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A ONG Human Rights Watch (HRW) acusou, nesta sexta-feira (8), o Facebook de ter deletado "injustamente" suas publicações em defensa dos interesses palestinos durante a escalada violenta em maio em Israel e nos territórios palestinos.

Segundo essa organização defensora dos direitos humanos, várias publicações de palestinos ou de apoio a eles foram consideradas "discursos ou símbolos de ódio" e apagadas do Instagram, rede social que pertence ao Facebook.

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A empresa de Mark Zuckerberg removeu até publicações que consistiam simplesmente em compartilhar informações de jornais.

"Injustamente, o Facebook retirou ou apagou conteúdos (...), alguns deles sobre abusos dos direitos humanos promovidos por Israel na Palestina durante as hostilidades de maio", afirmou a organização em um comunicado.

"Essas remoções nos fazem pensar que o Instagram restringe a liberdade de expressão sobre questões de interesse público", criticou a HRW, que denunciou uma "censura" por parte da multinacional americana.

"A dimensão e a quantidade das restrições apontadas justificam uma investigação independente", acrescentou.

No início de maio, confrontos violentos começaram em Jerusalém Oriental, a área palestina da cidade, ocupada e anexada por Israel desde 1967.

O movimento islamita Hamas reagiu lançando mísseis em Gaza para Israel, que respondeu com 11 dias de intensos bombardeios sobre o enclave palestino.

Esses confrontos provocaram 260 mortes no lado palestino e 13 no israelense.

As contas do WhatsApp - que também pertence ao Facebook - de jornalistas palestinos também foram bloqueadas, incluindo as de repórteres da AFP na Faixa de Gaza.

A organização internacional Human Rights Watch (HRW), de defesa dos direitos humanos, afirmou que "monitorará de perto" o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). "A Human Rights Watch acompanhará de perto a retórica e as ações do governo de Bolsonaro", disse José Miguel Vivanco, diretor das Américas da Human Rights Watch, em nota divulgada ontem (28), após o anúncio do resultado das eleições no país.

A ONG sublinhou que o capitão reformado venceu eleições marcadas por violência de cunho político. "Muitas vítimas eram pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT), mulheres e negros", diz a nota. “Continuaremos fazendo nosso trabalho rigoroso e independente de investigação e pressão por mudanças de políticas públicas, como temos feito nas últimas décadas, na defesa dos direitos humanos de todos os cidadãos brasileiros, independentemente de gênero, orientação sexual, raça, filiações políticas ou crenças religiosas", disse o diretor da HRW.

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Na mensagem, a entidade também referencia declarações abertamente racistas, homofóbicas e machistas de Bolsonaro, além de perseguição e ameaças sofridas por, ao menos, 140 jornalistas durante a cobertura eleitoral, segundo casos documentados pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

Segundo Miguel Vivanco, o Poder Judiciário brasileiro e outras instituições democráticas devem reagir diante de quaisquer sinais de violação a direitos fundamentais eventualmente vindos do novo governo. "O Brasil tem juízes independentes, promotores e defensores públicos dedicados, jornalistas corajosos e uma sociedade civil vibrante", afirmou Vivanco. "A Human Rights Watch se unirá a eles na resistência contra qualquer tentativa de erodir os direitos e as instituições democráticas que o Brasil construiu com tanto esforço nas últimas três décadas."

Em pronunciamento transmitido logo após o anúncio de sua vitória, Bolsonaro disse que irá respeitar a Constituição Federal e as leis vigentes no país. "Não podíamos mais continuar flertando com o socialismo, o comunismo e o extremismo da esquerda. (...) O que eu mais quero, seguindo o ensinamento de Deus, ao lado da Constituição brasileira, inspirando-me em grandes líderes mundiais e com uma boa assessoria técnica e profissional, isenta de indicações políticas de praxe, começar a fazer um governo, a partir do ano que vem, que possa colocar o Brasil em um lugar de destaque", declarou em vídeo, transmitido em cadeia nacional.

Milhares de crianças afegãs, algumas de apenas 8 anos, trabalham em condições perigosas, apesar de a lei afegã proibí-lo, denunciou a organização Human Rights Watch (HRW). Além disso, metade dos menores que trabalham no Afeganistão se veem obrigados a abandonar a escola, segundo relatório publicado nesta quinta-feira.

A HRW acusa o governo de não aplicar a lei que proíbe que menores trabalhem em setores perigosos e de ter cessado seus esforços de modificar a lei trabalhista para conformá-la às normas internacionais.

"Aqui, as crianças trabalham dos dez, as vezes desde os 8, até os 15 ou 16 anos. Levantam às 3 da manhã e trabalham até a noite. Elas se queixam de dores. Mas o que podem fazer? Precisam ganhar a vida", afirma aos autores do estudo o chefe de uma fábrica de tijolos em Cabul.

"De acordo com a lei afegã, os menores entre 15 e 17 anos podem trabalhar em setores nos quais não correm riscos, que representam uma forma de aprendizagem e se não trabalharem mais de 35 horas por semana", afirmou à AFP Ahmad Shuja, representante da HRW em Cabul.

A extrema pobreza no Afeganistão, um dos países mais pobres do mundo e onde a taxa de desemprego em 2016 foi de mais de 40%, obriga os menores a trabalhos perigosos.

Militantes do grupo Estado Islâmico realizaram assassinatos em massa de soldados iraquianos capturados quando seus integrantes invadiram uma base militar ao orte de Bagdá em junho. Nesta quarta-feira, o Human Rights Watch (HRW)divulgou o número de mortos, tendo como base a análise de fotografias, vídeos e imagens de satélite da área.

O incidente em Camp Speicher, base aérea que já serviu como instalação militar norte-americana, foi uma das piores atrocidades perpetradas pelo grupo militante durante sua rápida ofensiva, quando tomou o controle de grandes partes do território norte e oeste do Iraque.

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Segundo o HRW, novas evidências indicam que o Estado Islâmico matou entre 560 e 770 homens capturados em Camp Speicher, que fica perto da cidade de Tikrit, número várias vezes maior do que o que se acreditava inicialmente.

"Estes são abusos horríveis e atrocidades cometidos pelo Estado Islâmico, cuja escala claramente os eleva a crimes contra a humanidade", afirmou Fred Abrahams, conselheiro especial do HRW, a jornalistas na cidade de Irbil, norte iraquiano, nesta quarta-feira.

Em meados de junho, o Estado Islâmico afirmara que havia "executado" cerca de 1.700 soldados e militares de Camp Speicher.

Após o incidente, os soldados foram considerados desaparecidos, o que fez com que seus familiares realizassem protestos em Bagdá, numa tentativa de pressionar as autoridades a divulgar informações sobre os militares. Na terça-feira, dezenas de irritados familiares invadiram o Parlamento, localizado na fortificada zona verde de Bagdá, após confronto com guardas de segurança. Os manifestantes forçaram o presidente do Parlamento a convocar uma sessão para esta quarta-feira a respeito dos soldados desaparecidos.

O HRW disse que a revisão do número de mortos teve como base análises de novas imagens de satélite, vídeos dos militantes e relatos de um sobrevivente que confirmou a existência de outros três "locais de execução em massa". O número de vítimas pode ser maior, afirmou o grupo, sediado em Nova York.

Durante a sessão parlamentar desta quarta-feira, familiares dos soldados acusaram as autoridades de "vender nossos filhos" ao ordenar que muitos deles abandonassem seus postos e saíssem de Camp Speicher com roupas civis.

Do lado de fora da base, centenas foram capturados, afirmou Mohammed al-Assi, representante das famílias dos militares.

Mas o ministro interino da Defesa, Saadoun al-Dulaimi, negou que qualquer ordem para o abandono de Camp Speicher tenha sido emitida. "Ninguém emitiu uma ordem de retirada", afirmou ele. Fonte: Associated Press.

Dois importantes integrantes do grupo de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW) tiveram sua entrada negada pelo Egito, onde participariam do lançamento de um relatório sobre assassinatos em massa de manifestantes por forças de segurança egípcias.

O diretor executivo do grupo, Kenneth Roth, e a diretora para Oriente Médio e Norte da África, Sarah Leah Whitson, disseram em comunicado que funcionários do Aeroporto Internacional do Cairo impediram que eles entrassem no país e não deram qualquer explicação para o fato. Trata-se da primeira vez que autoridades egípcias negam a entrada de funcionários do HRW no país.

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"Nós viemos ao Egito para publicar um relatório sério sobre uma questão séria que merece séria atenção do governo egípcio", declarou Roth. "Em vez de negar que a mensagem entre no Egito, as autoridades egípcias deveriam considerar seriamente nossas conclusões e recomendações e respondê-las com ações construtivas."

O Exército do Egito derrubou o governo islamita do presidente Mohammed Morsi em julho de 2013, mas os protestos contra a medida foram reprimidos com a pior violência da história moderna do país.

O relatório HRW, que deve ser divulgado na terça-feira, examina a repressão contra os partidários do líder deposto perto da mesquita Rabaa al-Adawiya, no Cairo, quando centenas de pessoas foram mortas.

O grupo já compartilhou suas descobertas, reunidas num relatório de 188 páginas, que teve como base investigações de um ano sobre os eventos de Rabaa. O HRW pediu para se reunir com autoridades durante esta visita ao Egito, mas não recebeu resposta.

"Parece que o governo egípcio não tem disposição apetite para enfrentar a realidade desses abusos e muito menos que os responsáveis prestem contas", acrescentou Roth.

Não foi possível entrar em contato com funcionários do governo nem do aeroporto.

No início deste ano, o HRW fechou seu escritório no Cairo em razão dos temores sobre a deterioração da segurança e da situação política no país, depois que as autoridades egípcias impuseram amplas restrições a organizações da sociedade civil. Fonte: Dow Jones Newswires.

A organização Human Rights Watch (HRW) denunciou violações dos direitos humanos contra manifestantes opositores na Venezuela - incluindo a tortura -, com o objetivo de castigar a dissidência política, segundo um relatório divulgado nesta segunda-feira sobre os protestos, que deixaram 41 mortos.

A HRW encontrou "evidências convincentes de graves violações de direitos humanos cometidas por membros das forças de segurança" e funcionários judiciais na Venezuela, em 45 casos que envolvem mais de 150 vítimas, afirma o relatório publicado em Washington.

Os integrantes das forças de segurança também permitiram que grupos armados partidários do governo atacassem civis que não estavam armados, e em alguns casos colaboraram abertamente com eles, segundo o documento de uma centena de páginas intitulado "Castigados por protestar".

Os casos incluem violações do direito à vida, agressões físicas, detenções arbitrárias e descumprimento do devido processo, assim como torturas e tratamentos cruéis contra opositores que saíram às ruas desde fevereiro para protestar contra o governo do presidente Nicolás Maduro.

Segundo o diretor para as Américas da HRW, José Miguel Vivanco, as denúncias "formam parte de um padrão alarmante de abusos, que representa a crise mais grave que já presenciamos na Venezuela em anos", declarou em um comunicado de imprensa.

O relatório reúne os resultados de uma investigação da HRW em março - durante o pico dos protestos - em Caracas e em três estados da Venezuela, com testemunhos de vítimas e de seus familiares, de médicos, jornalistas, advogados e defensores de direitos humanos, entre outros, assim como evidências dos abusos.

A organização considerou que alguma manifestantes utilizaram métodos violentos, como lançar pedras e coquetéis molotov contra a polícia, como denunciou o governo venezuelano.

No entanto, nos 45 casos estudados foram os soldados os que recorreram "reiteradamente a um uso ilegítimo da força", assim como a "insultos políticos" contra manifestantes pacíficos e desarmados, inclusive depois que foram detidos, segundo a ONG com sede em Nova York.

Por isso, a Human Rights Watch conclui "que o propósito (da atuação policial) não foi restabelecer a ordem pública nem dispersar os protestos, mas castigar pessoas por suas supostas ou reais opiniões políticas", disse.

Em um terço dos casos, as vítimas foram fotojornalistas ou pessoas com telefones celulares que estavam documentando a atuação das forças policiais.

As manifestações nas ruas, cuja intensidade diminuiu desde seu início, em 4 de fevereiro, deixaram 41 mortos e mais de 700 feridos, enquanto o Ministério Público realiza 145 investigações por violação de direitos humanos, a maioria por tratamento cruel.

A ministra Maria do Rosário, da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República, considerou "importante" que o Relatório Mundial de Direitos Humanos 2014, divulgado nesta terça-feira, 21, pela ONG Human Right Watch, tenha citado o esforço do governo brasileiro para constituir o Sistema Nacional de Enfrentamento à Tortura.

Ao mesmo tempo, admitiu que o indicativo de que há tortura no País está correto. "O fato de estarmos criando o sistema é um reconhecimento (feito pelo governo) de que há tortura, uma prática nefasta que tem que ser enfrentada com decisão e que, lamentavelmente, envolve agentes de Estado", comentou. "Não podemos descansar enquanto qualquer pessoa sofrer tortura em qualquer instituição."

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O Sistema Nacional de Enfrentamento à Tortura terá um Comitê com 23 participantes, 12 da sociedade civil e 11 do governo, e um Mecanismo Nacional, com 11 peritos autônomos, que poderão entrar em qualquer instituição fechada, sem autorização judicial prévia, para verificar situações de tortura. A partir da indicação de organizações da sociedade civil, a presidente da República nomeará os integrantes do Comitê e este escolherá os peritos. Segundo Maria do Rosário, o Sistema deve estar em plena atividade até o final deste ano.

Maria do Rosário também reconheceu a superpopulação carcerária apontada pelo relatório, lembrou que há presídios como o Central, de Porto Alegre, o Anibal Bruno de Pernambuco, e o Complexo Pedrinhas, no Maranhão, sob monitoramento dos governos federal e estaduais.

A ministra ressaltou que o governo federal adotou o regime de contratação diferenciado para acelerar a construção de novas unidades e conclamou a Justiça a enfrentar o problema da superlotação resolvendo o problema dos presos provisórios. Parte dos 217 mil classificados nessa categoria poderia estar em liberdade. A ministra passou a terça-feira no Rio Grande do Sul, onde participou, pela manhã, da abertura do Fórum Mundial de Educação, em Canoas, e, à tarde, da Marcha pela Liberdade Religiosa, promovida por cultos de matriz civilizatória africana, em Porto Alegre.

O governo norte-americano violou leis internacionais ao usar aviões não tripulados, os chamados "drones", para assassinar supostos militantes islâmicos, concluíram os autores de dois relatórios divulgados hoje por conceituadas organizações não-governamentais (ONGs). Além disso, os ataques ditos "seletivos" no Paquistão, no Iêmen e na Somália deixaram um rastro macabro de mortes que inclui crianças, mulheres e idosos.

As investigações da Anistia Internacional e da Human Rights Watch (HRW), publicadas nesta terça-feira, expõem novos detalhes de uma das facetas mais controversas da campanha do atual governo dos Estados Unidos para enfraquecer extremistas islâmicos em países da Ásia, do Oriente Médio e da África.

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Desde que se tornou presidente dos EUA, Barack Obama promoveu uma escalada sem precedentes no uso de drones, bem acima dos níveis do governo George W. Bush.

"O governo norte-americano ainda não tornou pública nenhuma nova informação sobre sua política de drones, seus parâmetros legais ou ataques específicos", apontou a Anistia Internacional.

A Human Rights Watch analisou seis ataques, entre 2009 e 2013, atribuídos aos EUA. Washington não admite responsabilidade pelas ações. Um desses casos envolveu uma ação da Marinha com bombas de fragmentação, que teria matado pelo menos 41 civis, segundo a ONG. A Human Rights Watch conclui que dois dos seis ataques foram violações da lei internacional, pois utilizaram armas que provocam destruição indiscriminada ou atingiram exclusivamente civis.

A Anistia Internacional pediu ao governo norte-americano que investigue os casos de civis mortos e feridos em bombardeios promovidos por drones no Paquistão e manifestou preocupação com a possibilidade de as ações norte-americanos constituírem execuções extrajudiciais ou crimes de guerra.

O apelo da Anistia Internacional foi feito junto com a divulgação de um relatório no qual o grupo detalha casos nos quais os bombardeios norte-americanos resultaram em mortes de civis, entre eles o caso de Mamana Bibi, de 68 anos.

A idosa foi morta em 24 de outubro do ano passado quando foi atingida por uma bomba norte-americana enquanto colhia legumes em sua horta na região paquistanesa de Waziristão do Norte. Três netos dela ficaram feridos no episódio.

A Anistia Internacional pede que os EUA cumpram sua obrigação internacional de investigar os episódios documentados e deem "plena reparação" aos sobreviventes e familiares das vítimas. Na avaliação da ONG, os ataques com drones abrem um precedente perigoso no qual "outros Estados podem tentam escapar da responsabilidade por seus próprios assassinatos ilegais".

A Anistia também critica o governo do Paquistão pela ambiguidade com que se comporta diante desses bombardeios. Apesar das críticas em público, setores do exército paquistanês mostraram-se a favor do programa de drones no passado.

Na semana passada, a Organização das Nações Unidas (ONU) pediu aos EUA que revele detalhes sobre os civis mortos e feridos em seus bombardeios com aviões teleguiados no Paquistão. Uma investigação da ONU apontou 33 ataques atribuídos a drones norte-americanos nos quais houve vítimas civis.

Hoje, no início de uma visita a Washington, o primeiro-ministro Nawaz Sharif pediu o fim desses ataques e acusou os EUA de violarem a integridade territorial paquistanesa. Ainda segundo o chefe de governo paquistanês, esses ataques representam um importante obstáculo à melhora das relações entre Islamabad e Washington. Sharif se reunirá amanhã com Obama.

Os EUA insistem que os bombardeios são "legais". O governo norte-americano alega que seu programa de drones é essencial para o combate aos rebeldes islâmicos que atuam na porosa e escarpada fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão. Em maio, o presidente norte-americano, Barack Obama, disse que os EUA não acionam seus drones a não ser que "haja quase certeza de que nenhum civil será morto ou ferido".

O fato, no entanto, é que o grande número de civis atingidos nesses ataques provoca ressentimento entre os locais e dificulta a coordenação dos esforços bilaterais no combate a extremistas islâmicos atuantes na região.

Desde 2004, quando os EUA deram início a esse tipo de ataque, mais de 350 bombardeios foram levados a cabo dentro do Paquistão. Ao longo dos últimos anos, diferentes grupos tentam - sem muita precisão - calcular o número de mortos em quase uma década de ataques com drones no Paquistão. As estimativas variam de 2.065 a 3.613 mortos no total, dentro os quais entre 153 e 926 seriam civis.

No relatório "Serei eu o próximo? Ataques com drones dos EUA no Paquistão", a Anistia Internacional detalha bombardeios ainda mais mortíferos do que aquele que matou Mamana, com vítimas totalmente dissociadas dos extremistas que combatem na região.

Em 6 de julho do ano passado, um avião teleguiado dos EUA bombardeou uma tenda em Waziristão do Norte. Ao todo, 18 pessoas morreram. Na ocasião, "fontes" paquistanesas identificaram as vítimas como "supostos militantes". A investigação da Anistia Internacional, no entanto, mostrou que se tratava de civis.

Dentro da tenda, ao invés de "terroristas", um grupo de operários jantava depois de um dia de trabalho. Quando o socorro aos civis chegou, os EUA atacaram de novo, de acordo com testemunhas.

Os EUA não se pronunciaram sobre o caso. Fonte: Associated Press.

A organização de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) informou que os Exército sírio disparou pelo menos quatro mísseis balísticos na direção da cidade de Alepo na última semana, matando mais de 140 pessoas, dentre elas 70 crianças.

O HRW disse que os ataques do regime do presidente Bashar Assad contra áreas residenciais de Alepo marcam "uma intensificação de ataques ilícitos contra a população civil síria".

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Um pesquisador do grupo, sediado nos Estados Unidos, que visitou Alepo na semana passada para inspecionar os locais atacados, disse que até 20 prédios foram destruídos em cada área atingida por um míssil. Não havia sinais de qualquer alvo militar nos bairros residenciais, localizados em regiões tomadas pelos rebeldes, informou o grupo em relatório divulgado nesta terça-feira.

Já o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos informou que confrontos entre rebeldes e forças do governo perto de uma academia de polícia em Alepo nos últimos dois dias resultou na morte de pelo menos 26 rebeldes, 40 soldados e cinco milicianos pró-governo.

De acordo como grupo, sediado em Londres, os dois lados têm lançado bombas e o governo tem realizado ataques aéreos. A academia de polícia fica na parte leste da cidade, que os rebeldes lutam para controlar. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

NICOSIA (AFP) - As estudantes iranianas terão restrições maiores nas universidades para obter alguns diplomas, denunciou a organização não governamental Human Rights Watch (HRW).

A ONG de defesa dos direitos humanos com sede em Nova York afirma em um comunicado que as restrições se somam a uma islamização crescente das universidades, imposta desde a chegada ao poder do presidente Mahmud Ahmadinejad.

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A HRW recorda um documento divulgado em agosto pela agência Mehr, que destaca que em várias universidades as mulheres já não podem assistir a 77 cursos, em particular informática, química, administração de empresas e ciências.

No caso dos homens, o número de cursos proibidos, como história, linguística, literatura, sociologia ou filosofia, é muito menor.

"No início de um novo ano universitário, as mulheres não poderão seguir os estudos e a carreira de sua escolha", denuncia Liesl Gerntholtz, diretora dos direitos da mulher na HRW.

As restrições são vistas por muitos, tanto no Irã como no exterior, como uma tentativa de reduzir o número de mulheres que tentam acessar o ensino superior e reforçar o domínio patriarcal.

Atualmente, quase 60% dos estudantes são mulheres.

Os meios de comunicação estatais apenas mencionaram as novas medidas, mas outros órgãos de imprensa informaram ainda mais restrições, como a criação de classes separadas entre mulheres e homens.

O governo da Venezuela rechaçou nesta quarta-feira as denúncias feitas ontem pela organização não-governamental (ONG) Human Rights Watch (HRW) e acusou-a de promover uma campanha de desinformação em pleno processo eleitoral no país sul-americano.

Ontem, a HRW denunciou que "a concentração de poder no Executivo pelo governo do presidente Hugo Chávez e a remoção das salvaguardas de direitos humanos dão às autoridades venezuelanas carta branca para intimidar, censurar e processar críticos e opositores".

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Em nota distribuída à imprensa, a embaixada venezuelana em Brasília assegura que "o presidente não manda prender cidadão algum, independentemente do cargo que ocupe" e que a Constituição do país estabelece a plena independência dos poderes públicos.

A Embaixada da Venezuela em Brasília argumenta ainda que, "ao contrário do que afirma o relatório, o governo está promovendo a criação de novos meios de comunicação e não os fechando". O comunicado menciona que o governo "fomentou a criação de mais de 300 canais de comunicação" na última década.

A representação diplomática venezuelana observou ainda que "o atual sistema democrático participativo vigente no país permite o exercício do poder político não só pelos representantes eleitos nas urnas, mas também pelo próprio povo venezuelano organizado" e que, "sob nenhuma ótica, tal sistema poderia ser qualificado como 'concentração de poder'".

A embaixada acusa ainda a HRW de omitir referências a progressos ocorridos em direitos humanos fundamentais à necessidade dos cidadãos e cita como exemplos direitos à alimentação, à saúde, à moradia, à educação, ao trabalho e à participação. "O PNUD, por exemplo, certificou que a Venezuela está adiantada no cumprimento de várias Metas do Milênio, principalmente na diminuição da pobreza extrema, que caiu 54% desde 1998. A Venezuela, outro exemplo, foi declarada pela Unesco um país livre do analfabetismo", prossegue o comunicado.

Na nota, a embaixada da Venezuela salienta que essa não é a primeira vez que a HRW promove "uma campanha internacional de desinformação e difamação contra o processo de mudanças em curso" no país. "Não por coincidência, o último relatório da HRW também foi divulgado em ano eleitoral, em 2008, quando os venezuelanos escolhiam seus governadores", observa a embaixada. (Ricardo Gozzi)

A concentração de poder no Executivo pelo governo do presidente Hugo Chávez e a remoção das salvaguardas de direitos humanos dá às autoridades venezuelanas carta branca para intimidar, censurar e processar críticos e opositores, informou o Human Rights Watch (HRW) nesta terça-feira.

O relatório de 134 páginas do grupo, intitulado "Apertando a Mão: Concentração e Abuso de Poder na Venezuela de Chávez", é divulgado quatro anos depois que o diretor regional do HRW e seu vice terem sido expulsos da Venezuela, após apresentarem um relatório que chegou a uma conclusão semelhante.

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Nesse meio tempo, "a situação dos direitos humanos na Venezuela se tornou ainda mais precária", diz o documento. Autoridades venezuelanas não responderam ao pedido para falarem sobre o assunto.

Chávez está no poder há 13 anos e promove uma agenda socialista que inclui expropriação de empresas privadas. Ele tenta a reeleição em 7 de outubro contra um oponente que o acusa de usar a máquina estatal e de monopolizar os meios de comunicação em seu favor.

"Com essas condições de sólida consolidação de poderes, trata-se de um verdadeiro desafio", disse o diretor para as Américas do HRW, José Miguel Vivanco, a respeito a situação do candidato oponente, Henrique Capriles.

Dentre os pontos destacados pelo grupo está o fato de o governo ter estabelecido regras que reduzem o direito do público de obter informações mantidas pelo governo, os ataques do governo ao defensores dos direitos civis e a mensagem enviadas a seus opositores de que "o presidente e seus seguidores desejam e têm capacidade para punir pessoas que os desafiem ou sejam obstáculo a seus propósitos políticos. As informações são da Associated Press.

Forças do regime sírio têm usado violência sexual para torturar homens, mulheres, meninos e meninas detidos durante o conflito no país, informou o Human Rights Watch (HRW) nesta sexta-feira.

A organização não-governamental sediada em Nova York disse ter entrevistado dez ex-prisioneiros, dentre eles duas mulheres, que relataram ter sofrido abusos sexuais ou testemunhado esse tipo de agressão na prisão.

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As agressões incluem "estupro, penetração com objetos, toques íntimos, nudez forçada prolongada e eletrochoques e espancamentos na genitália", diz comunicado do grupo.

Muitas testemunhas disseram ter sido detidas por causa de seu ativismo político, mas outras disseram não entender porque foram presas, embora tenham sofrido o mesmo tipo de abuso.

"Violência sexual na detenção é uma das muitas armas horrendas de tortura do arsenal do governo sírio e as forças de segurança a usam regularmente para humilhar e degradar os detentos, sem receber qualquer punição por isso", disse Sarah Leah Whitson, diretora para o Oriente Médio do HRW.

"Os ataques não são limitados às instalações prisionais. Forças do governo e membros da milícia shabiha, ligada ao governo, também têm atacado sexualmente mulheres e crianças durante ataques a casas e revistas a residências." As informações são da Dow Jones.

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