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A indústria paulista criou 2 mil postos de trabalho em fevereiro, na série sem ajuste sazonal. O resultado é 0,10% maior do que em janeiro e o melhor registrado para o período desde 2014, quando haviam sido criadas 7,5 mil novas vagas. Segundo os dados do Nível de Emprego do Estado de São Paulo, divulgados hoje (14) pela Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp), as vagas novas totalizam 12,5 mil no acumulado do ano, um aumento de 0,59%. Na série com ajuste sazonal, o índice ficou estável: -0,03%.

Os dados mostram que, entre os 22 setores acompanhados, dez ficaram positivos no mês de fevereiro; três estáveis e nove negativos. Entre os positivos, os destaques são: coque, derivado do petróleo e biocombustíveis, com geração de 1.030 postos de trabalho, seguido por confecção de artigos do vestuário e acessórios (1.019). Os negativos são produtos de borracha e de material plástico (-1.408) e produtos diversos (-622).

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Segundo a apuração mensal, a variação no mês ficou positiva no interior paulista (0,27%). Já na Grande São Paulo, houve queda (-0,35%). Nas 21 diretorias regionais que apresentaram alta, destacam-se: Franca (2,80%), onde o resultado foi influenciado pelo setor de artefatos de couro e calçados (5,13%) e coque, petróleo e biocombustíveis (2,27%); Mogi das Cruzes (2,03%), cujo desempenho foi impulsionado por produtos de minerais não metálicos (1,62%) e máquinas e equipamentos (1,72%); e Araraquara (1,35%), em que o aumento foi puxado por produtos alimentícios (1,26%) e produtos de borracha e plástico (3,10%).

"Chega de Engolir Sapo" é o nome da campanha lançada nesta terça-feira (13) durante reunião entre o presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf, e líderes da indústria, do comércio, dos serviços e da agricultura que representam milhares de empresas e milhões de empregos. A ideia é combater "os juros mais altos do mundo", cobrados dos consumidores brasileiros.

Skaf destacou a importância do dia e lembrou a semelhança com o início, em setembro de 2015, da campanha Não Vou Pagar o Pato, que virou símbolo do polêmico impeachment de Dilma. "O Sapo inicia hoje sua carreira, seu trabalho, sua missão", afirmou. "Quanto ao Pato, está recolhido, disse, mas pronto para sair às ruas caso haja qualquer ameaça de aumento de impostos". completou.

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O alvo da campanha está nos juros cobrados pelos bancos de consumidores. "O foco é no que as pessoas, o povo, estão pagando", disse Skaf, que mostrou a diferença entre o que paga uma aplicação financeira básica, a caderneta de poupança, e o que é cobrado pelo cheque especial. "A pessoa que tivesse depositado dez anos atrás R$ 100 na caderneta teria hoje R$ 198,03, enquanto uma dívida de R$ 100 também contraída dez anos atrás representaria hoje mais de quatro milhões de reais".

As ações iniciais da campanha, no dia de seu lançamento, incluíram anúncios em jornais, assinados pela Fiesp e pelo Ciesp, a distribuição de folhetos explicativos nas portas de bancos na avenida Paulista por 150 pessoas vestidas como sapos e a divulgação no Facebook. Sapos gigantes foram posicionados na entrada do prédio da Fiesp.

"Não dá para aceitar que as coisas continuem assim", disse Skaf. "Juros altos diminuem o investimento das empresas, afastam as famílias de seus sonhos e emperram o crescimento do país. O crédito a preço justo é uma demanda inadiável. Chega de engolir sapo. Diga não aos juros mais altos do mundo", finalizou.

As encomendas à indústria da Alemanha caíram 3,9% em janeiro ante dezembro, no cálculo ajustado, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (8) pela agência de estatísticas do país, a Destatis. O resultado frustrou analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam queda bem menor nas encomendas, de 1,5%.

Apenas as encomendas externas tiveram forte contração de 4,6% em janeiro em relação ao mês anterior, enquanto as encomendas domésticas recuaram 2,8%.

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Na comparação anual e desconsiderando-se ajustes, a indústria alemã registrou expansão de 9,5% nas encomendas de janeiro, informou a Destatis. Fonte: Dow Jones Newswires.

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial da zona do euro caiu de 59,6 em janeiro para 58,6 em fevereiro, segundo dados finais publicados hoje pela IHS Markit. O resultado veio um pouco acima da prévia de fevereiro e da previsão de analistas consultados pela Dow Jones Newswires, de 58,5 em ambos os casos.

Apesar da queda, a leitura consideravelmente acima da marca de 50 sugere que a manufatura na zona do euro continuou se expandindo em ritmo forte no mês passado. Com informações da Dow Jones Newswires.

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Graças a um mercado de segunda mão em plena expansão, os smartphones são cada vez mais reutilizados, mas a indústria continua longe de se tornar verde por falta de uma reciclagem em grande escala.

Na abertura do Mobile World Congress (MWC) em Barcelona, na segunda-feira, uma obra de arte de rua instalada por associações ambientalistas questionava os visitantes sobre seu papel no aumento dos resíduos tecnológicos no mundo.

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"As pessoas adoram a tecnologia (...) mas nossa obsessão tem seu lado obscuro: as montanhas de resíduos eletrônicos que saem de nossas cidades e vão parar em lixões na África e Ásia", denunciou em um comunicado a federação ambientalista europeia EEB.

Pequenos aparelhos como os smartphones, que são trocados em média a cada dois anos, representam uma parte cada vez maior destes resíduos: 9% em 2016, em comparação com 7% em 2014, segundo um relatório da ONU. Mas a situação está começando a mudar lentamente.

"Existe um forte crescimento do mercado dos smartphones reutilizados", explicou Bertrand Grau, analista de tecnologia da Deloitte, que prevê que as vendas dos aparelhos de segunda mão aumentarão 20% por ano entre 2015 e 2020. Este aumento é impulsado pelos consumidores, que relutam em pagar preços altos por novos aparelhos que oferecem poucas inovações.

"Os telefones se tornam cada vez mais caros, mais de 1.000 euros por um iPhone X, mas as marcas estabelecidas são mais atrativas, de modo que as pessoas preferem comprar um telefone Apple renovado que um de marca chinesa mais econômico", disse Grau.

Programas de troca

Assim, as marcas estão ampliando sua oferta de programas para trocar velhos telefones por modelos novos ou dinheiro. "Mesmo que você recupere 50 dólares, vale a pena. Hoje em dia, se tornou uma prática comum no mundo", indicou Biju Nair, chefe de Hyla, uma empresa emergente com sede no Texas que participa no MWC.

A Hyla e outras empresas similares fornecem aos operadores softwares para checar o estado do celular, verificar que não foi roubado, apagar todas as suas informações e torná-lo reutilizável. Há cinco anos "a concorrência é crescente no setor", apontou Pasi Philman, diretor comercial da finlandesa Piceasoft.

A start-up Volpy criou um aplicativo que compra os telefones diretamente dos usuários e envia um mensageiro para recolhê-los. "Nos demos conta de que os smartphones com valor de mercado não eram reciclados, quando existia um interesse dos consumidores em fazer isso", disse seu presidente executivo, Marc Simeoni.

Um primeiro passo

O sistema, de qualquer forma, é incipiente: só entre 20% e 25% dos telefones vendidos na América do Norte são reutilizados, por exemplo, e entre 7% e 15% na França. De todos os modos "é um primeiro passo: conservar os telefones por um tempo maior é uma boa prática, tenha sido comprado de primeira ou segunda mão", disse Elizabeth Jardim, do Greenpeace nos Estados Unidos.

Um telefone celular é fabricado com cerca de 50 materiais diferentes, alguns deles extraídos de nações em conflito como a República Democrática do Congo. Além disso, para sua elaboração se utiliza muita energia, normalmente combustíveis fósseis, já que 60% dos telefones são fabricados na China, dependente do carvão.

Mas a verdadeira reciclagem dos materiais dos telefones continua sendo mínima. Só 20% dos resíduos eletrônicos são reciclados, segundo a ONU. "O que dificulta a situação é o desenho dos telefones, incrivelmente frágeis (...) e muitas vezes concebidos para serem de difícil reparação", disse Jardim.

Diante desta problemática, os esforços das grandes empresas foram mínimos. A Apple prometeu aumentar o uso de materiais metálicos reciclados, enquanto a HP e a Dell procuram reutilizar o plástico. Mas "não é suficiente", acrescentou Jardim.

Ao contrário do setor residencial, que a partir de agora terá reajustes trimestrais, os consumidores industriais e comerciais do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) vão continuar com imprevisibilidade em relação ao preço do combustível e cronograma de revisões. De junho do ano passado até dezembro, os reajustes médios da Petrobrás nesse segmento somaram 34%, segundo dados do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de GLP (Sindigás).

A sequência dos aumentos abalou o caixa dos consumidores que dependem do combustível para produzir e provocou uma queda de 1,44% no consumo do gás até novembro do ano passado. A escalada dos preços chega num momento delicado da economia e do setor empresarial, que lentamente se recupera de uma grave recessão.

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Para as companhias, o cenário é complicado e sem muitas alternativas. Se de um lado o preço do gás não para de subir, a outra opção seria enfrentar o encarecimento da energia elétrica (combustível que poderia substituir o gás). Mas, apesar disso, algumas empresas estudam mudanças na matriz energética.

No passado, como o preço da eletricidade estava muito alto, alguns estabelecimentos converteram os equipamentos para gás, que era mais vantajoso por causa do preço. Hoje, no entanto, pegam o caminho inverso. Na empresa de Vicente Silva, dono de uma rede de panificadoras no Vale do Paraíba, 70% da produção era movida a gás e 30%, à energia elétrica. Com a alta do preço do gás, esse mix está em 50% cada. "Antes era 100% a eletricidade, mas trocamos os equipamentos para gás e agora somos obrigados a rever essa política", diz Silva.

Mas nem todos tem essa opção. A proprietária da Mister Clean Lavanderia Industrial, Simone Montenegro, diz que a conversão das secadoras para energia elétrica significaria o fechamento do negócio. "Já fizemos essa tentativa, mas é inviável. Não temos saída." Ela conta que, além de sofrer com os aumentos diretos do GLP, ainda tem de incorporar nos custos o avanço dos preços dos fornecedores pelo mesmo problema.

Atualmente há dois grandes segmentos de GLP. O P-13 é o botijão de 13 quilos vendido sobretudo para o consumidor residencial. O industrial e comercial usam o gás a granel, que são aqueles botijões maiores, fixos e que são abastecidos localmente. Os aumentos mensais ocorreram nos dois segmentos para repassar o preço praticado no mercado internacional.

Subsídio. O presidente do Sindigás, Sergio Bandeira de Mello, critica a política da Petrobrás e acusa a estatal de promover um subsídio cruzado entre o residencial e o industrial/comercial. Os aumentos promovidos nos últimos meses foram feitos baseados nos preços internacionais. Para o executivo, o valor do GLP para as empresas está 36% acima da paridade internacional (que considera os custos de fretes e outros componentes). Enquanto isso, o valor do P-13, para o residencial, está 5,2% abaixo da paridade.

A Petrobrás diz que os preços do gás para o consumo residencial obedecem uma resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que "reconhece como de interesse para a política energética nacional a comercialização" de GLP "a preços diferenciados e inferiores aos praticados para os demais usos".

O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbic), Adriano Pires, não condena a política da Petrobrás de acompanhar o preço do mercado internacional, mas ele avalia que é preciso cortar os subsídios nessa área. "O produto é o mesmo para o residencial e para as empresas, então o preço tem de ser igual." Pires afirma que não se pode usar combustível para fazer distribuição de renda, uma vez que quem usa GLP pode ser o consumidor pobre ou rico. "Se é para ter subsídio, então que recriem o vale-gás."

As empresas que dependem do combustível criticam a falta de previsibilidade. Simone Montenegro, da Mister Clean, afirma que seus contratos preveem reajustes anuais com base no IGP-M. "Ou seja, não conseguirei repassar esses aumentos. No fim do ano, por exemplo, sempre contrato alguém para ajudar nas encomendas; neste ano, tivemos de fazer sozinhos os trabalhos extras."

Na Metalcoating, empresa que faz revestimentos anticorrosivos de tubos, a situação é ainda pior. Os contratos são de três anos com reajustes indexados à inflação. "No ano passado, tivemos reajuste de 34%; o combustível representa 28% dos custos de fabricação e soma um aumento de custo direto de 9,6%", afirma Felipe Marcicano de Goes, gerente industrial da empresa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As inscrições para os cursos do programa Qualifica Recife, oferecidos pela prefeitura da capital pernambucana, iniciam nesta segunda-feira (8). No total, serão oferecidas 2.875 vagas em 52 cursos, nas áreas de administração, informática, indústria, vestuário, construção civil, beleza, alimentação, artes e idiomas. As inscrições começam às 14h do dia 8 e devem ser feitas pelo site até as 23h59 da quarta-feira (10). 

O resultado será divulgado no dia 12 e as matrículas acontecem entre os dias 18 e 19. As aulas terão início no dia 22 de janeiro e acontecerão nas 16 escolas profissionalizantes gerenciadas pela Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Recife. O candidato tem que ser residente na cidade do Recife por no mínimo três anos, atender aos critérios de idade e escolaridade mínimas definidas para cada curso, não estar matriculado nas escolas profissionalizantes da PCR e não ter abandonado o curso sem justificativa nos últimos seis meses. 

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Quem quiser participar da seleção para o preenchimento das vagas e não tiver acesso à Internet poderá usar os computadores da Gerência-geral de Qualificação Profissional, no térreo da PCR, e nas Salas do Empreendedor situadas no Compaz Eduardo Campos (no Alto Santa Terezinha) e no Compaz Ariano Suassuna (no Cordeiro). 

CURSOS - Entre as opções oferecidas estão Artes Serigráficas; Atendente Administrativo; Bombeiro Hidráulico (Encanador); Mecânico de Bicicleta; Cabeleireiro; Inglês; Espanhol; Doces, Salgados e Tortas Finas; Confeitaria; Garçom; Informática Básica; Corte e Costura; Cuidador de Idosos; Recepção em Serviços Turísticos e em Hotelaria; Técnicas Massoterapêuticas; e Maquiagem e Penteado. Cada candidato só poderá se inscrever para um curso.

 

A fabricação de veículos automotores apresentou alta de 14,8% no acumulado do ano e contribuiu para o crescimento de 1,6% da indústria nacional no trimestre terminado em setembro.

Em comparação com o mesmo período de 2016, o aumento é de 20,9%. Os dados foram divulgados hoje (1º), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Brasil.

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A produção industrial nacional ficou estável, com acréscimo de 0,2% em setembro se comparado a agosto, quando recuou 0,7%. Na comparação ao mesmo período de 2016, o aumento foi de 2,6%.

No acumulado de 2017, a produção industrial apresentou alta de 1,6%, com 0,4% ed acréscimo no acumulado de 12 meses. A média trimestral ficou em 0,1%.

A indústria brasileira continua entre as dez maiores do mundo, mas um levantamento da United Nations Industrial Development Organization (Unido), divulgado pelo Instituto Estudo para o Desenvolvimento Industrial (IED), mostra que o País está perto de deixar esse grupo.

Entre 2005 e 2016, a indústria brasileira recuou duas posições no ranking de 15 países liderado pela China, passando do 7º para o 9º lugar. Em 2005, a indústria do Brasil respondia por 2,88% da indústria global. A fatia encolheu para 2,71% em 2010 e para 1,84% em 2016, ficando à frente do Reino Unido, também com 1,84%, Indonésia (1,83%), México (1,66%), Rússia (1,64%), Canadá (1,39%) e Espanha (1,33%).

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De acordo com a Unido e o Iedi, na origem do rebaixamento do Brasil em 2016 não está só o forte crescimento da produção de outros países, mas também as dificuldades enfrentadas pela indústria nacional.

Para o economista e diretor Executivo do Iedi, Júlio Gomes de Almeida, o risco de o Brasil deixar o grupo dos dez no curto prazo é muito grande porque, além das dificuldades inerentes à indústria brasileira, Reino Unido e Indonésia, que aparecem imediatamente abaixo do Brasil, estão investindo fortemente no crescimento da indústria.

O economista chama a atenção para o fato de o estudo contemplar os dados da indústria mundial de 2016. Segundo ele, se para os brasileiros 2017 é o ano da virada na indústria, para outros países é o ano de investir mais em tecnologia.

O estudo mostra que, ainda que a crise industrial de 2014 a 2016 tenha sido crucial para a retração do Brasil no valor adicionado da indústria mundial, que passou de 2,88% para 1,84% de 2005 a 2016, essa é uma dinâmica que já vinha ocorrendo. A indústria nacional chegou a representar 3,47% da indústria mundial em 1995. "O Brasil tem se mantido entre as dez maiores indústrias do mundo desde 1970. Com a chegada da indústria 4.0 (de fábricas inteligentes) esse quadro pode mudar."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O nível de emprego da indústria de Guarulhos apresentou resultado positivo no mês de setembro com variação de 0,65%. Este resultado significa um aumento de aproximadamente 600 postos de trabalho. Os dados são da pesquisa de Nível de Emprego do Estado de São Paulo divulgados nesta sexta-feira (13) pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Depecon).

Entretanto, o acumulado registrado neste ano foi de -1,42%, o que representa queda de aproximadamente 1.300 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, o acumulado é de -5,21%: redução de 4.900 postos de trabalho.  

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A alta no nível de emprego industrial no mês de setembro foi influenciada pelas variações positivas de produtos alimentícios (6,61%); veículos automotores e autopeças (1,74%); produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (0,81%); e produtos químicos (1,47%).

A indústria automobilística, um dos setores que começaram a recuperar empregos, tinha no final de 2015 cerca de 46 mil funcionários com restrição de atividades (contratos suspensos, férias coletivas e jornada reduzida). Hoje, estão nessa situação 5.831 trabalhadores, número que é reduzido mês a mês.

De janeiro a agosto a produção do setor cresceu 27% em relação a igual período de 2016, e soma 1,986 milhão de veículos. Nas fábricas de tratores a alta foi de 20,3%, para 43,9 mil unidades, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

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Além de levar de volta para as fábricas a maioria do pessoal que estava em licença forçada, e de retomar a jornada de cinco dias por semana, as montadoras contrataram 1,65 mil pessoas nos últimos 12 meses e têm hoje 126,3 mil funcionários.

Nos últimos meses, as fabricantes General Motors, MAN Latin America, Nissan e Scania anunciaram contratações, mas parte das novas vagas ainda não aparece nas estatísticas, pois do anúncio até a efetivação de pessoal leva algum tempo.

O setor, contudo, está longe do quadro recorde do fim de 2013, de 157 mil funcionários, número que, na visão de especialistas, não deverá se repetir em razão das reestruturações feitas nas fábricas ao longo do período da crise. Houve encolhimento de linhas produtivas e aquisição de equipamentos, entre os quais robôs. Além disso, apesar da alta na produção, as fábricas ainda operam com elevada ociosidade.

O setor de autopeças também começou a reagir, após 22 meses seguidos de taxas negativas no saldo de empregados. Em maio, o dado passou a ser positivo em 0,59%, passando a 0,29% em junho e 1,68% em julho, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), que não divulga números parciais. De 2013 a 2016 o setor eliminou 57,8 mil postos de trabalho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Produtores de bebidas apresentaram nesta quarta-feira, 20, ao Ministério da Saúde uma proposta para redução voluntária do açúcar de refrigerantes, néctares e refrescos em quatro anos. A sugestão é de que cada 100 gramas de bebida tenham limite de 10,6 gramas de açúcar. A proporção média hoje é de 16 gramas.

Caso o acordo seja formalizado, pelo menos metade dos produtos terá de alterar a composição. Formulada pela Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas e pela Associação Brasileira de Indústrias da Alimentação, a proposta surge no momento em que o ministério prepara projeto para elevar a taxação de bebidas açucaradas.

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Como revelou o jornal O Estado de S. Paulo, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, pediu a sua equipe um projeto sobre isso. Assim que for concluído, será levado para discussão com os demais integrantes do governo. O objetivo é elevar os preços e, com isso, reduzir o consumo de bebidas, em uma estratégia contra a obesidade.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere adotar táticas como essa. A proposta feita pelas entidades foi considerada bem-vinda pelo ministério. Segundo a pasta, a sugestão será analisada, discutida e deve integrar ampla agenda com a indústria, a ser divulgada em outubro. Mas o ministério avisou que a proposta de acordo voluntário não altera os estudos em análise.

As entidades têm entre associados produtores que respondem por cerca de 90% do mercado. Pela proposta atual, 111 refrigerantes teriam redução de açúcar de 16 para 10,6 gramas a cada 100 gramas. No caso dos néctares, esse limite passaria a ser de 10,7 gramas. Hoje, o valor é de 12,5. A medida afetaria 48 produtos. Já para refrescos, a redução seria de 15 para 10,7 gramas de açúcar, o que também afetaria 48 produtos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As vendas de tablets no Brasil recuaram novamente nos meses de abril, maio e junho deste ano. Segundo o estudo realizado pela consultoria IDC Brasil, o mercado caiu 8% no segundo trimestre de 2017 em comparação ao mesmo período do ano passado. Apesar do recuo, alguns dados positivos indicam que o setor poderá recuperar o prejuízo.

A receita total do segundo trimestre de 2017 foi de R$ 400 milhões, 11% a menos do que no segundo trimestre de 2016. No entanto, quando comparado aos três primeiros meses do ano, esse número representa um salto de 9%. Segundo a IDC, o movimento já era esperado, dado o comportamento mais agressivo das fabricantes para frear a queda.

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"Temos observado um comportamento agressivo dos fabricantes, com preços promocionais e brindes para frear a queda. Além disso, notamos que as empresas estão diversificando os produtos para gerar mais demanda", diz o analista de mercado da IDC Brasil, Wellington La Falce.

Outro dado positivo foi o aumento no preço médio dos produtos comprados no período analisado. Em comparação com o primeiro trimestre de 2017, o valor médio dos aparelhos teve alta de 6%, passando de R$ 477, de janeiro a março, para R$ 505, de abril a junho.

Na comparação ano a ano, houve crescimento de 14%, já que o tíquete médio no segundo trimestre de 2016 foi de R$ 443. "Os aparelhos de melhor qualidade tiveram mais espaço no período. O setor está empenhado em mostrar que os tablets não são apenas para entretenimento e sim para educação, trabalho e para consumo de conteúdo em geral", argumenta o analista.

Para a IDC, até o fim de 2017 devem ser comercializados 3,75 milhões de tablets, o que consolida o recuo de 6% nas vendas ante 2016, quando 4 milhões foram vendidos.

Representantes de centrais sindicais que participaram de reunião nesta terça-feira, 12, no Palácio do Planalto, negaram que a presença seja um sinal de apoio ao presidente Michel Temer, alvo de acusações de corrupção. Apesar de terem até posado para fotos ao lado de Temer, líderes da Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) afirmaram que buscam uma saída para a paralisia econômica, mas não dão sustentação política a ele em face de uma segunda denúncia criminal elaborada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

"Nossa ideia hoje era sair um pouco dessa pauta da corrupção, tentar virar um pouco a página. Nossa preocupação principal é o emprego", disse o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força, presidente nacional da Força Sindical. Segundo Paulinho da Força, a defesa de Temer será tema de outros encontros com a Força e o SD. "Não está aqui só quem aplaude o presidente. Está aqui o presidente da CTB, uma central independente, que tem feito oposição ao governo e fez parte de outro governo."

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O presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, afirmou que não há contradição em participar de audiências com a administração Temer, apesar de ter feito parte da gestão do PT. Araújo disse que o objetivo é gerar empregos e superar o fracasso econômico e que não compete às centrais sindical defender o Poder Executivo.

"Não é razoável conceber a tese do retrocesso social e político. Estamos irmanados em encontrar um caminho. O governo tem problemas, mas o povo brasileiro também enfrenta problemas. Em nome de uma alternativa, é necessário estabelecer um entendimento. Levar o País ao caos, a uma situação de colapso não agrada a ninguém", disse.

Ele disse que cabe ao Executivo responder a "debilidades" e defendeu uma agenda emergencial para acelerar, por exemplo, acordos de leniência com empresas flagradas em corrupção. "Estamos diante de um quadro de instabilidade política. Não seria o momento de destravar? Sobretudo, potencializando ações dos equipamentos que estão paralisados por decorrência da criminalização da política. Para nós, não interessa esse clima."

O presidente da UGT, Ricardo Pattah, do PSD, legenda da base de Temer, afirmou que a pauta mais importante do País hoje é "colocar o pão na mesa dos desempregados". Pattah afirmou que a participação não significa apoio ao presidente e que a agenda da reunião não era partidária.

"Quanto mais se debate, exclusivamente, certas questões, eliminando possibilidade de crescimento, vamos entrar cada vez mais num buraco maior. Temos eleições muito próximas e 2018 vai apontar caminhos que a sociedade deseja, sem corrupção e com emprego."

Bastou o dólar baratear, e a velha tendência voltou: as exportações diminuíram de importância na produção da indústria nacional. Ao mesmo tempo, os importados ganharam espaço no mercado brasileiro. É o que aponta pesquisa inédita da Confederação Nacional da Indústria (CNI) obtida pelo ‘Estado’.

Os números mostram que um processo iniciado em 2015, de fortalecimento dos produtos brasileiros na competição com os internacionais, parou. "O movimento de aumento da importância das exportações e queda no uso de importados aparentemente está se revertendo", disse o gerente executivo de Pesquisas e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca.

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No período entre julho de 2016 e junho de 2017, as indústrias brasileiras exportaram 15,6% da produção. Nos 12 meses anteriores, as vendas para outros países responderam por um pouco mais: 15,8%.

O que chama a atenção é que os 15,8% eram resultado de um avanço de 2,6 pontos sobre os 13,2% registrados entre julho de 2014 e junho de 2015. Ou seja, as exportações vinham claramente ganhando importância na produção. Esse movimento agora se inverteu.

Ao mesmo tempo, a penetração de produtos importados no mercado brasileiro se fortaleceu. A medida sobre a participação desses itens no mercado nacional atingiu 16,8% nos 12 meses terminados em junho passado, ante 16,5% no período anterior. O uso de insumos importados pela indústria atingiu 23,1%, ainda abaixo dos 23,4% no período anterior.

Na avaliação de Fonseca, os números deixam evidente a dependência da indústria em relação ao câmbio. Com o dólar na casa dos R$ 4 e o mercado interno retraído pela crise, as empresas partiram para as exportações em 2015 e 2016. Houve também substituição de insumos importados por nacionais. Agora, com o dólar na casa dos R$ 3 e o mercado interno dando sinais de recuperação, todo esse movimento tende a se inverter.

Susto

"A competitividade não deve se dar só pelo câmbio", afirmou o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel. As exportações tiveram participação de 9,4% na produção, uma queda de 2,4 ponto. "Mas, com taxas de juros reais absurdas, crédito escasso, infraestrutura deficiente e sem acordos comerciais, estamos no pior dos mundos." Para ele, o resultado da pesquisa da CNI não traz surpresa. Dado o cenário adverso, o câmbio é a variável de ajuste mais rápida.

"O Brasil não tem política de comércio exterior, tem só uma política de susto para o comércio exterior", afirmou Pimentel. Como exemplo, ele citou o fato que o governo decidiu manter em 2% a alíquota do Reintegra, um programa que dá créditos tributários aos exportadores. A promessa era elevá-la para 3% em 2018, mas o plano foi abortado pelas dificuldades de caixa do governo federal.

Avaliação semelhante é feita pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein. No setor de couro e calçados, 21,1% da produção foi exportada, nos 12 meses encerrados em junho, queda de 1,1 ponto ante dezembro.

"O custo da produção no Brasil é muito alto, por isso temos um problema de competitividade sistêmica", avaliou o ex-secretário de Comércio Exterior Welber Barral, sócio da consultoria Barral MJorge. Ele observou que vários países já começam a aumentar suas exportações, mas não é o que está acontecendo com o conjunto das exportações brasileiras.

Automotivo

Embora no global as vendas ao mercado externo tenham perdido importância na produção das indústrias, houve segmentos que se destacaram na direção oposta. É o caso das madeiras, com 29,8% de sua produção exportada, uma alta de 1,8 ponto em relação a dezembro passado. A segunda maior alta se deu no setor automotivo, que chegou a 15,7%, alta de 1,4 ponto ante 2016.

Na direção contrária, a maior queda foi observada no setor de fumo, que chegou a 43,1%, uma queda de 9,3 pontos em relação a dezembro. Mas esse desempenho se deu por um fator climático. Em 2016, houve queda na produção de tabaco por causa do El Niño, segundo informou a Souza Cruz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A produção industrial apresentou a quarta alta consecutiva do indicador: crescimento de 0,8% na passagem de junho para julho de 2017. Os dados compõem a Pesquisa Mensal Industrial – Produção Física (PIM-PF) e foram divulgados hoje (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em comparação com julho de 2016, a indústria cresceu 2,5%, o que significa um avanço de 0,8% no acumulado do ano (2017). Já no acumulado dos últimos 12 meses, a produção apresenta retração de 1,1%.

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No período analisado – de junho para julho – quatro categorias econômicas tiveram alta: bens de consumo duráveis (2,7%); bens de consumo semi e não duráveis (2%); bens de capital, isto é, máquinas e equipamentos (1,9%); e bens intermediários, como itens industrializados para o setor produtivo (0,9%).

Dentre as dez atividades que apresentaram queda, os destaque foram: indústria extrativa, como madeireiras e petrolíferas (-1,5%); perfumaria e produtos de limpeza (-1,8%); e metalurgia (-2,1%).

O resultado positivo do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, de crescimento de 0,2% ante o trimestre anterior, divulgado na sexta-feira (1º) pelo IBGE, sinalizou que a recessão brasileira caminha para o fim. Mas a indústria ainda causa preocupação. Os números mostram que o PIB industrial registrado entre abril e junho está no mesmo patamar do terceiro trimestre de 2009.

O desempenho negativo da construção civil foi o principal fator a derrubar os resultados da indústria no PIB. No segundo trimestre, o setor industrial recuou 0,5% em relação aos primeiros três meses do ano. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a retração foi de 2,1%. A construção responde por cerca de um quarto da indústria.

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"Se olharmos neste instante, os sinais de recuperação da construção civil ainda são mínimos. Há uma perspectiva de retomada a partir do ano que vem, com uma Selic na casa dos 7%, que colocaria o mercado imobiliário em outra realidade", diz José Carlos Martins, da Câmara Brasileira da Indústria de Construção (Cbic). "O que o nosso setor sente é que ainda é preciso atravessar um rio, seja de que jeito for, para chegar vivo ao outro lado. Ninguém espera resultados espetaculares, a gente só espera chegar vivo."

Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, avalia que, apesar de os resultados da indústria ainda serem preocupantes, há mais sinais de recuperação do que nunca. "Já é possível perceber uma reação no segmento de máquinas e equipamentos, por exemplo. A construção, de fato, demora mais tempo para sair do vermelho, mas ela vai reagir assim que o ambiente econômico estiver mais claro."

"Para o terceiro e quatro trimestres, há também perspectivas positivas para o segmento de automóveis", diz Vale. Em agosto, o emplacamento de veículos teve alta de 14,76%, segundo a Fenabrave, que representa concessionárias.

Segmentos da indústria de transformação reclamam, porém, que a taxa de câmbio não tem favorecido uma retomada mais robusta do setor. "Há muito tempo as projeções mostram que o dólar deveria estar um patamar superior, com o real mais fraco, e isso não tem acontecido. A gente tem tido um aumento grande nos nossos custos, seja de energia, seja de insumo de um modo feral, e o real continua fortalecido", diz Ricardo Neves de Oliveira, diretor executivo do Sinproquim (Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para Fins Industriais e da Petroquímica). Na indústria química, que detém a quarta maior fatia da indústria de transformação, o crescimento previsto para este ano é de, no máximo, 0,5%.

Fraqueza

Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central, lembra que a grande capacidade ociosa que ainda ronda a indústria e posterga investimentos ajuda a entender a queda nos investimentos no segundo trimestre, que voltaram ao mesmo patamar do segundo trimestre de 2009. "A construção civil também não tem ajudado e não deve vir particularmente forte nos próximos trimestres. Para além da economia, um outro fator que atrapalha a volta dos investimentos é a baita incerteza política, a gente não sabe quem vai ser eleito no ano que vem e a escolha vai ser decisiva para os rumos do ajuste fiscal", diz.

"Quando nos damos conta de que, de todos os componentes do PIB no segundo trimestre, o único com resultado expressivo é o consumo da famílias, não dá para fechar olhos. Ainda faltam componentes dinâmicos, para continuarmos crescendo", diz André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos.

Consumo

No campo positivo, o consumo das famílias até ajudou a embalar o PIB do segundo trimestre, mas o resultado do segundo trimestre ainda ficou distante do pico da série do IBGE, registrado no último trimestre de 2014, data da reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff e antes do agravamento da crise.

As exportações também atingiram números expressivos no segundo trimestre, principalmente por conta do petróleo, soja e minério. "O segundo semestre deve manter o ritmo de mais exportações do que importações, até pelo reflexo da baixa demanda interna", analisa José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ouro fechou em alta nesta sexta-feira, 1º de setembro, após o último relatório de emprego dos Estados Unidos (payroll) mostrar desaceleração da criação de postos de trabalho em agosto ante julho. Ao mesmo tempo, dados positivos sobre a indústria americana fizeram pressão contrária sobre o metal precioso, mas não o suficiente para que o contrato futuro fechasse no campo negativo.

Com vencimento em outubro, o contrato de ouro negociado na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em alta de 0,62%, a US$ 1.330,40 por onça-troy. Em comparação com a sexta-feira passada, o ouro acumulou alta de 2,50%.

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Com o payroll indicando criação de 156 mil postos de trabalho em agosto, abaixo da estimativa de 179 mil, a busca por segurança impulsionou a cotação do ouro, já que o mercado interpretou o dado como um motivo para o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) não elevar os juros novamente neste ano.

Horas depois, o índice de gerentes de compras (PMI) do setor industrial dos EUA elaborado pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês) subiu a 58,8 em agosto, de 56,3 em julho e surpreendeu analistas.

O dado estimulou um apetite por risco e impulsionou o dólar, que, por sua vez, penalizou o ouro. No entanto, o movimento apenas limitou a alta do ouro e não chegou a reverter os ganhos. Fonte: Dow Jones Newswires.

As indústrias que usam mais tecnologia em suas linhas de montagem, como as fabricantes de eletroeletrônicos, automóveis e máquinas, têm puxado a reação da produção industrial este ano. Um estudo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) obtido com exclusividade pelo Estadão/Broadcast revela que esses setores cresceram acima da média no primeiro semestre deste ano.

O movimento foi puxado pela produção de telefones celulares, computadores, televisores, automóveis e máquinas para o setor agrícola. Uma demanda impulsionada pela liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviços (FGTS) inativo, pelas exportações e pela supersafra de grãos.

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O estudo do Iedi divide a indústria em quatro categorias de intensidade tecnológica: alta, média-alta, média-baixa e baixa. No primeiro semestre, as duas primeiras categorias cresceram acima da produção industrial total, que avançou 0,5% ante 2016, o primeiro crescimento após seis semestres de queda. A produção da indústria de alta intensidade avançou 1,4%, enquanto a de média-alta cresceu 2,7%. Já as indústrias de média-baixa e baixa intensidade ficaram com desempenho abaixo da média, com quedas de 3,1% e 0,2%, respectivamente.

O cenário mais positivo já surgiu, por exemplo, no balanço da Weg do segundo trimestre, divulgado há um mês. A fabricante de equipamentos eletroeletrônicos para automação registrou lucro líquido de R$ 272 milhões, crescimento de 6,7% sobre o mesmo período de 2016, embora a receita líquida tenha caído 2,3%, para R$ 2,3 bilhões.

Nos comunicados ao mercado sobre os resultados, a Weg citou que "o cenário doméstico é de relativa melhora". Além disso, houve recuperação de vendas nos principais mercados da companhia no exterior, embora a receita com exportações tenha sido atrapalhada pelo câmbio, disse o diretor André Luís Rodrigues, a analistas no mês passado.

Segundo o Iedi, o crescimento na produção das indústrias mais tecnológicas também foi marcado por uma base de comparação ruim - no início de 2016, a atividade industrial foi fraca. Ainda assim, a safra de grãos recorde esperada para este ano estimulou a demanda no campo por bens de capital, o setor externo absorveu a fabricação de automóveis, enquanto a liberação de contas inativas do FGTS impulsionou as vendas de eletrodomésticos da linha marrom, como televisores.

Juros

Parte desses fatores perderá força no resto do ano, mas a queda nos juros pode ajudar esses setores, segundo Rafael Cagnin, economista-chefe do Iedi. "Os recursos do FGTS não terão a mesma força, mas outros fatores podem compensar, como a melhora no quadro de crédito, com quedas nas taxas de juros. A renda dos trabalhadores voltou a crescer, e a inflação mais baixa também está liberando a renda das famílias para outros consumos, para itens que não sejam essenciais."

No primeiro semestre, a produção de equipamentos de TV e comunicação saltou 24,3%; equipamentos de informática cresceram 6,0%; veículos automotores aumentaram 11,7%; e máquinas e equipamentos mecânicos tiveram alta de 2,4%.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O nível de emprego no setor industrial em Guarulhos apresentou resultado negativo no mês de julho. A variação ficou em -0,44%, o que significou uma queda de aproximadamente 400 postos de trabalho. Os dados são da Pesquisa de Nível de Emprego do Estado de São Paulo, feita pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp e do Ciesp (Depecon) divulgada ontem (16).

Segundo o levantamento, no primeiro semestre deste ano, houve queda de aproximadamente 1.950 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, o acumulado é de -6,24%, queda de aproximadamente 5.900 postos de trabalho.

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O nível de emprego industrial na região guarulhense foi influenciado pelas variações negativas de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-1,44%); produtos de borracha e de material plástico (-,074%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-0,76%) e máquina e equipamentos (-0,67%), que foram os setores que mais influenciaram o cálculo do indicador total da região.

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