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O Twitter entrou com um processo contra o governo da Índia nesta terça-feira. O processo visa contestar ordens de retirada de publicações da plataforma. Segundo o portal TechCrunch, a rede social afirmou que o governo abusou de seu poder ao ordenar a exclusão de diversos tweets, incluindo de opositores políticos e críticos ao atual governo.

Entre as publicações e perfis que constavam na lista de exclusão, diversos denunciavam políticas do governo indiano e criticavam o primeiro-ministro Narendra Modi. A plataforma atendeu parcialmente aos pedidos, uma vez que com as novas leis da Índia, o Twitter possui poucos recursos para contestar individualmente os pedidos de remoção. 

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Essa tensão entre o Twitter e o governo da Índia não é de hoje. A rede social já resistiu às novas leis do país, entre elas, a que obriga a plataforma a ceder e identificar usuários em casos de mensagens específicas. Em outro momento, policiais de Deli, capital do país, estiveram em escritórios da rede social fechados por conta da pandemia do Covid-19. O caso era tomado como invasão, mas o governo Indiano se pronunciou e disse que os agentes foram levar um aviso à empresa.

O documento, direcionado para o diretor-geral do Twitter na Índia, falava sobre uma investigação em andamento no país, em que a rede social caracterizou postagens de líderes do governo e do partido governista como conteúdo de origem duvidosa. Na ocasião, o Twitter classificou o ato como uma forma de intimidação e afirmou a preocupação com “a potencial ameaça à liberdade de expressão sobre os usuários”.

 

Depois de vários dias desaparecidas, a irmãs Kalu, Mamta Meena e Kamlesh foram encontradas mortas em um poço na Índia.

Casadas com três irmãos, as mortes refletem a violência relacionada com o dote matrimonial, uma prática ilegal mas arraigada no país.

Antes de morrer, as vítimas deixaram uma mensagem na qual culpavam a família de seus maridos, com a qual mantinham uma disputa sobre as elevadas quantias que muitos pais indianos costumam pagar para casar suas filhas.

Kalu (27 anos), Mamta (22) e Kamlesh (20) foram encontrados no mês passado em Dudu, um vilarejo na região do Rajasthan (oeste), onde moravam na mesma casa, vítimas constantes de abusos por parte dos maridos e parentes, afirma sua família.

Além das três irmãs, também foram encontrados os corpos dos filhos de Kalu, um menino de quatro anos e um bebê de quatro semanas. E as outras duas estavam grávidas.

Pouco antes da morte, a mais jovem, Kamlesh, enviou uma mensagem de WhatsApp de acusação: "A família de nossos maridos está por trás de nossas mortes".

"Não queremos morrer, mas a morte é melhor que o abuso (...) Vamos morrer juntas porque é melhore que morrer a cada dia", acrescentava a mensagem.

Quatro dias depois de encontrar os corpos, o pai das vítimas, Sardar Meena, sua esposa, o filho mais velho e as outras três filhas choram diante dos retratos das falecidas, posicionados nas escadas da modesta casa da família em Chhapya, um vilarejo próximo de Dudu.

A polícia trata a investigação como um suicídio até a conclusão das autópsias, disse à AFP um oficial da cidade de Jaipur. Meena, no entanto, acusava os genros de maus-tratos e assédio moral há anos.

- Prática ilegal, mas arraigada -

Kalu foi hospitalizada em abril depois de ser espancada pelo marido e sua família.

"Minhas filhas sofriam violências e vinham para cá. Mas, apesar da violência, diziam que tinham que voltar ao domicílio conjugal e retornavam com seus maridos", explica o pai.

Como o divórcio é considerado uma infâmia em grande parte da Índia, Meena permitia que retornassem para salvar a honra da família.

"Eram muito maltratadas", confirma Sonu, irmã das falecidas.

De acordo com o pai, uma das principais críticas da família dos maridos era o pequeno valor do dote pago por ele. "Estes que exigem um dote não são boas pessoas (...) Não é humano", afirma.

A prática do dote está proibida há mais de 60 anos por lei na Índia, mas o costume está profundamente arraigado e continua sendo muito praticado.

Aparelhos de TV, uma geladeira, móveis... "Já demos tantas coisas para eles", conta. "Sou pai de seis filhas, há limites para o que posso fazer", acrescenta.

"Eu dei educação para elas, o que já é difícil", afirma, exibindo com orgulho seus cartões universitários, que depois se tornaram inúteis para as jovens porque seus maridos as proibiam de continuar estudando e trabalhando.

Após as mortes, a polícia prendeu os maridos, a sogra e a cunhada das vítimas por assédio relacionado ao dote e violência conjugal.

- Quase 7.000 assassinatos em 2020 -

Não são casos únicos. A imprensa local informa com frequência situações de violência conjugal e disputas por dote.

No ano passado, um homem do estado de Kerala, no sul do país, foi condenado à prisão perpétua por matar sua esposa com uma picada de cobra para assumir seus bens depois de já ter obtido um veículo novo e mais de 6.000 dólares.

Na semana passada, um tribunal da mesma região condenou a 10 anos de prisão um homem que pressionou a esposa até ela cometer suicídio, em mais um caso de assédio por dote.

Os dados da Agência Nacional de Arquivos de Crimes indicam que quase 7.000 mulheres foram assassinadas e 1.700 cometeram suicídio em 2020 por esta questão.

Um estudo nacional de saúde familiar mostrou que 30% das mulheres casadas foram vítimas de violência física ou sexual no casamento. Mas as ativistas feministas consideram que esta é apenas a ponta do iceberg.

"A cada hora, de 30 a 40 mulheres são vítimas de violência conjugal", declara à AFP Kavita Srivastava, da ONG de defesa dos direitos humanos PUCL. Ela explica que os dados são baseados nas denúncias apresentadas à polícia.

Para ela, o problema fundamental é a indiferença social diante da violência conjugal na Índia: "Tanta resignação é muito preocupante".

"Se apenas uma mulher tem que cometer suicídio porque sua vida matrimonial é o fim do caminho, acredito que o Estado indiano falhou com estas mulheres", afirma.

Um casal do Bangladesh foi condenado à morte por vender uma adolescente, de 17 anos, a um bordel na Índia. A jovem foi atraída ao país vizinho por uma promessa de emprego e segue desaparecida, relatou a promotoria.

Os acusados, identificados como Shahin Sheikh e Asma Begum, foram condenados nessa quarta-feira (18), pelo Tribunal de Prevenção da Repressão de Mulheres e Crianças do distrito de Khulna, no sudoeste do país. 

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A venda teria ocorrido em outubro de 2019 e, conforme a acusação, os pais não tiveram mais contato com a filha. O casal foi acusado em 2010 e Sheikh chegou a exigir dinheiro para devolvê-la.

A investigação ainda não identificou o bordel e a jovem é tida como desaparecida.

Pássaros estão caindo durante o voo e sendo resgatados com quadro de desidratação na Índia. O país sofre uma onda de calor que atingiu temperaturas próximas aos 50 ºC.

O calor também secou fontes de água em Gujarat, na região Oeste, e motivou um alerta do primeiro-ministro Narendra Modi sobre os riscos de incêndio no Sul do país, apontou o Reuters.

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Um hospital veterinário mantido pela organização sem fins lucrativos Jivdaya Charitable Trust, em Ahmedabad, recebeu milhares de pássaros nas últimas semanas, inclusive os de voo alto, como pombos e milhafres. Além de tratar os machucados, os médicos alimentam os animais com tebletes de vitaminas e oferecem água em seringas. 

"Este ano tem sido um dos piores dos últimos tempos. Vimos um crescimento de 10% na quantidade de pássaros que precisam de resgate", disse Manoj Bhavsar, que trabalha com a organização há mais de uma década.

Um tribunal indiano condenou nesta sexta-feira (18) à pena de morte 38 pessoas pelos atentados de 2008 na cidade de Ahmedabad, região oeste do país, que deixaram 56 vítimas fatais e mais de 200 feridos.

No dia 8 de fevereiro, o tribunal considerou 49 réus culpados pelos ataques coordenados que aconteceram em locais muito movimentados da cidade, a maior do estado de Gujarat.

"O juiz especial A R Patel decretou a pena de morte para 38 dos 49 condenados", anunciou o promotor especial Amit Patel. "Onze condenados receberam sentenças de prisão perpétua", acrescentou.

Um grupo autodenominado 'Indianos Mujahedines' assumiu a responsabilidade pelo ataque, que definiu como um ato de vingança por conflitos religiosos em 2002 no mesmo estado e que deixaram quase 1.000 mortos.

Quase 80 pessoas foram acusadas pelos atentados, mas 28 foram absolvidas, segundo o promotor Amit Patel.

Os condenados foram considerados culpados de assassinato e conspiração criminosa, explicou.

O julgamento gigantesco durou quase uma década devido ao complexo sistema jurídico indiano. Mais de 1.100 testemunhas foram ouvidas e vários atrasos foram registrados no processo.

Durante o período, a polícia evitou mais de 10 tentativas de fuga dos acusados da prisão - vários tentaram cavar túneis em suas celas com pratos de comida.

Ahmedabad foi o epicentro em 2002 de distúrbios religiosos que provocaram a morte de quase 1.000 pessoas, a maioria muçulmanas.

Em 2008, a Índia foi cenário de vários ataques com bombas reivindicados pelo grupo 'Indianos Mujahedines', com dezenas de pessoas assassinadas na capital Nova Délhi e na cidade turística de Jaipur.

Em novembro do mesmo ano, 166 pessoas morreram em um atentado coordenado de homens armados com explosivos em hotéis e outros locais de Mumbai, um ataque que as autoridades atribuíram a militantes paquistaneses.

  Um motociclista por pouco não foi atingido por um trem em alta velocidade, em uma passagem de nível em Mumbai, na Índia, no último sábado (12).   

O vídeo que registrou o momento foi gravado pelas câmeras de segurança da região.  A gravação mostra o homem tentando atravessar antes que o trem chegue.

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  Quando percebeu, pulou do veículo e teve sua moto destruída.   

As autoridades do estado indiano de Karnataka reforçaram nesta quarta-feira (16) a segurança para a reabertura das escolas de ensino médio, depois de várias semanas de manifestações sobre o uso do hijab ou véu muçulmano em aula.

Os colégios de ensino médio reabriram neste estado do sul da Índia, em meio a uma grande vigilância policial.

Desde o final do ano passado, o uso do hijab criou tensões em Karnataka, onde algumas escolas proibiram as estudantes muçulmanas de usar o véu em aula.

O governo estatal fechou temporariamente todos os estabelecimentos escolares na semana passada depois que um tribunal proibiu temporariamente o uso de todos os símbolos religiosos na escola, enquanto se analisa a questão do hijab.

"Crescemos com o hijab, não podemos abandoná-lo. Não farei as provas, irei para casa", afirmou uma jovem no portal de notícias local News Minute.

"Os estudantes hindus vestem a cor laranja e os cristãos usam um rosário. Qual o problema de nossas filhas usarem o hijab?", questionou um pai de família no canal NDTV.

Outro pai, Nasir Sharif, de 43 anos, contou à AFP que sua filha de 15 anos foi obrigada a retirar seu véu na porta de sua escola nesta quarta-feira, no distrito de Chikmagalur. Finalmente conseguiu convencer as autoridades escolares a deixarem que ela fosse para a aula com a cabeça coberta e retirasse o véu quando chegasse lá.

Vários muçulmanos indianos afirmam que se sentem cada dia mais assediados pelo governo nacionalista hindu do primeiro-ministro Narendra Modi.

Um avião desaparecido da Segunda Guerra Mundial foi encontrado em uma área remota do Himalaia na Índia quase 80 anos depois de seu acidente após uma busca complicada na qual morreram três guias.

A nave de transporte C-46, que decolou de Kunming (sul da China) ,voava com 13 pessoas a bordo quando desapareceu em meio a uma tempestade no montanhoso estado Arunachal Pradesh na primeira semana de 1945.

"Nunca mais se ouviu falar desse avião. Simplesmente desapareceu", explicou Clayton Kuhles, um aventureiro americano que liderou a missão após um pedido do filho de uma das vítimas do acidente.

A expedição durou meses, nos quais Kuhles e uma equipe de guias locais atravessaram rios que lhes cobriam até o peito e acamparam em meio a temperaturas glaciais. Três guias morreram de hipotermia no início da missão durante uma tempestade de neve.

Por fim, a equipe encontrou o avião em uma montanha coberta de neve no mês passado e foi capaz de identificar a fuselagem pelo número na cauda do avião. Na nave não havia restos humanos.

Bill Scherer, o filho órfão que pediu a missão, disse estar "feliz só por saber onde está" seu pai. "É triste, mas alegre", disse em um e-mail à AFP enviado de Nova York.

"Cresci sem pai. Tudo no que penso é na minha pobre mãe, recebendo um telegrama e descobrindo que meu pai está desaparecido e ela tendo que ficar comigo, um bebê de 13 meses", acrescentou.

Centenas de aviões militares americanos desapareceram em operações na Índia, China e Mianmar durante a Segunda Guerra Mundial, seja pelos ataques das forças japonesas ou pelas condições climatológicas.

Drones estão sendo usados nesta sexta-feira (14) para lançar água sagrada do rio Ganges em milhares de peregrinos, com o objetivo de tentar conter uma multidão reunida para o festival hindu Gangasagar Mela, no leste da Índia.

A aglomeração por causa do evento pode se tornar um perigoso propagador da covid-19.

As autoridades já admitiram que não vão ser capazes de conter os peregrinos, a maioria sem máscara, que vão ao rio para banhos rituais expiatórios.

"A maioria dos peregrinos está disposta a desafiar as normas anticovid", disse um policial ouvido pela AFP.

"Eles acreditam que Deus os salvará e que o banho no afluente (do Ganges) os purificará de todos os pecados, até do vírus, se estiverem contaminados", acrescentou.

Embora a variante ômicron esteja se espalhando rapidamente na Índia, um tribunal de Calcutá autorizou, na semana passada, a celebração do Gangasagar Mela na ilha de Sagar. Ela fica na foz do rio Ganges, no estado de Bengala Ocidental, no leste do país.

A estimativa é que até três milhões de peregrinos hindus devem chegar à ilha nesta sexta-feira.

"Desde as primeiras horas da manhã, já havia um mar de pessoas", relatou Bankim Hazra, uma autoridade local, por telefone à AFP.

"A água sagrada do Ganges está sendo pulverizada por drones sobre os peregrinos (...) para conter a multidão", explicou.

"Mas os sadhus (ascetas com o corpo coberto de cinzas e a cabeça de dreadlocks) e um grande número de pessoas preferem ficar para tomar banho", acrescentou.

A Índia registrou mais de 260.000 novas infecções e 315 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas.

No auge da pandemia neste território de 1,3 bilhão de habitantes, em maio passado, a Índia registrava mais de 400.000 novos contágios e cerca de 4.000 óbitos por dia, em meio a cenas traumatizantes em hospitais, lotados de pacientes.

Hoje, a Índia parece mais bem preparada para resistir à ômicron do que na primavera passada, quando a variante delta causou mais de 200.000 mortes em poucas semanas.

Essa terrível onda epidêmica surgiu após o festival Kumbh Mela, uma das maiores congregações religiosas do mundo, com a participação de cerca de 25 milhões de hindus.

Assim como o Kumbh Mela, Gangasagar Mela atrai fiéis de todo norte da Índia, que viajam a bordo de trens, ônibus e barcos lotados para chegar à ilha. Estas condições aumentam a probabilidade de contágio da ômicron, uma variante do coronavírus altamente contagiosa.

Um homem de 84 anos que diz ter tomado 11 doses de vacina contra a Covid-19 foi detido em uma unidade de saúde quando tentava tomar a 12ª dose. O caso ocorreu em Madhepura, na Índia.

Segundo o jornal The New Indian Express, Brahmadeo Mandal apresentava carteiras de identidade diferentes e número de telefone de parentes para receber o imunizante.

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 O idoso relatou que recebeu a vacina pema primeira vez em 13 de fevereiro de 2021. Ele disse também que se sentia melhor a cada dose que tomava.

A Índia cancelou, nesta quinta-feira (6), os comícios eleitorais no país, devido a um aumento repentino de casos de Covid-19 ligados à variante Ômicron.

Em dois dias, o número de infecções triplicou no país.

Grandes multidões estiveram presentes nos eventos de campanha para as eleições de fevereiro no estado de Uttar Pradesh, no norte, o mais populoso da Índia e reduto do partido no poder, o Bharatiya Janata (PBJ).

O primeiro-ministro Narendra Modi visitou cidades-chave, onde inaugurou obras de infraestrutura e participou de rituais hindus em apoio ao governo estadual.

Vários partidos suspenderam suas campanhas depois que muitas cidades impuseram toques de recolher, devido ao coronavírus, e especialistas em saúde alertaram para um aumento exponencial nas infecções.

"Devido às preocupações com o crescente número de casos de covid, todos os comícios do partido foram cancelados", disse o porta-voz da legenda opositora Congresso, Ashok Singh, à AFP.

Outro partido da oposição afirmou que começou a fazer campanha online, enquanto o PBJ cancelou um comício programado para quinta-feira, em Noida, uma cidade-satélite de Nova Délhi que registrou um surto de infecções.

Mais de 200.000 pessoas em toda Índia morreram no ano passado em uma onda de casos de covid-19 que sobrecarregou hospitais e crematórios, atribuída, em grande parte, à disseminação do vírus em eventos eleitorais.

O ministro-chefe de Délhi, Arvind Kejriwal, anunciou esta semana que testou positivo para covid-19, depois de participar de eventos de campanha para as eleições municipais na cidade de Chandigarh.

Especialistas em saúde que assessoram o governo dizem que a variante ômicron, detectada há cinco semanas na Índia, está causando o aumento de casos nos centros urbanos.

"Não há margem de complacência", declarou o médico V.K. Paul, que trabalha com o governo para conter o coronavírus.

Índia começou, nesta segunda-feira (3), a vacinar jovens de 15 a 18 anos contra a Covid-19 e, ao mesmo tempo, as autoridades reforçam as medidas sanitárias nas grandes cidades para conter a propagação da variante ômicron e impedir que a pandemia volte a arrasar o país como aconteceu na primavera boreal (outono no Brasil) de 2020.

Mais de 200.000 pessoas morreram por coronavírus no país durante uma onda desenfreada que colapsou hospitais, crematórios e cemitérios entre os meses de abril e junho.

Desde então, os profissionais de saúde já aplicaram mais de 1,4 bilhão de doses, mas menos da metade dos 1,3 bilhão dos habitantes do gigante asiático recebeu as duas doses necessárias, conforme dados oficiais.

Na manhã de hoje, na capital do país, Nova Délhi, acompanhados dos pais, centenas de adolescentes esperavam em frente a uma escola transformada em centro de vacinação para receber sua primeira dose.

"É realmente algo bom poder receber a primeira vacina", revelou o jovem entusiasmado, Sumadeep, de 16 anos, depois de ser vacinado com uma dose da Covaxin, fabricado na Índia.

"É um presente de Ano Novo para os jovens", comemorou.

As autoridades indianas estão preocupadas com a alta taxa de contágio da ômicron, o que levou à adoção de novas medidas restritivas, em vigor desde a semana passada.

Pelo menos 12 pessoas morreram e 13 ficaram feridas em um tumulto, na madrugada deste sábado (1º), em um santuário religioso na Caxemira controlada pela Índia, informou uma autoridade local.

A debandada ocorreu por volta das 3h (18h30 de sexta-feira no horário de Brasília), na estrada para o santuário Mata Vaishno Devi, um dos locais hindus mais reverenciados do norte da Índia.

"As pessoas tropeçavam umas nas outras. Era difícil saber que perna ou braço estava emaranhado com quem", contou uma testemunha que se identificou como Ravinder, ao conversar por telefone com a AFP.

"Ajudei a recolher oito corpos quando a ambulância chegou, cerca de meia hora depois. Sinto-me sortudo por estar vivo, mas ainda tremo quando me lembro do que vi", acrescentou.

Existem milhares de santuários nas cidades e vilarejos da Índia, principalmente hindus, bem como em lugares remotos do Himalaia ou nas selvas do sul.

Alguns são locais de peregrinação importantes e o governo nacionalista hindu do primeiro-ministro Narendra Modi investiu pesadamente para melhorar as infraestruturas de acesso.

Antes da pandemia de Covid-19, 100 mil devotos percorriam o caminho íngreme para a caverna estreita que abriga o santuário Vaishno Devi.

O número foi reduzido para 25 mil, mas testemunhas e meios de comunicação indicaram que esse número teria sido ultrapassado várias vezes na tragédia deste sábado.

- Discussão -

Segundo algumas versões, uma discussão entre dois fiéis ocorreu antes da debandada.

Os esforços de resgate começaram imediatamente e os feridos, alguns deles em estado crítico, foram transferidos para hospitais vizinhos.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram pequenas ambulâncias chegando a hospitais enquanto ainda era noite.

O santuário, que fica aberto 24 horas por dia, está localizado nas colinas de Katra, a cerca de 60 km da cidade de Jammu.

O acesso ao local foi suspenso após a debandada, embora tenha sido reaberto posteriormente.

As pessoas costumam viajar para a cidade vizinha de Katra e caminham 15 km até a entrada da caverna, onde geralmente precisam esperar horas para entrar. Algumas pessoas vão a cavalo e também existe um serviço de helicóptero.

A testemunha Ravinder disse que a tragédia ocorreu em um ponto onde uma multidão que descia do santuário encontrou os que subiam.

Ele calculou que havia pelo menos 100 mil pessoas.

"Não havia ninguém revisando os documentos de registro dos fiéis. Já estive lá várias vezes, mas nunca vi aquele aglomerado de pessoas", assegurou.

"Foi quando alguns conseguiram levantar um cadáver com as mãos que as pessoas puderam ver (o que estava acontecendo) e abriram espaço para retirar os corpos", disse ele.

"Extremamente triste com a perda de vidas", expressou no Twitter o primeiro-ministro Modi, acrescentando que estava em contato com as autoridades locais.

Por sua vez, o ministro Jitendra Singh anunciou que iria ao local para avaliar a situação.

O Brasil e alguns países do mundo seguem o calendário gregoriano, onde celebra-se a virada do ano de 31 de dezembro para 1º de janeiro. No entanto, existem diversas outras nações do planeta que, culturalmente, celebram a passagem do ano em outra época, sem seguir o nosso calendário.

China

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Os chineses, por exemplo, seguem o calendário lunar, se baseando no tempo que a lua leva para dar a volta em torno da terra. Eles também se baseiam no zodíaco chinês. Com isso, eles festejam um novo ano no dia 12 de fevereiro. O país não economiza nas celebrações e tem 10 dias de festas.

Índia

No país mais populoso do mundo, as celebrações acontecem no dia 1º de março (sul da índia), 1º de outubro (leste e no centro) e 14 de abril (comunidade Tâmil). A celebração mais importante para os indianos se chama Diwali (Festa das Luzes).

Tailândia

Um novo ano chega para os tailandeses no dia 13 de abril, com comemorações que costumam ir até o dia 15 do mesmo mês. A data marca a volta do sol em Áries no mapa astral, e isso representa a virada dos anos no calendário budista.

Ano Novo Islâmico

Como o calendário lunar islâmico tem 354 ou 355 dias, as comemorações nos países islâmicos mudam a cada ano. Em 2021, por exemplo, eles comemoraram no dia 9 de agosto, mas em 2022 irão celebrar a passagem de ano no dia 30 de julho. O calendário desse povo começa a contar 622 d.C., quando Maomé deixou Meca e seguiu para Medina. 

O episódio conhecido como Hégira determina o início do ano islâmico. As comemorações no mundo islâmico duram 10 dias. 

Ano Novo Judaico

As comemorações do povo judaico também variam de ano para ano. Neste ano a celebração irá acontecer do dia 25 de setembro ao dia 27 do mesmo mês. A data marca um novo período de semear, cultivar e colher. Rosh Hashaná é o nome dado ao ano novo judaico. 

Uma estátua do jogador de futebol português Cristiano Ronaldo causou alvoroço no estado de Goa, no sul da Índia, onde os moradores acusam as autoridades de insensibilidade por homenagear um astro do esporte da antiga potência colonial.

Vários manifestantes com bandeiras pretas se reuniram no local depois que a estátua foi inaugurada esta semana na cidade de Calangute.

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Os manifestantes expressaram sua raiva pelo fato de as autoridades terem ignorado as estrelas do esporte da Índia e escolhido um jogador de Portugal, país do qual Goa se tornou independente em 1961.

Micky Fernandes, um ex-jogador internacional originário de Goa, disse que esta escolha foi "dolorosa" e que tem sido vivida como uma "ressaca" do domínio português.

"Ronaldo é o melhor jogador do mundo, mas ainda devemos ter a estátua de um jogador de Goa", disse Fernandes à AFP.

A maior parte da Índia atual conquistou a independência em 1947. Por outro lado, Goa, após um conflito armado com o poder colonial português, tornou-se um território autônomo administrado pelo governo federal indiano em 1961, e foi admitido como um estado pleno da Índia em 1987.

Um homem foi espancado até a morte na cidade indiana de Amritsar, no sábado (19), após ser acusado de cometer sacrilégio no Templo de Ouro, o santuário mais sagrado para a religião Sikh - informou a imprensa local.

Este indivíduo não identificado pulou a grade e entrou no templo durante as orações de sábado, relataram jornais indianos.

O vice-ministro do estado de Punjab, Charanjut Singh Channi, condenou o ato "lamentável e desumano".

A defesa do guru Granth Sahib e dos santuários sikh contra a profanação é uma questão muito sensível para a comunidade.

A ex-primeira-ministra indiana Indira Gandhi foi assassinada por seus guarda-costas sikhs em 1984, após ordenar um violento ataque ao Templo de Ouro expulsar os separatistas.

Após uma matilha de cachorros matar um filhote de macaco na província de Maharashtra, na Índia, um bando de macacos voltou no local e carregou 250 cães até o topo de edifícios altos e os arremessaram. 

Segundo o jornal Daily Star, depois dessa "vingança" dos macacos, não existe mais nenhum cachorro vivo na aldeia de Lavul. Os humanos que tentaram defender os seus animais de estimação também foram atacados pelos primatas.

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Há relatos de crianças, que atiraram pedras nos macacos, que acabaram sendo arrastadas por eles, mas não existe notícia de mortes.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta sexta-feira (17) que certificou a vacina indiana contra o coronavírus Covovax.

A vacina é produzida pelo Instituto Serum da Índia, sob licença da Novovax, e faz parte do Covax Facility (sistema internacional de distribuição de vacinas contra a covid-19).

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Para a OMS, o imunizante vai impulsionar os esforços para vacinar mais pessoas nos países de baixa renda.

"As vacinas continuam sendo um dos métodos mais eficazes de proteção contra as formas graves e mortais causadas pelo SARS-CoV-2, apesar do surgimento de novas variantes", destacou a diretora do departamento de Acesso a Medicamentos da OMS, a brasileira Mariângela Simão.

Essa aprovação "deve facilitar o acesso às vacinas aos países pobres, dos quais 41 ainda não conseguiram vacinar 10% de sua população, enquanto 98% dos países ainda não chegaram a 40%", destacou.

A OMS estabeleceu a meta de vacinar 40% da população em todos os países até o final do ano.

Essa vacina requer duas doses e pode ser armazenada entre 2 e 8 °C, temperaturas das geladeiras convencionais.

O imunizante utiliza uma tecnologia diferente das empregadas pelas vacinas já amplamente autorizadas no mundo. É um fármaco denominado "subunitário", a base de proteínas que desencadeiam uma resposta imunológica, sem vírus.

Agora, ela se junta às vacinas anticovid Covaxin da empresa indiana Bharat Biotech, Pfizer/BioNTech, Moderna, AstraZeneca (a OMS conta com duas vacinas AZ, entre elas uma fabricada na Índia), Johnson&Johnson, Sinopharm e Sinovac, que fazem parte da lista de aprovações de emergência.

O comitê de especialistas de vacinação da OMS ainda deve apresentar detalhes sobre as faixas etárias para as quais a vacina é recomendada.

A Covovax é derivada do Nuvaxovid, cuja autorização para comercialização foi submetida à Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês), que deve se pronunciar na próxima semana.

A homologação por parte da OMS possibilita o reconhecimento internacional do imunizante e, especialmente, o uso por parte das agências da ONU e pelo sistema Covax, criado para facilitar o acesso à vacinação nos países mais pobres.

O comandante do Estado-Maior do exército indiano, o general Bipin Rawat, e sua mulher estão entre as 13 vítimas fatais da queda de um helicóptero nesta quarta-feira (8) no estado de Tamil Nadu, sul do país.

"Com profundo pesar, agora etá confirmado que o general Bipin Rawat, a senhora Madhulika Rawat e outras 11 pessoas que estavam a bordo (do helicóptero) morreram no lamentável acidente", informou a Força Aérea indiana no Twitter.

Algumas horas antes, a instituição anunciou que um helicóptero Mi-17V5 do exército com o general a bordo caiu perto de Coonoor, em Tamil Nadu.

O militar, de 63 anos, seguia com a mulher e outras pessoas para a Escola do Estado-Maior da Defesa, informou uma fonte militar à AFP.

A Força Aérea informou que iniciou uma investigação para determinar a causa do acidente.

O ministro das Florestas do estado de Tamil Nadu, K. Ramachandran, declarou um pouco antes ao jornal Times of India que sete corpos haviam sido recuperados na área do acidente.

"Vários feridos foram levados para o hospital", declarou à AFP uma fonte do corpo de bombeiros de Coonorr.

O aparelho caiu em uma área de floresta a quase 10 quilômetros da rodovia mais próxima, para a qual as equipes de resgate tiveram que caminhar até o local do acidente, afirmou à AFP outra fonte do corpo de bombeiros.

Nas imagens divulgadas pela imprensa, algumas pessoas tentam apagar as chamas com baldes d'água e um grupo de soldados retira um dos passageiros em uma maca improvisada.

O helicóptero decolou da base aérea militar de Sulur, em Coimbatore (Tamil Nadu).

- Próximo a Narendra Modi -

Bipin Rawat, considerado próximo ao primeiro-ministro Narendra Modi, é o primeiro comandante do Estado-Maior da Índia, cargo criado pelo governo em 2019.

Rawat vem de uma família com uma tradição militar de várias gerações a serviço do exército indiano.

Ele entrou para o exército em 1978 e comandou as forças na parte indiana da Caxemira e ao longo da "Linha de Controle Real" na fronteira com a China.

Também lutou contra os insurgentes do nordeste da Índia e supervisionou uma operação de contrainsurgência na fronteira com Mianmar.

Entre 2017 e 2019 foi o comandante do exército. E foi promovido, segundo analistas, para melhorar a coordenação entre as Forças Armadas.

O helicóptero russo modelo Mi-17, envolvido no acidente, entrou em serviço na década de 1970 e é utilizado por exércitos de todo o mundo, mas sofreu diversos acidentes nos últimos anos.

O mais recente aconteceu em novembro, quando 14 pessoas morreram na queda de um aparelho deste modelo do exército do Azerbaijão.

Treze civis foram mortos no estado de Nagaland, no nordeste da Índia, pelas forças de segurança, que abriram fogo contra um caminhão e depois contra um grupo de pessoas que protestava contra este incidente, informou a polícia local neste domingo (5).

O tiroteio ocorreu no sábado (4) em Oting, no distrito de Mon, na fronteira com Mianmar.

"A situação em todo o distrito de Mon está muito tensa agora. Temos 13 mortes confirmadas", disse Sandeep M. Tamgadge, da polícia de Nagaland.

Segundo o policial, seis trabalhadores foram mortos no caminhão que estavam a caminho de casa na aldeia de Oting, em uma emboscada das forças de segurança que acreditavam que o grupo tinha ligação com insurgentes na região.

Os familiares das vítimas, que foram procurá-los, descobriram os corpos e dirigiram-se às forças de segurança para pedir esclarecimentos.

"Foi então que estourou um confronto entre os dois lados e os membros das forças de segurança abriram fogo, matando outras sete pessoas", explicou o responsável da polícia.

Em um comunicado, o exército indiano disse que a emboscada foi armada com base em "informações confiáveis" indicando a presença de um grupo armado rebelde na área.

Um membro das forças de segurança também foi morto e vários outros ficaram feridos no incidente, explicou.

"A causa desta lamentável perda de vidas humanas está sendo investigada ao mais alto nível e as medidas apropriadas serão tomadas de acordo com a lei", de acordo com um comunicado do exército.

A declaração não especifica se os autores dos disparos faziam parte do exército indiano ou de outra força polícia ou paramilitar.

O primeiro-ministro de Nagaland, Neiphiu Rio, pediu calma e também anunciou uma investigação sobre o incidente "altamente condenável".

E o ministro do Interior indiano, Amit Shah, prometeu "trazer justiça às famílias enlutadas".

Nagaland e outros estados no extremo leste da Índia, uma região ligada ao resto do país por um estreito corredor entre Bangladesh e o Nepal, foram durante décadas palco de distúrbios promovidos por várias guerrilhas separatistas e autonomistas, bem como por tribos e grupos armados.

A insurgência diminuiu nos últimos anos, pois muitos grupos selaram acordos de paz com Nova Délhi, mas uma grande guarnição indiana permanece estacionada na área.

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