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Em discurso proferido na cerimônia de abertura da 26ª Conferência da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), nesta quarta-feira (08), em Fortaleza (CE), o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Álvaro Porto (PSDB), destacou o trabalho que tem sido desenvolvido em favor da independência da Alepe.

Falando em nome dos presidentes de legislativos estaduais de todo o país, para uma plateia que contava também com parlamentares do Canadá, Estados Unidos, México, Argentina e Paraguai, Porto afirmou que, desde que assumiu os trabalhos, a atual Mesa Diretora da Alepe instituiu o diálogo como o “motor” da Casa, seja entre os deputados e servidores, seja em relação aos demais poderes. 

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“Nesta construção, todos os atores têm tido liberdade para externar seus posicionamentos e todas as vozes são igualmente consideradas. Como resultado deste entendimento, a soberania da Assembleia, ganhou corpo e a independência da Casa, algo sempre buscado, foi fortalecida e vem sendo consolidada cotidianamente”, disse.

Álvaro Porto observou que foi exatamente a partir da construção de consensos que a Alepe aprovou, ainda no primeiro semestre, a PEC que autoriza deputadas e deputados a legislarem sobre matérias financeiras e tributárias. Com isso, a Casa deixou a incômoda condição que dividia com a Assembleia do Acre, de ser impedida de propor leis sobre o tema. “A afirmação da autonomia que temos hoje na Alepe é, portanto, resultado da soma de esforços de cada um dos deputados e deputadas. Em última instância, trata-se de uma conquista coletiva”, frisou.

Porto salientou que, paralelamente, a Casa não descuidou das prerrogativas de legislar e fiscalizar, mantendo-se mobilizada para analisar e votar todos os textos voltados para os interesses dos pernambucanos.

“Foi assim em relação ao Projeto de Lei em que o Governo do Estado solicitou a autorização para contratar empréstimos de mais R$ 3,4 bilhões. Foi assim também na aprovação do pacote fiscal do Executivo, que estabeleceu o aumento de 18% para 20,5% no valor do ICMS”.

Com o trabalho, afirmou o presidente, a Alepe assegurou ao Governo do Estado recursos capazes de solucionar problemas sociais e estruturais considerados estratégicos para destravar o desenvolvimento que o povo de Pernambuco espera.

No discurso, Porto observou ainda, que ao longo deste ano, a Alepe intensificou também ações sociais, promovendo dignidade e cidadania. O programa Alepe Acolhe, que oferece qualificação e estágio remunerado a jovens aptos a adoção, cadastrados nas Varas de Infância e Adolescência do Judiciário de Pernambuco, foi destacado como exemplo. Importante lembrar que o programa foi por, duas vezes, reconhecido e premiado pela Unale, feito, que, segundo o deputado, orgulha e reforça o compromisso da Casa em seguir trabalhando para garantir direitos e criar oportunidades para pernambucanos e pernambucanas.

“Podemos afirmar que a Alepe vive hoje um momento de reafirmação de suas prerrogativas, tema desta 26ª Conferência da Unale. Mas também, é importante enfatizar, vivemos um período de grande aprendizado. Fiscalizar, criar leis, propor debates e promover cidadania exige empenho, mas também capacidade de ouvir e negociar com firmeza”, prosseguiu.

Neste sentido o presidente reiterou que, embora o diálogo tenha sido adotado como norte, a Alepe jamais deixou de lado a luta pela autonomia.

“E seguimos neste caminho, vigilantes ao compromisso de contribuir para uma sociedade justa, igualitária e solidária. A Alepe continua e continuará sendo uma instituição que, além de legislar e fiscalizar, acolhe anseios, assegura direitos e, acima de tudo, garante conquistas à população pernambucana, sem abrir mão das prerrogativas parlamentares”, finalizou.

A conferência da Unale se estende até amanhã, até sexta-feira (10), sob o comando do deputado estadual pernambucano Diogo Morais (PSB), presidente da entidade. 

*Da assessoria 

"Pela mátria soberana, eis o povo no poder/São Marias e Joanas, os Brasis que eu quero ter/Deixa Nilópolis cantar/Pela nossa independência, por cultura popular", cantou o povo preto da marginalizada Baixada Fluminense em fevereiro deste ano, duzentos anos após uma das batalhas mais sangrentas que esse país de tamanho continental já enfrentou. Esse foi o hino da escola de samba carioca Beija Flor de Nilópolis, que no Carnaval deste ano teve como enredo "Brava gente, o grito dos excluídos no bicentenário da independência", no qual, fez o exercício de questionar alguns mitos cristalizados pela história “oficial”, e reacender a luta de três personagens fundamentais que não são devidamente reconhecidas: Joana Angélica, Maria Quitéria e Maria Felipa de Oliveira. 

Na Bahia, estado que foi o berço dessas três mulheres, uma das festas que quase se iguala ao Carnaval em importância, alegria e irreverência é o 2 de julho, data que revisita o ano de 1823, quando a luta popular expulsou de forma definitiva as tropas portuguesas que insistiam em subjugar o Brasil. 

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Ao contrário do que muitos acreditam, a independência não foi conquistada pacificamente após o grito de um colonizador às margens plácidas do rio Ipiranga, como foi desenhado no quadro “Independência ou Morte” do pintor Pedro Américo, e sim, através da participação popular que organizou motins, revoltas e levantes em prol de direitos e, sobretudo, pela liberdade. Por isso, as festas da emancipação são celebradas não com pompa militarista, mas em festejos de rua, onde o povo baiano reafirma seus valores.

Para a população do estado, não é o brado solitário do imperador que representa a libertação. O que demarca a independência, aquela que foi conquistada e não proclamada, é o ato incendiário de Maria Felipa, o sacrifício de Joana Angélica e a coragem de Maria Quitéria, junto aos nativos da região. Sendo assim, nada mais justo do que essa organização popular ter como símbolos, nomes femininos. Para as Marias e Joana - e para tantas outras que estiveram na linha de frente do movimento – o lugar da mulher era onde ela quisesse estar, mostrando que seus protagonismos e, os das suas anteriores, sempre estiveram presentes na história desse país.

   "Quando nos debruçamos sobre os estudos desenvolvidos acerca da participação feminina no processo civilizatório, fica evidente que as mulheres nunca estiveram ausentes da história. No caso específico do Brasil, há inscrita a trajetória de mulheres em lutas revolucionárias em seus mais diversos campos, seja na conquista da independência do país, nas diversas lutas que ocorreram para o fim da escravidão, na luta pelo direito ao voto, em conquistas na área da saúde, da educação, habitação, entre outras. Ou seja, desde o campo às cidades, as mulheres participaram da construção do projeto de nação brasileira. De modo que quando falamos em protagonismo feminino na história do Brasil não há que se reservar o olhar apenas às lutas por igualdade de gênero, mas na construção do país e na consolidação do Estado Democrático de Direito", afirma a cientista social Elãine Dias.   

Assim como tantas outras figuras femininas que sempre lutaram pelo país, e que são estudadas por pesquisadores e pela historiografia, as heroínas da independência também resistiram às ordens impostas que iam de encontro a direitos básicos da população. Elas estavam dispostas a interromperem as engrenagens da exclusão – material e simbólica – promovidas pelo autoritarismo da época contra o povo brasileiro, pois os instrumentos usados por Portugal controlavam e perseguiam aqueles que insistiam nas lutas por autonomia, justiça e inclusão social.   Infelizmente, mesmo com estudos que investigam os processos emancipatórios, a história nacional ainda é contada para cada geração através de pequenos recortes de uma narrativa única. É uma obra política tecida pelos detentores do poder para forjar um sentido do que o povo brasileiro é enquanto nação, através da invenção e da seleção de símbolos pátrios. Enquanto eleva as imagens de colonizadores e pessoas brancas da elite social, provoca o apagamento da trajetória e da contribuição de indígenas, negros e mulheres, na identidade do país. Sendo assim, mesmo depois de 200 anos anos, as lutas de Maria Felipa, Maria Quitéria e Joana Angélica, continuam sendo esquecidas nas salas de aula das escolas do Brasil. 

 "A história oficial foi construída e difundida principalmente por homens brancos, letrados, escritores, que se valeram do poder simbólico de narrar seus feitos como grandes e triunfais", pontua Elãine. "Para se fazer uma análise razoável sobre o processo de invisibilização da participação de determinados grupos na história oficial, é imprescindível compreendermos que a sociedade se estruturou a partir de uma base colonial, escravocrata e patriarcal. Essa estrutura consegue adentrar todas as instituições sociais e reforçar as posições tanto de domínio quanto de subalternização, a fim de manter o status quo dos sujeitos, a partir de padrões de discriminações e preconceitos de várias ordens, a exemplo de raça e gênero, que, portanto, imporão barreiras que limitam o acesso de grupos como mulheres, negros e indígenas a espaços de poder, de acesso a direitos e de participação política", analisa a estudiosa. 

 

Joana Angélica, a Madre que deu a sua vida para proteger seus ideais

Por volta das 11 horas do dia 20 de fevereiro de 1822, a cidade de Salvador estava sendo cenário de uma das cenas mais violentas registrada na história do país: uma religiosa de 60 anos que tentava resguardar a integridade das freiras do Convento da Lapa e impedir a invasão das tropas portuguesas no local, era morta covardemente a golpes de baioneta por soldados do brigadeiro Madeira de Melo, chefe do Exército português que combatia no estado, os grupos pró-independência. 

  "Para trás, bandidos! Respeitem a casa de Deus! Recuem: só conseguirão penetrar nesta casa passando por cima do meu cadáver!", disse a Madre antes de morrer, defendendo as tradições da religião - protegendo o claustro como um local, pois dentro de um convento feminino, homens não podem entrar -, e ao mesmo tempo, desprezando os interesses e as ordens do autoritarismo daquela época.   

"Havia uma grande pressão das Cortes portuguesas, que estavam no poder em Portugal, em relação ao controle das regiões brasileiras. Em busca por autonomia administrativa, muitos movimentos de resistência dentro do Brasil foram desenvolvidos, principalmente na região do nordeste brasileiro. Na ocasião da atuação de Joana Angélica, o conflito se dava entre tropas brasileiras e portuguesas, estas últimas adentrando a Bahia para reafirmar seu poder. Com isso, os portugueses invadiram o Convento da Lapa, lugar onde Joana Angélica vivia desde os 20 anos de idade. Na condição do seu cargo, ela se colocou na frente da tropa para impedir que eles invadissem o lugar – os portugueses acreditavam que as irmãs estavam escondendo homens e armas das tropas brasileiras", disse a historiadora Geovanna Trevelin em entrevista, ao relatar o episódio que provocou um clima de consternação na Bahia, e que foi um dos estopins da revolta dos que já lutavam pela emancipação. 

Vale ressaltar, que o início daquele ano, já era marcado pelas reações dos setores populares contra a nomeação do general português Madeira de Melo, para o cargo de governador das Armas do estado. As tropas baianas e a população não aceitavam a nomeação imposta por Lisboa. Sendo assim, movimentos para impugnar a posse, terminaram impulsionando um embate entre os populares e os soldados que clamavam por independência contra o general e seus comandados.   

O ponto alto da batalha naquela Salvador do início do século 19, foi a tomada do Forte de São Pedro, onde o brigadeiro Manuel Pedro de Freitas Guimarães, comandante nativista, acabou sendo capturado, preso e enviado para Portugal. Não satisfeitos, os soldados portugueses perseguiram os brasileiros que escaparam do Quartel da Mouraria, que ficava próximo ao Convento da Lapa. A tropa então, foi até o local que abrigava centenas de freiras para verificar se os brasileiros tinham procurado esconderijo, assim como também, inspecionar se o templo guardava armas.   

Os portugueses acusaram as religiosas de terem usado o espaço como abrigo para os soldados nativos. Após seus atos criminosos, alegaram a sociedade que agentes pró-independência haviam se escondido no convento e atirado nas tropas lusitanas de dentro do edifício, algo que atualmente é contestado por historiadores, ao afirmarem que os portugueses invadiram diversos locais, praticando uma série de violências, e depois as justificando com mentiras.

Para alguns pesquisadores, apesar da inclemência com que os militares trataram Joana Angélica, acabaram poupando as outras freiras, que, aos prantos, foram autorizadas pelo comandante da operação a serem transferidas para o Convento da Soledade, nas proximidades da região. Outros, acreditam que elas conseguiram fugir pelas portas do fundo do local. 

 O episódio ganhou repercussão por ter se tratado da morte de uma abadessa - cago máximo do convento - em uma sociedade hegemonicamente católica, onde a defesa das instituições religiosas sempre se fazia muito presente. O assassinato de uma mulher que vinha de uma família de ricos aristocratas da cidade, e que desde a sua juventude se dedicava a um templo religioso visto como uma referência para os soteropolitanos, gerou uma comoção popular. 

 A historiadora Geovanna Trevelin ainda contou sobre outra figura feminina que ficou estarrecida com o assassinato da Abadessa. "Sua morte gerou bastante revolta na região, afinal como poderia uma tropa agir com tanta violência contra uma senhora e ainda invadir a casa de Deus? Este acontecimento abalou também uma jovem chamada Urânia Vanério, que costumava produzir panfletos como forma de externalizar seu descontentamento em relação à invasão das tropas portuguesas.

Impulsionada por tamanho absurdo ocorrido no Convento da Lapa, elaborou sua indignação no panfleto 'Lamentos de uma Baiana' onde, em um trecho, ela pontua sua revolta pela morte de Joana Angélica", relatou.   

Aos 13 anos, Urânia Vanério, conhecida como baianinha, foi capaz de transformar suas dores e sua indignação diante da morte de Joana Angélica, em poemas políticos. Através da janela de sua casa, a menina testemunhou as violências praticadas pelos lusitanos na cidade, e assim, escreveu seus versos, como uma maneira de demonstrar sua insatisfação contra aquele regime. A sua história, assim como também a da líder religiosa e de outras mulheres protagonistas do movimento de emancipação, é contada no podcast 'Mulheres na Independência', produzido pela Globoplay em 2022. 

 A vida de Joana também foi destaque na exposição Mulheres Pioneiras: Elas Fizeram História, realizada pela Câmara dos Deputados em 2016. No evento, a Madre foi apresentada como "um símbolo da resistência contra o autoritarismo português" já que, "em meio aos conflitos entre as milícias brasileiras pró-independência e o exército português, Joana, aos 60 anos, morreu ao receber um golpe de um soldado por resistir à invasão das tropas ao convento". 

 Segundo a Arquidiocese de São Salvador da Bahia, ela foi aceita aos 20 anos como noviça no Convento, onde tornou-se irmã consagrada no ano seguinte. Ainda segundo informações, ela era "estimada pelos moradores da capital baiana pelos conhecimentos que detinha", e foi designada abadessa por duas vezes. 

 Em 2001, a arquidiocese solicitou ''a inclusão da pesquisa de documentos comprobatórios'' do martírio dela ''para que se tornasse possível o processo canônico de beatificação'' da abadessa pela Igreja Católica. Se sua morte for entendida pelo Vaticano como um martírio em defesa da fé, não será necessária a comprovação de milagres. 

 A pesquisa, conduzida pela estudiosa Antônia da Silva Santos, iniciada em Salvador, consultou arquivos do Estado da Bahia, da Cúria Metropolitana e de conventos e mosteiros. Considerado insuficiente, o trabalho seguiu para outros acervos do território nacional. A partir de então, o dossiê passou a incluir documentos do arquivo do Mosteiro da Luz de São Paulo, do Museu Paulista da Universidade de São Paulo (USP), da Biblioteca Nacional, do Museu Histórico Nacional e do Arquivo Nacional, entre outras instituições do Brasil. Para constituir o processo de candidatura à beatificação, o grupo de pesquisadores também buscou materiais em Portugal, com consultas ao acervo da Universidade de Coimbra, à Biblioteca Nacional e ao Arquivo Nacional da Torre do Tombo, localizado em Lisboa.

 

Maria Quitéria, a mulher que com o seu saiote enfrentou um exército algoz

Boa parte do que se sabe sobre a mulher que conseguiu romper discursos machistas, ao se disfarçar de homem para livrar o seu país dos domínios portugueses, está presente em biografias escritas cem anos após a sua morte, como por exemplo, o livro de Pereira Reis Junior, de 1953, que conseguiu juntar relatos a partir de registros de jornais da época que descreviam os conflitos no território baiano. Além disso, muitas obras se baseiam nas páginas do livro Journal of a Voyage to Brazil, da escritora britânica Maria Graham, que conheceu Maria Quitéria em uma viagem que fez ao Brasil entre 1821 e 1823, período em que as elites oligárquicas usavam seus últimos instrumentos de poder para garantir a permanência do caráter violento, excludente e desigual. 

Em entrevista, a vereadora de Salvador e fundadora da ONG ‘Tamo Juntas’, Laina Crisóstomo (PSOL), afirma que é muito importante a participação de mulheres como a Maria Quitéria em decisões nacionais, principalmente para o fortalecimento das lutas por um país mais justo. A parlamentar que faz parte de um cenário político que, é dominado por homens em sua maioria, diz que tem como inspiração, figuras femininas que contribuíram na independência da Bahia e que através de suas bravuras ‘’conseguiram enfrentar os mesmos padrões que continuam dizendo que os corpos de mulheres não podem ocupar certos espaços’’. 

Laina, que participou das comemorações do 2 de julho deste ano, acredita que a trajetória da cadete rompeu mecanismos misóginos por ter conseguido consolidar seu legado para as gerações seguintes. Vale ressaltar que, mesmo diante de um período conturbado, no qual as tropas lusitanas intensificaram conflitos em torno do comando da província da Bahia, contra os nativos, ela não recuou e fez questão de confirmar seu nome no movimento emancipatório.

 

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A jovem de São José das Itapororocas, quando soube da guerra através de emissários brasileiros que chegaram às regiões do Recôncavo Baiano à procura de homens dispostos a participarem da luta armada, logo pediu a autorização do seu pai, o lavrador Gonçalo Alves de Almeida, para participar do exército. Porém, sem sucesso, o pedido foi recusado.   

O patriarca era o dono da Fazenda Serra da Agulha, no atual município de Feira de Santana, interior do estado. Na propriedade, o homem criava cabeças de gado, plantava algodão e detinha 27 trabalhadores escravizados. A historiografia ainda relata que Maria Quitéria tinha apenas Gonçalo como o seu único responsável, pois sua mãe, Quitéria Maria de Jesus, morreu quando ela ainda era criança. 

Uma das irmãs da jovem, conhecida como Josefa, não satisfeita com a decisão do pai de impedir o alistamento, realizou a vontade de Maria Quitéria. Através de sua cumplicidade, disponibilizou um dos fardamentos de seu companheiro para a moça comparecer ao Batalhão instalado na região, além disso, cortou os cabelos da irmã. Nascia, então, o "Soldado Medeiros". 

 A heroína que cresceu sendo instruída por madrastas e pouco afeita às tarefas de casa - condição imposta às mulheres daquele período -, começou a aprender várias técnicas de combate que eram ensinadas pelos militares brasileiros, e assim, se tornou a primeira mulher a integrar as Forças Armadas do país. Com suas particularidades, ocupou um espaço público que era então destinado a homens, em um local onde a presença de mulheres era proibida. 

Pouco tempo depois do sumiço da filha, o proprietário da Fazenda Serra da Agulha foi até à cidade de Cachoeira, encontrar Maria Quitéria e informar ao major José Antônio Silva Castro de que o soldado Medeiros, na verdade, era uma mulher. Mesmo assim, o comandante permitiu que a soldada continuasse exercendo suas funções no Batalhão, já que possuía habilidades destacáveis com armas de fogo. Em março de 1823, um registro de Portaria do Governo Provisório da Vila de Cachoeira revela que o Major solicitou ao Inspetor dos Fardamentos, Montarias e Misteres do Exército que enviasse "saiotes, e uma espada" para que ela fosse devidamente fardada como mulher. 

 Maria Quitéria participou do primeiro combate em outubro daquele mesmo ano, na região da Pituba. Depois, no mês de fevereiro do ano seguinte, em Itapuã. Nesse período, ela foi promovida a 1º cadete. Em abril de 1823, ela comandou um grupo de mulheres civis que se uniram para lutar contra as tropas inimigas no litoral do Recôncavo.

Os conflitos armados no estado seguiram até o dia 2 de julho, quando os últimos soldados portugueses que ainda resistiam, decidiram abdicar do combate. Um mês após o fim da guerra, ela fez uma viagem até o Rio de Janeiro para ser recebida por D. Pedro 1º. O imperador condecorou a heroína com a insígnia de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro, medalha criada para homenagear brasileiros ou estrangeiros que tenham lutado no movimento independentista. 

 Ainda segundo relatos biográficos, Maria Quitéria nunca teve o perdão do seu pai perante a sua decisão de participar das lutas pela emancipação. Além disso, os escritores que contam a sua história, apontam que ela teve uma filha, cujo paradeiro é desconhecido, e que durante seus últimos anos de vida enfrentou condições financeiras delicadas. Em 1853, ela faleceu em sua cidade natal. 

 No Centenário de sua morte, o governo Getúlio Vargas bancou a construção de uma estátua de bronze para homenagear a soldada. Com cerca de 1,60 metros de altura, a escultura fica localizada no Largo da Soledade, no centro histórico da capital baiana.

Para além do legado nas Forças Armadas, a sua trajetória de resistência também foi lembrada no período da ditadura militar, quando o Movimento Feminino pela Anistia se apropriou da imagem de Maria Quitéria como símbolo da liberdade. As mulheres que lutavam contra as forças antidemocráticas da época, criaram um boletim informativo, no qual a imagem da heroína foi estampada no documento. Também vale destacar, que na década de 1980, o nome da baiana foi utilizado pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB) para batizar uma editora criada na cidade de Salvador.

Atualmente, a Câmara de Vereadores da capital baiana, tem a Comenda Maria Quitéria, que é uma honraria concedida a mulheres que se destacam em ações que beneficiam o estado da Bahia. Segundo a vereadora Laina Crisóstomo, a homenagem é para destacar a importância de "mulheres revolucionárias à frente do seu tempo". A mais recente figura feminina a ser contemplada com a Comenda, foi a ialorixá Mãe Carmen, de 94 anos, que está há 21 anos comandando o Ilé Ìyá Omi Àṣẹ Ìyámase, o conhecido Terreiro do Gantois, fundado em 1849. 

 

Maria Felipa, a itaparicana que incendiou caravelas lusitanas e fez arder o corpo do invasor

O apagamento da história de personagens negros no processo de construção da identidade deste país, não foi capaz de destruir a tradição oral dos moradores de Itaparica - local do nascimento da heroína - e de cidades do Recôncavo Baiano, que continuam a preservar o legado de Maria Felipa ao longo dos anos. 

 "Sempre fizeram questão de apagar nossas contribuições como povo preto. Sempre quiseram silenciar nossas histórias, nossos processos artísticos e nossa majestade. A branquitude só começou a criar estudos nacionais sobre nós, na escravidão, porém esse triste período não é nada, principalmente quando é comparado aos nossos passados de glória. E mesmo quando lutamos contra as violências impostas, não somos documentados. Os racistas só querem registrar os nossos sofrimentos, apenas", afirma a artística e educadora Joe Andrade, ao se referir aos processos de silenciamento e esquecimento. 

Em trecho do livro Maria Felipa de Oliveira - heroína da Independência da Bahia, de Eny Kleyde Vasconcelos Farias, a história da mulher que não se permitiu ter seu destino acorrentado com as correntes da escravidão, é contada de forma descritiva, respeitando os saberes dos itaparicanos.

"Nasceu escrava, mas depois de liberta colocou a liberdade como maior tesouro de sua vida, moradora da Ilha de Itaparica, negra, alta, desde cedo aprendeu a trabalhar como marisqueira, pescadora, trabalhadora braçal que aprendeu na luta da capoeira a brincar e a se defender, que vestia saias rodadas, bata, torso e chinelas, foi líder de um grupo de mais de 40 mulheres e homens de classes e etnias diferentes, onde vigiava a praia dia e noite a fortificando com trincheiras para prevenir a chegada do exército inimigo, e organizava o envio de alimentos para o interior da Bahia (recôncavo), atuando na luta pela libertação da dominação portuguesa", detalha a Mestre em educação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).   

A estudiosa ainda relata em sua obra que a descendente de sudaneses, nasceu em data incerta, na conhecida Rua da Gameleira, no atual município de Itaparica. Ela morou na região de Beribeira e, depois mudou-se para a Ponta das Baleias, para viver sua vida em um casarão chamado "Convento", que era um local que servia de moradia para trabalhadores da região. Era ali na Ilha de Itaparica, antiga Arraial da Ponta das Baleias, que iniciavam as primeiras lutas de resistência de Maria Felipa, após ataques lusitanos em seu território. 

 Naquela época, fazia quase três décadas que a Revolta dos Alfaiates ocorreu, um período de grandes transformações políticas para o estado. Além disso, os senhores de Engenho temiam o surgimento de um partido formado por negros, algo que poderia ser alimentado pelo os mesmos exemplos da Revolução do Haiti (1791-1804), na qual pessoas negras escravizadas se rebelaram e proclamaram a independência. O regime escravista considerava que algum “espírito mal intencionado” poderia transformar Salvador em uma "anarquia". 

 Para apavorar ainda mais os escravocratas, 280 escravos recusaram a indicação de um novo feitor, na cidade berço do nascimento de Maria Felipa. Reclamando de que não eram atendidos, o assassinaram a sangue frio, o que elevou as suspeitas sobre haver uma organização política que organizou a revolta. Como castigo, as tropas lusitanas mataram 32 negros. 

A notícia do rastro de mortes deixado pelos portugueses contra participantes dos movimentos independentistas em Salvador, já chegava até os habitantes de Itaparica. A tradição oral ainda diz que, um impressor de identidade desconhecida, com muita esperteza e estratégia, apurou informações militares através do editor português Inácio José de Macedo, que era contrário à emancipação. Sendo assim, alertou às autoridades itaparicanas da iminência de uma investida militar contra a ilha. 

 Atenta aos sinais, a guerra já era uma realidade para Maria Felipa. Ela logo se alistou como voluntária na campanha pela Independência, que reunia indivíduos de etnias africanas e indígenas, além de portugueses simpáticos ao movimento. 

  A heroína ficou logo conhecida na região por liderar mulheres vigilantes conhecidas como “vedetas”, que ficavam às margens do litoral espionando a movimentação das caravelas portuguesas ao redor da ilha. Elas armavam trincheiras, captavam informações, cuidavam dos soldados brasileiros feridos e ajudavam na distribuição de alimentos. 

 No dia 7 de janeiro de 1823, Maria Felipa entrou em seu primeiro combate direto contra os invasores. Como forma de resistência, ela e suas companheiras usaram a planta cansação para agredir violentamente os soldados portugueses. A erva urticante que produz uma coceira intensa e que, com golpes vigorosamente desferidos contra o corpo, produz queimaduras dolorosas. Populares contam através de obras biográficas, que as mulheres antes do conflito, "dançaram na praia de forma insinuante" ao ponto de atraírem os inimigos, que ao se aproximarem, foram atacados com o molho da planta.

Outro momento muito conhecido entre os baianos, é o incêndio de 42 embarcações da frota de Madeira de Melo, o famoso general português que queria dominar a ilha e controlar a guerra na região da Baía de Todos os Santos. As biografias afirmam que Maria Felipa e suas vedetas entraram em um acampamento do exército lusitano, atearam fogo nas caravelas, e conseguiram promover baixas de comandados no exército inimigo.   

Entre a história acadêmica e a história oral de um povo, Maria Felipa tornou-se uma liderança popular e um símbolo da participação feminina em um dos momentos mais importantes da história brasileira. Além disso, conseguiu engrandecer as lutas no estado da Bahia e dizer para as gerações seguintes que a resiliência e a força feminina sempre serão fundamentais para as conquistas de direitos.

A agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste domingo prevê compromissos públicos na Bahia. A previsão é de ele chegar em Salvador às 8h30 e, às 9h, participar da cerimônia de obliteração de selos comemorativos do Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia.

O dia 2 de julho celebra a independência do Brasil na Bahia. A data em que as batalhas iniciadas em fevereiro de 1822 chegaram ao fim e as tropas portuguesas foram expulsas do Estado, consolidando o fim do domínio de Portugal, em 1823, ou seja, há 200 anos.

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Às 9h30, Lula participa de uma caminhada que parte do Largo da Soledade, no bairro da Liberdade. Depois, ao meio-dia, o presidente parte para Ilhéus, onde ele participa amanhã da cerimônia de início das obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL I).

No clima do Dia das Crianças, comemorado nesta quarta-feira, 12, é necessário pontuar a importância de educar os pequenos hoje para que eles se tornem independentes no futuro. Com a evolução do mundo digital, os jovens e as crianças estão cada vez mais dentro de casa, usando as redes sociais e estendendo os seus anos de estudos.

De acordo com uma pesquisa realizada pela revista científica Lancet Child & Adolescent Health, a adolescência vai até os 24 anos, não até os 19. Mas como tornar essas crianças e jovens mais independentes e preparados para a vida adulta?

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Segundo a psicóloga Vanessa Gebrim, especialista em Psicologia Clínica pela PUC de São Paulo, é recomendado ensinar as crianças desde cedo a fazer as tarefas de casa e outras atividades para que isso se torne um hábito e não uma obrigação.

"O estímulo à independência permite que a criança seja um adulto maduro e pronto para lidar com as adversidades da vida. Isso estimula a segurança, a pessoa se torna autossuficiente sendo responsável pelas suas atitudes e decisões", destaca.

Abaixo, a especialista lista cinco dicas para ajudar os pais a tornarem seus filhos mais independentes:

1 - Não faça tudo por eles. Muitos pais acabam fazendo tudo para os seus filhos, desde as tarefas de casa, até as responsabilidades escolares. "Essas atitudes podem fazer com que a criança cresça com falta de segurança e autonomia, baixa tolerância à frustração, baixa autoestima e dificuldades de relacionamento. Geralmente são muito dependentes emocionalmente e temem serem abandonadas", salienta Vanessa.

2 - Tenha regras. Estabelecer rotinas, evitar superproteção e atribuir responsabilidades são muito importantes. "Além disso, delegar as tarefas aos pequenos, incentivar as descobertas, ensinar a lidar com frustrações, deixar a criança errar e mostrar que isso é natural, ajudar a guardar os brinquedos, jogar as roupas no cesto, também pode ajudar a criar senso de responsabilidade", complementa.

3 - Não confunda ajuda com cuidado excessivo e superproteção. "Permita que a criança encontre soluções para os problemas ou que ela, pelo menos, estimule a capacidade de ser resiliente, tentando quantas vezes for preciso até conseguir realizar uma tarefa. Deixar a criança perceber que você acredita no potencial dela é muito importante para que ela se sinta confiante", explica a psicóloga.

4 - Na medida do possível, deixe que a criança tome suas decisões sozinha. As escolhas devem ser estimuladas desde cedo para que a criança se torne, no futuro, um adulto seguro, decidido e independente. "Se isso não acontecer, provavelmente será aquele adulto que não sairá da casa dos pais, pois não conseguirá viver sozinho", alerta. De acordo com a especialista, os pais devem ajudar seus filhos estando atentos às necessidades de carinho e espaço. "É importante estar atento às potencialidades das crianças, e também buscar um equilíbrio entre proteção e liberdade na educação. No mundo infantil, as crianças necessitam de referências positivas desses adultos pois algumas coisas ainda não são compreensíveis. Os pais devem ser facilitadores desse processo", diz Vanessa.

5 - Tome cuidado com o excesso de independência. Apesar de ser ótimo para a criança se tornar um adulto mais preparado para a vida, a psicóloga alerta que os pais devem procurar um equilíbrio para que os filhos também não acabem perdendo a infância. "É preciso perceber os momentos em que a estimulação da independência é oportuna. O exagero também pode ser perigoso. Em alguns casos estimulação excessiva pode ser entendida pelas crianças como abandono", finaliza.

Os apostadores têm até este sábado (10), às 18h, para jogar na Lotofácil da Independência, que sorteia prêmio estimado em R$ 180 milhões. As apostas devem ser feitas, em volantes específicos, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa ou pela internet. Sorteio também será hoje às 20h.

Caso apenas um apostador ganhe o prêmio e aplique todo o valor na poupança, receberá mais de R$ 1,3 milhão de rendimento no primeiro mês.

##RECOMENDA##

Assim como nos demais concursos especiais das Loterias Caixa, o prêmio principal não acumula. Não havendo apostas premiadas com 15 números, o prêmio será rateado entre os acertadores de 14 números e assim por diante.

A aposta simples custa R$ 2,50, e o apostador pode escolher de 15 a 20 números entre os 25 disponíveis no volante.

Em entrevista após as celebrações do bicentenário da independência, nesta quinta-feira (8), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, justificou sua ausência do desfile de 7 de setembro em Brasília, alegando que como não havia clareza da separação das celebrações cívicas das manifestações político-eleitorais, na dúvida, preferiu não participar. "Em relação a 7 de setembro, houve dois momentos: o desfile cívico e depois os desdobramentos com cunho político-eleitoral. Como não havia clareza do que era um momento ou outro, preferi não participar pois não pretendia externar manifestação política. Além disso, considerei também que os três Poderes comemorariam neste dia 8 o bicentenário", disse aos jornalistas. 

 Rodrigo Pacheco reconheceu que o 7 de setembro levou multidões às ruas das principais cidades do país e elogiou a postura da população, que, segundo ele, agiu de forma pacífica e ordeira em torno de um projeto político, o que deve ser respeitado. 

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 "Considero que temos que valorizar o mais importante: o 7 de setembro esse ano é especial. Deve haver o compromisso de todos de reconhecer a importância da data. Como estamos num processo eleitoral, as manifestações acabam misturando o dever cívico e o aspecto político. E essa divisão tem que ficar clara, até porque a data não pertence a um grupo ou a um partido. Essa clareza é importante que todos tenham", avaliou. 

 Ausência de Bolsonaro

Indagado sobre a ausência do presidente Jair Bolsonaro à sessão solene desta quinta-feira, Rodrigo Pacheco lamentou, mas destacou que os convidados têm a liberdade de decidir se participariam ou não.

O senador informou que ficou sabendo da ausência do chefe do Executivo pouco antes do início da sessão e preferiu não comentar: "Nosso desejo era que ele pudesse estar presente e seria bem-vindo. A opção de não vir tem que ser indagada a ele [...] Até o inicio da sessão, acreditava na presença mas não sei a motivação, por isso não vou fazer juízo de valor em relação a isso [...] Não posso afirmar ter sido desfeita ou qualquer coisa que o valha; declinaram do convite, mas não sei o motivo", esclareceu. 

Elogios

Em relação aos eventos comemorativos de hoje, o presidente do Congresso classificou a sessão solene de "irretocável e muito bonita" e fez elogios ao pronunciamento do chefe do Executivo de Portugal, Marcelo Rebelo.   

"Essa sessão foi histórica, e o pronunciamento do presidente Rebelo foi um das coisas mais belas que vi. Ele recebeu o respeito pelo que representa, como líder de nossa pátria-mãe. Foi irretocável, muito bonita e celebrou com dignidade o bicentenário da independência", afirmou.   

Enfermagem

O senador voltou a afirmar que a busca de uma solução que viabilize o pagamento do piso salarial dos profissionais de enfermagem continua sendo uma das prioridades do Congresso Nacional. Ele informou que vai já nesta quinta-feira tentar um entendimento com o Ministério da Economia e com outros setores do Executivo. 

"Votamos a lei e queremos que seja aplicada. Agora temos que dar alternativa e vou me desdobrar nesse trabalho. Queremos resolver o mais rápido possível, até porque é obrigação nossa, do Congresso, dar uma solução a isso", destacou. 

*Da Agência Senado

O presidente da República, Jair Bolsonaro, enviou o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, para representá-lo na sessão solene do Congresso Nacional de comemoração ao Bicentenário da Independência do Brasil na manhã desta quinta-feira (8). Bolsonaro desistiu de comparecer ao evento após ficar isolado no desfile da quarta, 7 de setembro, quando transformou a cerimônia cívica em um palco político.

Os comandantes da Câmara, Arthur Lira, Senado, Rodrigo Pacheco, anfitriões do evento desta quinta-feira, não foram na quarta ao ato na Esplanada dos Ministérios.

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Também não compareceram outras autoridades que prestigiam o evento no Congresso nesta quinta, como o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, e até o procurador-geral da República, Augusto Aras, indicado ao cargo duas vezes por Bolsonaro.

Estão presentes também na solenidade do Congresso os ex-presidentes Michel Temer e José Sarney, além dos ministros do Supremo Dias Toffoli e Alexandre de Moraes, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), cancelou sua participação em cerimônia no Congresso, nesta quinta-feira (8), após os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, terem faltado ao desfile cívico-militar do 7 de Setembro, na quarta-feira, na Esplanada dos Ministérios. O evento desta quinta-feira no Legislativo, que chegou a entrar na agenda oficial do chefe do Executivo, é em comemoração ao Bicentenário da Independência.

No momento em que começou a solenidade no Congresso, Bolsonaro estava reunido com apoiadores no Palácio da Alvorada.

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O presidente ficou mais de cinquenta minutos tirando fotos com os militantes, que, em diversos momentos, o chamaram de "imbrochável", em referência ao coro puxado pelo próprio Bolsonaro durante discurso do domingo na Esplanada.

A ausência de Fux, Pacheco e, até mesmo Lira, aliado de primeira hora de Bolsonaro, no desfile oficial do 7 de Setembro foi vista como um indicativo do isolamento político do presidente, que usou a data comemorativa dos 200 anos da Independência do País para animar sua militância e tentar impulsionar sua candidatura à reeleição. Os chefes dos outros Poderes temiam ser associados a um ato político-eleitoral.

Em Brasília, apesar de não ter repetido ataques diretos ao STF e a seus ministros, o presidente mandou indiretas ao Judiciário. "Com a reeleição, traremos para dentro das quatro linhas da Constituição todos que ousam ficar fora delas. É obrigação de todos jogarem dentro das quatro linhas da Constituição", declarou o presidente na Esplanada.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu nesta terça-feira, 23, o coração de Dom Pedro I em cerimônia no Palácio do Planalto. A relíquia ficará exposta para visitação no Palácio do Itamaraty, entre 25 de agosto e 5 de setembro, antes de ser levada de volta à Europa.

A solenidade faz parte das comemorações dos 200 anos da Independência do Brasil. "Dois países unidos pela História e ligados pelo coração", disse o presidente, em rápido discurso, ao lado da primeira-dama Michelle. Candidato à reeleição, Bolsonaro também aproveitou para bradar o lema de sua campanha: "Deus, Pátria, Família".

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O coração foi carregado pela rampa do Planalto, com honrarias militares, presença de Dragões da Independência e performance do Esquadrão de Demonstração Aérea, que formou um coração com fumaça em frente ao Palácio. A relíquia foi trazida ontem da cidade de Porto, em Portugal, para o País em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). A recepção ocorreu na Base Aérea de Brasília, com honrarias de chefe de Estado.

É a primeira vez em 187 anos que o coração do primeiro imperador do Brasil sai de Portugal para outros países. A relíquia fica exposta na Igreja da Irmandade da Lapa, na cidade do Porto. Antes de retornar à Europa, o órgão fará parte dos eventos oficiais do 7 de Setembro, quando se comemora o Bicentenário da Independência.

Participaram da cerimônia de hoje no Planalto os ministros Célio Faria Júnior (Secretaria de Governo), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), Ciro Nogueira (Casa Civil), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Carlos França (Relações Exteriores) e Fábio Faria (Comunicações). Além disso, compareceram à solenidade descendentes da família real, como o deputado Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PL-RJ) e o chefe da Casa Imperial do Brasil, Bertrand de Orléans e Bragança.

O Banco Central (BC) vai lançar nesta terça-feira, 26, duas moedas comemorativas dos 200 anos da Independência do Brasil, celebrado no dia 7 de setembro. Segundo o BC, uma moeda será em prata e a outra em cuproníquel.

O lançamento vai ocorrer em cerimônia online às 15h, com participação do presidente do BC, Roberto Campos Neto, e transmissão pelo canal do Youtube do órgão.

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O evento também terá a presença da Diretora de Administração do, Carolina Barros, e Aline Montenegro Magalhães, do Museu Histórico Nacional, concederá a palestra "Iconografia da Independência".

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A Marinha do Brasil, em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), promoveu no dia 11 de maio, na Escola Estadual Almirante Guillobel, em Belém, Ação Cívico-Social alusiva ao Bicentenário da Independência do Brasil. O evento contou com a presença dos docentes, corpo técnico-pedagógico, demais servidores da unidade escolar e familiares dos alunos, além da gestora da USE 1, Juliana Lourinho, na ocasião representando a secretária de Educação, professora Elieth Braga.

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A diretora do Almirante Guillobel, Keit Santos, recepcionou o comandante do 4° Distrito Naval, vice-Almirante Edgar Siqueira Barbosa, os diretores do Hospital Naval de Belém, capitães Carlos Eduardo Marsico e Beatriz de Aguiar Campos, acompanhados da guarnição naval, da qual fizeram parte os profissionais da saúde responsáveis pelas dos serviços ofertados.

Os participantes do evento, após cantarem o Hino Nacional, ouviram o pronunciamento das autoridades. O comandante Edgar Siqueira Barbosa ressaltou a alegria de ser vizinho da Escola Almirante Guillobel e de estar representando a Marinha do Brasil na continuidade dessa parceria pela educação de crianças e jovens que estudam no local. Destacou, também, a união e compreensão para o fortalecimento das ações educacionais.

A gestora Juliana Lourinho externou gratidão à comunidade escolar por somar esforços em benefício de uma educação saudável. “A educação também é saúde”, afirmou.

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Em companhia de seus familiares, os alunos participaram de oficinas, palestras e atendimentos nas áreas de oftalmologia, odontologia, fonoaudiologia, nutrição e psicologia. Foram abordados temas como inclusão, bullying, comportamentos e respeito.

Antes do dia 11 de maio, os discentes já haviam recebido orientação e medicamentos indicados na profilaxia da pediculose, trabalho realizado pela tenente Caroline, do setor de Farmácia da organização naval.

As odontopediatras tenentes Thamires Medeiros e Uchôa enfatizaram a importância das atividades e referenciaram, em particular, a importância da saúde bucal na vida escolar e interpessoal dos alunos.

Outro importante serviço ofertado foi o de vacinação. A médica Tânia Almeida, tenente da Marinha à frente desse trabalho, ressaltou a importância de cumprimento do calendário preventivo contra as epidemias. “Graças a Deus, observamos número satisfatório de atendidos na vacinação contra os vírus da covid-19, HPV e meningite, nessa Ação Cívico-Social realizada por ocasião do Bicentenário da Independência do Brasil, aqui na Escola Almirante Guillobel", assinalou.

Na quadra da escola houve brincadeiras educativas com a presença do grupo teatral Folhas de Papel. O aluno Luís Felipe Alcântara da Costa falou que gostou muito da interação com os palhacinhos e estava contente por também ter ido à oficina de odontologia, na qual aprendeu a escovar os dentes bem melhor. “A gente escova a gengiva e faz igual a um trenzinho para alcançar a parte de trás”, disse.

A Marinha do Brasil presenteou com kits odontológicos e educacionais as crianças dos 1° e 2° anos do ensino fundamental menor. Máscara de proteção e álcool em gel compuseram o material recebido pelas crianças, como forma de alertá-las aos cuidados a serem ainda mantidos no ambiente escolar.

Berlan dos Santos Monteiro, mãe do aluno Iury Monteiro Paulo, do 5° ano, deu nota dez ao mutirão, no qual seu filho teve a oportunidade de receber consulta oftalmológica. “Todos estão de parabéns”, disse.

Por Rosângela Machado (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

O Campeonato Brasileiro chegou ao fim. Nesta quinta-feira (9) acontecem todos os últimos jogos em virtude da 38ª rodada do torneio nacional. Uma das partidas será no Estádio Independência, a partir das 21h30, entre América-MG e São Paulo. Ambos os times já estão classificados para a Série A do próximo ano e, portanto, não há mais risco de rebaixamento.

Atualmente, o time mineiro possui 50 pontos e está na 8ª colocação. Assim, o América-MG garante vaga na fase pré-eliminatória da Libertadores e precisa vencer o São Paulo para segurar sua posição na tabela. O último confronto não foi dos melhores, já que o clube mineiro ficou apenas no empate sem gols contra o Ceará jogando fora de casa, e agora tem a chance de ganhar uma última partida com o apoio da torcida.

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De acordo com o técnico do América-MG, Marquinhos Santos, o atual elenco está na história do clube, justamente pela campanha que fez nesta temporada. “Estamos vivos e contra o São Paulo na próxima quinta-feira não será diferente. Nós vamos jogar pra frente, e esperamos o apoio da torcida para fazer o Coelhão mais forte ainda, para fecharmos a temporada com uma grande festa”.  

Já o São Paulo acaba de garantir sua permanência na elite do Brasileirão, justamente em uma partida no Morumbi, contra o Juventude na última segunda-feira (6), que terminou em 3 a 1, com gols de Luciano e Jonathan Calleri. Atualmente, o Tricolor Paulista está com 48 pontos na 13ª posição, e dependendo dos resultados alheios, é possível subir mais algumas posições na tabela de classificação.

Para o treinador Rogério Ceni, o torcedor foi fundamental na campanha do São Paulo nesta temporada, que infelizmente se baseou em uma luta por não ser rebaixado. “Ainda não é o modelo de time que eu gosto, mas o elenco é bastante competitivo. O São Paulo precisa de equilíbrio, e mais jogadores em funções que não existe no clube, como os pontas que definem jogadas no um contra um”.

 

 

1822. 1922. 2022. "3 vezes 22". Esse é o nome do projeto da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin da Universidade de São Paulo (BBM-USP), que busca oferecer conteúdo sobre o bicentenário da Independência do Brasil e o centenário da Semana de Arte Moderna, a serem comemorados no ano que vem. Agora, a iniciativa tem um portal com todo o conteúdo produzido desde 2017.

Os materiais didáticos podem ser usados em aula por professores interessados em pensar a construção do País com os estudantes. Na plataforma, há entrevistas; kits didáticos com material para debater temas ausentes nos currículos de ensino médio e fundamental; posts temáticos; e vídeos de eventos do projeto.

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Além disso, estão presentes as publicações resultantes do concurso de teses e dissertações que abordam as duas datas a serem comemoradas em 2022. Dos 18 livros que se pretende publicar, conforme o coordenador Alexandre Macchione Saes, cinco já estão disponíveis. Os conteúdos buscam, sobretudo, mostrar que a Independência e a Semana de Arte Moderna foram eventos muito mais amplos e diversos do que se imagina. "Nas últimas décadas, tivemos um esforço muito grande de problematizar essas datas", diz Saes.

Ao pensar o passado, porém, os desafios futuros são trazidos à tona. "Devemos olhar para trás, entender o que foram esses eventos, avaliando quais projetos foram concretizados e quais não foram, seguindo em disputa", fala o professor da USP, ao explicar o objetivo da iniciativa. "Devemos enfrentar esse passado para projetar um futuro mais democrático."

Para isso, reforça, os professores, alunos e pesquisadores envolvidos foram além dos autores e livros canônicos, buscaram visitar também aqueles, por vezes, esquecidos pela história. "Tentamos encontrar essas vozes que não foram reconhecidas, para tornar mais completo nosso mosaico sobre o que é o Brasil", comenta Saes.

As vozes pouco reconhecidas, em sua maioria, são de autores negros, conforme o professor. Saes cita, entre eles, Ruth Guimarães, autora de Águas Profundas, publicado em 1946. "É uma autora negra que tem um livro sensacional, mas que certamente não faz parte do típico imaginário de quem lembra os autores do modernismo", declara. Com uma leitura mais plural do Brasil, ele acredita na geração de processos de reconhecimento que vão além do individual. "Abre a possibilidade de se reconhecer ou reconhecer o outro. Um outro olhar para a nossa sociedade é feito."

Outro cuidado dos produtores dos conteúdos, conforme o coordenador, foi o de estimular o leitor a ser independente. Por exemplo, por meio de hiperlinks, que direcionam a leitura para obras do acervo digital da BBM. Nesse sentido, buscam também reforçar o papel das bibliotecas como espaço de consulta.

SALAS DE AULA

Um braço importante do projeto, segundo o coordenador, é o 3×22 na escola, que, a partir de apostilas presentes no portal, pretende chegar às salas de aula. Serão quatro módulos diferentes: três deles já estão disponíveis, abordando cidadania, desigualdades e meio ambiente; o quarto, sobre educação, deve ficar pronto ainda neste mês.

Os materiais foram pensados de maneira interdisciplinar, com o objetivo de atender as demandas do novo currículo do ensino médio. A ideia é a de que os professores consigam construir disciplina eletiva, por exemplo, para pensar o Brasil com os estudantes, por meio do roteiro fornecido pelo 3x22.

O projeto, por isso, busca também contatar escolas e secretarias de Educação. "Esses módulos produzem um itinerário, um roteiro de discussão, percorrendo esses 200 anos de Brasil", fala Saes.

A Lotofácil da Independência sorteia no próximo sábado (11) o prêmio especial estimado em R$ 150 milhões. As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa em todo o país ou pela internet.

O concurso 2.320 será sorteado às 20h (horário de Brasília), no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário Tietê, na cidade de São Paulo.

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De acordo com a Caixa, esta será a maior premiação da história da modalidade. O maior prêmio da Lotofácil da Independência, até então, foi pago no ano passado – R$ 124,9 milhões, divididos entre 50 apostas de 17 estados.

Como funciona

Assim como nos demais concursos especiais, o prêmio principal oferecido não acumula. Não havendo apostas premiadas com 15 números, o valor será dividido entre os acertadores de 14 números e assim sucessivamente.

Ainda segundo a Caixa, caso apenas um ganhador leve o prêmio e aplique todo o valor na poupança, ele receberá R$ 366,9 mil de rendimento no primeiro mês. Se preferir investir em imóveis, o banco destaca que seria possível adquirir 250 casas ou apartamentos no valor de R$ 600 mil cada.

As apostas podem ser realizadas em volantes específicos da Lotofácil da Independência, disponíveis nas lotéricas de todo o país.

No portal Loterias Caixa, é possível adquirir um combo especial do sorteio, com 12 apostas para o concurso, bem como outros combos contendo apostas de outras modalidades, além do concurso especial.

Também é possível apostar pelo aplicativo Loterias Caixa. A aposta custa R$ 2,50 e o apostador deve escolher entre 15 a 20 números dentre os 25 disponíveis no volante.

Desgastado politicamente e com a crise instaurada entre os Poderes, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pode sair mais forte - ou não - após os atos deste 7 de setembro. Para a cientista política Priscila Lapa, Bolsonaro, que já se comporta como se estivesse em campanha eleitoral, deve reforçar o seu palanque nas manifestações infladas por ele.

A especialista aponta que o que deve ser visto nesta terça-feira (07) é um discurso contrário às instituições que o presidente insiste em afirmar que estão com o funcionamento inadequado, principalmente contra o Supremo Tribunal Federal. Os atos pelo Brasil estão sendo considerados como ações organizadas pelo Estado, na pessoa do chefe do Executivo, que foi se propagando e tem sido potencializado pelas redes sociais.

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“Isso torna o momento espantoso e as pessoas estão receosas, justamente porque a preocupação não é se o movimento vai ser grande ou descambar para a violência, a grande preocupação é a utilização dos recursos institucionais para que isso aconteça. Como já está acontecendo com clima de intimidação, de que as instituições podem ter o seu papel deturpado durante esse processo, principalmente o que o presidente espera caso exista radicalização”, aponta Priscila. 

Mesmo que o número de pessoas nas ruas, a favor do governo, não seja o esperado por Jair Bolsonaro e seus aliados, a cientista acredita que ele não vai recuar em seus discursos e ataques - que vem fazendo desde que foi eleito e tomou posse em 2019. “Nada fará Bolsonaro recuar da sua estratégia, porque é uma estratégia de sobrevivência política dele, que não tem uma agenda para discutir com a sociedade. O que ele tem é um enfrentamento ideológico, que fez Bolsonaro ser o que ele é”, diz.

7 de setembro e o palanque eleitoral

Falta pouco mais de um ano para as eleições de 2022, mas com a popularidade em queda e todas as últimas pesquisas mostrando que ele pode perder para o ex-presidente Lula (PT), o presidente Jair Bolsonaro tem andado pelo país e feito motociatas como se já estivesse na corrida eleitoral. 

No dia 28 de agosto, no 1º Encontro Fraternal de Líderes Evangélicos de Goiás, o presidente afirmou que tem três alternativas para o seu futuro: "estar preso, morto ou obter a "vitória" em 2022. "Pode ter certeza que a primeira alternativa não existe. Estou fazendo a coisa certa e não devo nada a ninguém. Sempre onde o povo esteve, eu estive", afirmou.

“Ele já não se comportava e acredito que a partir de amanhã ele não se comportará de forma nenhuma como chefe de Estado, ele se comporta como presidente em campanha, em cima de um palanque. Isso é muito preocupante porque a gente tem mais de um ano para a eleição. Qual o país que aguenta ficar mais de um ano com o seu principal líder fazendo campanha eleitoral e enxergando eleição em tudo? “, indaga Priscila.

A cientista ressalta que o presidente deve ganhar fôlego nesta terça (07) e afastar ainda mais a hipótese do processo de impeachment por conta do apoio popular, possibilitando também que Bolsonaro ganhe mais força - mesmo desgastado politicamente.

O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), pediu para que a população fique em casa neste 7 de setembro. "Tudo que Bolsonaro quer é que alguém saia ferido para justificar uma escalada autoritária", publicou Mandetta em sua conta no Twitter.

O democrata disse ainda: "Se você quer protestar contra Bolsonaro, como eu, vá às ruas em outra data. Não seja instrumento de políticos que semeiam o caos, você merece mais", escreveu.

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No último sábado (4), o ex-ministro perguntou qual será o motivo do protesto das pessoas. ""O aumento da fome e do desemprego, a gasolina cara, a crise energética, as mansões ou a impunidade do presidente e da família dele?", indagou. 

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O grupo de hackers Anonymous declarou guerra contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e convocou toda a população para as ruas, neste feriado de 7 de setembro. No vídeo, que viralizou nesta segunda-feira (6), o grupo acusa Bolsonaro de ameaçar um golpe, colocando em suspeita o processo eleitoral - assim como fez o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump -.

Um dos hackers diz: "O que Bolsonaro pretende com este chamado é preparar uma narrativa onde o povo deseja que ele permaneça no poder, uma vez que as eleições não são confiáveis de acordo com ele". Em seguida, ele convoca a população para sair às ruas no feriado de 7 de setembro, mesmo dia em que o presidente convocou os seus apoiadores.

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"É importante que neste 7 de setembro, nós tomemos as ruas para mostrar o que queremos. Em suas próprias palavras, restarão apenas duas opções para ele: prisão ou cova. Precisamos mostrar que as minorias, quando juntas sob a mesma bandeira, são maioria", afirmou.

O grupo ainda aponta: "Precisamos de um grito real de independência para fazer esta data entrar mais uma vez para a história. E nós estaremos entre vocês".

O governador Paulo Câmara (PSB) afirmou nesta segunda-feira (6), que os policiais militares que descumprirem as normas hierárquicas da instituição participando dos atos do 7 de setembro em Pernambuco poderão ser punidos. 

Em entrevista à rádio CBN Recife, Câmara disse que "não vamos admitir em nenhum momento a politização das nossas forças de segurança. Então, eu espero que haja serenidade e responsabilidade de todos os que vão participar dos protestos amanhã".

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O governador frisou que "qualquer ato que possa descumprir os regulamentos instituídos é alvo de punição. Com apuração adequada, com o devido respeito ao contradutório". Paulo Câmara se mostrou preocupado com as manifestações marcadas para esta terça-feira (7), pela forma como elas foram convocadas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). 

Em Pernambuco, o governador espera que tudo ocorra de forma pacifica. "Eu espero que os manifestantes respeitem o estado democrático de direito e as instituições. A gente espera que ocorra na ordem que foi combinada com as organizações", salienta.

Um incêndio misterioso destruiu três quiosques na noite dessa quarta-feira (7), na Praça da Independência, bairro de Santo Antônio, área Central do Recife. O Corpo de Bombeiros foi acionado para controlar as chamas e não identificou feridos.

Os quiosques de comércio local armazenavam bolsas, itens de vestuário e material escolar - produtos considerados inflamáveis. De acordo com os bombeiros, dois pontos de venda foram completamente destruídos e o outro parcialmente danificado.

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Duas viaturas foram enviadas à praça e extinguiram o fogo por volta das 19h18. Sem registro de feridos, as causas do incêndio ainda serão investigadas.

Em seu discurso como candidato a presidente da Câmara, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP) voltou a defender a independência da Casa e o fortalecimento da democracia. “A Câmara independente é para que a gente possa fazer a diferença. Independente e harmônica com os demais poderes, independente com diálogo”, disse.

Ele é candidato à Presidência da Câmara dos Deputados com o apoio do atual presidente, Rodrigo Maia. Rossi destacou a atuação de Maia. “Se não fosse a Câmara independente nesses últimos dois anos, os estados não teriam recursos para pagar os funcionários”, afirmou.

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O parlamentar destacou a necessidade de retomar a pauta social voltada para a população vulnerável em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Ele disse ainda que é preciso garantir a todos os parlamentares acesso a verbas orçamentárias iguais, sem distinção entre “alto clero” ou “baixo clero”.

“Nós queremos a regulamentação do orçamento impositivo com igualdade para todos os parlamentares”, disse. Essa regra impede o governo federal de contingenciar os gastos determinados pelos parlamentares.

Baleia Rossi defendeu ainda a votação da reforma tributária para destravar a economia e melhorar o ambiente de negócios no País. O parlamentar também criticou a atuação do governo em defesa de outro candidato. “Tem uma matéria dizendo que o governo estava pedindo para deputado gravar voto. Que Parlamento é este? Temos que respeitar os 513 deputados”, destacou.

Eleição

Para ser eleito presidente da Câmara dos Deputados, o candidato precisa da maioria absoluta dos votos em primeiro turno ou o maior número de votos em segundo turno. A votação é secreta por meio de urnas eletrônicas espalhadas pelo Plenário e pelo Salão Verde – medida para garantir o isolamento social.

Esta é a primeira votação presencial desde março de 2020, quando a Câmara estabeleceu um sistema de deliberações remotas para evitar a disseminação do novo coronavírus.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

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