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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, homologou a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. No mesmo despacho, o magistrado concedeu liberdade provisória ao militar, que terá de cumprir medidas cautelares alternativas como o uso de tornozeleira eletrônica. A informação foi divulgada pela GloboNews.

O aliado do ex-chefe do Executivo está preso desde maio, quando foi alvo da Operação Venire - investigação sobre suposto peculato eletrônico com a inserção de dados falsos nos sistemas do SUS para a emissão de carteiras de vacinação fraudadas em nome do ex-presidente e de outras pessoas.

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Cid foi até o Supremo nesta quarta-feira, 6, informar que queria colaborar com as investigações e que a Polícia Federal aceitou sua proposta de delação, mas o avanço das negociações dependia de Moraes. Com a homologação, as informações prestadas pelo ex-ajudante de ordens poderão ser usadas em diferentes inquéritos que o atingem, como o das milícias digitais, a investigação sobre fraudes na carteira de vacinação do ex-presidente e a apuração sobre o suposto esquema de venda de presentes recebidos por Bolsonaro enquanto chefe de Estado.

O instituto da colaboração premiada está previsto na lei das organizações criminosas e estabelece que um colaborador "deve narrar todos os fatos ilícitos para os quais concorreu e que tenham relação direta com os fatos investigados".

A lei também estabelece hipóteses em que o juiz pode reduzir ou até perdoar a pena do colaborador. As medidas podem ser aplicadas se ele identificar outros participantes da suposta empreitada criminosa ou "descrever a estrutura hieráquica do grupo". De outro lado, a análise da concessão de qualquer benefício leva em consideração a "personalidade do colaborador, a natureza, as circunstâncias, a gravidade e a repercussão social do fato criminoso e a eficácia da colaboração".

O escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) localizada na cidade de Miami, nos Estados Unidos, e liderada por Mauro Lourena Cid, teve um aumento de 137% nas movimentações financeiras em 2022, em relação ao ano anterior. As informações foram publicadas na reportagem de Lúcio de Castro, da Agência Sportlight de Jornalismo Investigativo. 

Segundo a matéria, em 2021 o escritório recebeu U$ 2.172.460,00, equivalente a cerca de R$ 10.862.300,00. Já em 2022, o valor total de recebimento foi de U$ 4.822.521,00, aproximadamente R$ 25.822.521, 00. Vale ressaltar que o período foi marcado pelo ano eleitoral, além de ter sido o último ano do mandato do então presidente Jair Bolsonaro (PL). Criada em 2003 e vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a Apex tem o objetivo de ajudar empresas brasileiras a realizar comércio com outros países. 

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As investigações da Polícia Federal (PF) apontam que Mauro Lourena Cid, juntamente com seu filho, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, lideraram um esquema de desvio e lavagem de dinheiro que passava pelo escritório da Apex, que facilitava a diluição das origens financeiras, e sem arcar com o ônus da tributação. O general chegou a ser apontado pela PF, de acordo com a reportagem, de que “há fortes indícios de que Mauro Cesar Lourena Cid praticou atos de lavagem de capitais, se unindo, em unidade de desígnios, com os demais investigados, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos recursos financeiros decorrentes da alienação dos bens desviados do acervo público brasileiro”. 

Transação financeira com dinheiro em espécie 

Outro trecho da investigação da PF, segundou levantou a reportagem, relata acerca de mensagens de Mauro Cid falando sobre uma movimentação de um dinheiro de Jair Bolsonaro. “O conteúdo do áudio revelou, inicialmente, que o General Mauro Lourena Cid estaria com 25 mil dólares, possivelmente pertencentes a Jair Bolsonaro. Na mensagem, Mauro Cid deixa evidenciado o receio de utilizar o sistema bancário formal para repassar o dinheiro ao ex-Presidente e então sugere entregar os recursos em espécie, por meio de seu pai, diz: ‘Tem vinte e cinco mil dólares com meu pai. Eu estava vendo o que, que era melhor fazer com esse dinheiro levar em ‘cash’ aí. Meu pai estava querendo inclusive ir ai falar com o presidente (…) E aí ele poderia levar. Entregaria em mãos. Mas também pode depositar na conta (…). Eu acho que quanto menos movimentação em conta, melhor, né? (…)’”, diz os autos. 

Foi identificado ainda que “os valores obtidos dessas vendas eram convertidos em dinheiro em espécie e ingressavam no patrimônio pessoal do ex-presidente, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem localização e propriedade dos valores”. 

Mauro Cid teve a prisão preventiva decretada desde o dia 3 de maio pelo envolvimento na falsificação de certificado de vacinas. Os inquéritos abertos posteriormente apontam, no entanto, que seu nome estaria envolvido nesse e em outros crimes. 

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Jair Renan, o filho 04 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), visitou o acervo presidencial, no Palácio do Planalto, em Brasília, e levou consigo alguns itens do acervo pessoal de seu pai, então chefe do Executivo Nacional. A informação foi dada pelo ex-funcionário do gabinete de documentação história, Marcelo Vieira, em entrevista no canal GloboNews. 

Marcelo era chefe do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH). Ele cumpria o papel de verificar todos os objetos recebidos pelo Chefe de Estado e avaliar o que iria para o acervo privado presidencial ou não. No cargo desde 2017, no mandato de Michel Temer (MDB), Vieira foi exonerado em janeiro de 2023, no início do mandato do presidente Lula (PT). 

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O ex-chefe relata na entrevista um episódio em que Renan foi até o gabinete de documentação e chegou a separar alguns objetos do acervo pessoal do então presidente. 

"O filho do presidente, ele se encontrava com um influencer, inclusive filmando e fotografando, filmando. Não me recordo, acho que só filmando. E aí eu falo, 'Renan, aqui não pode filmar, por gentileza, isso é questão de resguardar o acervo do teu próprio pai, né? (...) E ele atendeu, desligou e ficou. Imediatamente eu passo um WhatsApp pro meu chefe direto, que era o doutor Pedro, o chefe do gabinete pessoal que estava ao lado do presidente avisando, olha, o Renan está aqui querendo pegar alguns ... era boneco, era uma camiseta camuflada. Eu não lembro exatamente, mas eram coisas, digamos assim, nada de valor enorme, né? E aí, está querendo pegar”, contou Marcelo Vieira. 

Bolsonaro, então, teria chamado Renan para o seu gabinete, onde conversou com o filho. Momentos depois, segundo Vieira, os objetos foram separados e entregues para o caçula do ex-presidente. “Eu lembro que eram coisas simples. Eu cheguei lá, estavam todos separados numa mesa separados para ele”, disse. A defesa de Jair Renan optou por não comentar o caso. 

 

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, avaliou que o ex-presidente estaria o "arrastando para a lama". O conhecimento dessa declaração se deu através do portal Uol Notícias, que conseguiu ter acesso as trocas de mensagens entre Cid e Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação de Bolsonaro.

Na conversa que ocorreu no dia 4 de abril, um dia antes do depoimento de Cid para a Polícia Federal sobre o inquérito - que investiga o desvio de joias sauditas -, Wajngarten compartilha uma matéria do jornalista Ricardo Noblat, do portal Metrópoles. A matéria cujo título era: "Bolsonaro arrasta com ele para a lama seus mais fiéis servidores", cita Cid e outros ex-aliados do ex-chefe do Executivo. Ao ler a mensagem, o tenente-coronel responde: "Não deixa de ser verdade".

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No entanto, no dia do julgamento, Mauro Cid declarou à PF que a busca de presentes recebidos por Jair Bolsonaro seria "normal" e "corriqueira" no seu cargo de ajudante de ordens.

Desde o dia 3 de maio, Cid está preso no Batalhão da Polícia do Exército de Brasília, devido uma outra investigação que apura a falsificação de cartões de vacinação.

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou seu antecessor, Jair Bolsonaro, de "genocida" por causa de seu comportamento na pandemia de Covid-19 e o acusou de ter tentado dar um "golpe".
Em seu programa semanal nas redes sociais, o mandatário disse também que um de seus objetivos é "acabar com o ódio", cuja disseminação no Brasil ele atribui a Bolsonaro.
"Eu sempre falo que ele vai ser julgado ainda como genocida, porque não é brincadeira terem morrido 700 mil pessoas [de Covid], uma grande parte por falta de cuidado e orientação do governo, por falta de respeito à medicina e à ciência", declarou Lula.
Em seguida, o presidente cobrou uma "investigação correta sobre por que morreu tanta gente no Brasil". "Fora as outras coisas que estão aparecendo por aí", acrescentou o presidente, em referência ao escândalo das joias que deveriam ter sido incluídas no patrimônio do Estado e teriam sido vendidas ilegalmente por aliados de Bolsonaro nos EUA.
"Um cidadão que não tem coragem de passar a faixa, um cidadão que se esconde porque estava prevendo um golpe.

*Da Ansa

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve ser internado na próxima segunda-feira (11) para realizar duas cirurgias na região intestinal, onde levou uma facada durante um ato de campanha em setembro de 2018.

Os procedimentos têm como objetivo corrigir uma hérnia de hiato (espécie de protuberância no estômago) e tratar de alças intestinais, e ambos serão conduzidos pelo cirurgião pessoal de Bolsonaro, Antonio Macedo, no hospital Vila Nova Star, em São Paulo, segundo o portal Metrópoles.

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Auxiliares de Bolsonaro informaram que, caso os procedimentos corram bem, ele deve fazer uma terceira cirurgia para corrigir um desvio do septo, mas ainda não há data fixada.

O ex-presidente de extrema direita já fez uma série de exames preparatórios para as cirurgias na semana retrasada no Vila Nova Star.

*Da Ansa

Trechos de mensagens trocadas entre o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten, em março deste ano, pelo WhatsApp, acabaram de se tornar públicos. De acordo com o portal UOL, que obteve acesso aos registros, o militar e ex-aliado da Família Bolsonaro, ao tomar conhecimento de que o escândalo das joias sauditas havia se tornado alvo de investigação, contou ao colega que “o pior é que está tudo documentado”. 

O caso diz respeito a um suposto esquema de lavagem de dinheiro e desvio de patrimônio público, feito através da revenda e compra de joias e itens de luxo presenteados à República brasileira, durante o mandato de Jair Bolsonaro (PL). Cid e seu pai, o general Mauro Cesar Lourena Cid, estão no centro da investigação, como possíveis facilitadores das vendas. O tenente-coronel também foi ajudante de ordens de Bolsonaro, prestou serviços à Michelle e tinha uma relação próxima com a família. 

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Ao tomar conhecimento da descoberta do colar e brincos com diamantes presenteado pelo governo saudita à Presidência do Brasil, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), escreveu, em 3 de março deste ano, ao advogado e ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten que "o pior é que está tudo documentado". 

O diálogo foi obtido pela colunista Juliana Dal Piva. Ainda segundo a jornalista, as mensagens foram enviadas a partir das 19h36 de 3 de março. Este foi o dia em que o Estadão revelou que as peças, avaliadas em cerca de R$ milhões, foram apreendidas no aeroporto de Guarulhos, em 2021, com um assessor do ex-ministro de Minas Bento Albuquerque e que o ex-presidente tentou recuperar os itens antes de viajar para os Estados Unidos, em dezembro de 2022. 

Após receber a reportagem de Cid, Wajngarten escreve ao militar: "Eu nunca vi tanta gente ignorante na minha vida". No diálogo, porém, não fica claro a quem o advogado se refere. Cid então responde a Wajngarten: "Difícil mesmo. O pior é que está tudo documentado". Na sequência, o advogado pergunta: "Documentado como? Explique-me por favor". O ex-ajudante de ordens enviou uma série de mensagens em seguida, porém, as apagou e a coluna não teve acesso ao registro antes da exclusão. 

No mesmo dia 3, Cid teria gravado um áudio dizendo: "O presidente só ficou sabendo no final do ano, quando o chefe da Receita [Federal] avisou que tinha um bem presenteado para ele que tava ali. Então foi só bem no final do ano que ele ficou sabendo. Não sei dizer a data. Tanto que, em 2022, ninguém tocou nisso aí. Por isso, que entrou para leilão porque ficou mais de um ano". O chefe da Receita Federal, na ocasião, era Julio César Vieira Gomes. 

Na gravação, Cid faz referência a um leilão da própria Receita para itens apreendidos por sonegação de impostos. No entanto, após a eclosão do escândalo, a medida foi suspensa, e o caso das joias passou a ser investigado. O kit estava com o ex-assessor do então ministro Bento Albuquerque, Marcos André dos Santos Soeiro, que participou da comitiva no Oriente Médio, em 26 outubro de 2021. 

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu 18 presentes caros, dos quais cinco estariam em uma propriedade do bicampeão mundial de Fórmula 1 Nelson Piquet, segundo a Polícia Federal (PF).
    Bolsonaro ganhou 9.158 presentes durante seu mandato, 18 dos quais são de "alto valor", diz um relatório de mais de 1,9 mil páginas divulgado pelo Jornal Nacional na noite desta quinta-feira (31).
    O documento foi anexado ao inquérito que investiga Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) no caso das joias presentadas por governos estrangeiros.
    O casal foi interrogado simultaneamente pela PF em Brasília na quinta, mas se manteve em silêncio.
    Dos 18 presentes caros citados pela Polícia Federal, 10 foram devolvidos ao erário público por Bolsonaro após uma determinação do Tribunal de Contas da União.
    No entanto, cinco itens, entre eles um relógio com diamantes presenteado pelos Emirados Árabes, "estariam guardados em uma fazenda de Nelson Piquet em Brasília", segundo o relatório, elaborado com base em dados do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência e em ligações do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
    No relatório, a PF afirma que parte dos 18 itens caros foi vendida por Cid nos Estados Unidos.

*Da Ansa

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, arquivou, nesta quinta-feira (31), o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o caso de omissão na compra das vacinas contra a Covid-19, à época da pandemia. 

Segundo o ministro, a crise sanitária, problemática ainda em 2020, antes das vacinas, “encontra-se estabilizado, sendo desnecessária a continuidade da tramitação da presente ação”.  

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“Os esclarecimentos técnicos elaborados pelo Ministério da Saúde e trazidos aos autos evidenciam a inutilidade de eventual provimento judicial que discuta o conflito descrito na petição inicial”, escreveu Zanin na decisão. 

A ação foi movida pela Rede Sustentabilidade, em outubro de 2020. Na época, o partido pedia que o então presidente Bolsonaro fosse obrigado a comprar as vacinas que já haviam sido desenvolvidas pelo laboratório chinês Sinovac. Bolsonaro havia argumentado que não iria realizar compras de vacinas sem a comprovação de sua eficácia perante o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “O povo brasileiro não será cobaia de ninguém. Minha decisão é a de não adquirir a referida vacina”, disse Bolsonaro. 

O governo Lula se posicionou a favor da decisão por meio de um relatório elaborado pela Advocacia-Geral da União (AGU) enviado ao STF. 

Uma representação criminal feita pela vereadora do Recife, Liana Cirne (PT), contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por incitação ao terrorismo será analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O julgamento será feito pelo plenário de modo virtual entre os dias 1º e 11 de setembro.

Liana acionou o STF em julho de 2022, acusando Bolsonaro de incitar a violência generalizada entre seus apoiadores e colocar em risco a “paz social”, no período pré-eleitoral e eleitoral, fomentando a fake news de que as urnas não seriam confiáveis e que sua vitória somente seria garantida pela ação dos seus eleitores: “vocês sabem o que tem que fazer”.

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“No ano passado, após a live de 7 de julho, em que Bolsonaro disse aos apoiadores que eles 'sabiam o que deveriam fazer', uma onda de ataques terroristas assolou o país. Um deles culminou na morte de Marcelo Arruda, em sua própria festa de aniversário, três dias depois. O assassino sequer conhecia a vítima e o matou apenas porque o tema de sua festa era sobre Lula”, afirma Liana Cirne.

De acordo com a vereadora jurista, o fato se enquadra nas previsões da Lei n. 13.260/2016 e no art. 287 do Código Penal, que trata do crime de incitação e prática de atos preparatórios ao terrorismo e de apologia ao crime.

*Da assessoria de imprensa

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que confia "100%" na lealdade do advogado Frederick Wassef. O criminalista é investigado pela Polícia Federal (PF) por suspeita de recomprar um relógio Rolex que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ganhou de presente da Arábia Saudita e foi vendido por auxiliares dele no exterior.

"Eu confio 100% na capacidade e na lealdade do Wassef e não tenho absolutamente nada, nenhuma razão, para me preocupar com ele. Muito pelo contrário. Sempre deu demonstrações e provas da sua competência e da sua lealdade", disse o senador, nesta segunda-feira, 28, em vídeo publicado no Instagram.

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Wassef faz parte do círculo mais íntimo dos Bolsonaro. Já atuou como advogado da família, além de ter agido ativamente ao esconder em seu sítio em Atibaia (SP) o ex-assessor Fabrício Queiroz durante as investigações de um suposto esquema de "rachadinha" no gabinete de Flávio - quando era deputado estadual. Na época, o advogado era responsável pela defesa do senador, mas deixou a posição após a descoberta do esconderijo de Queiroz vir à tona.

Segundo a investigação da PF, Wassef recomprou, nos Estados Unidos, o relógio da marca Rolex recebido pelo ex-presidente em viagem oficial. O objeto foi vendido pelo tenente-coronel Mauro Cid, braço direito do ex-chefe do Executivo, e pelo pai dele, general Mauro César Lourena Cid, e recuperado para ser entregue ao Tribunal de Contas da União (TCU).

Após a operação da PF, Wassef admitiu ter comprado o relógio Rolex em junho do ano passado. "Eu comprei o relógio. A decisão foi minha. Usei meus recursos. Eu tenho a origem lícita e legal dos meus recursos. Eu tenho conta aberta nos Estados Unidos em um banco em Miami e eu usei o meu dinheiro para pagar o relógio. Então, o meu objetivo quando eu comprei esse relógio era exatamente para devolvê-lo à União, ao governo federal do Brasil, à Presidência da República", afirmou.

Como mostrou o Estadão, o advogado acumula R$ 66 mil em dívidas, que envolvem condomínio, impostos e multa de trânsito, mas, mesmo nessa situação, conseguiu recomprar o relógio que pode ter custado mais R$ 346 mil, segundo a investigação da PF. Diante dos novos fatos, congressistas da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos de 8 de janeiro afirmaram querer ouvir as explicações de Wassef.

No último dia 16, a PF apreendeu quatro aparelhos celulares do advogado. Ele estava em um restaurante no shopping Morumbi, em São Paulo, quando foi abordado pelos policiais. O carro de Wassef, que estava estacionado em uma vaga reservada para pessoas com deficiência, também foi revistado.

Wassef deve prestar depoimento na quinta-feira, 31, à Polícia Federal. Além dele, outros sete envolvidos no caso das joias serão ouvidos simultaneamente, como o ex-presidente Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid.

O ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira prestou depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta segunda (28). O general foi ouvido na condição de testemunha em mais uma ação que pede a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O PDT deu entrada na ação contra Bolsonaro por entender que as comemorações do 7 de setembro de 2022 foram usadas como campanha eleitoral em Brasília e no Rio de Janeiro.

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Na ocasião, o ex-presidente acompanhou o desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios e depois subiu em um carro de som para pedir apoio aos eleitores. No Rio, Bolsonaro também fez um discurso que reforçou sua posição.

O depoimento de Nogueira estava marcado às 9h30 e foi concluído por volta das 10h30. O general, que também está na mira da CPI dos Atos Golpitas, foi a segunda testemunha na ação da Justiça Eleitoral. Na semana passada, o governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) foi ouvido pelo TSE sobre o uso eleitoral do 7 de setembro.

Aliados e integrantes de grupos bolsonaristas, que mobilizaram doações de R$ 17,1 milhões para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), estão divulgando o Pix da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) para novas arrecadações. A informação que circula em grupos de mensagens e nas redes sociais é de que a Polícia Federal (PF) pode pedir o bloqueio das contas de Jair Bosonaro, impedindo o uso do dinheiro. 

A vaquinha on-line foi feita em junho para ajudar o ex-presidente a pagar as multas processuais pelas quais foi condenado nos últimos meses, em decorrência das recusas de usar capacete em motociatas e de utilizar máscara de proteção durante o auge da pandemia de Covid-19. 

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Bolsonaro entrega ao STF extratos de suas contas 

Bolsonaro recebe alta e deixa hospital após exames  

Nas redes sociais, aliados, como o deputado federal Mario Frias (PL-RJ), divulgam uma imagem da capa da revista IstoÉ com a manchete “Justiça vai bloquear os R$ 17 milhões do pix de Bolsonaro”. Logo abaixo, uma foto de Michelle com a legenda “já que vão bloquear Bolsonaro, vamos de Michelle”, seguido da chave pix da ex-primeira-dama, que é seu CPF. 

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Segundo a reportagem da revista, publicada na última sexta-feira (25), o pedido da PF deverá chegar ao Supremo Tribunal Federal (STF) nos próximos dias. O congelamento das contas de Bolsonaro poderá permitir aos peritos analisar os recebimentos milionários na investigação de supostas fraudes realizadas para não levantar suspeitas do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). À Justiça Eleitora, Jair Bolsonaro havia declarado um patrimônio de R$ 2,3 milhões em 2022. 

Os investigadores vão os CPFs de todos os 769 mil doadores. De acordo com a reportagem da IstoÉ, os peritos da PF têm uma hipótese de que os R$ 17 milhões arrecadados são, na verdade, fruto de um esquema de lavagem de capitais, crime cuja pena pode chegar a 12 anos de prisão.

Cercado de polêmicas e alvo de investigações da Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) insiste em mostrar sua popularidade nas redes sociais. Um dia após deixar o Hospital Vila Nova Star, na zona sul de São Paulo, onde passou uma noite hospitalizado, Bolsonaro publicou um vídeo cumprimentando alguns apoiadores em um voo.

Informando a agenda desta sexta-feira (25) na legenda da publicação, o ex-chefe do Executivo foi recepcionado no voo por pessoas que desejavam registrar uma foto com ele. O ex-presidente estava a caminho de um evento na cidade de Barretos, no interior de São Paulo, a convite do governador Tarcísio de Feitas (Republicanos-SP), que o pediu que participasse da inauguração de uma estrada vicinal no município.

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Antes de comparecer na inauguração da estrada Wilson Vilela Lemos, Bolsonaro prestigiou a tradicional Festa do Peão, da qual participou em todas as edições desde 2017, quando ainda era deputado federal. Além disso, ainda esteve em uma cerimônia da Câmara Municipal da cidade, onde recebeu o título de cidadão honorário.

Durante a agenda, Bolsonaro ainda publicou outros vídeos em suas redes sociais para mostrar a reação dos seus apoiadores enquanto ele visitava a cidade paulista.

O encontro entre o ex-mandatário e Tarcísio de Freitas ocorre em meio às investigações sobre joias e presentes recebidos por Bolsonaro durante o período em que ocupou a Presidência da República.

Com as atualizações do caso das joias sauditas recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, muitos brasileiros ainda têm dúvidas sobre o que diz a legislação em relação ao recebimento e vendas de objetos por autoridades políticas. Sendo assim, o LeiaJá conversou com o doutor em ciência política Rodolfo Marques para esclarecer como as leis tratam o assunto e como está o andamento das investigações envolvendo o ex-chefe do Executivo.

"Essa confusão que Bolsonaro gerou entre público e privado ajuda, entre aspas, a gerar mais desconforto ou mais dissonância em relação ao tema", afirma o cientista político ao abordar a suposta venda ilegal de presentes recebidos em viagens oficiais feitas pelo ex-mandatário e a sua equipe durante a gestão federal.

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Presentes milionários

O caso veio à tona em outubro de 2021, quando a Polícia Federal (PF) apreendeu no Aeroporto Internacional de Guarulhos, no estado de São Paulo, um conjunto de joias avaliado em R$ 16,5 milhões que seria um presente do governo da Arábia Saudita à então primeira-dama, Michelle Bolsonaro (PL). O kit era composto por itens da marca suíça Chopard que incluía: um anel, um relógio, um par de abotoaduras, um rosário islâmico e uma caneta.

Na época, o conjunto milionário foi encontrado na mala de um assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e não foi declarado à Receita como item pessoal, o que obrigaria o pagamento de imposto. No entanto, os objetos só poderiam ter entrado no país sem a necessidade do pagamento de impostos, caso fossem declarados como presente para o Estado brasileiro, mas, neste caso, ficariam com a União, não com a ex-primeira-dama.

Rodolfo Marques acredita que devido as joias terem vindo do governo da Arábia Saudita, isso já atrai algumas complicações para a imagem de Bolsonaro.

"O governo saudita é muito controverso em relação aos processos democráticos dentro do próprio país. Há constantes ataques a jornalistas e a grupos minoritários, e isso é extremamente complicado. Então, a praxe nesse caso seria não aceitar o presente, ou, caso aceite, que esse presente fosse incorporado ou que esses presentes fossem incorporados ao Estado brasileiro", pontua.

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Desde o momento em que foi iniciada essa operação da PF, outras situações envolvendo joias milionárias foram divulgadas. Sendo assim, Bolsonaro e o seu entorno são foco das investigações que apuram um suposto esquema de negociação ilegal de objetos dados por delegações estrangeiras à Presidência da República.

O que de fato diz a lei?

A partir do início dos anos 90, uma série de resoluções, leis e decisões da Justiça criaram várias regras sobre o tratamento que deve ser dado a documentos de acervo e a presentes trocados por figuras políticas. As regras que também são válidas para servidores públicos, existem para evitar que objetos caros, como os do kit da Chopard, sejam usados para corromper e favorecer interesses.

As leis obrigam que quaisquer itens recebidos em cerimônias de trocas de presentes entre autoridades, audiências com autoridades estrangeiras ou viagens oficiais sejam declarados de interesse público e passem a integrar o patrimônio cultural brasileiro. Sendo assim, todos os presentes recebidos são catalogados pela Diretoria de Documentação Histórica da Presidência da República, que fica encarregada de preservar o acervo durante o mandato do presidente que recebeu os itens. Depois de deixar a Presidência, o ex-chefe do Executivo, com o auxílio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), passa a ser responsável pela conservação dos objetos.

Itens não podem ser vendidos

Em 2016, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que independentemente de os objetos serem entregues em evento oficial, eles devem ficar em acervo da União, sendo assim, não podem ser considerados patrimônio particular do presidente após o fim da sua gestão.

A ordem também determinou que fosse realizada uma auditoria para localizar presentes dados por lideranças estrangeiras a parlamentares a partir de 2002, quando o decreto foi editado. Com esse novo entendimento, por exemplo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ex-presidenta Dilma Roussef (PT) tiveram que devolver presentes recebidos durante seus mandatos. Os objetos que não foram devolvidos, tiveram que ser pagos.

Em março deste ano, o TCU reiterou que os itens de uso pessoal de alto valor devem ser registrados como patrimônio da Presidência. A tentativa de vendê-los é ilegal.

Os ex-chefes do Executivo, como é o caso de Jair Bolsonaro, só podem usufruir em caráter pessoal daqueles itens considerados de "natureza personalíssima", como medalhas personalizadas, ou de "consumo direto", tais como gravatas, bonés, camisetas, perfumes, chinelos e alimentos.

A regra também vale para prefeitos e governadores

O cientista político Rodolfo Marques afirma que a regra também fiscaliza os prefeitos, dos mais de 5.500 municípios, e os 27 governadores brasileiros.

"Prefeitos e governadores em menor escala também têm que se submeter à legislação. Eu digo menor escala pela monta, são mais de 5 .500 municípios no Brasil, são 27 unidades federativas, portanto temos 27 governadores e eles, por vezes, são expostos a essas situações de presentes, de honrarias e de condecorações", explica Rodolfo.

"Honrarias condecorações, embora estejam ligados ao exercício do cargo, eles acabam sendo personalizados ou personificados. Mas em casos de presentes, deve ter muito cuidado, exatamente para essa questão da discricionariedade e da separação daquilo que é público e privado", detalha.

Em depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, o sargento do Exército Luís Marcos Reis, ex-assessor de Jair Bolsonaro, afirmou, nesta quinta-feira (24), que transferiu um total de R$ 70 mil ao ex-ajudante de ordens do ex-presidente, Mauro Cid. O registro da transferência data do dia 6 de janeiro, dois dias antes da invasão à Praça dos Três Poderes, em Brasília. 

Reis recebia um salário de R$ 13 mil, segundo a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), apesar de o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) ter declarado em documento que havia uma movimentação de R$ 3 milhões na conta do militar no intervalo de um ano e meio. Reis explicou na oitiva que as movimentações são relacionadas à aposentadoria da carreira militar, empréstimos pedidos a familiares e a amigos, a venda do carro de Mauro Cid e um consórcio com outros militares. 

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De acordo com a senadora, no extrato da conta do sargento consta a transferência de R$ 70 mil. Questionado sobre a transação, Reis confessou que anunciou na internet a venda de um carro pertencente ao tenente-coronel no valor de R$ 72 mil, justificando a origem do dinheiro. "Ele [Mauro Cid] me falou: 'Passa R$ 70 mil, fica para você o restante pelo seu trabalho'", declarou Luís Marcos dos Reis à CPMI. 

Acompanhe a oitiva ao vivo:

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A Polícia Federal (PF) coletou diversas mensagens trocadas entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o empresário Meyer Joseph Nigri e, durante a investigação, constatou que Nigri compartilhava as tais conversas em grupos com outros empresários e abas privadas. A informação foi divulgada pelo colunista Aguirre Talento, do UOL, que teve acesso ao conteúdo da apuração policial.

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De acordo com a reportagem, as mensagens eram fake news, além de ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e tratando sobre a instalação de uma guerra civil com a vitória do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições do ano passado.

As conversas teriam acontecido entre fevereiro e agosto de 2022. Uma das que descredibilizava o processo eleitoral e incentivava a guerra civil defendida nas conversas diz: "O STF será o responsável por uma guerra civil no Brasil", acompanhado de informações falsas sobre o STF e as eleições.

Já outra, pontuava: "Hackers impediram Bolsonaro de ganhar as eleições de 2018 no 1º turno. Mas não agiram da mesma forma no 2º turno porque o PT não lhes pagou a metade do prometido logo após o 1º turno". A informação é falsa.

Disseminador de fake news

O relatório da PF divulgado pela matéria aponta Jair Bolsonaro como “difusor de mensagens com conteúdo de notícias não lastreadas ou conhecidamente falsas”.

“O terminal identificado como utilizado pelo presidente da República Jair Bolsonaro encaminhou diversas mensagens contendo ataques às instituições, especialmente o Supremo Tribunal Federal, ao sistema eletrônico de votação e às vacinas desenvolvidas para combate à covid-19. Após receber o conteúdo, Meyer Nigri realizou a disseminação de tais mensagens para diversos grupos e chats privados de WhatsApp. Resumidamente, os fatos apontam para a atuação do presidente da República Jair Bolsonaro como difusor inicial das mensagens”.

Na última segunda-feira (21), o ministro do STF, Alexandre de Moraes, prorrogou por mais 60 dias as investigações contra Meyer Joseph Nigri. Ele é um dos empresários que integrava um grupo no WhastApp nutrindo ações golpistas caso o ex-presidente Jair Bolsonaro perdesse a disputa em 2022.

A PF também flagrou Bolsonaro mandando o empresário e outros aliados do ramo divulgarem uma mensagem falsa em aplicativo de conversas. Nessa terça (22), a PF intimou Bolsonaro a depor e esclarecer o pedido de disparo do texto. O ex-presidente, inclusive, já chegou a admitir o envio do conteúdo. 

Sobre as novas mensagens descobertas, a defesa de Bolsonaro se negou a comentar. Já a defesa de Nigri negou, em nota, a classificação de disseminador de fake news.

O texto da defesa aponta que Nigri "jamais foi disseminador de notícias falsas, mas apenas, de forma eventual e particular, encaminhou mensagens de terceiros no aplicativo WhatsApp para fomentar o legítimo debate de ideias. Inclusive, sequer possui contas em redes sociais como Twitter, Facebook, Instagram, nem em qualquer outra plataforma de disseminação em massa. Por fim, com serenidade e respeito, reforça confiar na Justiça e ter plena certeza de que ficará devidamente demonstrado que não praticou crime algum".

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu ter trocado, em grupos com aliados, mensagens com conteúdo falso sobre a urna eletrônica e o Supremo Tribunal Federal (STF). Um registro obtido pelo blog de Daniela Lima mostra o ex-mandatário pedindo que o empresário Meyer Nigri repassasse uma mensagem "ao máximo". Bolsonaro confirmou o teor das mensagens à Folha de São Paulo e se mostrou despreocupado com o disparo de fake news

"Eu mandei para o Meyer, qual o problema? O [ministro do Supremo Tribunal Federal e então presidente do Tribunal Superior Eleitoral Luís Roberto] Barroso tinha falado no exterior [sobre a derrota da proposta do voto impresso na Câmara, em 2021], eu sempre fui um defensor do voto impresso", disse. O encontro com a Folha aconteceu durante um voo de Brasília a São Paulo, nesta quarta-feira (23). Ele não permitiu que a conversa fosse gravada. 

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Bolsonaro afirmou que não participava do grupo dos empresários para o qual, segundo a Polícia Federal, Meyer Nigri repassou as mensagens em que criticava ministros do Supremo e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), acusando-os de interferência no processo eleitoral, por se colocarem contra o voto impresso. 

Pela mensagem, Jair foi intimado pela PF e deverá esclarecer a difusão do conteúdo associado a fake news, objeto de investigação no Supremo. "Eu vou lá explicar", disse, sobre o depoimento marcado para o dia 31. 

"O ministro Barroso faz peregrinação no exterior sobre o atual processo eleitoral brasileiro, como sendo algo seguro e confiável. O pior, mente sobre o que se tentou aprovar em 2021: o veto impresso ao lado da urna eletrônica, quando ele se reuniu com lideranças partidárias e o Voto Impresso foi derrotado. Isso chama-se interferência", diz o texto. 

"Todo esse desserviço à Democracia dos três ministros do TSE STF faz somente aumentar a desconfiança de fraudes preparadas por ocasião das eleições. O Datafolha infla os números de Lula para dar respaldo ao TSE por ocasião do anúncio do resultado eleitoral. Repasse ao máximo", acrescenta. 

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi internado em um hospital de São Paulo nesta quarta-feira (23) para a realização de exames de rotina.
Segundo Fabio Wajngarten, um dos advogados de Bolsonaro, o ex-mandatário está no hospital Vila Nova Star, um dos mais renomados da capital paulista.
"O presidente Bolsonaro internou-se no Hospital Vila Nova Star em São Paulo para exames de rotina. Referidos exames têm por objetivo avaliar sua condição clínica, principalmente no sistema digestivo, tráfego intestinal, aderências, hérnia abdominal e refluxo", escreveu Wajngarten nas redes sociais.
De acordo com ele, "todos os sintomas e exames desse momento decorrem do atentado contra sua vida" ocorrido em setembro de 2018, quando Bolsonaro levou uma facada no abdômen durante um ato de campanha.
Desde então, o ex-presidente já passou por diversas internações e cirurgias.

*Da Ansa

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Chegaram a público, nesta terça-feira (22), uma série de gravações das conversas trocadas, de forma privada, entre o hacker Walter Delgatti Netto e outros investigados em uma operação para fraudar o sistema eleitoral e, assim, promover dúvidas infundadas sobre as urnas eletrônicas. 

Os áudios foram entregues à Polícia Federal na última sexta-feira (18) e recém-divulgados à imprensa, tendo a primeira divulgação no portal Metrópoles. Nos registros, o preso cita o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a deputada federal Carla Zambelli (PL), no contexto de simulação de fraude que tem sido apurado pelas autoridades. 

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O programador cita, por exemplo, que Bolsonaro fez questão de encontrá-lo, mesmo recebendo contraindicações quanto à proximidade com Delgatti. O hacker também afirma ter se aproximado da família de Zambelli. 

A história do código-fonte 

Em 9 de agosto de 2022, Delgatti foi gravado citando uma reunião na sede do Partido Liberal, em Brasília. Trata-se da reunião de 10 de agosto, supostamente com o presidente do partido, Waldemar Costa Neto, e outros aliados, menos de 24h após a gravação.  

“Eles vão configurar o código-fonte para dar o resultado que eles querem. Eles vão pegar agora uma urna. Eles mesmo vão fazer isso”, afirmou Walter Delgatti. Na ocasião, explicou que o objetivo do ataque ao sistema eleitoral era induzir o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a autorizar militares a fazer uma “fiscalização” nas urnas, de modo a facilitar possíveis contestações a uma eventual vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ainda era candidato. 

Nesse mesmo dia, Delgatti foi filmado dentro do hotel Phenícia, em Brasília, conversando com um funcionário no balcão da recepção. Lá, um motorista que dirigia um carro com uma placa “fria” passou para buscá-lo e levou o hacker ao encontro de Bolsonaro no Palácio da Alvorada, como revelou a revista Veja em agosto do ano passado. 

"Quem manda aqui sou eu" 

No mês seguinte, no dia 22 de setembro, dez dias antes do primeiro turno, o programador contou detalhes do que seria um protagonismo do ex-presidente Bolsonaro na empreitada, dando a entender que os dois teriam se encontrado várias vezes. “O Bolsonaro, ele tá fazendo questão que eu vá lá. Aí, teve alguém da equipe que falou: “Irmão, é bom ele não vir aqui porque pode queimar”. Ele (Bolsonaro) falou: “Quem manda aqui sou eu, e ele vai vir”. 

Proximidade com a família Zambelli 

Na sessão da CPMI dos Atos Golpistas, Delgatti foi questionado sobre a proximidade com a deputada Carla Zambelli, investigada por ter recrutado o programador. Segundo a defesa da parlamentar, a proximidade seria por conta de um projeto de trabalho que envolvia o cuidado com as redes sociais da política. Segundo a gravação obtida pelo Metrópoles, no entanto, o programador e Zambelli tinham uma relação quase familiar, segundo relato do hacker. 

“Eles estenderam a mão para mim, cara. A Carla me tratou hoje como se fosse um filho, coisa que nunca aconteceu na minha vida”, disse Delgatti. “A ponto da mãe dela me servir leite com Nescau, na mesa, e acompanhado com ela”, contou o programador, revelando que jogou até vídeo-game com o filho de Zambelli. 

 

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