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O projeto de lei ordinária de autoria da deputada estadual Laura Gomes, publicado no Diário Oficial da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) nesta quarta-feira (23), altera a Lei nº 13.995, de 22 de dezembro de 2009, que inclui medidas de conscientização, prevenção, diagnóstico e combate ao bullying nas escolas públicas e privadas de educação básica de Pernambuco, com a inclusão da importância de conscientização contra práticas gordofóbicas dentro das instituições de ensino.

Gordofobia ou estigma social da obesidade é o preconceito e o comportamento agressivo, decorrente das características físicas de um indivíduo com excesso de peso ou obeso. Além do preconceito, a pessoa obesa acaba sendo excluída de realizar, de forma saudável, algo comum do cotidiano da sociedade, como frequentar transporte público, escritórios, restaurantes e outros ambientes que não estão preparados para acomodá-las.

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Segundo o projeto, as consequências quanto ao preconceito às vítimas da gordofobia vão além da exclusão social, passando a estigmatizar a vítima, desencadeando fobias sociais, bulimia, anorexia, baixa autoestima. No projeto, o papel da escola é conscientizar quanto ao respeito às diferenças.

Recentemente foi realizada a 52ª edição do São Paulo Fashion Week (SPFW). O evento aconteceu de forma híbrida e marcou pela diversidade, já que foram apresentados modelos de todos os tamanhos, cores e gêneros, o que agitou as redes sociais. Assim, abre-se a discussão sobre o papel da moda e como ela pode servir para abraçar todos os tipos de pessoas, desconstruindo estereótipos de beleza.

De acordo com Beatriz Garcia Damasceno, especialista da moda no Senac Lapa Faustolo (SP), não existe apenas uma definição sobre o conceito da moda. “Não podemos dizer que a moda é definida por uma única palavra, ela é múltipla e abrange várias áreas do saber humano. Moda é comportamento, arte, negócio, dinheiro, política, tendência e movimento. É a expressão cultural de um determinado período”, explica.

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A especialista conta que todos querem se sentir bem vestidos e olhar para o espelho com o desejo de sentir a autoestima elevada. Desta forma, a moda tem o papel de pensar em soluções que atendam às demandas dos múltiplos corpos, a fim de abraçar de vez a diversidade que compõe uma sociedade.

Vale lembrar que, a moda não tem o poder de decidir o que é politicamente certo, nem ao menos definir um padrão de beleza. Segundo Beatriz, a arte de se vestir, conhecida também como indumentária, é apenas um dos elementos que ajudam a trazer uma tendência para uma próxima estação ou ano. “O certo e o belo, é aquilo que te faz bem. Aquilo que funciona para o seu estilo e aquilo que te faz sorrir”, esclarece.

Portanto, pode ser considerada uma contradição quando a moda passa a não valer para determinados grupos sociais ou ser excludente. “No mundo atual, a exclusão de um grupo não faz sentido, não temos a possibilidade de apertar um botão ‘delete’ e fazer com que pessoas sejam apagadas do mundo. Excluir qualquer tipo de grupo é fora de moda”, afirma.

Inclusão na moda

Não é de hoje que grandes eventos procuram abraçar todos os tipos de pessoas na moda. O SPFW por exemplo, desde 2009 estabeleceu uma cota mínima de 10% para modelos negros, afrodescendentes e indígenas nos desfiles, e segundo a especialista, esta é uma medida importante para estimular a participação racial no evento, para confirmar de vez um compromisso com classes de pessoas consideradas minorias.

Vale lembrar que em 2020 também o SPFW determinou que pelo menos 50% dos modelos deveriam ser compostos por negros, indígenas e asiáticos. “Foi um movimento inédito no cenário da moda e repercutiu no mundo inteiro. O resultado dessas iniciativas é nítido: uma passarela mais verossímil e condizente com a nossa realidade”, finaliza.

 

 

A 18ª Semana Nacional de Tecnologia, que está sendo realizada em Brasília entre os dias 3 e 10 de dezembro, discute nesta segunda-feira (5) a transformação e a inclusão digitais de jovens. O painel é uma das atrações do palco principal do evento, que ocorre no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília.

A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) apresenta inovações na pesquisa e desenvolvimento de kits de diagnóstico para identificação de antígenos e anticorpos contra a Covid-19.

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No decorrer do dia, painéis sobre a logística dos Correios e oficinas de robótica também receberão visitantes. O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) fecha o dia de atividades com uma apresentação sobre sistemas de emissão de alertas de desastres naturais em uso no Brasil.

“A semana acontece com todas as precauções existentes e recomendadas. Temos exposições de todas as nossas unidades de pesquisa, temos exposições do Ministério da Educação também, além de inspiração e - talvez - financiamento para quem quer empreender nas áreas de ciência e tecnologia”, afirmou em entrevista à TV Brasil o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes.

Museu do rádio

A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) também estará presente no evento. Em um espaço especial que simula um estúdio de rádio antigo, o Museu da Rádio Nacional - que normalmente é exposto nos corredores da empresa - convida os visitantes a conhecerem uma estação analógica de ondas de radiofrequência.

Palco de diversas inovações do século passado, como as novelas e os boletins informativos, o museu traz equipamentos e informações sobre uma era quando televisão e internet sequer eram cogitadas, e o único meio de comunicação - o rádio - instigava a imaginação dos ouvintes.

Em contraste com as peças históricas, a EBC apresenta um estúdio moderno de transmissão parecido com o que é usado no informativo diário A Voz do Brasil, onde visitantes podem assistir explicações de técnicos e operadores sobre todo o processo de colocar o mais antigo boletim de notícias da América Latina no ar diariamente.

Sobre o evento, o presidente da EBC, Glen Valente, afirmou que a participação da Empresa Brasil de Comunicação na Semana Nacional da Ciência e Tecnologia "é muito importante para mostrar o jornalismo factual com cobertura e transmissões ao vivo. Além disso, iremos levar um pouco da história da comunicação pública com peças do nosso acervo.”

Sobre o evento

A 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia é coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, com a participação de 169 instituições públicas e privadas de 312 municípios brasileiros. O evento tem 6284 atividades agendadas e vai do dia 3 ao dia 10 de dezembro.

A programação completa de eventos pode ser encontrada aqui.

O relatório final da CPI da Pandemia será votado nesta terça-feira (26). Alguns detalhes do documento, elaborado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), foram acertados em reunião na noite dessa segunda (25). Na versão atualizada do parecer final, o relator ampliou a lista de sugestões de indiciamentos. O número subiu de 68 para 78 pessoas e empresas. 

Os dez nomes incluídos por sugestão de senadores são os seguintes: 

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– Heitor Freire de Abreu, ex-coordenador do Centro de Coordenação de Operações do Ministério da Saúde; 

– Marcelo Bento Pires, assessor do Ministério da Saúde;

– Alex Lial Marinho, ex-coordenador de Logística do Ministério da Saúde;

– Thiago Fernandes da Costa, assessor técnico do Ministério da Saúde; 

– Hélcio Bruno de Almeida, presidente do Instituto Força Brasil;

– Regina Célia Oliveira, fiscal de contratos do Ministério da Saúde;

– Amilton Gomes de Paula, reverendo presidente da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah);

– José Alves Filho, sócio da Vitamedic Indústria Farmacêutica Ltda.;

– Hélio Angotti Netto, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, do Ministério da Saúde; 

– Antônio Jordão, presidente da Associação Médicos pela Vida.

*Da Agência Senado

O Grupo Morada, empresa do ramo funerário, está com seleção aberta para o cargo de vendedora externa. São cinco vagas disponíveis, voltadas unicamente para mulheres, com atuação em Recife (PE). A empresa ainda oferece oportunidades na Paraíba, em Guarabira e João Pessoa. Para participar, não é preciso comprovar experiência prévia, mas ter conhecimentos em vendas e prospecção.

De acordo com Bruno Silva, coordenador de recrutamento e seleção do Grupo Morada, a iniciativa visa fazer a empresa atingir igualdade de cargos entre homens e mulheres. “Atualmente, no Grupo Morada, a diferença percentual entre o público masculino e feminino é de 9,6%. Temos o compromisso de contribuir para diminuir mais esta diferença buscando nos aproximarmos mais da realidade da população brasileira. Por isso, neste processo estamos direcionando vagas afirmativas para mulheres, como forma de trazer mais equidade de gênero entre os colaboradores. De modo geral, por se tratar de uma ação afirmativa iremos sempre ter esse olhar para as mulheres”, ele explica, segundo informações divulgadas pela assessoria de imprensa.

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A vaga não exige pré-requisitos, mas é ideal que as candidatas tenham alguma experiência. “Pode ser uma venda de loja de shopping, de salão ou até informal mesmo, de feira ou de rua. O ideal é que a candidata tenha tido o mínimo de contato com negociação e vendas. Além de facilidade em empreender, autogestão do tempo e proatividade”, detalha Bruno Silva, ainda em nota.

O processo seletivo avalia as competências técnicas e comportamentais das candidatas e é feito em quatro etapas, sendo a primeira uma análise curricular. Em seguida, as selecionadas participam de um encontro on-line e outro presencial, com entrevistas e dinâmicas, além de entrevista técnica com o setor comercial.

Além do salário fixo, as funcionárias terão acesso a comissão por venda, vale refeição ou vale alimentação, vale transporte e, após a efetivação, plano de saúde. Para se candidatar, basta acessar o site de recrutamento da empresa.

O Centro de Formação dos Servidores Públicos de Pernambuco (Cefospe) recebe, até sexta-feira (8), inscrições para o 'Curso EaD com Tutoria, Libras – Nível Básico'. Com a oferta de 60 vagas, a formação – que é gratuita e com emissão de certificado - é voltada aos servidores públicos estaduais e municipais e funcionários públicos do Poder Executivo.

As candidaturas devem ser realizadas por meio do endereço eletrônico da instituição. A formação visa possibilitar a aprendizagem básica da Língua Brasileira de Sinais (Libras) com seus aspectos linguísticos, viabilizando comunicações inclusivas, e a interação entre surdos e ouvintes.

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Em seu site oficial, a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE) informa que durante o curso serão desenvolvidas diversas competências, como: reconhecer os pressupostos básicos da definição da Libras; entender as particularidades gramaticais básicas da língua; identificar vocabulário/contextualização em Libras; e auxiliar na divulgação da língua sob um ponto de vista inclusivo.

As aulas tem previsão para começar em 11 de outubro. Mais informações podem ser solicitadas pelos seguintes telefones: Coordenação de Educação a Distância (CEAD/CEFOSPE) - (81) 3183-8065; e Unidade de Educação Inclusiva (UNEDI) - (81) 3183-8556.

*Por Thaynara Andrade

A TIM está com inscrições abertas, até o dia 8 de outubro, para seu Programa Jovem Aprendiz, que contempla jovens entre 16 a 21 anos de idade. Os interessados devem realizar as candidaturas pela internet.

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O objetivo da empresa é promover mais inclusão, assim metade das oportunidades serão destinadas a participantes negros. A seleção também estará aberta para pessoas com deficiência, independente da faixa etária.

Ao todo, são 57 vagas distribuídas por 11 estados brasileiros: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Ceará, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Pará, Amazonas e Goiás. As oportunidades são para as lojas e áreas administrativas da TIM, não sendo exigido experiência anterior, apenas é necessário ter concluído ou estar cursando o ensino médio.

A empresa oferece diversos benefícios aos aprendizes, como bolsa-auxílio, um smartphone com chip de dados, vale para alimentação, refeição e transporte, planos de saúde e odontológico, seguro de vida, auxílio-funeral, participação no programa de convênios da TIM e folga no dia do aniversário.

O papa Francisco pediu, neste domingo (26), "um mundo cada vez mais inclusivo", por ocasião do Dia Mundial do Migrante e do Refugiado.

"É necessário caminhar juntos, sem preconceitos e sem medo, ao lado daqueles que são mais vulneráveis: migrantes, refugiados, deslocados, vítimas do tráfico e abandonados", declarou o papa de uma janela do palácio apostólico na Praça São de Pedro, após a tradicional oração do Angelus.

"Somos chamados a construir um mundo cada vez mais inclusivo, que não exclua ninguém", disse.

"Uno-me àqueles que, em diferentes partes do mundo, estão celebrando este dia", disse o pontífice ao saudar as numerosas comunidades estrangeiras na Praça de São Pedro.

O papa, que vem de uma família de emigrantes italianos radicados na Argentina, fez do acolhimento dos migrantes um dos principais temas de seu pontificado, iniciado em 2013.

Ele pediu aos fiéis e turistas que fossem contemplar uma escultura monumental instalada na Praça de São Pedro em setembro de 2019 e representando 140 emigrantes de vários países, religiões e épocas históricas, em um barco.

"Antes de deixar a praça, convido-os a se aproximarem daquele monumento ali, onde está o Cardeal Czerny: o barco com os migrantes, e parar e olhar para aquelas pessoas e ver naquele olhar a esperança que todo migrante tem hoje de começar a viver novamente. Vão até lá. Vejam esse monumento. Não fechemos as portas à sua esperança".

Um pouco antes, o papa havia denunciado o "fechamento", que considera a "raiz de muitos males da história, do absolutismo que muitas vezes gerou ditaduras e de muitas violências contra os diferentes".

O mês de setembro reserva espaço para um debate mais amplo, entre educadores, psicólogos e pedagogos, sobre como incluir pessoas com necessidades especiais nos ambientes educacionais com efetividade. Através da Semana da Educação Especial estes profissionais revisam os programas existentes, as políticas, cartilhas de orientação local e reacendem a dicotomia da inclusão versus integração. Um dos maiores desafios do ensino e aprendizagem de pessoas com deficiência (PCD) no Brasil ainda é fazer a teoria encaixar com a prática. Na realidade, os recursos não são suficientes e nem os mesmos para todos os espaços da educação, o que dificulta o trabalho do professor e a coexistência das necessidades de crianças PCD e crianças neurotípicas.

Apesar de crianças com necessidades especiais terem sido incluídas nos últimos dois decênios de formulação do Plano Nacional de Educação (PNE), foi somente em junho de 2014 que o programa estabeleceu a “Meta 4”, que diz respeito à inclusão, no ensino regular, de crianças e adolescentes com deficiência e/ou transtornos que afetam o aprendizado. O PNE parte de diretrizes que visam uma educação mais igualitária e de qualidade e, para tanto, estabelece 20 metas e estratégias para o ensino no país em todos os níveis (infantil, básico e superior). As metas são válidas para os 10 próximos anos de estratégias das políticas de educação para o Brasil.

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A versão que instituiu a Meta 4 — em vigor — só é um pouco mais nova que o Estatuto das Pessoas com Deficiência (EPD), funcionando desde o dia 3 de janeiro de 2016, e chamada de Lei Brasileira de Inclusão, instituída através da lei nº. 13.146 no dia 6 de julho de 2015.

Para tratar da prática e do avanço dessas metas, as cúpulas da educação se reúnem na Semana da Educação Especial, bem como para celebrar as conquistas já obtidas, é o que acredita a psicóloga especializada na adaptação de crianças e adolescentes, Giedra Marinho, entrevistada nesta matéria.

“A gente gosta de dizer que essa semana da Educação Especial é um espaço para dar maior visibilidade a essas pessoas, para quebrar vários mitos em relação às pessoas que possuem deficiências ou distúrbios intelectuais, e que muitas vezes são confundidas com pessoas incapazes. Elas não são incapazes, são limitadas, há questões que elas não lidam da mesma forma que uma pessoa neurotípica, uma pessoa com função cognitiva considerada normal. A semana serve também para a manutenção dos espaços que foram conquistados, presentes nas escolas, com salas de recursos multifuncionais, cujo espaço é adequado e preparado pras crianças e adolescentes que apresentam necessidades educativas especiais”, elucida Marinho.

O Programa Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais auxilia na oferta do Atendimento Educacional Especializado (AEE), prestado de forma complementar ou suplementar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação matriculados em classes comuns do ensino regular, assegurando-lhes condições de acesso, participação e aprendizagem, e é regulamentado pelo MEC.

Esses programas são a perspectiva teórica e possuem peso histórico para o Brasil, que somente dentro das suas últimas duas décadas desenvolvem políticas contextualizadas para essa comunidade. No âmbito prático, que é onde vivem os educadores, pedagogos e psicólogos, o campo ganha maior profundidade. Confira abaixo a colaboração da profissional entrevistada pelo LeiaJá.

— Giedra Marinho, psicóloga especialista em Infância e Adolescência e mestre em Educação para o Ensino e Saúde (UNICAP/FPS/IMIP)

LJ: No que pode acarretar uma escola/ambiente educacional mal preparado para incluir pessoas com deficiência, motora ou intelectual, ou transtornos no geral? Há disparidade na aprendizagem de crianças bem acolhidas e mal acolhidas, ou essa questão é particular?

GM: As escolas, particulares ou públicas, deveriam ter um espaço que a gente chama de salas de recursos multifuncionais, que são espaços para contemplar e acolher todas as crianças e adolescentes que têm alguma questão de déficit intelectual ou cognitivo, ou que tem uma questão de síndromes, transtornos, distúrbios e outras dificuldades de aprendizagem. Então é um espaço que deveria ser sempre ocupado com um profissional da educação especial — professor, pedagogo — e que faça especialização em educação especial. Nas escolas que não têm esse espaço, o que que acontece? As crianças ficam nas salas regulares, comuns, e quando não tem assistência dentro da sala, o que agrava a situação, os professores têm que dar conta das crianças neurotípicas, que não tem nenhum tipo de problema, também das crianças com algum problema e atraso. Muitos professores reivindicam que é complicado para eles dar assistência aos dois tipos de criança. Então com certeza haverá déficit, haverá perdas, tanto para as crianças neurotípicas, porque dividirão o espaço e a atenção do professor, e com as crianças que precisam de mais atenção, que deveriam estar numa sala adequada, com o profissional adequado. O professor tem que se dividir, então há perdas para todos quando não há um espaço adequado, quando não há um profissional adequado na escola e nem dentro da sala de aula para prestar assistência.

LJ: Só a inclusão é suficiente ou é preciso integração?

GM: A inclusão só não é suficiente. Não adianta só incluir, não adianta jogar na escola, jogar na sala de aula, sem que se tenha uma integração completa da tríade família, escola e aluno. E essa integração tem que ser feita contemplando todas as necessidades que essa criança possui. Tem que ter o material adequado, tem que ter o profissional adequado, uma sala adequada; quando não tem isso, há perdas para todos, não só com as crianças com necessidades educativas especiais. É preciso falar em integração total, cooperação.

LJ: O Plano Nacional de Educação atual é bem atendido no tocante à inclusão?

GM: O Plano Nacional de Educação atual não é bem atendido quando envolve a inclusão. São muitos gaps, muitas falhas. A teoria é totalmente diferente da prática. Existe, dentro das políticas públicas da pessoa com deficiência, toda uma orientação; de fato, a gente tem um manual, uma cartilha que é oferecida às escolas de implementação dessas salas de recursos multifuncionais. Na teoria é tudo muito bonito, mas na prática a gente vê que não adianta. Na prática são feitos muitos arranjos: “a gente não tem esse material”,  “a gente faz com esse aqui”, e não é o mais adequado. A gente tem também que adequar a questão da regionalização. Não se pode ter uma única política para todo o país, porque a gente tem que adequar as necessidades culturais, econômicas, sociais de cada região.

LJ: Quais as principais dificuldades de inclusão no país?

GM: As principais dificuldades de inclusão no país têm um só nome: preconceito, que é exatamente o conceito que a gente adquire antes de conhecer. As pessoas têm muito preconceito: “não vou colocar meu filho numa escola que tem uma criança retardada”, “que tem uma criança mongolóide”, que é como antigamente chamavam as crianças com síndrome de Down. Muita gente não sabe nem a origem desse nome "mongolóide", que vem da etnia mongol, um povo que tinha olho puxado e em grande parte, apresentava um certo retardo mental. Daí é que vem esse termo pejorativo de chamar as crianças com síndrome de Down, porque elas também têm o olho puxado, de mongolóide. O preconceito é a base para uma das principais dificuldades dessa integração das crianças com necessidades educativas especiais nas escolas. Existem escolas aqui em Recife que têm salas de aula nas quais crianças com necessidades educativas especiais participam junto às crianças neurotípicas; têm salas que são só essencialmente para essas crianças especiais. Os pais escolhem e eu acho que isso é uma possibilidade para a gente tentar melhorar essa questão. Ou ela (a PCD) fica integrada numa sala com alunos regulares ou ela participa de uma sala com a maior parte das crianças com problemas parecidos com os dela. Acho que isso ainda é uma coisa pra ser discutida, uma pauta que não é totalmente amadurecida

LJ: A criança deve se adaptar à escola ou ao contrário?

GM: Esse movimento tem que ser de mão dupla: tanto a escola tem que se adaptar às necessidades da criança, quanto a criança deve se adaptar a esse colégio. As duas coisas têm que acontecer simultaneamente, não podem acontecer sozinhas. Para que se consiga atingir os fins educativos, os dois devem buscar a adequação.

LJ: Quais os preconceitos referentes às pessoas com deficiência que ainda precisam ser urgentemente combatidos?

GM: Os preconceitos são de que as crianças são incapazes, que elas têm um déficit cognitivo e retardo grandes, que fazem com que elas não consigam fazer nada, mas isso não é verdade. Elas têm limitações e podem alcançar objetivos que podem ser traçados individualmente, através de um plano de objetivos de aprendizagem para cada criança. Já escutei pais falando que não querem suas crianças perto de crianças com necessidades especiais porque seus filhos podem pegar a “doença”, como se fosse algo que se pega pelo contato. Por exemplo, crianças que têm paralisia cerebral, que é uma alteração neurológica na hora do parto, pelo fato de oxigênio no cérebro da criança. E aí essa criança nasce com uma condição, às vezes bem severa, a tetraparesia, a hemiparesia, que vai prejudicar principalmente a parte motora dela.

Às vezes a parte cognitiva é preservada e algumas dessas crianças apresentam uma espasticidade muscular, uma rigidez muscular e alguns apresentam saliva em excesso. Muitas vezes essa baba ou saliva tem um cheirinho que é desagradável, e muitas mães sentem nojo, não querem que seus filhos encostem na saliva dessa criança porque acham que elas vão pegar (uma doença). Então existe esse mito de que seu filho que é neurotípico e não tem nenhum problema, vai pegar alguma dessas questões com a criança, ou de que essas crianças vão atrapalhar o desenvolvimento do seu filho. Muitas famílias pensam que o professor, por dar assistência a essas crianças que demandam muita atenção, poderão prejudicar seus filhos ou que suas crianças receberão menos atenção. Por isso é preciso lutar para que todo professor que tenha dentro de suas salas de aula crianças e adolescentes com necessidades alternativas, tenha acompanhantes terapêuticos (ATs), para que eles deem suporte aos professores. Mesmo que seja uma criança só, já é suficiente para ter o acompanhante terapêutico.

LJ: Deve haver uma diferença na forma de educar PCD e não-PCD, ou cada aluno deve ser tratado com particularidade independente de um diagnóstico?

GM: Não pode haver o mesmo tratamento, tipo de obrigatoriedade ou mesmo tipo de tarefa para uma criança que tenha necessidades especiais. Porque uma pode escrever e a outra não, uma pode ter dificuldade de pegar no lápis, uma outra tem déficit de atenção e de concentração. Por isso, repito, é importantíssimo ter as salas de recursos multifuncionais, com profissionais adequados. A gente fala da integração da criança à sala de aula com crianças que não têm deficiência, e isso envolve a questão da sociabilidade, da interação emocional, da empatia que essas outras crianças têm com elas, de aprenderem a ser mais tolerantes e pacientes. Mas de fato, elas precisam dessa assistência diferenciada, que pode ser dada por um acompanhante terapêutico dentro da sala de aula, mas deixar a criança com necessidades sozinha e esperar que ela tenha o mesmo desempenho das outras crianças é algo que não vai acontecer. Ela precisa de logística e o professor também, pois o professor não dá conta só.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a inclusão da empresa Exelead, localizada em Indianápolis, estado da Indiana, nos Estados Unidos, como uma fabricante alternativa da vacina da Pfizer/BioNTech contra a covid-19. A solicitação de inclusão foi feita em 24 de agosto e aprovada ontem (31) pela Anvisa.

De acordo com a agência, a introdução da unidade aprimora a capacidade de fornecimento da nanopartícula lipídica e de formulação do medicamento a granel. O produto fabricado na Exelead é, então, transportado até o local das etapas de envase e embalagem.

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A análise das informações enviadas pela Pfizer foi concluída na semana passada pela equipe técnica da Anvisa, para que fosse verificado o cumprimento das Boas Práticas de Fabricação (BPF) da unidade. A certificação valida as estruturas e condições técnico-operacionais de determinada fábrica para a produção do imunizante.

“Todas as vacinas e medicamentos fornecidos para o Brasil precisam ter a sua cadeia produtiva integralmente autorizada pela agência. Isso significa que cada nova planta fabril incluída deve estar de acordo com os requisitos de BPF”, explicou a Anvisa, em nota. O objetivo é garantir que as mudanças não alterem as características do produto final registrado na agência.

Com a inclusão, a cadeia produtiva da vacina da Pfizer tem agora oito empresas distribuídas nos Estados Unidos, Alemanha, Áustria e Bélgica.

O Itaú Unibanco está com inscrições abertas para o programa gratuito 'Bootcamp Itaú Devs', voltado unicamente para pessoas trans. São 40 vagas disponíveis para a capacitação direcionada a desenvolvedores, e em seguida a integração na equipe de trabalho.

As inscrições vão até o dia 2 de setembro apenas por meio do site de recrutamento da empresa. O programa busca aprimorar a carreira de analista junior em todo o País. Segundo Moisés Nascimento, CDO do Itaú, a iniciativa tem como objetivo promover mais oportunidade e diversidade no mercado de trabalho, em especial no setor de tecnologia.

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“Proporcionar conhecimento para quem deseja aprender e se especializar nessa área é um ganho social e dobramos esse ganho quando temos a oportunidade de estimular a visibilidade, segurança e respeito às pessoas trans. Somos diversos e queremos construir um banco cada vez melhor para atender nossos clientes que também são diversos”, comentou nascimento.

Para participar, é preciso ter acima de 18 anos, disponibilidade de oito horas diárias, e bom raciocínio lógico. Não serão exigidos diploma de graduação ou experiência prévia na área.

A capacitação será virtual, por meio de webinários, e contará com informações técnicas e conteúdo comportamental para desenvolver habilidades essenciais na atuação profissional. Os candidatos têm até o dia 5 de setembro para fazer o teste de raciocínio fluido.

Ainda será realizado um painel com especialistas de 8 a 15 do mesmo mês, e o resultado dos aprovados na seleção será divulgado no dia 20. O início do curso está previsto para o dia 18 de outubro.

Os participantes serão contratados pelo Itaú a partir do primeiro dia da capacitação, recebendo todos os benefícios oferecidos pela empresa. As pessoas selecionadas terão acesso a atendimento psicológico, psiquiátrico e endócrino para quem está em transição hormonal ou que tenha interesse em iniciar a transição em parceria com a Educatransforma.

A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados entrou com uma representação no Ministério Público Federal pedindo a abertura de uma investigação contra o ministro da Educação, Milton Ribeiro, pelas declarações de que alunos com deficiência "atrapalham" o aprendizado dos demais e, em alguns casos, é "impossível a convivência".

O ofício foi encaminhado na sexta-feira, 20, ao subprocurador Carlos Alberto Vilhena, que coordena a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão. De acordo com os parlamentares, as falas do ministro foram "desrespeitosas" e "discriminatórias".

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"É inaceitável, no Estado Democrático de Direito, que a apologia à discriminação seja proclamada, abertamente, por um Ministro de Estado. A declaração preconceituosa e discriminatória utilizada pelo Ministro precisa ser repelida pelas instituições competentes", argumentam.

Os deputados pedem que Ribeiro seja obrigado a pagar uma indenização por danos morais coletivos a entidades de direitos humanos que atuem na defesa das pessoas com deficiência e necessidades especiais.

Em entrevista ao programa Novo Sem Censura, da TV Brasil, no último dia 9, o ministro da Educação criticou o que chamou de "inclusivismo". "O que é o inclusivismo? A criança com deficiência era colocada dentro de uma sala de alunos sem deficiência. Ela não aprendia, ela atrapalhava, entre aspa, essa palavra falo com muito cuidado, ela atrapalhava o aprendizado dos outros, porque a professora não tinha equipe, não tinha conhecimento, para poder dar a ela atenção especial", afirmou ao criticar as diretrizes anteriores para inclusão dos alunos com deficiência na rede pública.

Dias depois, em visita ao Recife, Ribeiro afirmou que existem crianças com graus de deficiência em que "é impossível a convivência em sala de aula" e defendeu o uso de salas especiais para esses alunos. "Nós temos 1,3 milhão de crianças com deficiência que estudam nas escolas públicas. Desse total, 12% têm um grau de deficiência em que é impossível a convivência", afirmou o ministro. "O que o nosso governo fez? Ao invés de jogá-los em uma sala de aula simplesmente pelo inclusivismo, nós estamos criando salas especiais para que essas crianças possam receber o tratamento que merecem e precisam", acrescentou.

Com a repercussão das declarações, o Ministério da Educação afirmou, por nota, que Ribeiro "manifestou publicamente o seu pedido de desculpas às pessoas que se sentiram ofendidas". A pasta disse ainda que "reafirma o seu compromisso com o desenvolvimento de políticas públicas que contemplem de fato as necessidades das modalidades especializadas".

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, que recebeu a representação do PSOL, também divulgou uma nota. Nesta caso, no entanto, o texto serviu para repudiar as declarações do ministro. "A concretização da política aprovada pelo governo federal representa retrocesso e vai na contramão da busca pela garantia de acesso à educação inclusiva", diz o texto.

COM A PALAVRA, O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

A reportagem entrou em contato com o Ministério da Educação para comentar a representação e aguarda resposta. O espaço está aberto para manifestação.

Em uma cafeteria de Tóquio, Michio Imai cumprimenta um cliente, mas não pessoalmente. Ele está a centenas de quilômetros dali, controlando um robô-garçom que é parte de um experimento sobre emprego inclusivo.

Os robôs da cafeteria Dawn são pensados para serem mais do que um aparelho. Eles oferecem oportunidade de trabalho a pessoas que não podem sair de casa.

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"Olá, como está?", pergunta um robô, que parece um pinguim, em um bar, girando o "rosto" para os clientes.

Quem o controla é Imai, em sua casa em Hiroshima, a 800 km da capital japonesa. Ele é um dos quase 50 funcionários com deficiência física ou mental que trabalham no café Dawn como "pilotos", operando os robôs a partir da "tela".

A cafeteria abriu no distrito central de Nihonbashi em Tóquio em junho e oferece trabalho para pessoas de todo o Japão e do exterior, embora alguns funcionários trabalhem no próprio café.

A inauguração estava prevista para o ano passado, durante os Jogos Paralímpicos, mas foi adiada devido à pandemia (como aconteceu com os Jogos, que começam na terça-feira).

Quase 20 robôs em miniatura, de olhos amendoados, estão sentados às mesas e por outras partes do local, que não tem escadas e está adaptado para cadeiras de rodas.

Os robôs, chamados OriHime, usam câmeras, um microfone e um alto-falante incorporados para que os trabalhadores possam se comunicar com os clientes à distância.

"Pode anotar?", pergunta um consumidor, ao lado de um tablet que apresenta um menu de hambúrgueres, curry e saladas.

Enquanto os clientes falam com os pilotos que operam os mini-robôs, três máquinas de uma versão maior e forma humanoide se deslocam pelo café, servindo bebidas ou cumprimentando os clientes na entrada do estabelecimento.

No bar há inclusive um robô com um avental marrom capaz de fazer café.

Essas máquinas são, acima de tudo, uma forma para que os trabalhadores possam se comunicar com os clientes.

"Posso falar com nossos clientes sobre vários assuntos, como o clima, a cidade onde vivo ou minha saúde", afirma Imai, que tem transtorno de somatização, o que torna muito difícil para ele sair de casa.

"Enquanto estiver vivo, quero fornecer algo à comunidade, trabalhando. Me sinto feliz podendo fazer parte da sociedade", comenta.

O projeto foi idealizado por Kentaro Yoshifuji, de 33 anos, um empresário que fundou a empresa Ory Laboratory, que fabrica os robôs.

Desde criança, a saúde de Yoshifuji não era boa, o que o impedia de ir à escola. Portanto, começou a pensar em formas para que as pessoas trabalhem mesmo que não possam sair de casa.

Ele criou o café com o apoio de grandes empresas e uma campanha de crowdfunding e afirma que o projeto vai muito além dos robôs.

"Os clientes não vêm aqui apenas para conhecer os OriHima", conta Yoshifuji, na cafeteria.

"Há pessoas operando os OriHima nos bastidores e os clientes voltam aqui para vê-las de novo", acrescenta.

Kentaro Yoshifuji espera que, no futuro, os robôs sirvam inclusive para tornar os Jogos Paralímpicos mais inclusivos.

"Poderíamos criar um novo tipo de Paralímpicos para as pessoas que estão acamadas", afirmou. "Ou poderíamos inventar novos esportes. Isso seria interessante".

A Universidade Estadual do Paraná (Unespar) está com inscrições abertas para o programa de extensão Universidade Aberta da Pessoa Idosa (UAPI). Para se inscrever, os interessados deverão preencher um formulário no período de 12 de agosto a 11 de setembro. No total, 50 vagas são ofertadas para pessoas com idade a partir dos 60 anos, habitantes de Curitiba e região. As aulas serão ministradas de forma remota.

O objetivo da extensão é ofertar à pessoa idosa a oportunidade para a educação permanente, como diz Gislaine Vagetti, coordenadora do programa. “A educação para idosos tem como finalidade promover conhecimentos que determinam redimensionamentos para o fomento da qualidade de vida a partir de pressupostos de interdisciplinaridade, participação social e promoção da saúde. É possível pensar em medidas preventivas e intervenções que garantam novos sentimentos que estejam livres de estereótipos associados ao envelhecimento”, destaca Vagetti. 

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As atividades propostas pela UAPI incluem canto, exercícios físicos, trabalhos com memória musical e rítmica, entre outras. Serão aplicados os seguintes conteúdos: canto ativamente; a era do rádio: memórias sonoras; redes sociais; atividades físicas e idosos; as músicas das nossas vidas; e exercícios rítmicos com voz e corpo.

A UAPI atenderá pessoas de qualquer nível econômico e educacional, com ou sem experiências com a música, cuja faixa etária seja igual ou superior a 60 anos. Inicialmente funcionará de forma remota, o curso terá uma carga mínima de 208 horas, distribuídas em três semestres letivos, tendo início no dia 14 de setembro de 2021, sempre às terças e quintas-feiras das 15h às 16h30.

Dúvidas podem ser encaminhadas para o e-mail uapi.curitiba2@unespar.edu.br.

A Academia Brasileira de Letras (ABL) lançou a nova edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp). Nela foram incluídas mil novas palavras, fato que não acontecia desde 2009. Entre as expressão adicionadas pela ABL estão telemedicina, home office, emoji, crossfit, feminicídio, sororidade, Covid-19, live-action, loockdow, entre outras.

Esta inclusão no vocabulário da língua portuguesa é reflexo de palavras nascidas durante a pandemia do novo coronavírus, do desenvolvimento científico e tecnológico, além de termos técnicos e registros de nomes de povos indígenas, língua e família linguística. A mudança foi orientada pelo presidente da Comissão de Lexicologia e Lexicografia da ABL, o professor Evanildo Bechara.

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" A Academia Brasileira de Letras viu-se no dever de atualizar a obra para oferecer ao público uma edição aumentada em seu universo lexical e em dia com a evolução da língua, refletindo as mudanças da nossa sociedade", explicou a instituição por meio da assessoria.

Todas as palavras incluídas pela ABL no vocabulário da língua portuguesa podem ser consultadas através do site da instituição.

 

 

Mais de 160 atletas abertamente lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e queers participarão da Olimpíada de Tóquio 2020, o que torna os Jogos deste ano os mais inclusivos de todos os tempos.

Isso colocou em evidência o Japão, que segundo ativistas está fora de sintonia com grande parte do restante do mundo e ainda não passou pelas mesmas mudanças sociais que transformaram o casamento entre pessoas do mesmo sexo e mais inclusão uma realidade em outros países.

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Embora o Japão seja conhecido por ter fortes democracia e sociedade civil, ativistas dos direitos humanos dizem que está longe de resolver as questões de lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e queers (LGBTQ).

A carta olímpica proíbe a discriminação e, embora Tóquio tenha aprovado uma lei antidiscriminação três anos atrás, não há a mesma proteção legal para o restante do país.

Ativistas esperam usar os Jogos como uma oportunidade para levantar a questão e angariar apoio do público para as pautas LGBTQ.

"Acho que muitas pessoas pensam que o Japão é um defensor dos direitos humanos, mas é o oposto, porque não temos igualdade de casamento, não temos leis banindo discriminação baseada em orientação sexual ou identidade de gênero", disse Gon Matsunaka, fundador do primeiro centro LGBTQ do Japão, Pride House.

 Há poucos dias foi confirmado que a personagem Betty DeVille será assumidamente gay, na nova temporada da série infantil “Rugrats: Os Anjinhos” (2021). Mais um exemplo de um movimento que vem acontecendo na indústria do audiovisual: a paulatina inclusão da cultura LGBTQIAP+  em produções infantis ou infanto-juvenis. Basta lembrar de outros exemplos, como  “She-Ra e as Princesas do Poder” (2018), “Hora de Aventura” (2010) e “Steven Universo” (2013), o que traz à tona o debate sobre a importância dessas representatividades no audiovisual.

O crítico de cinema Franthiesco Ballerini explica que esse tipo de inclusão beneficia a formação da criança, que na maioria dos casos, estuda em escolas e faze parte de famílias em que a cultura do LGBTQIAP+ é vista com um certo tabu. “É ainda mais importante do que as inclusões em obras voltadas para o público adulto, porque estes já estão formados, mas a criança não”, destaca.

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Embora a presença do LGBTQIAP+ nas produções da cultura pop esteja caminhando cada vez mais para a normalização, Ballerini lembra que o contexto brasileiro coloca algumas barreiras, como o fato da extrema direita ocupar o poder no Brasil, o conservadorismo ser expressivo na sociedade e a homofobia que ainda parece predominar.  “Mas, nós ainda temos os nossos direitos constitucionais, então, é a oportunidade que não podemos perder de realizar essas inclusões. É uma luta diária e nada vai mudar do dia para o outro, são pequenas conquistas a cada momento”, ressalta.

A diretora audiovisual Makoto Machado, 26 anos, de Guarulhos (SP), comenta que ainda não percebeu muita representatividade nas produções da cultura pop e recorda que a única vez que se sentiu representada foi com uma personagem da animação foi em “She-Ra e as Princesas do Poder”. “Na segunda temporada aparece uma pessoa não-binária. Conhecer essa personagem me fez bem feliz e inclusive me fez perceber que ainda não há, em séries ou filmes, algo que eu conheça que me represente, como pessoa trans não-binária”, aponta.

Embora o Brasil seja considerado por muitos como um país miscigenado, Makoto aponta que muitas das produções audiovisuais ainda carecem de diversidade. Segundo ela, isso esconde a existência de diferentes formas de ser e a representação dessas pessoas permitiria que outros as conhecessem. “Eu também existo e eu não sou a única pessoa trans não-binária que existe no Brasil, então por que não há uma personagem como eu nos lugares?”, questiona.

Outro problema presente na inclusão do LGBTQIAP+ é que muitos fãs consumidores de cultura pop tendem a criticar qualquer tipo de inclusão. “Isso, claro, reforça diferentes coisas, como o próprio fato de que se é ruim até pra um homem branco que uma personagem principal se torne uma mulher negra, por exemplo, por não ser algo que os representa e que ‘não é pra eles’, imagina como é para a mulher negra, para as pessoas LGBTQIAP+  etc”, define.

A diretora audiovisual reforça que é importante representar todos os tipos de pessoas e quebrar certos tabus presentes em diversas produções. “Uma história em que diferentes pessoas no mundo foram afetadas por algum tipo de evento que fizeram com que elas tivessem poderes e nenhuma dessas pessoas ser alguém trans, ou gay, ou assexual, por exemplo. Então sinto que ainda falta haver essa naturalidade na diversidade dos personagens”, exemplifica Makoto.

A Casa Branca informou, em entrevista coletiva e com comunicados complementares, os detalhes da doação das primeiras 25 milhões de vacinas contra a covid-19 para outros países. O Brasil foi incluído na lista de países que receberão os imunizantes.

Segundo o coordenador da força-tarefa de combate à covid-19, Jeff Zients, 1 milhão de doses da Johnson e Johnson estão sendo carregadas nesta quinta-feira para a Coreia do Sul. "Esse é só o começo. Esperamos uma cadência regular de embarques para todo o mundo nas próximas semanas", disse.

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Conforme o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, os EUA receberam pedidos de todo mundo. Pelo menos 75% das 25 milhões de doses iniciais de vacinas a serem enviadas - quase 19 milhões - serão compartilhadas por meio da iniciativa Covax. "Isso vai maximizar o número de vacinas disponíveis equitativamente para todos os países e vai facilitar o compartilhamento com aqueles que estão em maior risco."

Dentre as vacinas doadas via Covax, aproximadamente 6 milhões de doses irão para América Latina e o Caribe, incluindo o Brasil.

Também receberão doses, conforme comunicado da Casa Branca, Argentina, Colômbia, Costa Rica, Peru, Equador, Paraguai, Bolívia, Guatemala, El Salvador, Honduras, Panamá, Haiti e outros países da Comunidade Caribenha (Caricom), além da República Dominicana.

Ainda dentre as 19 milhões de vacinas doadas via Covax, aproximadamente 7 milhões de doses vão para o Sul e Sudeste Asiático e aproximadamente 5 milhões para a África.

Os 25% remanescentes, que equivalem a pouco mais de 6 milhões, serão compartilhados diretamente com países que estão passando por surtos, em crise e outros parceiros e vizinhos, incluindo Canadá e México. Também serão destinadas vacinas a locais com necessidades urgentes como Índia e Gaza.

Segundo a Casa Branca, nos próximos dias os EUA vão coordenar com a Covax e os países que receberão a vacina nos embarques.

A Casa Branca reforçou ainda que, até o fim do junho, os EUA irão compartilhar 80 milhões de doses da sua oferta de vacinas com o mundo.

Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) realiza, neste sábado (15), a aula inaugural do Cursinho Preparatório para o Enem (Prepex). A formação é organizada pela Coordenação de Integração Comunitária (CIC) em conjunto com a Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Cidadania (Proexc) da UFRPE. A primeira aula terá início às 9h e será transmitida virtualmente pelo canal oficial da UFRPE no Youtube.

O evento de abertura terá com a participação de Frei David Raimundo Santos, diretor executivo da  Educafro, e Tatiane Ribeiro, coordenadora nacional da  Rede Emancipa de Educação Popular. As duas entidades são reconhecidas pela atuação em promover preparatórios populares e gratuitos. Devido à pandemia do novo coronavírus, o calendário do curso foi modificado para iniciar apenas no mês de maio, mas se estenderá por todo o ano letivo, com aulas remotas. O Prepex tem mais de 700 alunos inscritos gratuitamente.

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O projeto busca preparar estudantes do ensino médio da rede pública para prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), para que assim eles possam ingressar no ensino superior, em especial nas universidades públicas. 

A Organização Internacional do Trabalho e a Somos Diversidade realizaram, nessa terça-feira (12), um webinar sobre a inclusão da diversidade nas empresas. O evento, que contou com a participação do Ministério Público do Trabalho e gestores de negócios, deu início à pesquisa do projeto “Diversidade Aprendiz: Aprendizados para um Futuro Inclusivo”.

O projeto busca mapear a situação atual da inclusão de grupos marginalizados nos quadros de funcionários das empresas. A proposta da iniciativa é elaborar um diagnóstico das práticas atuais de recrutamento e contratação nas corporações, produzindo um relatório que servirá para nortear o desenvolvimento de projetos de capacitação para aumentar a empregabilidade desse grupo.

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Fazem parte do grupo, segundo a Somos Diversidade, pessoas com acesso desigual ao mercado de trabalho formal, como a população negra, migrantes e refugiados, LGBTQIA+, Pessoas com Deficiência (PcD), profissionais acima de 50 anos, egressos do sistema penitenciário ou em liberdade assistida, pessoas de baixa renda e moradores de periferias. De acordo com a Somos Diversidade, a fase de coleta da pesquisa está prevista para durar dez dias, encerrando no dia 21 deste mês.

O questionário é disponibilizado para todas as empresas do País, independente de porte ou área de atuação. “Serão aceitas respostas de funcionários em qualquer nível hierárquico. O armazenamento e tratamento dos dados conta com uma consultoria especializada em proteção de dados, comprometendo-se com a segurança e confidencialidade das informações fornecidas”, detalhou o grupo. Outras informações sobre a pesquisa podem ser obtidas por meio do site ou das redes sociais da Somos Diversidade.

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