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Mais três lojas do Mix Mateus serão inauguradas no Grande Recife, nesta quinta (14). As novas unidades ficam nos bairros do Bongi e de Santo Amaro, na área central do Recife, e no Janga, em Paulista.

Em processo de expansão acelerado, o grupo presente em nove estados do Norte e Nordeste abriu 28 lojas só em 2023. A expectativa do próximo ano para Pernambuco é ampliar a operação com as unidades na Caxangá, Guabiraba, Boa Viagem e Casa Forte.

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Terceiro maior varejista do Brasil, o Grupo Mateus emprega mais de 58 mil profissionais e vai alcançar 257 unidades em funcionamento até o fim de semana. O balanço do 3º trimestre de 2023 bateu recorde de receita bruta: R$7,8bi, um crescimento de 17,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já a receita líquida ultrapassou  R$6,9 bilhões, representando um crescimento de 17,1%. Enquanto o lucro bruto aferido ao longo do ano foi de R$4,2 bilhões, um avanço de 18,7%.

“Os números apresentados aos nossos investidores demonstram a eficácia da nossa estratégia de expansão. Abrimos novas lojas, fortalecemos nossa presença em diferentes estados e consolidamos nossa atuação no Nordeste, bem como nossa posição como a terceira maior rede varejista do país.O Grupo Mateus encerra o ano de 2023 consolidando-se como uma força expressiva no varejo, demonstrando sua solidez e compromisso com a geração de empregos e o desenvolvimento econômico nas regiões em que atua”, pontuou o CEO Jesuíno Martins.

Um bebê morreu, na madrugada desta quarta (25), em um incêndio em um condomínio no bairro do Janga, em Paulista, no Grande Recife. O corpo do menino de um ano foi encontrado por equipes de resgate após o fogo destruir o quarto onde ele estava.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado por volta das 4h05 e constatou o óbito no local. O Corpo de Bombeiros foi acionado cerca de cinco minutos depois e deslocou seis viaturas para a ocorrência na Rua Tracunhaém.

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Um casal que estava no apartamento sobreviveu e a corporação confirmou que as chamas se concentraram no quarto do bebê. Os próprios vizinhos controlaram o fogo e os bombeiros concluíram o trabalho com o rescaldo do local.

O Instituto de Criminalística está no apartamento e realiza um levantamento para identificar as causas do incêndio.

Um carro em alta velocidade invadiu um posto de combustíveis, na madrugada desse domingo (10), em uma das principais avenidas do bairro do Janga, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Um frentista e um motociclista ficaram feridos.

Eles conversavam em frente a uma bomba, por volta das 4h29, enquanto a moto era abastecida no estabelecimento localizado na Avenida Doutor Cláudio Gueiros Leite. Imagens do circuito de segurança mostram que a arrancada do carro assustou os dois e eles seriam atropelados se não tivessem corrido do local.

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O carro acerta a moto e uma das bombas. Informações apontam que o frentista teria fraturado um dedo e o motorista fraturou a clavícula.

O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 5h e enviou uma viatura de resgate. As vítimas foram atendidas no local e socorridas para o Hospital Miguel Arraes (HMA).

De acordo com a Secretaria Executiva de Mobilidade de Paulista, o motoristas responsável pelo incidente fugiu do local. Uma equipe de trânsito foi deslocada ao local para "realizar os trabalhos cabíveis"

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Na madrugada deste sábado (19), um homem de 30 anos perdeu o controle da direção e capotou com o carro em uma das avenidas mais movimentadas do Janga, em Paulista, no Grande Recife.

O veículo ficou com as quatro rodas para cima e parte da frente destruída depois de derrubar a estrutura de sinalização de uma galeria e o muro de um conjunto residencial na Avenida Doutor Cláudio Gueiros Leite, próximo ao mercado popular.

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Testemunhas informaram que o condutor ficou preso às ferragens e foi socorrido ainda consciente pelo Corpo de Bombeiros. A corporação foi acionada por volta das 4h10 e enviou duas viaturas ao local. O homem foi encaminhado ao Hospital Miguel Arraes, onde deu entrada por volta das 5h50.

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Na manhã desta sexta-feira (14), familiares, amigos e vizinhos das vítimas do desabamento de um dos prédios do conjunto Beira-Mar, no Janga, em Paulista, prestaram homenagens em frente ao local do incidente. Em seguida, uma missa de sétimo dia foi realizada próximo ao condomínio.

O desabamento de parte da estrutura, na última sexta (7), deixou 14 mortos e causou a interdição de 18 prédios do conjunto. A maioria dos imóveis já estava interditada pela Defesa Civil pelo alto risco, mas as unidades voltaram a ser ocupadas sem uma política de moradia para a retirada das famílias do local.

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Nesta manhã, dezenas de pessoas participaram das homenagens em uma roda de oração em frente ao bloco destruído. Uma cruz e um cartaz com a foto das vítimas foram fixados na entrada do conjunto. Em seguida, uma missa de sétimo dia foi ministrada pelo arcebispo emérito dom Fernando Saburido na capela de São Francisco.

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O desabamento do bloco D-7 do Conjunto Beira Mar, no bairro do Janga, em Paulista, desencadeou um comportamento de alerta e apreensão generalizado nos moradores das demais unidades da habitação. Na última sexta-feira (7), a maior parte da vizinhança foi acordada, por volta das 6h, sob um estrondo e uma nuvem de poeira que dava para ser notada mesmo à distância. À ocasião, 14 pessoas morreram embaixo dos escombros, enquanto sobreviventes e vizinhos foram realocados imediatamente, em face ao perigo de um novo desabamento.

A pensionista Maria Gerônimo, de 58 anos, foi uma das moradoras do conjunto a precisar de realocação nesta quarta-feira (12). Há 27 anos moradora do bloco D-14, duas ruas atrás do D-7, que desabou, ela foi surpreendida pela Defesa Civil Municipal ainda pela manhã, sob notificação de interdição permanente do imóvel. De acordo com a dona do apartamento, o aluguel mais barato que ela encontrou na região, nas últimas 48 horas, foi de R$ 600, para uma casa pequena no bairro. 

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"Não tenho pra onde ir ainda. Aluguei uma casa de R$ 600; nem tenho condições de pagar, mas conto com uma cunhada minha, que vai me ajudar. Meus irmãos não têm como. Hoje eu não sei onde vou dormir por causa [do agendamento] da mudança. Eu tenho uma cachorra lá em cima e eu não consigo dormir sem ela, mas não tem lugar pra gente dormir [junto] hoje. Se eu dormir, vou ter que ir e deixar ela no apartamento. Meu medo é desabar com ela dentro. É como se fosse uma filha minha, eu fico muito triste. Me sinto mal de ir para outro lugar assim, fazer outras amizades e lá ser ruim", conta a moradora.

Apesar de ter feito uso do imóvel por quase três décadas, a escritura do local ainda está no nome de um familiar, e esse detalhe tem segurado a conclusão do cadastramento da mulher no sistema da assistência social de Paulista, que dá base para o suporte em segurança alimentar e também para o transporte das mudanças.

Por essa razão, a situação de Neide seguia indefinida até o momento da entrevista. Ela não possui parentes próximos além da cunhada e tem um filho de 25 anos, internado em uma clínica de reabilitação no Recife. O jovem terá alta na próxima terça-feira (18), mas a mãe não sabe dizer se ele tem conhecimento de toda a situação. Sentindo-se desamparada e apreensiva por perder contato com os vizinhos, Neide reafirmou o que muitos outros moradores disseram: que a comunidade funciona como uma família.

“Me sinto triste porque aqui só tem amigo. Aqui é meu caminho, me dou bem com todo mundo. Meu filho nasceu aqui e a gente vai se separar, vai ser muito ruim pra gente. [...] Já embalei minhas coisas, mas falta pegar o carro na prefeitura. Tenho que pegar os documentos para fazer o cadastro e a mudança, porque eu não tenho como. A casa pra onde eu vou é cara, mas vou pegar assim mesmo, foi o mais barato que encontrei. Fica aqui perto, do lado do mercado”, completa a pensionista.

As novas interdições

No momento em que a reportagem chegou ao local, a Defesa Civil havia interditado mais um bloco na sessão "D" do Conjunto Beira Mar. A habitação é organizada por blocos alfanuméricos, com lados A e B. Da segunda-feira (10) ao começo da tarde desta quarta-feira (12), 15 unidades tinham sido interditadas, de acordo com a prefeitura.

Entre as unidades D, foram interditadas as D-8, D-10, D-12 e D-14. Os blocos D-9 e D-10 estão interditados e vazios desde 2011 e 2012. Um deles abriu uma cratera entre os prédios, o que comprometeu a estrutura dos dois lados. O edifício D-7 também estava interditado, mas foi ocupado novamente e a situação teve o desfecho trágico da última sexta-feira (7).

Apesar das novas notificações, os moradores estão surpresos com a rapidez na qual tudo aconteceu. Dona Nilda, que morava no D-14 há três anos com o filho e o neto, já tem lugar para ir e lamenta a situação, mas diz ter convivido com medo nos último cinco dias.

“Tem dois dias que eu não como direito e nem durmo. Todo mundo é irmão, a gente é praticamente uma família nesse prédio aqui. Os vizinhos todos se ajudam”, relatou Nilda Ferreira Gomes, de 65 anos, que atualmente está desempregada. Ela sobrevive de “bicos”, trabalho informal, enquanto batalha na justiça pela oportunidade de se aposentar. Com ela, vivem também o filho do meio, Leonardo Gomes, de 38 anos, e um neto de 15 anos, filho de Leonardo. “Do dia que aconteceu pra cá, ela não consegue dormir, vem me acordar à noite”, disse Leonardo. 

O apartamento de Dona Nilda fica no térreo e é um dos mais comprometidos no edifício. Há anos ela diz sofrer com infiltrações, apesar de nunca ter notado rachaduras, mas a estrutura externa que contempla as paredes do apartamento está rachada. O LeiaJá teve acesso a apenas alguns dos blocos e apartamentos, incluindo os do bloco D-14. Confira as imagens abaixo. 

“Eu vendi uma casa que eu tinha no Ibura, e comprei aqui. Sempre gostei daqui, já tinha morado de aluguel antes, mas não sabia que a situação era essa. O proprietário não me avisou nada. Quando a pessoa quer vender, não diz, pra não perder a venda, né? No total, investi R$ 50 mil. R$ 42 mil no apartamento e uns R$ 8 mil para a reforma, revestir, colocar cerâmica. Hoje eu vou dormir na casa do meu filho, em Rio Doce, e depois vou deixar as coisas na casa do meu outro filho, aqui perto mesmo, enquanto não vejo uma casa para morar”, completou a proprietária. 

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Imagens dos blocos da sessão D do Conjunto Beira Mar, entre a manhã e a tarde desta quarta-feira (12).

"Como todos que ocupavam aqui, estou saindo em emergência. A gente teve que alugar o que encontrou. Encontrei várias casas, mas a que cabia no meu bolso, só ontem [terça-feira, 11], às 22h. Eu morava no térreo, com dois filhos, e no segundo andar morava a minha filha. Nós não fomos pegas de surpresa, até temos um processo em aberto referente à interdição dos outros prédios. Quando interditaram o D-7, foi que a Defesa Civil veio, com técnicos de três municípios, entraram, fizeram fotos e viram os defeitos, que são defeitos de construção. Lá já era nível de risco moderado a alto", conta Leonilda Rosália Velazco, de 69 anos, agora ex-moradora do Bloco D-10. 

"Fui a primeira a entrar e a última a sair", continuou a aposentada. Ela morava no local há mais de três décadas e, ao momento da entrevista, aguardava o carro da mudança, com seus pertences na calçada do bloco. Leonilda foi a última a sair do prédio. Quando a mulher menciona a situação judicial com os outros prédios, ela se refere aos blocos D-9 e D-11. A filha de Leonilda, Ana Paula Velazco, de 40 anos, morava no bloco D-11, que hoje está esvaziado e completamente deteriorado. A mulher também era proprietária do apartamento anterior e se vê, agora, prestes a iniciar a segunda batalha judicial. 

"Eu morava no D-11 e eles interditaram há 11 anos, pelo mesmo motivo. Os engenheiros da Caixa e da Sulamérica vieram aqui, isolaram tudo. Nunca recebi indenização e para receber o auxílio foi uma confusão. Meu processo ainda está correndo de lá pra cá. Na época, pela agonia e por querer ficar perto da minha mãe, acabei comprando esse aqui também", diz Paula. 

Nilda e Leonardo, mãe e filho, moravam no Conjunto Beira Mar há três anos. Foto: Vitória Silva/LeiaJá

Até às 17h desta quarta-feira (12), o centro de atendimento social funcionou na Igreja Presbiteriana do Janga, ao lado do Conjunto Beira Mar. A partir desta quinta-feira (13), todo morador, ex-morador ou proprietário que precisar de assistência social, deverá comparecer à Escola Municipal Professor Paulo Freire, na Rua Aguazinha, número 15, onde o núcleo da Prefeitura funcionará até o fim dos trabalhos da Defesa Civil. Lá é feito pré-cadastramento para análise dos dados socioeconômicos, que viabiliza a aprovação de benefícios. Os requisitos são: ter menos de um salário-mínimo e meio e/ou estar no Cadastro Único (CadUn). Quem não possui cadastro, pode fazê-lo com o auxílio da secretaria municipal.  

O horário de atendimento no centro de assistência social vai das 8h às 17h e o trabalho da Defesa Civil vai das 9h às 14h. Não há prazo para o fim das vistorias no conjunto, mas passado o período de vistorias, todo o atendimento social será redirecionado aos Centro de Referência da Assistência Social (Cras) designados. A Prefeitura de Paulista disponibiliza transporte gratuito para a realização das mudanças. 

"A necessidade apresentada em maioria, pelas famílias vítimas, foi a segurança alimentar, a entrega das cestas básicas e o auxílio-funeral. Algumas pessoas também deram entrada para o aluguel social e para o auxílio-moradia. Vamos analisar o perfil socioeconômico, mas se a pessoa está no Cadastro Único, a gente acredita que já está num perfil condizente com a política social. São pessoas diversas e de toda a complexidade. Pessoas idosas, com deficiência, família nuclear, mães solo. Em maioria, são os próprios proprietários, que têm dúvidas sobre o laudo da Defesa Civil e sobre como contatar a seguradora, pois é um direito deles receber seus benefícios", explica a secretária-executiva de Assistência Social de Paulista, Elisa Alcântara. 

A Defesa Civil de Paulista ofereceu, em nota ao LeiaJá, o parecer parcial (contínuo) das vistorias. De acordo com o órgão, todos os 29 blocos do conjunto serão vistoriados. Após a conclusão das vistorias nos blocos “E”, foi iniciado o trabalho nos “C” e “D”, e isso prosseguirá gradualmente. A quantidade de famílias afetadas será especificada em um laudo posterior, que deve ficar pronto até o próximo fim de semana. O órgão informou que o aluguel social e o auxílio-moradia terão valor de R$ 250. 

 

Na tarde deste sábado (8), após buscas que duraram 31 horas, foram resgatados os corpos das últimas três pessoas que estavam sendo procuradas nos escombros de um dos edifícios do Conjunto Beira Mar, no bairro do Janga, em Paulista, Região Metropolitana do Recife (RMR), que desabou na última sexta-feira (7).

As vítimas são uma mulher, de 40 anos, e seus dois filhos, uma menina de seis anos e um menino de 9 anos. Conforme o Corpo de Bombeiros, os corpos foram encontrados abraçados em uma cama.

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Assim, chega a 14 o número de pessoas mortas no desabamento. Ao todo, a ocorrência deixou 21 vítimas, tendo sido quatro delas localizadas com vida fora da edificação. Outras três pessoas resgatadas sobreviveram, sendo elas uma mulher de 65 anos e duas adolescentes de 15 anos. 

Os bombeiros também resgataram com vida dois gatos e dois cachorros.

Lista das vítimas fatais:

- Sexo masculino – 45 anos 

- Sexo Masculino – 12 anos

- Sexo Feminino – 43 anos

- Sexo Masculino – 18 anos - Vítima retirada com vida pelos bombeiros e óbito constatado no Hospital Miguel Arraes

- Sexo Masculino – 21 anos

- Sexo Masculino – 16 anos

- Sexo Masculino - 8 anos

- Sexo Feminino - 5 anos

- Mulher Trans - 19 anos

- Sexo Masculino - 40 anos

- Sexo Feminino - 37 anos

- Sexo Feminino - 40 anos

- Sexo Feminino - 6 anos

- Sexo Masculino - 9 anos

O prédio que desabou nesta sexta-feira (7) no Conjunto Beira-Mar, no Janga, bairro de Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR), estava interditado pela Defesa Civil. Segundo a advogada Janielly Nunes, representante legal dos proprietários dos apartamentos atingidos, o processo judicial que pede indenização pelos imóveis condenados existe desde 2009. 

A jurista afirma que o edifício foi interditado pela Defesa Civil, devido a problemas estruturais, como a exposição de vigas do imóvel, caso que gera risco de desabamento. “As ações foram ajuizadas, requerendo indenização pra recuperar os imóveis que têm vistas de construção, essas pessoas ainda não receberam, esses processos têm perícia feita, já dizendo que de fato existiam os vistos que agora foram constatados, inclusive com ameaça total de desmoronamento, agora também constatado, e a gente está pedindo nessa ação que eles recebam indenização pra resolver o problema da casa própria e resolver a vida definitivamente”, ela conta. 

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Equipes seguem nas buscas pelas vítimas. Foto: Luan Amaral/LeiaJá Imagens

Nunes explica que o pedido de indenização foi feito à seguradora do prédio, que é a SulAmérica. No entanto, a cobertura foi negada pela empresa ainda em 2009. “Existe inclusive uma negativa de cobertura juntada aos autos. O pedido de indenização é desde 2009, e a ação continua tramitando. Esse processo ainda não tem sentença, a gente tá aguardando o julgamento”, ela comenta. Será adicionado ao processo o fato do desmoronamento parcial do prédio, e a advogada acredita que a resposta pode mudar. 

Após a desocupação total do prédio, os moradores deveriam receber um auxílio de custo para pagar aluguel em outro local. O processo pedia ainda a disponibilidade de guarda e vigilância, por parte da seguradora, para impedir a ocupação indevida e a depredação do patrimônio privado. “Em outros momentos a gente soube que o vigilante teria saído, foi informado nos autos e pedido novamente”, explicou Janielly.

Os proprietários aguardam reavaliação do processo para que as indenizações sejam realizadas. 

 

A Secretaria de Defesa Social (SDS-PE) e o Corpo de Bombeiros confirmaram, no inícido da tarde desta sexta-feira (7), a primeira morte no desabamento de um prédio do Conjunto Beira-Mar, no Janga, em Paulista, Região Metropolitana do Recife (RMR). Um homem de 45 anos foi retirado dos escombros pelo Corpo de Bombeiros, mas já sem vida. Outras duas mulheres foram resgatadas com vida e encaminhadas a unidades de saúde do Grande Recife. De um total de 19 pessoas soterradas, 16 ainda aguardam resgate, sendo que uma delas já foi localizada pelas equipes. 

O imóvel fica localizado na Rua Doutor Luiz Inácio de Andrade Lima, próximo ao terminal de ônibus do conjunto, e estava interditado há mais de uma década, de acordo com a Defesa Civil. O desabamento ocorreu por volta das 6h desta sexta-feira (7) e os bombeiros foram acionados às 6h35. Alguns moradores foram retirados por vizinhos e populares antes da chegada das equipes.  

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Quatro pessoas deram entrada no Hospital Miguel Arraes, em Paulista, com ferimentos leves. Esses foram à unidade por conta própria, com o auxílio de familiares e vizinhos. Uma quinta pessoa, socorrida pelo Corpo de Bombeiros, também deu entrada no Miguel Arraes, com fraturas múltiplas. Trata-se da idosa de 65 anos, a primeira resgatada nesta sexta-feira (7). 

A segunda pessoa resgatada pelas equipes foi uma adolescente de 15 anos, encaminhada ao Hospital da Restauração (HR), no Recife, através do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A vítima foi localizada com a ajuda de cães farejadores. 

"No momento, estamos com 16 vítimas aguardando resgate, uma delas localizada. Possivelmente há outra vítima ao lado dela e a própria vítima localizada indica que tem. A dificuldade é porque trata-se de uma ocorrência que demanda paciência. Diferente de um deslizamento, que é todo preenchido por terra, aqui a gente tem uma esperança maior de encontrar pessoas com vida porque o concreto não desaba de forma harmônica, ele cria bolsões, a exemplo dessa pessoa que foi encontrada [em um bolsão]", informou o coronel Robson Roberto, dos bombeiros. 

Segundo a secretária executiva de Defesa Civil, Cintia Silva, os imóveis foram interditados em 2010 e em 2018, mas voltaram a ser ocupados. O prédio era dividido em dois blocos, lados A e B. O primeiro desabou completamente e o segundo, parcialmente. As equipes têm duas frentes de trabalho, até o momento.

"O bloco tem 16 apartamentos, mas o desabamento foi de cerca de 40% da estrutura. 13 apartamentos estavam reocupados, porque o prédio já foi interditado em 2010 e 2018, numa atualização. A Defesa Civil está fazendo o cadastramento junto às assistentes sociais para fazer o encaminhamento das famílias. A visita feita aqui, ontem, foi feita pela seguradora. Nós estávamos em vistoria no município ontem, mas na programação em outros bairros, nos morros", informou a responsável pelo órgão. 

 

Reginaldo Silva, morador do Engenho Maranguape, em Paulista, é pai de seis filhos. Três deles estão desaparecidos, juntos à mãe, nos escombros de um prédio que desabou na manhã desta sexta-feira (7), no Conjunto Beira-Mar, no Janga. As vítimas têm 17, 18 e 21 anos e moram no local desde que eram crianças. Até o momento desta publicação, os filhos de Reginaldo ainda não haviam sido resgatados. 

"Não sei de nada ainda. Eles moravam no terceiro andar, no lado A [o que desmoronou por completo]. Saiu um pessoal de lá, mas não foi nenhum dos quatro. Fiquei sabendo quando liguei a televisão, escutei a reportagem e vim pra cá. Disseram que não acharam ainda, fui ali dar o nome dos meus filhos e estou esperando", disse o pai. 

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O Corpo de Bombeiros, acionado para a ocorrência às 6h35, afirmou que ao menos 10 pessoas estão sob os escombros. Duas delas já foram socorridas; uma senhora de 65 anos foi removida pela corporação, e uma outra mulher foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Há registro de entrada de cinco pacientes, incluindo a idosa de 65 anos, no Hospital Miguel Arraes, em Paulista. Os demais pacientes teriam sido levados por populares.  

A unidade de saúde informou que quatro vítimas tiveram ferimentos leves, como escoriações e cortes, e devem ter alta ainda nesta sexta-feira (7). A quinta vítima, de 65 anos, chegou à unidade politraumatizada, foi submetida a exames, encontra-se estável e aguarda senha da Central de Regulação para transferência. 

“Ia dar 6h20, estava me organizando para trabalhar e escutei uma 'zuada'. Quando escutei a zuada, fui abrir a porta e vi um fumaceiro de poeira. Saí gritando pelo meu filho: 'filho acorda, acorda', ele estava dormindo, porque está de férias da escola. Saí gritando 'levanta que o prédio caiu'", relatou Adriana Maria da Silva, que sobreviveu ao desabamento e deixou o local por conta própria. "Soltei o meu cachorro e saí correndo e gritando por todo mundo. A gente ainda não tem noção de quantas pessoas são, mas tem muitas crianças. Só aqui, acho que tem umas oito. Também há muitos adultos e adolescentes." 

Ela é proprietária do imóvel e mora no local há 14 anos, junto ao filho, um adolescente de 17 anos. Segundo a moradora, a vistoria técnica da Defesa Civil Municipal, prevista para este ano, ainda não havia sido feita no local. A última vistoria aconteceu em 2018.

Outros moradores alegam terem sido informados sobre uma vistoria nessa quinta-feira (6) na região, mas não reconhecem visita aos prédios que desabaram. De acordo com a Prefeitura de Paulista, o prédio estava interditado há mais de uma década, por apresentar risco de desabamento. A gestão informou que três famílias estavam no local, no momento da queda.

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A Prefeitura de Paulista, através da Defesa Civil, confirmou que o prédio do Conjunto Beira Mar, que desabou na manhã desta sexta (7), estava interditado. O incidente deixou 19 pessoas soterradas. Duas delas foram retiradas com vida pelas equipes de resgate e um homem de 45 anos faleceu.

A Defesa Civil de Paulista também informou que três famílias estavam no imóvel no momento do desabamento. Proprietários desocuparam o residencial localizado no bairro do Janga, mas, após a saída, grupos de sem-teto invadiram e reocuparam as unidades.

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A situação de risco de desabamento de prédios tipo caixão em Paulista foi debatida na rencente vinda do presidente Lula (PT). Na ocasião, o prefeito Yves Ribeiro (MDB) teria solicitado ao governo federal que encaminhasse uma solução definitiva junto à Caixa Econômica Federal e às seguradoras responsáveis pelos prédios.

O Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estão no local e já conseguiram resgatar uma idosa de 65 anos, que foi levada ao Hospital Miguel Arraes em condição estável, e uma adolescente de 15, encaminhada ao Hospital da Restauração, no Centro do Recife. Outras quatro pessoas foram atendidas no Hospital Miguel Arraes com ferimentos superficiais.

Uma das primeiras notícias locais nesta sexta-feira (7), em Pernambuco, foi o desabamento de um prédio do Conjunto Beira Mar, no Janga, em Paulista, no Grande Recife. Ainda não é possível falar o número total de vítimas ou de desaparecidos. Nas redes sociais, políticos do estado se manifestaram sobre o ocorrido, prestaram solidariedade aos moradores e alertaram para o problema de habitação que predomina nos municípios da região metropolitana. Em abril, um outro prédio caiu em Olinda e deixou seis mortos

A vice-governadora Priscila Krause (Cidadania) disse que acompanha a ocorrência e que o Governo de Pernambuco está à disposição da população. O Corpo de Bombeiros já atua no local desde às 6h35, mas ainda não é possível falar o número exato de desaparecidos. Uma idosa de 65 anos foi a primeira resgatada, com vida, e uma segunda mulher também foi resgatada. Os militares afirmam que há vítimas responsivas, ou seja, pessoas soterradas, com vida, respondendo aos estímulos de buscas e aguardando resgate.

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Confira, abaixo, a repercussão do caso entre os políticos locais

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Na manhã chuvosa desta sexta (7), um prédio do Conjunto Beira Mar desabou na Rua Doutor Luiz Inácio de Andrade Lima, no bairro do Janga, em Paulista, no Grande Recife. O Corpo de Bombeiros foi chamado por volta das 6h35 e enviou oito viaturas ao local.

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Elaine Guimarães/LeiaJáImagens

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também participa da ocorrência. As equipes de resgate isolaram a área do desmoronamento e realizam buscas nos escombros.

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O prognóstico indica que 14 pessoas estão desaparecidas. Até o momento, uma idosa de 65 anos foi resgatada com vida e encaminhada ao Hospital Miguel Arraes em estado estável. Uma adolescente, de 15, também foi encontrada e encaminhada ao Hospital da Restauração, no Recife. 

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*Em atualização

 

Sete filhotes de timbu, da espécie Didelphis albiventris, foram encontrados e resgatados, nesta sexta-feira (28), no Conjunto Beira Mar, localizado no bairro do Janga, município do Paulista, na Região Metropolitana do Recife. Um morador da localidade encontrou os filhotes, aparentemente nascidos há pouco tempo, próximo do corpo de uma fêmea adulta, possivelmente a mãe deles, já sem vida.

O morador relatou que entrou em contato com a Secretaria do Meio Ambiente do município para solicitar o resgate dos animais. “Ao ver a situação, acolhi os filhotes e levei para casa. Após contatos realizados com amigos acionei a Sema e os agentes da Prefeitura realizaram o resgate”, relatou.

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Foto: Armando Fuentes/Ascom Paulista

Os sete timbus foram levados para o Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras-Tangará), onde ficarão sob os cuidados de uma equipe técnica até estarem aptos a serem reintroduzidos em seu habitat natural.

Segundo a técnica ambiental do Núcleo de Sustentabilidade Urbana (NSU) da Secretaria Executiva de Meio Ambiente (Sema) da Prefeitura de Paulista, Jocelane Cavalcanti, em situações como essa os filhotes não podem ser alimentados com leite industrializado. 

“O timbu é um animal silvestre que se alimenta de insetos e roedores. São vitais para que outras espécies não venham a se tornar pragas urbanas. Matar esses animais é crime ambiental”, alertou a servidora.

Contatos para resgate

A Sema informa que, em de a população notar a presença de animais silvestres precisando de resgate ou mortos, o procedimento é de, imediatamente, entrar em contato. Confira os canais de comunicação:

Sema: telefone/WhatsApp: (81) 99836-9947

Site da prefeitura: www.paulista.pe.gov.br">http://www.paulista.pe.gov.br">www.paulista.pe.gov.br

Instagram: @prefeiturapaulistape, ou pelas páginas auxiliares: @sema_paulista, @sedurtma. 

O público também pode ligar para o fone 153, da Guarda Municipal.

Dois pacientes, que esperavam para serem atendidos na Policlínica William Nascimento, no bairro do Janga, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, passaram mal e desmaiaram nesta quarta-feira (19).

Um vídeo, que circula nas redes sociais, mostra uma mulher sendo levada para dentro do local depois de ter desmaiado. Testemunhas alegam que o calor estava muito elevado, o que deve ter causado o estado de saúde das pessoas.

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Em nota ao LeiaJá, a Secretaria de Saúde do Paulista negou que a usuária da Policlínica William Nascimento tenha sofrido desmaio. "A mulher apresentou uma queda de pressão, e foi prontamente atendida por um médico da unidade. O órgão informa que já está realizando uma intervenção para sanar a concentração de pacientes. A proposta é ampliar os dias de atendimento evitando as altas demandas. Ou seja, em vez das consultas, com especialistas, ocorrerem apenas em dois momentos por semana, passem a ser ofertadas mais vezes, evitando as filas. A Secretaria de Saúde acrescenta que já estão em andamento as providências para a construção de uma coberta na entrada da policlínica em substituição ao toldo, que, hoje, é usado pelos usuários", disse a secretaria.

O bairro do Janga, no município do Paulista, teve uma perseguição seguida de tiroteio na noite desta terça-feira (24), próximo a Avenida João Pereira de Oliveira, de acordo com o Janga Ordinário no perfil do Instagram. No vídeo, é possível identificar os carros da Polícia Militar, assim como alguns agentes e o barulho de tiro. 

De acordo com internautas em comentários na publicação, a perseguição se estendeu pelo bairro.

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Confira a nota enviada pela Polícia Militar:

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*Com informação de assessorias

O Colégio Alpha, localizado no bairro do Janga, município de Paulista, modificou as modalidades de estudo para os alunos do ensino médio com a oferta de novos cursos nas áreas de humanas e exatas. A medida foi adotada para a adequação ao Novo Ensino Médio, um projeto aprovado em 2017 pelo Governo Temer.  

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Para os estudantes do 1º ano, serão ofertados os cursos de auxiliar de Recursos Humanos e assistente de marketing digital. Já para o 2° e 3° ano, os cursos disponíveis são técnico em marketing com ênfase no mundo digital, e técnico em administração com ênfase em gestão de pessoas. 

Além da mudança na carga horária anual, as matérias escolares serão divididas em quatro principais áreas do conhecimento: ciências da natureza e suas tecnologias; ciências humanas e sociais aplicadas; linguagens e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias. 

O novo Ensino Médio prevê que cada instituição de ensino elabore seu conjunto de disciplinas. No entanto, matemática e língua portuguesa são obrigatórias durante os três anos da formação. Essas disciplinas representam 40% da carga horária.

Projeto polêmico

As entidades e movimentos ligados ao direito à educação assinaram carta aberta “Pela revogação da Reforma do Ensino Médio (Lei 13.415/2017)”. O documento foi publicado no dia 8 de junho de 2022 e apresenta 10 razões que "evidenciam o caráter antidemocrático desta Reforma".

"É fundamental que o próximo governo do campo democrático REVOGUE A REFORMA DO ENSINO MÉDIO e abra um amplo processo de discussão sobre esta etapa da Educação Básica apoiado nos princípios estabelecidos na LDB de 1996 e nas discussões e construções teóricas acumuladas no campo progressista e democrático, de forma que qualquer mudança seja respaldada em um processo participativo e democrático", reivindica trecho da carta.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a Campanha Nacional pelo Direito à Educação e a REPU (Rede Escola Pública e Universidade) estão entre as entidades signatárias.

Confira a carta na íntegra:

CARTA ABERTA PELA REVOGAÇÃO DA REFORMA DO ENSINO MÉDIO (LEI 13.415/2017)

No ano de 2003, que marcou o início do governo Lula, foi realizado em Brasília um seminário intitulado Ensino Médio: Ciência, Cultura e Trabalho, cujo propósito era debater e propor uma política de educação básica de nível médio tendo no centro duas problemáticas: enfrentar a fragmentação curricular que sempre caracterizou esta etapa educacional e colocar no centro desse debate as juventudes que frequentam a escola pública no Brasil.

O evento representou um ponto de inflexão na busca por um novo projeto de Ensino Médio no Brasil que fosse capaz de organizar a massificação improvisada dos períodos anteriores e de democratizar o currículo desta etapa de ensino. Afinal, o país havia passado de pouco mais de três milhões de matrículas no Ensino Médio no início dos anos 1990 para nove milhões em 2004! As perguntas centrais eram: qual Ensino Médio para essas juventudes? Que juventude é essa que passa a integrar a última etapa da educação básica?

Em termos de proposições, o que resultou daquele encontro – e contava com o respaldo de uma vasta produção de conhecimento – é que se estava diante da necessidade de construir um currículo menos fragmentado, mais integrado e capaz de permitir uma compreensão densa de um mundo cada vez mais complexo.

Em decorrência daquele debate, se seguiram algumas experiências no terreno da política educacional: em termos curriculares, adquiriu centralidade o eixo ciência, cultura, trabalho e tecnologia, compreendidos enquanto dimensões da vida em sociedade e da formação humana. A tentativa de reformulação curricular se fez presente nas novas diretrizes curriculares nacionais exaradas pelo Conselho Nacional de Educação (Resolução CNE n. 02/2012), no Programa Ensino Médio Inovador, no Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio, dentre outras ações.

Na contramão de tudo o que vinha sendo encaminhado, temos hoje uma Reforma do Ensino Médio que, em vez de integrar, desintegra. A Reforma vigente no país foi apresentada como Medida Provisória (MP 746/2016) poucos meses após a ascensão de Michel Temer à Presidência da República, em consequência do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Com isso, o então presidente abortou o (ainda que insuficiente) processo de discussão sobre o Ensino Médio iniciado na Câmara dos Deputados em 2012. O uso do expediente autoritário da Medida Provisória para realizar uma reforma educacional foi criticado por entidades da sociedade civil organizada, mas também pelo então Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, que apresentou parecer ao Supremo Tribunal Federal alegando a inconstitucionalidade da medida.

Ainda no ano de 2016, houve um intenso movimento de ocupações estudantis nas escolas de Ensino Médio e nas universidades públicas em 19 estados da federação, sendo alvos dos protestos a MP 746 e a PEC 241 do teto de gastos primários do governo de Michel Temer. O recado contra a proposição da Reforma foi dado pela juventude brasileira.

Em 2017, a MP 746 foi convertida na Lei 13.415/2017, e o governo de extrema-direita eleito em 2018 aliou-se à Reforma para aprovar os documentos legais que dariam sua  sustentação normativa. Assim foi estruturado e executado o edital do novo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) adaptado à Lei 13.415/2017, bem como aprovadas a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio em 2018. 

Assim, desde 2016, a Reforma do Ensino Médio assumiu a característica de projeto antipopular e de contornos autoritários. Sua implementação perpassou o governo ilegítimo de Michel Temer e ganhou continuidade natural no governo de extrema-direita e de viés conservador de Jair Bolsonaro, que ganhou as eleições após uma campanha eleitoral marcada pela desinformação.

Nem mesmo a pandemia de Covid 19 e a gestão federal desastrosa que resultou em 667 mil mortes no Brasil foram suficientes para frear os anseios reformistas, que se aproveitaram da suspensão das aulas presenciais para acelerar a aprovação de currículos estaduais sem a devida participação das comunidades escolares, em flagrante desrespeito ao princípio constitucional da gestão escolar democrática. A implementação da Reforma do Ensino Médio pelos estados durante a pandemia revela mais uma de suas facetas perversas, impossibilitando o debate democrático, dificultando o controle social e aprofundando processos de precarização e privatização da educação pública.

Ao publicar a MP 746/2016, o governo Temer justificou a medida com três objetivos que seriam alcançados pela Reforma:

1) tornar o Ensino Médio mais atrativo aos jovens, permitindo que estes possam escolher itinerários formativos diferenciados; 2) ampliar a oferta de ensino em tempo integral; e 3) aumentar o aspecto profissionalizante do Ensino Médio.

No entanto, a implementação acelerada da Reforma em estados como São Paulo desnuda a falácia sobre a necessidade de diminuir o número de disciplinas no Ensino Médio, uma vez que, com os itinerários formativos, criou-se um conjunto de novas disciplinas sob a orientação de institutos e fundações da sociedade civil vinculadas ao capital, enquanto as disciplinas ligadas aos campos científicos, culturais e artísticos tradicionais da docência profissional em nível médio foram eliminadas do currículo – num claro movimento de desmonte das possibilidades de formação científica e humanística da juventude que estuda nas escolas públicas.

A tão propalada liberdade de escolha por parte dos estudantes, uma das principais bandeiras de propaganda dos governos em defesa da reforma, tem se mostrado um engodo, visto que a escolha se restringe aos itinerários formativos disponibilizados pela escola, e que nunca abrangem a totalidade de possibilidades das redes de ensino.1 Ainda que, para alguns estudantes, a mudança de escola para cursar o itinerário desejado possa ser uma opção, isso não ocorre para a maioria, especialmente nos quase três mil municípios do país que possuem uma única escola pública de Ensino Médio.

Até aqui, todas as evidências apontam para um mesmo fato: o compromisso da atual Reforma do Ensino Médio não é com a consolidação do Estado Democrático de Direito e nem com o combate às desigualdades sociais e educacionais no país. A Reforma está serviço de um projeto autoritário de desmonte do Direito à Educação como preconizado na Constituição de 1988.

De fato, os primeiros impactos concretos da implementação da Reforma nos estados vão mostrando que a Lei 13.415/2017 vincula-se a um projeto de educação avesso à democracia, à equidade e ao combate das desigualdades educacionais, uma vez que ela:

1) Fragiliza o conceito de Ensino Médio como parte da educação básica, assegurado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), na medida em que esta etapa deixa de ser uma formação geral para todos. A incorporação do Ensino Médio na educação básica foi uma conquista recente do processo de democratização, e ainda não consolidada.

Diante de um ensino secundário historicamente elitista, estratificado e propedêutico, a integração do Ensino Médio à educação básica foi uma medida importante para democratizar esta etapa, juntamente com a garantia de oferta de ensino noturno adequado às condições dos estudantes trabalhadores e da modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) – ambos negligenciados pela Lei 13.415/2017; 

2) Amplia a adoção do modelo de Ensino Médio em Tempo Integral sem assegurar investimentos suficientes para garantir condições de acesso e permanência dos estudantes, excluindo das escolas de jornada ampliada estudantes trabalhadores e aqueles de nível socioeconômico mais baixo, bem como estimulando o fechamento de classes do período noturno e da EJA;

3) Induz jovens de escolas públicas a cursarem itinerários de qualificação profissional de baixa complexidade e ofertados de maneira precária em escolas sem infraestrutura. Evidência disso é o Projeto de Lei 6.494/2019 que tramita na Câmara dos Deputados e visa alterar a LDB, propondo o aproveitamento “das horas de trabalho em aprendizagem para efeitos de integralização da carga horária do Ensino Médio até o limite de 200 horas por ano”. Mais uma vez, o que se propõe é a interdição do acesso qualificado ao conhecimento científico, à arte, ao pensamento crítico e reflexivo para a imensa maioria dos jovens que estudam nas escolas públicas, e que respondem por mais de 80% das matrículas do Ensino
Médio no país;

4) Coloca em risco o modelo de Ensino Médio público mais bem-sucedido e democrático do país: o Ensino Médio Integrado praticado pelos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Trata-se de um modelo que adota cotas sociais e raciais de ingresso desde 2012 e que apresenta resultados excelentes em avaliações de larga escala como o PISA. Seu centro organizador é a integração entre uma Formação Geral Básica fundada nos princípios do trabalho, ciência, cultura e tecnologia e a Educação Profissional de Nível Técnico. A Lei 13.415/2017 rebaixa a educação profissional à condição de “itinerário formativo”, dissociando a formação geral básica da educação profissional;

5) Aumenta consideravelmente o número de componentes curriculares e acentua a fragmentação. Uma das justificativas para a Reforma do Ensino Médio era justamente a necessidade de diminuir o número de disciplinas escolares obrigatórias. Contudo, a implementação da Reforma nos estados vem realizando exatamente o contrário. Embora existam
variações entre as redes estaduais, no estado de São Paulo – a título de exemplo – o 2o ano do Ensino Médio em 2022 possui 20 componentes curriculares;

6) Desregulamenta a profissão docente, o que se apresenta de duas formas: 1) construção de itinerários formativos que objetivam a aquisição de competências instrumentais, desmontando a construção dos conhecimentos e métodos científicos que caracterizam as disciplinas escolares em que foram formados os docentes, desenraizando a formação
da atuação profissional; e 2) oferta das disciplinas da educação profissional por pessoas sem formação docente e contratadas precariamente para lidar com jovens em ambiente escolar. Tudo isso fere a construção de uma formação ampla e articulada aos diversos aspectos que envolvem a docência – ensino, aprendizagem, planejamento pedagógico, gestão democrática e diálogo com a comunidade;

7) Amplia e acentua o processo de desescolarização no país, terceirizando partes da formação escolar para agentes exógenos ao sistema educacional (empresas, institutos empresariais, organizações sociais, associações e indivíduos sem qualificação profissional para atividades letivas). Uma das dimensões desse problema é a possibilidade de ofertar
tanto a formação geral quanto a formação profissionalizante do Ensino Médio a distância, o que transfere a responsabilidade do Estado de garantir a oferta de educação pública para agentes do mercado, com efeitos potencialmente catastróficos para a oferta educacional num país com desigualdades sociais já tão acentuadas;

8) Compromete a qualidade do ensino público por meio da oferta massiva de Educação a Distância (EaD). A experiência com o ensino remoto emergencial durante a pandemia da Covid-19 demonstrou a imensa exclusão digital da maioria da população brasileira, que impediu milhões de estudantes das escolas públicas de acessarem plataformas digitais e
ambientes virtuais de aprendizagem. As mesmas ferramentas utilizadas durante a pandemia estão agora sendo empregadas pelos estados na oferta regular do Ensino Médio, precarizando ainda mais as condições de escolarização dos estudantes mais pobres;

9) Segmenta e aprofunda as desigualdades educacionais – e, por extensão, as desigualdades sociais –, ao instituir uma diversificação curricular por meio de itinerários formativos que privam estudantes do acesso a conhecimentos básicos necessários à sua formação, conforme atestam pesquisas comparadas que analisaram sistemas de ensino de vários
países2;

10) Delega aos sistemas de ensino as formas e até a opção pelo cumprimento dos objetivos, tornando ainda mais distante a consolidação de um Sistema Nacional de Educação, como preconiza o Plano Nacional de Educação 2014-2024 (Lei 13.005/2014).

Pelas razões acima expostas, é fundamental que o próximo governo do campo democrático REVOGUE A REFORMA DO ENSINO MÉDIO e abra um amplo processo de discussão sobre esta etapa da Educação Básica apoiado nos princípios estabelecidos na LDB de 1996 e nas discussões e construções teóricas acumuladas no campo progressista e democrático, de forma que qualquer mudança seja respaldada em um processo participativo e democrático.

Brasil, 08 de junho de 2022.

O Inglês Easy, escola de idiomas localizada no bairro do Janga, em Paulista, está selecionando organizações não governamentais que tenham um trabalho comprovado com comunidades carentes para a oferta de bolsas gratuitas para quem deseja estudar inglês. As inscrições para o Projeto Easy Social começam na próxima segunda-feira (21) e vão até sexta (25) e podem ser feitas através do fone (81) 4042 – 6122.

O projeto funciona da seguinte forma: a cada 100 alunos matriculados no curso, dez vagas são destinadas a crianças e jovens de projetos sociais.

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“Chegamos a poucos meses no Janga e não conhecemos o bairro e adjacências. Precisamos de ONGS que tenham um trabalho comprovado e queiram fechar parceria conosco para a oferta das vagas. Nós disponibilizamos um dos nossos professores para dar aula na sede da organização”, explica Luiz Henrique, diretor do curso.

As ONGs interessadas devem ser de Paulista, preferencialmente ser do Janga, Pau Amarelo, Maria Farinha e Engenho Maranguape, devido à proximidade com a sede do curso.

No início da manhã desta sexta-feira (30), a colônia de pescadores localizada em frente a Marina Costa Azul na Avenida Dr. Cláudio José Gueiros Leite, no Janga, Paulista, Região Metropolitana do Recife (RMR), foi incendiada e os cerca de 15 barracos, onde os pescadores guardavam os seus materiais de pesca, ficaram totalmente destruídos.

O Corpo de Bombeiros informou que foi acionado por volta das 6h da manhã para controlar as chamas. No local, apenas danos materiais, sem vítimas.

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Ernandes, 56 anos, que pesca no local há 30 anos, disse que ficou sabendo do incêndio por um amigo que ligou para ele por volta das 5h da manhã. "Acha-se que foi um curto circuito, mas também pode ter sido, não criminoso, mas alguém que jogou um cigarro e como tem muita folha seca ao redor, com o vento forte do jeito que estava, se propagou o fogo", acredita.

O trabalhador, que teve todo o seu material de pesca queimado, aponta que agora terá que começar "do zero". "Teve o pessoal da Defesa Civil aqui, o presidente da colônia, e a gente vai fazer uma relação do que perdeu e ver o que eles vão poder fazer pela gente. Parece ser pouco, mas a gente tem prejuízo aqui de mais de R$ 20 mil e, para o cara que vive de pescaria, é grande coisa", diz.

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A Defesa Civil da cidade de Paulista esteve no local para fazer um cadastro das 15 famílias de pescadores atingidos. "Vamos encaminhar para a Secretaria de Políticas Sociais e o prefeito, juntamente com a secretaria, vai ver qual o auxílio vai ser dado à essas famílias", explica Jordana Costa, secretária executiva da pasta.

Raimundo Lopes, secretário de Desenvolvimento Econômico e Pesca de Paulista, destaca que os atingidos devem receber primeiro o auxílio financeiro e depois os materiais perdidos no fogo. "Vamos montar um comitê para isso. O prefeito mandou todos os secretários para o local, para justamente atender essas necessidades emergenciais", pontua.

Na manhã desta sexta-feira (30), um incêndio destruiu barracões usados por pescadores como depósito de materiais e trabalho, motores e para guardar embarcações, na praia do Janga, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife. De acordo com populares, as chamas começaram por volta das 5h10 e o Corpo de Bombeiros foi acionado logo em seguida. 

Um pescador identificado como Carlos disse que ouviu estalos e suspeita que os fios elétricos queimaram após um curto-circuito, relatou à página De olho no Janga. No local construído em madeira, próximo à Marina Costa Azul, também eram guardados botijões de gás, que explodiram e contribuíram para intensificar o incêndio. 

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O Corpo de Bombeiros enviou duas viaturas ao local para controlar o fogo. Por volta das 8h50, as equipes de combate a incêndio já realizavam o trabalho de rescaldo na área. Ainda segundo os bombeiros, não houve vítimas na ocorrência.

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