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Em reunião colegiada nessa quarta-feira (27), a Comissão de Ética Pública da Presidência instaurou um processo contra Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) sob a gestão de Jair Bolsonaro (PL). De acordo com O Globo, a investigação vai apurar uma denúncia em que o ex-agente é suspeito de pedir votos para o ex-mandatário nas redes sociais. Desde 9 de agosto, o investigado está preso na capital federal. 

No dia 29 de outubro do ano passado, sábado que precedeu o segundo turno das eleições, o então diretor-geral compartilhou uma mensagem em suas redes sociais pedindo apoio a Bolsonaro. "Vote 22 - Bolsonaro Presidente", dizia o post, que foi excluído horas depois. A publicação aconteceu no mesmo período em que o Partido dos Trabalhadores (PT) solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que impedisse as operações da PRF que atrapalhassem o trânsito de eleitores. 

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Para a Comissão de Ética da Presidência, há "indícios de materialidade" no caso. O Código de Ética proíbe, por exemplo, que servidores públicos usem do cargo ou de sua influência para favorecimento pessoal. O Conselho, porém, só pode aplicar sanções administrativas, como censura ética. Não é um processo com implicações criminais. 

O senador Hamilton Mourão (Republicanos) questionou o teor da delação do ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, e resumiu a reunião do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com os chefes das Forças Armadas para discutir um possível golpe como “blá-blá-blá”. De acordo com a delação do ex-ajudante de ordens, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier tentou incentivar os comandantes a rejeitarem o resultado das eleições.

Mourão preferiu não opinar sobre a inclinação de Almir Garnier em apoiar o golpe. "Eu aprendi com meu pai, quando fui para a reserva, que não tenho de dar pitaco no que os caras da ativa estão fazendo", comentou em entrevista ao Globo.

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Fora do Exército antes de assumir a vice-Presidência, o ex-general defendeu as Forças Armadas e apontou que Marinha, Exército e Aeronáutica não têm relação com o ato golpista de 8 de janeiro.

"As Forças Armadas sempre estão agindo dentro da legalidade, legitimidade e mantendo a estabilidade do país. Ela não foi fator de instabilidade. O que ocorreu foi o seguinte: um grupo de baderneiros achou que, fazendo uma baderna naquele domingo, 8 de janeiro, algo iria mudar no Brasil. Muito pelo contrário, não mudou nada", considerou.

O senador também minimizou os possíveis desdobramentos da destruição da Praça dos Três Poderes ao descartar a punição aos militares que corresponderam ao interesse dos envolvidos.

"Uma tentativa de golpe seria o quê? A Força Armada sair para a rua e ser derrotada, a exemplo do que ocorreu na Turquia. Isso não aconteceu no Brasil. Se for verdade a delação do Mauro Cid sobre essa suposta reunião, o que houve foi uma discussão. Segundo ele, uns disseram que eram contra e outro disse que era a favor. Isso é um assunto que vai pertencer à História apenas", afirmou o parlamentar.

"Quando Juscelino (Kubitschek) foi eleito, vivíamos um processo tumultuado por causa da morte do Getúlio (Vargas). Na ocasião, houve três presidentes interinos e duas tentativas de golpe para impedir a posse do Juscelino: Jacareacanga, Aragarças. Todas foram revoltas de militares da Força Aérea. Ali realmente você teve uma investida. Agora o que há é um mero blá-blá-blá…", continuou.

O não reconhecimento do resultado das eleições por parte de Jair Bolsonaro é encarado como um dos fatores que influenciaram o 8 de janeiro. Para Mourão, o ex-presidente ficou "muito frustrado" com a derrota e também não teve culpa pelas depredações.

"O que ele ia fazer? [...] Aquela movimentação já estava em determinados grupos dos nossos apoiadores, aqueles mais insatisfeitos com o processo eleitoral", pontuou o ex-presidente.

Na sua visão, o atual governo conserva uma boa relação com as Forças Armadas, mas há certo incômodo com a figura do ministro da Justiça Flávio Dino. 

"Vejo o ministro Múcio [da Defesa] trabalhando bem nesse sentido, mas temos um complicador, que é o ministro Dino [da Justiça]. Ele fala demais [...] Acho que em questões da Polícia Federal nessas investigações. Posso citar as ações sobre alguns militares, como foi a própria prisão do Cid. Essas coisas não estão sendo bem conduzidas", criticou. 

O ex-ministro da Justiça da gestão Bolsonaro (PL), Anderson Torres, foi informado pela Polícia Federal (PF), na última sexta-feira (22), que seu porte de arma foi cassado. A notificação, assinada pelo delegado Maurício Rocha da Silva, chefe da Delegacia de Controle de Armas e Produtos Químicos, foi entregue diretamente na casa de Torres, em Brasília.

A decisão é proveniente do processo administrativo ao qual Torres, que atuava como delegado da Polícia Federal, responde por suposta omissão durante os ataques golpista do 8 de janeiro. Ele foi solto da prisão em maio, após quatro meses de detenção, no entanto, cumpre medidas cautelares. Entre elas, o uso de tornozeleira eletrônica.

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As equipes de investigação da PF também tentam recuperar os salários que o ex-ministro recebeu durante o período em que esteve preso.

Além das supostas omissões nos atos antidemocráticos, o bolsonarista enfrenta outras duas acusações:

- Torres é suspeito de incentivar a Polícia Rodoviária Federal (PRF) a bloquear estradas de estados do Nordeste durante o dia do segundo turno da eleição do ano passado, contrariando assim, ordem de desbloqueio vinda do Tribunal Superior Eleitoral (TSE);

- Foi encontrada na casa do bolsonarista uma minuta de um decreto presidencial que solicitava a instauração de um estado de defesa para alterar o resultado da eleição, na qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito legitimamente.

 

O policial militar reformado Fabrício Queiroz (PTB), aliado de Jair Bolsonaro (PL) e família, relatou, em entrevista à Veja, que tem sido tratado como um “leproso” pelo antigo clã presidencial e se queixou de não ter recebido suporte dos ex-amigos para sua campanha à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) em 2022. O militar também afirmou que pretende disputar o cargo de vereador da capital carioca nas eleições de 2024, mas que não conta mais com o apoio da família. 

Além do espaço que ocupou na polícia, Queiroz ficou conhecido nacionalmente pelo envolvimento no caso das rachadinhas no gabinete de Flávio Bolsonaro (PL-RJ). “Os Bolsonaro são do tipo que valorizam aqueles que os trai”, afirmou o ex-militar. “Bolsonaro não me ajudou em nada na minha campanha a deputado estadual em 2022. Nem na urna em que ele vota eu tive voto. Se ele sinalizasse favoravelmente à minha candidatura, hoje eu seria deputado”, lamentou, ao relembrar que, mesmo assim, fez campanha para o amigo na disputa presidencial de 2022. 

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Queiroz chegou a comparar a postura de Bolsonaro com a do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que saudou os aliados no discurso de vitória. “Lula, assim que ganhou a eleição, foi para a Avenida Paulista em seu primeiro discurso. Do seu lado, estavam José Guimarães, Lindbergh Farias, e vários outros acusados por crimes. Para a família Bolsonaro, eu sou um leproso”, disparou. 

No ano passado, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Alerj concorreu a uma vaga no legislativo estadual pelo PTB, partido de Roberto Jefferson, mas sem sucesso. Obteve apenas 6,7 mil votos. Por conta disso, decidiu tentar a candidatura a vereador em 2024. 

Ele explicou que quer aproveitar esse capital político e disse que ainda não decidiu por qual legenda vai lançar a candidatura. Sua única certeza é que será um partido de direita que lhe dê mais estrutura e mais chances de vencer. “Alguns já me procuraram. Mas ainda estou vendo com minha equipe”, contou Queiroz, ainda filiado ao PTB. 

Áreas ambientais protegidas pela União sofreram com o aumento exponencial da atuação do garimpo ilegal entre 2019 e 2022, sob a gestão de Jair Bolsonaro (PL). Em apenas um ano - 2022 -, a área ocupada por essa atividade no país aumentou em 35 mil hectares, que representa o tamanho de uma cidade como Curitiba. A Amazônia concentra a maior parte desses assentamentos (92%). As informações constam no novo levantamento do MapBiomas. 

A concentração do garimpo ocorre em áreas protegidas restritas a esta atividade, como nos Parques Nacionais do Jamanxin, do Rio Novo e da Amazônia, no Pará; na Estação Ecológica  Juami Japurá, no Amazonas, e na Terra Indígena (TI) Yanomami, em Roraima. As imagens de satélite mostram que as três primeiras são garimpadas há mais de 20 anos, porém tiveram um crescimento substancial nos últimos 10 anos. 

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Toda a área garimpada na Esec Juami Japurá, por sua vez, tem menos de cinco anos. No caso da TI Yanomami, a expansão exponencialmente se deu de 10 anos para cá. O interesse dos garimpeiros é a extração do ouro; 85,4% dos 263 mil hectares garimpados no Brasil são para este fim. 

“O tamanho desses garimpos sobressai nos mapas, sendo facilmente identificável até por leigos. Surpreende que ano após ano ainda subsistam. Sua existência e seu crescimento são evidências de apoio econômico e político à atividade, sem os quais não sobreviveriam, uma vez que estão em áreas onde o garimpo é proibido”, destaca César Diniz, coordenador técnico do mapeamento de mineração do MapBiomas.  

Em 2022, a área ocupada nesses territórios foi 190% maior do que há cinco anos: quase 50 mil hectares foram incorporados ao garimpo no período. Em 2022, mais de 25 mil hectares em terras indígenas e de 78 mil hectares em Unidades de Conservação (UCs) eram ocupados pelo garimpo. Em 2018, eram 9,5 mil e 44,7 mil hectares, respectivamente. Em 2022, 39% da área garimpada no Brasil estava dentro de uma TI ou UC.  

Quase metade (43%) da área garimpada em UCs foi aberta nos últimos cinco anos. As mais invadidas por garimpeiros são a APA do Tapajós (51,6 mil hectares), a Flona do Amaná (7,9 mil hectares), Esec Juami Japurá (2,6 mil hectares), Flona do Crepori (2,3 mil hectares) e Parna do Rio Novo (2,3 mil hectares). 

 

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) compartilhou imagens do momento que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) conheceu o mais novo neto. O quinto neto do ex-presidente e segundo filho de Eduardo e Heloísa Wolf Bolsonaro, Jair Henrique, nasceu nesta sexta-feira (22) de parto normal, conforme anunciou a mãe em suas redes sociais.

O encontro entre o bebê, cujo nome é uma homenagem ao patriarca da família Bolsonaro, e o vovô foi celebrado pelo pai. "Jair conhecendo o Jair com direito a medalha triplo "i". Visita da família. Graças a Deus tudo certo", escreveu Eduardo na legenda de um álbum de fotos do pequeno com os pais, a irmã Geórgia, o avô e a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro (PL). 

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A publicação ganhou comentários de políticos aliados do ex-presidente. A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) estimou votos de saúde e alegrias para a família. "Parabéns, @bolsonarosp e @heloisa.bolsonaro ! Muita saúde e muitas alegrias pra esse príncipe que chegou ao seu lar!", exclamou ao comentar a publicação. Carlos Jordy (PL-RJ) parabenizou o colega: "também Parabéns, irmão! Que tenha muita saúde!". O deputado federal Marcos Pollon (PL) celebrou a chegada do bebê. "PARABÉNS Que Deus abençoe a sua Família!". 

Seguidores também fizeram questão de festejar o nascimento de Jair Henrique. "Que Deus cubra de benção!", desejou uma admiradora da família. 

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) anunciou nesta sexta-feira (22) o nascimento do seu segundo filho com a esposa, a psicóloga Heloísa Wolf Bolsonaro. Homenageando o ex-presidente, o menino recebe o nome de Jair Henrique. 

O casal que já é pai de Geórgia de dois anos, usou as redes sociais para compartilhar a alegria pela chegada do pequeno Jair. Com o nascimento do filho de Eduardo, Bolsonaro agora tem cinco netos. 

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"Tão felizes em dividir com vocês a chegada do nosso Jair Henrique. Às 9h26 desta sexta-feira, 22 de Setembro, nasceu nosso menininho com 3.020kg e 46cm, com 37 semanas e 5 dias de gestação. Pela Graça de Deus foi um parto normal tranquilo, sem analgesia. JH nasceu com 3 circulares de cordão, mas tão logo respirou, chorou e se acalmou no colinho da mamãe. Cheio de saúde, mama forte e bastante. Até aqui o Senhor nos ajudou. Felicidade sem fim! Obrigada @drafernandamallmann por me conduzir nessa passagem tão linda pela segunda vez e toda nossa equipe maravilhosa", escreveu Heloísa.

Eduardo comentou a publicação da esposa e relatou a preocupação pelo fato do bebê ter nascido roxo. "Mamãe parideira, não foi anestesiada nem nada. Me preocupei quando nasceu roxo, estava com 3 voltas do cordão umbilical no pescoço. Mas a equipe médica estava calma e me tranquilizou. Logo ele chorou e tudo certo Mas dá um nervoso, rs".

A ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro também comentou a postagem: "Que alegria! Bem-vindo JH", escreveu acrescentando um emoji de coração azul. 

 

O ex-ajudante de ordens da Presidência, Mauro Cid, recebeu um estudo sobre o "poder moderador" de militares, dois dias após uma reunião do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com os comandantes das Forças Armadas, o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e o general Braga Netto. A informação é do jornal O Globo.

A reunião com a cúpula das Forças Armadas aconteceu 15 dias após o segundo turno das eleições, mas não aparece na agenda do ex-presidente. Contudo, uma troca de e-mails da equipe de ajudantes de ordens confirma o encontro. O e-mail não denomina os comandantes, mas as três Forças eram então chefiadas pelo almirante Almir Garnier (Marinha), pelo general Marco Antônio Freire Gomes (Exército) e pelo tenente-brigadeiro Baptista Junior (Aeronáutica).

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O chamado “poder moderador dos militares” é uma tese adotada por bolsonaristas para defender uma intervenção e o não cumprimento do resultado das eleições de 2022, que levou a vitória do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).  

Outro encontro também registrado no e-mail e fora da agenda oficial de Jair Bolsonaro foi com o almirante Garnier, o então chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, o ministro Paulo Sérgio Nogueira, e o assessor Filipe Martins. Em delação premiada, segundo o UOL, Cid contou que neste encontro Martins entregou a Bolsonaro uma minuta prevendo a intervenção e a prisão dos adversários.

Além do documento sobre o poder moderador, Mauro Cid recebeu também outros dois, que versavam sobre a prerrogativa das Forças Armadas na "garantia dos poderes constitucionais" e a possibilidade de "decretação do estado de defesa ou de sítio".

“Entende-se que a GPC (garantia dos poderes constitucionais) ocorre em situações de não normalidade, caracterizada pela intervenção da União nos Estados ou no Distrito Federal, ou pela decretação do estado de defesa ou do estado de sítio. Essas possibilidades possuem enquadramento no texto constitucional, e o emprego das Forças Armadas seria regulado a partir de um decreto presidencial (legalidade). Essas possibilidades são as apontadas pela doutrina majoritária como sendo o emprego da FA em GPC”, diz um trecho detalhado na reportagem.

Ao O Globo, a defesa de Cid disse em nota que "não tem os referidos depoimentos, que são sigilosos, e por essa mesma razão não confirma seu conteúdo".

O ex-ajudante de ordem, Mauro Cid, contou em delação premiada que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu com militares da alta patente para debater sobre uma eventual minuta que inviabilizasse o cumprimento do resultado das eleições de 2022. A informação foi divulgada pelo UOL. 

Cid, que é tenente-coronel do Exército, detalhou que o almirante Almir Garnier, então comandante da Marinha, teria se manifestado favoravelmente ao plano golpista, contudo o Alto Comando das Forças Armadas não aderiu ao plano intervencionista. 

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O relato de Cid está entre os anexados na delação premiada, que segue em sigilo, mas o UOL teve acesso. Quem teria confeccionado a minuta golpista foi o assessor Filipe Martins. Mauro Cid disse ter participado da reunião em que Bolsonaro tomou conhecimento do documento e também do encontro com os militares.

De acordo com as informações, Mauro Cid relatou detalhes sobre a minuta que, segundo ele, convocaria uma nova eleição com prisão dos adversários. A PF investiga, agora, se o documento entregue por Felipe Martins é o mesmo encontrado na casa do ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres. 

Falsificação de certificados de vacina

Em sua delação, o ex-ajudante de ordens também falou sobre a falsificação de certificados de vacina que o levaram à prisão em maio, além de outros casos como o esquema de venda de joias, que envolve o presidente e arrasta militares do Exército, Marinha e Aeronáutica para problemas de Bolsonaro.

Veracidade das revelações e defesa de Cid

A investigação da PF ainda deve realizar diligências para verificar a veracidade das revelações feitas pelo delator.

Em nota, a defesa de Cid afirmou não ter os depoimentos a respeito da reunião de Bolsonaro com a cúpula militar e disse que eles são sigilosos.

Investigação estaria 'esticando a corda' dos militares

Em entrevista ao Estadão, os militares chegaram a dizer que veem a Justiça "esticando a corda" com prisões e investigações que envolvem as Forças, e alegaram que isso geraria instabilidade e insegurança. A afirmação ocorreu depois que a PF prendeu comandante da PM no DF, além de coronéis e tenente por omissão ante 8 de janeiro.

Na acusação desse caso, a PGR narrou que provas colhidas apontam que "havia profunda contaminação ideológica de parte dos oficiais da Polícia Militar do DF que se mostrou adepta de teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e de teorias golpistas".

Em 2021, o Estadão revelou que o então ministro da Defesa, Walter Braga Netto, fez ameaça e condicionou as eleições de 2022 ao voto impresso.

O caso foi no dia 8 de julho, quando o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), recebeu um duro recado do Braga Netto, por meio de um importante interlocutor político.

O general havia pedido para comunicar, a quem interessasse, que não haveria eleições em 2022 se não houvesse voto impresso e auditável. Ao dar o aviso, o ministro estava acompanhado de chefes militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.

Cid foi liberado da prisão para participar de delação premiada

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, estava preso desde maio, quando foi revelado um esquema falsificação de carteiras de vacinação contra a covid-19. No entanto, no último dia 9, Cid foi liberto do Batalhão da Polícia do Exército, em Brasília, após sua delação premiada ser homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Ao longo dos quatro anos em que Bolsonaro ocupou o Palácio do Planalto, Mauro Cid foi chefe da ajudância de ordens do então presidente. Esse posto é dado a um oficial, que deve ficar à disposição do presidente no desempenho das funções, como um secretário particular do chefe do Executivo.

No período, o tenente-coronel teve livre acesso ao gabinete presidencial, ao Palácio da Alvorada e até mesmo ao quarto ocupado pelo ex-chefe do Executivo em hospitais, após cirurgias.

*Com a Agência Estado

Por Lúcio de Castro, da Agência Sportlight

Improbidade Administrativa, conflito de interesses, vantagens financeiras através do cargo…Padrinho de casamento de Flávio Bolsonaro, o ex-secretário de esporte Marcelo Reis Magalhães gabaritou todos os itens que ferem o Código de Conduta da Alta Administração Federal.

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Ao tomar posse em 2019, Jair Bolsonaro extinguiu o ministério do esporte. No lugar, criou a secretaria especial de esporte, parte da pasta de cidadania. Em 28 de fevereiro de 2020, nomeou Marcelo Reis como titular. O padrinho do 01 ficou à frente da secretaria até 20 de dezembro de 2022.

Em 20 de agosto de 2021, em pleno exercício do cargo, Marcelo Reis abriu a empresa “Gigantes de Nazaré Ltda”. Quatro meses depois, em 17 de dezembro de 2021, sob a presidência de Carlos Alberto Gomes de Brito, a Embratur assinou patrocínio de R$ 400 mil reais para realização da 4ª etapa do evento “Gigantes de Nazaré”, campeonato de ondas grandes realizado em Nazaré, Portugal. Com Marcelo Reis ainda no cargo federal, o pagamento da Embratur foi feito para a “Orbe Serviços Integrados Ltda”, de Daniel Ferreira Braga, que tem ligações societárias cruzadas com Diogo Carneiro Silva Feliciano, o sócio de Marcelo Reis na “Gigantes de Nazaré Ltda”.

A “Gigantes de Nazaré Ltda” consta nos dados da receita federal sendo no mesmo endereço que a “Orbe Serviços Integrados Ltda” e da “Orbe Consultoria em Gestão Empresarial e Treinamento Ltda”, no centro do Rio de Janeiro. E Diego Feliciano é sócio da “Orbe Consultoria em Gestão Empresarial e Treinamento Ltda”, do mesmo grupo que a “Orbe Serviços Integrados Ltda”. Foi a “Orbe Consultoria em Gestão Empresarial” que entrou com o pedido de registro de propriedade industrial da “Gigantes de Nazaré”.  Os dois atos de Marcelo Reis, abrir empresa em alto cargo federal e se beneficiar economicamente, ferem o Código de Conduta da Alta Administração Federal. O recebimento de verba pública no caso pode ser tipificado em diversas modalidades de crime, de acordo com juristas que a reportagem conversou.

Além da verba da Embratur, o evento recebeu patrocínio da prefeitura e do estado do Rio, ambos com Marcelo Reis ainda no cargo de alto escalão do governo federal. Em 3 de outubro de 2022, sob o comando de Eduardo Paes, o município do Rio concedeu R$ 300 mil para etapa carioca. No dia seguinte, 4 de outubro, uma empresa de nome Showzaço Artistic Productions Inc foi aberta em Mississauga, província de Ontario, Canadá, em nome de Ulysses Santos de Paula. Sócio de Marcelo Reis Magalhães na Showzaço Produção Artística, aberta no Rio em 2011. O Canadá recentemente ganhou fama por passar a ser citado na lista de países procurado por empresas como tradicionais paraísos fiscais, em virtude de falhas em aplicação da lei no combate à lavagem de dinheiro e por leis de sigilo bancário altamente permissivas que garantem segredo em transações financeiras.

RESUMO CRONOLÓGICO

2018 e 2019 – Marcelo Reis Magalhães é responsável pelo evento e comercialização do evento de surfe de ondas grandes “Gigantes de Nazaré”, realizado em Portugal e transmitido pela TV Globo no Brasil.

2020 – Em janeiro, é nomeado diretor do “Escritório de Governança do Legado Olímpico” (EGLO) do ministério da cidadania, comandado por Osmar Terra.

2020 – No dia 27 de fevereiro, é nomeado por Jair Bolsonaro para a secretaria especial do esporte (o que era o ministério do esporte), parte do ministério da cidadania, agora sob Onyx Lorenzoni.

2021 – Em 11 de agosto, às 16h30, Diogo Carneiro Silva Feliciano é recebido em audiência na Embratur por Silvio Nascimento, então titular da diretoria de marketing, inteligência e comunicação.

2021- Em 20 de agosto, o secretário de esporte Marcelo Reis abre a empresa “Gigantes de Nazaré Ltda”, de produção e promoção de eventos esportivos, em sociedade com Diogo Carneiro Silva Feliciano.

2021 – Em 17 de dezembro, a Embratur assina contrato de patrocínio de R$ 400 mil para a realização da 4ª etapa do evento “Gigantes de Nazaré”, em Nazaré, Portugal.

Com Marcelo Reis ainda no cargo de secretário de esporte, o patrocínio não vai diretamente para a “Gigantes de Nazaré Ltda” e é concedido para a “Orbe Serviços Integrados Ltda”. A “Orbe” aparece nos registros de dados oficiais no mesmo endereço que a então recém-aberta “Gigantes de Nazaré Ltda”, no centro do Rio.

Diogo Carneiro Silva Feliciano, sócio de Marcelo Reis Magalhães na “Gigantes de Nazaré Ltda”, não aparece na sociedade da “Orbe Serviços Integrados Ltda” mas é sócio em um braço da empresa, a “Orbe Consultoria em Gestão Empresarial e Treinamento Ltda”, situada no mesmo endereço que a “Gigantes de Nazaré” e que a “Orbe Serviços Integrados Ltda”

2022 – Em 10 de maio, o estado do Rio autoriza a “Orbe Serviços Integrados” a captar R$ 1.182.533,23 por meio de isenção fiscal via Lei Estadual de Incentivo ao Esporte. Na figura de “proponente” do projeto da “Orbe” para a secretaria estadual de esporte, documento obtido pela reportagem mostra que quem formaliza o projeto é Diogo Carneiro Silva Feliciano, sócio de Marcelo Reis Magalhães. (ver abaixo). Do R$ 1,1 milhão autorizado pelo governo do estado do Rio a ter isenção fiscal, os organizadores conseguiram captar R$ 50 mil com a cervejaria ZX S.A e R$ 350 mil com a Ambev, totalizando R$ 400 mil indiretamente financiado pelo estado do Rio.

2022 – Em 3 de outubro, com Marcelo Reis Magalhães ainda no cargo da secretaria de esportes do governo federal, a prefeitura do Rio, na gestão de Eduardo Paes, concede, através da secretaria de esportes (sob comando de Guilherme Schleder), patrocínio de R$ 300 mil para realização do evento “Gigantes de Nazaré” na cidade. A verba vai para a “Orbe Serviços Integrados Ltda”.

2022- No dia seguinte, 4 de outubro, é aberta a Showzaço Artistic Productions Inc, no Canadá. Em nome de Ulysses Santos de Paula, que era sócio de Marcelo Reis Magalhães na “Showzaço Produção Artísticas”, aberta no Rio em 2011. O Canadá hoje ocupa um lugar ascendente para quem procura paraísos fiscais e onde se oculta o patrimônio.

2022- Em 20 de dezembro, 2 meses depois da derrota eleitoral de Jair Bolsonaro e faltando 11 dias para o fim do governo, Marcelo Reis Magalhães é exonerado.

2023 – Em 19 de junho, a prefeitura do Rio concede, através da secretaria de esportes, novo patrocínio para realização do evento “Gigantes de Nazaré” na cidade. Agora de R$ 500 mil, maior do que no ano anterior.  Com Marcelo Reis Magalhães já fora da pasta de esportes no governo federal, o patrocínio agora é dado diretamente para a “Gigantes de Nazaré Ltda”.

2023- Com lobby de Eduardo Bolsonaro, representantes da “Gigantes de Nazaré Ltda” e o próprio deputado se encontram com governadores bolsonaristas dos estados de Santa Catarina (Jorginho Mello) e São Paulo (Tarcísio de Freitas). Conforme publicado na imprensa, acertam apoio para etapas em 2024 nesses estados. Juntando com o Rio de Janeiro, do também bolsonarista Claudio Castro, forma-se um circuito do evento com verbas públicas só em estados comandados por bolsonaristas.

O CIRCUITO BOLSONARISTA DE ONDAS GRANDES

Este ano, após sair do governo, Marcelo Reis anunciou um circuito de eventos com etapas no Rio, Santa Catarina e São Paulo, todos com governadores bolsonaristas. Em todos, tanto nas notícias divulgadas como nas fotografias, Eduardo Bolsonaro aparece como o intermediário entre o ex-secretário de esporte e os governadores.

SÓCIO DE MARCELO REIS ABRIU EMPRESA HOMÔNIMA NO CANADÁ NO DIA SEGUINTE DA ASSINATURA DO PATROCÍNIO DA PREFEITURA DO RIO

No dia 4 de outubro de 2022, dia seguinte após a assinatura do patrocínio de R$ 300 mil para realização do evento “Gigantes de Nazaré”, em verba dada pela prefeitura do Rio de Janeiro, através da secretaria municipal de esportes (SMEL) para a “Orbe Serviços Integrados Ltda”, os registros do equivalente a junta comercial do Canadá registram a abertura da “Showzaço Artistic Productions Inc’. Em nome de Ulysses Santos de Paula, que era sócio de Marcelo Reis Magalhães na “Showzaço Produção Artísticas”, aberta no Rio em 2011.

O Canadá hoje ocupa um lugar ascendente nas listas atualizadas de paraísos fiscais e de locais onde patrimônios encontram facilidade de ocultação.

Recente investigação do International Consortium of Investigative Journalists (ICIJ), revelou que memorandos internos da Mossack Fonseca, protagonista do escândalo do Panama Papers, recomendavam o país como “paraíso fiscal emergente e local para estabelecer empresas de fachada para proporcionar a evasão fiscal”, afirmando ainda que “O Canadá é um excelente lugar para criar planejamento de estruturas fiscais destinadas a minimizar juros, dividendos e outros rendimentos”. Especialista em tal tipo de oportunidade, a Mossack Fonseca a chegou a promover o Canadá como paraíso fiscal, oferecendo-se para registrar corporações no país por US$ 2 mil.

No mercado de offshores, a emergência do país neste filão fez com que ganhasse o nome de “snow washing” (lavagem na neve) a abertura de empresas no Canadá para fazer com que as transações ilegítimas pareçam legítimas, tamanha dimensão que o país vem atingindo na busca de empresas.

Os documentos obtidos pela investigação do ICIJ mencionam ainda a possibilidade de que uma empresa no Canadá seja mantida em segredo tal como o existente em outros paraísos notórios no ramo: Ilhas Virgens, Panamá ou Bahamas.

Outra investigação recente do consórcio internacional de jornalismo OCCRP demonstrou que o Canadá estava sendo usado também em uma rede de lavagem de capitais do crime organizado de Hong Kong.

CORRUPÇÃO, CRIME DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA E CONFLITO DE INTERESSES

De acordo com o “Código de Conduta da Alta Administração Federal”, que enquadra as funções de ministros e secretários de estado, o caso de um ministro ou secretário de estado semelhante ao de Marcelo Reis Magalhães, pode ser enquadrado em diversos itens. No Art. 5º especificamente, está dito que:

“As alterações relevantes no patrimônio da autoridade pública deverão ser imediatamente comunicadas à Comissão de Ética Pública, especialmente quando se tratar de:

 I – atos de gestão patrimonial que envolvam:

 a) transferência de bens a cônjuge, ascendente, descendente ou parente na linha colateral;

 b) aquisição, direta ou indireta, do controle de empresa; ou

c) outras alterações significativas ou relevantes no valor ou na natureza do patrimônio;

 II – atos de gestão de bens, cujo valor possa ser substancialmente alterado por decisão ou política governamental. (alterado pela Exposição de Motivos nº 360, de 14.09.2001, aprovado em 18.09.2001)

§ 1º É vedado o investimento em bens cujo valor ou cotação possa ser afetado por decisão ou política governamental a respeito da qual a autoridade pública tenha informações privilegiadas, em razão do cargo ou função, inclusive investimentos de renda variável ou em commodities, contratos futuros e moedas para fim especulativo, excetuadas aplicações em modalidades de investimento que a CEP venha a especificar”.

A reportagem examinou todas as atas das reuniões do colegiado da comissão de ética pública durante o governo Bolsonaro e não encontrou nenhum comunicado, processo ou julgamento que cite comunicação de Marcelo Reis sobre suas atividades empresariais. Nas atas do colegiado, aparecem citadas as ocorrências e menções de ministros e secretários de estado ao conselho.

Em relação a casos como o de Marcelo Reis, que se conectam com benefícios vindos de patrocínios de instituições de estado ainda no exercício de cargo do alto escalão, juristas ouvidos pela reportagem, consideram que o caso pode ser enquadrado em diversos crimes, tais como: corrupção, crime de improbidade administrativa, conflito de interesses e lavagem de dinheiro.

A 2ª etapa do Rio do circuito “Gigantes de Nazaré” está marcada para o próximo dia 21, quinta-feira, no Leblon.

Outro Lado:

Marcelo Reis Magalhães:

A reportagem solicitou pedido de resposta para Marcelo Reis Magalhães sobre alguns pontos quando ele ainda ocupava a pasta no governo Bolsonaro. Sem resposta. E para publicação desta reportagem, atualizou o pedido com novas questões e enviou para o ex-secretário através da “Gigantes de Nazaré Ltda”, sem resposta.

Diogo Feliciano:

A reportagem enviou pedido de resposta para o sócio do ex-secretário na “Gigantes de Nazaré Ltda”, sem resposta.

Orbe Soluções Integradas:

A reportagem enviou pedido de resposta para a “Orbe Solucções Integradas” através do sócio Daniel Braga, que assina os contratos para a empresa relativos ao evento, sem resposta.

Prefeitura do Rio:

A prefeitura do Rio respondeu através da assessoria de comunicação da secretaria municipal de esportes (SMEL), de onde saiu o patrocínio. Segue a resposta:

“A Secretaria Municipal de Esportes (SMEL) patrocinou o evento Gigantes de Nazaré seguindo, normalmente, todo o processo legal. A decisão foi baseada na importância do evento para a cidade do Rio de Janeiro. A SMEL recebe, cotidianamente, pedidos de apoio e patrocínio para diversos tipos de evento. E todos são avaliados com a devida atenção. E então, a partir de critérios técnicos, ficam definidos quantos e quais serão aprovados”.

Governo do Estado do Rio:

A reportagem enviou pedido de resposta para o governo do estado do Rio através da assessoria de comunicação, sem resposta.

Carlos Alberto Gomes de Brito (presidente da Embratur no ato da assinatura do contrato de patrocínio do evento “Gigantes de Nazaré”):

A reportagem não conseguiu contato com o então presidente da Embratur, sem sucesso. Em caso de mudança, atualizaremos aqui.

Silvio Santos do Nascimento (Diretor de marketing, inteligência e comunicação da Embratur no ato da assinatura do contrato de patrocínio do evento “Gigantes de Nazaré”):

A reportagem não conseguiu contato com o então diretor de marketing da Embratur, sem sucesso. Em caso de mudança, atualizaremos aqui.

Ulysses Santos de Paula (Foi sócio de Marcelo Reis na “Showzaço” no Brasil, e abriu empresa do mesmo nome no Canadá):

A reportagem não obteve contato. Em caso de mudança, atualizaremos aqui.

De decisões importantes a clima de tensão, nesta semana o cenário político nacional esteve bastante agitado e rendeu grande repercussão nas mídias. Para relembrar o que foi destaque, o LeiaJá listou os principais acontecimentos dos últimos dias.

Confira

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Em delação, Cid entrega Bolsonaro  

Fora da prisão e usando tornozeleira eletrônica, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, afirmou em depoimento à Polícia Federal que entregou "em mãos" ao ex-mandatário o dinheiro obtido com a venda de dois relógios nos Estados Unidos. A informação foi publicada na última quinta-feira (14), pela revista Veja. 

Os itens, vendidos por US$ 68 mil, foram presentes recebidos por Bolsonaro de delegações estrangeiras. Um deles, da marca Rolex, foi readquirido por Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro. O próprio Wassef admitiu que recomprou o objeto luxuoso. Já o paradeiro do outro modelo, da marca Patek Philippe, ainda é desconhecido.  

De acordo com a reportagem da Veja, Mauro Cid revelou que o dinheiro da venda dos relógios foi depositado na conta de seu pai, o general Mauro Cesar Lourena Cid. Esse valor foi sacado e entregue em espécie ao ex-presidente. Cid ainda revelou à PF que Bolsonaro estaria “preocupado com a vida financeira” porque havia sido “condenado a pagar várias multas”. 

No dia 9 de setembro, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liberdade provisória a Mauro Cid e homologou o pedido de acordo de delação premiada apresentado pela defesa do braço direito do ex-presidente durante os quatro anos de mandato (2019-2022). 

Fake news aponta que Lula "roubou canetas" na Índia  

Nesta semana, mais uma fake news contra o presidente Lula (PT) viralizou em grupos de WhatsApp da extrema direita. O vídeo que circula nas redes sugere que o chefe do Executivo teria furtado canetas no encerramento da 18° edição do G20, em Nova Délhi, na Índia. 

O material recorta trecho da transmissão do CanalGov, mantido pela EBC, no YouTube, no dia 10 de setembro, após Lula encerrar seu discurso no evento. Com recursos de mídias, um homem narra a cena dizendo que o mandatário pegou canetas, olhou para o lado “assustado” e as entregou para a “comparsa” Janja. “Você acabou de presenciar um furto de canetas na Índia”, alega. 

A imagem mostra, na realidade, o líder petista entregando à primeira-dama alguns lápis de madeira. No entanto, os itens eram de uso particular do líder brasileiro, segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom). 

Eduardo Leite é afastado da presidência do PSDB  

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) declarou na segunda-feira (11) a nulidade da segunda prorrogação da Comissão Executiva Nacional do PSDB e determinou que o partido realize novas eleições em até 30 dias. Com issso, o atual presidente do partido, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB-RS), deve deixar o cargo. 

Em consequência da decisão, a atual Comissão Executiva, formada em fevereiro deste ano, e que tem dois governadores do partido, Raquel Lyra de Pernambuco e Eduardo Riedel do Mato Grosso do Sul como vice-presidentes, será dissolvida. 

A ordem que afasta o gestor gaúcho do comando tucano é de autoria de Orlando Morando, prefeito de São Bernardo do Campo, em São Paulo. Ele argumentou que Leite deveria ter deixado o cargo em 31 de maio, data estabelecida para o fim do mandato na ata da reunião da Comissão Executiva que o elegeu. 

Parlamentares da sigla defenderam que a decisão de prorrogar o mandato da direção executiva foi tomada por unanimidade, e que o próprio prefeito concordou com a votação e foi beneficiado pela prorrogação. Contudo, a Justiça refutou esse argumento. Segundo a Justiça Eleitoral, Eduardo Leite permaneceria como presidente do partido até novembro deste ano, não fosse a decisão desta semana. 

Supremo condena golpistas  

Em recado aos atos antidemocráticos e numa resposta à sociedade brasileira após os ataques do 8 de janeiro contra a Praça dos Três Poderes, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) condenaram os três primeiros acusados de participar das cenas de vandalismos a penas que ultrapassam os 14 anos de prisão, além de multas. 

Com a decisão, Aécio Lúcio Costa Pereira e Matheus Lima de Carvalho Lazaro foram sentenciados a 17 anos e seis meses de detenção cada um, sendo 15 deles em regime fechado. Já o Thiago de Assis Mathar foi punido com 14 anos de prisão, no entanto, 12 anos e meio em regime fechado. 

Os três condenados foram os primeiros de 232 réus que serão julgados no Supremo, acusados de cometerem crimes durante os ataques. Outras 1.113 pessoas, que respondem por delitos mais leves, estão com os processos suspensos, aguardando decisão sobre uma ação de não persecução penal. 

Advogado de golpista confunde livros e erra frase no STF  

O comportamento da defesa do golpista Thiago de Assis Mathar, rendeu muitos comentários nas redes sociais nesta semana. No plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), na última quinta-feira (14), o advogado Hery Kattwinkel apagou os mais de quatro séculos que separam Nicolau Maquiavel de Antoine de Saint-Exupéry. O comentário ainda associou uma frase polêmica ao legado do filósofo italiano. 

"Como diz 'O Pequeno Príncipe', os fins justificam os meios", afirmou Kattwinkel.  

Logo em seguida, o ministro Alexandre de Moraes se manifestou sobre as declarações do advogado. Ele acusou o advogado de "esquecer" a defesa do cliente e de fazer "discursinho" para as redes sociais. 

"Realmente é muito triste (...) confundiu 'O Príncipe', de Maquiavel, com 'O Pequeno Príncipe', de Antoine de Saint-Exupéry, que são obras que não têm absolutamente nada a ver", afirmou Moraes. 

Depois, em razão dos ataques que fez ao STF durante a sua fala, Hery Kattwinkel acabou expulso do partido Solidariedade ao qual era filiado. 

Silvio Costa Filho assume Ministério de Portos e Aeroportos e promete baratear passagens aéreas  

Na quarta-feira (13), o pernambucano Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) assumiu o comando do Ministério de Portos e Aeroportos. No mesmo dia, ele afirmou que vai buscar baixar os preços das passagens aéreas e pretende dar continuidade ao programa "Voa, Brasil". 

"Vamos trabalhar ao lado presidente Lula, de maneira coletiva com o setor produtivo, para tentar baixar o preço da passagem porque está muito caro no Brasil. Isso significa desenvolvimento, crescimento e dá uma sinalização para o próprio brasileiro conhecer o Brasil. E tenha certeza, ministro Márcio França, que o 'Voa, Brasil', nós vamos construir juntos", declarou. 

O programa, anunciado pelo ministro anterior, Márcio França (PSB-SP), visa oferecer passagens aéreas por cerca de R$ 200 para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). O seu lançamento foi adiado algumas vezes, porém agora deve ser lançado no final deste mês. 

A escolha do presidente Lula (PT) em ter o pernambucano em seu governo, visa ampliar a base no Congresso. 

Lula sanciona auxílio-aluguel para mulher vítima de violência doméstica  

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou na quinta-feira (14) uma lei que garante por até seis meses o pagamento de auxílio-aluguel a mulheres vítimas de violência doméstica. 

O projeto, que será custeado por estados e municípios por meio do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), foi aprovado pelos parlamentares no mês passado, inclui o auxílio-aluguel entre as medidas protetivas de urgência definidas pela Lei Maria da Penha. 

O texto que saiu do Congresso define que a assistência financeira será de acordo com a "situação de vulnerabilidade social e econômica" da vítima, mas sem exemplificar valores. 

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse à Polícia Federal (PF) que entregou parte do dinheiro proveniente do esquema ilegal de venda de joias no exterior nas mãos do ex-chefe do Executivo. As informações são de uma reportagem da revista Veja publicada nesta sexta-feira, 15.

Cid teria admitido para os investigadores que participou ativamente da venda um relógio Rolex e Patek Phillipe. O dinheiro da comercialização ilegal teria sido depositado na conta do seu pai, o general da reserva Mauro César Lourena Cid. Bolsonaro então teria recebido em mãos US$ 68 mil, que foi entregue de forma parcelada, com um repasse nos Estados Unidos e outro no Brasil.

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As joias foram recebidas por Bolsonaro por conta do seu cargo de presidente da República e, por isso, deveriam ser incorporados ao acervo da União. Porém, as peças foram omitidas dos órgãos públicos, incorporadas ao estoque pessoal do ex-chefe do Executivo e negociadas para fins de enriquecimento ilícito. Cid disse que achava que a venda poderia ser imoral, mas não acreditava em uma ilegalidade das vendas.

As tentativas de vender as joias só foram paralisadas após o Estadão revelar, em março, que auxiliares de Bolsonaro tentaram entrar ilegalmente no Brasil com um kit composto por colar, anel, relógio e um par de brincos de diamantes entregues pelo governo saudita para o então presidente e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Também de acordo com a revista, o ex-ajudante de ordens teria dito que a ideia de vender as joias surgiu como uma forma de "bancar as despesas" processuais de Bolsonaro. "O presidente estava preocupado com a vida financeira. Ele já havia sido condenado a pagar várias multas", disse o tenente-coronel.

Cid foi liberado da prisão para participar de delação premiada

No último sábado, 9, Cid foi liberto do Batalhão da Polícia do Exército, em Brasília, onde estava preso desde maio deste ano. A sua liberação aconteceu logo após o seu pedido de delação premiada ser homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O ex-ajudante de ordens foi por livre e espontânea vontade até o STF, no dia 6 de agosto, informar que queria colaborar com as investigações.

A delação de Cid pode levar os investigadores a sanarem lacunas e avançarem nas apurações mais sensíveis da participação de Bolsonaro no esquema de venda de joias. Além do escândalo de comércio ilegal, o tenente-coronel deve contribuir com as investigações sobre milícias digitais e das fraudes nas carteiras de vacinação.

Cid tinha livre acesso ao Planalto durante governo Bolsonaro

Ao longo dos quatro anos que Bolsonaro ocupou o Palácio do Planalto, Mauro Cid foi chefe da ajudância de ordens do ex-presidente. Esse posto é dado a um oficial, que deve ficar à disposição do Presidente no desempenho das funções, como um secretário particular do chefe do Executivo.

Neste período, o tenente-coronel teve livre acesso ao gabinete presidencial, ao Palácio da Alvorada e até mesmo ao quarto ocupado pelo ex-chefe do Executivo nos hospitais, após cirurgias.

Em 3 de maio, Cid foi preso em uma operação da PF que investiga a inserção de dados falsos de vacinação da covid-19 no sistema do Ministério da Saúde. Segundo a PF, os certificados de imunização da mulher de Cid, Gabriela Santiago, do ex-presidente Bolsonaro e da filha dele, Laura, de 12 anos, foram adulterados às vésperas da viagem da família presidencial aos Estados Unidos, em dezembro do ano passado, após a derrota nas eleições.

Após a PF quebrar o sigilo telemático de Cid, provas apontaram que Bolsonaro e os aliados tinham "plena ciência" das falsificações. O objetivo, segundo os investigadores, era obter uma "vantagem indevida" em situações que necessitassem de comprovação de vacinação contra a covid. Os documentos adulterados teriam servido para burlar restrições sanitárias impostas pelo Brasil e pelos Estados Unidos durante a pandemia.

Quem também teria sido beneficiado pelos trabalhos de Cid foi Michelle Bolsonaro. Em uma conversa interceptada pela PF entre Cid e uma assessora da ex-primeira-dama, é sugerido uma orientação para o pagamento de despesas de Michelle. Em áudios de WhatsApp, o ex-ajudante de ordens demonstrou preocupação de que o ato fosse interpretado como um esquema de "rachadinha", citando uma investigação a qual o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi alvo no Ministério Público do Rio de Janeiro.

Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), a pedido da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, mostrou que Cid movimentou R$ 8,4 milhões em uma conta bancária em três anos. Entre 2020 e 2022, foram depositados em suas contas R$ 4,5 milhões e saíram R$ 3,8 milhões, sem considerar transferências entre contas de mesma titularidade. As cifras são incompatíveis com os valores mensais recebidos pelo oficial. Para a Receita Federal, Cid disse ter rendimentos tributáveis de, em média, R$ 318 mil por ano. Ou seja, em três anos, o dinheiro depositado foi cinco vezes maior do que a sua remuneração.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcou para 22 de setembro o início do julgamento virtual do recurso contra a decisão que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível por 8 anos. 

O caso será julgado no plenário virtual, modalidade na qual os ministros inserem os votos no sistema eletrônico e não há deliberação presencial. A análise do recurso está prevista para terminar no dia 28 deste mês. 

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Bolsonaro foi condenado pelo TSE por ter realizado reunião com embaixadores, em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação. A legalidade do encontro foi questionada pelo PDT. O tribunal reconheceu que o ex-presidente cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. 

Na ocasião, a defesa de Bolsonaro alegou que a reunião ocorreu em 18 de julho de 2022, antes do período eleitoral e quando Bolsonaro não era candidato oficial ao pleito presidencial. Dessa forma, segundo a defesa, caberia apenas multa como punição, e não a decretação da inelegibilidade.

A relatora da CPMI do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), protocolou agora há pouco um pedido de acareação entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o tenente-coronel Mauro Cid, que atuou como ajudante de ordens do ex-presidente. O requerimento ainda precisa ser votado na comissão.

No documento, Eliziane argumenta que um dos desdobramentos mais importantes alcançados pela CPMI foi a vinculação de Mauro Cid com os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Ela pondera, no entanto, que essa vinculação não ocorreu por iniciativa dele mesmo, "mas no estrito cumprimento de ordens superiores, aparentemente antijurídicas". Daí, acrescenta a senadora, a importância da acareação entre Bolsonaro e seu ex-ajudante de ordens.

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Para Eliziane, a CPMI "precisa se debruçar sobre a verdade dos fatos atinentes à ajudância de ordens, sobretudo dentro do contexto recente de fechamento de um acordo de colaboração premiada entre a Polícia Federal e o Senhor Mauro Cid, já devidamente homologado pelo Supremo Tribunal Federal". 

*Da Agência Senado

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) compartilhou uma foto junto ao ex-presidente Jair Bolsonaro após as cirurgias que ele foi submetido nesta terça-feira (12). Bolsonaro passou pelos procedimentos no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo.

Na imagem postada nos stories do Instagram, Michelle mostra o marido se recuperando no quarto do hospital. Na foto, ela escreveu: “Estamos bem!”.

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Mais cedo foi publicada uma foto nas redes sociais de Bolsonaro que mostra ele no centro cirúrgico. O ex-chefe do Executivo nacional passou por duas cirurgias, uma na hérnia de hiato para melhorar as crises de refluxo e outra para corrigir um desvio de septo, que o permitirá respirar melhor.

Depois das cirurgias, a equipe médica do hospital emitiu um boletim médico que relata os procedimetos.

Confira o boletim na íntegra:

“São Paulo, 12 de setembro de 2023.

O ex-Presidente Jair Bolsonaro foi submetido a um procedimento de endoscopia digestiva alta para tratamento de doença do refluxo gastroesofágico com realização de fundoplicatura endoscópica pela técnica TIF.

Na sequência foi realizada procedimento de septoplastia, turbinectomia e uvulopalatofaringoplastia.

As cirurgias transcorreram de forma satisfatória, sem intercorrências e o paciente já se encontra em recuperação no quarto.

As equipes responsáveis pelos procedimentos reavaliarão o ex-Presidente no final do dia para novas informações.

 

Equipe Gastroenterologia:

 

Dr Antônio Luiz de Vasconcellos Macedo

CRM 20012

 

Dr Eduardo Guimaraes Hourneaux de Moura

CRM 50927

 

Equipe de Otorrinolaringologia:

Dr. Sergio Salomão Abdala Carui

CRM 101.580

 

Diretor Geral

Dr Pedro Henrique Loretti

 

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação civil pública para que a União e a ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e atual senadora da República Damares Alves indenizem a população do Arquipélago do Marajó (PA). O caso refere-se a uma fala da ex-ministra num culto evangélico, durante as eleições de 2022, contendo falsas informações sensacionalistas envolvendo abuso sexual e torturas às crianças do Marajó.

Na ação, o MPF pede que a União e a ex-ministra sejam condenados ao pagamento de R$ 5 milhões (metade do valor para cada réu) por danos sociais e morais coletivos, a serem revertidos em favor de projetos sociais destinados à região do arquipélago.

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O MPF pede ainda que a União seja condenada a elaborar, divulgar e executar imediatamente um plano de ações, com políticas públicas reais para a região para a concretização das metas pretendidas no Programa Cidadania Marajó. As medidas devem ser implementadas sem prejuízo das ações já programadas.

O que aconteceu?

Segundo a ação, no dia 8 de outubro de 2022, durante culto evangélico em Goiânia (GO), a recém-eleita senadora da República pelo Distrito Federal narrou detalhes de práticas sexuais violentas e torturas com crianças do Arquipélago do Marajó, das quais teria tomado conhecimento enquanto ministra de Estado.

O MPF aponta que os crimes foram narrados no contexto de campanha eleitoral para o ex-presidente da República Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, e usados para justificar a existência do “maior programa de desenvolvimento regional na Ilha do Marajó”. No caso, a ex-ministra referia-se ao Programa Abrace o Marajó, criado pelo governo federal durante a sua gestão como ministra, com o objetivo de melhorar o IDH dos municípios da região.

Para os procuradores da República que assinam a ação, as graves violações na região do Marajó não justificam “a utilização sensacionalista da vulnerabilidade social daquela população, associada à divulgação de fatos falsos, como palanque político e eleitoral em benefício do então presidente da República e da própria ministra”.

Dano moral coletivo e dano social

Segundo a ação, além de não contribuírem em nada, as reiteradas desinformações discriminatórias divulgadas por uma alta autoridade da Administração Pública federal reforçam estereótipos e estigmas históricos. De acordo com os procuradores, esse tipo de informação falsa confunde a sociedade e prejudica a execução de políticas públicas sérias e comprometidas com a melhoria das condições sociais da população do Marajó, causando danos sociais e extrapatrimoniais aos moradores da região.

Nesse contexto, os procuradores salientam que as declarações de uma ex-alta autoridade da Administração Pública federal e recém-eleita senadora da República geraram grande repercussão em diversos setores da sociedade e na mídia.

Segundo eles, as consequências (danos sociais e morais coletivos) foram graves e potencializados pelo trânsito rápido e instantâneo com que as informações são veiculadas em razão das tecnologias atualmente disponíveis. Além disso, ocasionaram grande movimentação de força de trabalho e gastos públicos para analisar as denúncias e apurações relacionadas aos fatos narrados por Damares Alves, embora nada tenha sido confirmado.

Apuração

Na ação, o MPF cita atuação da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), que solicitou informações ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) acerca dos supostos crimes envolvendo tráfico transnacional de crianças e estupro de vulneráveis na região do Marajó, no período de 2016 a 2022.

Em resposta, o Ministério informou que entre 2016 e 2022, o quantitativo de registros somava 251 denúncias, encaminhadas às autoridades competentes. Segundo a ação, as informações revelaram registros desorganizados e, por muitas vezes, genéricos, sem indicação exata do que havia sido requisitado pela PFDC. Dessa forma, o MPF aponta que o MMFDH “não comprovou os registros dos crimes de altíssima gravidade narrados por sua própria ex-ministra”.

Em outra frente de atuação, os procuradores da República que atuam no Pará também solicitaram ao ministério informações sobre os supostos crimes contra crianças da região e quais providências o órgão tomou ao descobrir os casos, e se houve denúncia ao Ministério Público ou à Polícia. O MPF também solicitou informações ao estado do Pará, que respondeu dizendo não haver registros de supostos atos de tráfico internacional de menores na Ilha do Marajó.

Os procuradores da República daquela região também ressaltaram que, em 30 anos, nenhuma denúncia foi recebida pelo MPF sobre tráfico de crianças. Segundo a nota do órgão, o MPF atuou, de 2006 a 2015, em três inquéritos civis e um inquérito policial instaurados a partir de denúncias sobre supostos casos de tráfico internacional de crianças que teriam ocorrido desde 1992 no arquipélago do Marajó, no Pará. “Nenhuma das denúncias mencionou nada semelhante às torturas citadas pela ex-ministra Damares Alves”, diz um dos trechos da nota.

Além do MPF, o Ministério Público do Pará (MPPA) também divulgou nota informando que não havia recebido denúncia formal ou prova do que a ex-ministra relatou. A Polícia Federal também informou que nenhuma das investigações da corporação coincide com os fatos narrados por Damares Alves.

O deputado bolsonarista Hélio Lopes (PL-RJ), conhecido como "Hélio Negão" e um dos aliados mais próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), enviou para apreciação o Projeto de Lei (PL) Nº 4329/2023, que institui o dia da "Facada Nunca Mais". A proposição rememora o episódio da facada no ex-presidente, em Juiz de Fora, há cinco anos. A nova data de celebração do calendário nacional seria a mesma do atentado: 6 de setembro. 

A homenagem a Jair Bolsonaro na nomeação da data seria para simbolizar o "Dia Nacional de Combate aos Atentados à Vida de Políticos". De acordo com o deputado e autor do PL, o dia vai conscientizar sobre a importância do respeito à integridade de políticos. O parlamentar sugere que sejam realizadas, na data de 6 de setembro, atividades educativas, campanhas, palestras, debates, seminários e oficinas sobre o fortalecimento da democracia e o combate à violência política. 

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“A história política recente brasileira tem sido marcada por lamentáveis episódios de violência direcionada àqueles que representam parte significativa da vontade popular. Esses fatos geram grave repercussão no sentimento de justiça do povo, impactando sobremaneira não apenas as vítimas e seus familiares, mas toda a sociedade brasileira”, argumenta o deputado. 

Na justificativa, Hélio Lopes cita ataques contra Jair Bolsonaro (2018), Carlos Lacerda (1954), Toninho do PT (2001) e o assassinato de Celso Daniel (2002). “Nesses termos, é indispensável que o Congresso Nacional reconheça a importância do tema e estabeleça um dia voltado para fomentar o debate e o conhecimento histórico dos acontecimentos violentos ocorridos na política brasileira e consequentemente para promover a conscientização que o tema requer para prevenir a ocorrência de outros eventos como esses”, escreveu. 

É possível ler a íntegra do Projeto de Lei no site da Câmara dos Deputados. 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou por procedimentos cirúrgicos no início da manhã desta terça-feira (12) e, no começo da tarde de hoje, publicou um registro enquanto estava rodeado pelos médicos, na sala de cirurgia. 

Ao compartilhar o momento no X, antigo Twitter, o ex-mandatário escreveu: "mais uma etapa vencida". Diversos apoiadores de Bolsonaro aproveitaram a publicação para desejar uma pronta recuperação a ele. 

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Jair Bolsonaro foi submetido a uma endoscopia para tratamento de doença do refluxo gastroesofágico. Na sequência, passou por cirurgia de desvio de septo (septoplastia), turbinectomia (cirurgia para redução do volume dos cornetos nasais) e uvulopalatofaringoplastia, também conhecida como cirurgia do ronco. “As cirurgias transcorreram de forma satisfatória, sem intercorrências”, diz o boletim médico.

O ex-presidente Jair Bolsonaro passou por dois procedimentos médicos nesta terça-feira (12), informa boletim do Hospital Vila Nova Star, na capital paulista. Ele foi internado ontem, no início da tarde. Bolsonaro já se encontra em recuperação no quarto. “As cirurgias transcorreram de forma satisfatória, sem intercorrências”, diz o texto.

De acordo com o hospital, ele foi submetido a uma endoscopia para tratamento de doença do refluxo gastroesofágico. Na sequência, Bolsonaro passou por cirurgia de desvio de septo (septoplastia), turbinectomia (cirurgia para redução do volume dos cornetos nasais) e uvulopalatofaringoplastia, também conhecida como cirurgia do ronco.

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O boletim é assinado pelos gastroenterologistas Antônio Luiz de Vasconcellos Macedo e Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura, pelo otorrinolaringologista Sergio Salomão Abdala Carui e pelo diretor-geral da unidade Pedro Henrique Loretti.

As equipes responsáveis vão reavaliar o ex-presidente no fim do dia para novas informações.

No mês passado, Bolsonaro esteve no Hospital Vila Nova Star para passar por exames de rotina. No momento da internação, Fábio Wajngarten, assessor de imprensa, informou que os exames eram para avaliar a condição clínica do paciente, especialmente no sistema digestivo, tráfego intestinal, aderências, hérnia abdominal e refluxo.

Desde que sofreu o atentado, na campanha de 2018, Bolsonaro enfrentou ao menos sete internações cirúrgicas e de recuperação.

No dia que antecede os três novos procedimentos cirúrgicos a que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será submetido, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) pediu orações pelo marido. O ex-presidente se interna ainda nesta segunda-feira (11), no hospital Vila Nova Star, em São Paulo, para duas cirurgias abdominais de reconstituição das alças intestinais e uma de hérnia de hiato. Todos os procedimentos serão realizados na terça-feira (12).

Em uma foto publicada nos stories do Instagram de Michelle, em que a presidente do PL Mulher está com o ex-presidente, dentro de uma aeronave, anunciando a chegada dos dois a São Paulo, ela pediu aos seguidores que orem por seu esposo.

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"Com o meu amor. Já chegamos em São Paulo. Estejam em oração pelo procedimento cirúrgico que ele irá realizar amanhã. Obrigada, meus amados!", escreveu Michelle. 

Investigações 

As cirurgias ocorrem em meio as investigações da Polícia Federal que podem levar o ex-presidente a prisão. No último sábado (9), o ministro do STF, Alexandre de Moraes homologou a delação premiada do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid. O acordo do militar que já prestou três depoimentos à PF pode complicar ainda mais a situação do ex-presidente, pois ele é investigado pela venda e transporte ilegal das joias dadas a Bolsonaro e precisa dizer tudo o que sabe a respeito do caso. 

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