Tópicos | Jogo Pela Paz

A "Partida pela Paz", desejada pelo papa Francisco e organizada pelo Vaticano, teve um momento de tensão nesta quarta-feira (12) quando o astro argentino Diego Armando Maradona discutiu com Juan Sebastián Verón.

Ao fim do primeiro tempo, Verón ignorou o cumprimento de Maradona e o campeão do mundo começou a "discutir" com o ex-volante do Estudiantes. Os dois precisaram ser afastados por outros participantes da partida até chegarem aos vestiários.

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Maradona e Verón se desentenderam publicamente em julho por causa da crise que persiste no futebol argentino. Assim que se tornou dirigente, Verón foi acusado de "traidor" por Maradona - enquanto ouviu do ex-colega que sua opinião "não devia ser levada a sério".

O jogo, que arrecadou fundos para as crianças atendidas pela fundação Scholas Ocurrentes e para os sobreviventes do terremoto que atingiu o centro da Itália em agosto, especialmente Amatrice, reuniu diversos jogadores e ex-jogadores de vários países.

Católicos, protestantes, judeus e muçulmanos dividiram o mesmo campo para enviar uma mensagem de paz e de tolerância ao mundo.

Cerca de 10 mil pessoas foram ao Estádio Olímpico de Roma para ver o time comandado por Ronaldinho Gaúcho vencer por 4 a 3 o time de Maradona. Os gols do time de "branco" foram marcados por Frederic Kanouté, Bojan, Hernán Crespo e Fernando Cavenaghi enquanto os gols do time de "azul" foram feitos por Antonio di Natale, Francesco Totti e Nicolás Burdisso.

Totti e Maradona, inclusive, trocaram uma série de elogios após a partida. O ídolo da Roma afirmou que depois de jogar com o argentino "já pode se aposentar" enquanto Maradona destacou que "Il Capitano" deveria "continuar jogando" por mais tempo.

O atacante Ronaldinho Gaúcho foi convocado nesta quarta-feira pelo papa Francisco para participar do Jogo pela Paz, que será realizado no dia 29 de maio no Estádio Olímpico de Roma. O brasileiro foi recebido pelo chefe da Igreja Católica no Vaticano e ficou comovido com o convite. No entanto, sua presença não está garantida. As escalações serão divulgadas em um outro evento, em data a ser definida.

"A partida pela paz quer demonstrar que somos capazes de fazer paz com o jogo, com a arte", disse Francisco. O lançamento da segunda edição do Jogo pela Paz aconteceu durante a programação do Congresso Mundial "Scholas Ocurrentes", rede de escolas que Francisco lançou com o objetivo de fazer mudanças no sistema de educação.

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Além de Ronaldinho, estiveram com o papa o jogador costarriquenho Bryan Ruiz, o presidente recém-eleito da Conmebol, Alejandro Dominguez, e o presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, Javier Tebas. Francisco voltou a destacar a importância do futebol, e do esporte de maneira geral, para educar e promover a "cultura do encontro".

O jogo de 29 de maio será o segundo pela paz promovido pelo papa Francisco. O primeiro aconteceu em 1º de setembro de 2014, e teve a participação, entre outros, dos argentinos Zanetti e Simeone, dos colombianos Valderrama e Córdoba, do ucraniano Shevchenko, além dos italianos Del Piero, Toldo e Buffon, entre outros. A grande estrela foi Diego Maradona. Ronaldinho Gaúcho também foi convidado, mas não compareceu.

O papa Francisco recebeu nesta quarta-feira personalidades do futebol, incluindo o jogador brasileiro Ronaldinho, e anunciou que um novo "jogo pela paz" será organizado por iniciativa própria em 29 de maio no Estádio Olímpico de Roma.

"Convido-os em 29 de maio para o segundo jogo de futebol aqui em Roma", declarou o Papa na elegante Casina IV, a sede da Academia de Ciências Sociais, no coração dos Jardins do Vaticano.

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A data não foi escolhida ao acaso: a nata do futebol é esperada em Milão na véspera para a final da Liga dos Campeões.

Em 1º de setembro de 2014, um primeiro amistoso pela paz foi organizado para ajudar a rede mundial de escolas "Scholas Occurentes" com vários astros, antigos e novos, incluindo Diego Maradona.

No ano passado, Maradona voltou ao Vaticano para discutir a organização de uma nova partida beneficente.

A rede "Scholas Occurrentes" foi lançada com alguns jovens em Buenos Aires e o apoio muito ativo de Jorge Bergoglio, então arcebispo da cidade. Ela representa, atualmente, 400.000 escolas públicas e privadas em cinco continentes.

Com a bênção do papa Francisco, organizador do "Jogo pela Paz", o torcedor que foi ao estádio Olímpico de Roma, nesta segunda-feira, viu um belo espetáculo de futebol promovido para pedir o fim de guerras e da violência pelo mundo, com a união de várias religiões, e ajudar crianças carentes. Com inúmeros ex-jogadores em campo, o brilho ficou para o argentino Diego Maradona e para o italiano Roberto Baggio.

Os dois jogaram no mesmo time, o Scholas (instituição educacional ajudada pelo papa Francisco), e usaram a camisa 10. Ambos protagonizaram lances bonitos como em um gol marcado por Baggio, que recebeu belo passe de Maradona antes de tocar para as redes. No final, a equipe dos dois craques perdeu para o Pupi, fundação criada pelo ex-lateral-esquerdo argentino Javier Zanetti, por 6 a 3.

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Junto com Maradona, Baggio e Zanetti estiveram em campo jogadores do passado como o volante argentino Diego Simeone, atual técnico do Atlético de Madrid, o meia colombiano Carlos Valderrama, o centroavante chileno Ivan Zamorano e o atacante ucraniano Andriy Shevchenko. Também jogaram atletas da atualidade como o volante argentino Mascherano e os uruguaios Diego Lugano e Fernando Muslera.

Antes da partida, um vídeo no telão do estádio Olímpico foi mostrado com uma mensagem de paz lida em espanhol pelo papa Francisco, que não foi ao jogo. Na sequência, representantes de várias religiões entraram em campo com uma oliveira dada pelo pontífice e simbolicamente a "plantaram" juntos em um vaso.

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