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A cada dia os padrões de gênero vão sendo deixados mais e mais de lado. Atualmente, muitas pessoas sentem a necessidade de se desprender das amarras nascidas a partir da construção social do que é ser homem ou mulher, e dos estereótipos atribuídos a cada um.

No mundo artístico, há inúmeros representantes dessa revolução de papeis, que representam a causa LGBT e levantam a bandeira da liberdade de gênero. Conheça um pouco sobre a história e carreira alguns dos artistas brasileiros que desafiam os limites de gênero:

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Pabllo Vittar é hoje a drag queen mais assistida no YouTube, tendo ultrapassado a americana Rupaul, maior referência mundial no assunto. A maranhense de 22 anos é dona de hits como ‘Open Bar’, ‘Todo Dia’ e ‘K.O.’, que juntos já somam mais de 81 milhões de visualizações. Pabllo já afirmou que se considera 'genderfluid', isso é, transita entre os gêneros feminino e masculino. “Sou homem, gay, gender fluid, drag, não gosto de me rotular”, disse em entrevista à Billboard. Recentemente, lançou uma música em parceria com Anitta e com o trio de DJs gringos Major Lazer, intitulada ‘Sua Cara’.

 

Liniker é uma figura artística que brinca com símbolos da masculinidade e da feminilidade. “Isso é natural para mim, eu posso ser uma mulher de barba e isso não tem problema. Eu posso ser uma mulher de barba que usa batom. Eu posso ser uma mulher que se vista assim hoje. Esse sou eu”, disse em entrevista ao Estadão, e afirmou ter tirado as rotulações de gênero da sua vida. A cantora ou o cantor, segundo Liniker, tanto faz. Ela (ou ele) é a voz por trás do EP “Cru”, de Liniker e os Caramelows. Estes, que em seu show introduzem os vocais gritando “Nos vocais ele, ela, ili: Liniker!”.

 

Rico Dalasam é o único rapper assumidamente gay no Brasil e atua como representante do movimento “queer rap”. Ele afirma que seu sobrenome artístico, Dalasam, é acrônimo para “Disponho Armas Libertárias a Sonhos Antes Mutilados”. Rico não tem medo de estar nesse universo tão pouco explorado por homens abertamente homossexuais e nem de esbanjar uma certa feminilidade em seu estilo pessoal. Às vezes aparece usando saias, cabelos grandes com penteados mais femininos e até requintes de maquiagem, como em sua participação no clipe da música “Todo Dia”, sua parceria com Pabllo Vittar. Assim como Liniker, ele não se limita aos padrões de gênero.

 

Thammy Miranda nasceu mulher, e ficou famosa aos 16 anos pela sua beleza, que se destacou nos shows da sua mãe, nos quais se apresentava como bailarina. Aos poucos Thammy foi liberando o seu 'eu interior', a começar pela homossexualidade que assumiu em 2006. Em 2014 a mudança foi mais drástica e a então filha de Gretchen fez uma cirurgia de remoção das mamas. Pouco depois, começou a tomar hormônios masculinos e se tornou cada vez mais próxima da figura de um homem. Hoje, Thammy é “ele”, já apareceu inúmeras vezes mostrando o seu novo corpo e até publicou foto da sua nova certidão de nascimento, que já conta com a troca de gênero. Recentemente estreou no teatro vivendo seu primeiro personagem masculino na peça “T.R.A.N.S”. 

 

Jaloo é um DJ queer, cantor e compositor paraense. Ele gosta de misturar gêneros tanto na sua música, ao unir o indie, o eletrônico e o tecnobrega, quanto na sua vida pessoal, ao declarar sua fluidez em relação às definições de gênero. Ele algumas vezes se refere a si como homem, outras como mulher. Seu corpo é masculino, mas muito dos detalhes do seu visual são femininos. “Gosto dessas contradições e de usá-las a meu favor”, disse ele em entrevista ao Huffpost Brasil. Seu foco principal é propagar sua música pela internet. Segundo o DJ, a TV e o rádio não despertam seu interesse.

 

Laerte é uma das mais importantes cartunistas do Brasil. Estudou na USP nos cursos de Comunicação e Artes, apesar de nunca ter se formado em nenhum dos dois. Ao longo de sua carreira, já fez colaborações com tradicionais jornais brasileiros, participou de diversas publicações como Balão, O Pasquim, Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo e revistas como a Veja e Istoé. Criou personagens como os 'Piratas do Tietê', 'Overman' e 'Fagundes'. Ela é adepta ao crossdressing e se considera transgênero, apesar de também nunca ter feito cirugia para retirada dos seus órgãos masculinos. Em 2017, foi lançado o documentário "Laerte-se", que trata da identidade da cartunista e dos seus dramas íntimos.

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A 11ª do Festival No Ar Coquetel Molotov apostou alto. A produção escolheu um novo formato, um novo local (saindo do Teatro da UFPE e partindo para um ambiente mais aberto, a Coudelaria Souza Leão) e preparou toda a programação para um único dia. Foram ao menos 20 apresentações (entre músicos e DJs) neste sábado (11), sempre apostando em nomes novos como Jaloo (PA), Phil Veras (MA) e Aldo The Band (SP); e outros mais conhecidos como Russian Red (Espanha) e Karina Buhr, que cantou Secos e Molhados. Entre as atrações internacionais também estão os DJs Bok Bok (UK) e FaltyDL (EUA).

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“A resposta do público e dos artistas a essa mudança tem sido incrível. Depois de 10 anos num teatro, optamos por fazer algo ao ar livre para deixar o público mais a vontade”, conta Jarmeson de Lima, um dos organizadores do Coquetel Molotov. Segundo o produtor, esta edição é o começo de um novo ciclo para o evento. ”Colocamos o (Festival) Coquetel num local cheio de possibilidades, com uma programação de mais de 12 horas e com as pessoas mais a vontade para curtir o clima”, afirmou.

A mudança poderia ter intimidado um pouco o público, juntamente com a chuva, mas, ao contrário, nada disso atrapalhou o andamento do evento, que recebeu muita gente para conferir de perto as novidades do tradicional evento, que não cansa de se atualizar. Quem veio se deparou com uma grande estrutura, muitas atrações e um sistema de vans que levava o público da bilheteria até o local do evento em poucos minutos e com conforto. 

O público aprovou a novidade e muita gente chegou a falar que essa foi a melhor edição do festival. Opinião compartilhada pelo designer Felipe Miranda, que veio ao evento principalmente para ver o show dos franceses da La Femme e de Karina Burh. “Para mim essa é a melhor edição do evento. O local e a programação estão caprichadas”, contou. 

Assim que o público chegava era recebido pelo palco do Red Bull Music Academy, localizado na parte externa do prédio, e que recebeu das 15h à meia noite DJs de vários estados e dois internacionais. Por causa da chuva pouca gente pode curtir o som das pick-ups e também pelo horário, que competia com os shows. Uma boa alteração seria colocar os DJs como uma espécie de encerramento das apresentações do palco principal, assim como sugeriu o estudante Higgo Braga, que vem ao festival desde as primeiras edições.

Como de costume, a organização pesquisou o gosto do público antes de escolher os artistas que se apresentariam no evento. Entre eles o mais pedido pelo público foi o maranhense Phil Veras, que com seu romantismo e sua presença de palco madura arrancou aplausos da plateia e muitos gritos dos fãs presentes. Antes do cantor se apresentaram no palco o paraense Jaloo, a banda francesa La Femme e a união das bandas Inky e grassmass, fazendo a ponte Recife/ São Paulo.

Depois do cantor, foi a vez da espanhola Russian Red encantar a todos com sua bela voz e seu estilo indie de qualidade precisa. “É minha primeira vez no Brasil e está sendo maravilhoso”, falou a cantora, que agradeceu inúmeras vezes o carinho dos fãs brasileiros.

O palco principal também recebeu a rapper Flora Matos, que dominou o público e encheu sua apresentação de simpatia e canções conhecidas, deixando sua música mais famosa (Pretin) para o final. Pouco depois da meia-noite foi a hora da apresentação de Karina Buhr e seu repertório formado por canções do grupo Secos e Molhados. As músicas têm um mistério que combina com a voz da pernambucana e a mistura agradou ao público ansioso pela apresentação, que nunca tinha sido feita por aqui. Por fim a banda Aldo the Band trouxe seu som moderno e meio caótico para o fechamento do festival.

 

Além dos shows do palco principal e DJs, quem veio ao Coquetel Molotov pode aproveitar a energia do Som da Rural, encontrar produtos especiais na feira cultural e curtir a vista privilegiada do espaço. O Coquetel Molotov resolveu se arriscar mudando praticamente tudo, menos o pioneirismo, e nisso se consagra mais uma vez como um dos principais festivais do Brasil. 

O fim de semana promete ser agitado para quem curte aproveitar a nota em Recife, Olinda e Caruaru. Tem Parada da Diversidade, shows de grandes artistas e festinhas irresistíveis que prometem agradar. Confira nossa programação:

19 de setembro (sexta)

Forró das Antigas Exclusive

com Capital do Sol, Banda Aquarius e Forrozão Chacal
21h
Antiga Churrascaria Pajuçara (Av. Arquiteto Luiz Nunes, 1725 - Imbiribeira)
R$30
(81) 8771 4445/ 9990 2941

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I Noite Jamaicana
com Buzz Selector (Irlanda), MC China Souza, MC Erica Natuza e MC Ras Oreia
22h
Xinxim da Baiana (Av. Sigismundo Gonçalves, nº  742 – Olinda)
R$ 15

Elvis Is Back
com Mr. Elvis
23h
Saint Paul Bar (Rua Conselheiro Nabuco, 21 - Parnamirim)
R$ 30 (homem) e R$ 20 (mulher)
(81) 32048508/34232620

Festa Seu Reis Mandou Dizer 
Com Nando Reis, Papaninfa e Besta é Tu
23h
Baile Perfumado (Rua Carlos Gomes, 390 - Prado)
R$ 100
(81) 3127 4143

Forró do 17
com Capital do Sol, Helton Lima e Barões de Luxo
21h
Guaiamundo 17 (Av. 17 de Agosto -  Casa Forte; ao lado do Museu do Homem do Nordeste)
R$ 40 (homem) e R$ 30 (mulher)
(81) 83453536/ 95557911

Neon Rocks vs. Re~Fresh
com DJs Lucio Morais, SCRMNGR, Fuckyeahguigs e Tiago de Renor
23h
Catamaran
Cais das 5 Pontas, s/n – Bairro de São José
R$20 (antecipado) e R$30 (porta)

Sexta Beer
com Lado B e Forró Estigado
21h 
Porto do Mar (Rua Regueira Costa, 364 - Rosarinho)
R$30 (homem) e R$ 20 (mulher)
(81) 8188 1144 ou 9679 6605

20 de setembro (sábado)

Lipstick Cón Limón
com Jaloo, Caio Fortes, KK Nunes, Daniel Form, Camila Cortez e Vini V
23h
Vapor 48 (Praça das Cinco Pontas)
R$ 25 (antecipado) e R$ 35 (porta)

Nena Canta Lula Queiroga
23h
Outra Bossa (Rua Silvino Macedo, 153 - Centro de Caruaru)
R$ 25
(81) 8968 8171

Ana Carolina - #AC
Sábado (20) | 21h
Chevrolet Hall (Avenida Agamenon Magalhães, S/N)
 R$ 40 (pista meia-entrada) R$ 80 (pista inteira), R$ 70 (frontstage meia-entrada), R$ 140 (frontstage inteira) e de R$ 900 a R$ 1300 (camarote para 10 pessoas)
(81) 3207 7500

Brega Vip
com Boa Toda e Kiamo
21h
Porto do Mar (Rua Regueira Costa, 364 - Rosarinho)
R$30 (homem) e R$ 20 (mulher)
(81) 8188 1144 ou 9679 6605

21 de setembro (domingo)


Show da bandavoou
16h
Livraria Cultura (Rua Madre de Deus, s/n – Bairro do Recife)
Gratuito
(81) 2102 4033

13ª Parada da Diversidade de Pernambuco
com Artistas LGBTs, DJ Patrick Tor4, DJ Kylt, Banda Santa Clara, Orquestra de Frevo e Banda Takita
9h
Parque Dona Lindu 

Show de Swing do Amor
com Banda Long Neck, Infinita Cor, Sem Razão, Balanço Black e DJ Jadson
17h
Espaço Aberto (Rua Itacaré, 108 - Imbiribeira)
R$ 15 (entrada grátis para mulheres até 19h)
(81) 3471 7799

Domingos do Herculano
com banda Expresso Folia e Felipe & Gabriel
16h
Herculano Bar e Comedoria (Av.Herculano Bandeira, Pina)
R$30 (homem) e R$20 (mulher)
(81) 30380001

Cervejada do 17
com Manoel Netto, a banda Expresso Folia, Helton Lima e Kleyton Band
15h
Guaiamundo 17 (Av. 17 de Agosto -  Casa Forte; ao lado do Museu do Homem do Nordeste)
R$ 40 (homem) e R$ 30 (mulher)
(81) 3269.0787

After D’Menezes
com DJ Rodrigo Menezes, Dj Keson Magno , Dj Marco Devitto, Dj Girogio Gulliver  e TDj ardelli
17h
Confraria dos Ursos (Rua da Riachuelo, 704 - Boa Vista)
R$ 20
(81) 9751 3763

Deu a Loca no Porto
com Betto do Violão e Barões de Luxo
17h
Porto do Mar (Rua Regueira Costa, 364 - Rosarinho)
R$30 (homem) e R$ 20 (mulher)
(81) 8188 1144 ou 9679 6605

Neste sábado (20), acontece, no Recife, a festa Lipstick Cón Limon, que promete uma grande mistura de ritmos e batidas. Os ingressos já estão à venda no Barchef Casa Forte, loja Tax, loja Disco de Ouro e no site da Eventick. Os DJs Caio Fortes, Kaká Nunes, Daniel Forn, Camila Cortez e Vinícius Gouveia abrem a pista para a principal atração da noite, o músico e produtor Jaloo, que traz várias novidades no seu case para uma apresentação cheia de hits.

Jaloo é paraense, seu trabalho começou a repercutir na internet por volta de 2010, com remixes melódicos das músicas que ele gostava, tudo cheio de suingue. Fruto do tecnobrega, hoje ele é um dos principais nomes da cena cool e seu estilo sci-fi-brega chama atenção por misturar hits do pop, indie, black e outros sons com as batidas peculiares dos ritmos do Pará. Ele também está na programação do festival no Ar Coquetel Molotov, que acontece no Recife em outubro.

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Em conversa com o LeiaJá, o músico falou um pouco do seu trabalho e sobre o que os fãs podem esperar para a festa deste fim-de-semana.

Portal LeiaJá -  É possível sentir que o Pará, seu estado, tem uma influência sobre sua música. Isso sem contar os covers e versões que você produz. Quais são suas maiores influências?

Jaloo - Músicas grudentas, basicamente. Até hoje tenho um extremo fascínio por essa fórmula mágica pros ouvidos, o Pará é um lugar cheio de hits e a cultura do tecnobrega bebe muito da fonte pop mainstreamentão acho que ta tudo junto.

Você já fez shows, parcerias e tem tido um espaço interessante para divulgação. Mas como você começou a se manifestar musicalmente?

Tudo começou lá pra 2010, quando resolvi lançar um remix (era Rude Boy, da Rihanna) em pouco tempo o remix se espalhou, o que incluía blogs e sites de música na gringa também.

 

O que tem na seleção preparada para a festa de sábado?

Faz um tempinho que não faço DJ set, porque estou me dedicando bastante aos shows, mas, por conta desse tempo sem tocar, acumulei muitas coisas, principalmente produções próprias. E elas vão rolar, em peso!

Você lançou o EP Bai Bai recentemente e o videoclipe Downtown, cantando um tecnobrega em inglês. O que vem agora em diante? 
Começo do ano vem cheio de surpresas boas, não posso adiantar muita coisa, pra não perder a graça, mas fiquem certos que um disco ja está no forno.

Serviço

Festa Lipstick Cón Limon
Sábado (20)| 23h
Vapor 48 (Praça das Cinco Pontas, Recife Antigo)
R$25 (antecipado) R$35 (portaria)

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