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Uma multidão prestou homenagem neste sábado (5) ao ex-presidente francês Jacques Chirac na região de Correze, no sudoeste da França, seu local de nascimento político e terra de sua família.

Chirac morreu em 26 de setembro e foi enterrado na segunda-feira em Paris. Sua família queria que o último tributo ocorresse na terra que o viu crescer. "Jacques Chirac construiu-se aqui", disseram as autoridades locais.

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O falecido presidente foi vereador e deputado regional antes de ser prefeito de Paris e finalmente presidente em 1995. A homenagem terminou com uma grande refeição, em memória do ex-presidente, amante da boa mesa.

O ex-presidente socialista François Hollande, também natural da região, esteve presente na homenagem a seu então adversário político.

Os franceses prestam, neste domingo (29), uma homenagem popular a seu ex-presidente Jacques Chirac, figura política do país durante quatro décadas, que faleceu na quinta-feira (26) e foi reconhecido como "profundamente francês", tanto por suas qualidades quanto por seus defeitos.

O tributo popular será organizado no Palácio dos Inválidos, em Paris, um dia antes de um dia de luto nacional e uma cerimônia oficial na presença de inúmeras personalidades estrangeiras.

A morte de Chirac, "o humanista", uma figura mítica da direita francesa que estava doente há anos e que pouco aparecia em público, comoveu o país que presidiu por 12 anos (1995-2007), depois de ter sido prefeito de Paris entre 1977 e 1995.

Desde quinta-feira, cerca de 5.000 franceses, alguns deles muito jovens, assinaram os livros de condolências no Palácio do Eliseu, onde deixaram elogios fervorosos e expressaram sua "ternura" e admiração por Chirac.

O ex-presidente será sempre lembrado por ter se oposto à guerra do Iraque em 2003, por ter reconhecido a responsabilidade da França na deportação judeus durante a ocupação nazista na Segunda Guerra Mundial e por sua frase "nossa casa está queimando", um alerta sobre a situação climática lançado em 2002.

Segundo uma pesquisa publicada no Journal du Dimanche, Chirac, cuja popularidade não parou de crescer desde que deixou o Eliseu em 2007, tornou-se o presidente da Quinta República mais amado pelos franceses, empatado com Charles de Gaulle .

Muitos preferem não mencionar as questões judiciais de quem, em 2011, se tornou o primeiro ex-presidente francês a ser condenado (dois anos de prisão com suspensão da pena, por um caso de empregos fantasmas na prefeitura de Paris).

"Ele tinha um lado humano que nem todo mundo tem atualmente na política [...] Não era alguém perfeito, mas é por isso que gosto tanto dele", disse no sábado à AFP Thibaud, 23 anos.

A afeição demonstrada por seus concidadãos se deve "mais" ao "que era" do que "ao que fez", considerou o jornal conservador Le Figaro.

"Ele se ajustou às contradições de um país", acrescentou o jornal, para o qual o ex-chefe de Estado "era profundamente francês, com suas virtudes e fraquezas".

O pátio do Palácio dos Inválidos, um monumento que abriga, entre outros, o túmulo de Napoleão, será aberto ao público a partir das 14h00 (9h00 de Brasília) para quem quiser se despedir do ex-presidente.

O caixão estará na entrada da catedral Saint-Louis-des-Invalides.

- Líderes estrangeiros -

Na segunda-feira, dia de luto nacional, uma cerimônia reservada à família será realizada pela manhã antes das honras militares, na presença do atual chefe de Estado francês, Emmanuel Macron.

Ao meio-dia, um serviço solene presidido por Macron será realizado na igreja de São Sulpício, em Paris.

A presença de numerosas personalidades estrangeiras é esperada, com cerca de 30 chefes de Estado e de governo anunciados.

Entre eles, o presidente alemão Frank-Walter Steinmeier, o da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, o russo Vladimir Putin, o italiano Sergio Mattarella e os primeiros-ministros do Líbano, Saad Hariri, e da Hungria, Viktor Orban. Também estarão presentes líderes da época em que Chirac esteve no poder, como o ex-presidente do governo espanhol José Luis Rodríguez Zapatero e o ex-chanceler alemão Gerhard Schröder.

Ás 15h00, um minuto de silêncio será observado nas escolas e repartições públicas.

Além de seus dois mandatos como presidente da República e três como prefeito de Paris, Jacques Chirac também foi primeiro-ministro duas vezes (1974-1976 e 1986-1988), fundou dois partidos conservadores - RPR e UMP -, ministro em várias ocasiões desde os 34 anos e deputado de Corrèze (centro).

Ao longo de sua carreira, o falecido ex-presidente permaneceu fiel à sua rejeição à extrema direita, sua preocupação com a coesão nacional e sua visão gaullista da política internacional da França, considerada uma potência equilibrada que dialogava com todos os atores.

O ex-presidente da França Jacques Chirac, um dos mais longevos presidentes da história francesa, morreu nesta quinta-feira, 26, em Paris. A informação foi confirmada pela família a agências de notícias.

O ex-chefe de Estado tinha 86 anos, e sua carreira política é considerada uma das mais excepcionais da França. Chirac foi primeiro-ministro, ministro e prefeito de Paris. Como chefe de Estado, governou o pais por dois mandatos, entre 1995 e 2007.

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Chirac se tornou uma celebridade entre moderados por ter sido o presidente que se opôs à intervenção americana no Iraque, vetando o aval da ONU no Conselho de Segurança - enquanto o Reino Unido de Tony Blair embarcava no conflito ao lado de George W. Bush.

O ex-presidente francês era uma das personalidades políticas mais apreciadas no seu país. Ele era estimado por sua longa carreira política e sua personalidade carismática.

Por sua popularidade, seu estado de saúde era acompanhando de perto pela mídia e por todo o país. Vítima de um acidente vascular cerebral em 2005, ele tinha um quadro de saúde delicado, segundo parentes, com momentos de desligamento, perda de memória e perda de audição. (Com agências internacionais).

O ex-presidente francês Jacques Chirac, de 83 anos, foi hospitalizado neste domingo (18) em Paris por uma infecção pulmonar, indicou à AFP sua família.

De volta a Paris de uma viagem ao Marrocos com sua esposa Bernardette, o ex-chefe de Estado francês (1995-2007) "foi hospitalizado nesta manhã (no hospital) Pitié-Salpêtrière para tratar uma infecção pulmonar" e continuará internado neste local por alguns dias, indicou seu genro, Frédéric Salat-Baroux.

Uma fonte próxima ao ex-presidente disse à AFP que Chirac está consciente.

Conhecido durante décadas por sua saúde de ferro, o ex-presidente sofreu durante seu segundo mandato presidencial um acidente vascular cerebral, o que o debilitou fortemente.

Desde que abandonou o Eliseu, Chirac foi hospitalizado em várias ocasiões. Em dezembro de 2015 passou duas semanas internado.

O ex-presidente da França Jacques Chirac foi considerado culpado por desvio de recursos e abuso de poder por um tribunal de Paris, nesta quinta-feira. Chirac recebeu uma pena de dois anos de prisão, mas essa pena é suspensa, ou seja, deverá ser cumprida apenas se ele for condenado por outro crime nesse período.

Chirac tem 79 anos e comandou o país entre 1995 e 2007. O veredicto foi considerado surpreendente, já que a própria promotoria pediu a absolvição do réu, no primeiro caso de um ex-presidente francês que foi julgado. As informações são da Dow Jones.

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