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A Dow, companhia dedicada à ciência dos materiais, anunciou o programa de trainee exclusivo para pessoas negras. As inscrições vão até 1º de abril, através do site da Cia de Talentos.

Para garantir uma abordagem mais inclusiva, neste processo seletivo não será exigido nenhum nível do idioma inglês. A empresa também não determinou um limite de idade para os candidatos. Os critérios de elegibilidade adotados serão a graduação entre julho/2017 e julho/2020 e que o candidato tenha pelo menos um ano de experiência profissional.

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De acordo com informações divulgadas pela companhia, a empresa já vem trabalhando há alguns anos no combate ao racismo no mercado de trabalho com iniciativas que fomentam a inclusão, por meio do grupo de afinidades Global African American Network (GAAN), que promove a atração, capacitação e o desenvolvimento de funcionários negros.

“Queremos que as práticas de contratação eliminem quaisquer barreiras para talentos negros integrarem o mercado formal de trabalho e ocuparem espaços, bem como incentivar toda a cadeia de fornecedores, clientes e parceiros a fazer o mesmo,” afirma Vanessa Grossi, diretora de Recursos Humanos para a Dow na América Latina.

Serão oferecidos aos novos talentos benefícios como salário alinhado às melhores práticas do mercado, programa de desenvolvimento pessoal e profissional com duração de dois anos, subsídio para curso de inglês, assistência médica e odontológica, horário flexível de trabalho, entre outros.

Entre os diferenciais do programa, estão uma mentoria com lideranças negras da companhia e a possibilidade de rotação profissional em diferentes áreas de atuação para acelerar o crescimento profissional. As vagas serão preenchidas para as cidades da Bahia, Minas Gerais e São Paulo.

Veja abaixo quais as áreas com vagas disponíveis

São Paulo (SP): Compras, Logística, Finanças, Recursos Humanos e Marketing & Vendas.

Candeias (BA): Engenharia e Manufatura.

Cabangu (MG): Engenharia e Manufatura.

Após a realização de um processo seletivo com reserva de vagas no fim do último ano, a empresa de telecomunicações Vivo anunciou que, em 2021, 30% de seus trainees são negros. Os candidatos selecionados vão trabalhar por 18 meses em São Paulo a partir de fevereiro. 

O processo seletivo contou com 41 mil inscritos para um total de 30 vagas. De acordo com Niva Ribeiro, vice-presidente de Pessoas da Vivo, o número de profissionais negros recrutados ultrapassou o número de vagas reservadas em 13%. 

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“Superamos nosso compromisso e esse número foi para 43%. Nós encontramos excelentes profissionais. Somos uma marca inclusiva, com a diversidade em nosso DNA, e entendemos a importância de estimular uma cultura com mais pluralidade e representatividade na companhia. Jovens talentos serão nossos líderes do futuro e esse é um dos nossos movimentos para estimular a diversidade racial na liderança”, disse ela, conforme informações da assessoria de imprensa da empresa.

Além do critério racial, a empresa afirma que buscou dar mais diversidade ao processo seletivo através de sua estratégia de comunicação nas redes sociais para atingir candidatos com perfis diferentes e garantir diversidade geográfica, de gênero, raça, curso de formação e universidade. Como resultado desse esforço, segundo a Vivo, quase metade dos candidatos mora fora de São Paulo. 

Um deles é Rafael Amorim, 27 anos, que mora em Salvador e se mudará para trabalhar na empresa. Ele é formado em engenharia química e conta que precisou se preparar bem para a seleção. “Tive que estudar e me preparar para as dinâmicas. Já participei de outras seleções para trainee, mas essa foi a que eu mais aprendi. Mesmo que não conseguisse a vaga, já teria um conhecimento adquirido (…) Trainee é uma posição em que você é preparado para ser um líder e eu tenho esse desejo”, disse ele.

*Com informações da Vivo

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O 1º Congresso Nacional Educação para Todos será realizado nos dias 27 e 28 de novembro, das 19h às 22h. O evento é promovido pelo Centro de Educação Professor Leonardo Neves (CEI), que oferta 500 vagas gratuitas para a ocasião.

A ação será transmitida, de forma gratuita, pela internet, e contará com debates sobre temas voltados a pessoas com deficiência e aos profissionais que trabalham em contato direto com elas. Para participar do evento, o interessado deve efetuar a inscrição até o próximo dia 26, enviando o nome completo, número do CPF e telefone para o e-mail: congressoeducacaoparatodos@gmail.com. Informações sobre o congresso podem ser obtidas pelo número do WhatsApp (81) 9. 94292166. 

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A escritora, palestrante motivacional e estudante de letras na Universidade de Brasília (UNB), ClarinhaMar - que possui paralisia cerebral, - irá debater o tema “Pessoa com Deficiência: O Viver, Além do Sobreviver”, diretamente de Brasília. O graduando em nutrição e idealizador do perfil do Instagram “Nutrição Sobre Rodas”, Luís Guilherme, discutirá a temática “O Impacto da Nutrição Para a Pessoa com Deficiência”.

O docente de libras da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), licenciado em letras e com pós-graduação em Docência do Ensino Superior de Libras, César Rafael, tratará do tema “Desafios das Traduções Culturais da Literatura Surda”, palestra que será transmitida de São Luís. Da cidade de Natal, a psicóloga especialista em Psicologia Clínica e Psicoterapia Infanto-Juvenil com Foco no Atendimento de Pessoas com Deficiência, Loyse Brito, irá ministrar palestra sobre o assunto “A Saúde Mental da Pessoa com Deficiência”.

Nesta sexta-feira (30), o Ministério da Educação (MEC) divulgou um documento sobre a implementação da Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida (PNEE 2020), instituída pelo Decreto no 10.502, de 30 de setembro de 2020. De acordo com o documento, todas as escolas, públicas e privadas, devem oferecer preferencialmente - mas não exclusivamente - escolas inclusivas. 

Na apresentação do documento, o atual ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou que nenhum direito foi tirado e que nenhuma prerrogativa dos estudantes e de suas famílias foi minimizada. “Muito pelo contrário, os direitos foram ampliados para que famílias e estudantes, além da garantia do acesso à escola comum, tenham também o direito a escolas especializadas, sempre que essas forem consideradas, por eles mesmos, como a melhor opção”, afirmou o ministro.

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A PNEE, segundo o MEC, também defende a manutenção e a criação dessas classes e escolas e também de escolas e classes bilíngues de surdos. Estas classes e escolas especializadas são também inclusivas. Assim, de acordo com o documento, o processo de inclusão não deve ser restrito a discussões teóricas, assegurando direitos fundamentais à educação e ao exercício pleno de cidadania de todo brasileiro.

Confira, a seguir, um vídeo com perguntas e respostas sobre a Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida (PNEE 2020): 

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--> Senadores querem revogar política de educação especial

Edição extra do Diário Oficial da União (DOU) que circula na noite desta quarta-feira (28) traz a revogação do Decreto 10.530, que autoriza estudo para abrir as Unidades Básicas de Saúde (UBS) à iniciativa privada. A decisão foi anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro mais cedo pelo Facebook, após pressão e repercussão negativa da medida, que foi vista como o início da privatização do Sistema Único de Saúde (SUS).

Ao confirmar a revogação do decreto em sua rede social, Bolsonaro defendeu a proposta. "Temos atualmente mais de 4.000 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e 168 Unidades de Pronto Atendimento (UPA) inacabadas. Faltam recursos financeiros para conclusão das obras, aquisição de equipamentos e contratação de pessoal", destacou.

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"O espírito do Decreto 10.530, já revogado, visava o término dessas obras, bem como permitir aos usuários buscar a rede privada com despesas pagas pela União", disse o presidente na publicação.

Pelo menos oito projetos de decreto legislativo, medida que é capaz de sustar a decisão presidencial, já tinham sido apresentados no Congresso desde a publicação do Decreto 10.530 nessa terça, 27.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) emitiu na terça-feira, 13, parecer em que requer a extinção ou a declaração de total improcedência da ação civil pública ajuizada pela Defensoria Pública da União (DPU) contra o Magazine Luiza por seu programa de trainee exclusivo para candidatos negros, lançado em setembro. No parecer, o MPT também requer a rejeição do pedido de tutela de urgência. Segundo o órgão, não há "direito ou risco de violação de interesse protegido pelo ordenamento constitucional".

No parecer, o MPT diz que a DPU defende pública e regularmente as ações afirmativas para igualdade material de pessoas negras e afirma que a ação é fruto de um ato isolado do autor da ação, "com violação ao princípio do defensor natural". Segundo o MPT, esse princípio garante que o DPU atue na defesa dos "necessitados e dos direitos fundamentais deles". "Assim sendo, muito embora integrante da divisão temática na área trabalhista, não demonstra o defensor público que subscreve a ação designação ou procedimento administrativo de assistência jurídica que teria originado a demanda em defesa da população não-negra, alegadamente atingida pela ação afirmativa voltada ao ingresso dos jovens negros no mercado de trabalho", aponta o MPT no parecer.

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O documento também diz que houve desvio de finalidade por parte do autor da ação. "Ao revés, a ação pretende impedir a concretização do direito fundamental à igualdade de oportunidades no acesso a cargos de liderança em empresa privada por jovens negros universitários, socialmente discriminados na ocupação de tais vagas, fato que, além de admitido pela empresa-ré, se comprova através de estudos produzidos por institutos idôneos de pesquisa como IPEA, IBGE, Instituto Ethos, dentre outros", diz o documento.

O MPT rebate ainda o argumento de que o Magazine Luiza praticou "racismo reverso" em seu programa de trainee. "No Brasil, o racismo foi sedimentado na exploração do trabalho, na violência simbólica e física e na subalternidade da população negra ao longo de 3,5 séculos. Não há, pois, como ignorar essa realidade histórica e inverter a posição dos grupos sociais historicamente discriminados e privilegiados", diz o MPT no parecer.

A Defensoria Pública da União solicitou à Polícia Federal que garanta proteção ao defensor público Jovino Bento Júnior, que assina ação civil contra o programa de trainees exclusivos para negros da Magazine Luiza. O servidor pediu a escolta em ofício enviado à entidade na última sexta, 9, após alegar ter sofrido ameaças após apresentar o processo contra a empresa.

O defensor também solicitou o afastamento temporário do cargo com manutenção do salário 'considerando a falta de segurança e o clima tanto dentro quanto fora da instituição'. Este pedido, porém, foi negado por não ter previsão legal. No ofício, Jovino Bento Júnior também alegou que não recebeu apoio dentro da entidade.

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"Tenho sido fortemente atacado nas redes sociais por uma militância que não consegue enxergar que a ação foi proposta de modo técnico e fundada em plausível tese jurídica, dentro dos limites da independência funcional", afirmou o defensor.

A ação de Jovino contra a Magalu provocou forte mal-estar entre os defensores, que classificaram a medida 'péssima' e 'muito constrangedora' para a Defensoria. Nos bastidores, o processo foi encarado como uma 'reação' de um grupo minoritário de defensores públicos mais alinhados à gestão Jair Bolsonaro.

Uma fonte relatou ao Estadão que acredita que a ação teve o objetivo de 'mostrar que dentro da carreira também existe apoiador do governo'.

No ofício em que pede afastamento, Jovino critica representação feita por 'grupo formado por pessoas ligadas ao Partido dos Trabalhadores (PT)' à Controladoria-Geral da Defensoria Pública da União (CGDPU).

"Isso se deu unicamente pelo 'pecado' de ter ajuizado uma ação trabalhista em defesa dos interesses da maior parte dos meus assistidos, como se a DPU não fosse instituição autônoma da República e como se seus membros não tivessem a prerrogativa da independência funcional. Trata-se, obviamente, de perseguição política e de ataque direto às prerrogativas de um Defensor Público", acusou.

Além do afastamento temporário do cargo e da escolta policial, Jovino também pediu ao defensor público geral, Gabriel Faria Oliveira, que elaborasse uma manifestação em desagravo à sua situação por considerar não ter recebido apoio dentro da entidade.

Procurada, a Defensoria Pública da União afirmou que negou o pedido de afastamento temporário do defensor 'por não ter previsão legal'. "O DPGF enviou ofício à Polícia Federal ontem também (13) solicitando proteção policial ao defensor", afirmou.

Mais cedo, a Comissão de Prerrogativas da Defensoria Pública da União emitiu nota de apoio ao defensor por vislumbrar que 'têm circulado nas redes sociais, inclusive em sites, meios jornalísticos e televisivos, declarações que desbordam da mera crítica ou discordância' sobre a atuação do defensor.

"Não se mostra admissível que Defensoras e Defensores Públicos, no exercício de suas atribuições constitucionais e legais, atuando com arrimo na garantia da independência funcional, sofram ataques de ojeriza de quem quer que seja e, igualmente condenável, que sejam alvos de distorções midiáticas tendenciosas e irresponsáveis com a clara intenção, tal como no presente caso, de fomentar a polarização", afirmou a comissão. "Nenhuma Defensora ou Defensor deve ser reprimido no exercício do seu nobre mister, porque isso importaria em calar a voz de parcela da sociedade".

Procuradoria e grupo de defensores públicos defendem trainee da Magalu

A ação contra o programa de trainee exclusivo para negros levou o Grupo de Trabalho de Políticas Etnorraciais da Defensoria Pública da União (DPU) a emitir uma nota técnica na semana passada defendendo a legalidade do processo seletivo.

Segundo os defensores, o processo movido por Jovino Bento 'não reflete a missão e posição institucional da Defensoria Pública da União quanto a defesa dos direitos dos necessitados'. "Mais que isso, contraria os direitos do grupo vulnerável cuja DPU tem o dever irrenunciável de defender", afirmaram.

"A polêmica gerada em torno dessa ação afirmativa reside apenas no fato de poucas empresas hoje adotarem postura semelhante à louvável ação afirmativa acima referida, valendo lembrar que polêmicas igualmente foram geradas pelas primeiras ações coletivas sobre o tema de cotas étnicas e ações afirmativas que hoje são legal e constitucionalmente consolidadas no Brasil", apontou o grupo de trabalho.

Na última sexta, 9, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal considerou 'louvável' a iniciativa da Magazine Luiza. Sem citar a ação do defensor contra a empresa, os procuradores Marco Antonio Delfino de Almeida e Carlos Alberto Vilhena criticaram o uso da expressão 'racismo reverso' para tentar enquadrar o trainee da Magazine Luiza como ilegal.

"A alegação de 'racismo reverso' constitui uma falácia retórica para encobrir o privilégio que contempla, historicamente, as parcelas hegemônicas da sociedade brasileira; esse argumento enganoso busca enfraquecer a evidência do racismo estrutural", afirmam. "Não é possível confundir com racismo medidas destinadas a reparar distorções e desigualdades sociais e demais práticas discriminatórias adotadas, nas esferas pública e privada, durante o processo de formação social do Brasil".

COM A PALAVRA, A DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO

O defensor solicitou afastamento do cargo. O pedido foi negado ontem (13) pelo DPGF por não ter previsão legal. O defensor pediu também proteção policial. O DPGF enviou ofício à Polícia Federal ontem também (13) solicitando proteção policial ao defensor.

No próximo sábado (17) e domingo (18), acontece o I Open Paradança - que engloba o 19° Campeonato Brasileiro de Dança Esportiva em Cadeira de Rodas e a 19ª Mostra Nacional de Dança Artística em cadeiras de Rodas. Por conta da pandemia do novo coronavírus, os eventos acontecem de forma totalmente online, com transmissão pelo Instagram da Confederação Brasileira de Dança em Cadeira de Rodas (CBDCR).

O Open vai reunir atletas de diferentes países, que passarão por uma comissão julgadora formada por juízes do Brasil e também do México. Por iniciativa da presidente da CBDCR, o evento migrou para o ambiente virtual, neste ano de 2020, para que sua realização fosse viável, uma vez que cadeirantes fazem parte do grupo de  risco para o coronavírus. 

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Pernambuco estará sendo representado, na competição, pela companhia Cadências, a única do estado voltada para este segmento. Quatro atletas, entre elas a bicampeã Nina Souza, participam da disputa. Nina, inclusive, precisou fazer uma campanha virtual para arrecadar fundos e assim poder adaptar sua cadeira para participar do evento. 

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A presidente da Cadências, também uma das responsáveis pelo evento, Liliana Andréa Martins Almeida, falou ao LeiaJá sobre o evento online. “Hoje, na Confederação temos 13 companhias filiadas, todas elas vão participar, a maioria vai competir, outras estarão na mostra, mas são de vários estados, Sergipe, São Paulo, Minas, Para e Pernambuco”. 

Serviço

 I Open Paradança

Sábado (17) e Domingo (18) - 15h

@cbdcr01

 

O Grupo de Trabalho de Políticas Etnorraciais da Defensoria Pública da União (DPU) emitiu nota técnica repudiando a ação civil movida pelo defensor Jovino Bento Júnior contra a Magazine Luiza, acusada de promover "marketing de lacração" com o anúncio de um programa de trainee destinado a candidatos negros. Dentro da entidade, o processo contra a empresa provocou forte mal-estar entre defensores, que classificaram a medida "péssima" e "muito constrangedora".

A nota técnica assinada por onze defensores afirma que a ação movida por Jovino Bento "não reflete a missão e posição institucional da Defensoria Pública da União quanto a defesa dos direitos dos necessitados". "Mais que isso, contraria os direitos do grupo vulnerável cuja DPU tem o dever irrenunciável de defender", aponta.

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Os defensores elogiaram a iniciativa da Magazine Luiza e destacaram que o ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, já defendeu a utilização de cotas raciais como instrumento de ação afirmativa.

"A polêmica gerada em torno dessa ação afirmativa reside apenas no fato de poucas empresas hoje adotarem postura semelhante à louvável ação afirmativa acima referida, valendo lembrar que polêmicas igualmente foram geradas pelas primeiras ações coletivas sobre o tema de cotas étnicas e ações afirmativas que hoje são legal e constitucionalmente consolidadas no Brasil", apontaram os defensores.

Segundo fontes ouvidas pelo Estadão que atuam em tribunais superiores de Brasília, a repercussão interna da ação contra a Magazine Luiza foi "péssima" e muitos defensores se manifestaram contra a posição de Jovino Bento Júnior, que atua na área trabalhista da entidade. Um defensor classificou o caso como "muito constrangedor" para a instituição.

A reação ocorre pelo fato do defensor ter citado o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, na ação contra a Magazine Luiza. O jornalista foi alvo de recursos da própria Defensoria para tirá-lo do cargo por medidas que vão de encontro à defesa do movimento negro, como a publicação de textos que atacavam a figura de Zumbi dos Palmares.

Em junho, reportagem do Estadão revelou áudios de Camargo chamando o movimento negro de "escória maldita", que abriga "vagabundos" e chamou Zumbi de "filho da puta que escravizava pretos".

Mais cedo, a DPU emitiu nota de esclarecimento sobre a ação movida contra a Magalu, afirmando que a política de cotas "constitui-se em forte instrumento" para a "construção de uma sociedade livre justa e solidária". Apesar disso, a entidade pontuou que o defensor tem independência funcional, e não depende de prévia análise de mérito ou autorização hierárquica para apresentar uma ação contra a empresa.

"Como instituição constitucionalmente encarregada de promover o acesso à justiça e a promoção dos direitos humanos de dezenas de milhões de pessoas, a DPU apoia e incentiva medidas do poder público e da iniciativa privada que proporcionem redução de carências e de vulnerabilidade", afirmou a DPU. "Com o mesmo objetivo, a Instituição defende, de forma intransigente, a independência funcional de seus membros, prerrogativa voltada à boa atuação do membro em favor do assistido da instituição".

O projeto Mães Produtivas, desenvolvido pelas Instituições mantidas pelo grupo Ser Educacional, abriu inscrições para preenchimento de novas vagas em bolsas de estudos em cursos EAD de graduação e pós-graduação. A iniciativa busca oportunizar, para mães de crianças com doenças raras, o acesso ao ensino superior. Em Maceió, por meio da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau, são ofertadas três vagas em cursos de graduação e uma em cursos de pós-graduação.

O projeto faz parte do Programa EAD Social do grupo Ser Educacional e visa beneficiar as mães que não podem comparecer às aulas presenciais, por seus filhos precisarem de cuidados especiais. “O Mães Produtivas é um dos projetos de Responsabilidade Social mais importantes da UNINASSAU, em que nos comprometemos com essas mães de bebês com doenças raras, possibilitando o acesso ao ensino superior e incentivando que elas não esqueçam do seu lado profissional”, afirma o reitor da UNINASSAU Maceió, Avelino Balbino.

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Avelino destaca ainda que, em uma graduação presencial, os horários são muito corridos e o ensino a distância oferta flexibilidade para essas mães estudarem em um momento de folga e transformar o conhecimento adquirido em uma forma de estabilidade financeira no futuro.

Para as interessadas em se candidatar a uma vaga, as inscrições têm início nesta segunda-feira (05) e vão até o dia 12. Inicialmente, as candidatas devem entrar em contato pelo e-mail sarah.coelho@uninassau.edu.br, onde será informada a documentação necessária para concorrer às vagas e os próximos passos da seleção.

*Da assessoria

O Ministério da Saúde informou ao Estadão que estuda a inclusão de dois medicamentos à base de canabidiol no Sistema Único de Saúde (SUS). A distribuição gratuita na rede depende de aval da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). A avaliação deve ser feita até dezembro.

Hoje a busca por remédios com canabidiol é uma das principais demandas que levam à judicialização no País. Um grupo de 29 senadores manifestou apoio expresso à distribuição gratuita de medicamentos à base de canabidiol, um dos derivados da maconha, no SUS. O movimento formaliza o alinhamento a um estudo em andamento e patrocinado pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

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O primeiro medicamento - registrado comercialmente como Mevatyl - é à base de canabidiol e analisado para tratamento sintomático da espasticidade moderada a grave relacionada à esclerose múltipla, de acordo com a pasta. "Essa demanda já esteve em pauta na 89.ª reunião da Conitec, em agosto. A recomendação inicial do plenário foi desfavorável à incorporação e, agora, a demanda segue para consulta pública. A previsão é de que o tema seja pautado na 93ª Reunião da Comissão - que ocorrerá em 4 e 5 de novembro."

O segundo medicamento, um fitoterápico com nome comercial Canabidiol Prati-Donaduzzi, "está em fase inicial de avaliação", de acordo com nota na pasta. A previsão do ministério é de que o tema passe pela primeira avaliação na comissão nos dias 1.º e 2 de dezembro.

Só em dezembro do ano passado a Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou a regulamentação do registro e da venda de medicamentos à base de cannabis (maconha) em farmácias e drogarias no Brasil. A diretoria da agência decidiu vetar, porém, o plantio da erva em território nacional para fins científicos e medicinais.

Em abril, houve o primeiro registro pela Anvisa. Trata-se de um fitofármaco que possui canabidiol e concentração inferior a 0,2% de THC, substância com efeitos psicotrópicos. O produto pode ser vendido nas farmácias, desde que haja prescrição médica. A Anvisa afirma que o fármaco será usado para casos em que não haja alternativa terapêutica, mas não especificou quais doenças seriam beneficiadas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Para celebrar o Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência, nesta segunda (21), o canal de filmes eróticos Sexy Hot vai disponibilizar uma produção adaptada a deficientes visuais e auditivos. O filme nacional Sugar Daddy, vai ficar disponível no site do canal, com recursos de audiodescrição, por 24 horas, de forma gratuita. 

A estratégia, além de celebrar a data, visa também a inclusão de todos aos conteúdos do canal. O filme será exibido com áudios e legendas descritivas que possibilitam à pessoas cegas, com baixa visão e surdas um maior entendimento do conteúdo. A produção fica disponível de forma gratuita até às 23h59 desta segunda (21), depois disso, será necessário comprar o conteúdo. 

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O Sexy Hot é o primeiro canal adulto do Brasil, e já é considerado um dos maiores do segmento. A programação é composta por filmes nacionais produtoras mais famosas do pornô. Segundo o colunista Ricardo Feltrin, o objetivo do canal é adaptar todos os filmes do selo Sexy Hot Produções em 2020 para aumentar o alcance de seus produtos entre o público com algum tipo de deficiência auditiva ou visual. 

A empresa farmacêutica Bayer abriu vaga para seu programa de trainee 2021 voltado a profissionais negros, o “Liderança Negra Bayer”. Entre os requisitos, está a formatura em cursos de graduação ou pós-graduação entre dezembro de 2017 e dezembro de 2020, com possibilidade de avaliação de casos em que a formatura sofreu atrasos decorrentes da pandemia de Covid-19. 

Não foi informado onde os trainees serão lotados, mas a empresa, que tem sede na cidade de São Paulo, afirma que quem morar em uma cidade diferente da que sediar a vaga desejada, precisa ter disponibilidade para mudanças. O salário, também de acordo com a Bayer, é de R$ 6.900.

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As inscrições foram abertas nesta sexta-feira (18) e podem ser feitas através do site do programa de trainee, até o dia 21 de outubro. A seleção será composta por uma jornada on-line, dinâmica de grupo virtual, um encontro preparatório para a última etapa e pelo chamado “Bayer Day”, composto por uma roda de conversa com profissionais da empresa, painel de negócios e entrevista final. 

A admissão dos candidatos selecionados será realizada nos meses de dezembro de 2020 e janeiro de 2021. Entre os benefícios oferecidos pela empresa aos trainees, estão assistência médica e odontológica, transporte, restaurante no local de trabalho, seguro de vida, previdência privada, subsídio a medicamentos, academia, incentivos à qualidade de vida, Conte Comigo (assistência psicológica, consultoria jurídica e financeira) e CoopBayer (Cooperativa que tem como objetivo a educação financeira dos colaboradores). 

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Estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) receberão uma doação de 100 tablets oriundos do Grupo João Carlos Paes Mendonça (JCPM). Serão beneficiados acadêmicos que realizaram inscrição no edital de Inclusão Digital em situação de vulnerabilidade socioeconômica e moradores dos bairros de Brasília Teimosa e Pina, no Recife, região onde o grupo atua.

Para marcar o momento, será realizado um ato simbólico na próxima sexta-feira (21), no auditório Auditório Reitor João Alfredo, na Reitoria da UFPE, localizado na Zona Oeste do Recife. Representantes do JCPM comparecerão à cerimônia.

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Segundo informações da assessoria de comunicação da UFPE, o pró-reitor para Assuntos Estudantis (Proaes), Fernando Nascimento, enfatizou a importância da parceria para alunos que precisam do apoio para a inclusão digital. A diretora de Desenvolvimento Social do Grupo JCPM, Lucia Pontes, concorda com o pró-reitor e acrescenta que a relevância da iniciativa privada em ações solidárias.

Na última terça-feira (11), a professora do Departamento de Letras da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e também primeira aluna surda da pós-graduação na mesma instituição de ensino defendeu com sucesso sua dissertação de mestrado “A categoria sintática predicativo na língua brasileira de sinais: um estudo descritivo”. 

“Estou muito feliz pela aprovação. A conquista não é só minha, mas de toda a comunidade surda, que ganha visibilidade e reconhecimento pela nossa universidade”, disse Lindilene à assessoria de comunicação da UFPE. Para ela, todos podem ingressar na pós-graduação sem se preocupar com diferenças entre ouvintes e surdos. “O importante é a gente consolidar a Libras como nossa língua natural”, afirmou a professora e agora mestra em um vídeo traduzido produzido pela UFPE e traduzido para português pelo servidor intérprete Roberto Carlos Silva dos Santos, do Departamento de Letras do Centro de Artes e Comunicação (CAC). 

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A dissertação de Lindilene foi orientada pelos professores Marcelo Sibaldo e Gláucia Nascimento. Segundo seu orientador, o tema abordado por ela faz uma descrição de um aspecto pouco discutido em estudos feitos sobre a Língua Brasileira de Sinais (Libras), e relata ter aprendido muito com sua orientanda. “Estudei Libras e aprendi muito com essa experiência. Ela sempre se mostrou muito empenhada em aprender, apesar de todos os desafios”, disse o professor, que considera a aprovação de Lindilene uma vitória de toda a universidade. 

A coorientadora, Gláucia Nascimento, considera a conclusão do mestrado de Lindilene um marco histórico. “É, ainda, uma vitória da comunidade surda, porque ganha em representatividade, num cenário do qual poucas pessoas surdas participam atualmente. Estudiosa e determinada, Lindilene nos deu a honra de fazer parte de uma história de difíceis lutas, mas de, felizmente, grandes vitórias”, disse ela. 

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O Porto Digital, em parceria com a Rede Cidadã, lançou nesta sexta-feira (14) o projeto TRANS.FORMA. A ação tem como objetivo ensinar habilidades de programação e de inteligência emocional para pessoas trans e travestis. O treinamento é gratuito e visa oferecer vagas nas empresas do ecossistema de inovação para quem concluir o curso.

Dividido em dois módulos, qualificação pessoal e qualificação profissional, o projeto terá mais de 200 horas de treinamentos. O primeiro módulo aborda temas como propósito pessoal, liderança e habilidades comportamentais e o segundo, conteúdos técnicos como lógica de programação, banco de dados e os princípios da linguagem front-end.  

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Podem se inscrever mulheres trans, travestis e homens trans, maiores de 18 anos, residentes nas cidades do Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Camaragibe. Também é preciso ter renda familiar inferior a um salário mínimo per capita e ensino médio completo.  

Quem for selecionado deve participar de um processo seletivo virtual composto de três etapas. As aulas serão realizadas de forma remota entre setembro e dezembro de 2020. Durante o curso, serão disponibilizados computadores para que os inscritos possam participar da melhor forma. Porém, é recomendado que os candidatos tenham acesso à internet. As inscrições seguem até 30 de agosto.

A Procuradoria Regional da República da 3ª Região pediu autorização para abrir inquéritos envolvendo mais 35 processos supostamente ligados aos integrantes de um esquema de venda de decisões judiciais instalado da 21ª Vara Federal de São Paulo.

A solicitação foi encaminhada juntamente com denúncia apresentada nesta terça, 4, contra o juiz federal Leonardo Safi de Melo, titular da 21ª Vara, e mais sete investigados pelos crimes de corrupção passiva, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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A cota enviada à desembargadora Federal Therezinha Cazerta, relatora da Operação Westminster no Órgão Especial do Tribunal Regional da 3ª Região, tem como base o relatório da Polícia Federal sobre a Operação Westminter. A ofensiva foi deflagrada no dia 30 de junho e prendeu Safi, suposto líder do esquema, e ainda o diretor de secretaria Divannir Ribeiro, apontado como coordenador da organização criminosa. Ambos estão em liberdade, mas cumprindo medidas cautelares e sendo monitorados. Além disso, foram afastados das atividades na 21ª Vara Federal de São Paulo.

Segundo os procuradores regionais, o relatório final da PF identificou outros casos com a possível atuação da organização criminosa, 'em que são veementes os indícios da prática de fatos ilícitos', mas não estão em condições para apresentação de denúncia e formulação de imputações penais.

Entre os casos listados pelos procuradores, a maioria envolve a participação de intermediários do esquema supostamente chefiado por Safi e articulado por Divannir. Há ainda dois casos 'avulsos', um deles envolvendo o Corinthians, além de processos com atuação de um perito que confirmou a existência de esquema de desvio de verbas referentes a honorários periciais.

Os casos dos 'intermediários' envolvem o perito judicial Tadeu Rodrigues Jordan, as advogadas Deise Mendroni de Menezes e Clarice Mendroni Cavalieri, e o advogado Paulo Rangel do Nascimento. Segundo a Procuradoria, eles não só abordavam os alvos das solicitações ilícitas, mas também atuavam na apropriação de verbas referentes a honorários periciais (Tadeu) e desempenhando o papel de operadores financeiros do esquema (Deise, Clarice e Paulo).

A cota começa indicando processos com atuação de Paulo Rangel, cinco ao todo: 'Martinez Diaz', 'Família Ribas', 'Charlotte' e 'Monnerat'. Segundo o documento, um advogado que atuou nos três primeiros casos declarou que recebeu solicitação de vantagem ilícita no caso 'Martinez', negando sua adesão.

Segundo o MPF, o advogado afirmou que no fim de junho de 2019 entregou a Paulo Rangel, um dos denunciados, R$ 75 mil em espécie sob a alegação de que seria pagamento por sua indicação para atuação no caso 'Charlotte'. A Procuradoria indica que o pagamento coincide com época que que Safi fixou valor de execução no processo e ainda com o período em que os precatórios do caso 'Martinez' foram solicitados.

Com relação às advogadas Deise e Clarice Mendroni, há um caso sob suspeita em que um homem, a despeito de não conhecer Deise, transferiu R$ 100 mil para a conta da advogada. Ela, por sua vez, teria repassado ao menos, R$ 17.875 ao juiz Leonardo Safi de Melo, por intermédio da conta de Albina da Silva Teixeira.

A cota enviada ao TRF-3 elenca outros cinco casos relacionados às advogadas e ainda a um sócio de Deise em empresa 'indicada em contratos fictícios firmados com o objetivo de dissimular os atos de corrupção praticados pela organização criminosa'. O documento indica que foram identificadas várias movimentações financeiras entre as contas da empresa e de Deise. Na descrição de tais casos há menções de transferências para os investigados e de troca de mensagens 'com forte indicação de possíveis ajustes para a prática de atos de corrupção'.

Os casos relacionados ao perito Tadeu Rodrigues Jordan são apresentados pelos procuradores em uma tabela, com indicações das classes dos processos e dos polos ativos dos mesmos. A lista tem 18 registros referentes a casos em que o perito e sua empresa foram nomeados e foi levantada, segundo a Procuradoria, foi levantada no curso das investigações, em que foi identificado o modus operandi da organização criminosa, especialmente, do crime de peculato.

Os procuradores destacam um dos casos, relativo à empresa Mac Cargo do Brasil, em que há indícios da prática de corrupção, sendo que um advogado reconheceu a solicitação de vantagem, por intermédio de Deise e Clarice de R$ 700 mil. Tadeu foi nomeado para o caso, com honorários periciais fixados em R$ 240 mil - o que, segundo os investigadores, será melhor analisado com os dados da quebra de sigilo bancário dos investigados.

A cota traz ainda casos relacionados a um outro perito, que não foi denunciado nesta terça, 4. Segundo o documento, em depoimento, Moisés Palomo 'confirmou a prática de nomeação de peritos judiciais com a fixação de honorários em elevados valores e apropriação pelos membros da organização criminosa'.

"Moisés indicou quatro casos em que foi nomeado, e em que houve exigência de divisão dos honorários por parte de Deise Mendroni de Menezes, para quem devolvia 40% dos valores líquidos fixados", registra a peça.

Em um dos casos, os procuradores apontam indícios da prática de corrupção, havendo cópia de contrato fictício de R$ 600 mil, além de informações sobre seis transferências bancárias para Deise, totalizando R$ 165 mil.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disponibilizou, em seu canal do Youtube, o edital do da prova impressa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, traduzido para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Durante a inscrição do Enem, o candidato com deficiência auditiva, surdez ou surdocegueira deve indicar se utiliza aparelho auditivo ou implante coclear, o que dispensa a vistoria no dia da prova, por parte do aplicador. A medida foi adotada em 2019 e segue mantida para este ano. Além disso, também é preciso que os participantes solicitem, durante o ato da inscrição, atendimento especializado e sinalizem os recursos de acessibilidade necessários para realização do exame, caso seja necessário.  

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Os recursos de acessibilidade oferecidos pelo Inep para os participantes da comunidade surda e com deficiência auditiva são videoprova em Libras, tradutor-intérprete de Libras, leitura labial e tempo adicional. Caso o estudante não tenha realizado o exame nos anos anteriores com um desses recursos, será preciso apresentar laudos médicos que comprovem a necessidade para utilização. 

O Inep informou que nesta edição os participantes encontrarão todos os tipos de atendimento sob a denominação “especializado”, inclusive para gestantes, lactantes, idosos e estudantes em classe hospitalar. É importante lembrar que a solicitação de recursos acessíveis para realizar as provas deve ser feita durante a inscrição, no período de 11 a 22 de maio, na Página do Participante. Os resultados serão divulgados em 29 de maio. Caso o pedido seja indeferido, haverá um período para interposição de recursos e apresentação de novos documentos.

Em 2020, as provas do Enem tradicional serão nos dias 1º e 8 de novembro, enquanto o Enem Digital será realizado nos dias 22 e 29 do mesmo mês. Confira, abaixo, o edital em Libras da prova impressa do Enem 2020:

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A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) está com inscrições abertas para o curso de Libras básico, na modalidade de Ensino a Distância (EaD), voltado para bolsistas, servidores, terceirizados e demais empregados da instituição de ensino. Ao todo, serão ofertadas 200 vagas e as aulas vão de 13 de maio a 26 de julho. 

Os interessados devem se inscrever até o dia 8 de maio, através de um formulário on-line ou via e-mail informando nome completo, CPF, e-mail, comprovante de vínculo com a universidade e local de trabalho para o endereço eadprogepeufpe@gmail.com

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Mais informações podem ser obtidas junto à Coordenação de Capacitação e Qualificação (CCQ) da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas e Qualidade de Vida (Progepe) da UFPE, das 8h às 17h, pelo WhatsApp (81) 2126.8671, ou através de e-mail para o endereço eadprogepeufpe@gmail.com.

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No ano de 2013, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu a data de 6 de abril como o Dia Internacional do Esporte para o Desenvolvimento e pela Paz. A celebração exalta a prática esportiva como uma das responsáveis pela quebra de barreiras culturais que permite a convivência pacífica entre os povos. Além disso, a comemoração também remete à importância da disciplina empregada nas modalidades atléticas para a formação cívica da população.

No Brasil, um exemplo de inclusão e solidariedade contribui para que o esporte transforme a vida de alguns atletas e suas famílias. Ex-jogador profissional de futebol, o professor de Educação Física Cleiton Monteiro, de 46 anos, abraçou uma causa e vários desafios após encerrar sua carreira nos campos em 2005. Desde então, Monteiro é técnico de futebol dos atletas com Síndrome de Down.

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"Começamos um projeto em uma parceria da Associação Paradesportiva JR com o Corinthians, onde estamos há 12 anos. A equipe conquistou espaço e virou referencia para o segmento Down no Brasil", explica. A parceria com um dos maiores clubes do país deu visibilidade à categoria. Em paralelo ao trabalho na JR/Corinthians, Monteiro também passou a auxiliar na estruturação da modalidade Futsal Down em outros clubes como o Santos F. C., em cidades como Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, e até em países da América Latina como Peru e México.

Em 2011, o técnico ficou responsável por montar a seleção brasileira da modalidade e não decepcionou: levou a equipe ao título mundial da categoria no ano passado. "Tive a honra de ser o primeiro técnico da historia do Futsal Down e Deus me presenteou com o título mundial em 2019", lembra o treinador, que ressalta a importância de dar um tratamento normal aos atletas, independente da deficiência intelectual.

"O principal diferencial é não haver diferença nenhuma no trato, eles são tratados como esportistas, com respeito e cobrança por serem atletas", enfatiza Monteiro. Para o técnico, o desafio em sair do esporte convencional para trabalhar com atletas com deficiência intelectual foi difícil, mas nada comparado aos empecilhos criados pela falta de incentivo. Apesar de considerar que a modalidade evolui a cada dia, o professor ainda busca maior comprometimento das autoridades do esporte e interessados em investir na modalidade.

"No começo eu achava que por se tratar de pessoas com deficiência, nossos governantes teriam uma sensibilidade maior em ajudar, mas me enganei e tive que correr atrás, seguimos com apoio ou sem", declara. "Hoje temos equipes mais preparadas em termos técnicos, estrutura física para treinamentos, atletas mais qualificados, professores mais preparados, mas sem o apoio financeiro fica difícil manter um trabalho de excelência", avalia.

Mesmo com as costumeiras dificuldades que a maioria dos atletas precisam superar diariamente no Brasil, Monteiro deixa claro que o trabalho das confederações que cuidam das atividades atléticas para pessoas com deficiência intelectual é bem executado. "Hoje temos competições oficiais pela Confederação Brasileira de Desportos para Deficientes Intelectuais (CBDI), equipes competitivas, os clubes também acreditaram, assim temos uma seleção brasileira forte", ressalta.

Pelo bem da modalidade e dos seus comandados, o treinador não pensa em desistir. "O que me motiva a continuar é que devemos sempre acreditar, por eles, pelas famílias, pois cada conquista ou até mesmo a decepção nos fortalece", afirma Cleiton. "Me orgulho muito de não ter desistido, sabia que poderia dar certo e seguimos na luta sempre", finaliza.

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