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A Madison Biotech, envolvida no contrato de compra da vacina Covaxin pelo governo federal, tem como sede um imóvel em Cingapura sem qualquer menção à empresa na fachada, conforme verificou a reportagem do The Intercept Brasil. Senadores que integram a CPI da Covid suspeitam que a Madison Biotech seja uma empresa de fachada. 

No endereço, funciona um escritório que presta serviço para várias empresas. Uma mulher que se apresentou como provedora de serviços da Madison Biotech informou ao The Intercept que o local serve apenas como endereço fiscal. Ela disse que a Madison Biotech pertence à Bharat Biotech. O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, também havia afirmado na quarta-feira (23), ao defender o governo, que a Madison era um braço legal da Bharat Biotech, que fabrica o imunizante. 

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A Madison Biotech receberia US$ 45 milhões (mais de R$ 222 milhões) de forma adiantada pela compra da Covaxin. Pelo contrato assinado em fevereiro, as primeiras doses chegariam em maio, mas nenhum lote foi entregue até o momento.

A empresa está sediada no mesmo endereço que investigações internacionais apontaram que cerca de 600 empresas de fachada estão registradas, segundo o vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede). O senador suspeita que a Madison era usada para pagamentos irregulares.

Diálogos transcritos a partir de grampos telefônicos sugerem que comparsas do miliciano e ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega recorreram ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), segundo reportagem do The Intercept Brasil. As conversas integram relatório da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Polícia Civil do Rio, elaborado com a quebra de sigilo telefônico e  telemático de suspeitos de ajudar o chefe do Escritório do Crime durante os 383 dias em que esteve foragido.

Após a morte do miliciano, em fevereiro de 2020, os cúmplices fizeram contato com "Jair" e "HNI (PRESIDENTE)", e disseram que iriam conversar com "cara da casa de vidro". Para fontes do Ministério Público do Rio de Janeiro ouvidas pelo The Intercept, o conjunto de circunstâncias permite a conclusão de que os nomes são referências ao presidente Jair Bolsonaro. O termo "cara da casa de vidro" seria uma referência aos palácios do Planalto, sede do Executivo e da Alvorada, residência oficial do presidente, com fachada de vidro.

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O Ministério Público do Rio pediu que a justiça encerrasse as escutas após as citações. A postura reforça a ideia de que as referências são a Jair Bolsonaro, pois o MP do Estado não pode investigar o presidente da República. O órgão tem a obrigação constitucional de encaminhar o processo à Procuradoria Geral da República. A PGR não informou se recebeu a investigação.

Segundo as transcrições, Ronaldo Cesar, o Grande, apontado como um dos elos entre os negócios legais e ilegais de Adriano, diz a uma mulher não identificada que iria ligar para o "cara da casa de vidro". O contato ocorreu horas após a morte do miliciano. Na ligação, Grande demonstra preocupação com questões financeiras.

Quatro dias depois da morte do ex-capitão, Grande fala com HNI (PRESIDENTE) - a sigla significa homem não identificado. O telefonema de mais de cinco minutos foi reduzido na transcrição por duas frases: "GRANDE fala sobre que está tendo problemas com a família devido às divisões dos bens. HNI se coloca à disposição de GRANDE caso venha a ter algum problema futuro" (sic).

No mesmo dia, o nome "Jair" aparece em conversas de outros comparsas de Adriano. O pecuarista Leandro Abreu Guimarães e sua mulher, Ana Gabriela Nunes, segundo as investigações, esconderam o miliciano em uma fazenda da família após ele ter escapado de um cerco policial na Costa do Sauípe, no litoral baiano. Ana Gabriela relata a uma interlocutora identificada como "Nina" que Leandro está querendo falar com Jair".

Minutos depois, Ana Gabriela faz telefonema de um minuto de duração. O documento da transcrição diz que o diálogo se deu entre Ana Gabriela e Jair. A conversa não está transcrita e os analistas apenas reproduzem a frase anterior: "Gabriela diz que Leandro quer falar com Jair".

O analista da Polícia Civil sugeriu que não fossem renovados os grampos do casal nem de Grande. O Ministério Público do Rio aceitou a recomendação. O Intercept questionou o MP sobre os motivos para encerrar as escutas, mas não obteve retorno.

Em 9 de fevereiro de 2020, Adriano da Nóbrega foi cercado por policiais do Rio e da Bahia quando estava escondido no sítio do vereador Gilson Batista Lima Neto, o Gilsinho de Dedé (PSL) em Esplanada-BA. Os agentes contaram que Adriano reagiu a tiros e foi baleado duas vezes.

Em 2005, Adriano foi condecorado pelo então deputado estadual Flávio Bolsonaro com a medalha Tiradentes, a mais alta honraria da Assembleia Legislativa do Rio. O miliciano estava preso preventivamente por assassinar um guardador de carros. Jair Bolsonaro disse que pediu para o filho fazer a homenagem. Flávio também empregou a mãe e a ex-mulher de Adriano em seu gabinete na Alerj.

Nesta sexta-feira (20), dia da Consciência Negra, o Intercept Brasil anunciou a abertura do programa de bolsas de reportagem para repórteres negros. Serão oferecidas cinco bolsas no valor que varia de R$ 2 mil e R$ 3 mil. Os selecionados terão que executar investigações jornalísticas sobre qualquer tema. 

Confira, abaixo as categorias oferecidas de acordo com a pauta: 

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Categoria 1: R$ 2 mil

Entrevistas; reportagens com até duas fontes e que não necessitam de viagem ou recursos extras;

Categoria 2: R$ 3 mil

Reportagens com três ou mais fontes e/ou que necessitam de recursos extras ou viagem;

Além do valor, os repórteres selecionados também terão a opção de passar por uma mentoria de um editor do Intercept e por uma formação de uma semana com aulas on-line sobre investigação, segurança digital, checagem, edição e redes sociais. A seleção será realizada durante os meses de novembro e dezembro. 

Os candidatos serão selecionados com base na qualidade das pautas: relevância jornalística, ineditismo, existência de documentação, alinhamento à proposta editorial do Intercept e diversidade regional. A avaliação caberá à equipe do Intercept. Os interessados podem realizar as inscrições até o dia 11 de dezembro, pela internet. A seleção das pautas e bolsistas será efetuada no período de 14 de dezembro a 29 de janeiro. Já o resultado será divulgado até o dia 8 de fevereiro. 

O Intercept reforça que as pautas passarão pelo processo padrão de edição: leitura de editores, comentários e checagem. Além disso, os selecionados participarão de cursos de jornalismo investigativo e criatividade com a equipe do Intercept. Também serão acompanhados por editores em todo o processo de produção da pauta.

Para participar da seleção os candidatos precisam possuir alguns critérios: autodeclaração de raça, idade de 18 anos completos até a data de inscrição, relevância jornalística, possibilidade de impacto e mudança real no pós-publicação, ineditismo e/ou originalidade, comprovação documental (PDFs, áudios, vídeos, prints, etc)/entrevistas fundamentais, diversidade regional e de gênero, e viabilidade de execução. 

Mais informações podem ser obtidas no site do Intercept Brasil

Nesta terça-feira (21), sete pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF), em Brasília, por envolvimento no hackeamento do Telegram do ministro da Justiça Sergio Moro e do procurador Deltan Dallagnol. As mensagens divulgadas pelo The Intercept puseram a confiança da Operação Lava Jato à prova. Um dos denunciados é o jornalista Glenn Greenwald, editor do The Intercept.

Na determinação do procurador Wellington Oliveira, um suposto áudio encontrado em um computador apreendido de um dos hackers reforça que Gleen orientou o grupo a apagar as mensagens. Para o procurador, a mensagem é uma "clara conduta de participação auxiliar no delito, buscando subverter a ideia de proteção a fonte jornalística em uma imunidade para orientação de criminosos". O grupo vai responder por organização criminosa, interceptações telefônicas ilegais e lavagem de dinheiro - exceto Gleen.

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O Ministério Público vai enviar uma cópia da denúncia à Procuradoria-Geral da República (PGR) para subsidiar um eventual pedido de revogação da decisão que impede a realização de investigações referentes a participação de Gleen, apontou o jornal Folha de São Paulo. Ele é protegido por uma medida cautelar do ministro do Supremo, Gilmar Mendes, que impediu investigação da Polícia Federal.

Os outros denunciados são Walter Delgatti Neto - o Vermelho - e Thiago Eliezer Martins Santos, descritos como líderes do grupo; Danilo Cristiano Marques, apontado como suposto 'testa-de-ferro' de Delgatti; Gustavo Henrique Elias Santos, visto como desenvolvedor das técnicas de invasão ao aplicativo, e sua companheira Suelen Oliveira, que foi acusada de ser laranja em fraudes. Além deles, Luiz Molição também foi denunciado por ser o suposto intermediário entre os hackers e Gleen.

A Procuradoria-Geral da República afirmou ser "absolutamente comum" que membros do Ministério Público conversem com o juiz sem a presença da defesa. O entendimento consta em manifestação encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) no processo movido pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cobra a suspeição de Sergio Moro após a divulgação de mensagens atribuídas ao ex-juiz e membros da Lava Jato.

"Em nosso sistema, a lei não exige que uma parte só tenha contato com o julgador na presença da outra. É absolutamente comum que membros da Advocacia e do Ministério Público conversem com o julgador sem a presença da outra parte", afirma a PGR, ao explicar que, se as mensagens fosse comprovadas reais, não poderiam ser classificadas como conduta ilícita.

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O posicionamento da PGR com as mensagens é de que elas não podem ser consideradas provas válidas por não terem passado por uma perícia técnica e por terem sido obtidas de forma ilícita. Apesar disso, a Procuradoria afirma que, mesmo se as conversas atribuídas a Moro e Dallagnol fossem reais, elas não violariam a legislação nem poderiam ser utilizadas para inocentar Lula no processo do triplex do Guarujá (SP).

Neste caso, o petista foi sentenciado por Moro a nove anos e seis meses de prisão. O caso chegou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), a terceira instância jurídica, que reduziu a pena para oito anos, dez meses e vinte dias de reclusão. Foi a primeira condenação de Lula na Lava Jato.

"A partir dos mencionados contornos do sistema e da tradição brasileira, são legítimas conversas entre Acusador e Juiz que tenham por objeto a busca da verdade e dos valores da justiça. Nesse contexto, o que as supostas mensagens revelariam, se verdadeiras, é uma atuação diligente das autoridades, no curso de uma operação sem precedentes, que exigia para seu funcionamento a realização de contatos frequentes", afirma a PGR.

A Lava Jato é a maior operação já deflagrada no País contra a corrupção. A investigação desmantelou cartel de empreiteiras que se instalou em diretorias estratégicas da Petrobras entre 2004 e 2014. A operação atingiu 68 fases até aqui, pelas mãos de Moro e, depois, dos juízes Gabriela Hardt e Luiz Antônio Bonat, que assumiram a Lava Jato na 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba.

Ao longo de mais de cinco anos de ação da Lava Jato em Curitiba já chega a R$ 4.069 bilhões o total de valores recuperados por meio de acordos de delação premiada, acordos de leniência, termo de ajustamento de conduta (TAC) e renúncias voluntárias de réus ou condenados, já efetivamente restituídos.

Até aqui, a Lava Jato já levou a condenações que somam 2.249 anos de prisão para acusados de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Contato 'legítimo e recomendável'

De acordo com a Procuradoria, em casos de investigações sigilosas, os contatos se restringem a apenas o Ministério Público e o juiz. "Como um Promotor que atua com exclusividade em uma Vara tem centenas ou milhares de casos lá tramitando, enquanto cada Advogado costuma ter um número reduzido, é muito comum, legítimo e recomendável que haja contatos frequentes entre os membros do Ministério Público e do Poder Judiciário. Essa é, aliás, em especial, a realidade de grandes investigações", alega.

A PGR afirma que as mensagens não devem ser levadas em consideração pelo Supremo devido à ausência de perícia. A Procuradoria também acusa que "houve edição de parte das mensagens" e aponta, como prova, manifestações de defesa de Deltan Dallagnol e da força-tarefa da Lava Jato. O site The Intercept Brasil, que divulgou as mensagens, nega veementemente que o conteúdo tenha sido modificado.

Em outro ponto, a PGR afirma que as mensagens, mesmo se verdadeiras, foram obtidas de forma ilícita por um grupo de hackers que miraram não apenas Moro e Dallagnol, mas em diversas autoridades em uma "ação criminosa de gravidade sem precedentes na história do País".

Mesmo assim, se elas fosse admitidas nos autos, elas não revelariam qualquer tipo de violação de direitos ou garantias" contra Lula nem provariam a inocência do petista.

"Ainda que se admitisse a utilização, nestes autos, da "prova ilícita" consistente em algumas mensagens enviadas por Deltan Dallagnol e Sergio Moro no ambiente do Telegram, essa utilização não seria capaz de demonstrar a inocência de Luiz Inácio Lula da Silva em relação aos crimes que lhe são imputados nos processos (que estão ou estiveram) em curso perante a 13a Vara da SJ/PR".

Reações

O criminalista Cristiano Zanin Martins, defensor do ex-presidente Lula, disse que a "manifestação da Procuradoria Geral da República apresentada nesta data tem por objetivo causar tumulto processual e impedir a conclusão do julgamento do habeas corpus que trata da parcialidade do ex-juiz Sergio Moro e da consequente nulidade dos processos instruídos e julgados pelo então magistrado".

"A manifestação é extemporânea, já que pretende tratar das mensagens da 'Vaza Jato' citadas em petição que apresentamos há 6 meses. Além disso, a manifestação não conseguiu afastar a prova pré-constituída da parcialidade com que Moro conduziu os processos contra Lula, reforçadas pelas mensagens checadas e divulgadas pelo portal The Intercept e por diversos outros veículos de imprensa e que estão na posse do próprio Supremo Tribunal Federal, além da 10ª. Vara Federal de Brasília".

A reportagem entrou em contato, via e-mail, com a assessoria de comunicação do site The Intercept Brasil e aguarda resposta. O espaço está aberto a manifestações.

O procurador e chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, recorreu ao seu perfil no Twitter para rebater acusações de que procuradores da Operação Lava Jato driblaram a lei para obter dados sigilosos da Receita Federal. "Mais acusações falsas contra a Lava Jato. A Receita passou informações para o MP (Ministério Público) na Lava Jato em três situações, sempre com amparo na lei", escreveu.

Mensagens obtidas pelo site Intercept Brasil e analisadas em conjunto pelo jornal Folha de S.Paulo mostram que integrantes da força-tarefa no Paraná buscaram informações junto à Receita Federal diversas vezes sem a autorização da Justiça para a quebra do sigilo fiscal das pessoas investigadas. Para isso, teriam contado com a cooperação do auditor fiscal Roberto Leonel, que comandou a área de inteligência do Fisco em Curitiba até 2018 e, este ano, assumiu o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

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De acordo com Dallagnol, a Receita passou informações para o Ministério Público no âmbito da Lava Jato nas seguintes situações: "Quando houve quebra de sigilo fiscal decidida por juiz; quando o MP requisitou informações fiscais, poder dado pela Lei Complementar 75/93 e reconhecido em atos e decisões da Administração Pública e do Judiciário e, por fim, quando a Receita identificou indícios de crimes, em apuração de iniciativa própria ou a partir de informações recebidas do Ministério Público, de outros órgãos ou de cidadãos".

O promotor afirmou ainda que a Receita Federal tem liberdade de apurar atos ilícitos a partir de notícias que recebe e de comunicá-los ao Ministério Público. "Uma função central dos Escritórios de Pesquisa e Inteligência, como aquele que o auditor Roberto Leonel chefiava, é exatamente fazer pesquisa e investigação. A obrigatoriedade da comunicação dos indícios de crimes ao MP está prevista no art. 5º da Portaria 671/14", acrescentou.

Por fim, Dallagnol mencionou post do procurador da República do MPF em Goiás, Helio Telho, para rebater críticas à relação da força tarefa com a Receita Federal. "O colega @HelioTelho explica que a cooperação entre Receita e Ministério Público é legal, legítima e desejável. Na Lava Jato, já resultou em mais de 24 bilhões em créditos tributários", disse.

O jornalista e editor do site The Intercept, Glenn Greenwald, responsável pelos vazamentos realizados desde junho comprometendo membros do alto escalão do Governo Federal, repercutiu nesta quarta-feira (7) materiais divulgados por sua equipe.

Greenwald fez um alerta aos defensores do atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e do procurador da operação Lava Jato, Deltan Dallagnol - dois dos principais nomes alvos do The Intercept.

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“Para os defensores de Moro e Deltan, eles são reduzidos a apenas um argumento: os fins justificam os meios. Não importa quão corrupto ou ilegal seja seu comportamento, porque seus objetivos são tão nobres e eles são tão benevolentes que residem acima da ética e até da lei”, comentou o jornalista.

Ainda em seu perfil no Twitter, Glenn também fez menção ao comportamento de Moro e Dallagnol. “Que Deltan tentou abusar de seu poder contra o STF usando a Rede ilustra um ponto vital: muitos dos críticos mais veementes do comportamento de Moro e Lava Jato agora eram anteriormente apoiadores deles, mas viram a verdade. Isso é o que o jornalismo faz: desmascara os poderosos”, explicou.

O deputado federal David Miranda (PSOL) expressou seu amor e admiração pelo seu marido, o jornalista e editor do site The Intercept, Glenn Greenwald, nesta quarta-feira (31).

Através de seu perfil oficial no Instagram, Miranda elencou as qualidades que vê no marido. “Eu queria que as pessoas te conhecessem 10% do que eu conheço. Sua coragem, seu senso de justiça, de humanidade, e de respeito ao próximo, independente de quem seja o próximo”, disse. 

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“Sinto orgulho do ser humano que você é, e felicidade por poder estar junto de quem eu amo. Obrigado por cada dia do meu lado, me ajudando a ser uma pessoa melhor. Te amo”, declarou David a Glenn.

Desde os vazamentos feitos pelo Intercept, que começaram no dia 9 de junho, o jornalista norte-americano vem sendo alvo de ataques por parte de apoiadores do governo do presidente Jair Bolsonaro. 

O deputado Filipe Barros (PSL) formalizou uma denúncia nesta sexta-feira (26) na Procuradoria Geral da República (PGR) com um pedido de prisão para o jornalista e editor do site The Intercept, Glenn Greenwald.

De acordo com o parlamentar, sua denúncia se baseia em quatro pontos. A primeira é que Glenn teria dito que se preocupava com a integridade do harcker. “Ou seja, agiam deliberadamente em conjunto”, disse.

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Depois, segundo Filipe, o hacker teria assumido que mantinha diálogos com Glenn e que passou os diálogos a ele sem cobrar nada. “Porém, o advogado de um dos hackers disse que seu cliente iria vender o suposto material para o PT”, complementou.

“Pergunto: Se o hacker queria obter vantagem financeira vendendo o material, porque passaria gratuitamente ao ‘Greenfraude’?”, questionou o deputado. Em seguida, o parlamentar alegou que o COAF identificou R$ 630 mil em transações suspeitas dos presos.

O seu quarto ponto de argumentação é que a Polícia Federal teria encontrado R$ 100 mil, em notas vivas, na casa de outro preso. “A proximidade de ‘Greenfraude’ com os hackers está evidente, me levando a crer que agiram em conjunto, como coautores dos crimes previstos na Lei 12.737/2012”, argumentou.. 

“Ao contrário do que o jornalista tem alegado, que teria apenas recebido o material sem saber sua origem. Faz-se necessário, portanto, a devida apuração da relação entre ‘Greenfraude’ e os hackers. Parafraseando Cazuza: as ideias do jornalista não correspondem aos fatos”, finalizou o parlamentar.

Desde o dia 9 de junho, o site The Intercept Brasil já publicou oito reportagens a partir do suposto conteúdo vazado das contas no Telegram do ex-juiz e atual ministro Sérgio Moro, do coordenador da operação lava-jato Deltan Dallagnol e de outros procuradores da república. O conteúdo levou Moro a ser sabatinado na Câmara dos Deputados e no Senado Federal e abalou a confiança de parte dos brasileiros na imparcialidade do processo que condenou o ex-presidente Lula da Silva a oito anos, dez meses e vinte dias de reclusão, pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

O LeiaJá foi às ruas conferir a opinião da população sobre o caso. Confira:

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<p>No podcast desta segunda-feira (01), o cientista político Adriano Oliveira, baseado nas manifestações que aconteceram em várias cidades ontem (30), faz uma análise sobre a relação de força entre o ministro da justiça Sérgio Moro e o presidente da república Jair Bolsonaro (PSL). Para Adriano, não é interessante para Bolsonaro ter a figura de Moro forte, já que ele poderia ser um adversário importante para o peito de 2022, para o qual o presidente já deu sinais de que gostaria de participar.</p><p>Em uma futura eleição, Bolsonaro, Moro e o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), dividiriam o mesmo eleitorado, aquele que representa o antipetismo.&nbsp;</p><p>Outra questão apontada por Adriano é a repercussão dos diálogos vazados pelo site The Intercept Brasil, que cada vez mais lançam dúvidas acerca das provas e consequente prisão do ex-presidente Lula, assim como a Operação Lava Jato como um todo. Para o cientista, vários cenários podem acontecer, principalmente porque em um governo liderado por um presidente como Bolsonaro a incerteza está presente sempre.</p><p>O programa Descomplicando a Política é exibido na fanpage do Leia Já, em vídeo, toda terça-feira, a partir das 19h. Além disso, também é apresentado em duas edições no formato de podcast, as segundas e sextas-feiras.</p><p>Confira mais uma análise a seguir:</p><p>
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O ministro da Justiça, Sérgio Moro, usou seu Twitter para agradecer o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PSL), neste domingo (30), dia de manifestações em defesa da Lava Jato. "Sou grato ao PR @jairbolsonaro e a todos que apoiam e confiam em nosso trabalho. Hackers, criminosos ou editores maliciosos não alterarão essas verdades fundamentais. Avançaremos com o Congresso, com as instituições e com o seu apoio", disse Moro.

"Eu vejo, eu ouço, eu agradeço. Sempre agi com correção como juiz e agora como Ministro. Aceitei o convite para o MJSP para consolidar os avanços anticorrupção e combater o crime organizado e os crimes violentos. Essa é a missão. Muito a fazer", completou.

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--> Recife: Após vazamentos, adesão em ato pró-governo é menor

Um dos principais organizadores das manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff em 2015, o Movimento Brasil Livre (MBL) foi hostilizado por ativistas neste domingo (30), por não incluir o apoio ao presidente Jair Bolsonaro entre suas bandeiras.

Durante a manifestação em defesa de Sergio Moro, da Lava Jato e da reforma da Previdência realizada na Avenida Paulista, em São Paulo, cerca de 20 integrantes do grupo 'DireitaSP' foram até o caminhão do MBL em frente ao MASP para puxar palavras de ordem contra o grupo.

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Houve um princípio de tumulto e a Polícia Militar teve que agir para evitar uma briga generalizada. Horas depois, o MBL publicou em suas redes sociais um "agradecimento" para a PM por ter agido na ocasião.

O MBL e o Vem Pra Rua, os dois maiores grupos anti-Dilma em 2015, optaram por excluir a defesa do presidente Jair Bolsonaro de suas agendas. "Seguranças do MBL atacaram nossos integrantes. Eles foram lá cobrar o comportamento de não dizerem que apoiam o Bolsonaro. O MBL é oportunista", disse Edson Salomão, presidente do DireitaSP.

"Nós temos fotos e vídeos que já identificaram os agressores. Os vídeos mostram que eles foram lá e começaram a agressão", responde Renato Battista, coordenador nacional do MBL.

Segundo ele, o escritor Olavo de Carvalho teria dito na quarta-feira (26) que os manifestantes deveriam agredir o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), do MBL, nas manifestações. "A gente não puxa o saco do Bolsonaro", finalizou o dirigente do MBL.

Rio

Integrantes do MBL não foram bem recebidos por um grupo minoritário que também se manifestava em ato pró-Moro no final da manhã deste domingo, em Copacabana, no Rio. Um deles foi agredido por um manifestante que estampava as palavras "Direita Rio de Janeiro" em sua camiseta. O grupo segurava a faixa "MBL Vocês não nos representam… MuKIMrana".

O MBL passou a ser alvo de grupos pró-Bolsonaro especialmente após não apoiar o ato com lemas contra o STF e o "Centrão pelo País" do dia 26 de maio.

De acordo com o coordenador do movimento no Rio, Renato Borges, um boletim de ocorrência deve ser feito ainda nesta tarde. "O MBL colocou o seu caminhão de som na Avenida Atlântida para manifestar em defesa da Lava Jato. Uma minoria organizada veio nos hostilizar, proferiu ofensas, partiu para a agressão física e a Polícia Militar logo veio e retirou o agressor", relata o jovem.

"Eu vejo, eu ouço. Lava Jato, projeto anticrime, previdência, reforma, mudança, futuro", afirmou no Twitter o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, em reação aos atos em seu apoio em diversas cidades do País, neste domingo, 30.

Os protestos foram idealizados após reportagens do site The Intercept Brasil divulgarem supostas trocas de mensagens entre o ex-juiz e os procuradores da força-tarefa.

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Tiwtter

Apoiadores e críticos do ministro Sergio Moro estão mobilizados no Twitter neste domingo, 30. Entre os dez assuntos mais comentados na rede social, estão as hashtags "Brasil nas ruas", em apoio às manifestações, e "ParadadoOrgulhoGado, com críticas aos atos.

Apoiadores do ministro Sergio Moro e da operação Lava Jato estão mobilizando o Twitter neste domingo (30). Dos dez assuntos mais comentados na rede social, a hashtag "Brasil nas ruas" em apoio às manifestações que estão previstas em todo o País neste domingo está em segundo lugar. Os atos foram convocados após o vazamento de mensagens trocadas pelo ex-juiz com procuradores da força-tarefa da Lava Jato.

Nas postagens referentes à hashtag, usuários da rede social publicam fotos de preparativos para os atos e informações referentes aos locais e horários das manifestações. As publicações também contam com menções de apoio às reformas propostas pelo governo, como a reforma da Previdência e o pacote anticrime proposto pelo Ministério da Justiça.

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As manifestações deste domingo são organizadas pelos Movimentos Vem pra Rua, Brasil Livre e Nas Ruas. Organizadores preveem concentrações em 203 cidades do Brasil. Os atos estão marcados a partir das 14h. Em São Paulo, a manifestação deve ocorrer na Avenida Paulista, e no Rio de Janeiro, na Praia de Copacabana.

A hashtag "Brasil nas ruas" é a mesma utilizada nos protestos realizados em 26 de maio, em apoio ao governo do presidente Jair Bolsonaro.

<p>Devido aos festejos juninos, o primeiro podcast dessa semana vai ao ar hoje, terça-feira (25). No programa, o cientista político Adriano&nbsp;Oliveira analisa a semana, que traz a expectativa de mais revelações pelo site The Intercept Brasil, acerca de diálogos entre o Ministro da Justiça, Sérgio Moro e atores do Ministério Público. Na época das conversas Moro atuava como juiz da Lava Jato, e, segundo as informações passadas pelo site, articulava o desejo condenar alguns personagens específicos da operação, como o ex-presidente Lula.&nbsp;</p><p>As informações colocam Moro em julgamento, deixando-o nas mãos do Intercept, que vem soltando os diálogos paulatinamente, o que vem minando a imagem do ministro para a opinião pública. Segundo Adriano, a figura fraca de Moro pode beneficiar uma possível reeleição de Bolsonaro (PSL) em 2022, que perderia um forte concorrente - caso os diálogos não tivessem sido divulgados.</p><p>Outro ponto discutido pelo cientista é a relação do presidente com o congresso, que cada vez fica mais frágil, principalmente porque Bolsonaro se recusa a manter um diálogo com a casa.</p><p>O programa Descomplicando a política é exibido na fanpage do LeiaJá, em vídeo, toda terça-feira, a partir das 19h. Além disso, também é apresentado em duas edições no formato de&nbsp;podcast, as segundas e sextas-feiras.&nbsp;</p><p>Confira mais uma análise a seguir:</p><p>
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A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira, 21, que 'juízes e procuradores da República, foram vítimas da ação criminosa de invasão de celular'. Raquel se manifestou após a defesa do ex-presidente Lula incluir, em um pedido de habeas corpus, a transcrição de mensagens que teriam sido trocadas entre o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, e integrantes da força-tarefa da Lava Jato.

O pedido de habeas corpus acusa Moro de ter agido com parcialidade ao condenar Lula no caso do triplex do Guarujá, quando ainda era juiz federal em Curitiba, e depois assumir cargo no primeiro escalão do governo de Jair Bolsonaro. O recurso será julgado no próximo dia 25 pela Segunda Turma da Corte.

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No mesmo documento apresentado ao Supremo, a procuradora-geral manifestou-se contrária ao pedido feito pela defesa do ex-presidente para que a ação penal que o condenou seja anulada. Os advogados de Lula afirmaram que as supostas mensagens mostram 'completo rompimento da imparcialidade objetiva e subjetiva'.

Raquel relatou ao Supremo que requisitou 'inquérito policial para investigar' as mensagens e determinou 'providências administrativas no âmbito do Ministério Público Federal sobre o tema'.

"Nas últimas semanas, várias autoridades públicas, aí se incluindo Conselheiros do CNMP, juízes e procuradores da República, foram vítimas da ação criminosa de invasão de celular para acessar e usar sua identidade, enviar mensagem e acessar mensagens trocadas em relações de trabalho, por meio de aplicativo eletrônico", afirmou Raquel.

"É possível que, com o furto e uso de identidade, tais mensagens tenham sido adulteradas ou de alguma forma manipuladas. Trata-se de grave e criminoso atentado contra o Estado e suas instituições, que está sob a devida apuração pelos órgãos competentes."

Para Raquel Dodge, no entanto, "há fundadas dúvidas jurídicas" em relação às supostas mensagens trocadas e que foram anexadas ao processo. "É que o material publicado pelo site The Intercept Brasil, a que se refere a petição feita pela defesa do paciente, ainda não foi apresentado às autoridades públicas para que sua integridade seja aferida", argumenta a procuradora-geral.

"Diante disso, a sua autenticidade não foi analisada e muito menos confirmada. Tampouco foi devidamente aferido se as referidas mensagens foram corrompidas, adulteradas ou se procedem em sua inteireza, dos citados interlocutores. Estas circunstâncias jurídicas têm elevado grau de incerteza neste momento processual, que impede seu uso com evidência a corroborar a alegação de suspeição feita pela defesa do paciente neste autos."

No documento enviado a Fachin, a chefe do Ministério Público Federal também manifestou preocupação com a possibilidade de as supostas mensagens terem sido obtidas "de maneira criminosa". Se for o caso, continua Raquel, trata-se de um "grave atentado às autoridades constituídas brasileiras".

"É possível que, com o furto e uso de identidade, tais mensagens tenham sido adulteradas ou de alguma forma manipuladas. Trata-se de grave e criminoso atentado contra o Estado e suas instituições, que está sob a devida apuração pelos órgãos competentes."

COM A PALAVRA, A DEFESA DE LULA

 

"PGR ERRA AO DIZER QUE HC DE LULA É BASEADO EM REPORTAGENS DO "THE INTERCEPT"

Ao contrário do que foi afirmado pela ilustre Procuradora Geral da República em manifestação protocolada nesta data (21/06) o Habeas Corpus nº 164.493 que impetramos em favor do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 05/11/2018 e que está na pauta da 2ª. Turma do STF do próximo dia 25 não está amparado nas reportagens divulgadas pelo "The Intercept".

Referido habeas corpus, que começou a ser julgado pela Suprema Corte em 04/12/2018 - muito antes, portanto, das reportagens do "The Intercept" - mostra que o ex-juiz Sérgio Moro "sempre revelou interesse na condução do processo e no seu desfecho" a partir de fatos concretos que estão descritos e comprovados naquele requerimento, tais como: (i) autorização para monitoramento do principal ramal do nosso escritório para que a Lava Jato pudesse acompanhar em tempo real a estratégia de defesa de Lula; (ii) imposição de condução coercitiva e diversas outras medidas excepcionais com o objetivo de rotular Lula como culpado antes do processo e do seu julgamento; (iii) atuação fora das suas atribuições legais para impedir o cumprimento da ordem de soltura emitida pelo Des. Federal Rogério Favreto; (iv) divulgação de atos processuais que estavam em sigilo com o objetivo de interferir nas eleições presidenciais de 2018; (v) aceitação do cargo de Ministro de Estado do atual Presidente da República que foi beneficiado pela condenação de Lula e, além de seu opositor político, já defendeu que o ex-Presidente deve "apodrecer na cadeia".

Em 13/06/2019 fizemos apenas o registro nos autos daquele habeas corpus de que as reportagens publicadas pelo "The Intercept" a partir de 09/06/2019, cujo conteúdo é público e notório - e nessa condição independe de qualquer demonstração (CPC, art. 374, I. c.c. CPP, art. 3º) -, remetem à "conjuntura e minúcias das circunstâncias históricas em que ocorreram os fatos comprovados nestes autos e sublinhados 2 desde a sustentação oral realizada pelo primeiro subscritor em 04/12/2018".

Eventual investigação instaurada pela Exma. Sra. Procuradora Geral da República não possui qualquer relação com o Habeas Corpus nº 164.493 ou com o seu desfecho porque essa ação constitucional está amparada em graves fatos que antecederam as reportagens do "The Intercept" e que já são mais do que suficientes para evidenciar que o ex-Presidente Lula não teve direito e um julgamento justo, imparcial e independente - o que deve resultar na anulação de todo o processo contra ele instaurado, com o restabelecimento de sua liberdade plena.

Cristiano Zanin Martins

Valeska T. Z. Martins"

Conselho de Sérgio Moro dado a procuradores foi acatado pela força-tarefa da Lava Jato, de acordo com informações obtidas pelo site Intercept e divulgadas nesta quinta-feira, 20, por Reinaldo Azevedo na Rádio BandNews FM.

Depois de receber reclamação do ex-juiz em relação ao desempenho da procuradora Laura Tessler em audiências, o coordenador da força-tarefa de Curitiba, Deltan Dallagnol, procurou o colega Carlos Fernando dos Santos Lima para falar do assunto. Os dois decidiram que ela só deveria realizar audiências se estivesse acompanhada dos procuradores Júlio Noronha e Roberson Pozzobon.

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Na suposta conversa, realizada por meio do aplicativo Telegram, Deltan e Carlos Fernando decidiram que Tessler não deveria estar sozinha na audiência do ex-presidente Lula, hoje preso.

De acordo com as mensagens, Deltan só explicou qual era a reclamação de Moro depois de se certificar de que Carlos Fernando não estava visualizando as mensagens em um computador, que poderia ser visto pelos colegas.

De acordo com reportagem do Intercept da semana passada, Moro se queixou a Deltan do desempenho de Tessler e recomendou que ela fosse submetida a um treinamento para fazer audiências.

Indagado sobre a sugestão pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS) Moro afirmou, durante audiência no Senado, na quarta: "Não tem nada de anormal nessas comunicações". De acordo com o ministro, essa demanda não interfiriu nos trabalhos do MP. "Tanto que essa pessoa continua e continuou realizando atos processuais e audiências", disse.

Outro lado. Procurado pelo jornal o Estado de S. Paulo, a força-tarefa da Lava Jato de Curitiba informou que não irá se manifestar. O Ministério da Justiça afirmou em nota que a mensagem atribuída a Moro "pode ter sido editada ou adulterada" pelo grupo criminoso que hackeou o seu celular. O texto diz ainda que a troca de mensagens, "mesmo se autêntica nada tem de ilícita ou antiética". Disse ainda que não há "nenhuma contradição com a fala do ministro ao Senado".

<p>Devido aos festejos juninos, o segundo podcast dessa semana vai ao ar hoje, quinta-feira (20). No programa, o cientista político Adriano&nbsp;Oliveira analisa o depoimento dado pelo Ministro da Justiça Sergio Moro no Senado ontem, acerca das conversas vazadas pelo site Intercept. Segundo Adriano, Moro apostou na falta de lembrança das conversas o que teve um resultado positivo no depoimento como um todo - apesar do fato de que algumas perguntas não tiveram respostas.</p><p>Entretanto, ele ainda não está salvo. Principalmente porque muitos diálogos não foram divulgados ainda, o que traz uma ansiedade acerca dos temas que serão abordados no futuro. Esses podem afetar a popularidade dele e da Operação Lava Jato.</p><p>Moro e Bolsonaro estão disputando espaço com a direita, o que pode influenciar as eleições de 2022. Para Adriano, Bolsonaro precisa avaliar se quer a figura de Moro forte ou fraca, visando o próximo pleito.</p><p>O programa Descomplicando a política é exibido na fanpage do LeiaJá, em vídeo, toda terça-feira, a partir das 19h. Além disso, também é apresentado em duas edições no formato de&nbsp;podcast, as segundas e sextas-feiras.&nbsp;</p><p>Confira mais uma análise a seguir:</p><p>&nbsp;</p><p>
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A deputada estadual pelo PSL de São Paulo, Janaina Paschoal, falou nesta terça-feira (11) sobre diversos âmbitos que envolvem o vazamento das conversas entre Sergio Moro e procuradores da Operação Lava Jato, além de dar sua opinião detalhada sobre o caso.

“Vocês me conhecem, sabem que eu não sou do tipo que se apega a teses formalistas, gosto de olhar (bem de perto) o mérito das várias situações. Justamente por isso pergunto: Onde estão as tantas mensagens anunciadas pelo site Intercept? Notem bem o nome do site!!!”, questionou, fazendo referência ao resto do material que o site afirmou que ainda tinha para ser publicado.

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“Quando o dramalhão começou, as manchetes diziam que o site Intercept iria publicar altas revelações a cada hora. Segundo anunciado, o enorme volume de material estava sendo analisado para tanto... OK, cadê?”, complementou.

Paschoal, que também é uma das autoras do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), disse que aguarda mais material. “Jornalistas me ligaram e enviaram mensagens, indagando o que eu estava achando de tudo isso. Eu só respondi que estava aguardando o material bombástico, para poder me manifestar. E sigo aguardando!”, alegou.

“Vejam, não estou pedindo para impedirem a divulgação do tal material. Sou uma defensora radical da liberdade de manifestação, expressão e do trânsito livre de informação. Só estou dizendo que o site dos psolistas não tem nada. Se tivesse, já teria publicado”, opinou.

A parlamentar disse que, caso surjam novas informações, ela não se incomodará de mudar de opinião. “Se algo significativo for publicado, eu volto a avaliar e não tenho medo nenhum de mudar de opinião. Por enquanto, é só espuma! E digo mais, não acredito que esse carnaval tenha o objetivo de livrar Lula (muito embora possam querer usar para tanto)”, garantiu.

“Na melhor das hipóteses, querem prejudicar a reforma da previdência, que só ajudará o país e as camadas mais desfavorecidas da população. Mas PT e PSOL não se preocupam com o povo, preocupam-se com os sindicatos, com as Associações, com aqueles que têm representação e força”, criticou.

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