Tópicos | Inocência

O entregador Briner de Cesar Bitencourt, de 22 anos, morreu neste mês após contrair uma doença em uma unidade penitenciária do Tocantins em que cumpria prisão preventiva sob acusação de tráfico de drogas. A morte foi registrada na segunda-feira, 10, mesma data em que presídio recebeu o alvará de soltura do jovem após a sentença de absolvição no caso.

Bitencourt estava preso desde 12 de outubro do ano passado, quando a Polícia Militar encontrou uma plantação com 88 pés de maconha e 10,8 quilos da droga em um imóvel que ele dividia com duas outras pessoas, que também foram presas na oportunidade. A defesa sustentava que o jovem não tinha ligação com a posse da droga, que pertenceria aos outros inquilinos. Um ano depois, a Justiça reconheceu o argumento e mandou soltá-lo.

##RECOMENDA##

Ao longo do mês de outubro, o entregador vinha se queixando de sintomas como náusea e dores abdominais. Ele foi atendido no dia 3 de outubro e, no dia 6, foi levado a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA).

Dias depois, um novo boletim médico mostrou um atendimento noturno com pressão baixa do paciente. Briner foi recolhido pelo Samu à meia-noite do dia 9 e levado para a Unidade de Pronto Atendimento Sul, "consciente, orientado, verbalizando", anotou o técnico responsável pelo encaminhamento.

Na UPA o médico atestou que o paciente contou estar com sintomas havia 14 dias com "piora progressiva" até aquele dia, quando entrou na unidade com dor abdominal intensa, hipotensão, vômitos, fezes escuras, fraqueza extrema e respiração difícil (taquidispnéia).

Com baixa saturação, ele foi entubado, mas dez minutos depois teve parada cardiorrespiratória. A equipe que o atendia aplicou adrenalina de 3 em 3 minutos, por nove ciclos de dosagem, mas a circulação sanguínea não retornou espontaneamente e ele morreu às 4h15, segundo atesta o boletim médico da UPA.

Naquele mesmo dia 10, às 14h46 a Justiça assinava o alvará de soltura de Briner. Às 15h17, o chefe da Unidade Penal Regional de Palmas, Thiago Oliveira Sabino de Lima, comunicou a morte em ofício ao juiz Allan Martins Ferreira.

Advogada de Briner, Lívia Machado Vianna esclareceu que o cliente sublocou um quarto na casa com os dois rapazes, com entrada independente do outro cômodo, que era o do fundo, onde havia uma parede falsa e uma espécie de estufa onde a maconha era cultivada. Ela afirma que o cliente não tinha nenhuma participação no tráfico, comprovada pelos testemunhos e pela análise do celular de Briner.

A advogada afirmou ter apresentado provas do emprego fixo e certidão sem antecedentes criminais em pedido feito para revogar a prisão preventiva, que foi mantida. "Tudo foi apresentado mas o Judiciário não concedeu a revogação da preventiva, e o manteve preso, sob a justificativa é que era muita droga apreendida".

A audiência de instrução do processo do motoboy ocorreu em maio deste ano, mesmo mês em que a Justiça negou liberdade a Briner com o fundamento da garantia da ordem pública e da ordem econômica e por conveniência da instrução criminal.

Na quarta-feira, 12, dois dias após a morte, a defesa pediu e a Justiça fixou um prazo de 24 horas para o governo do Tocantins fornecer imagens da enfermaria, da cela dele e do pátio do banho de sol, e corredores que interligam estes ambientes na cadeia entre os dias 6 e 10 de outubro. A família quer entender o que ocorreu dentro da prisão e qual tipo de atendimento o estado deu ao filho.

Presidente do Conselho Penitenciário do Tocantins, a advogada Sibele Letícia Rodrigues de Oliveira Biazotto questionou a necessidade de o Judiciário ter mantido o motoboy preso por quase um ano, sem nenhuma sentença. "A preventiva tem sido utilizada como uma punição antecipada, sem sequer saber se a pessoa será condenada, sem sequer saber se é mesmo que seja se a pena resultaria em um regime no sistema fechado", avalia.

Para a presidente, o problema que resultou na morte não é apenas o da demora do alvará. "Não é a demora do tempo de julgamento e de sentença e não foi só a manutenção dessa preventiva. Foram fatores que ocorrem com todos os brasileiros todos os dias que é essa forma de se investigar começando por aí que é essa forma de se encarcerar, de se manter encarcerado e de não se resolver o problema", avaliou.

‘Trâmite normal’, diz Justiça sobre o caso

Em nota, a 4ª Vara Criminal da Comarca de Palmas, onde tramitou o caso do motoboy, defende que os "fortes indícios de participação na prática delitiva" foram o motivo que justificou a prisão preventiva. "Entretanto, a prova colhida em contraditório não foi suficiente para sua condenação", reconhece, no texto.

"O processo obedeceu ao trâmite normal, sem qualquer evento capaz de macular ou atrasar o andamento do feito, uma vez que havia pluralidade de réus patrocinados por advogados diferentes, o que denota a duplicação dos prazos para manifestarem-se nos autos", defende o Tribunal de Justiça.

O TJ afirma não ter havido "ofensa ao princípio da razoabilidade que ocasionasse qualquer ilegalidade na manutenção da prisão cautelar do acusado" e reforça que a responsabilidade da custódia das pessoas presas é do Executivo Estadual.

A Secretaria Estadual da Cidadania e Justiça (Seciu), responsável pelo sistema prisional, afirma que prestou "toda a assistência necessária ao custodiado" e o laudo com a causa ainda não foi consolidado e informado à unidade penal.

O órgão destaca que Briner foi acompanhado pela equipe de saúde em diversas consultas e também encaminhado para atendimento especializado em unidades de saúde da capital, porém sem diagnóstico fechado a tempo.

A secretaria também afirma que não comunicou nenhuma vez à família sobre o estado de saúde do detento "devido ao sigilo médico/paciente" e por "não haver diagnóstico fechado pelas equipes médicas em tempo até a data do óbito."

Também afirma ter cumprido os "protocolos executados em caso de óbitos de custodiados" com assistência no funeral, pagamento dos custos e o suporte para velório.

Nesta quarta-feira (27), o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está sendo um dos mais comentados nas redes sociais, com as pessoas o parabenizando pelos seus 76 anos. No entanto, oficialmente, o petista completa aniversário no dia seis de outubro, data que foi registrado, quando chegou em São Paulo com a sua família. O LeiaJá separou esta e outras curiosidades e fatos da vida do ex-presidente Lula, confira.

Duas datas de aniversário e migração para São Paulo

##RECOMENDA##

Nascido em 27 de outubro de 1945, em vargem comprida, Caetés, interior de Pernambuco - que na época era distrito de Garanhuns -, Lula é o sétimo dos oito filhos de Dona Lindu e seu Aristides, que com a miséria de onde vivia, decide viajar para São Paulo com a sua família atrás de uma vida melhor. 

Sem documentos oficiais na época, Lindu usou o que se chamava de batistério, que é um documento que comprova a execução do sacramento do batismo católico e constava a data e o local de nascimento. Com esse documento, chegaram em Vicente de Carvalho, no litoral paulista, em 1952, ano em que o petista foi registrado.

Segundo conta José Ferreira de Melo, irmão do ex-presidente, ao Instituto Lula, em São Paulo Dona Lindu levou ao cartório, anotado em um papel, os nomes e as datas de nascimento de todos os filhos, mas ele acredita que sua mãe foi intimidada no local, chegando a se confundir com a data de nascimento de Lula, que foi registrado como nascido no dia seis de outubro de 1945 - e não no dia 27 - data correta do seu nascimento.

Lula só conheceu o pai aos cinco anos de idade

Antes da família Silva migrar para São Paulo, Seu Aristides viajou para São Paulo, deixando Dona Lindu grávida do Lula, que só conheceu seu pai quando tinha cinco anos de idade. Na época, o genitor voltou para Pernambuco para visitar a família e voltou para São Paulo, deixando Lindu grávida de Tiana, irmã de Lula.

Lula era espancado e não podia estudar

O petista contou em seu site que ele, seus irmãos e sua mãe eram espancados por Aristides, que também não permitia que eles estudassem, devendo focar no trabalho. Só após a separação dos pais que eles puderam estudar e viver uma vida "mais livre".  

Engraxate e vendedor

Antes de ser metalúrgico e presidente da República, Lula foi vendedor de laranja, amendoim e tapioca. Também foi engraxate, telefonista e office boy.

Primeiros passos na política

Em São Paulo, o então metalúrgico começou a sua vida política em 1969, aos 24 anos, no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema. Em abril do mesmo ano, Lula se tornou suplente na diretoria do sindicato; em 1972, foi convidado a se tornar o primeiro-secretário do departamento jurídico; entre 1975 e 1978, o filho de Dona Lindu foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos. 

No dia 13 de março de 1979, Lula se torna a principal liderança da primeira greve geral de uma categoria de trabalhadores desde 1968. Foi nessa época que uma das cenas mais famosas do então presidente do sindicato acontece. Sem sistema de som e sem palanque, Lula falou para uma multidão em cima de uma mesa e usando um megafone. 

Fundação do PT

Sendo um dos responsáveis pela criação do Partido dos Trabalhadores em 1980, Lula foi o primeiro presidente do partido.

Lula quando foi preso em São Paulo, na década de 80. DEOPS-SP/Reprodução

Primeira vez preso

Lula foi preso no mesmo ano em que criou o PT, acusado de promover greve e incitar publicamente a "subversão da ordem político-social", permanecendo 31 dias preso em São Paulo. Também nesta época, Dona Lindu morreu de câncer no útero, mas Lula pode sair da prisão para poder acompanhar o enterro da sua mãe.

Em 1982, o Supremo Tribunal Militar (STM) anulou todo o processo contra Lula por ter liderado a greve dos metalúrgicos, eliminando o risco de inelegibilidade do petista.

Primeira vez candidato

Com a estratégia do PT de aumentar a visibilidade do partido, Lula se lançou em 1982 como candidato ao governo de São Paulo, ficando em quarto lugar com 10% dos votos.

Deputado mais votado

Com toda a notoriedade da greve dos metalúrgicos, Lula conseguiu sair das eleições de 1986 como o deputado federal mais votado do Brasil, com 650.134 votos.

Tentativas para ser Presidente da República

Em 1989, O petista tenta pela primeira vez ser presidente do Brasil e consegue ir para o segundo turno, onde perde para o ex-presidente Collor por 53% a 47%. 

Em 1994, Lula tenta pela segunda vez ser presidente do Brasil, mas perdeu no primeiro turno para Fernando Henrique Cardoso, que foi eleito com 54,2% dos votos, contra 27% do petista. A cena de Lula perdendo para FHC no primeiro turno se repete em 1998: foram 53,06% dos votos contra 31,71%.

Eleito pela 1ª vez e reeleição

Na sua quarta tentativa seguida, Lula consegue ser eleito presidente do país em 2002, se tornando o primeiro operário presidente do Brasil, com 61,27% dos votos conquistados no segundo turno contra José Serra, que conseguiu 38,72%. 

Em 2006, no segundo turno, o petista consegue ser reeleito com 60,83% dos votos - na época, ele disputou a liderança do país com Geraldo Alckmin.

Pobreza

Foi no governo do petista que, entre 2003 e 2010, 32 milhões de brasileiros conseguiram sair da pobreza, com auxílio de programas de transferência de renda como o Bolsa Família. Em 2014, A Organização das Nações Unidas (ONU) exaltou que o programa era exemplo de políticas onde todos são beneficiados. 

Além disso, a ONU revelou que programas de transferência de renda foram importantes para diminuir o impacto que a população sofreu com o aumento dos preços de alimentos que se seguiu à crise de 2008.

Corrupção

Em julho de 2017, Lula foi condenado a cumprir nove anos e seis meses de prisão, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do triplex do Guarujá. Em janeiro de 2018, o Tribunal Regional Federal da 4ª região aumentou a pena do petista pata 12 anos e um mês de prisão. 

Em abril de 2019, o Suprior Tribunal de Justiça decidiu manter a condenação, mas reduziu a pena para oito anos e dez meses de reclusão. 

No caso do sítio de Atibaia, Lula é acusado de receber propinas das construtoras OAS e Odebrecht por meio de reformas, em 2010, num sítio no município do interior paulista.

A juíza federal Gabriela Hardt condenou Lula a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro.

Em setembro de 2017, Rodrigo Janot, então procurador da República, apresentou denúncia contra o petista por suposto crime de obstrução de Justiça. 

Lula também foi acusado de cometer crimes de corrupção passiva, tráfico de influência e lavagem de dinheiro ao, supostamente, pressionar o BNDES para emprestar dinheiro para obras em Angola. 

O ex-presidente ainda foi apontado por receber propina da Odebrecht por meio da compra de um terreno para o Instituto Lula; tornou réu por de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa, no âmbito da Operação Zelotes; Também no âmbito da Operação Zelotes, a Justiça Federal aceitou denúncia contra Lula por corrupção passiva por recebimento de propina.

No fim de 2018, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.ª Vara Federal, em Brasília, aceitou denúncia do MPF contra Lula, Dilma Rousseff, os ex-ministros da Fazenda Antonio Palocci e Guido Mantega, e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, por formação de organização criminosa. 

Preso pela segunda vez 

Após pedido de prisão expedido pelo então juiz Sérgio Moro, Lula se entregou à Polícia Federal no dia sete de abril de 2018, após um longo discurso contra a operação Lava Jato no Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo. 

Livre

Após 580 dias preso na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, o ex-presidente Lula teve sua liberdade concedida no dia oito de novembro de 2019, após decisão do Supremo Tribunal Federal que derrubou as prisões em segunda instância. 

Inocentado das acusações

Lula teve sua inocência definida pelo STF que anulou quatro ações consideradas ilegais movidas pela Lava Jato. Além desses processos, Lula foi absolvido ou teve as denúncias arquivadas, porque não tinham justa causa nem base em fatos, em outros 17 casos já julgados fora da Vara que Moro comandava.

Após ser afastado da vice-liderança do governo no Senado, o senador Chico Rodrigues (DEM-RR) afirmou em nota que deixou a vaga para "aclarar os fatos e trazer à tona a verdade". O parlamentar foi flagrado com dinheiro na cueca em uma operação da Polícia Federal realizada quarta-feira, 14. Ele afirmou que provará que não tem relação com "qualquer ato ilícito de qualquer natureza" e reforçou o apoio ao governo. O presidente Jair Bolsonaro foi responsável pela indicação de Rodrigues ao Senado, para ser o elo entre o Palácio do Planalto e o Congresso.

"Vou cuidar da minha defesa, e provar minha inocência. Volto a dizer, ao longo dos meus 30 anos de vida pública, tenho dedicado minha vida ao povo de Roraima e do Brasil, e seguirei firme rumo ao desenvolvimento da minha nação", disse. Na nota, Chico Rodrigues disse que acredita nas diretrizes usadas por Bolsonaro para "gerir a nação".

##RECOMENDA##

Com trânsito no Palácio do Planalto, o parlamentar foi nomeado pelo próprio presidente para exercer o cargo de vice-líder no Senado ainda em 2019. Sobre o caso, Bolsonaro afirmou mais cedo que a operação da PF é um exemplo de que não há corrupção em seu governo. Ele tentou desvencilhar o ocorrido da sua gestão dizendo que o seu governo são "ministros, estatais e bancos oficiais".

Ontem, para apoiadores, o presidente disse que daria uma "voadora no pescoço" de quem se envolvesse em casos de corrupção no seu governo. No início da tarde, a destituição "a pedido" de Chico Rodrigues do cargo de vice-líder foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União. O senador foi alvo de investigação que apura desvios de recursos públicos destinados ao combate à pandemia de covid-19, oriundos de emendas parlamentares.

Apuração da reportagem do Estadão/Broadcast com duas fontes que tiveram acesso a informações da investigação mostrou que foram encontrados R$ 30 mil dentro da cueca de Chico Rodrigues. O valor total descoberto na casa do senador chegaria a R$ 100 mil.

Um grupo de senadores decidiu acionar o Conselho de Ética do Senado para investigar Chico Rodrigues. A representação será protocolada na próxima terça-feira, 20. Em outra frente, o DEM avalia punir o senador do partido.

Parecer da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sobre o projeto de lei das fake news questiona a obrigação de os aplicativos de mensagens privadas, como WhatsApp e Telegram, armazenarem por três meses os dados de usuários que encaminharem correntes em massa.

A proposta foi aprovada pelo Senado e está em tramitação na Câmara. O argumento dos defensores da medida é chegar na raiz de uma fake news em investigação judicial ou na quebra de sigilo, por exemplo. Esse sistema de rastreamento, porém, "viola garantias constitucionais de sigilo de comunicações e fragiliza a presunção de inocência", diz parecer da conselheira federal da OAB Sandra Krieger Gonçalves.

##RECOMENDA##

O argumento dos defensores da proposta é que nenhum conteúdo será armazenado, mas, sim, os metadados que estão na base dessas mensagens. Esse nível de armazenamento já compromete a privacidade das pessoas, dizem as plataformas.

O mesmo projeto prevê mecanismos para apagar conteúdos antes mesmo de uma decisão judicial, como quando há risco de indução ao suicídio, à pedofilia ou ainda um conteúdo manipulado sobre a identidade de algum candidato a cargo político.

A exclusão de publicações sem aval da Justiça é outro alvo da análise. "A exclusão de uma conta é uma medida drástica que não incide somente sobre uma manifestação específica, mas sobre a capacidade dos usuários de se expressarem outras vezes e de acessar informações via a plataforma."

De acordo com a conselheira da OAB, o projeto ignora uma ampla rede de desinformação mundial com interesses econômicos. "Percebe-se com clareza que a norma foi elaborada para alvejar as grandes plataformas como WhatsApp, Facebook e Twitter, sobretudo em se temendo as práticas de uso político e ataque pessoal que adquiriram muita evidência nas eleições, mormente a de 2018."

A ex-presidente Dilma Rousseff compartilhou nas redes sociais um depoimento em tom de desabafo de Lurian, filha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No texto, ela fala sobre o interrogatório que o líder petista prestou pela primeira vez nesta semana desde que foi preso, há mais de 7 meses. O depoimento de Lula à juíza federal Gabriela Hardt, substituta de Sergio Moro, foi marcado por momento de embate e tensão.

Lurian falou que viu a Justiça agir “de forma cega e insensível”. “Eu vi a imagem de um homem forte, mas triste, num embate com uma juíza e um promotor soberbos. Eu vi a justiça agir de forma cega e insensível perante um homem, de 73 anos, inocente, que luta todos os dias para que desfaçam o mínimo da maldade atentada contra ele e sua família”. 

##RECOMENDA##

Ela saiu em defesa do pai. “Meu pai, meu amor, todos sabem da sua inocência, inclusive os que te julgam, condenam e maltratam. A história vai cobrar. Não estaremos mais aqui pra ver, mas num futuro, a história mostrará quem é quem Continuo aqui, com fé, com amor e com esperança”. 

Lurian também criticou a juíza Hardt. “Eu vi uma jovem mulher que poderia entrar pra história como digna e justa, tratar um inocente com desrespeito, intolerância e total parcialidade. Eu vi a dor de um homem que injustamente está sendo privado do convívio dos seus amigos, do seu povo, mas principalmente da sua família, das pessoas que ama, dos seus filhos, netos e bisneta”, detalhou também falando que seu coração se partiu em pedaços.

A Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho resolveu se posicionar sobre a prisão do prefeito Lula Cabral (PSB), ocorrida na última sexta (19). Por meio de nota, a instituição escreveu que recebeu a notícia com surpresa e acredita que Cabral “provará sua inocência e não medirá esforços para que os verdadeiros culpados sejam punidos disponibilizando aos órgãos de controle todas as informações necessárias para apuração dos fatos”.

Através da Operação Abismo, a Polícia Federal aponta o político como mandante de um esquema de fraudes no Instituto da Previdência dos Servidores da cidade. De acordo com a PF, o esquema liderado por Cabral estaria alterando a carteira de investimentos do Instituto de Previdência e já teria transferido mais de R$ 90 milhões investidos em instituições sólidas “para fundos compostos por ativos 'podres', isto é, sem lastro e com grande probabilidade de inadimplência futura, colocando em risco o pagamento da aposentadoria dos servidores do município".

##RECOMENDA##

No posicionamento oficial, a Prefeitura do Cabo afirma que Cabral já prestou esclarecimentos à Polícia e está à disposição no sentido de colaborar com as investigações. “É importante salientar que o Instituto de Previdência do Cabo (CaboPrev) é uma Autarquia Municipal, dessa forma, como todas as outras, possui autonomia administrativa. Por essa razão, é gerida por um Conselho Gestor, sem qualquer interferência do Prefeito, que apenas nomeia seu Presidente”, conclui a nota.

Ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (MDB) divulgou uma carta direcionada à nação brasileira, nesta sexta-feira (17). Preso desde outubro de 2016,  no texto, ele diz que pela primeira vez, nos últimos 20 anos, não fará parte de um processo eleitoral, compara-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pondera que está sendo “vítima de uma perseguição”.

“É notório que sou vítima de uma perseguição, por ter sido o responsável pelo impeachment, que retirou a Dilma e o PT do Governo, e sou, assim como o ex-presidente Lula, um troféu político da República de Curitiba. Fui condenado sem provas, baseado exclusivamente na palavra de um delator que ‘ouviu dizer’ que eu fui a última palavra da nomeação do Diretor Internacional da Petrobras, fato absolutamente inverídico”, diz o ex-deputado, sem mencionar o nome de Jorge Zelada, apontado como afilhado político dele na estatal petrolífera. 

##RECOMENDA##

Condenado a cumprir 14 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e evasão de divisas, Cunha também observou que existem outros casos da Lava Jato semelhantes ao dele e “querem transformar a prisão provisória em prisão perpétua”.

Na carta divulgada nas redes sociais, o ex-deputado faz duras críticas ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) ao observar que o magistrado “faz uma verdadeira obstrução da prestação do Serviço Jurisdicional, impedindo o julgamento de diversos habeas corpus, manobrando os processos para obter resultados que atendam ao seu desejo e ao desejo da organização política do Paraná, o seu estado”.

“Os prejuízos causados à Petrobras por essa crise são muito maiores que os valores recuperados. Além disso, os delatores estão livres, ricos, soltos e sem provar nada daquilo que delataram, apenas seus próprios crimes. Será possível ter estômago para assistir, por exemplo, Joesley Batista solto e o Ministro Edson Fachin não julgar a rescisão de sua frágil e escandalosa delação, pedida pelo Ministério Público?”, indaga. 

Posicionamento eleitoral 

O texto também expõe o posicionamento eleitoral de Cunha. Ele inicia dizendo que é “o maior adversário do PT”, mas defende a candidatura do ex-presidente Lula. “Com relação ao cenário eleitoral, todos sabem que sou o maior adversário do PT e o principal responsável por sua queda. Mas ainda assim, como defensor da democracia, defendo o direito do Lula ser candidato, pois quem deve julgá-lo é a população”, diz. 

“Lula deve ser cobrado e responder por sua irresponsabilidade de ter imposto ao país um poste sem luz, chamado Dilma Rousseff; que destruiu a economia e a política. O petista não deve ser eleito pelo custo que impôs ao povo com sua desastrada escolha, mas jamais impedido de disputar”, acrescenta Cunha.

O ex-presidente da Câmara também salienta que o “Congresso será eleito no pior dos modelos políticos, com voto individual, financiamento público e sem qualquer compromisso com a governabilidade”. 

“A situação do país é muito difícil e a eleição não acabará com a crise. Qualquer candidato que saia vitorioso terá enorme dificuldade de governar, pois dependerá de um Congresso eleito totalmente desvinculado de suas propostas e compromissos… O eleitor precisa estar atento que alguns dos candidatos a presidente, se eleito forem, correm o risco de não durarem um ano de governo”, argumenta.

Para Cunha, “nem é preciso muita informação para saber que 2019 será um ano muito difícil. Para o futuro, o país não terá outra alternativa, que não seja a de adotar o parlamentarismo, a semelhança do modelo Francês ou Português, onde o presidente consegue governar, com os partidos sendo obrigados a aderir à um programa de governo”.

Ainda sobre o pleito, Cunha diz que apoia à candidatura da filha mais velha, Danielle Cunha, à deputada federal e comunga da decisão do MDB de lançar Henrique Meirelles para à Presidência da República. “O nosso candidato a presidente é o mais preparado; numa eleição repleta de candidatos contumazes, que trocam de legenda, mas não trocam de ambição, e de candidatos sem a menor condição de governabilidade”, ressalta.

Confira o texto na íntegra:

CARTA À NAÇÃO BRASILEIRA POR EDUARDO CUNHA

No momento em que se inicia o processo eleitoral, em que pela primeira vez nos últimos 20 anos não farei parte, venho reforçar as minhas posições, justificar a minha situação e me posicionar no cenário eleitoral.

É notório que sou vítima de uma perseguição, por ter sido o responsável pelo impeachment, que retirou a Dilma e o PT do Governo, e sou, assim como o ex-presidente Lula, um troféu político da República de Curitiba.

Fui condenado sem provas, baseado exclusivamente na palavra de um delator que “ouviu dizer” que eu fui a última palavra da nomeação do Diretor Internacional da Petrobras, fato absolutamente inverídico.

Existem outros casos semelhantes ao meu e querem transformar a prisão provisória em prisão perpétua.

Basta ver o julgamento da ação penal da senadora Gleisi Hoffman para verificar que, seguindo a jurisprudência criada por voto unânime da segunda Turma do STF, meu caso é de total absolvição. Mas meu recurso sequer teve o julgamento concluído na segunda instância, onde falta julgar os embargos infringentes.

Na esteira das arbitrariedades e ilegalidades praticadas contra mim, criaram outras três prisões preventivas, sendo uma delas já revogada pelo ministro Marco Aurélio Mello em uma ação absurda do Rio Grande do Norte, onde Henrique Alves teria sido também preso, solto e não estendida a mim a soltura pelo juiz.

Das duas que restam, uma foi decretada pelo juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, por conta de denúncia baseada apenas na palavra de delatores, juntamente com Henrique Alves; sendo que a dele já foi revogada, mas estranhamente não estenderam a mim.

A última é ainda mais absurda. Se trata de preventiva decretada pelo ministro Edson Fachin, com base na delação da JBS. Fachin determinou o envio à primeira instância de Brasília e já se passaram um ano e três meses sem qualquer denúncia de fato, ou seja, estou preso provisoriamente há 15 meses sem processo.

Curiosamente todos os outros denunciados já foram soltos, inclusive o meliante delator, Joesley Batista, e mais uma vez, não estenderam a decisão a mim.

No STJ, o Ministro Rogério Schietti não pauta os meus habeas corpus, embora tenha sido célere para soltar Joesley Batista. O ministro Edson Fachin, do STF, por sua vez, faz uma verdadeira obstrução da prestação do Serviço Jurisdicional, impedindo o julgamento de diversos habeas corpus, manobrando os processos para obter resultados que atendam ao seu desejo e ao desejo da organização política do Paraná, o seu estado.

Com relação ao cenário eleitoral, todos sabem que sou o maior adversário do PT e o principal responsável por sua queda. Mas ainda assim, como defensor da democracia, defendo o direito do Lula ser candidato, pois quem deve julga-lo é a população.

Os prejuízos causados à Petrobras por essa crise são muito maiores que os valores recuperados. Além disso, os delatores estão livres, ricos, soltos e sem provar nada daquilo que delataram, apenas seus próprios crimes.

Será possível ter estômago para assistir, por exemplo, Joesley Batista solto e o Ministro Edson Fachin não julgar a rescisão de sua frágil e escandalosa delação, pedida pelo Ministério Público?

Lula deve ser cobrado e responder por sua irresponsabilidade de ter imposto ao país um poste sem luz, chamado Dilma Rousseff; que destruiu a economia e a política. O petista não deve ser eleito pelo custo que impôs ao povo com sua desastrada escolha, mas jamais impedido de disputar.

A situação do país é muito difícil e a eleição não acabará com a crise. Qualquer candidato que saia vitorioso terá enorme dificuldade de governar, pois dependerá de um Congresso eleito totalmente desvinculado de suas propostas e compromissos.

Chegamos a um momento muito difícil. O Congresso será eleito no pior dos modelos políticos, com voto individual, financiamento público e sem qualquer compromisso com a governabilidade. O eleitor precisa estar atento que alguns dos candidatos a presidente, se eleito forem, correm o risco de não durarem um ano de governo.

A título de exemplo, de que adianta ao candidato do PSDB ter uma base de apoio tão extensa, mas com a maioria dos parlamentares sendo contra a reforma da previdência? Imagina outros candidatos que nem base tem para apoiá-los!

Nem é preciso muita informação para saber que 2019 será um ano muito difícil. Para o futuro, o país não terá outra alternativa, que não seja a de adotar o parlamentarismo, a semelhança do modelo Francês ou Português, onde o presidente consegue governar, com os partidos sendo obrigados a aderir à um programa de governo.

Apoio com veemência a candidatura da minha filha mais velha, Danielle Cunha, com o número 1530, para deputada federal. Sua desenvoltura política é notória: jovem, mulher, evangélica, empreendedora, capacitada, com um currículo que fala por si só; ela é muito mais preparada do que eu.

Os meus adversários podem aguardar que ela dará mais trabalho do que eu dei e defenderá tudo o que eu defendi, do interesse da nação e do povo evangélico, como o combate ao aborto, além das suas próprias propostas que debaterá na campanha.

O MDB tem os melhores nomes e vai eleger a maior bancada na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

O nosso candidato a presidente é o mais preparado; numa eleição repleta de candidatos contumazes, que trocam de legenda, mas não trocam de ambição, e de candidatos sem a menor condição de governabilidade.

Para os meus adversários e para os responsáveis pelo meu calvário, confio em Deus que vou reverter o quadro e voltarei a participar do cenário político.

Eduardo Cunha,

17 de agosto de 2018

A deputada estadual Teresa Leitão (PT), em entrevista concedida ao LeiaJá, assim como o presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro, afirmou que tentam retirar Lula do processo eleitoral, mas que a candidatura do ex-presidente vai ser mantida independente se for absolvido ou condenado no próximo dia 24, quando será julgado pelo Tribunal Federal da 4ª Região, em Porto Alegre. A petista garantiu que há como comprovar a inocência de Lula. 

“Nós vamos manter a candidatura de Lula independente de qualquer coisa. Não por um desrespeito à Justiça, mas porque temos como comprovar a inocência dele e esperamos que esse dia chegue: de comprovar que Lula é inocente”, declarou. 

##RECOMENDA##

Teresa falou mais uma vez que não há crime para que se possa impedi-lo de disputar a presidência da República. “Nós temos que mostrar à população que o processo de Lula é ilegal porque não há provas e não há provas porque não há crime. Se houvesse crime, haveria provas”, disse. 

“Provas muito mais concretas de outros crimes foram recolhidas pela imprensa a exemplo de malas de dinheiro, de contas no exterior, de delações confirmando propina e a Justiça não toma as medidas cabíveis contra esses políticos. E contra Lula se vasculhou a vida de Lula, da família de Lula, até os tablets dos netos de Lula foram levados para investigação e nada se encontrou. Então, é você, inclusive desmoralizar o sentido da Justiça e a gente já é tão descrente da Justiça. Você condenar uma pessoa que não tem crime comprovado desabona a própria Justiça”, continuou a defender. 

Expectativa para o dia 24

Teresa Leitão falou que a militância está unida se preparando não apenas para a “resistência”, mas também outros ataques. “Eu, como militante, como petista, não podia ficar de fora”, disse.

Ela ainda expôs que a tendência é que a Justiça tente condenar Lula no dia 24. “Não sei se daqui para lá algum fato importante possa ocorrer que isso mude, mas está havendo uma grande mobilização internacional e a nossa luta vai ser nessa direção de impedir que isso se concretize. Não é à toa esse crescimento de Lula nas pesquisas. Já indica a identidade dele com o povo e isso também é um fator para criminalizá-lo. Mas, para isso a gente tem o plano A, se ele for condenado, e o plano B se ele for candidato”. 

Na avaliação do economista-chefe do banco Credit Suisse, Nilson Teixeira, a calmaria que se instalou no mercado financeiro em relação à recessão brasileira reflete uma certa "paciência" global com países emergentes e a crença de que o País fará reformas após a eleição de 2018.

Mas ele argumenta que há risco de uma crise fiscal até lá. Para evitá-la, seria preciso que o Congresso e as assembleias legislativas tivessem força para aprovar corte de gastos - algo que depende de uma reforma política: "Eu chego a dizer que a reforma política é mais importante que a da Previdência".

##RECOMENDA##

"Essa é a pergunta que mais tenho ouvido", afirmou, ao ser perguntado por que o mercado está tão calmo quando se discute se outro presidente fica ou sai. "Nossa resposta é que há dois blocos de razões. Primeiro, o cenário externo. Em relação aos Estados Unidos, a percepção é de que o aumento de juros será gradual. Na Europa, a recuperação segue lenta, mas com inflação bem comportada. São cenários benignos para os emergentes", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma senhora chinesa atrasou por mais de cinco horas um voo que partia do Aeroporto Internacional de Xangai nesta semana ao jogar moedas no motor do avião para desejar boa sorte. Segundo a China Southern Airlines, uma mulher de 80 anos jogou o dinheiro, totalizado em 1,7 yuan (US$ 0,25), quando embarcava na aeronave e "rezava" por um voo seguro na última terça-feira (27).

Das nove moedas jogadas pela chinesa, que estava acompanha pelo seu marido, pela sua filha e pelo seu genro, uma delas atingiu o motor do avião. Por isso, todos os passageiros presentes, cerca de 150, tiveram que ser evacuados para que a aeronave fosse examinada.

##RECOMENDA##

O comportamento no mínimo inusitado da mulher, que teve apenas seu sobrenome divulgado, Qiu, foi informado para a polícia local por um dos passageiros, que presenciou a cena. A senhora, então, foi interrogada, mas liberada pouco tempo depois sem nenhuma acusação contra ela. "Para assegurar que o voo estava seguro, a equipe de manutenção da China Southern conduziu uma avaliação completa do motor do avião", afirmou a companhia em um comunicado oficial.

Destituído do cargo de diretor de Inovação Tecnológica da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), Mozart Sales (PT) negou "veementemente" ter cometimento qualquer ilícito no comando da estatal. O petista foi afastado do primeiro escalão da empresa pela Justiça Federal, nessa quarta-feira (9), após a Operação Pulso ser deflagrada para reprimir a atuação de uma suposta organização criminosa especializada em direcionar licitações e desviar recursos públicos na Hemobrás. 

Sales prestou esclarecimentos à Polícia Federal e teve um mandado de busca e apreensão cumprido em sua casa. Em depoimento, Mozart afirmou ter reforçado que todas as decisões administrativas tomadas nas licitações foram lastreadas em pareceres técnicos e jurídicos da estatal. “Entrei na Hemobrás em março deste ano de 2015 e priorizei a questão de armazenamento de plasma, por ser um material perecível e imprescindível para fabricação de diversos medicamentos e que se encontrava comprometido por falta de capacidade de armazenamento”, observou.

##RECOMENDA##

De acordo com Mozart Sales, vários hemocentros no país já haviam reportado o problema e era fundamental solucioná-lo o quanto antes. Defendendo-se o petista salientou que todo o procedimento foi fruto de auditoria interna, recebeu parecer favorável da Advocacia Geral da União e também foi acompanhado pelo Tribunal de Contas da União. “Sem que qualquer um deles apontasse qualquer indício de favorecimento ou mesmo superfaturamento”, enfatizou.

Segundo as investigações da PF, os prejuízos causados por essa suposta organização criminosa são incalculáveis. Há indícios, inclusive, de que os recursos desviados teriam sido usados para custear campanhas políticas. "Existem indícios de dinheiro ligados a diretores da Hemobrás em campanhas políticas na região”, afirma o delegado Wagner Menezes, coordenador da Operação Pulso. Essa informação será repassada para Justiça Eleitoral a fim de serem averiguadas.

O julgamento dos "Canibais" de Garanhuns está para começar no Fórum de Olinda (13). Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, de 52 anos, Isabel Cristina Torreão Pires, 53, e Bruna Cristina Oliveira da Silva, 28, serão julgados pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver e vilipêndio. Dos réus, Jorge foi o único a chegar. Outro personagem que já está no local e conversou com a imprensa foi o advogado de defesa de Isabel Cristina Torreão Pires, Paulo Pontes. Segundo ele, ainda é possível provar a inocência da sua cliente.

Ainda de acordo com Pontes, Isabel foi forçada a cometer os crimes. “Essa participação forçada exclui o caráter ilícito da ação. Isabel tinha medo de se tornar mais uma vítima de Jorge”, comenta o advogado.

##RECOMENDA##

Esta posição, entretanto, não é apoiada pela promotora Eliane Gaia. Ao chegar ao fórum, Eliane deixou claro que vai lutar igualmente pela condenação dos três réus. “Todas tinham liberdade suficiente para comunicar as ações à polícia. Vou tratar todos igualmente até porque o laudo psiquiátrico dos três deu normal, não havia insanidade mental”, explica. 

A juíza responsável pelo caso é Maria Segunda Gomes, da Vara do Tribunal do Júri de Olinda. Curiosamente, ela era a juíza de outro caso que tinha Jorge Beltrão como réu. Cinco anos atrás, Jorge foi acusado de assassinar uma menor de idade no bairro de Rio Doce, em Olinda. Ele foi inocentado por falta de provas. 

Segundo a própria juíza, a perspectiva é que o julgamento seja concluído ainda nesta quinta.

[@#galeria#@]

O promotor de Justiça Roberto Senise Lisboa, que teve o sigilo financeiro quebrado por ordem da Justiça após suspeita de recebimento de propina, divulgou uma nota nesta quarta-feira (23) em que rebate as acusações, que partiram da ex-mulher. Ele disse que as alegações da cantora gospel Priscila Senise Lisboa são "totalmente inverídicas".

O promotor disse que sua ex-mulher se retratou formalmente das acusações feitas contra ele quando o processo de divórcio chegou ao fim, "inclusive aquelas que ainda se acham sob a investigação da douta Procuradoria-Geral de Justiça".

##RECOMENDA##

"Fui parte em processo de divórcio litigioso e, no calor do embate havido com minha ex-esposa, fui alvo de várias acusações, totalmente inverídicas, formuladas em vários órgãos públicos. Quase todos os processos foram arquivados", disse o promotor na nota, enviada por intermédio da assessoria de imprensa do Ministério Público Estadual, onde continua trabalhando.

"Tão logo tomei conhecimento da existência desses procedimentos, imediatamente coloquei espontaneamente à disposição da investigação todas as movimentações de minhas contas", afirmou Lisboa. A nota diz também que um dos procedimentos citados nas denúncias da ex-mulher não foi concluído e um inquérito seguirá para a Justiça nos próximos dias.

Empresas

As instituições citadas por Priscila também se manifestaram. Segundo a decisão da quebra do sigilo de Lisboa, o promotor teria recebido propina da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) e uma bolsa de estudos. A entidade negou as informações. Mas confirmou que Priscila foi beneficiária de uma bolsa de estudos parcial entre 2010 e 2013.

Outra citada, a Casas Bahia, também apontada como pagadora de propina para obter acordo, afirmou que tem diversos acertos assinados com o MPE, mas desconhece as alegações publicadas na reportagem. A Igreja Renascer, citada por ter feito acerto para distribuir um CD de música gospel produzido pelo promotor, não respondeu aos e-mails da reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta terça-feira (10), o médico Claúdio Amaro Gomes, suspeito de matar o “colega” de trabalho, Artur Eugênio de Azevedo, de 36 anos, divulgou uma carta negando o assassinato. O bilhete foi enviado ao Blog do Jamildo, através do advogado do médico, Plínio Nunes. 

>> Negado habeas corpus para suspeito de mandar matar médico

##RECOMENDA##

No texto, o cirurgião ainda tranquiliza os parentes e diz que fez um juramento de salvar vidas e por isso jamais iria matar alguém. O paraibano Artur Eugênio foi assassinado com quatro tiros, três nas costas e um na cabeça, na BR-101, no bairro de Comporta, em Jaboatão dos Guararapes. O carro dele só foi encontrado no dia seguinte, no bairro da Guabiraba, Zona Norte do Recife. O veículo estava carbonizado. De acordo com a polícia, o médico saiu do Hospital Real Português, atendeu um paciente, e quando chegou no prédio, onde morava na Zona Sul da capital, foi sequestrado por dois homens. O corpo de Artur foi levado para o Instituto Médico Legal e só foi identificado pela família no dia 13. Cláudio Gomes e o filho dele, o bacharel de Direito Cláudio Amaro Gomes Júnior são apontados como os mandantes do crime. De acordo com a polícia, o assassinato foi motivado por desavenças profissionais entre os médicos. 

Na segunda-feira (10), a viúva do médico paraibano, Carla Azevedo concedeu entrevista para falar sobre o relacionamento do marido com Gomes. A viúva contou em detalhes as brigas dos dois, mas disse que não acreditava que o cirurgião fosse capaz de assassinar Artur. [Clique aqui e confira o vídeo]

Abaixo, leia a íntegra da carta de Cláudio Gomes: 

“Aos meus familiares, amigos e colegas de profissão

Cláudio Amaro Gomes

Escrevo-lhes estas breves mas sinceras palavras para confortá-los nesse triste momento de nossas vidas. Quero lhes dizer que, apesar de tudo e de todos, das mentiras e especulações, do linchamento público a que venho sendo injustamente submetido, tenho procurado reunir forças para me manter firme. Peço-lhes que façam o mesmo. Afinal, devemos todos confiar na Justiça, ainda que isso não pareça ser o verdadeiro propósito daqueles que me acusam, e simplesmente acusam, sem provas.

A humilhação dessa injusta prisão, a desonra de uma absurda e inventiva acusação, haverão de ter fim. Cedo ou tarde. E para isso não medirei esforços. E sei que farão o mesmo. Somente os que estão realmente comprometidos com a verdade e conhecem profundamente minha história pessoal e trajetória profissional sabem o quanto seria incapaz de praticar ato tão vil como esse de que em acusam, e que vai de encontro todos os princípios e convicções e a tudo que realizei durante meus 57 anos.

Fiz um juramento de salvar vidas. Jamais, de tirá-las! E é com esse espírito, de salvar vidas, que tenho procurado me conduzir ao longo de décadas dedicadas ao fazer bem às pessoas. O que não parece correto nem sensato aceitar é que desentendimentos profissionais, absolutamente normais entre aqueles que atuam com o peso da responsabilidade de salvar o próximo, possam ser considerados, como têm sido à falta de provas, motivo para o cometimento de um crime tão bárbaro. Isso não faz o menor sentido, definitivamente.

Preciso dizer que ninguém, ninguém!, deseja mais do que eu que os fatos sejam apurados e os reais responsáveis sejam encontrados e exemplarmente punidos, como impõe a lei. E como todos esperam que aconteça. Prova disso é que, mesmo jamais tendo sido anteriormente procurado por qualquer autoridade, desde o primeiro instante me coloquei à disposição da Justiça. Inclusive, todos vocês sabem, no momento em que essas descabidas acusações vieram a público me encontrava fora do país, participando de evento médico.

Por obrigação moral não hesitei em retornar ao Brasil, onde, mesmo submetido a um processo de degradação e humilhação públicas, procurei exercer minhas funções e minha rotina diária até ser surpreendido com uma ordem de prisão.

Finalizo dizendo que não compactuo, como todos certamente não compactuam, com a forma como essas investigações vêm sendo conduzidas ao sabor da pressão midiática. Infelizmente, a única preocupação daqueles que conduzem essas investigações é simplesmente encontrar “culpados”, em vez de descobrir “provas” que demonstrem essa culpa.

“A injustiça que se faz a um, é uma ameaça que se faz a todos”. (Montesquieu).”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mulher do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, Andrea Haas afirmou ontem que vai entregar à Justiça italiana documentos que, segundo ela, comprovam a inocência do marido no caso do mensalão. Pizzolato está preso no norte do país europeu aguardando o processo de extradição. Ele foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no Brasil. Fugiu para a Itália antes de ser preso e acabou capturado na semana passada.

Segundo Andrea, a papelada está sendo traduzida para o italiano, como forma de enfrentar o pedido de extradição. O objetivo da defesa é demonstrar que Pizzolato sofre "perseguição política" no Brasil, onde não teria tido um julgamento justo no Supremo. Para os ministros da Corte, Pizzolato comandou um esquema de desvio de dinheiro do Fundo Visanet, criado pelo BB e por outros bancos privados para divulgar a bandeira Visa.

##RECOMENDA##

Andrea diz ter estudado o processo por mais de um ano e diz que não houve dinheiro público envolvido, pois o fundo Visanet era privado. "Isso quer dizer que o Ministério Público se imiscuiu diante de uma empresa privada, diz que houve crime. Isso, legalmente, não poderia ser feito. Se houve crime em empresa privada, ela é que teria de fazer a queixa. Mas nunca a Visanet relatou qualquer problema." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em um discurso de cerca de quarenta minutos no Plenário da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) alegou inocência das condenações a ele impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão.

Ele disse que o ministro do STF Joaquim Barbosa, relator do mensalão, se baseou em acusações seletivas e “virou as costas” para documentos do Tribunal de Contas da União (TCU), da Câmara e da Polícia Federal "que garantiram a legalidade das contratações de publicidade" da Câmara na época em que Cunha foi presidente da Casa.

##RECOMENDA##

O deputado foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e peculato. João Paulo lançou, nesta quarta-feira, a revista “A Verdade – Nada mais que a verdade sobre a ação penal 470”.

Peculato

Sobre o peculato, que recai sobre supostos desvios de contratos de publicidade da Câmara dos Deputados, Cunha disse que todas as contas foram aprovadas pelos órgãos competentes. “Como posso pagar por um peculato, dizendo que eu desviei recursos, sem saber de onde saiu esse dinheiro ou para onde foi?”, questionou Cunha.

O deputado ressaltou que não acumulou riqueza na sua trajetória política. “Moro há 21 anos na mesma casa e, não só isso, na periferia da cidade de Osasco. Nesses oito anos não acharam nada e não encontrarão nada porque não há nada a ser encontrado na minha vida”, disse.

Compra de votos 

O deputado também negou que tenha havido compra de votos na reforma tributária e previdenciária de 2003, lembrando que as reformas tiveram votos favoráveis até da oposição. Segundo ele, os deputados que tocaram as duas reformas não colocariam essas propostas em risco.

Sobre os R$ 50 mil sacados pela esposa de João Paulo Cunha na agência do Banco Rural em Brasília, fato que embasou a condenação por corrupção e lavagem de dinheiro, já que os recursos faziam parte do esquema comandado pelo publicitário Marcos Valério, Cunha disse que o dinheiro custeou o pagamento de pesquisas eleitorais em municípios de São Paulo.

“Pedi para minha mulher pegar os R$ 50 mil para pagar pesquisas na região que tinha influência. Estão nos autos as notas fiscais e os recibos das empresas”, disse. 

Recurso

João Paulo Cunha ressaltou que não cumprirá a pena a ele imposta calado. Cunha teve um recurso provido pelo Supremo Tribunal Federal sobre a multa imposta como pena e também pode ter a pena diminuída por embargos infringentes, que serão analisados em 2014.

 

O Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou nesta segunda-feira (18), após a reunião da Executiva Nacional, uma nota apresentando um breve balanço sobre as pretensões e os desafios que o partido vem enfrentando este ano e os que provavelmente aportarão em 2014. No texto eles reforçam a "confiança e apoio às ações de nosso governo federal", destacam que há uma "ofensiva permanente contra nosso Governo e contra o PT por parte da Oposição" e reiteram denominando os prováveis partidos que farão oposição aos petistas nas Eleições em 2014.

O documento também comenta o resultado da Ação 470, que versa sobre o Mensalão, elencando a prisão dos condenados como "arbitrária" e um "casuísmo jurídico" protagonizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Além de frisar que a ação constitui "grave violação ao instituto do direito de defesa, princípio fundamental no Estado democrático de direito". Para o PT a expedição dos mandados de prisão, efetivada na última sexta (15), propiciou "um espetáculo indesejado e condenável, desrespeitou direitos dos companheiros e ainda colocou em risco a vida do deputado José Genoino, cardiopata recém-operado".

##RECOMENDA##

Os dirigentes da sigla ainda comentam sobre a proposta da Reforma Política, um dos pactos firmados pela presidente Dilma Rousseff (PT) em junho deste ano. 

Confira a nota na íntegra:

O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, reunido no dia 18 de novembro de 2013, aprova a seguinte nota de conjuntura:

Ao se aproximar o final de 2013, o Diretório Nacional do PT reitera sua confiança e apoio às ações de nosso governo federal. Os fatos mostram que, apesar das dificuldades geradas pela crise econômica internacional, nosso país continua gerando novos empregos, ampliando a renda e valorizando os salários da maioria de nosso povo. A inflação está sob controle, o equilíbrio fiscal é uma realidade e o nível de investimento tende a crescer, sobretudo com as concessões nas áreas de infraestrutura e logística, além das repercussões dos leilões no setor petrolífero.

O processo de distribuição de renda por meio da geração de mais de 20 milhões de empregos, da elevação do salário mínimo e das políticas de seguridade social fortaleceu e ampliou nosso mercado interno e as políticas sociais.

A política realizada no Brasil, hoje referência internacional, vai na direção oposta à que tem sido levada a cabo pela União Européia e organismos internacionais em países em crise como Portugal, Grécia e Espanha. Lá, ainda prevalece o ajuste fiscal, os ataques ao emprego e bem-estar de milhares de trabalhadores e a violência contra os movimentos sociais que marcaram os anos 90 no Brasil e na América Latina.

Nossa militância, dentro e fora do governo, pode, pois, travar com mais intensidade a disputa a favor do nosso projeto. Semanas atrás, por exemplo, comemoramos os 10 anos do Bolsa Família, o maior programa de inclusão social do mundo, que os nossos adversários tachavam de ”bolsa esmola”. A defesa dos projetos sociais, todos eles articulados com o Bolsa Família, facilita a abertura de diálogo com a população, beneficiária ou não, e possibilita fazer a diferenciação entre nosso modelo de desenvolvimento e o de nossos adversários.

Há uma ofensiva permanente contra nosso Governo e contra o PT por parte da Oposição, já há três eleições nacionais afastadas do Governo pela maioria do povo.

Pouco a pouco, Instauram o terrorismo junto ao povo, ao prognosticarem índices de inflação acima de qualquer previsão séria. Torcem pelo rebaixamento da nota do Brasil pelas desacreditadas agências de “rating”. E, em vilegiaturas pelo exterior, desaconselham investimentos no País, sob a alegação de descontrole da nossa economia.suas intenções reais, esboçam aspectos de seus programas de governo, versões remodeladas de projetos vencidos nas urnas, como a de que é preciso alterar a lei do salário mínimo para aumentar a produtividade da economia. Ou de que um certo nível de desemprego é necessário para o País voltar a crescer como antes.

Tentam, por fim, criar desconforto na população, que, informada sobre o que ocorreu no passado, não deseja a volta da inflação, nem da instabilidade que traz consigo o desemprego e a queda da qualidade de vida.

É nosso papel combater o discurso e as falácias da oposição a respeito da economia, da política econômica e da ação governamental, sem deixar de manifestar nossa rejeição a propostas como a da independência do Banco Central, rapidamente descartada pela presidenta. Da mesma maneira, é preciso não baixar a guarda com relação às taxas de juros, bem como a obsessão por superávits primários que sacrifiquem as políticas de distribuição de renda e geração de empregos.

Vale tudo para tentar barrar a reeleição da presidenta Dilma Rousseff. Esta tem sido a estratégia e a palavra de ordem da oposição. Seja a do bloco formado pelo PSDB, DEM, PPS e conexos, seja a recente articulação pretensamente de terceira via, encabeçada pela maioria do PSB.

Contam a seu favor neste momento com a ação orquestrada da mídia monopolizada, bem como a simpatia de setores do grande capital, de altos funcionários do aparelho Judicial e do Ministério Público.

Parte significativa do esforço da oposição política, partidária, midiática e social tem sido a repercussão, à exaustão, das condenações de lideranças petistas no curso da AP 470. Novos episódios deste fim de semana vieram a retomar essa linha de atuação. A prisão arbitrária de companheiros petistas,  sem que seus recursos tivessem sido julgados, foi mais um casuísmo jurídico – de tantos que a maioria do Supremo Tribunal Federal perpetrou ao longo da Ação Penal 470. Mais que isso, constitui grave violação ao instituto do direito de defesa, princípio fundamental no Estado democrático de direito.

Não fosse só por isso, o mandado de prisão expedido pelo presidente do STF, ao não especificar o regime de cumprimento das penas, além de propiciar um espetáculo indesejado e condenável, desrespeitou direitos dos companheiros e ainda colocou em risco a vida do deputado José Genoino, cardiopata recém-operado.

Condenados sem provas, num processo nitidamente político e influenciado pela mídia conservadora, os companheiros estão sendo vítimas, desde o início, de uma tentativa de linchamento moral, que visa, também, criminalizar o PT e influir na disputa eleitoral.

O DN reafirma o conteúdo da Nota da CEN de novembro de 2012. O julgamento dos petistas denunciados na AP 470 foi injusto, nitidamente político e alheio às provas dos autos. Com serenidade e equilíbrio, reiteramos que nenhum de nossos filiados comprou votos no Congresso Nacional.

Como afirmamos em nosso 3o. Congresso, a crise é do sistema político que prevê financiamento privado de campanhas e que privilegia o marketing político pessoal em detrimento de programas e Partidos, essenciais ao processo democrático.

Para romper com essa lógica, o PT tem estado à frente da luta pela Reforma Política, pelo financiamento público exclusivo de campanhas, pela lista partidária pré-ordenada com paridade de gênero e pela ampliação da democracia participativa.

O PT saúda e se soma à iniciativa de dezenas de movimentos sociais, centrais sindicais e outros organismos da sociedade civil de organizar, na Semana da Pátria de 2014, o Plebiscito Popular pela Constituinte Exclusiva para a Reforma Política. Somente a mobilização social amplificará a necessidade do instrumento da Constituinte Exclusiva para a realização de uma efetiva Reforma Política no País, como a Presidenta Dilma e o PT defenderam no curso das manifestações populares de junho.

Aproxima-se o dia 20 de novembro, e o PT saúda a importante contribuição da militância petista negra na construção da democracia e do combate às desigualdades e ao racismo institucional. Neste ano, quando as marchas do Dia da Consciência Negra terão como lema “A Juventude Negra quer Viver”, para as quais o Diretório Nacional conclama a participação da militância petista, esperamos ver aprovado o PL 4471. Ao acabar com os autos de resistência, dá-se passo significativo para que a violência e os homicídios contra o povo negro e jovem das periferias sejam enfrentados com maior vigor.

Na agenda política do PT no Congresso, destaca-se ainda a luta pela aprovação do PL 2126/11, estabelecendo o Marco Civil da Internet como um passo na direção da tão sonhada democratização da comunicação de massa no país.

Saudamos a importante conquista da Luta por Memória e Verdade neste mês, com a exumação do corpo de Jango e cerimônia com honras de Chefe de Estado ao nosso Presidente, na Base Aérea de Brasília. Parabenizamos a Comissão Nacional da Verdade, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e a companheira Presidenta Dilma por esse passo a mais no resgate da responsabilidade do Estado nos crimes cometidos pela ditadura.

Por fim, registro importante na conjuntura foi a realização do nosso PED, que ocupou bastante espaço na mídia e mostrou o ineditismo do modo petista de eleger os (as) dirigentes. Alvo de críticas internas, muitas delas tratando de falhas e distorções que realmente exigem mudanças, prevalecem os avanços da introdução da paridade de gênero, das quotas geracionais e étnico-raciais. Um balanço mais aprofundado deve ser realizado pela nova direção em conjunto com a base militante, a fim de corrigir erros, aperfeiçoar os métodos de escolha das direções, fortalecer os instrumentos de participação e de vinculação com os movimentos sociais, ampliar a formação política e a comunicação para dentro e para fora do PT.

 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando