

O grupo recomendou que a vacina seja usada em todos os grupos etários a partir dos 18 anos. Os especialistas da OMS recomendam, ainda, que a vacina da Moderna seja administrada em duas doses com intervalo de 28 dias, embora tenham apontado que a segunda injeção pode "ser adiada em 42 dias" (seis semanas) em circunstâncias excepcionais, como grave crise sanitária ou escassez de doses.

No entanto, não recomendam reduzir a dose à metade.

O Ministério Público Federal formalizou, na última sexta-feira (15), o arquivamento do inquérito aberto contra a Volkswagen pelo apoio da montadora alemã à repressão durante a ditadura militar no Brasil (1964-1985). O encerramento da investigação é resultado do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com a empresa para garantir a reparação judicial pela anuência a violações aos direitos humanos.

Nos termos acertados, em troca da não proposição de ações penais, a partir de 21 de janeiro a Volkswagen deve começar a pagar a multa de R$ 36,3 milhões a ex-trabalhadores da empresa presos, perseguidos ou torturados durante a ditadura e a iniciativas de promoção de direitos humanos - como o Fundo de Defesa de Direitos Difusos, o Fundo Especial de Despesa de Reparação de Interesses Difusos Lesados e o Memorial de Luta por Justiça desenvolvido pela seccional da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo. O documento é assinado pelo subprocurador-geral Carlos Alberto Vilhena.

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O processo, encabeçado pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, chegou a ser alvo de um pedido de reconsideração formulado por centrais sindicais e outras entidades da sociedade civil, mas saiu do papel em menos de 60 dias após a abertura do período para análise das cláusulas do acordo e dos pontos do inquérito, que tem mais de 1,2 mil páginas.

Em setembro, quando o termo foi anunciado, o Estadão conversou com o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Sarrubbo, que também participou das negociações. O chefe do Ministério Público paulista defendeu o ajuste como um paradigma sob o aspecto da reparação judicial.

Na ocasião, a cúpula das instituições envolvidas no processo já avaliava que o caso poderia abrir caminho para a adoção de métodos de consenso e colaboração na punição de violações aos direitos humanos cometidos durante o regime militar que aguardam desfecho há décadas.

'Irrestritamente leal'

Um relatório encomendado pela própria Volkswagen ao pesquisador Christopher Kopper, professor da Universidade de Bielefeld, na Alemanha, apresentado em 2017, apontou que a empresa foi "irrestritamente leal ao governo militar" no Brasil "e compartilhou seus objetivos econômicos e de política interna".

Segundo o pesquisador, até 1979 a Volks mantinha um "apoio irrestrito" à ditadura que não se limitava a declarações de lealdade pessoais. Em 1969, foi iniciada uma colaboração entre a segurança industrial da montadora e a polícia política do regime militar por meio do chefe do departamento de segurança industrial, Ademar Rudge, oficial das Forças Armadas. Consta no relatório que as trocas de informações levaram à prisão ao menos sete empregados da fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.

Um dos presos, o operário Lúcio Bellentani, relatou à Comissão Nacional da Verdade (CNV), instaurada pelo governo Dilma Rousseff (PT), que a segurança industrial da Volks não só permitiu sua prisão, como também a tortura.

O documento aponta ainda que até 1980, a Volks do Brasil também demitiu empregados por participação em atividades sindicais.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou a delação premiada fechada pelo empresário Eike Batista com a Procuradoria-Geral da República, o primeiro acordo do tipo da gestão Augusto Aras. A decisão foi assinada na terça-feira (3).

Os termos incluem 32 cláusulas e 18 anexos que trazem depoimentos e documentos apresentados como provas por Eike. O acordo está sob sigilo e envolve pessoas com foro privilegiado no Supremo.

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Em maio, Rosa mandou a PGR e a defesa de Eike realizarem ajustes nos termos do acordo antes de homologá-lo. Entre os pontos questionados pela ministra estavam o local onde Eike cumpriria pena pelos crimes cometidos e a ausência de documentos que comprovassem seu patrimônio atual. A ministra também estabeleceu que os regimes de cumprimento do acordo devem estar de acordo com o Código Penal.

Pelos termos aprovados, Eike deverá pagar R$ 800 milhões em multas e cumprir um ano de pena em regime fechado, um ano em prisão domiciliar e dois anos em regime semiaberto.

O empresário foi alvo da Lava Jato Rio em janeiro de 2017, quando foi preso na Operação Eficiência. Após três meses de detenção, deixou a prisão em abril do mesmo ano por habeas corpus concedido pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo.

No ano passado, Eike foi preso novamente na Operação Segredo de Midas e foi apontado pela Procuradoria como 'principal beneficiário das operações ilícitas contra o mercado de capitais'.

As investigações revelaram que as mesmas contas utilizadas para o pagamento de propina ao ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB) 'foram usadas para manipular ações de empresas envolvidas em negociações com Eike Batista'. Ele foi solto no mesmo dia de sua prisão por liminar do Tribunal Regional Federal da 2ª Região.

O juiz titular da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, Fernando Viana, determinou a homologação do aditivo ao plano de recuperação judicial da Oi aprovado na assembleia de credores realizada em 8 de setembro.

A decisão, à qual o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, teve acesso, acaba de ser juntada ao processo. Com isso, a Oi tem o sinal verde necessário para colocar em prática o novo plano, que prevê a venda de mais de R$ 22 bilhões em ativos, como torres, data centers, redes móveis e metade do negócio de fibra.

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Viana negou os pedidos feitos pelos bancos para que a assembleia fosse anulada. Na visão das instituições financeiras, o novo plano da operadora as prejudica ao impor deságio de 55% sobre a dívida a ser paga. Além disso, os bancos afirmam que a mudança beneficia os bondholders que tiveram a dívida convertida em ações da companhia após a aprovação do plano de recuperação judicial original, em 2017.

"Rejeito todas as alegações de nulidades procedimentais da assembleia geral de credores, afasto a alegação de tratamento desigual entre os credores, bem como rejeito os pedidos de nulidade do quórum de votação e aprovação do aditivo, por não conterem vícios em sua formação e vontade", afirmou Viana.

O magistrado ainda determinou o prazo de 12 meses para que a Oi conclua o seu processo de recuperação judicial. Segundo ele, esse prazo pode ser prorrogado caso haja necessidade de se finalizarem "os atos relativos às alienações dos referidos ativos".

A Oi havia pedido a extensão do prazo até a metade de 2022. O novo plano da Oi prevê um desmanche da companhia e a concentração dos negócios no segmento de fibra ótica.

As redes móveis são alvo de interesse do consórcio formado por TIM, Vivo e Claro. Se as rivais ficarem com as redes móveis da Oi, haverá uma concentração de mercado, o que exigirá do Cade um análise complexa que pode durar um ano.

O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) determinou, na quarta-feira (26), que a Polícia Civil do Estado retifique o edital do concurso público destinado à contratação de 600 profissionais para o cargo de agente de polícia. O órgão concedeu até dez dias para a Polícia Civil inserir, no documento, um subitem contendo uma data para divulgação da homologação do resultado final do certame, que deve ocorrer após o resultado final do terceiro grupo do curso de formação profissional.

Somente a partir desta data, a polícia poderá começar a contagem do prazo de validade do concurso. A TCDF informa, por meio de nota, que também será necessário retificar ou excluir o subitem 8.5.8 do edital, para eliminar a menção à Lei/DF nº 5.769/2016, tendo em vista que essa Lei foi declarada inconstitucional pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), na ADI 8970-7.

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O ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello entendeu que não é possível acolher pedido da Procuradoria-Geral da República para homologação do acordo de não persecução penal do ministro Onyx Lorenzoni, pelo menos até o momento. Em decisão publicada nessa segunda-feira (10), o ministro registra que a análise do caso 'pressupõe atuação de órgão judicante competente' e que há de se aguardar julgamento do STF sobre o tema. A informação foi antecipada pelo repórter Rafael Moraes Moura no sábado (8).

"Descabe acolher o requerido pelo Procurador-Geral da República, no que a homologação do acordo de não persecução pressupõe atuação de Órgão judicante competente. Há de aguardar-se a conclusão do julgamento do agravo. Até aqui, prevalece a decisão mediante a qual assentada a incompetência do Supremo", registra o despacho disponibilizado pelo Supremo nesta segunda.

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O julgamento ao qual o documento se refere trata de um recurso impetrado por Onyx contra decisão de Marco Aurélio de encaminhar investigação de crime de caixa 2 supostamente cometido à época em que o atual ministro da Cidadania era deputado federal para a Justiça Eleitoral do Rio Grande do Sul, tendo em vista novo entendimento do STF sobre alcance de foro privilegiado. O caso está sob análise no plenário virtual da Primeira Turma da Corte, sendo que a discussão está prevista para terminar no dia 17.

Ao repórter Rafael Moraes Moura, Marco Aurélio explicou: "Só poderei examinar o acordo após julgar o agravo (recurso), e fixar-se a competência em definitivo. Por ora, prevalece a minha decisão no sentido de que o Supremo não é competente para uma possível ação penal. Se não é competente para uma possível ação penal, evidentemente não nos cabe capitanear o inquérito".

No acordo de não persecução penal firmado entre Onyx e a PGR, o ministro da Cidadania admitiu ter recebido R$ 300 mil em doações não contabilizadas do grupo que controla a empresa JBS nas eleições 2012 e 2014 e se comprometeu a pagar R$ 189,1 mil de multa em troca do encerramento da investigação.

Juristas ouvidos pelo Estadão avaliam que o acordo de Onyx abre precedente específico para casos similares e mostra o peso da avaliação do Ministério Público Federal. Tanto o valor a ser pago pelo político como até mesmo a viabilidade do acordo, considerando diferentes aspectos do crime, dependem da 'cautela' do Ministério Público Federal, sendo que contextos 'mais complexos' não cabem no dispositivo.

Nesta terça-feira (28) o Governador do Estado de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), sancionou a Lei nº 16.873, que suspende o prazo de validade de concursos públicos já homologados e em fase de convocação dos aprovados enquanto durar o Estado de Calamidade Pública causado pela Covid-19. O objetivo da lei, originada por um projeto de autoria da deputada Delegada Gleide Ângelo, é impedir que candidatos aprovados em concursos sejam prejudicados pela pandemia,

Além de suspender os prazos de validade, a lei ainda determina que “os prazos de validade retomarão seu curso, pelo período que lhes restava na data de publicação do ato de suspensão, tão logo reconhecida, por ato formal do Chefe do Poder Executivo Estadual, a normalização da situação calamitosa”.

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A Agêncial Nacional de Telecomunicações (Anatel) emitiu a homologação do videogame “Nintendo Switch Lite” e dos kits de desenvolvimento do aparelho. Além disso, os periféricos como Joy-Cons e o Pro Controller já foram liberados para vendas oficiais no Brasil.

Em 2015 a Nintendo deixou de comercializar os seus produtos no Brasil alegando o alto custo com impostos na produção dos aparelhos. Desde então, a única opção para adquirir os videogames da marca tem sido a importação. A recente homologação pode ser um indicio de que a empresa voltará a vender seus produtos no Brasil.

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A solicitação de homologação foi feita pela DKAF Representações, empresa com sede em Poços de Caldas (MG). Caso o Nintendo Switch seja comercializado no Brasil, a DKF será responsável pelo preparo de documentos e apoio administrativo, mas não irá atuar com as vendas do aparelho.

É bom lembrar que não é a primeira vez que produtos da Nintendo são homologados no Brasil. Em 2018 o console padrão “Nintendo Switch” foi registrado a pedido da empresa M RS Digital Ltda. A Nintendo negou qualquer tipo de parceria com a companhia e a homologação perdeu validade no final do ano passado.

O relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, homologou o acordo de colaboração premiada firmado pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB) com a Polícia Federal, segundo apurou o Estadão/Broadcast. A delação do emedebista foi homologada pelo Supremo por envolver autoridades com prerrogativa de foro privilegiado, como ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e políticos.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, a Procuradoria-Geral da República vai recorrer da decisão de Fachin. A PGR alega que Cabral não apresentou fatos novos e que o dinheiro que se comprometeu a devolver está bloqueado pela Justiça.

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Na delação, que segue mantida sob sigilo, Cabral se comprometeu a devolver aos cofres públicos R$ 380 milhões - valor referente a propina recebida quando era governador do Rio. Diferentemente de acordos de colaboração fechados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), a PF não estabeleceu previamente os prêmios a serem concedidos ao colaborador, como possibilidade de redução de pena, por exemplo.

Condenado 13 vezes na Operação Lava Jato no Rio - com penas que somam 280 anos - e preso desde novembro de 2016, o ex-governador assinou em novembro um acordo de colaboração premiada com a PF em que implica integrantes do Judiciário. O procurador-geral da República, Augusto Aras, se posicionou contra a homologação da delação de Cabral, assim como o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro.

Entre os elementos trazidos pelo emedebista no acordo, estão citações a dezenas de autoridades do mundo da política e do Poder Judiciário. Segundo uma fonte que teve acesso ao teor da colaboração, o ex-governador do Rio aborda a indicação de magistrados a tribunais.

As primeiras tratativas entre Cabral e a PF começaram no início de 2019, quando ele, pela primeira vez, confessou crimes. "Meu apego a poder e dinheiro é um vício", disse o ex-governador em fevereiro do ano passado, durante depoimento ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, onde correm os processos da Lava Jato fluminense. "Em nome da minha família, da minha história, quis fazer isso (admitir crimes) para ficar de bem comigo mesmo. Hoje sou um homem muito mais aliviado", afirmou ele.

Em 2018, o Supremo decidiu que delegados da PF e da Polícia Civil podem fechar acordos de delação. Os ministros também firmaram entendimento de que não é obrigatório que o Ministério Público dê um aval à colaboração fechada com a polícia.

Procurada, a defesa de Cabral não quis se manifestar.

Audiência

Nesta semana, em novo depoimento a Bretas, Cabral declarou que Luiz Fernando Pezão o ajudou a montar o esquema de propina que funcionou durante seu governo (2007-2014). Pezão foi vice-governador e secretário de Obras de Cabral, a quem sucedeu no Palácio Guanabara entre 2014 e 2018. "Luiz Fernando Pezão participou da estruturação dos benefícios indevidos desde o primeiro instante do nosso governo, desde a campanha eleitoral e durante os oito anos em que fui governador", disse Cabral. Pezão negou as acusações.

A Justiça Federal do Distrito Federal homologou acordo de colaboração premiada do estudante de direito Luiz Henrique Molição, de 19 anos, um dos presos na Operação Spoofing, deflagrada em julho, que investiga a invasão de celulares de autoridades da República incluindo procuradores da Lava Jato e o ministro da Justiça, Sergio Moro.

Molição foi preso na segunda fase da Spoofing e teria participado pessoalmente de conversa com o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil, referente à entrega dos conteúdos obtidos por meio das invasões. Ele tinha ligação com Walter Delgatti Neto, o "Vermelho", que confessou ter hackeado autoridades e repassado o conteúdo a Greenwald.

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A decisão de homologar a delação foi proferida na noite da segunda-feira, 2, pelo juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília. A tendência é que, a partir de agora, Molição deixe a prisão e continue a responder em liberdade.

O magistrado também concedeu mais 15 dias para que os investigadores encerrem o inquérito. O prazo encerra no dia 19 de dezembro. Após a conclusão pela Polícia Federal, caberá ao Ministério Público Federal decidir se oferece ou não denúncia.

No acordo, sob sigilo, Molição se comprometeu a trazer revelações sobre as ações relacionadas ao hackeamento das autoridades por meio das contas do aplicativo de comunicação Telegram. Ele também poderia entregar informações sobre diálogos que ainda não estão de posse dos investigadores.

Procurada, a defesa de Luiz Molição não atendeu telefonemas nem respondeu mensagens.

O PSL confirmou nesta terça-feira, 3, a punição ao deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e outros 17 parlamentares que tentaram afastar o presidente do partido, Luciano Bivar (PE), do comando da sigla. O filho do presidente pegou a maior punição e vai ficar um ano sem exercer atividades partidárias.

Eduardo Bolsonaro está em missão oficial da Câmara no Oriente Médio e ainda não foi comunicado oficialmente pelo partido. Na prática, o filho do presidente vai perder a liderança do PSL na Casa e todas as cadeiras que ocupa nas comissões temáticas da Casa, como na CPMI das Fake News, onde tem sido uma espécie de advogado de defesa do presidente Jair Bolsonaro.

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O parlamentar só mantém o comando da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (Creden) até o final do ano porque foi eleito presidente e, pelo regimento da Casa, fica imune a quaisquer alterações feita pelo partido. Em 2020, ele fica impedido de disputar cadeiras nos colegiados temáticos da Câmara.

Além de Eduardo, outros 17 deputados que assinaram o manifesto contra Bivar foram punidos. As penas vão de advertência até suspensão das atividades partidárias por 12 meses e foram recomendadas pela Executiva Nacional da legenda na semana passada. Nesta terça-feira, o diretório homologou as punições.

A suspensão de Eduardo e de aliados é uma derrota para a ala ligada ao presidente Jair Bolsonaro, que queria a expulsão para conseguir sair do partido sem perder o mandato. Em entrevista à Rádio Eldorado na terça-feira passada, a advogada da família Bolsonaro e tesoureira do Aliança pelo Brasil, Karina Kufa, afirmou que seria "um favor" retirarem eles da legenda.

Segundo Karina, o PSL tem adotado uma tática de abrir vários processos de expulsão contra os parlamentares aliados de Bolsonaro para provocar "medo e terror". "Estão fazendo isso para vir com penalidades que só visam criar um processo vexatório, não um processo democrático. Se não está satisfeito com o parlamentar, expulse e deixe ele viver a vida em outro partido", afirmou a advogada na entrevista.

Os punidos já anunciaram a intenção de migrar seus mandatos para o Aliança pelo Brasil, partido fundado pelo presidente no mês passado. A nova legenda ainda não foi reconhecida pelo Tribunal Superior Eleitoral.

A debandada do grupo político de Bolsonaro do PSL ocorre após divergências com o presidente da sigla, deputado Luciano Bivar (PE). O PSL deixou de ser nanico após eleger 52 deputados no ano passado - deve receber algo próximo de R$ 1 bilhão em recursos públicos até 2022. A intenção do grupo do presidente era afastar Bivar para poder dar as cartas na distribuição do dinheiro. Mas a manobra não foi bem sucedida e obrigou Bolsonaro a sair da legenda.

Veja as punições previstas para cada deputado:

Bibo Nunes (PSL-RS): 12 meses

Alê Silva (PSL-MG): 12 meses

Bia Kicis (PSL-DF): 6 meses

Carla Zambelli (PSL-SP) : 6 meses

Carlos Jordy (PSL-RJ): 7 meses

Daniel Silveira (PSL-RJ): 12 meses

Eduardo Bolsonaro (PSL-SP): 12 meses

General Girão (PSL-RN): 3 meses

Filipe Barros (PSL-PR): 6 meses

Junio Amaral (PSL-MG): 3 meses

Luiz Philippe de Órleans e Bragança (PSL-SP): 3 meses

Márcio Labre (PSL-RJ): 6 meses

Sanderson (PSL-RS): 10 meses

Vitor Hugo (PSL-GO): 7 meses

A Executiva Nacional também indicou advertência para outros quatro deputados. São eles:

Aline Sleutjes (PSL-PR)

Chris Tonietto (PSL-SC)

Hélio Lopes (PSL-RJ)

Coronel Armando (PSL-SC)

Recentemente, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) passou a fiscalizar equipamentos importados através dos Correios, incluindo celulares, drones e dispositivos em geral. Produtos sem o selo de homologação ficam apreendidos até que o consumidor pague uma taxa de R$ 200. Mas em quais casos esse pagamento se aplica? Ainda será possível compar em sites como GearBest ou Dealextreme sem problemas? Entenda como funcionará a medida pelas palavras da Anatel.

Qual o objetivo da nova taxa?

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A medida busca garantir que os produtos para telecomunicações que entram no país atendam padrões mínimos de segurança e qualidade, além de evitar possíveis interferências em faixas de frequência dos serviços do setor.

Por que os celulares precisam ser homologados?

O processo de homologação garante os aparelhos são compatíveis com as tecnologias adotadas no país e atendem requisitos técnicos de funcionamento e condições de garantia, de assistência técnica e de qualidade. Nos dispositivos certificados, há um selo da Anatel na parte traseira do produto.

É uma espécie de autorização para o uso e a comercialização de produtos de telecomunicações no país. Apenas neste ano, mais de 5 mil produtos foram certificados e 7 mil foram homologados pela Anatel.

Que caminho o equipamento percorre ao chegar no Brasil?

A Receita Federal (RF) tem um convênio com os Correios e analisa, no centro de triagem, todos os aparelhos que vêm do exterior. Quem importa equipamentos legalmente tem que garantir o recolhimento dos impostos e cumprir outros requisitos. Um deles é a homologação do equipamento, isto é, ter sua avaliação de qualidade e segurança reconhecida pela Anatel.

Se o produto não tem o selo de homologação, como é o caso da maioria dos smartphones produzidos na China, por exemplo, ele é apreendido e os órgãos competentes exigem que o proprietário solicite sua homologação junto à Anatel.

Por que devo pagar R$ 200?

Para cobrir os custos administrativos durante o processo de homologação para uso próprio é cobrada uma taxa de R$ 200. Esse valor incide, por exemplo, quando um consumidor compra um produto pessoalmente no exterior, volta ao Brasil e verifica que ele não havia passado por um processo de homologação compatível com a regulamentação brasileira. 

Já para a homologação com fins comerciais a taxa é de R$ 500. Esses valores são destinados ao Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel).

A regra vale para todos os produtos?

Basicamente todo dispositivo que envolva telecomunicações, tal como 4G, Wi-Fi ou Bluetooth. Isso inclui celulares, drones, teclados e mouses sem fio, roteadores e aparelhos de transmissão de sinais. Dispositivos como antenas, roteadores e drones também estão sujeitos à fiscalização.

Importar é ilegal?

A Anatel lembra que a importação de produtos de telecomunicações por consumidores por meio dos Correios é proibida no Brasil. Segundo a entidade, o consumidor pode trazer um equipamento em mãos ao voltar de viagens internacionais, mas não pode encomendar tais produtos do exterior por correspondência. As importações regulares de equipamentos de telecomunicações seguem legislação específica.

*Fonte: www.anatel.gov.br

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