Tópicos | Jéssica Andrade

Ex-campeã da categoria peso-palha do UFC, Jessica Andrade aposta em mudanças para voltar a ostentar um título da organização. Agora, ela vai encarar novos desafios na divisão dos moscas (até 57kg). Seu primeiro confronto será contra a atual número 1 do ranking, a americana Katlyn Chookagian, neste sábado, na Ilha da Luta, em Abu Dhabi.

Segundo a brasileira, entrar em uma nova divisão significa garantir novas chances de brigar por um título. Além disso, antes o seu corte de peso era até 52,2kg e a mudança nos números da balança pode ajudar na sua preparação. "Eu conversei com o Mestre Paraná (treinador da Jessica) sobre a gente fazer uma luta no peso-mosca, pois eu já vinha de duas preparações pesadas na outra categoria, com grandes cortes de peso. Isso desgasta muito o corpo e eu estou ficando mais velha, preciso pensar em outras coisas", conta a lutadora.

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Jessica também afirma que lutar na categoria peso-palha não é algo definitivo e pretende mostrar que está disponível para a organização. "A gente está flutuando. Eu falei com o UFC que eu lutaria onde estivessem precisando de mim, tipo super-herói. Além disso, lutar no peso-mosca é ficar perto do cinturão de novo, ainda mais estreando contra a líder do ranking. Quero mostrar que estou aqui para o que der e vier."

Questionada sobre a preparação, 'Bate-Estaca' comenta que se preocupou muito com o peso durante a semana. "E tem uma diferença boa do 52 para o 57. Para essa luta eu pude comer, treinar mais forte, usar cargas mais altas de peso. Fisicamente, o treinador olhou para mim e disse que eu estava do mesmo jeito, mas que a parte de trocação e ground and pound estava muito mais forte do que todas as outras vezes."

"Acredito que conquistando essa vitória eu já me aproximo do cinturão, até pela história que fiz no peso-palha. Penso que o UFC vá me dar a Valentina Shevchenko ou uma outra oponente até a Valentina lutar contra a Jennifer Maia, que deve ser a próxima. Vencer a Katlyn pode me colocar no topo do ranking, como foi no peso-palha", complementa Jessica.

Essa é a segunda vez que a brasileira entra no octógono da Ilha da Luta. Considerando que já está adaptada, ela promete mudanças. "Vocês vão ver uma Jessica mais forte nessa luta. Mais estruturada. Vai ser uma luta bem diferente", afirma. No local ela encarou uma revanche com Rose Namajunas e foi derrotada por decisão dividida em julho deste ano. Já Chookagian vem de vitória sobre Antonina Shevchenko, em maio.

Confira o card do evento:

UFC Ortega x Zumbi Coreano

17 de outubro de 2020, na Ilha da Luta, em Abu Dhabi

CARD PRINCIPAL (20h, horário de Brasília):

Peso-pena: Brian Ortega x Chan Sung Jung

Peso-mosca: Katlyn Chookagian x Jéssica Bate-Estaca

Peso-meio-pesado: Jimmy Crute x Modestas Bukauskas

Peso-pena: Thomas Almeida x Jonathan Martinez

Peso-meio-médio: Cláudio Hannibal x James Krause

Peso-leve: Mateusz Gamrot x Guram Kutateladze

CARD PRELIMINAR (17h, horário de Brasília):

Peso-mosca: Poliana Botelho x Gillian Robertson

Peso-médio: Jun Yong Park x John Phillips

Peso-meio-pesado: Gadzhimurad Antigulov x Maxim Grishin

Peso-galo: Said Nurmagomedov x Mark Striegl

Peso-leve: Jamie Mullarkey x Fares Ziam

Peso-meio-médio: David Zawada x Adversário a ser anunciado

Entrando como azarão na luta pelo cinturão vago do peso-galo no UFC 251, na "Ilha da Luta", em Abu Dabi, nos Emirados Árabes, José Aldo não resistiu ao russo Petr Yan e foi nocauteado aos 3min24s do quinto round após uma série de fortes golpes sofridos no chão.

Assim, o brasileiro, que recentemente se colocou entre os três melhores da história do UFC, não conseguiu cumprir a promessa de trazer o cinturão e perdeu a oportunidade de se tornar o oitavo lutador da história do Ultimate a ser campeão em duas categorias de pesos diferentes.

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O ex-campeão do peso-pena teve bons momentos no combate e chances para vencer, mas não foi páreo diante da agressividade e do bom preparo físico do oponente russo. Depois de quatro rounds equilibrados, o que desmontou o "Campeão do Povo" foi um duro golpe de esquerda sofrido no quinto assalto. Cansado, ele sofreu golpes de forma consecutiva no chão até que a luta foi interrompida, decretando o nocaute técnico e vitória de Petr Yan, que segue invicto e engatou o sétimo triunfo seguido.

O evento também teria outro brasileiro lutando pelo cinturão, mas Gilbert Durinho recebeu diagnóstico positivo para o coronavírus e foi afastado. Ele foi substituído por Jorge Masvidal, que foi facilmente derrotado por nigeriano Kamaru Usman. O nigeriano venceu por decisão unânime (50-45, 50-45 e 49-46) e permaneceu com o cinturão dos meio-médios.

Na outra disputa de cinturão da noite, o australiano Alexander Volkanovski superou o americano Max Holloway por decisão dividida (48-47, 47-48 e 48-47), no co-evento principal e manteve o título do peso-pena.

MULHERES - Duas mulheres abriram o card principal do UFC 251 e obtiveram resultados diferentes. Em ascensão, a brasileira Amanda Ribas atropelou a americana Paige VanZant ao finalizá-la com uma chave de braço aos 2min21s no primeiro round do duelo do peso-mosca. Ela alcançou a sua quarta vitória no Ultimate e manteve a sua invencibilidade.

Já Jéssica "Bate-Estaca" Andrade mostrou evolução e parecia que aplicaria um novo nocaute em Rose Namajunas, mas a americana aguentou a pressão da brasileira e conseguiu sua revanche ao sair com uma vitória por decisão dividida (29-28, 28-29, 29-28) no duelo de ex-campeãs do peso-palha.

BRASILEIROS - Outros cinco brasileiros subiram ao octógono na Ilha da Luta para disputas no card preliminar na noite deste sábado. Três saíram vitoriosos e dois foram derrotados. Na luta entre compatriotas, Karol Rosa venceu Vanessa Melo por pontos (30-26, 30-26 e 30-27), na disputa do peso-galo.

Depois, o peso-leve Léo Santos encarou o estreante russo Roman Bogatov e triunfou por decisão unânime dos juízes (triplo 29-26), mantendo-se invicto no UFC. O seu oponente chegou a acertar três golpes ilegais - na região genital, uma dedada no olho e uma joelhada ilegal na cabeça.

Já Raulian Paiva superou uma dura luta diante do cazaque Zhalgas Zhumagulov por decisão unânime (triplo 29-28). O lutador peso-mosca do Amapá não teve seus treinadores titulares no córner porque eles testaram positivo para a covid-19 e foram retirados do evento.

Quem não deixou o octógono vitorioso foi Elizeu Capoeira. Em luta polêmica, ele perdeu para o russo Muslim Salikhov por decisão dividida. A vitória parecia encaminhada ao brasileiro, uma vez que ele acertou os golpes mais potentes e claros nos dois primeiros rounds do combate, mas dois dos três juízes viram diferente.

Um assinalou 29-28 (dois rounds a um) para Capoeira, outro viu 29-28 para Salikhov e o terceiro apontou, de forma controversa, 30-27 (três rounds a zero) para o russo. O brasileiro prometeu pedir revisão da decisão.

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