Tópicos | Índia

Na despedida da veterana Formiga, a seleção brasileira feminina de futebol aproveitou as fragilidades da Índia, principalmente na defesa, para confirmar seu favoritismo com uma goleada de 6 a 1, na noite desta quinta-feira (26), na Arena da Amazônia, em Manaus. A partida faz parte do Torneio Internacional de Futebol Feminino, quadrangular amistoso que encerra a temporada 2021 da seleção.

Estrela da noite, Formiga entrou em campo apenas aos 32 minutos do segundo tempo. Com a braçadeira de capitã do time, a volante jogou na posição de atacante. Até teve uma oportunidade, mas não conseguiu coroar com um gol a data especial, encerrando uma trajetória de 26 anos na seleção.

##RECOMENDA##

Antes de a bola rolar, a jogadora de 43 anos recebeu novas homenagens nesta noite, como havia acontecido nos últimos dias. Desta vez, um vídeo com alguns dos seus melhores momentos pela seleção foi exibida no telão do estádio. Nas arquibancadas, parte de sua família acompanhou o jogo e as homenagens.

A volante, com 234 jogos e 37 gols marcados pela seleção, recebeu ainda uma placa no gramado, antes do apito inicial. Formiga é a única jogadora de futebol a estar em todas as edições da Olimpíada desde que a modalidade passou a integrar o programa olímpico. São sete Jogos Olímpicos no currículo, com duas medalhas de prata (2004 e 2008). Também foram 7 Copas do Mundo, com o vice de 2007. Ela ainda soma três ouros em Jogos Pan-Americanos.

O baixo público presente na Arena da Amazônia, contudo, só puderam ver Formiga em ação no segundo tempo. A protagonista do jogo entrou apenas na reta final da partida. E não contou com a parceria de Marta. A atacante foi convocada, mas pediu dispensa para estes amistosos da seleção por motivos pessoais.

No primeiro tempo, o Brasil parecia em condições de emplacar uma sonora goleada na limitada equipe indiana, que fez apenas quatro jogos neste ano e nenhum em 2020 - nunca disputou uma Copa ou Olimpíada. No primeiro confronto entre as duas seleções na história, o Brasil abriu o placar aos 50 segundos de jogo. Debinha precisou de duas tentativas dentro da área. Na primeira a goleira pegou, mas deu rebote e sobrou para a própria atacante completar para o gol.

Mas o fácil domínio não escondeu as fragilidades da defesa brasileira. Aos 7, a Índia empatou em sua primeira investida no ataque. Manisha Kalyan avançou pela esquerda e finalizou com tranquilidade no canto esquerdo da goleira Letícia Izidoro.

Depois do susto, o Brasil cresceu em campo. Aos 18, Duda mandou na trave. Aos 33, a bola até entrou, mas a árbitra anulou, por impedimento. Três minutos depois, a seleção chegou ao segundo gol, numa rápida trama pelo lado direito que culminou em finalização certeira de Gio, quase da marca do pênalti.

O segundo tempo começou sem Formiga em campo. A técnica Pia Sundhage promoveu três substituições, sem colocar a volante na partida. A seleção apresentou ligeira melhora e voltou a exibir atuação mais ofensiva. Aos 6, Ary Borges aproveitou passe de Debinha e mandou para o gol. O quarto gol veio dois minutos depois, com Kerolin.

Aos 17, a treinadora da seleção fez mais duas alterações. Curiosamente, Formiga não foi chamada do banco de reservas, gerando suspense nas arquibancadas. A veterana só entrou em campo aos 32, ao assumir a braçadeira de capitã da equipe, ao substituir Debinha. Pouco antes, Geyse anotou o quinto gol brasileiro, aos 30, aproveitando vacilo da defesa indiana.

Jogando como atacante, a volante Formiga chegou a ter oportunidade de gol dentro da área. Mas parou na goleira Chauhan. Na sequência, uma finalização sua iniciou a jogada do sexto gol, quando a goleira indiana deu rebote e Ary Borges completou para as redes, aos 35 minutos, selando a goleada.

A seleção fará mais dois jogos no torneio amistoso. No domingo, enfrentará a Venezuela. Na quarta-feira da próxima semana, o adversário será o Chile. Ambos os jogos estão marcados para a Arena da Amazônia.

O governo da Índia informa, em comunicado nesta terça-feira (23) que concordou em liberar 5 milhões de barris de sua reserva estratégica de petróleo. O texto informa que o fato ocorre em paralelo e em meio a consultas com outros grandes consumidores globais de energia, incluindo os Estados Unidos, a China, o Japão e a Coreia do Sul.

A Índia diz acreditar que os preços dos hidrocarbonetos "devem ser razoáveis, responsáveis e determinados pelas forças do mercado".

##RECOMENDA##

O país afirma que tem demonstrado várias vezes preocupação com a oferta de petróleo sendo "artificialmente ajustada abaixo dos níveis da demanda por países produtores", o que leva a preços mais altos e a "consequências negativas".

A Índia diz também que está atenta aos preços interno de petróleo e diesel, tendo ajustado tarifas no setor para conter pressões inflacionárias.

A nota qualifica essas reduções de tarifas como "passos difíceis" e com impacto fiscal "elevado" para o governo, mas argumenta que elas são tomadas para aliviar o quadro para a população.

Com o céu escurecido por uma nuvem de fumaça cinza, dificuldades respiratórias da população e monumentos desaparecendo por detrás da névoa, o governo indiano ordenou o fechamento de escolas por uma semana e a paralisação de obras de construção por quatro dias a partir desta segunda-feira (15), devido à situação crítica da qualidade do ar, classificada neste domingo como "muito ruim" pela principal agência de monitoramento ambiental da Índia, chamada Safar. Os funcionários públicos vão trabalhar de casa durante uma semana.

O céu da capital indiana está coberto neste domingo por uma espessa fumaça cinza e em muitos locais os níveis de poluição atingiram seis vezes além do limite de segurança.

##RECOMENDA##

Imagens de satélite da agência americana Nasa também mostraram a maior parte das planícies do norte da Índia cobertas por uma névoa espessa. Entre as muitas cidades indianas que enfrentam o problema, Nova Délhi está no topo da lista todos os anos. A crise se agrava especialmente no inverno, quando as queimadas de resíduos agrícolas nos estados vizinhos coincide com temperaturas mais baixas, que geram uma fumaça tóxica.

Essa fumaça chega a Nova Délhi, onde causa poluição em uma cidade de mais de 20 milhões de habitantes e agrava uma crise de saúde pré-existente.

A autoridade eleita de mais alto escalão da cidade, Arvind Kejriwal, disse que um bloqueio total da cidade provavelmente seria declarado, mas a decisão seria tomada após consulta ao governo federal.

Os problemas com poluição não se limitam a Nova Délhi. Em outras áreas urbanas da Índia, a má qualidade do ar tem sido associada às emissões de indústrias sem tecnologia de controle de poluição e do carvão, que ajuda a produzir a maior parte da eletricidade do país.

Na cúpula do Clima em Glasgow, a Índia pediu no sábado (13) uma mudança de última hora para chegar a um acordo final nas negociações climáticas cruciais. O país pediu para que se usasse o termo "redução" ao invés do "abandono" da energia movida a carvão. Fonte: Associated Press.

Uma enorme multidão participou alegremente no sábado de uma batalha de estrume de vaca em um vilarejo da Índia, durante o tradicional festival "Gorehabba", que acontece dois dias depois do Diwali, a maior festa religiosa do país.

Para este ritual anual, que pode ser considerado um primo distante da "Tomatina" espanhola, os habitantes começam recolhendo a "munição" fornecida pelos donos das vacas de Gumatapura, localizada na fronteira dos estados de Karnataka e Tamil Nadu.

Após a cerimônia de bênção no templo, o esterco é jogado no chão e homens e meninos de todas as idades se espalham para preparar sua munição para a batalha.

Muitos visitantes vêm a Gumatapura anualmente para participar desse ritual, na esperança de prevenir doenças, pois muitos hindus acreditam que o excremento da vaca, um animal sagrado para eles e cuja carne não consomem, tem propriedades curativas.

A Índia alcançou nesta quinta-feira (21) a marca de um bilhão de doses aplicadas da vacina contra a covid-19 - anunciou o Ministério da Saúde, seis meses após o surto devastador de contágios que deixou o sistema hospitalar do país à beira do colapso.

De acordo com o governo, quase 75% dos adultos do país, que tem 1,3 bilhão de habitantes, receberam uma dose, e quase 30% estão com a vacinação completa.

Mas centenas de milhões de indianos com menos de 18 anos, que representam quase 40% dos habitantes do segundo país mais populoso do mundo, não receberam nenhuma dose.

A Índia registrou um grande foco de contágios em abril e maio deste ano, com mais de 400.000 casos e 4.000 mortes por dia. Muitos hospitais estão saturados, e os crematórios trabalham acima de sua capacidade.

Desde então, os casos registraram queda, com menos de 20.000 contágios diários e o retorno à normalidade na maioria das atividades.

Uma das grandes cidades da Índia, Mumbai registrou, recentemente, o primeiro dia sem mortes por coronavírus desde que a pandemia chegou ao país.

O governo, que teve a imagem muito abalada com a onda letal de covid-19, pretende comemorar o número.

O primeiro-ministro Narendra Modi deve agradecer aos profissionais de saúde por seu trabalhar, e os monumentos do país serão iluminados com as cores nacionais.

"Felicidades, Índia! Este é o resultado da liderança visionária do primeiro-ministro Modi", afirmou o ministro da Saúde, Mansukh Mandaviya.

- "Menos relutância" -

Apenas a China, o país de maior população do mundo, aplicou mais doses do que a Índia, com 2,3 bilhões de inoculações de vacinas contra a covid, segundo as autoridades de Pequim.

A Índia iniciou a vacinação em janeiro. Após um início lento, atualmente aplica oito milhões de doses por dia.

"Durante a primeira onda, lembro que as pessoas questionavam se o coronavírus era real, ou não", disse Reham Ali, taxista de 49 anos de Nova Délhi que recebeu a primeira dose.

"Agora, as pessoas sabem que é, e há menos resistência. A segunda onda abriu os nossos olhos", completou.

As exportações de vacinas, que chegaram a ser interrompidas este ano, foram retomadas. As autoridades garantem que o país, chamado de "farmácia do mundo", estará em pleno funcionamento em 2022.

Na semana passada, a imprensa indiana informou que um comitê de especialistas recomendou o uso de uma vacina local (Covaxin) para as pessoas com menos de 18 anos.

Muitas restrições foram suspensas, e os indianos celebraram, recentemente, a temporada de festas religiosas hindus pela primeira vez em dois anos.

Isto gerou preocupação com um possível aumento de casos e levou o governo a insistir em que a população tome a vacina.

"É improvável que observemos uma terceira onda que seja parecida com a segunda", afirmou à AFP a médica Gangandeep Kang, da Christian Medical College, de Vellore, no sul do país.

"A única situação em que isto pode acontecer é se tivermos uma variante completamente nova do vírus. Então, aconteceria uma nova pandemia", explicou à AFP.

Oficialmente, a Índia registra 34 milhões de casos e 452.000 óbitos desde o início da pandemia. Especialistas consideram, no entanto, que o balanço do governo é muito inferior à realidade.

Quase 200 pessoas morreram na Índia e no Nepal em inundações e deslizamentos de terra causados por fortes chuvas esta semana - disseram as autoridades locais nesta quinta-feira (21), alertando sobre mais episódios de chuva forte.

Na Índia, já são 102 mortes relacionadas com as tempestades e, no vizinho Nepal, as autoridades elevaram o balanço anterior de 31 para 88 óbitos nesta quinta-feira.

Entre os mortos no Nepal está uma família de seis pessoas, incluindo três crianças, cuja casa foi soterrada por um deslizamento de terra e escombros.

"Todos os comitês de gestão de desastres estão trabalhando ativamente em operações de resgate e socorro", disse o oficial de emergência Dijan Bhattarai, observando que polícia e exército foram mobilizados.

No estado indiano de Uttarakhand (norte), na cordilheira do Himalaia, as autoridades confirmaram a morte de 55 pessoas, nove a mais do que no boletim anterior.

As chuvas intensas danificaram estradas e pontes nesta área e deixaram várias localidades isoladas. O governo também mobilizou o Exército para conseguir chegar aos milhares de habitantes incomunicáveis.

O secretário de gestão de desastres, S Murugeshan, afirmou que este balanço pode aumentar, porque ainda há muitos desaparecidos. Entre eles, estão 20 turistas que foram fazer uma excursão a uma geleira.

Cinco pessoas morreram no estado de Bengala Ocidental, no leste do país, arrastadas pelas águas nas colinas da cidade de Darjeeling. Entre as vítimas fatais, há duas meninas de oito e dez anos de uma mesma família.

"A lama, as rochas e a água que desciam pelas colinas de Darjeeling danificaram 400 casas, e milhares de pessoas foram levadas para longe dos rios", disse à AFP o ministro de Gestão de Desastres, Javed Amhed Khan.

Além disso, "centenas de turistas estão isolados em um complexo de Darjeeling (...) Os deslizamentos de terra bloquearam rodovias e estradas na região", acrescentou.

O serviço meteorológico lançou um alerta vermelho para o estado, com advertências de que as chuvas extremas vão continuar em Darjeeling e em outras cidades próximas nesta quinta-feira.

Em Kerala, no sul da Índia, onde 42 pessoas morreram desde a semana passada, o departamento meteorológico também registrou fortes chuvas em pelo menos três distritos.

strs-ash-stu/oho/zm/tt

A Índia alcançou nesta quinta-feira (21) a marca de um bilhão de doses aplicadas da vacina contra a Covid-19 - anunciou o Ministério da Saúde, seis meses após o surto devastador de contágios que deixou o sistema hospitalar do país à beira do colapso.

De acordo com o governo, quase 75% dos adultos do país, que tem 1,3 bilhão de habitantes, receberam uma dose, e quase 30% estão com a vacinação completa.

Mas centenas de milhões de indianos com menos de 18 anos, que representam quase 40% dos habitantes do segundo país mais populoso do mundo, não receberam nenhuma dose.

A Índia registrou um grande foco de contágios em abril e maio deste ano, com mais de 400.000 casos e 4.000 mortes por dia. Muitos hospitais estão saturados, e os crematórios trabalham acima de sua capacidade.

Desde então, os casos registraram queda, com menos de 20.000 contágios diários e o retorno à normalidade na maioria das atividades.

Uma das grandes cidades da Índia, Mumbai registrou, recentemente, o primeiro dia sem mortes por coronavírus desde que a pandemia chegou ao país.

O governo, que teve a imagem muito abalada com a onda letal de covid-19, pretende comemorar o número.

O primeiro-ministro Narendra Modi deve agradecer aos profissionais de saúde por seu trabalhar, e os monumentos do país serão iluminados com as cores nacionais.

"Felicidades, Índia! Este é o resultado da liderança visionária do primeiro-ministro Modi", afirmou o ministro da Saúde, Mansukh Mandaviya.

- "Menos relutância" -

Apenas a China, o país de maior população do mundo, aplicou mais doses do que a Índia, com 2,3 bilhões de inoculações de vacinas contra a covid, segundo as autoridades de Pequim.

A Índia iniciou a vacinação em janeiro. Após um início lento, atualmente aplica oito milhões de doses por dia.

"Durante a primeira onda, lembro que as pessoas questionavam se o coronavírus era real, ou não", disse Reham Ali, taxista de 49 anos de Nova Délhi que recebeu a primeira dose.

"Agora, as pessoas sabem que é, e há menos resistência. A segunda onda abriu os nossos olhos", completou.

As exportações de vacinas, que chegaram a ser interrompidas este ano, foram retomadas. As autoridades garantem que o país, chamado de "farmácia do mundo", estará em pleno funcionamento em 2022.

Na semana passada, a imprensa indiana informou que um comitê de especialistas recomendou o uso de uma vacina local (Covaxin) para as pessoas com menos de 18 anos.

Muitas restrições foram suspensas, e os indianos celebraram, recentemente, a temporada de festas religiosas hindus pela primeira vez em dois anos.

Isto gerou preocupação com um possível aumento de casos e levou o governo a insistir em que a população tome a vacina.

"É improvável que observemos uma terceira onda que seja parecida com a segunda", afirmou o médico Gangandeep Kang, da Christian Medical College, de Vellore, no sul do país.

"A única situação em que isto pode acontecer é se tivermos uma variante completamente nova do vírus. Então, aconteceria uma nova pandemia", explicou à AFP.

Oficialmente, a Índia registra 34 milhões de casos e 452.000 óbitos desde o início da pandemia. Especialistas consideram, no entanto, que o balanço do governo é muito inferior à realidade.

A Índia teme que o retorno dos talibãs ao poder no Afeganistão represente uma injeção de ânimo para os rebeldes na Caxemira controlada por Nova Délhi, uma região de população majoritariamente muçulmana onde a tensão aumenta.

Durante a cúpula do G20 realizada esta semana em Roma, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, pediu que a comunidade internacional realize maiores esforços para garantir que o Afeganistão não se transforme em refúgio para "a radicalização e o terrorismo".

Desde a chegada dos talibãs ao poder, em meados de agosto, a Caxemira vive um aumento da tensão, com ataques de rebeldes contra civis, ataques das forças de segurança contra esconderijos dos insurgentes e infiltrações através da linha de cessar-fogo entre Índia e Paquistão.

Confrontos entre rebeldes e forças do governo deixaram hoje seis mortos na parte indiana da Caxemira, segundo autoridades. Dois militantes da Frente de Resistência, incluindo um comandante, foram mortos nos arredores da cidade de Srinagar.

Horas depois, homens armados mataram um vendedor ambulante e outro trabalhador, e dois soldados perderam a vida em um tiroteio perto da linha de separação entre as Caxemiras indiana e paquistanesa.

A administração da Caxemira é dividida por Índia e Paquistão desde a independência de ambos do Reino Unido em 1947. Os dois países, no entanto, reivindicam a totalidade da região, situada no Himalaia, como parte de seu território.

Há mais de três décadas, grupos rebeldes enfrentam o Exército indiano e reivindicam a independência da Caxemira, ou a sua fusão com o Paquistão.

A Índia não relaciona abertamente a responsabilidade pelo aumento da violência com a chegada dos talibãs ao poder no Afeganistão, mas aumentou suas patrulhas perto da Caxemira paquistanesa, disseram à AFP moradores da região e responsáveis das forças de segurança.

- Risco de infiltrações -

Modi, que também manifestou suas preocupações ao presidente dos Estados Unidos Joe Biden, declarou em setembro na Assembleia Geral da ONU que nenhum país deveria ser autorizado a utilizar o Afeganistão "para seus próprios interesses egoístas".

Esse comentário foi percebido como uma alusão ao Paquistão, o principal apoiador dos talibãs, desde quando estes comandaram o Afeganistão entre 1996 e 2001.

O Paquistão, no entanto, ainda não reconheceu o novo governo talibã, mas a Índia acusa Islamabad de ajudar os grupos islamistas paquistaneses Lashkar-e-Taiba e Jaish-e-Mohammad, responsáveis por numerosos ataques na Caxemira, uma acusação rejeitada pelo Paquistão.

A Índia apoiou o governo comunista afegão até sua derrubada pelos mujahedines (combatentes islamitas), em 1992. Em 2001, Nova Délhi ajudou os Estados Unidos e seus aliados a derrubar o regime talibã. Agora, com o retorno dos islamitas ao poder, a Índia teme novas infiltrações de armas e combatentes na Caxemira.

"Tirando lições do passado, podemos dizer que, quando o regime anterior dos talibãs estava no poder, tínhamos terroristas estrangeiros de origem afegã em Jammu-Caxemira", a região controlada pela Índia, declarou o chefe do Estado-Maior do Exército indiano, o general Manoj Mukund Naravane. "Agora, temos todos os motivos para pensar que isso irá acontecer novamente", acrescentou.

Um homem, identificado como Sooraj Kumar, de 28 anos, foi condenado à prisão perpétua pelo assassinato de sua esposa. Para que as pessoas pensassem se tratar de um acidente e ele tivesse que devolver o dote de cerca de US$ 20 mil - além de um carro - ele utilizou duas cobras najas, que são altamente venenosas, em duas oportunidades.

O crime aconteceu em 2020, na Índia, mas a sentença só saiu nesta semana. No mês de março do ano passado, Kumar soltou pela primeira vez a cobra no quarto da mulher, que foi picada e precisou passar dois meses no hospital.

##RECOMENDA##

Recuperada, ela foi levada para a casa dos pais, onde o acusado levou - mais uma vez - uma outra cobra naja e jogou no quarto enquanto a vítima dormia. Para ter certeza que tudo ia sair como desejava, ele acompanhou toda ação da cobra. A mulher, por sua vez, não resistiu e morreu.

Segundo o NY Posto, um dos promotores classificou o caso como "mais raro dos raros" pelo modo que foi planejado e executado pelo acusado.

Kumar só foi considerado suspeito quando tentou assumir o controle de suas propriedades após a morte da esposa, sendo acusado pelos promotores de se casar com a indiana para conseguir ganhos financeiros da família da mulher. 

O tratador de cobras, identificado como Suresh, também foi preso por ter sido o responsável por fornecer as cobras para que Kumar matasse a esposa. 

A principal temporada de festivais religiosos da Índia voltou com força, com multidões lotando os mercados e feiras pela primeira vez em dois anos, apenas seis meses após um surto devastador da Covid-19.

O vírus ainda mata mais de 200 pessoas por dia neste país de 1,3 bilhão de pessoas, mas é bem menos do que as 4 mil mortes diárias entre abril e maio.

##RECOMENDA##

A maior parte das atividades voltou ao normal, e a Índia já aplicou quase 1 bilhão de doses de vacinas, com cerca de 75% da população pelo menos parcialmente inoculada.

A temporada festiva da Índia inclui as celebrações de Durga Puja, Dussehra e Diwali, grandes festivais hindus comemorados em todo o país com cor e exuberância.

É a época em que as pessoas gastam mais em roupas, doces, veículos e outros bens de consumo, vitais para levantar a conturbada economia indiana, a sexta maior do mundo.

Nesta quinta-feira (14), em Calcutá, multidões desfilaram pelos coloridos "pandales", estruturas temporárias para instalar figuras da deusa hindu Durga.

Na cidade tentacular, capital do estado de Bengala Ocidental, agentes de trânsito usavam alto-falantes para lembrar, em vão, sobre o distanciamento social seguro.

Muitos participantes, porém, usavam máscaras.

"É tempo de festa, então as pessoas vão vir para aproveitar. Agora não há restrições, o governo nos autorizou (para comemorar), então estamos aproveitando", disse Aradhana Gupta à AFP.

Outra participante, Riya Tai, lamentou não ter podido participar do festival no ano passado, quando as restrições ao vírus estavam em vigor.

"Agora estou feliz, embora a multidão seja excessiva. Estou suando como louca, mas estou gostando", comentou entre a batida de tambores e o som da música.

Os estados vizinhos de Bihar e Assam também receberam grandes multidões, bem como os estados ocidentais de Maharashtra e Gujarat.

O governo do primeiro-ministro Narendra Modi lançou uma campanha chamada "Missão 100 Dias" na segunda-feira, para lembrar a necessidade de prevenir um surto de Covid-19.

"Estamos pedindo aos estados que fiquem muito vigilantes nos próximos 100 dias e garantam que o comportamento preventivo seja observado", disse um funcionário público ao Hindustan Times.

"Só então poderemos salvar o país de uma retomada inesperada de casos", acrescentou.

Para o especialista em saúde comunitária Rajib Dasgupta, a alta cobertura de vacinação pode proteger o país de um novo surto, a menos que surja uma variante altamente contagiosa.

Uma fraude para admitir candidatos em um concurso de professores foi descoberto pela polícia e, pelo menos, cinco pessoas foram presas nos locais de prova com fones de ouvidos de difícil identificação e chinelos 'recheados' com dispositivos Bluetooth. O esquema burlou as medidas de seguranças e até mesmo a suspensão do serviço de telefonia móvel no domingo (26).

De acordo com o jornal Times of India, o caso ocorreu no certame para contratação de profissionais para exercer o magistério no estado do Rajastão. Os suspeitos equiparam chinelos com um pequeno dispositivo de chamada conectado a um cartão SIM entre o solado e a área de contato com o pé.

##RECOMENDA##

Fora dos pontos de aplicação, criminosos passavam informações para que os candidatos tivessem um bom rendimento nas questões. Policiais estranharam a movimentação e descobriram o golpe.

O líder do esquema foi identificado como Tulsi Ram Kaler, proprietário de um centro de treinamento para concursos. Ele está foragido e dois integrantes da quadrilha foram autuados junto com três candidatos.

Dezenas de milhares de pessoas foram evacuadas em três estados da Índia antes da chegada do ciclone Gulab à costa leste do país, que está prevista para a noite deste domingo (26), informaram as autoridades.

O ciclone, com ventos previstos de até 95 km/h, tocará o solo entre os dois estados litorâneos de Odisha e Andhra Pradesh, segundo o departamento meteorológico indiano. Além disso, a tormenta estará acompanhada por "chuvas extremamente violentas", acrescentou o órgão.

As autoridades dos dois estados ameaçados pediram aos moradores que vivem perto da costa que busquem refúgio e enviaram centenas de socorristas à região.

Por sua vez, as autoridades de Bengala Ocidental, ao norte de Odisha, afirmaram que também tomarão precauções, apesar de não haver previsão de que o estado seja afetado diretamente.

"Já evacuamos mais de 20 mil pessoas para escolas e edifícios governamentais que foram convertidos em abrigos anticiclone", declarou à AFP um funcionário do alto escalão, Bankim Hazra.

Em Odisha, a evacuação já começou em sete distritos, segundo o funcionário local PK Jena. Já em Andhra Pradesh, 85 mil pessoas serão deslocadas.

A cada ano, surgem cada vez mais ciclones no Oceano Índico, um fato que os cientistas atribuem às mudanças climáticas.

Uma mulher ficou famosa nas redes sociais na última quinta-feira (16) após comprar todos os assentos da cabine da classe executiva de uma aeronave Airbus A320 para que seu cão pudesse viajar. O pet, da raça maltês, foi tripulante do voo AI 671, da Air India. As informações são do jornal Times Of India.

A viagem partiu de Mumbai e teve como destino final a cidade de Chennai, capital do estado de Tamil Nadu, localizada no leste do país asiático, e durou aproximadamente duas horas. Para que o cãozinho estivesse confortável durante o percurso, a mulher desembolsou US$ 3.400, o equivalente a R$ 18 mil na cotação atual.

##RECOMENDA##

O espaço reservado pela cuidadora do animal tem 12 assentos, mas a quantidade pode variar, já que a configuração da aeronave muda com base nos critérios adotados pela empresa aérea. Procurada pelo jornal, a Air India preferiu não comentar o caso inusitado.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) recebeu mais uma rodada de sequenciamento genético de amostras de pacientes confirmados para a Covid-19 feito pelo Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz PE). Este relatório de circulação de linhagens, divulgado na sexta-feira (10), no entanto, difere dos anteriores pelo fato das amostras analisadas já terem algum tipo de suspeita para a variante Delta, sendo esse o critério de seleção.

Das 22 amostras sequenciadas, 15 (68,1%) foram de pacientes infectados com a linhagem Delta, sendo 14 de pacientes provenientes das cidades pernambucanas de Araçoiaba (1), Caruaru (4), Escada (1), Jaboatão dos Guararapes (1), Jataúba (2), Quipapá (1), Recife (3) e Fernando de Noronha (1), além de 1 pacientes de outro estado: São Paulo/Ubatuba (1), turista que foi testado e notificado por Fernando de Noronha.

##RECOMENDA##

Entre os 15 casos da variante Delta, sete foram em pessoas do sexo masculino e oito do sexo feminino, com idades entre 11 e 75 anos. As faixas etárias são: 10 a 19 (3), 20 a 29 (3), 30 a 39 (3), 40 a 49 (2), 50 a 59 (2), 60 a 69 (1) e 70 a 79 (1).

Das amostras que positivaram para a variante Delta, 14 foram notificados no sistema de informação dos casos leves. Os municípios de origem foram orientados a investigar e acompanhar os casos. Com isso, até agora, o Estado totaliza 29 pessoas infectadas por essa linhagem.

Foi registrado apenas um paciente grave, com quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), que veio a óbito no dia 23 de agosto. O paciente, que era morador do Recife, de 75 anos, tinha comorbidades como diabetes, doença cardiovascular crônica e portador de marcapasso. 

Já os outros sete foram identificados como da linhagem e sublinhagem Gamma (31,8%). Esses pacientes eram dos municípios de Fernando de Noronha (2), Frei Miguelinho (3) e Paulista (1), além de 1 do Rio Grande do Norte/Mossoró. Todas as coletas dos materiais biológicos para esta rodada de sequenciamento genético.

HISTÓRICO - Além dos 15 novos casos registrados na sexta-feira, quatro foram confirmados no último dia 2 de setembro de pacientes provenientes das cidades de Olinda (1), Ipojuca (1), Caruaru (1) e Araripina (1). No último dia 27.08, foram confirmados 8 casos da variante em pessoas residentes dos municípios do Recife (5), Olinda (1), Cabo de Santo Agostinho (1) e Exu (1). Antes disso, no dia 18.08 foram confirmadas 2 amostras com a cepa originária da Índia, de pessoas residentes de Abreu e Lima (1) e Olinda (1), que adoeceram em julho.

Da assessoria

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pretende criar, nos próximos dias, uma cúpula que coordenará posições e ações de grandes países sobre a pandemia e a vacinação contra a Covid-19. O Brasil, segundo fontes no Itamaraty, está no radar do democrata para integrar o grande grupo, apesar de um histórico tenso com relação ao negacionismo científico e contra medidas sanitárias acordadas cientificamente em todo o mundo. A informação foi confirmada à coluna de Jamil Chade, por membros do Ministério, que disseram que consultas foram realizadas por americanos sobre a participação do governo brasileiro.

Na Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto, porém, não há confirmação sobre a presença do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que até hoje não se vacinou. O objetivo de Biden é aproveitar a Assembleia Geral da ONU, que ocorre na semana que vem, para fechar de uma maneira paralela um compromisso global de governos para que haja uma maior distribuição de vacinas e um aumento de produção. Já está confirmada a presença do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que poderá anunciar durante o evento a retomada de exportações de vacinas da Índia.

##RECOMENDA##

O país asiático era a grande aposta de fornecimento de doses pelo mundo. Mas, diante de um avanço importante da covid-19 em suas cidades, as autoridades indianas optaram por impedir as exportações de doses em abril de 2021. A medida ampliou o desabastecimento mundial e aprofundou a crise entre países ricos e países em desenvolvimento. Hoje, a OMS insiste que o "apartheid de vacinas" é uma realidade. Enquanto o continente africano conta com apenas 2% das 5,7 bilhões de doses administradas, começa a sobrar vacina nos países ricos.

No caso brasileiro, a OMS considera que o país tem o potencial de ser um dos futuros pilares da exportação de doses, a partir de 2022 e principalmente para a América Latina, região que também sofre com o desabastecimento. Em sua única entrevista exclusiva a um jornal brasileiro, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, insistiu há duas semanas que a solução para a pandemia passa por ampliar a produção de vacinas e "compartilhar mais". Nessa estratégia, uma das apostas é garantir uma maior produção de doses no Brasil, inclusive para iniciar exportações e fornecimento para a região latino-americana.

"O Brasil pode ajudar a si mesmo e ajudar muitos países", disse. "O Brasil tem a capacidade e estamos falando com Fiocruz e Butantan, além de trabalhar com o Ministério da Saúde", explicou. Depois de falar com o UOL, Tedros subiu ao palco de um evento internacional e, em seu discurso para líderes, citou a conversa com a reportagem do UOL. "Acabei de conversar com um jornalista brasileiro e a mesma pergunta volta. Quando vai terminar a pandemia? Quando o mundo escolher acabar com ela. Está em nossa mão", completou.

A Ford Motor anunciou nesta quinta-feira (9) que vai parar de fabricar veículos na Índia e eliminar cerca de 4 mil empregos, como parte de uma reestruturação de suas operações locais, que vêm dando prejuízo.

Em comunicado, a montadora americana disse que vai interromper a produção de veículos para venda no mercado indiano imediatamente.

##RECOMENDA##

Já a produção de veículos para exportação será descontinuada gradualmente, até meados de 2022.

A Ford disse esperar que as mudanças gerem encargos antes de impostos de cerca de US$ 2 bilhões, incluindo US$ 600 milhões este ano e mais US$ 1,2 bilhão no próximo.

Por volta das 8h25 (de Brasília), a ação da Ford operava em baixa de 0,8% nos negócios do pré-mercado em Nova York.

Dezenas de milhares de agricultores indianos se reuniram perto de Nova Delhi neste domingo (5) para exigir a abolição de novas leis que, segundo eles, ameaçam os pequenos produtores.

"Agricultores, trabalhadores, unidade!", gritavam os manifestantes, usando lenços verdes e amarelos - símbolos da colheita e dos campos de mostarda - e agitando bandeiras da Índia e de sindicatos de agricultores.

##RECOMENDA##

Os manifestantes, reunidos em Muzaffarnagar, no estado de Uttar Pradesh (nordeste), eram cerca de 50 mil, segundo um fotógrafo da AFP no local.

Desde o final de novembro, esses agricultores se manifestam nas estradas que levam a Nova Delhi, em um movimento que representa um dos maiores desafios para o governo do primeiro-ministro Narendra Modi desde que ele assumiu o poder em 2014.

Os manifestantes permanecem firmes em sua intenção de protestar até que o governo revogue as novas leis agrícolas. Eles convocaram uma greve nacional em 27 de setembro.

"Nós, agricultores, não somos o tipo de pessoa desanimada. Trabalhamos dia e noite, faça chuva ou faça sol. Não cederemos até que as leis sejam revogadas", disse um dos manifestantes, o advogado Amit Chaudhary Jr., filho de um agricultor, à AFP.

As reformas votadas em setembro de 2020 autorizam os agricultores a vender seus produtos para compradores de sua escolha, e não em mercados controlados pelo Estado que garantem um preço mínimo para alguns produtos.

Muitos agricultores acreditam que essa liberalização de preços os forçará a vender seus produtos mais baratos para grandes empresas.

Várias tentativas de negociação com as autoridades foram realizadas, mas sempre falharam.

Um adolescente de 15 anos injetou mercúrio nas veias na tentativa 'de se tornar' o Wolverine, personagem do filme X-men. O caso, que aconteceu na Índia, foi relatado por médicos ao Centro Nacional de Informação sobre Biotecnologia (NCBI, na sigla em inglês).

O garoto, que não foi identificado, chegou ao hospital com várias feridas não cicatrizadas no antebraço esquerdo, com o trauma indicando inserção do objeto pontiagudo.

##RECOMENDA##

Um documento da instituição mostra que a equipe médica suspeitou de início abuso de substância ilícita pelo jovem. No entanto, um exame psiquiátrico mostrou que houve uma injeção subcutânea intencional de mercúrio, por pelo menos três vezes no antebraço esquerdo. 

Além disso, o texto mostra que o mercúrio teria sido obtido após a quebra de um termômetro e de um medidor de pressão. O adolescente admitiu a inspiração no Wolverine, que tem o esqueleto revestido por uma liga de metal indestrutível.

A Índia vacinou 10 milhões de pessoas contra a Covid-19 em apenas um dia, um recorde, anunciaram neste sábado as autoridades do país asiático, que tenta lutar contra uma nova onda anunciada da epidemia.

O primeiro-ministro Narendra Modi celebrou o que chamou de "proeza memorável", que aconteceu na sexta-feira neste país de mais de 1,3 bilhão de pessoas, o segundo mais populoso do mundo.

##RECOMENDA##

"Felicitações aos que se vacinaram e aos que transformaram em sucesso esta campanha", escreveu Modi no Twitter.

O governo indiano, muito criticado após uma brutal expansão da epidemia que provocou mais de 200.000 mortes em abril e maio, espera vacinar 1,1 bilhão de pessoas até o fim de 2021. Mas o objetivo enfrenta obstáculos devido à escassez e aos erros administrativos. Desde o início da campanha, apenas 15% da população foi vacinada.

Apesar das advertências dos especialistas, quase todas as restrições foram suspensas e o número de contágios subiu com força - 46.000 novos casos neste sábado -, o que está provocando o colapso das infraestruturas de saúde.

A Índia é um dos países mais afetados pela covid-19, com mais de 32 milhões de casos confirmados e mais de 437.000 mortes.

O mundo científico está discutindo a necessidade da dose de reforço das vacinas contra a Covid-19. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu dois pedidos de autorização para pesquisa clínica a fim de investigar os efeitos de uma dose de reforço contra o novo coronavírus. 

O primeiro estudo é da Pfizer/BioNTech, que avalia a segurança e o benefício de uma dose de reforço da sua vacina Comirnaty. O segundo caso é do laboratório AstraZeneca, que desenvolveu uma segunda versão do imunizante que está em uso no Brasil, buscando a proteção contra a variante B.1.351 do Sars-CoV-2, identificado primeiro na África do Sul.

##RECOMENDA##

Um dos braços do estudo prevê que uma dose da nova versão da vacina seja aplicada em pessoas que foram vacinadas com duas doses da versão original da AstraZeneca. 

Diante do atual cenário pandêmico do país, que enfrenta o avanço da variante Delta, A Anvisa está recomendando que o Programa Nacional de Imunização (PNI) considere a possibilidade de indicar a dose de reforço da CoronaVac em caráter experimental para grupos que receberam duas doses da mesma vacina, priorizando públicos-alvo como pacientes imunocomprometidos ou idosos. 

A diretora da Anvisa, Meiruze Freitas, alerta que antes do avanço das doses adicionais, é preciso atentar para a necessidade de ampliação e integralidade da cobertura vacinal para todos os cidadãos aptos. "É prioritário que essa cobertura seja integral, com a aplicação de duas doses ou dose única, conforme a vacina", avalia.

O que mostra os estudos

Dois estudos feitos pela farmacêutica Sinovac, que produz a CoronaVac em parceria com o Instituto Butantan, verificou que a dose de reforço da vacina aumenta a imunidade das pessoas, seja 28 dias, seis ou oito meses após a aplicação das duas primeiras doses. 

Para esses primeiros resultados, a Sinovac testou adultos chineses de 18 a 59 anos e idosos acima dos 60 anos. Nenhum dos estudos verificou efeitos adversos graves nos pacientes, sendo comum apenas a dor no local da aplicação do imunizante.

Ministro confirma 3ª dose

Na última quarta-feira (18), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que a pasta irá aplicar a dose de reforço, começando pelos profissionais da saúde e idosos. Queiroga diz que o objetivo é reforçar a proteção contra a Covid-19 diante do avanço de variantes no Brasil, em especial a Delta - considerada mais letal.

Ao LeiaJá, o Ministério da Saúde "informou que ainda não tem uma data de quando esse reforço deve começar no país e que espera por dados científicos que embasem a necessidade da terceira dose. A pasta não disse se dispõe de doses suficientes para iniciar este reforço, se haverá a necessidade da compra de mais imunizantes e qual vacina será necessária para essa maior cobertura da imunização”.

Reforço começa no Rio

O secretário municipal do Rio de Janeiro disse na última segunda-feira (16), que idosos da Ilha de Paquetá irão receber, ainda neste mês, a dose de reforço contra o novo coronavírus. As doses serão aplicadas como parte do estudo realizado na ilha, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz. 

Esta terceira dose fará parte do estudo de observação dos efeitos da vacinação heteróloga, quando são aplicadas doses de vacinas diferentes em uma mesma doença.

Avanço da variante Delta no Brasil

Recente levantamento do Ministério da Saúde mostra que o Brasil já confirmou 1.051 casos da variante Delta, que deixou 41 vítimas fatais. Esta cepa da Covid-19 é considerada mais transmissível que as outras e mais letal. A variante já circula em 13 estados e no Distrito Federal. 

Na quarta-feira (20), o Governo de Pernambuco confirmou que as investigações epidemiológicas realizadas pelos municípios indicam que a variante Delta já circula no território. No dia 12 de agosto, a Secretaria de Saúde divulgou que dois homens, de 24 e 59 anos, tiveram as suas amostras positivas para a variante. Eles são moradores de Olinda e Abreu e Lima.

Ainda não foi possível rastrear a origem da infecção em Pernambuco, o que - segundo a Secretaria de Saúde - comprova que o vírus circula entre as pessoas, independente de terem viajado ou não para locais onde há registros de casos. 

“Com os resultados encontrados até o momento, não conseguimos identificar os casos que positivaram para a doença antes desses pacientes. Seguiremos reforçando o sequenciamento genético das amostras, principalmente dos contactantes relacionados aos dois pacientes, para rastrear a possível presença da Delta no Estado”, reforçou o secretário estadual de Saúde, André Longo.

O secretário destacou ainda que a circulação da variante Delta em Pernambuco reforça a importância dos cuidados e, principalmente, da vacinação contra a Covid-19. 

“É fundamental que a população entenda a necessidade do uso correto de máscaras, do distanciamento social e da higienização adequada das mãos. É necessário compromisso e responsabilidade. A pandemia não acabou. O vírus continua circulando, com a introdução de variantes preocupantes, como é o caso da Delta. Completar o esquema vacinal, com as duas doses, é essencial para a eficácia da imunização", ressaltou Longo. 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando