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O ministro libanês da Cultura, Mohammad Mourtada, anunciou, nesta quarta-feira (9), que pediu a proibição do filme "Barbie", pois segundo ele a produção promove a homossexualidade, em um contexto de aumento da intolerância no país, que é um dos mais liberais do Oriente Médio.

Em um comunicado, o político denunciou que o longa-metragem americano dirigido por Greta Gerwig, cuja estreia no país está prevista para 31 de agosto, "ofende os valores morais e religiosos do Líbano".

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O filme "promove a homossexualidade e a mudança de sexo, apoia a rejeição à tutela do pai, ridiculariza o papel da mãe e põe em dúvida a necessidade do casamento e da formação de uma família", acrescentou o ministro.

A comédia de sucesso, protagonizada pelos astros de Hollywood Margot Robbie e Ryan Gosling, propõe uma reflexão sobre os papéis de gênero e conta, de uma perspectiva feminista, a história da famosa boneca da Mattel e seu namorado, Ken, apresentado como um homem belo fisicamente, mas sem virilidade.

Essas declarações ocorrem no contexto de uma campanha contra a comunidade LGBTQIA+ no Líbano, liderada pelo influente movimento xiita Hezbollah.

Embora o país seja conhecido por ser um dois mais tolerantes do Oriente Médio, suas autoridades já proibiram no ano passado a exibição do filme sobre o brinquedo "Buzz Lightyear" devido à presença de um casal formado por duas mulheres.

Grupos sociais minorizados, historicamente, têm travado longas lutas por direitos e, principalmente, por respeito. Foi e é assim, por exemplo, com os negros, as mulheres e com a população LGBTQIAPN+. Esta última tem o mês de junho como seu “mês do Orgulho”, que joga luz sobre as demandas e os avanços conquistados pela comunidade. E é dever de todos respeitar as diversas formas de se relacionar, de amar ou se identificar. O direito de ser deve ser preservado.

Na madrugada do dia 28 de junho de 1969, a polícia de Nova York fez uma batida no bar Stonewall Inn, famoso por ser um dos poucos locais a acolher a população LGBTQIAPN+ naquele estado, que possuía leis que criminalizavam a homossexualidade. A batida violenta provocou uma série de protestos, o que ficou conhecido como a Rebelião de Stonewall, marco da luta da comunidade por direitos e respeito. A data seria, posteriormente, definida como o Dia Internacional do Orgulho.

Convenhamos, em pleno século 21, não deveríamos, ainda, precisar lembrar acontecimentos trágicos do passado para falar de humanidade. Evoluímos muito em tecnologia, mas não avançamos o mesmo tanto em dignidade. Pessoas LGBT continuam a ser preteridas nos mais diversos espaços sociais, perseguidas, excluídas e mortas. Muitas vezes, o preconceito vem dos próprios governantes, que, eleitos para atuar em prol de toda a população do país, escolhem agradar apenas a uma parcela, relegando os demais a segundo plano, ou mesmo fazendo “vista grossa” para as violências que sofrem.

Interessa-me também falar sobre mercado de trabalho e empreendedorismo. Nesta seara, é importante destacar a relevância da diversidade. Ter um ambiente corporativo diverso traz inúmeros benefícios, como a variedade de pontos de vista. Esta pode promover mais inovação, ao misturar diferentes visões para chegar a um resultado ainda melhor. Se dizem que “duas cabeças pensam melhor do que uma”, imagine se elas vierem de realidades bem diferentes? O potencial criativo é bastante ampliado.

O esforço pela igualdade e contra o preconceito precisa ser coletivo. Ninguém precisa ser negro para lutar contra o racismo. Da mesma forma, o apoio à comunidade LGBTQIAPN+ deve vir de diversas frentes. Afinal, como a própria sigla indica, a inclusão é o foco. Há que se trabalhar muito para alcançá-la de forma mais plena.

O goleiro espanhol Alberto Lejárraga, do Marbella FC, assumiu publicamente a sua homossexualidade após publicar uma foto em que beija seu namorado, nas redes sociais. A troca de afeto entre o casal aconteceu após o Marbella vencer o Real Jaen por 1 a 0 e garantir o acesso à “Segunda Federación”, equivalente à quarta divisão espanhola.

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Na publicação, Alberto agradeceu o seu companheiro pela parceria que construíram. “Muito obrigado por estar sempre ao meu lado, nos bons e maus momentos! Dessa vez tivemos que viver a beleza disso! OBRIGADO”, disse o goleiro de 28 anos. A publicação já ultrapassou 15 mil curtidas.

Uganda, na África Oriental, se tornou na terça-feira (21) o sétimo país a aprovar uma lei que torna atos homossexuais puníveis com a morte. Com isso, o país se junta a Arábia Saudita, Irã, Iêmen, Nigéria, Mauritânia e Brunei na lista de Estados que preveem a pena em seus sistemas legais, segundo a Associação Internacional de Gays e Lésbicas (AIGL), em seu relatório de 2020.

Outros cinco países - Afeganistão, Paquistão, Catar, Somália e Emirados Árabes - têm leis dúbias sobre pena de morte para relações consensuais entre pessoas do mesmo sexo, ainda que não tenham sido registradas execuções de representantes da comunidade LGBT+ nesses locais nos últimos anos.

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Ao todo, segundo a AIGL, 69 países-membros das Nações Unidas têm leis que criminalizam a homossexualidade. Dessa lista, 31 países ficam na África, apesar de algumas mudanças recentes na posição sobre a comunidade LGBT+ em países como Angola, Gabão e Botswuana.

Outros 21 países ficam na Ásia, especialmente no Oriente Médio, onde a interpretação rígida da lei islâmica geralmente gera algum tipo de punição para homossexuais. Outros nove ficam no Caribe e seis, na Oceania.

Em países não islâmicos, muitas das leis que criminalizam as relações homossexuais tem origem na era colonial. Dos 53 países da comunidade britânica de nações, a Commonwealth, que reúne a maioria dessas ex-colônias britânicas, 36 têm leis que criminalizam a homossexualidade.

Isso ocorre porque no Reino Unido, relações consensuais entre homossexuais eram consideradas crime até 1967. Maior potência colonial do século 19, principalmente na África, a coroa britânica replicava nas colônias a lei da metrópole. Uganda, por exemplo, foi uma colônia britânica e se tornou independente apenas em 1962.

O que torna a lei ugandense diferente da maioria dos países que aplicam a pena capital a gays é que o projeto foi aprovado no Parlamento. Em teocracias como Arábia Saudita, Irã e em partes da Nigéria, a sharia (lei islâmica) é aplicada.

Perseguição no coração da África

Em Uganda, apenas dois dos 389 legisladores não votaram a favor do projeto radical, que introduz a pena capital e prisão perpétua para quem faça "sexo gay" e o que o texto chama de "recrutamento, promoção e financiamento" de "atividades do mesmo sexo".

A lei deve ser agora sancionada pelo presidente Yoweri Museveni. Esta votação ocorre em Uganda em plena onda de homofobia na África Oriental, onde a homossexualidade é ilegal e, com frequência, considerada um crime.

Na semana passada, o presidente Musevini, no poder desde 1986, qualificou os homossexuais como "desviados". Poucos dias depois, a polícia ugandesa deteve seis pessoas por "prática homossexual".

No mês passado, Musevini disse que Uganda não abraçará a homossexualidade, alegando que o Ocidente está tentando "obrigar" outros países a "normalizar desvios".

O Parlamento de Uganda aprovou, nesta terça-feira (21), uma lei que prevê duras penas para as pessoas que mantém relações homossexuais.

"Ganha o sim", anunciou a presidente da Câmara, Annet Anita Among, após o voto final, destacando que "a lei foi aprovada em tempo recorde".

Os deputados emendaram consideravelmente o texto inicial, que previa penas de até dez anos de prisão para pessoas que praticavam atos considerados homossexuais ou se reivindicaram como parte da comunidade LGBTQIA+ em um país onde a homossexualidade já é ilegal.

"Esta Câmara não hesitará em restringir qualquer direito na medida em que reconheça, proteja e salvaguarde a soberania deste país e sua moral", disse Among.

A lei deve ser agora sancionada pelo presidente Yoweri Museveni, que poderá promulgá-la ou impor seu veto.

Esta votação ocorre em Uganda em plena onda de homofobia na África Oriental, onde a homossexualidade é ilegal e, com frequência, considerada um crime.

Na semana passada, o presidente Musevini, no poder desde 1986, qualificou os homossexuais como "desviados". Poucos dias depois, a polícia ugandesa deteve seis pessoas por "prática homossexual".

Uganda tem uma legislação anti-homossexualidade rigorosa, herança das leis coloniais britânicas, embora desde sua independência, em 1962, não tenham sido apresentadas condenações por práticas sexuais consensuais entre pessoas do mesmo sexo.

Em 2014, a tentativa de aprovar uma lei que previa penas de prisão perpétua para esse tipo de relação foi bloqueada em última instância pela justiça ugandesa.

Durante viagem de retorno ao Vaticano, após visita à África, o papa Francisco afirmou neste domingo (5) que a criminalização de homossexuais "é uma injustiça e um pecado que não se pode deixar passar". A afirmação, reiterando declarações anteriores, ocorreu durante a tradicional conferência de imprensa em voos posteriores a visitas internacionais, quando foi indagado sobre a perseguição que sofrem os homossexuais em alguns países africanos.

Ele relembrou a célebre afirmação: "Se uma pessoa é de tendência homossexual e acredita e busca a Deus, quem sou eu para julgá-la?". "Já havia dito que a criminalização da homossexualidade é um problema que não deve ser deixado para depois. Acredito que existam cerca de 50 países que, de um modo ou de outro, criminalizam a homossexualidade e dez inclusive preveem pena de morte; isto não é justo", disse o pontífice

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O chefe da Igreja Católica também reiterou que "pessoas de tendência homossexual são filhas de Deus". "Deus as quer, Deus as acompanha e condenar essa pessoa por isso é um pecado. Não estou falando de grupos, lobbies, mas de pessoas. E o Catecismo da Igreja diz que ninguém deve ser marginalizado."

Instrumentação

Ele também aproveitou a conversa com jornalistas para lamentar que a morte de seu antecessor, o papa emérito Bento XVI, em 31 de dezembro, tenha sido "instrumentalizada" por alguns grupos dentro da Igreja Católica. "Foi instrumentalizada por gente que deseja 'levar água para o seu moinho'. Essa gente não tem ética, é gente de partido, não de Igreja", afirmou Francisco. "Deixo de lado essas coisas, porque não prosperam, caem por si, como de resto ocorreu em toda a história da Igreja." O bispo alemão Georg Ganswein, que acompanhou os últimos anos de Bento XVI, publicou há um mês um livro com críticas a Francisco, em que relata que a decisão de proibir missas em latim "partiu o coração" do antecessor.

Foi a primeira vez que Francisco deu uma resposta mais enfática dirigida a setores mais conservadores do catolicismo que criticam sua condução da "cátedra" de São Pedro. Um ponto a se observar na disputa interna da Igreja Católica envolve agora a sucessão próxima do prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Luis Ladaria Ferrer. O departamento teve entre seus chefes Bento XVI, no papado de João Paulo II. Agora, teme-se a colocação no posto de alguém mais liberal, justamente quando cresce a pressão no Vaticano por uma encíclica moral voltada para sexualidade e crítica à ideologia de gênero. Nesse ponto, os acenos de Francisco ao acolhimento à comunidade LGBT+ têm provocado críticas cada vez mais abertas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O papa Francisco declarou nesta terça-feira (25) que ser homossexual não é um crime e classificou as leis que criminalizam a homossexualidade como "injustas".

    "Ser homossexual não é crime, mas é pecado", declarou o Pontífice em entrevista à Associated Press nesta terça-feira (25).

O religioso disse ainda que Deus ama todos os seus filhos como eles são e pediu aos bispos católicos que recebam as pessoas da comunidade LGBTQIA+ na Igreja.

    Na conversa, Francisco lembrou que é preciso fazer a distinção entre pecado e crime, reforçando que "também é pecado faltar à caridade uns com os outros", e reconheceu que os bispos apoiam as leis que criminalizam a homossexualidade ou discriminam a população LGBTQIA+.

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Segundo o argentino, este tipo de atitude, no entanto, está relacionada às origens culturais, o que faz com que os bispos precisem passar por um processo de mudança para reconhecer a dignidade de todos os cidadãos.

"Estes bispos devem passar por um processo de conversão", disse Jorge Bergoglio, acrescentando que os religiosos devem usar "ternura, por favor, como Deus tem por cada um de nós".

De acordo com a publicação, pelo menos 67 países ou jurisdições em todo o mundo criminalizam a atividade sexual consensual entre pessoas do mesmo sexo. Destas, 11 podem ou impõem a pena de morte, conforme a The Human Dignity Trust, responsável por lutar contra esse tipo de legislação.

Para o Papa, essas leis são "injustas" e, portanto, a Igreja pode e deve lutar para acabar com elas.

Citando o Catecismo da Igreja Católica, ele ressaltou que os homossexuais devem ser bem-vindos e respeitados, e não devem ser marginalizados ou discriminados.

"Somos todos filhos de Deus, e Deus nos ama como somos e pela força que cada um de nós luta pela nossa dignidade", enfatizou Francisco à AP.

No último dia 20 de janeiro, o Santo Padre já havia dado outro sinal de abertura a homossexuais na Igreja Católica ao afirmar que "Deus não renega nenhum de seus filhos".

A Igreja Católica ensina que a homossexualidade é um pecado, mas Bergoglio implantou uma postura mais aberta ao longo de seu pontificado. Entretanto, essa postura já lhe rendeu até acusações de heresia por parte dos bispos ultraconservadores.

Saúde e Bento XVI - Durante a entrevista, o Papa falou sobre seu estado de saúde, a morte de Bento XVI, no último dia 31 de dezembro, e explicou que não cogitou emitir normas para regular futuras renúncias papais.

"Estou bem de saúde. Para a minha idade, sou normal", afirmou o Pontífice, de 86 anos, que revelou que a "diverticulose - protuberâncias na parede intestinal - voltou".

O Pontífice também revelou que sofreu uma pequena fratura óssea no joelho devido a uma queda e que ela cicatrizou sem cirurgia após laser e terapia magnética. " "Posso morrer amanhã, mas está tudo sob controle. Estou bem de saúde", acrescentou ele com seu habitual senso de humor.

Já sobre Bento XVI, Francisco elogiou o papa emérito como um "cavalheiro". "Perdi um pai". "Para mim, ele era um segurança.

Diante de uma dúvida, eu pedia o carro e ia ao mosteiro e perguntava", contou o religioso sobre suas visitas à casa de Joseph Ratzinger para obter aconselhamentos.

Da Ansa

O Parlamento de Singapura revogou, nesta terça-feira (29), uma lei contra a homossexualidade da era colonial que foi criticada como discriminatória e estigmatizante para a comunidade LGBTQIA+.

A legislação em questão punia o sexo entre homens com até dois anos de prisão, embora não fosse mais aplicada na prática. O Parlamento revogou a lei com 93 votos a favor, três contra e nenhuma abstenção.

"Me sinto grato e sortudo por ter sobrevivido ao ponto culminante da nossa luta de 12 anos" para derrubar essa lei, disse Roy Tan, um médico que contestou, sem sucesso, o texto no tribunal.

Segundo ele, essa mudança ilumina "um novo capítulo na história da comunidade LGBTQIA+ em Singapura".

"Estou feliz que finalmente aconteceu", afirmou Justin, um membro da comunidade LGBTQIA+ que forneceu apenas seu primeiro nome à AFP.

"Um motivo a menos para eu esconder meu verdadeiro eu, por causa de uma lei arcaica. Mas é apenas o primeiro passo para acabar com o estigma social e religioso que esta comunidade carrega pelas crenças ultrapassadas e pela censura da mídia", acrescentou.

- Casamento tradicional é mantido -

Ao mesmo tempo, o Parlamento também alterou a Constituição com uma emenda para manter a definição tradicional de casamento entre um homem e uma mulher, o que bloqueia a igualdade no matrimônio.

No final das discussões nesta terça-feira, o ministro do Interior e da Justiça, K. Shanmugam, disse que revogar a lei foi "a coisa certa a fazer", porque não há "considerações públicas que justifiquem o sexo privado e consensual entre homens como um crime".

Ao mesmo tempo, o ministro também defendeu a emenda constitucional, caso contrário, afirma ele, o conceito de casamento tradicional poderá ser ameaçado na Justiça, assim como todas as políticas públicas baseadas nessa definição.

"Não há planos de mudar essa definição para incluir casamentos entre pessoas do mesmo sexo", enfatizou o ministro da Família e da Promoção Social, Masagos Zulkifli, cujo ministério promoveu a emenda constitucional.

"Líderes religiosos, ou qualquer outra pessoa autorizada para esse fim, não podem oficializar um casal homossexual. Isso é contra a lei", acrescentou.

Defensores da comunidade LGBTQIA+ denunciaram que esse tipo de emenda promove uma diferença de tratamento.

Em 2020, a homossexualidade era ilegal em 69 países ao redor do mundo, incluindo 11 onde a pena de morte é contemplada, de acordo com um relatório da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexo (ILGA).

Uma marcha em Quito comemorou neste sábado (19) os 25 anos da descriminalização da homossexualidade no Equador. O ato foi liderado por mulheres trans, que reivindicam a inclusão trabalhista.

Com uma enorme bandeira azul claro e rosa, que identifica a população trans, os manifestantes partiram da sede do Ministério Público, no norte, para o Centro de Arte Contemporânea (CAC), localizado no centro histórico da cidade.

Uma das principais reivindicações foi que o governo crie condições e locais de trabalho para a população LGBTI, que pela primeira vez será contabilizada no censo nacional, realizado este mês e que inclui duas perguntas sobre identidade de gênero.

“Depois de 25 anos de descriminalização (da homossexualidade), continuamos na precariedade, especialmente as mulheres trans”, disse à AFP Malony Chávez, presidente da Associação de Trabalhadoras do Sexo Trans de Quito.

Chávez, de 38 anos, acrescentou que é necessário que “o trabalho sexual seja regularizado para que tenhamos as garantias que merecemos como pessoas”.

Lamentou que "na prática não houve mudança" após a descriminalização da homossexualidade no país historicamente conservador.

"Continuamos a ser perseguidas pela polícia, agredidas pela polícia, estupradas pela polícia", disse.

Em 1997, por meio de uma ação movida no então Tribunal Constitucional, um grupo de ativistas conseguiu impedir que a homossexualidade fosse considerada crime punível com até oito anos de prisão.

Para comemorar os 25 anos dessa conquista, os participantes exibiram cartazes que diziam: "que ser trans não seja uma sentença de morte" e "a felicidade trans é linda".

Um grupo de ativistas chegou a pintar um pedido por “justiça trans” em uma das principais avenidas da capital.

Nebraska Montenegro, que integrou o grupo Coccinelle que luta pela descriminalização desde a década de 1980, disse à AFP que "é um orgulho para as sobreviventes ter uma nova geração unida e lutando pelos mesmos direitos".

O Equador aprovou o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo em 2019, o que foi considerado uma decisão histórica a favor da comunidade LGBTI.

Uma pesquisa sobre o perfil ideológico da população, realizada  pelo Datafolha, mostra que aumentou, no país, o índice de aceitação à diversidade sexual. Segundo o levantamento, oito entre 10 brasileiros acham que a homossexualidade deve ser aceita.

Em comparação à uma pesquisa feita anteriormente, em 2017, o pensamento de que a homossexualidade deve ser desencorajada por toda a sociedade passou de 19% para 16%. Uma fatia de 6% não opinou. Na divisão dos entrevistados por gênero, a rejeição é numericamente maior entre homens (17%) do que entre mulheres (14%). Quando observada a idade, o percentual aumenta conforme a geração: 7% (16 a 24 anos), 12% (25 a 34 anos), 15% (35 a 44 anos), 18% (45 a 59 anos) e 22% (60 anos ou mais).

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Na primeira edição da pesquisa, feita em 2014, a crença de que a homossexualidade deve ser aceita contava com o apoio de 64% das pessoas. O índice passou para 74% em 2017 e atingiu agora 79% —ou seja, oito em cada 10 brasileiros concordam com tal  afirmação.

O instituto ouviu 2.556 pessoas acima dos 16 anos em 181 cidades de todo o país nos últimos dias 25 e 26. Contratado pela Folha, o levantamento está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-05166/2022 e possui margem de erro de 2 pontos percentuais, para mais ou menos.

 

Sucesso na década de 1980, Marcio Mendes resolveu abrir o coração sobre o seu lado pessoal. O vocalista do Trio Los Angeles falou pela primeira vez a respeito de sua homossexualidade. Durante entrevista ao podcast Papagaio Falante, o cantor de 72 anos afirmou que não tem mais o que esconder das pessoas.

"Nunca toquei nesse assunto. Minha família nunca me perguntou sobre isso, por exemplo. Mas sou uma pessoa normal e totalmente aberto. As pessoas que convivem mais comigo sabem. Muita gente do nosso meio nunca vai sair do armário, a gente sabe disso. Sou um cara moderno e hoje tenho que ter essa liberdade. Vou mentir até quando?", disse.

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Ainda no bate-papo, ele contou: "Tenho um companheiro que cuida muito bem de mim. É o Wagner, que está comigo há muitos anos. Não devo ter preconceito de nada". Morando atualmente em Cotia, São Paulo, Marcio Mendes garantiu que pensa todos os dias em sua felicidade.

Nesta quinta-feira (2), o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (sem partido) disse acreditar que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é homossexual. Segundo Maia, por conta da formação militar, o chefe do Executivo não tem “coragem de assumir”. A suposição foi feita durante uma entrevista ao podcast “Derrete Cast” e não foi bem recebida nas redes sociais.   

Para justificar o raciocínio, Maia destacou que Bolsonaro “não admira” as mulheres, apenas homens: “não tem uma mulher que ele [Bolsonaro] admire, ele não gosta”. “Acho que esse debate tem que fazer. Ele não consegue assumir o que ele é. Falo sério. As pessoas acham que falo brincando, mas depois me dão razão", acrescentou.  

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No Twitter, o ex-deputado federal Jean Willys discordou da suposição do político, e explicou o porquê: "O genocida é seguramente misógino, sexista e machista, e tem doentia fixação no coito anal e inveja do gozo da homossexualidade. Tudo isto faz dele um homofóbico, não um gay. Gay sou: ser gay tem a ver com tem a ver com o orgulho de ser", publicou Willys na rede social.   

Em resposta, Maia disse que ele “pode ter razão”. Em seguida, Jean complementou a explicação. "Nem todo homem que tem fantasias sexuais com a homossexualidade masculina, reprimidas ou não, é homossexual. Quase todos os héteros que têm essa fantasia reagem a ela com a homofobia; daí esta ser tão presente na socialização e construção da identidade masculina heterossexual", continuou.   Segundo Willys, “os elementos” que compõem a trajetória de Bolsonaro são suficientes apenas para classificá-lo “como um misógino, machista e homofóbico”. Ademais, o ex-parlamentar definiu o comportamento do presidente enquanto uma “fixação doentia no coito anal e uma performance de masculinidade tóxica, como a maioria de seus (dele) seguidores”.   

Acompanhe no Twitter: 

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Caio Castro e Rafa Kalimann foram alvos de polêmica nesse domingo (30). Os dois compartilharam em suas redes sociais um vídeo em que o pastor Cláudio Duarte se posiciona contra o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo. Em trecho, o líder religioso afirma: “Não sou a favor. Por mais que eu respeito, tenho minhas convicções”.

No vídeo, o pastor conta história da sua infância e diz ter convivido em um dos lares que morou, com um “cara que era seu irmão e era gay”, onde um usava roupas do outro, emprestadas, tênis. Cláudio em trecho após ser perguntado se é a favor do “casamento gay”, diz: “A bíblia diz que há amigos mais chegados que irmãos. Então não tem problema nenhum, eu tenho valores e não vou abrir mão deles. Se você me perguntar se eu acho certo, eu não acho, mas isso não nos torna inimigos, por que não posso sentar com você e bater um papo, te abraçar, te respeitar? [...] Então eu nunca vou negociar com divórcio, adultério e homossexualismo, mas eu vou amar, vou respeitar, entendeu?”.

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Rapidamente após o compartilhamento do vídeo por Caio e Rafa, seus nomes foram parar nos assuntos mais comentados do Twitter, fazendo com que a influencer percebesse seu erro e viesse a público pedir desculpas.

A ex-BBB apagou a publicação e disse: “Quis vir aqui me desculpar por um vídeo que compartilhei no stories. Meu intuito era repassar aquilo para aqueles que tratam mal os LGBT’s por conta de religião, pra de uma vez por todas isso parar. Sinto muito se ofendi  e se pareceu que eu discordo de relacionamentos homoafetivos (jamais!!!). Apaguei depois de ver que estavam levando como uma opinião minha, e está longe de ser. Muito pelo contrário, entendi completamente o ponto de vista de vocês, respeito e peço desculpas pelo meu compartilhamento”, finalizou ela em postagens no Twitter.

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Bronca do Gil do Vigor

O pernambucano e também ex-BBB Gilberto respondeu o pedido de desculpas de Rafa, explicando onde ela errou e agradecendo por ela ter assumido o erro e se desculpado. “Rafa, a questão é que ele disse que tem valores e que acha errado, mas respeita e é contra isto que lutamos, contra pessoas que acham que relacionamentos homoafetivos são errados e contra os valores. Sou bicha e tenho valores! Mas que bom que você apagou e entendeu!”, escreveu Gilberto.

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Já Caio Castro, também se pronunciou sobre o assunto, na manhã desta segunda-feira (31), usando os stories do Instagram. O ator explicou o motivo de ter compartilhado o vídeo. Veja:

 

Após afirmar, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, que adolescentes homossexuais são frutos de “famílias desajustadas”, o atual ministro da Educação do governo Bolsonaro, Milton Ribeiro, fez um ataque à publicação alegando que sua fala foi “interpretada de modo descontextualizado”.

Através de uma nota de esclarecimento enviada à imprensa por meio do e-mail oficial do Ministério da Educação (MEC), o ministro, que também é pastor e poderá responder a um inquérito por homofobia devido à afirmação, alega que não pretendia agir de forma preconceituosa. 

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“Jamais pretendi discriminar ou incentivar qualquer forma de discriminação em razão de orientação sexual. Ademais, trechos da fala, retirados de seu contexto e com omissões parciais, passaram a ser reproduzidos nas mídias sociais, agravando interpretação equivocada e modificando o real sentido daquilo que se pretendeu expressar”, afirmou o ministro por meio da nota. 

Ao final do texto, Ribeiro pediu desculpas. “Por fim, nesta oportunidade, diante de meus valores cristãos, registro minhas sinceras desculpas àqueles que se sentiram ofendidos e afirmo meu respeito a todo cidadão brasileiro, qual seja sua orientação sexual, posição política ou religiosa.” Confira a nota na íntegra: 

"Nota de esclarecimento

Quanto à reportagem veiculada no jornal “O Estado de São Paulo”, venho esclarecer que minha fala foi interpretada de modo descontextualizado.

Jamais pretendi discriminar ou incentivar qualquer forma de discriminação em razão de orientação sexual.

Ademais, trechos da fala, retirados de seu contexto e com omissões parciais, passaram a ser reproduzidos nas mídias sociais, agravando interpretação equivocada e modificando o real sentido daquilo que se pretendeu expressar.

Por fim, nesta oportunidade, diante de meus valores cristãos, registro minhas sinceras desculpas àqueles que se sentiram ofendidos e afirmo meu respeito a todo cidadão brasileiro, qual seja sua orientação sexual, posição política ou religiosa.

MILTON RIBEIRO

MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO"

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O ministro da Educação, Milton Ribeiro, falou sobre sexualidade durante entrevista recente. Para o ministro, a homossexualidade seria fruto de “famílias desajustadas” e orientação sexual é um tema que não deve ser tratado com adolescentes. As falas de Ribeiro repercutiram bastante e foram muito comentadas nas redes sociais.

Em entrevista ao Estadão, o ministro falou o que pensa sobre alguns temas ligados à sexualidade. A começar pela homossexualidade. “Acho que o adolescente que muitas vezes opta por andar no caminho do homossexualismo (sic) tem um contexto familiar muito próximo, basta fazer uma pesquisa. São famílias desajustadas, algumas. Falta atenção do pai, falta atenção da mãe". Ele também disse que “respeita, mas não concorda” com tal comportamento.

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Em seguida, Milton Ribeiro falou que é contra certas discussões com menores de idade porque as crianças acabam “optando” por serem gays: "Dizem que é para proteger gravidez indesejada, mas a verdade é que falar para adolescentes que estão com os hormônios num top sobre isso é a mesma coisa que um incentivo. É importante falar sobre como prevenir uma gravidez, mas não incentivar discussões de gênero".

As falas do ministro repercutiram mal e ele virou um dos assuntos mais comentados na internet, nesta quinta (24). “Isso é o ministro da "educação". Nem conceitos básicos da cidadania ele domin”; “Misericórdia todo dia um ministro da educação diferente falando algo cretino pra sustentar o cargo nesse governo”; “Ministro da Educação crente em 2020 falando que homossexualidade é fruto de família desajustada. Ajustada era a da Flordelis 100% hetero”; “Nada é tão ruim que não possa piorar, pode entrar novo ministro da educação”.

O ator global Igor Cosso escolheu uma data bastante simbólica para revelar sua orientação sexual. No último sábado (27), um dia antes do Dia do Orgulho LGBTI, o Júnior da novela Salve-se quem puder, publicou uma foto ao lado do namorado e celebrou a data em meio a críticas e elogios.

Em uma primeira publicação, Igor postou uma foto de dois homens se beijando e foi bastante criticado. Alguns fãs se disseram decepcionados e afirmaram que deixariam de seguí-lo nas redes sociais pelo seu posicionamento. Demonstrando estar alheio às críticas, o ator não se intimidou e aproveitou o momento para assumir sua homossexualdiade. 

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Na postagem seguinte, Igor revelou a identidade de seu namorado, Heron Leal. Na legenda, ele escreveu: “Já que é pra perder seguidores, uma foto minha mais clara e bonita de amor. :) (obrigado pelas energias boas! Sejamos felizes e orgulhosos de nós mesmos, sempre!)". A atitude do jovem ator foi, então, aplaudida. “Se deixaram de seguir você por quem você é, é pq nunca mereceram seguir você. Muita luz e muito amor a vocês! E que venham mais seguidores iluminados pra encher vocês de amor”, disse uma fã.

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O alemão Toni Kroos, meio-campista do Real Madrid, concedeu uma entrevista a uma edição especial LGBT da revista GQ, na qual comentou sobre a possibilidade de um jogador se revelar homossexual. O atleta afirmou que todos devem viver "livremente", mas que não sabe se esta seria uma boa ideia.

"Algumas palavras são frequentemente usadas durante o jogo e, considerando as emoções que existem nas arquibancadas, não posso garantir que ele não seria insultado e diminuído", comentou o jogador alemão.

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"Não deveria ser assim e tenho certeza que o jogador que decidir dar esse passo teria o apoio de muitos, mas duvido que isso seria o caso em uma partida fora de casa. Cada jogador tem que decidir sozinho se considera uma vantagem ou desvantagem, embora eu ache que, mesmo hoje em dia, não haveria muita vantagem", afirmou Kroos na entrevista.

No futebol masculino, há muito poucos casos de jogadores que se assumiram homossexuais - um exemplo é o atacante inglês Justin Fashanu, que "saiu do armário" ainda na década de 1980. Já no futebol feminino é muito mais comum as jogadoras admitirem que sentem atração pelo mesmo sexo, como fizeram a brasileira Marta e a norte-americana Megan Rapinoe, estrelas do esporte na atualidade.

Conhecido por protagonizar alguns papéis tanto em The Flash quanto em The Vampire Diaries, Rick Cosnett assumiu a sua homossexualidade para os seus fãs por meio das redes sociais.

O australiano de 36 anos de idade, compartilhou em seu Instagram um vídeo comentando sobre o assunto. E ele nem entra direito no assunto para sair contando que é realmente gay.

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"Olá a todos. Pausa dramática. Eu sou gay! As vezes, isso [se declarar] é algo realmente difícil de fazer quando você tem todas essas coisas subconscientes que você nem conhece desde a infância e da sociedade e por ser, você sabe, apenas a vida. Então aí está! Tenho certeza que a maioria de vocês provavelmente já sabia. Só quero que todo mundo saiba disso porque prometi pra mim mesmo que viveria a verdade todos os dias", disse.

Os fãs rapidamente o abraçaram e fizeram uma corrente de apoio para Rick na rede social.

"Parabéns por viver sua verdade! Leva algum tempo para abraçar e apreciar o apoio e amor que você certamente receberá. Aqui está o sucesso contínuo da carreira e te desejo muita felicidade pessoal", comentou um seguidor.

Caso você não sabia, Rick interpreta Dr. Wes em The Vampire Dairies, o analista Elias Harper em Quântico e o detetive Eddie Thawne em The Flash.

A atriz Carol Duarte, intérprete dos personagens Ivana/Ivan na novela "A Força do Querer", exibida na TV Globo em 2017, revelou ter passado uns perrengues fora das câmeras. Em entrevista ao programa "Morning Show", na rádio Jovem Pan dessa quinta-feira (17), Carol declarou que foi criticada ao assumir sua homossexualidade no período em que vivia um homem trans na trama de Glória Perez.

"Quando entrei para fazer a Ivana, o diretor me falou o seguinte: 'Essa personagem não tem margem de erro'. E era verdade. Se desagradasse o público um pouquinho, seria difícil continuar. Não só a autora Glória Perez, mas a equipe inteira foi bem e por isso que a Ivana, o Ivan na verdade, foi o que foi", explicou.

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E emendou: "Ia ser completamente incoerente comigo e com a minha namorada esconder qualquer coisa. E não cabe para mim quanto artista ser uma atriz que não desse conta da minha própria complexidade. [...] Por sorte sempre tive o apoio da minha família e da minha namorada. Eu fui bombardeada [referindo-se aos comentários na internet]".

Atualmente, Carol Duarte dá vida a Solange na série "Segunda Chamada", protagonizada por Deborah Bloch.

Um homem que por duas décadas liderou um programa de terapia de conversão baseado na fé, ou a "cura gay", se revelou homossexual. McKrae Game, de 51 anos, integrava o Hope for Wholeness, no norte da Carolina do Sul, nos Estados Unidos. Agora, o ex-líder da "cura gay" está tentando consertar os danos causados na comunidade que atacou durante maior parte de sua vida. 

Ao site Postand Courier, Game revelou que era gay quando recebeu aconselhamento de um terapeuta que garantiu que ele poderia superar as atrações que sentia por outros homens; era gay quando casou com uma mulher e quando milhares de pessoas o procuravam para receber conselhos "baseados na fé em Cristo". 

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Por muitos anos, McKrae tentou matar os seus reais sentimentos afetivos e sua identidade de gênero, como salienta. Só depois de ter sido demitido da clínica de reabilitação que trabalhava em novembro de 2017, que criou coragem para, em junho deste ano, revelar a sua condição sexual publicamente. 

"Como ex-líderes ex-gays, testemunhando o incrível dano causado àqueles que tentaram mudar sua orientação sexual ou identidade de gênero, nos unimos pedindo a proibição da terapia de conversão", afirma Game. Ele diz acreditar que a "terapia de conversão não é apenas uma mentira, mas é muito prejudicial". 

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