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Uma nova erupção vulcânica na Islândia foi registrada na manhã deste domingo, 14, ao norte da cidade de Grindavik, na sequência de uma erupção ocorrida em dezembro na mesma região, anunciou a Agência Meteorológica da Islândia (IMO, na sigla em inglês). A atividade sísmica se acelerou bruscamente durante a noite, e os residentes de Grindavik foram retirados por volta das 3h locais (00h em Brasília), de acordo com a rádio e a televisão públicas islandesas.

A Islândia se situa entre as placas tectônicas da Eurásia e da América do Norte e é uma das mais ativas regiões vulcânicas terrestres, com 33 vulcões, ou sistemas vulcânicos listados como ativos. Nos últimos dois anos, o país nórdico registrou três erupções vulcânicas na ilha: em agosto de 2022, julho deste ano e em dezembro.

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"Lava flui em direção a Grindavik"

"A lava está fluindo algumas centenas de metros ao norte da cidade, isto é, de 400 a 500 metros", disse Kristín Jónsdóttir, do Escritório Meteorológico da Islândia, à televisão islandesa RUV. "A lava flui em direção a Grindavik".

Os residentes de Grindavik foram anteriormente retirados de suas casas em novembro e tiveram de ficar longe da cidade por seis semanas após uma série de terremotos e a suspeita de uma possível erupção vulcânica.

O vizinho spa geotérmico Blue Lagoon - uma das maiores atrações turísticas da Islândia - também fechou temporariamente na ocasião. Nas semanas seguintes, muros defensivos foram colocados ao redor do vulcão na esperança de desviar o magma da cidade, mas as paredes das barreiras construídas ao norte de Grindavik foram rompidas e a lava está se movendo em direção à comunidade, disse o escritório meteorológico.

A Islândia, que fica acima de um ponto quente vulcânico no Atlântico Norte, tem uma erupção média a cada quatro ou cinco anos. A mais perturbadora dos últimos tempos foi a erupção do vulcão Eyjafjallajokull, em 2010, que lançou enormes nuvens de cinzas na atmosfera e levou ao fechamento generalizado do espaço aéreo na Europa.

(Com agências internacionais)

Uma erupção vulcânica começou na noite desta segunda-feira, 18, na Islândia, ao sudoeste do país, pouco depois de uma série de terremotos, segundo informou o serviço meteorológico do país. "Uma erupção começou na península de Reykjanes", detalhou o organismo. "Pode ser observada em webcams e parece estar situada perto de Hagafell", uma localidade ao sul da capital.

A erupção começou por volta das 22h17 (hora local) após uma série de pequenos terremotos, acrescentou o organismo. A localização da fissura, que tem cerca de 3 km de comprimento e está crescendo rapidamente, não fica longe da usina elétrica de Svartsengi e da cidade de Grindavík, que foi evacuada no mês passado devido ao aumento da atividade sísmica, o que gerou preocupações quanto à probabilidade de uma erupção.

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Na avaliação inicial feita na noite de segunda-feira, os vulcanólogos disseram que a erupção havia ocorrido em um dos piores locais possíveis, representando uma ameaça significativa e imediata tanto para a cidade evacuada quanto para a usina geotérmica.

Mas depois que os vulcanólogos tiveram a chance de sobrevoar o local da erupção na Península de Reykjanes, a situação imediata não pareceu tão terrível quanto se temia inicialmente, embora o tamanho da erupção tenha sido maior do que o previsto e a direção do fluxo de lava ainda seja imprevisível.

"Esta é maior do que as erupções anteriores em Reykjanes", disse Magnus Gudmundsson, vulcanólogo e uma das primeiras pessoas a ver a erupção do ar, ao The New York Times.

A lava está fluindo atualmente a apenas 2,5 quilômetros ao norte de Grindavík, de acordo com Kristín Jonsdottir, chefe do departamento de atividade vulcânica do Escritório Meteorológico da Islândia.

Por maior que seja a erupção, com a cidade de Grindavík evacuada, ela não representa atualmente nenhum risco para as pessoas, disse aos repórteres Ulfar Ludviksson, um oficial da polícia.

Ainda assim, as autoridades estavam alertando as pessoas para que não se aproximassem demais. Hjordis Gudmundsdottir, porta-voz do Departamento de Proteção Civil, pediu que as pessoas ficassem longe da área, enfatizando que esse "não era um vulcão turístico".

"O tamanho da fissura está se expandindo rapidamente", disse ela em uma entrevista.

Embora uma erupção tenha sido prevista há semanas, após uma série de terremotos, a erupção de segunda-feira ocorreu sem nenhum aviso prévio imediato. A Lagoa Azul, um dos principais destinos turísticos da Islândia e localizado nas proximidades, foi reaberta para os visitantes no domingo, pois a preocupação com a iminência de uma erupção havia diminuído.

Milhares de terremotos foram detectados na Islândia desde o final de outubro, segundo o Icelandic Meteorological Office. Em novembro, com casas e estradas danificadas, as autoridades declararam estado de emergência e evacuaram Grindavik, uma cidade com mais de 3 mil habitantes perto do vulcão. A Islândia possui cerca de 33 vulcões ativos, o maior número na Europa. (Com agências internacionais).

O governo da Islândia suspendeu a caça às baleias, nesta terça-feira (20), até o final de agosto, em nome do bem-estar animal, abrindo o caminho para o fim dessa polêmica tradição agora praticada em apenas três países.

Além da Islândia, Noruega e Japão são os únicos que permitem a prática.

Os grupos de defesa dos animais e do meio ambiente aplaudiram a decisão. Para a Humane Society International, trata-se de "uma guinada na conservação compassiva das baleias".

"Tomei a decisão de suspender a caça às baleias" até 31 de agosto, disse a ministra da Alimentação, Svandis Svavarsdottir, depois do relatório de uma comissão governamental estabelecer que a caça de cetáceos não cumpre as leis de bem-estar animal da Islândia.

Esse relatório elaborado pelas autoridades veterinárias destaca que a matança dos cetáceos leva tempo demais. Nos últimos vídeos divulgados por essas autoridades, vê-se a espantosa agonia de cinco horas de uma baleia caçada no ano passado.

"Se o governo e aqueles que têm permissão (de caça) não podem garantir os requisitos de bem-estar, esta atividade não tem futuro", acrescentou a ministra, dando a entender que a prática está chegando a seu fim.

"Não há nenhuma maneira 'humana' de matar uma baleia no mar e, por isso, exigimos da ministro que a proíba permanentemente", declarou o diretor da Humane Society International, Ruud Tombrock, em um comunicado.

Para Robert Read, diretor da Sea Shepherd UK, a decisão também representa um "duro golpe" para os países que ainda defendem a prática.

"Se a caça de baleias não pode ser praticada 'humanamente' aqui [...], não pode ser praticada 'humanamente' em lugar algum", afirmou.

A licença de pesca da última empresa de caça de baleias no país, a Hvalur, expira em 2023. A companhia já havia anunciado que esta temporada seria a última, porque a atividade perdeu rentabilidade.

As cotas anuais permitem a caça de 209 baleias-comuns — o segundo maior mamífero marinho depois da baleia-azul — e 217 baleias-anãs. Nos últimos anos, porém, as capturas foram muito mais baixas, devido à diminuição na demanda de carne de baleia.

A temporada de caça às baleias na Islândia vai de meados de junho a meados de setembro, mas é pouco provável que seja retomada após 31 de agosto.

A oposição a essa prática é, agora, maioria entre a população islandesa. Do total de entrevistados, 51% se opõem, contra 42% há quatro anos, conforme pesquisa feita pelo Instituto Maskina. A sondagem foi divulgada no início de junho.

Os responsáveis pelas Relações Exteriores de Estados Unidos e Rússia se reúnem na Islândia, nesta quarta-feira (19), para avaliar as profundas diferenças entre as duas potências e confirmar uma eventual cúpula, em junho, entre os presidentes Joe Biden e Vladimir Putin.

As declarações prévias ao encontro não fazem antecipar uma "desescalada" mútua na retórica. Tanto Washington quanto Moscou avaliam que este é o pior momento das relações bilaterais desde o fim da Guerra Fria.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, quer transformar o Ártico em um laboratório para um tipo de cooperação concentrada em desafios comuns, como a luta contra o aquecimento global. Algo visto com preocupação pelos russos.

A região do Ártico é, justamente, o novo desafio geopolítico, em torno do qual vai girar a reunião regional desta quarta e quinta em Reykjavik.

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, tem outra visão e expectativa sobre o tema.

"Está claro para todos, há muito tempo, que esta é nossa terra, nosso território. Respondemos pela segurança do nosso litoral, e tudo o que fazemos ali é perfeitamente legal e legítimo", disse Lavrov, em entrevista coletiva na segunda-feira, na qual denunciou, sobretudo, os desvios ofensivos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e da Noruega no Ártico.

A "atividade militar" da Rússia no Ártico é "perfeitamente legal e legítima", afirmou.

Segundo Mikaa Mered, professor francês de Ciência Política e especialista em Ártico, os russos "sempre adotam este tipo de posição antes de uma cúpula ministerial".

A advertência russa provocou uma resposta de Blinken, que pediu ontem que "se evite uma militarização" do Ártico, um vasto território com condições extremas, rico em recursos naturais, em torno do Polo Norte.

Em reunião hoje com o chanceler canadense, Marc Garneau, o secretário americano reafirmou que quer "preservar esta região como um lugar de cooperação pacífica" em matéria de clima, ou de avanços científicos.

"Temos dito muito claramente que, se a Rússia escolher tomar medidas irresponsáveis, ou agressivas, contra nossos interesses, ou nossos sócios e aliados, responderemos", advertiu Blinken, na Islândia.

"Não para buscar um conflito, ou uma escalada, mas porque não se pode permitir estes desafios impunemente", alegou.

Ele disse, no entanto, considerar "importante poder abordar o tema cara a cara para ver se é possível ter uma relação mais estável e previsível com a Rússia" e encontrar pontos em comum em agendas como clima e desarmamento.

No último fim de semana, o vulcão Fagradalsfjall entrou em erupção na península de Reyjanes, na Islândia. O fenômeno não feriu cidadãos, nem causou destrição, por ter ocorrido em uma região sem habitantes, mas obrigou moradores próximos a fecharem janelas para evitar a inalação dos gases vulcânicos. O Aeroporto Internacional de Keflavik, o maior do país, teve o tráfego aéreo interrompido.

A última ocasião em que o vulcão expeliu lava foi há 800 anos, no século XII. De acordo com o Escritório Meteorológico da Islândia (IMO), a fissura que permite a erupção é considerada pequena, tem aproximadamente 500 metros, e a área que comporta o magma tem cerca de um quilômetro quadrado. Até que as autoridades locais avaliem a gravidade dos efeitos do vulcão, a recomendação é que ninguém se aproxime do local.

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A Islândia é uma ilha localizada na região norte do Oceano Atlântico, entre a Groenlândia e a Europa. É considerado o segundo lugar com mais atividades vulcânicas no planeta, e perde apenas para o Havaí, outra ilha, parte dos Estados Unidos, que fica no Oceano Pacífico a oeste do continente americano. Apesar das atividades vulcânicas, ambas as ilhas possuem paisagens turísticas.

A Islândia está sobre a junção de duas placas tectônicas. Assim, é possível que o material aquecido debaixo da crosta da Terra seja expelido com frequência. Apesar de sempre contar com terremotos, foi registrado um número incomum na primeira semana de março: mais de 17 mil atividades sísmicas em toda a ilha. A região ao todo possui cerca de 130 vulcões, sendo que 30 deles foram confirmados em estado ativo.

O presidente islandês, Gudni Johannesson, foi reeleito com uma vitória esmagadora na eleição realizada no sábado (27), com mais de 92% dos votos - apontam resultados finais divulgados neste domingo (28).

Nestas eleições de sufrágio universal, esse ex-professor universitário de história obteve 92,2% dos 168.821 votos apurados, contra 7,8% do candidato populista de direita, Gudmundur Franklin Jonsson.

A participação, de 66,9%, foi inferior do que em 2016 (75,7%), ano da primeira eleição de Johannesson, e do que em 2012 (69,3%). Este resultado confirma as previsões das pesquisas das últimas semanas, que davam ao presidente em final de mandato uma ampla vitória, com entre 90% e 94% das intenções de voto.

Trata-se do segundo mais alto resultado em uma eleição presidencial na Islândia. Em entrevista à AFP no sábado à noite, Johannesson anunciou que manterá a mesma linha de mandato.

"Para mim, o resultado dessa eleição é uma prova de que meus concidadãos aprovaram minha concepção do cargo. E me deram um mandato para continuar a exercer meu papel da mesma maneira que nos últimos quatro anos", afirmou.

A Netflix está retomando a gravação de séries inéditas. Com a diminuição em seu estoque de produções originais, o streaming deu início ao retorno das atividades tomando algumas precauções devido à pandemia do novo coronavírus.

Para superar o problema com o vírus, a plataforma retomou gravações apenas nos países em que as atividades estão sendo liberadas gradualmente. Na Suécia, onde existem poucos testes, a Netflix colocará atores e funcionários da produção em quarentena por 14 dias, depois ficarão isolados nas gravações por cerca de 11 dias consecutivos. Já na Islândia, onde o governo disponibilizou testes para quase todos os moradores, a estratégia adotada será diferente. 

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“As gravações geralmente ocorrem em ambientes reservados, com dezenas de artistas e técnicos trabalhando juntos em prazos apertados. Embora tenhamos que mudar esse processo — em alguns casos dramaticamente — para garantir a segurança de elencos e equipes durante essa pandemia, a natureza fechada dos sets também oferece algumas vantagens. Além disso, eles fornecem um ambiente relativamente controlado, onde podemos rastrear quem entra e sai”, disse Ted Sarandos, em um artigo para o Los Angeles Times.

Durante voo da China para Islândia, um piloto de uma companhia aérea islandesa desenhou um coração com a trajetória de voo do avião. O voo transportava suprimentos médicos e o coração foi uma forma de homenagear os profissionais de saúde, segundo informou a agência de notícias South West News Service (SWNS).

O desenho foi feito no céu de Reykjavik, capital da Islândia. O coração foi nitidamente observado nos radares, conforme registrou o site FlightRadar24, que monitora voos em tempo real. 

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A Islândia tem uma população de 364 mil habitantes e uma alta taxa de infecção pelo novo coronavírus, com 1785 casos confirmados. No país, 10 pessoas morreram da doença até a quarta-feira (22). A Islândia fez testes em cerca de 10% da população. 

Esta não é a primeira vez que aeronaves são usadas para escrever mensagens nos céus. Em 12 de abril, dois pilotos desenharam coelhinhos na Alemanha como forma de celebrar a Páscoa. Em março, um piloto escreveu 'stay home' (fique em casa) no céu da Áustria.

No reino das sagas, não há Natal sem livros debaixo da árvore: desde o pós-guerra, a Islândia, um dos menores mercados editoriais do planeta, celebra o "Jolabokaflod" antes das festas de fim de ano.

O "Jolabokaflod", que literalmente significa "rio de livros de Natal" em islandês, é uma tradição que lembra a "super-quinta", que acontece no Reino Unido toda primeira quinta-feira de outubro, mas de uma magnitude incomparável: dois terços das obras são publicadas em novembro e dezembro.

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Nas livrarias ou supermercados, centenas de novas publicações estão à venda, uma tradição vital para a indústria editorial em um país de 360.000 habitantes e onde um romance custa cerca de US$ 55.

Após o jantar em família no dia 24 de dezembro é hora de ler junto à lareira, muitas vezes o mais recente romance policial de Arnaldur Indridason, um best-seller em seu país de origem quase continuamente desde 2000.

"A literatura é muito importante na Islândia e é, acredito, a forma de arte com qual todos se identificam", explica Sigrún Hrólfsdóttir, artista e mãe de família.

Sua filha e seu filho, Dúna e Gudmundur, já escolheram seus livros no "Bokatídindi".

Distribuído em todo o país, este catálogo de 80 páginas apresenta romances, poemas e literatura infanto-juvenil, entre outros.

Quase 70% dos islandeses compram um livro ou mais como um presente de Natal, de acordo com uma pesquisa da associação de editoras islandesas.

Na versão 2019, o catálogo apresenta 842 nova publicações.

- "Para ser islandês você precisa ler" -

A tradição do "Jolabokaflod" tem sua origem no fim da Segunda Guerra Mundial. A Islândia, então pobre, limitou as importações para evitar as dívidas das famílias em 1945. Mas o papel continuou sendo barato e os livros substituíram as bonecas e trens elétricos nas árvores de Natal.

A Islândia acabara de conquistar a emancipação após quase sete séculos de domínio norueguês e depois dinamarquês.

"Existe uma relação entre os debates sobre a importância da literatura durante a luta pela independência e a busca da identidade islandesa: para ser islandês você precisa ler livros", afirma Halldór Gudmundsson, escritor e ex-presidente da Forlagid, maior editora da Islândia.

Embora os livros sejam publicados com mais regularidade durante o ano, o "Jolabokaflod" é um período crucial: em 2018 representou quase 40% do volume de negócios das editoras islandesas, segundo o Instituto de Estatística da Islândia.

Como comparação, as vendas de Natal representam um terço do volume anual no Reino Unido e um 25% na Alemanha, os dois maiores mercados da Europa.

"Se esta tradição morrer, o setor islandês das editoras morre", admite Páll Valsson, diretor de publicações da Bajartur, a segunda maior editora do país, para a qual o "Jolabokaflod" representa 70% de sua receita anual.

Diante do grande volume da essa abundância a dificuldade é escolher.

"Há muitos bons livros perdidos na massa", diz Lilja Sigurdardottir, autora de thrillers, traduzida principalmente para o inglês e o francês.

A Islândia, país de menor população da Europa, é o que mais publica novos livros per capita no mundo, atrás do Reino Unido, segundo a associação internacional de editoras.

Um em cada 10 islandeses publica um livro ao longo da vida.

E os islandeses são grandes leitores. A ilha tem 83 bibliotecas e desde 2011 dedica um dia de setembro a estas instituições.

- Um mercado do livro em dificuldade -

A incrível maré dos livros do "Jolabokaflod" - a maioria deles romances - é compartilhada por quase dois meses nos supermercados do país: nos corredores de biscoitos ou congelados são apresentados centenas de livros.

Uma distribuição que torna os produtos relativamente caros mais acessíveis que no resto do ano.

Para comprar um livro são necessárias 6.990 coroas (52 euros, 55 dólares), mais que o dobro do preço na França ou no Reino Unido.

"É mais difícil comprar muitos livros em geral", explica Brynjólfur Thorsteinsson, 28 anos, vendedor da livraria Mál og menning em Reykjavik, uma das mais antigas da Islândia.

Além disso, o IVA aumentou de 7 para 11% em 2015 e existem custos de impressão e importação. Como na Islândia praticamente não existem florestas, os livros devem ser produzidos no exterior.

E, assim como em outros lugares, editoras e livrarias enfrentam dificuldades, com a queda de quase 50% nas vendas de livros desde 2010.

Para apoiar o setor, o governo decidiu este ano reembolsar 25% dos custos de produção dos livros publicados em islandês.

Em ritmo de treino, a França goleou a Islândia, por 4 a 0, nesta segunda-feira, no Stade de France, em Paris, pela segunda rodada do Grupo H das Eliminatórias da Eurocopa. O placar poderia ter sido muito mais elástico se a seleção campeã mundial não errasse tantas finalizações.

A França teve toda a iniciativa do jogo, enquanto a Islândia buscava tímidos contra-ataques. O grande domínio francês causou até alguns momentos de descontração do setor defensivo, forçando o goleiro Lloris a fazer algumas defesas.

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Com Mbappé em grande forma, incansável, acumulando grandes arranques, a França imprimiu enorme pressão ao esforçado e limitado adversário. O primeiro gol não demorou a sair. O zagueiro Umtiti se aventurou ao ataque e abriu o placar em bela cabeçada, após cruzamento de Mbappé, aos 11 minutos.

Quase todos os lances de ataque franceses tiveram o toque refinado do atacante do Paris Saint-Germain, que teve duas oportunidades de marcar, mas falhou na hora do chute final. Árnason e Sigurdsson lutaram bastante na área francesa, mas foi muito pouco para preocupar Lloris e seus defensores.

Logo aos 3 minutos do segundo tempo, a melhor chance da Islândia. Bjarnason pegou firme na bola e obrigou Lloris a fazer boa defesa. O lance fez a França acordar. A partir daí, o jogo virou um duelo de ataque contra defesa.

Pavard, em um belo chute de fora da área - assim como fizera no primeiro tempo -, Griezmann e Matuiti quase marcaram. Giroud também tentou duas vezes, mas só ampliou o placar na terceira oportunidade, aos 20 minutos.

Aos 32, Mbappé, o melhor da partida, recebeu lindo lançamento de Griezmann e bateu com extrema categoria na saída do goleiro: 3 a 0. Seis minutos depois, os papéis se inverteram. Pogba tocou para Mbappé, que lançou Griezmann de calcanhar. Lindo quarto gol. Nos últimos minutos, os franceses tiraram o pé e o estádio lotado festejou mais uma bela vitória.

Nos outros jogos do grupo, a Turquia goleou a Moldávia por 4 a 0. Gols de Hasan Ali Kaldirim, Cenk Tosun, duas vezes, e Kaan Ayhan. Já Albânia, fora de casa, bateu Andorra por 3 a 0, gols de Armando Sadiku, Bekim Balaj e Amir Abrashi.

Após duas rodadas, a França lidera o grupo com seis pontos e sete gols de saldo. A Turquia também tem seis pontos, mas seis gols de saldo. Albânia e Islândia somam três cada, enquanto Andorra e Moldávia ainda não pontuaram.

A próxima rodada do grupo será no dia 8 de junho. A França visita a Turquia na disputa da liderança do grupo. Moldávia x Andorra e Islândia x Albânia são os outros jogos.

Uma estudante brasileira de 15 anos de idade virou assunto na imprensa estrangeira depois de obter nota máxima na "Samrændu próf" ("Prova Uniforme", em português), uma espécie de “Enem” da Islândia, sendo considerada a melhor estudante do país. 

Nascida em Jundiaí (SP), Beatriz Ladeira se mudou para a capital da Islândia, Reykjavík, no verão de 2016 com seus pais e irmãos, após serem aprovados em um programa de evangelização da Igreja Católica.

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Para ela, ser considerada a melhor estudante do país gelado dos vikings, que tem uma população de 350 mil habitantes, foi uma surpresa difícil de acreditar. Beatriz afirmou, em uma entrevista concedida ao site G1, que a prova é muito difícil, exige preparação dos estudantes com antecedência e, apesar de não ser essencial para cursar o nível colegial, uma boa nota aumenta as chances de entrar nas melhores escolas. 

Para Beatriz, o idioma nórdico, que pertence ao ramo germânico setentrional e passou por uma reforma sendo chamado de Islandês Moderno desde 1500, foi o maior desafio. “Muitas vezes eu me desesperava, não entendia nada. Havia poemas e textos de séculos atrás, regras gramaticais que era praticamente impossível de entender”, conta a adolescente. 

No início de sua vida na Islândia, Beatriz falava inglês e espanhol, o que a fazia se sentir muito sozinha pois, de acordo com ela, as outras meninas de idade próxima à sua não faziam questão de manter um diálogo demorado com uma estrangeira que não sabia falar a sua língua. “fiz um trato comigo mesma e prometi que só falaria islandês, mesmo que errado. No começo, eu demorava muito para entender, formar frases, mas foi indo, até minha relação com as pessoas melhorar", explicou a jovem.

a repórter Inga Rún Sigurðardóttir, do veículo islandês MBL.is, entrou em contato com a jovem em busca de fazer uma reportagem contando a sua história e, depois disso, Beatriz virou tema de destaque na imprensa islandesa. “Achei que seria uma entrevista pequena e que se tratava de um jornal de bairro, mas, na verdade, era um jornal de circulação nacional e minha matéria saiu na capa", explicou ela. 

"O fato mais interessante é que ela mora no país há apenas um ano e meio. Sabemos que ninguém no país teve uma nota tão boa quanto a dela no teste de matemática. Posso dizer que, após a minha reportagem, ela se transformou em um modelo positivo para outros alunos", disse a jornalista. 

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Uma das sensações desta Copa do Mundo, a Islândia parou pelo caminho e foi eliminada na fase de grupos na Rússia. Nesta terça-feira, a estreante precisava vencer a classificada Croácia em Rostov para sonhar com a vaga nas oitavas, mas foi derrotada por 2 a 1 e viu cair por terra o sonho de avançar no torneio. Melhor para os croatas, que mantiveram os 100% de aproveitamento e confirmaram a liderança do Grupo D.

Justamente por já ter garantido a vaga, a Croácia entrou com um time misto, sem nomes como Subasic, Vrsaljko, Rakitic e Mandzukic. A Islândia acumulou chances perdidas no primeiro tempo, viu o adversário abrir o placar na etapa final e ainda buscou a igualdade, mas esbarrou na falta de qualidade técnica quando se lançou ao ataque em busca do gol salvador e ainda foi castigada no fim.

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Melhor para os croatas, que mesmo sem boa parte de suas estrelas e desinteressados, mostraram muito mais recursos. Encerraram a primeira fase como líderes do Grupo D, com nove pontos, e vão encarar a Dinamarca na próxima fase. Já os islandeses deixam a Rússia após encantarem com seu estilo aguerrido e a apaixonada torcida.

Mesmo precisando da vitória, a Islândia entrou em campo com a clara proposta de não fugir de suas características. Com muita marcação, disciplina tática, mas nenhuma criatividade, a seleção só foi chutar pela primeira vez com mais de 25 minutos. Até então, dava a bola para a Croácia, que chegou a ter mais de 70% de posse.

Coincidência ou não, a postura islandesa mudou quando Messi abriu o placar para a Argentina no jogo paralelo. Precisando ainda mais dos gols, o time deixou a defesa e, na marra, passou a incomodar. Aos 29, o primeiro verdadeiro susto em falta cobrada por Sigurdsson, que parou em Kalinic.

Nos minutos finais, a insistência da Islândia gerou chance atrás de chance. Aos 39, Finnbogason aproveitou cochilo de Badelj na saída, roubou e tabelou com Sigurdsson antes de bater colocado, rente à trave. Aos 45, Bjarnasson aproveitou sobra de escanteio e carimbou a defesa. E no minuto seguinte, Kalinic fez grande defesa em finalização da entrada da área de Halldorsson.

Apática no primeiro tempo, a Croácia voltou mais ligada do intervalo, o que transformou a partida. Logo aos seis, Badelj assustou em chute de fora da área que acertou o travessão. Um minuto mais tarde, ele mesmo marcou. Pivaric aproveitou sobra pelo lado esquerdo, invadiu a área e cruzou, a bola desviou na defesa e sobrou para o meia, que finalizou para a rede.

O gol não tirou o ânimo da Islândia, que seguiu insistindo, ainda tendo a bola aérea como grande força. Aos nove, Ingasson aproveitou bate-rebate na área e cabeceou para outra boa defesa de Kalinic. Um minuto mais tarde, o mesmo zagueiro subiu sozinho após escanteio para a área e testou no travessão.

Depois do ímpeto inicial e diante das chances perdidas, a Islândia diminuiu o ritmo. Heimir Hallgrimsson, então, colocou o atacante Sigurdarson na vaga do zagueiro Ragnar Sigurdsson. Imediatamente, o time voltou a atacar e perdeu boa chance aos 27, quando Finnbogason avançou pela direita e cruzou para Bjarnason, que chegou um pouco atrasado.

Aos 29, Sigurdsson recebeu pela esquerda, tentou o cruzamento e a bola tocou no braço de Lovren. O árbitro marcou pênalti, que o mesmo meia finalizou para deixar tudo igual. Ainda faltava um para a Islândia, o que deixou o jogo franco mais uma vez. Mas os islandeses não aguentaram o ritmo e viram os croatas criarem as principais chances nos minutos finais. Até que, aos 44, Perisic recebeu na esquerda, invadiu a área e bateu cruzado para a rede, acabando de vez com o sonho do adversário.

 

FICHA TÉCNICA:

ISLÂNDIA 1 X 2 CROÁCIA

ISLÂNDIA - Halldorsson; Saevarsson, Ingasson, Ragnar Sigurdsson (Sigurdarson) e Magnusson; Gunnarsson, Hallfredsson, Gudmundsson, Gylfi Sigurdsson e Bjarnasson (Traustason); Finnbogason (Gudmundsson). Técnico: Heimir Hallgrimsson.

CROÁCIA - Kalinic; Jedvaj, Corluka, Caleta-Car e Pivaric; Badelj, Kovacic (Rakitic), Pjaca (Lovren), Modric (Bradaric) e Perisic; Kramaric. Técnico: Zlatko Dalic.

GOLS - Badelj, aos sete, Gylfi Sigurdsson, aos 29, e Perisic, aos 44 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Antonio Mateu (Fifa/Espanha).

CARTÕES AMARELOS - Hallfredsson, Finnbogason (Islândia); Pjaca, Jedvaj (Croácia).

PÚBLICO - 43.472 torcedores.

LOCAL - Arena Rostov, em Rostov (Rússia).

O drama da Argentina terá um capítulo decisivo nesta terça-feira (26) na Copa do Mundo. A partida contra a Nigéria poderá ser a última do time e marcar o fim de uma geração talentosa, mas que nunca ganhou nada. Mais cedo, será conhecido o  segundo classificado do grupo C. A França já está garantida nas oitavas.

Dinamarca x França – 11h, Moscou

Austrália x Peru – 11h, Sochi

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A França está garantida nas oitavas de final e basta um empate para garantir a primeira colocação do grupo C. Para a Dinamarca, um empate também é lucro. Com 4 pontos, basta apenas mais um para ir à próxima fase. O técnico dinamarquês, Age Hareide, pregou o equilíbrio do time durante toda a partida.

“Nós realmente queríamos vencer a Austrália e, portanto, concedemos mais espaço a eles do que queríamos. Contra o Peru e a Austrália não controlamos a bola muito bem no último terço do jogo e isso temos que corrigir. Precisamos ser muito mais equilibrados contra a França”, disse Age.

O técnico francês Didier Deschamps não definiu o time que enfrenta a Dinamarca. “Eu tenho opções, então verei a situação de cada jogador, os cartões amarelos e como eu posso administrar o tempo de jogo deles”, explicou.

Aos australianos, só a vitória interessa. Com 1 ponto conquistado, precisam vencer e torcer por uma vitória francesa no outro jogo para continuarem no Mundial.

Nigéria x Argentina – 15h, São Petersburgo

Islândia x Croácia – 15h, Rostov

O  fim do sofrimento argentino só depende dele, o time comandado por Jorge Sampaoli e liderado em campo por Messi. Depois de uma derrota incontestável contra a Croácia, os argentinos precisam juntar os cacos e vencer a Nigéria. Além da vitória, deverão torcer por um tropeço da Islândia. Caso argentinos e islandeses vençam seus jogos, a classificação será do time que tiver melhor saldo de gols.

À Nigéria, um empate só garante a classificação se a Islândia não vencer a Croácia. Contra os próprios islandeses, os africanos foram eficientes nos contra-ataques. A tendência é de que esse artifício seja novamente explorado contra a defesa lenta da Argentina.

A Islândia também luta por classificação e, segundo o técnico Heimir Hallgrimsson, o time não tem nada a perder hoje. “Não temos nada a perder neste jogo. Vamos dar tudo de nós e esperamos ter uma performance que orgulhe nossa nação. A Croácia é provavelmente um dos melhores times até agora. Se continuarem a jogar desta maneira, eles podem chegar até a final” afirmou.

A Nigéria venceu pela primeira vez na Copa do Mundo da Rússia nesta quinta-feira. Em Volgogrado, a seleção africana fez a festa de sua torcida e da Argentina ao passar pela Islândia por 2 a 0, resultado que a deixa mais próxima da vaga às oitavas de final e aumenta a esperança do time sul-americano na briga.

Quem também comemorou o placar foi a Croácia, que já estava classificada e se aproximou de garantir a liderança do Grupo D, em que tem seis pontos. A segunda colocação é justamente da Nigéria, com três, enquanto Islândia e Argentina somam apenas um, mas seguem na briga por vaga.

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Na última rodada, a Croácia depende de um empate contra a Islândia, terça-feira, em Rostov, para passar como líder, enquanto os islandeses precisam vencer. Na outra partida, a Argentina tem que bater a Nigéria em São Petersburgo, no mesmo dia, e torcer contra os islandeses para avançar. Aos nigerianos, até um empate pode bastar, desde que a Islândia não derrote a Croácia por dois gols de diferença.

O triunfo nigeriano foi fruto da inspiração de Musa, atacante que marcou dois belos gols no segundo tempo. Foi na etapa final, aliás, que a equipe africana acordou, após um primeiro tempo em que sequer finalizou ao gol e viu os islandeses imporem seu estilo de jogo.

Nos pés de seu principal jogador, a Islândia levou perigo em duas oportunidades nos minutos iniciais. Gylfi Sigurdsson exigiu boas defesa de Uzoho em cobrança de falta e em finalização da meia-lua. Mas parou nisso. Os europeus tinham muita dificuldade na criação e limitavam-se a tentar em cruzamentos para a área, com os pés ou em arremessos laterais.

Mesmo sem levar perigo, ainda eram superiores à Nigéria, que insistia em jogadas pela direita com Moses e terminou o primeiro tempo sem um chute a gol. Os islandeses, menos piores, assustaram em duas oportunidades pelo alto. Aos 44, com Finnbogason, e dois minutos mais tarde, com Bodvarsson.

O técnico Gernot Rohr deve ter dado um chacoalhão em seus comandados, porque a Nigéria voltou completamente diferente do intervalo e marcou logo aos três minutos, aproveitando contragolpe justamente após arremesso lateral adversário para a área. Iheanacho ficou com a sobra e abriu rapidamente com Moses, que avançou com espaço e cruzou para Musa. O atacante dominou com estilo e fuzilou para a rede.

O gol obrigou a Islândia e se lançar mais ao ataque, e aí os europeus mostraram claro desconforto. Sem criatividade, apenas deram mais espaços aos contragolpes nigerianos. Aos 11, Ndidi recebeu com liberdade e arriscou de fora, parando em Halldorsson. Aos 20, foi a vez de Moses tentar e jogar rente à trave.

O domínio nigeriano se tornou amplo. Com posse de bola e muito mais qualidade, atacou a Islândia de todas as formas e passou a acumular chances perdidas. Aos 26, Balogun aproveitou escanteio da direita e testou por cima. Dois minutos mais tarde, Musa recebeu na área e chutou com estilo, no travessão.

Mas não demoraria para o atacante do CSKA Moscou voltar às redes. No minuto seguinte, ele recebeu pela esquerda, passou como quis por Arnason e ainda driblou o goleiro antes de marcar.

Quando tudo parecia definido, a defesa nigeriana se complicou e deu vida nova à Islândia. Aos 35 minutos, errou na saída de bola, Ebuehi atropelou Finnbogason e o árbitro, auxiliado pelo VAR, assinalou pênalti. Gylfi Sigurdsson bateu por cima. Finnbogason ainda teve uma última grande chance, mas o dia não era mesmo da seleção europeia.

 

FICHA TÉCNICA:

NIGÉRIA 2 X 0 ISLÂNDIA

NIGÉRIA - Uzoho; Omeruo, Ekong e Balogun; Moses, Etebo (Iwobi), Mikel, Ndidi e Idowu (Ebuehi); Musa e Iheanacho (Ighalo). Técnico: Gernot Rohr.

ISLÂNDIA - Halldorsson; Saevarsson, Ragnar Sigurdsson (Ingason), Arnason e Magnusson; Gunnarson (Skulason), Gislason, Bjarnason e Gylfi Sigurdsson; Bodvarsson (Sigurdarson) e Finnbogason. Técnico: Heimir Hallgrimsson.

GOLS - Musa, aos três e aos 29 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Matt Conger (Fifa/Nova Zelândia).

CARTÕES AMARELOS - Idowu (Nigéria).

PÚBLICO - Não disponível.

LOCAL - Arena Volgogrado, em Volgogrado (Rússia).

Sexta-feira, como costuma acontecer com milhares de brasileiros, é dia de acordar cedo, mas desta vez não para trabalhar. A seleção do técnico Tite entra em campo, pela segunda rodada do grupo E da Copa do Mundo, para enfrentar a Costa Rica, às 9h (horário de Brasília) no Estádio de São Petersburgo.

Em seguida, a Nigéria jogará com a Islândia e, para encerrar, Sérvia e Suíça se enfrentarão pelo mesmo grupo do Brasil.

De todos os jogos de hoje, apenas a Sérvia pode garantir a classificação às oitavas de final, em caso de vitória.

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Brasil x Costa Rica – 9h

O Brasil entrará em campo contra os costarriquenhos precisando vencer para não complicar sua situação na Copa. Depois do empate contra a Suíça (1x1), os brasileiros terão pela frente – teoricamente – a equipe mais vulnerável do grupo. Uma vitória deixa a Seleção Brasileira com 4 pontos, na briga pela liderança.

Tite escalou a equipe com os mesmos jogadores que iniciaram a partida contra a Suíça, com apenas uma mudança de última hora: Fagner entra na lateral direita no lugar de Danilo, diagnosticado com uma lesão no quadril.

Após o primeiro jogo, o treinador já havia mencionado a ansiedade e a consequente falta de pontaria do time, como responsáveis pelo empate. Em entrevista ontem (21), ele voltou a falar das finalizações.

“[É preciso] ser efetivo. Transformar as oportunidades em gol. Continuar proporcionando muito poucas oportunidades ao adversário. Eu também estava na expectativa do primeiro jogo. Hoje, já tem foco maior, abstração maior. Alguns ajustes de posicionamento vamos continuar fazendo”, disse.

Para o capitão costarriquenho Byan Ruiz, a partida de hoje é “motivante”. “Este jogo é importante. Especialmente por causa das coisas que estamos disputando”. Como já perdeu o primeiro jogo, uma derrota encerra as chances de classificação da Costa Rica para a próxima fase.

O time que jogará contra o Brasil terá apenas uma mudança em relação à partida de estreia. Bryan Oviedo entra no lugar de Francisco Calvo na lateral esquerda.

Este será o terceiro duelo entre as duas seleções em copas. O primeiro, em 1990, terminou com vitória magra do Brasil: 1x0. O segundo foi completamente diferente. Em 2002, pela última rodada da primeira fase, o Brasil estava classificado antecipadamente e entrou em campo com um time cheio de reservas. Mesmo assim, goleou: 5x2.

Nigéria x Islândia – 12h

Depois de um bom jogo contra a Argentina, a Islândia fará novo teste em uma Copa do Mundo, contra a Nigéria. Com um ponto na competição, os islandeses aumentam muito as chances de classificação com uma vitória sobre a Nigéria. Faz muito calor em Volgogrado, local da partida, e isso virou assunto durante entrevista ontem.

“Eu senti na equipe que eles já se acostumaram ao calor depois do aquecimento. É claro que [o calor] drena a energia, mas vamos repor nossa energia hoje. Comemos bem porque será difícil. Sabemos quão fortes os nigerianos são”, disse o capitão islandês, Aron Gunnarsson. Os islandeses não estão acostumados a altas temperaturas em seu país, onde o frio predomina na maior parte do ano.

Do outro lado, o treinador da Nigéria, o alemão Gernot Rohr, pregou respeito pelo adversário e usou como exemplo o desempenho islandês na primeira rodada. “Eu tenho muito respeito pela Islândia. Eles foram muito bem contra a Argentina. Eles não têm estrelas no time, nós também não. Então, amanhã será um duelo de coletividades”, afirmou.

Sérvia x Suíça – 15h

É simples: uma vitória hoje garante a Sérvia na próxima fase, as oitavas de final. Os três pontos conquistados na primeira rodada, aliados ao empate no outro jogo do grupo, deixaram a Sérvia em boa situação. Se vencerem, entrarão em campo contra o Brasil, na última rodada, já classificados.

“Respeitamos a Suíça, mas nosso objetivo será tentar ameaçá-los do primeiro ao último minuto do jogo, porque temos qualidade para isso”, disse o meio-campista sérvio Matic.

Do outro lado, porém, está um time que, teoricamente, já passou pelo maior desafio no grupo e conseguiu um empate contra o Brasil; 1x1.

A Suíça conta com uma marcação eficiente e bons avanços em velocidade, principalmente pelo lado direito com Shaqiri. Autor do gol contra o Brasil, Steven Zuber mostra otimismo. “Encontraremos os pontos fracos da Sérvia”, promete.

O primeiro resultado mais surpreendente da Copa do Mundo da Rússia ocorreu no jogo da Argentina. A bicampeã do mundo, liderada por Lionel Messi, não conseguiu superar a estreante Islândia e apenas empatou por 1 a 1 no Spartak Stadium, em Moscou. Sob o olhar de Diego Maradona, que estava nas tribunas, Messi perdeu um pênalti, que foi defendido pelo goleiro Halldorsson, o nome do jogo.

No final da partida, os jogadores da Islândia comemoraram o feito histórico e foram saudar a pequena torcida no estádio do Spartak com o canto tradicional, que virou mania durante a Eurocopa de 2016. Messi saiu cabisbaixo. Nas arquibancadas, os argentinos colocavam as mãos na cabeça, incrédulos com o resultado histórico. A Islândia parou a Argentina.

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O desenho tático definido antes de a partida começar - a Islândia fechada esperando os contra-ataques enquanto a Argentina martelava em busca do gol - foi amplamente confirmado. Mas os argentinos não imaginaram que fossem sofrer tão cedo. Foram duas grandes chances em seguida dos islandeses: a melhor delas com o Bjarnason, que finalizou mal, frente a frente com Caballero. Silêncio no estádio, que era dominado pelos argentinos.

A Argentina teve muitas dificuldades para criar. Di María, que deveria ser ajudante de Messi, teve atuação apagada. Assim coube ao astro carimbar todas as jogadas. Bem marcado, nem sempre conseguiu fazer o time andar. Tímidos e mais preocupados em atuar defensivamente, os laterais ficam devendo uma opção de ataque pelos lados do campo.

Até as duas chances seguidas do rival, os argentinos só haviam tido uma boa chance com uma falta cobrada por Lionel Messi. A bola passou rasteira, raspando a trave. Muito pouco para uma equipe que se apresentaria para mostrar que é uma potência futebolística, como afirmou o técnico Jorge Sampaoli na entrevista coletiva na véspera da partida. Os problemas argentinos eram recorrentes: lentidão na troca de passes, o que facilita a marcação adversária, e a notória dependência do camisa 10. A fragilidade da defesa já se tornou uma característica marcante nos últimos anos.

A Islândia reeditava as grandes atuações da Eurocopa quando chegou às quartas de final. Não é mais uma surpresa. Bem organizada, eficiente na troca de passes e veloz nos contra-ataques, o time europeu equilibrou o jogo. Nem se importou em abrir mão da posse de bola: deu 70 passes contra 330 da Argentina. O time sul-americano teve 74% de posse, mas foi pouco efetivo.

Aos 18 minutos, a Argentina conseguiu respirar no jogo com uma jogada individual de Kun Agüero. Ele dominou um chute torto de Marcos Rojo, virou e fez o primeiro gol argentino na Copa. O atacante do Manchester City encerrou um jejum de oito jogos em Copas do Mundo.

Aos 22, gol da Islândia. Os argentinos não tiveram tempo de aproveitar a vantagem. Após cruzamento rasteiro, Caballero espalmou e Finnbogason aproveitou. Foi o primeiro gol da Islândia na história das Copas.

Messi saiu cabisbaixo no final do primeiro tempo. O camisa 10 reclamou com razão de um erro cometido pelo árbitro polonês Szymon Marciniak. Após cruzamento de Tagliafico a bola desviou na mão do zagueiro. No início do segundo tempo, o árbitro errou a mesma marcação, agora do lado contrário, a favor da Islândia.

Com a troca de Biglia por Banega, o técnico Jorge Sampaoli mostra que quer ganhar o jogo. Ele terá mais criatividade e movimentação. Biglia é só marcador. A torcida empurra a Argentina. Parece que o jogo estava sendo realizado em Buenos Aires.

Perto dos 20 minutos, a Argentina sofrendo atrás do segundo gol, mas preocupada com o contra-ataque, Messi foi esperança e frustração para os argentinos. Ele deu passe perfeito para Meza, que sofreu pênalti. Na cobrança, Messi desperdiçou o chute salvador. O goleiro Halldorson fez a grande defesa de sua vida e garantiu o empate. Em sua primeira partida na Copa, a Islândia fez história ao segurar o gigante argentino.

FICHA TÉCNICA

ARGENTINA 1 x 1 ISLÂNDIA

ARGENTINA - Caballero; Salvio, Otamendi, Marcos Rojo e Tagliafico; Mascherano, Biglia (Banega), Meza (Higuaín), Messi e Di María (Pavon); Sergio Aguero. Técnico: Jorge Sampaoli.

ISLÂNDIA - Halldorsson; Magnusson, Sigurdsson, Arnason e Saevarsson; Bjarnason, Gunnarsson (Skúlason), Sigurdsson, Gudmundsson (Gislason) e Hallfredsson; Finnbogason (Sigurdarson). Técnico: Heimir Hallgrimsson.

GOLS - Agüero, aos 18 minutos do primeiro tempo; Finnbogason, aos 22 do segundo.

ÁRBITRO - Szymon Marciniak (POL).

CARTÕES AMARELOS - Não houve.

PÚBLICO - 44.190 espectadores.

RENDA - Não disponível.

LOCAL - Spartak Stadium, em Moscou (RUS).

Este sábado (16) será de maratona futebolística para quem estava ansioso pela Copa do Mundo. Serão quatro jogos, começando cedo. Às 7h a França enfrenta a Austrália. Às 10h, a Argentina joga contra a Islândia. Peru e Dinamarca duelam às 13h e Croácia e Nigéria encerram a sequência de partidas, às 16h.

França x Austrália

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Em Kazan, a França estreará tentando mostrar porque é apontada por parte da imprensa especializada como uma das grandes favoritas ao título. Pogba, Matuidi, Griezmann e Mbappé são alguns dos responsáveis por esse favoritismo. Mbappé, por exemplo, de apenas 19 anos, é visto com o grande craque da nova geração francesa. Ele, ao lado de Neumar, é um dos principais nomes do Paris Saint-Germain, com grandes atuações no clube francês.

Neste momento já é grade a movimentação de torcedores ma Arena Kazan. Os jogadores das duas seleções já estão no estádio, no trabalho de aquecimento no gramado.

Argentina x Islândia

Depois de sentir o terceiro título mundial muito perto na Copa de 2014, a atual vice-campeã do mundo ainda precisa mostrar que a geração de craques como Messi, Di Maria e Aguero é capaz de ganhar um título. Muito eficazes nos clubes em que jogam na Europa, esses jogadores carregam desconfiança dos torcedores argentinos, sobretudo após se classificarem com dificuldade para esta Copa. Mas uma boa estreia pode fazer o otimismo voltar.

O adversário dos argentinos é um estreante em Copas. A Islândia não tem tradição no futebol, mas tem uma história recente que a credencia a ser o segundo time de todos os torcedores. Na Eurocopa de 2016, os islandeses chegaram até as quartas-de-final, vencendo a Inglaterra nas oitavas. A Islândia tem uma torcida barulhenta e muito apaixonada e poderá ser um espetáculo à parte nesta Copa.

Peru x Dinamarca

O Peru contará com o artilheiro Guerrero, depois de praticamente descartar sua participação. O atacante do Flamengo foi suspenso por doping, mas conseguiu um efeito suspensivo na Justiça suíça, no último momento, e será a principal esperança de gols do time na Copa. O Peru não jogava uma Copa do Mundo há 36 anos e se quiser ir além da fase de grupos, precisa somar pontos contra a Dinamarca.

Os Dinamarqueses estiveram na Copa pela última vez em 2010, quando caíram na primeira fase. O técnico Age Hareide demonstra confiança em uma participação melhor este ano. “Numa Copa do Mundo há mais pressão porque todo mundo está te assistindo. Mas eu diria que houve mais pressão na gente em Dublin, quando enfrentamos a Irlanda nas eliminatórias. Temos jogadores que já experimentaram grandes coisas em grandes clubes e quando você joga pela seleção você também adquire experiência”.

Croácia x Nigéria

Será um duelo entre as escolas europeia e africana de futebol. Os croatas têm em seu time Rakitic e Modric, titulares em dois dos maiores clubes do mundo, Barcelona e Real Madrid, respectivamente. No ataque, o experiente Mandzukic será a referência. Os três jogadores contribuem para que a Croácia jogue com a bola nos pés, evite os chutões desesperados para o ataque”.

Um dos jogadores mais experientes da Nigéria, Obi Mikel, falou de sua ansiedade para o jogo de hoje. “Croácia é um grande time com grandes jogadores, mas queremos focar no nosso time. Serão 11 contra 11; estamos ansiosos para o jogo”.

Classificada à Copa do Mundo pela primeira vez em 36 anos, a seleção do Peru continua em festa. Nesta terça-feira (27), a equipe conquistou mais uma vitória ao superar a Islândia por 3 a 1, em amistoso disputado em New Jersey, nos Estados Unidos, em duelo de preparação das duas seleções para o torneio na Rússia.

Dirigida por Ricardo Gareca, a seleção peruana já havia demonstrado força nas datas reservadas pela Fifa para amistosos em março ao superar a Croácia por 2 a 0. E, diante de mais uma seleção europeia, obteve outro triunfo. Além disso, ampliou a sua invencibilidade para 12 jogos, não perdendo desde 16 de novembro de 2016, quando caiu por 2 a 0 para o Brasil nas Eliminatórias Sul-Americanas.

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Nos Estados Unidos, o Peru abriu o placar do amistoso logo aos três minutos do primeiro tempo com o gol marcado por Renato Tapia. Só que a Islândia esboçou uma reação ao igualar o marcador aos 22 minutos, com o gol de Jón Gudni Fjóluson. Na etapa final, porém, a seleção peruana sacramentou a sua vitória com os gols marcados por Raúl Ruidíaz, aos 13, e Jefferson Farfán, aos 31 minutos.

Na Copa do Mundo, o Peru vai estrear diante da Dinamarca em 16 de junho, sendo que a França e a Austrália serão os outros adversários no Grupo C. Na mesma data, a Islândia vai encarar a Argentina pela rodada inicial do Grupo D. Seus outros duelos na chave serão diante da Croácia e da Nigéria. Em seu outro amistoso neste mês, perdeu 3 a 0 para o México.

A Islândia disputará no ano que vem, na Rússia, a primeira Copa do Mundo de sua história. Nesta segunda-feira (9), o pequeno país garantiu o direito de ir ao torneio ao confirmar o favoritismo e derrotar Kosovo por 2 a 0, em casa, para delírio da fanática torcida que lotou o Estádio Laugardalsvöllur, em Reykjavik.

Com o resultado, os islandeses chegaram a 22 pontos ganhos em 10 rodadas e confirmaram a primeira colocação do Grupo I das Eliminatórias Europeias. Com uma campanha de sete vitórias, um empate e apenas duas derrotas, com 16 gols a favor e sete contra, o país deixou para trás seleções de mais tradição, como Croácia, Ucrânia e Turquia, para confirmar a vaga.

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Curiosamente, em 2013 a Islândia ficou à beira de garantir vaga na Copa do Mundo do ano seguinte, no Brasil, mas foi eliminada na repescagem pela Croácia. Desta vez, porém, o país superou justamente os croatas, que terminaram na segunda posição da chave e terão que disputar a repescagem novamente.

Assim, a Islândia será o menor país da história a disputar a Copa do Mundo. Com pouco mais de 100km² e somente 332 mil habitantes, a nação tem apenas centenas de jogadores registrados como profissional e despontou para o mundo do futebol na Eurocopa de 2016, quando eliminou a favorita Inglaterra nas oitavas de final e só caiu nas quartas para a França.

Além da Islândia, já estão classificados para a Copa o Brasil, na América do Sul; a Nigéria e o Egito, na África; Irã, Japão, Coreia do Sul e Arábia Saudita, na Ásia; Bélgica, Espanha, Alemanha, Inglaterra, Sérvia e Polônia, na Europa; e México e Costa Rica, na Concacaf. País-sede, a Rússia também está garantida.

Para confirmar a vaga no Mundial, a Islândia contou com o apoio da torcida da casa nesta segunda. Mesmo diante da frágil equipe kosovar, a seleção ia passando em branco até os 39 minutos, quando um de seus principais jogadores apareceu para abrir o placar. Sigurdsson, do Everton, recebeu na meia-lua, cortou seu marcador e finalizou na saída do goleiro.

Para impedir qualquer zebra, os islandeses trataram de seguir atacando na etapa final e foram premiados com o gol que garantiu a classificação. Aos 22 minutos, o mesmo Sigurdsson recebeu na área pela esquerda, cortou seu marcador e tocou no meio para Gudmundsson, que empurrou para a rede e deu início à festa das arquibancadas.

CROÁCIA - Com a Islândia garantida no Mundial, Ucrânia e Croácia se enfrentaram em um confronto direto na briga pela vaga na repescagem. E mesmo atuando em Kiev, os visitantes croatas levaram a melhor e venceram por 2 a 0, mantendo vivo, assim, o sonho de ir à Copa do ano que vem.

O resultado levou a Croácia a 20 pontos, três à frente justamente da Ucrânia, que está fora do Mundial. A Turquia, que empatou em 2 a 2 com a Finlândia fora de casa, parou nos 15 pontos e também está eliminada, assim como os próprios finlandeses e Kosovo.

A vitória da Croácia teve Kramaric como herói. O atacante do Hoffenheim marcou os dois gols da partida, sendo que no primeiro recebeu cruzamento perfeito de Modric para finalizar para a rede, aos 16 minutos do segundo tempo. Apenas oito minutos depois, Rakitic recebeu lançamento longo e tocou de primeira, com muito estilo, para o mesmo Kramaric selar o resultado.

O presidente da Islândia aceitou a renúncia do primeiro-ministro da ilha vulcânica, que diz que uma nova eleição provavelmente será realizada em 4 de novembro. O Presidente Gudni Johannesson encontrou-se neste sábado com o primeiro-ministro Bjarni Benediktsson e também com outros líderes do partido.

Benediktsson perdeu sua coalizão de centro-direita de nove meses depois de um partido sair da base, após uma tentativa do pai do primeiro-ministro de ajudar a limpar o nome de um pedófilo condenado.

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Um pequeno partido centrista, Bright Future, desistiu da coalizão na sexta-feira, depois que surgiu a informação de que o pai de Benediktsson escreveu uma carta pedindo um perdão para Hjalti Sigurjon Hauksson, que foi condenado em 2004 por violar sua enteada quase todos os dias por 12 anos.

Benediktsson assumiu o cargo em janeiro, unindo seu Partido da Independência, o Partido Reformista e os centristas.

Fonte: Associated Press

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