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Os negociadores que tentam salvar o acordo nuclear com o Irã se reunirão neste domingo (20), depois da vitória do ultraconservador Ebrahim Raisi nas eleições presidenciais realizadas na quinta-feira na República Islâmica.

Esta nova reunião faz parte das discussões regulares que começaram no início de abril com o objetivo de que os Estados Unidos voltem ao acordo histórico de 2015 e que o Irã cumpra novamente com os limites de seu programa nuclear em troca de um alívio das sanções.

Mikhaíl Ulyanov, o enviado russo nas negociações presididas pela União Europeia, disse que na reunião de domingo será "decidido o caminho a seguir".

"Um acordo sobre o restabelecimento do acordo nuclear está ao alcance das mãos, mas ainda não está finalizado", escreveu ele no Twitter no sábado.

As partes do acordo -- Reino Unido, China, Alemanha, França, Rússia e Irã-- se reuniram em Viena com participação indireta dos Estados Unidos em abril para salvar o acordo, que promete a Teerã um alívio das sanções em troca de reduzir seu programa nuclear.

Entretanto, em 2018 o ex-presidente americano Donald Trump se retirou do pacto e voltou a impor sanções, o que levou o Irã a intensificar suas atividades nucleares a partir de 2019.

O ultraconservador Ebrahim Raisi foi declarado vencedor das eleições presidenciais do Irã no sábado, com quase 62% dos votos.

Dois caças americanos se aproximaram de um avião comercial iraniano que sobrevoava o espaço aéreo sírio - disseram autoridades iranianas nesta sexta-feira (24), o que, conforme o Comando do Oriente Médio dos EUA, tratou-se de uma "inspeção visual".

Inicialmente, o Irã acusou Israel de tentar interceptar o avião da Mahan Air na Síria, ontem, que acabou pousando sem problemas em Beirute, seu destino final.

Israel e os Estados Unidos são inimigos do Irã. O governo iraniano é um aliado do regime sírio, um país em guerra desde 2011 e vizinho de Israel, bem como do movimento armado do Hezbollah no Líbano.

Segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Abbas Musavi, aviões de combate americanos se aproximaram do avião iraniano que ia de Teerã a Beirute, enquanto sobrevoava a Síria.

"Se algo acontecer com o avião no caminho de volta, o Irã responsabilizará os Estados Unidos", disse Musavi, citado pelo site da agência oficial de notícias Irna.

Ele acrescentou que a mensagem foi transmitida à ONU, mas também "ao embaixador da Suíça em Teerã", país que representa os interesses dos Estados Unidos no Irã, na ausência de relações diplomáticas bilaterais.

À noite, a televisão pública iraniana mostrava um vídeo, no qual se vê passageiros gritando, quando um voo da Mahan Air parecia tentar escapar de pelo menos dois aviões de combate.

"Quando o avião [iraniano] estava sobrevoando a Síria, o avião de combate do regime sionista se aproximou do avião da Mahan Airlines", noticiou a televisão pública.

"Após essa ação perigosa do caça israelense, o piloto da aeronave comercial reduziu rapidamente a altitude do voo para evitar colidir com o caça israelense, ferindo [como consequência] vários passageiros a bordo", relatou.

O Centro de Comando dos Estados Unidos informou que essa manobra foi uma "inspeção visual" realizada por um F-15 dos EUA em uma "missão aérea de rotina" sobre a Síria, onde os Estados Unidos mantêm tropas.

A "inspeção visual" foi realizada a 1.000 metros de distância e de acordo "com as normas internacionais", de acordo com um comunicado.

"Assim que o piloto do F-15 identificou o avião como um avião de passageiros da Mahan Air, o F-15 se afastou da aeronave", acrescentou.

Uma fonte de segurança libanesa disse que "um avião iraniano que foi interceptado no espaço aéreo sírio pousou no aeroporto de Beirute. Há quatro feridos leves entre os passageiros".

Na Síria, a imprensa oficial também afirmou que aviões, provavelmente da coalizão internacional liderada pelos EUA, haviam se aproximado do avião iraniano.

O cientista iraniano Cyrous Asgari, liberado depois de permanecer vários anos detido nos Estados Unidos, retornou ao país, informou nesta quarta-feira (3) a imprensa de Teerã.

A informação foi divulgada pelas agências Tasnim, Isna e Mehr que publicaram em suas contas no Telegram a mesma foto de Asghari, com uma máscara de proteção devido à pandemia do novo coronavírus, sendo recebido por duas mulheres.

Asgari foi acusado em 2016 de roubo de segredos industriais durante uma visita acadêmica a Ohio e foi absolvido em novembro de 2019. Apesar da absolvição, ele permanecia detido nos Estados Unidos, provavelmente por motivos relacionados às leis de imigração.

Em março, o cientista iraniano afirmou ao jornal britânico The Guardian que a polícia de imigração americana o mantinha em um centro de detenção da Louisiana sem instalações sanitárias e se recusava a autorizar seu retorno ao Irã, mesmo após a absolvição.

Asgari, 59 anos, pesquisador da Universidade Tecnológica Sharif em Teerã, parece ter sido liberado em uma troca de prisioneiros, algo pouco frequente entre os dois países, que não têm relações diplomáticas desde 1980.

O Irã mantém cinco americanos detidos, enquanto 18 iranianos estão em prisões dos Estados Unidos.

O casal de atores espanhóis Penélope Cruz e Javier Bardem serão os protagonistas do novo filme do diretor iraniano Asghar Farhadi, que será rodado na Espanha, declarou a atriz em uma entrevista publicada neste domingo.

Farhadi, cujo filme "A Separação" ganhou em 2012 o Oscar de melhor filme em língua estrangeira, está atualmente finalizando o roteiro do novo trabalho, disse Cruz ao jornal La Vanguardia.

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"A ideia é rodar na Espanha, ainda não sabemos onde. É um drama intenso que supõe um presente para os atores. Os personagens são difíceis e isso sempre dá mais medo, mas o torna mais interessante", afirmou a atriz, de 42 anos.

"Para mim é um luxo trabalhar para o diretor de 'A Separação', que é uma maravilha", acrescentou.

O argumento do filme de Farhadi gira em torno de uma família de vinicultores que vive em uma zona rural espanhola. Está previsto que a obra comece a ser rodada no próximo ano.

O ciclista iraniano Bahman Golbarnezhad, de 48 anos, sofreu um grave acidente na manhã deste sábado na prova de ciclismo de estrada C4-5 dos Jogos Paralímpicos, disputada no Pontal, na zona oeste do Rio, e faleceu pouco depois. Ele caiu durante uma descida na primeira volta. Na queda, ele bateu forte a cabeça. Foi atendido, mas não suportou os ferimentos e acabou morrendo pouco depois.

Golbarnezhad já havia participado de outra prova do ciclismo de estrada nessa edição da Paralimpíada, a de contrarrelógio, na mesma categoria, na quarta-feira, ficando em 14º lugar. O iraniano também disputou os Jogos Paralímpicos de Londres, em 2012. O Comitê Organizador Rio-2016, o Comitê Paralímpico Internacional e o Comitê Paralímpico do Irã devem dar mais detalhes da sua morte ainda neste sábado.

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Em agosto, durante os Jogos Olímpicos do Rio, a ciclista holandesa Annemiek van Vleuten também sofreu um grave acidente durante uma descida na prova de ciclismo de estrada. Na ocasião, contudo, o circuito era outro - ela se acidentou no local conhecido como Vista Chinesa. Annemiek chegou a ficar na UTI, mas três dias depois recebeu alta hospitalar.

PRATA PARA O BRASIL - Na mesma prova, o brasileiro Lauro Chaman conquistou sua segunda medalha no ciclismo da Paralimpíada do Rio. No circuito montado no Pontal do Recreio dos Bandeirantes, ele completou o percurso de estrada da classe C 4-5 em 2h14min46, atrás apenas do holandês Daniel Gebru, com 2h13min08. O italiano Andrea Tarlao ficou com o bronze.

Para garantir a prata, Lauro Chaman se aproveitou da queda de Yehor Dementyev, da Ucrânia, e Alistair Donohoe, da Austrália, quando eles lideravam a prova. Essa foi a segunda medalha do brasileiro no Rio-2016, pois anteriormente ele havia levado o bronze no contrarrelógio C5.

Um refugiado iraniano detido em Nauru, uma ilha do Pacífico para onde a Austrália envia seus solicitantes de asilo, morreu nesta sexta-feira, dois dias depois de ter tentado se imolar durante a visita de uma delegação da ONU ao centro onde estava confinado.

A marinha australiana expulsa sistematicamente os barcos clandestinos. Aqueles que conseguem chegar à costa são direcionados a campos de detenção em outros países com os quais Canberra assinou convênios, como em Nauru, enquanto seu pedido de asilo é examinado.

Esta política custou ao país duras críticas por parte de organizações de defesa de direitos humanos, assim como da ONU.

Ainda que uma demanda de asilo seja finalmente considerada válida, a Austrália se recusa a admitir em seu território o solicitante e se propõe a realocá-lo em países com os quais fechou acordos, como Nauru, Camboja ou Papua Nova Guiné.

O iraniano de 23 anos, identificado sob o nome de Omid, ateou fogo na quarta-feira (27) ao próprio corpo durante uma visita ao acampamento de uma delegação do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Gravemente ferido, o iraniano foi hospitalizado em Brisbane. O governo de Nauru classificou seu gesto de "ato de protesto político".

Omid "morreu hoje devido aos seus ferimentos", anunciou o ministério australiano de Imigração.

"Esta nova morte trágica e sem sentido é uma consequência da desumana política australiana em matéria de refugiados", considerou Elaine Pearson, diretora da ONG Human Rights Watch para a Austrália.

"Os refugiados que fogem das perseguições em seus países não merecem uma vida no limbo de um centro de detenção ou de uma prisão em uma ilha remota", acrescentou.

Omid, casado, estava detido há três anos, segundo Aurora Adams, da associação Get Up. "Tudo o que pedia era um futuro, um lugar para construir sua vida".

A Austrália segue defendendo sua política, apesar do recente anúncio de Papua Nova Guiné de que fechará um de seus campos de retenção, em Manus.

"Impedindo o tráfico de seres humanos, impedimos que as pessoas se afoguem no mar", declarou o primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull. "Devemos ser claros e mostrar determinação em nossa política nacional".

Na quarta-feira, o governo de Papua ordenou o fechamento do campo de detenção de Manus depois que o Tribunal Supremo deste país o declarou ilegal.

Um iraniano que matou um cão foi condenado a receber 74 chicotadas e a comparecer a aulas semanais durante um ano para aprender a tratar bem os animais, informa a agência Mizan, vinculada ao Judiciário do país.

O vídeo que mostra o homem atirando o cão contra seu veículo e depois agredindo o animal até a morte provocou uma grande indignação.

O homem foi detido um mês depois do crime na província de Ardebil, noroeste do país, graças a uma demanda apresentada pelo diretor da Organização para a Proteção do Meio Ambiente da região.

Nos últimos meses foram denunciados vários casos de maus-tratos contra animais, alguns contra cães e outros cometidos durante a caça de animais selvagens, que provocaram indignação nas redes sociais.

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, anunciou nesta quinta-feira que entregará na próxima semana seu relatório sobre a possível dimensão militar (PMD) passada do programa nuclear iraniano, ao menos até 2003.

A agência examinará o documento no dia 15 de dezembro, seguindo o mapa do caminho adotado julho passado, em Viena, em acordo entre Teerã e as grandes potências com o intuito de resolver mais de 13 anos de conflito envolvendo o programa nuclear iraniano.

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"Na semana que vem, pretendo apresentar minhas conclusões finais sobre todas as questões passadas e presentes que seguem pendentes", declarou Amano, referindo-se à PMD, em comunicado publicado na segunda-feira durante uma reunião da AIEA em Viena.

Teerã sempre negou as acusações sobre a suposta finalidade militar de seu programa nuclear, afirmando que essas suspeitas estão baseadas em documentos falsos.

Irã e os países do grupo 5+1 (Estados Unidos, China, Rússia, Grã-Bretanha, França e Alemanha) chegaram, no dia 14 de julho em Viena, a um acordo histórico para garantir o caráter pacífico do programa nuclear iraniano em troca do levantamento das sanções.

A AIEA entregará, nas próximas semanas, outro informe sobre como o Irã aplica esse acordo.

A Polícia Civil de Brasília enviou nesta terça-feira ao Itamaraty boletim de ocorrência contra o diplomata do Irã Hekmatollah Ghorbani, de 50 anos, acusado de abusar de quatro meninas, com idade entre 9 e 15 anos, na piscina do Clube de Vizinhança, na bairro da Asa Sul. Ele chegou a ser preso em flagrante, após ser cercado e ameaçado de agressão por familiares das vítimas, mas foi libertado após prestar depoimento, beneficiado pela imunidade diplomática plena, prevista na Convenção de Viena, da qual Brasil e Irã são signatários.

Conforme testemunhas, o diplomata aproveitava-se de sua habilidade de nadador para acariciar as partes íntimas das crianças enquanto nadava junto a elas. A bolinagem se repetiu de forma ostensiva com as quatro meninas mais próximas, que começaram a gritar e pedir auxílio. O Itamaraty informou, pela assessoria, que vai ouvir quarta-feira em audiência o relato dos pais das crianças e analisar os dados do relatório policial. Uma das hipóteses previstas na Convenção de Viena é declarar o diplomata 'persona non grata' e determinar sua expulsão do País.

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O delegado Anderson Spíndola, da 1ª DP, encarregado da investigação, tomou os depoimentos de familiares, servidores do clube e testemunhas. Ele enviou cópia do relatório também à Embaixada do Irã, que deverá pedir abertura de processo contra o diplomata no seu país. A Embaixada informou que não comentaria o caso e que o assunto seria tratado na esfera administrativa e jurídica do Irã.

A identidade das vítimas e de seus pais foi mantida em sigilo para proteção da imagem e integridade das crianças. No depoimento, o pai de uma garota de 11 anos contou que o iraniano fingia que mergulhava e passava a mão nas partes íntimas dela. Em pânico, a menina entrou em choro convulsivo. Ela saiu da piscina, mas o tarado só foi desmascarado depois que outras meninas passaram a fazer a mesma queixa.

A lei criminal iraniana, como nos diversos países muçulmanos, é baseada no Alcorão, que prevê penas rigorosas para pedofilia e abusos em geral contra crianças. Uma das punições possíveis é o açoite, além de prisão e medidas compensatórias para as vítimas. No Brasil, a bolinagem de crianças equivale a pedofilia e pode ser punida com até três anos de prisão.

Adotada pelas Nações Unidas em 1961, a convenção de Viena se destina a proteger as relações diplomáticas entre os Estados, mas acabou virando símbolo de impunidade a alvo de queixas em todas as partes do mundo. O Brasil aderiu à convenção em 1965. A lei protege tanto os diplomatas como seus dependentes com imunidade plena. Eles não podem ser presos ou processados por qualquer crime, nem ao menos multados por infrações, como as de trânsito.

Em Brasília, que sedia as representações diplomáticas de quase 200 países de todos os continentes, as reclamações são frequentes, mas as punições sempre esbarram na capa protetora da Convenção. Até os acidentes de trânsito, punidos aqui com o rigor da Lei Seca, costumam ficar impunes quando o transgressor é de alguma embaixada estrangeira.

O último caso ocorreu há três anos com o filho do embaixador do Paraguai, Sebastian Gonzalez Ayala, que bateu em alta velocidade em outros dois veículos, que ficaram destruídos. Sem carteira de habilitação e com sinais de embriaguez - tinha dificuldades para falar e ficar em pé - Ayala, de 19 anos, não precisou sequer fazer o teste do bafômetro e foi liberado tão logo o pai chegou ao local do acidente e exibiu sua condição diplomática.

A polícia da Malásia informou que o terceiro iraniano suspeito de envolvimento nas explosões ocorridas em Bangcoc foi detido no país. O comunicado da polícia federal malaia diz que Masoud Sedaghatzadeh era investigado por atividades relacionadas ao terrorismo ligadas às explosões na capital tailandesa, um dia antes.

O porta-voz Ramli Yoosuf disse que a polícia não poderia dar mais detalhes sobre onde e como o suspeito foi detido nesta quarta-feira ou se Sedaghatzadeh será extraditado.

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Segundo o governo tailandês, três homens tentaram fugir na terça-feira quando explosivos foram detonados por engano numa casa que eles haviam alugado. Um homem ficou seriamente ferido e outro foi detido em Bangcoc. As informações são da Associated Press.

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