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Nesta semana, completam-se 45 anos desde que "Dona Flor e Seus Dois Maridos” (1976) chegou aos cinemas brasileiros. O filme é inspirado na obra literária de mesmo nome escrita por Jorge Amado (1912 – 2001) e conta a história de uma viúva (Sônia Braga) que se casa com um farmacêutico (Mauro Mendonça), mas ainda assim, não consegue esquecer seu ex-marido, o falecido Vadinho (José Wilker). Vale lembrar que o filme de Bruno Barreto é um marco da cultura audiovisual brasileira e durante 34 anos foi o longa-metragem mais assistido nos cinemas brasileiros, posto que foi tomado por “Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro” (2010).

De acordo com o historiador e cineasta Pierre Grangeiro, o período que o Brasil vivia foi um dos fatores que levaram “Dona Flor e Seus Dois Maridos” a se tornar um clássico. “Foi um fenômeno, muito por conta da questão sócio-política da época. Em 1976 houve a morte de Juscelino Kubitschek [1902 – 1976], e foi um período de grande comoção popular. As pessoas queriam algo que as fizessem sorrir, que os fizessem entreter de maneira envolvente, que não falasse de política, e falasse mais sobre a questão popular e cultural brasileira”, contextualiza.

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Junte-se a isso a composição artística do filme, que também foi um dos trunfos da obra, principalmente na junção dos trabalhos de direção de Bruno Barreto ao texto de Jorge Amado. Segundo Grangeiro, ainda que houvessem grande novelas brasileiras baseadas em obras de Jorge Amado como “Gabriela” (1975) e “Tieta” (1989), elas não conseguiram captar a essência do universo do autor de maneira tão profunda e tão forte quanto “Dona Flor e Seus Dois Maridos” e muito disso se deve ao elenco principal.

Para o cineasta, os atores foram fundamentais para o sucesso do filme. “Sônia Braga é popular, bonita e sensual, que transmite essa imagem da mulher brasileira. É muito talentosa, e nós vimos isso nos últimos filmes que ela fez décadas depois como ‘Aquarius’ [2016] e ‘Bacurau’ [2019]”. Além dela, a presença de Mauro Mendonça foi essencial para retratar um personagem mais certinho e dentro 'da caixa', enquanto José Wilker (1944-2014) traz uma interpretação de um homem mais mulherengo, malandro e muito sedutor. “A química entre eles é extraordinária e impressionante”, analisa.

Toda grande obra cinematográfica possui também elementos secundários, indispensáveis na composição do todo, e com “Dona Flor e Seus Dois Maridos” não é diferente. Segundo Grangeiro, a trilha sonora e a direção de arte são responsáveis por trazer uma ambientação mais crível de uma Bahia na década de 1940, em pleno Carnaval. “Parece que você entra naquele universo. É um filme que funciona em todos os aspectos, não apenas como uma comédia, mas também com um pouco de drama e um pouco de erotismo. É um filme muito cultural, que mostra a cultura baiana, desde o acarajé até o samba”, expõe.

Influência na dramaturgia brasileira

 “Dona Flor e Seus Maridos” passou a ter grande influência em obras que estavam por vir, não apenas filmes, mas também novelas. “É uma obra que marca o cinema brasileiro. Foi, e ainda é extremamente relevante e atual. Ele não envelheceu nada, até hoje pode-se assistir com família e amigos e se divertir da mesma forma”. Além disso, a obra de Bruno Barreto conseguiu trazer um novo significado ao cinema e ao audiovisual brasileiro.

Devido a sua grandeza, acabou por influenciar outras obras nacionais audiovisuais posteriores, como “Cidade Baixa” (2005) e “Ó Paí, Ó” (2007), estrelado por Lázaro Ramos. “Enquanto um retrata uma Bahia um pouco mais realista, mostrando a realidade de um submundo, o outro apresenta uma Bahia mais humorística, com axé, dança e capoeira”. Por essas e por outras, Grangeiro afirma que “Dona Flor e Seus Dois Maridos” é um dos pontos altos do cinema brasileiro e está no topo entre melhores, assim como “O Bandido Da Luz Vermelha” (1968), “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964) e “Cidade de Deus” (2002).

 

 

Os 56 anos de vida compartilhados pelo casal Zélia Gattai e Jorge Amado são contados através de fotografias, cartas, vídeos, desenhos e depoimentos reunidos na exposição Amados – Zélia & Jorge, em cartaz no Centro Cultural Recife. O público tem até o próximo domingo (19), para conferir a mostra e fazer um passeio por essa história. 

A exposição começa a contar a história de Zélia e Jorge em 1945, quando se conheceram. Uma linha cronológica destaca acontecimentos fundamentais da trajetória do casal, mostrando suas viagens pelo mundo, a vida no exterior durante o exílio, o nascimento dos filhos, amigos, os trabalhos compartilhados e a volta à Bahia. 

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O público poderá conferir um rico acervo fotográfico além de vídeos e depoimentos de amigos próximos ao casal. Além disso, a mostra conta com ilustrações, cartas de amor e postais trocados em viagens. Uma árvore genealógica apresenta a 'linhagem' dos Amado, com seus filhos, netos e bisnetos. A visitação é gratuita. 

Serviço

Exposição Amados - Zélia & Jorge

Até domingo (19)

Quinta a sábado - 10h às 20h

Domingo - 10h às 17h

Centro Cultural Recife (Av. Alfredo Lisboa, 505 - Marco Zero - Bairro do Recife)

Gratuito

 

De 27 de novembro a 19 de janeiro de 2020, a Caixa Cultural Recife vai homenagear os escritores Jorge Amado e Zélia Gattai. A exposição Amados - Zélia & Jorge reunirá fotos, vídeos, desenhos, cartas e depoimentos sobre os dois, que ficaram juntos por 56 anos. 

Nesta terça-feira (26), a mostra será inaugurada com uma visitação guiada por Paloma Jorge Amado, filha do casal, que é também a curadora. O público vai passear pela intimidade de Zélia e Jorge, começando em 1945, no final da Segunda Guerra Mundial, período quando eles se conheceram. A exposição destaca alguns acontecimentos que marcaram a trajetória de amor e cumplicidade dos escritores.

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Para Paloma, os pais lutaram lado a lado pela busca da liberdade e igualdade de direitos. Os visitantes terão a oportunidade de ouvir em uma das instalações frases dos famosos romances deles, sendo sussurradas em tubos. Com projeto expográfico assinado por Rose Lima, a mostra tem direção geral de Elaine Hazin. 

Serviço

Exposição Amados – Zélia & Jorge

27 de novembro de 2019 a 19 de janeiro de 2020 | Terça-feira a sábado, das 10h às 20h; aos domingos, das 10h às 17h

Caixa Cultural Recife – Av. Alfredo Lisboa, 505, Praça do Marco Zero, Bairro do Recife

Entrada gratuita

Informações: (81) 3425-1915

O canal mexicano Las Estrellas, do Grupo Televisa, irá exibir no próximo dia 25 o clássico brasileiro "Dona Flor e Seus Dois Maridos", obra escrita pelo baiano Jorge Amado. No elenco, um ex-ator pornô foi escalado para interpretar o personagem Vadinho, marido de Dona Flor.

De acordo com o Uol, Joaquim, de 32 anos, estrelou dois filmes eróticos, além de ter dado um salto na carreira ao participar da série "Club de Cuervos", produto original da Netflix, e na peça "23 centímetros".

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No Instagram, o ator argentino, que mora no México há quase oito anos, vem publicando vídeos das chamadas da versão mexicana e moderna de "Doña Flor Y Sus 2 Maridos". 

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Inicia nesta quarta-feira (09) a primeira Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô), evento cultural que promete reunir vários artistas na capital baiana e oferecer mais de 60 atividades durante os dias da programação, que deve durar até o domingo (13). As festividades devem acontecer em diversos pontos do centro histórico de Salvador, como igrejas, museus, teatros e praças, promovendo oficinas, debates, dramatizações, saraus, shows musicais, etc.

O lançamento terá participação da cantora Maria Bethânia, que participa de sarau as 20h nesta quarta, na igreja de São Francisco (Terreiro de Jesus). Além dela, artistas como Emicida, Larissa Luz, Capinan, João Jorge Rodrigues, Luciana Borghi, Martinho da Vila, e mais cerca de 220 personalidades, entre poetas, músicos e atores, também devem participar do projeto. O evento comemora ainda os 30 anos da da fundação Casa de Jorge Amado, e faz homenagem ao escritor baiano.

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A programação inclui diversas opções culturais, inclusive para crianças. O roteiro completo pode ser acessado pelo site. O sarau de lançamento da cantora Maria Bethânia será apenas para convidados, mas todo o restante da programação será gratuita e aberta ao público.

Serviço:

Festa Literária Internacional do Pelourinho

Quando: de 09 a 13 de agosto

Onde: Centro histórico de Salvador

Quanto: Gratuito

Uma escultura do artista plástico baiano Tati Moreno retratando os escritores Jorge Amado e Zélia Gattai, foi inaugurada, no fim da tarde desta quarta-feira, no Largo de Santana, na orla do bairro do Rio Vermelho, em Salvador, onde o casal viveu a maior parte da vida.

Na obra, feita em bronze, os escritores são retratados, em tamanho real, sentados em um banco, na companhia do cachorro do casal, Fadul. Ao lado da escultura, uma placa lembra uma célebre frase de Jorge: "Na Bahia, toda criação provém do povo, de sua graça e de sua força".

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Segundo Moreno, a obra parte das homenagens na cidade ao centenário de nascimento de Amado, celebrados em 10 de agosto, demorou nove meses para ser concluída e levou em consideração opiniões dos familiares.

"Foi um trabalho muito desgastante, mas ao mesmo tempo prazeroso", afirma. De acordo com a Empresa de Turismo da Bahia (Bahiatursa), que apoiou o projeto, a manutenção da obra ficará a cargo da Associação dos Moradores do Rio Vermelho.

A Biblioteca Nacional abre, nesta quarta-feira (12), uma exposição com cerca de 30 peças para homenagear o escritor Jorge Amado, cujo centenário de nascimento foi comemorado em 2012. Através de manuscritos, livros e fotografias, o público pode conhecer mais sobre a história, a vida e as obras do mais bem sucedido criador da literatura brasileira.

Jorge Amado é o escritor brasileiro de maior sucesso comercial na história e que teve maior número de obras adaptadas para a televisão. Ele teria completado cem anos no dia 10 de agosto deste ano. Entre suas obras, as mais conhecidas são Mar Morto (1936), Capitães da Areia (1937), Gabriela, Cravo e Canela (1958), Dona Flor e Seus Dois Maridos (1966) e Tieta do Agreste (1977).

Serviço:
Centenário de Jorge Amado
Quarta (12) até o final de fevereiro
Segunda a sexta, das 9h às 20h | sábado, das 9h às 17h | domingos e feriados, das 12h às 17h
Biblioteca Nacional (Avenida Rio Branco, 219, Centro – Rio de Janeiro)

*Por Daniele Vilas Bôas                  

SALVADOR - Como parte das comemorações do centenário de Jorge Amado, o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) homenageia o escritor baiano com a exposição Jorge Amado e Universal. A mostra ganha o térreo do Casarão, a Capela e a Galeria 1 do MAM-BA com fotografias, objetos, folhetos de cordel, filmes e imagens. A visitação é gratuita, começa no dia 10 de agosto e segue até 14 de outubro, de terça a sexta, das 13h às 19h, e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 19h.

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“Esta mostra apresentada ao povo baiano – personagem principal da obra de Jorge Amado – no conjunto arquitetônico Solar do Unhão do século 17, sede do MAM-BA, potencializa ao público visitante a experiência e entendimento do caráter histórico, social e antropológico de sua obra”.

Relata a diretora do MAM-BA, Stella Carrozzo.

Para o diretor-geral de Jorge Amado e Universal, William Nacked, “essa exposição é um desafio prazeroso de cumprir, tendo em vista a importância e o alcance do homenageado e de sua obra. Buscamos elementos para que o público mergulhe em um vasto repertório de conteúdos sobre o homem, o escritor e a obra.”

A exposição é dividida em módulos distintos, cada um deles dedicado a um aspecto marcante na vida do autor. A mostra se completa com extensa programação educativa desenvolvida pelo Núcleo de Arte e Educação do MAM-BA, oferecida a diferentes públicos durante os três meses de exposição. Além disso, vão acontecer debates, workshops, oficinas, contação de histórias e ações periódicas voltadas para o público infantil da cidade.

Informações: http://www.mam.ba.gov.br

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Nesta segunda parte do programa Nota PE especial sobre Jorge Amado, os professores Anco Márcio e Felipe Aguiar comentam a obra do autor na televisão, no cinema e no meio acadêmico.

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Considerado por ambos como o autor mais lido do século passado, os professores afirmam que Jorge Amado é um escritor que não se enquadra, desde a década de 50, no discurso das universidades já que, segundo eles, mestres e alunos não se interessam muito pela obra literária do baiano.

Anco e Felipe são unânimes em considerar o livro Mar Morto como a principal obra de Jorge Amado. “O lirismo é sem igual nesta obra de Jorge. Sem dúvida um livro para figurar entre os melhores do Brasil", comentam.

Sobre as adaptações do autor baiano para o cinema e a TV, os professores mantém opiniões parecidas. “Capitães da Areia foi adaptado para o cinema e se tornou um desastre para mim. Ficou superficial e fraco", afirma Anco.

“Quando você faz algo para vender para fora, como Gabriela, a tendência é mostrar uma história condensada e fraca. Já a adaptação para TV me parece ser melhor trabalhada. O diretor se aprofundou na obra, já que são vários capítulos que proporcionam um melhor entendimento do livro", complementa Felipe.

O programa Nota PE é apresentado pelo crítico literário e jornalista Cristiano Ramos, numa parceria entre o portal LeiaJa.com e o Blog Nota PE.

No último dia 10, o escritor Jorge Amado completaria 100 anos. E, para homenageá-lo, o concurso Pequenos Leitores, Futuros Poetas está com inscrições abertas. Alunos de qualquer nível do ensino médio, de todo o Brasil, podem produzir um poema autoral inspirado na vida e obra do escritor.

Os estudantes devem gravar um vídeo de até dois minutos com o poema, postá-lo no Youtube e enviá-lo para o contato virtual tvescola@mec.gov.br. O procedimento deve ser realizado até o próximo dia 31. O conteúdo pode ser no formato de uma animação, dramatização, jogral, poema cantado, declamado ou qualquer formato que a imaginação permitir. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), a ação visa levar aos estudantes o universo literário do autor, além de incentivar a criatividade em forma de versos.

O produtor do vídeo que tiver o maior número de acessos receberá a equipe da TV Escola para uma reportagem especial, que será exibida no quadro TV Escola na Estrada, durante a 9ª Semana de Poesia, de 22 a 26 de outubro. O MEC também destaca que a equipe produtora do melhor vídeo votado pelo júri visitará os estúdios da TV Escola, no Rio de Janeiro, e participará de matéria especial sobre o universo de Jorge Amado. Mais informações podem ser encontradas no regulamento do concurso.

“Jorge por Jorge”, afirmou o mediador cultural do Museu de Arte Moderna na Bahia (MAM-BA), Diego Leite, na abertura da exposição Jorge Amado e Universal. “A curadoria buscou elementos de localidades representadas nas obras de Jorge, coisas que ele gostava e coisas que ele mesmo produziu”, explica o mediador.

O Salão Principal do MAM-BA recebe os visitantes especialmente com ‘as coisas que ele gostava’. São quadros do artista plástico baiano Carybé, fotografias de baianas de acarajé, de uma criança que dorme na escadaria, de casas alagadas, do “lado B da Bahia”, como Diego disse. No Salão Principal, fazendo círculo horário, um ‘mar de azeite’ ocupa o lugar de uma reprodução do mar feita nessa exposição do MAM em São Paulo. “Tentamos usar os tons que o azeite de dendê ganha para mostrar ondulações”, conta Diego.

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Ainda nesse salão milhares de fitas do Senhor do Bonfim tornaram-se fitas de Jorge Amado, assinadas com os nomes dos personagens de suas obras. Bacias foram adaptadas para que, individualmente, o visitante possa ouvir trechos de obras do autor, enquanto aparecem em um visor. Ao centro do Salão, fotografias de Jorge Amado para dentro e para fora do módulo.  Dentro do cubo, o visitante imagem de Jorge Amado que acaricia um gato, fotografado por Zélia Gattai.

A visita passa pela Capela, onde estão vários Jorges Amados: político, erótico, malandro e mestiço é referenciado. O espaço de Arte e Educação, no auditório, completa a visita com a disponibilização de todas as obras do autor e uma linha cronológica das principais premiações recebidas ao longo de sua história. Segundo Diego, “o próprio público que terá contato com a exposição provocará algo de diferente nela. Aqui, tivemos contribuições e presença de pessoas que conheceram o autor de perto. A filha dele, inclusive, contribuiu com o processo de instalação e criação”. A abertura foi encerrada com uma apresentação de Jorge Veloso.

Período - A exposição teve a abertura na última quinta-feira (9)  e fica na Bahia até o dia 14 de setembro. No decorrer desse prazo serão elaboradas 18 atividades de mediações. Dentre elas, serão produzidos ciclos de conversa, contando com a presença do curador Willian Nacked, oficinas e projetos de aproximação do entorno da região metropolitana com pescadores e estudantes.

*Por Diogo Oliveira

O Brasil é um país em que é lugar comum afirmar que o povo não lê. É um fenômeno, portanto, quando um escritor brasileiro consegue ter êxito comercial, vender tiragens expressivas e ter suas histórias e personagens transformados em assunto de conversas banais e cotidianas das pessoas, resistindo por décadas no imaginário popular. E desta forma, mais que traduzir hábitos, costumes e contradições do país, se tornar um construtor da identidade nacional.

Pois Jorge Amado conseguiu o que pode ser considerado uma façanha no Brasil: sendo um escritor de ofício, fez – e faz – um sucesso estrondoso, alcançando números expressivos na venda de seus livros. A popularidade de Jorge Amado causou não apenas um impacto no Brasil, mas influenciou leitores e escritores em dezenas de países. A obra de Amado já foi publicada em 52 países, sendo traduzida para 49 idiomas.

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Em sete décadas de vida literária, colecionou prêmios, amigos, e elogios de alguns dos mais importantes escritores mundiais do século XX, como os vencedores do Nobel de Literatura Gabriel García Márquez e Albert Camus. Mais que isso, Jorge Amado conseguiu se inserir no imaginário brasileiro e ser peça fundamental na construção da identidade cultural nacional, ao trazer para suas histórias personagens com as cores, cheiros e linguagem de uma brasilidade ímpar.

A brasilidade da obra de Amado se manifesta em vários aspectos de suas histórias. Está nos cenários, nos diálogos, na sensualidade tropical de algumas das mais importantes personagens de sua vida literária, como Dona Flor e Gabriela. Está, também, no profundo conhecimento e interação dele com a religiosidade multifacetada do país, bem como na sensibilidade para as mazelas sociais que até hoje ainda fazem parte do cotidiano brasileiro, como os meninos de rua, a pobreza, a violência, os problemas políticos e convenções sociais tantas vezes desnecessárias e até ridículas.

Mesmo se especializando em uma linguagem e temática marcadamente popular, o escritor baiano foi, ao longo da vida, sendo reconhecido pela academia, tornando-se Doutor Honoris Causa por dez universidades no Brasil, Itália, Israel, França e Portugal, incluindo a conceituada Sorbonne. Em 1961, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras e passou a ocupar a cadeira 23, cujo patrono é José de Alencar. Jorge Amado foi ainda indicado pela União Brasileira de Escritores duas vezes para o Prêmio Nobel de Literatura, em 1967 e 1968, mesmo demonstrando que não queria.

Em 6 de agosto de 2001, Jorge Amado morreu em Salvador, capital baiana, aos 89 anos de idade.  Como havia pedido, foi cremado e teve suas cinzas espalhadas ao redor de uma mangueira localizada em sua casa no Rio Vermelho. Foram 36 livros, entre romances, contos, novelas e até obras infanto-juvenis. A primeira delas, publicada em 1931, foi O País do Carnaval, que deu início à caminhada que levaria Jorge Amado ao ponto mais alto da literatura brasileira.

O seu legado, acervo literário, manuscritos, artigos e objetos estão na sede da Fundação Casa de Jorge Amado. Fundada em 1986, a casa foi inaugurada em março de 1987. Além de reunir se acervo, a Fundação também traz as obras de sua esposa, Zélia Gattai, realiza eventos, exposições, além de ações sociais como a distribuição de livros e o atendimento a escolas.

Cores e som
A obra de Jorge Amado inspirou e ainda inspira diversas releituras audiovisuais no cinema e na televisão, o que contribuiu decisivamente para uma popularização ainda maior de sua obra. Dona Flor e seus Dois Maridos, Gabriela Cravo e Canela, Tenda dos Milagres, Tieta do Agreste e Capitães de Areia são alguns de seus livros que viraram filmes, novelas e minisséries televisivas, quase sempre com muito sucesso de público e crítica. Confira as matérias especiais sobre o assunto publicadas pelo LeiaJá aqui e aqui

Política
Desde cedo, Jorge Amado se envolveu com a política, se aproximando do comunismo. A primeira fase de sua obra é impregnada deste posicionamento. A ação política do escritor o levou a ser eleito, em 1945, deputado federal pelo PCB – Partido Comunista Brasileiro, sendo um dos deputados da constituinte do ano seguinte.  Mas também fez com que Jorge Amado amargasse períodos preso. A primeira prisão aconteceu em 1936, durante o governo de Getúlio Vargas, acusado de participar do movimento que ficou conhecido como Intentona Comunista, de 1935. Amado ainda seria detido em outras oportunidades, sempre por motivos políticos.

Em 1948, após ter seu mandato de deputado cassado quando o PCB foi considerado ilegal, partiu para um exílio voluntário em Paris. Na década de 1950, afasta-se da militância política, afirmando que seu engajamento estava atrapalhando seu ofício de escritor.

Comemorado em 10 de agosto, o centenário de Jorge Amado inspira milhares de homenagens, tamanha é a riqueza de sua obra, responsável pela construção da identidade do povo brasileiro. Ao mesmo tempo em que se debruçava sobre a cultura popular, a riqueza descritiva de Jorge Amado o aproximava dos mestres acadêmicos, tendo integrado a Academia Brasileira de Letras nos anos 1960. O Portal  LeiaJá preparou, até a próxima sexta-feira (10), uma série de matérias sobre os desdobramentos da obra do autor para outras mídias. Na última quarta-feira (8), você conheceu as obras de Jorge Amado que ganharam versão no cinema.

Nesta quinta-feira (9), você confere as obras deste mestre, que inspiraram releituras para a televisão. As adaptações das obras de Amado renderam rostos, pele e cor aos personagens e  colaboram para a afirmação do baiano como um dos maiores nomes da literatura brasileira de todos os tempos. O dinamismo da TV ajuda a imortalizar o brilhantismo deste autor e cria novas referências para o seu trabalho.

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A primeira obra de Jorge Amado a ganhar uma versão na TV chega, em 2012, à sua terceira edição na telinha. Gabriela, Cravo e Canela foi escrita pelo baiano em 1958 e já em 1961 ganhava novas formas, na extinta Rede Tupi, adaptada por Antônio Bulhões de Carvalho e dirigida por Maurício Sherman. Mais tarde, em 1975, foi a vez da Rede Globo interpretar o romance, consagrando a obra como uma das mais importantes da teledramaturgia brasileira. As cenas de Sônia Braga como Gabriela marcaram época: a moça desprendida, subindo no telhado para buscar uma pipa, faz parte da memória coletiva dos brasileiros. O apelo de Gabriela é tanto que a própria Globo exibe atualmente um remake da trama, onde a personagem principal é interpretada por Juliana Paes. Apesar dos anos passados entre a obra original e suas adaptações, o enredo ainda é provocante e consegue questionar padrões como sexualidade, submissão e moral.

Depois de Gabriela foi a vez de Terras do Sem Fim (1943) ganhar sua versão na telinha. Em 1981 a Globo exibiu uma interpretação da história, adaptada por Walter George Durst e dirigida por Herval Rossano. E quem não lembra de Tieta do Agreste (1977)? A novela Tieta foi ao ar, também pela Rede Globo, em 1989, dirigida pelo trio: Paulo Ubiratan, Reynaldo Boury e Luiz Fernando Carvalho. A personagem principal, interpretada por Beth Faria, carregava consigo a liberdade sexual - característica presente em muitas produções de Amado. A trama assume a marca de maior audiência das releituras do autor para a TV e até hoje, mais de 20 anos depois, garante sua presença na memória popular.

Outra campeã de audiência foi a releitura de Tocaia Grande (1984), que em 1995 ganhou uma versão na Rede Manchete, adaptada por Duca Rachid, Mário Teixeira, Marcos Lazzarine e Walter George Durst. A obra foi dirigida por Régis Cardoso e Walter Avancini. Já em 2001 a Globo se inspirou nos romances Mar Morto (1936) e A Descoberta da América Pelos Turcos (1994), para produzir Porto dos Milagres. A novela, dirigida por Aguinaldo Silva, questionava valores e escrúpulos.

Minisséries

Além das novelas, as obras de Jorge Amado também ganharam minisséries, versões menores e mais densas das histórias. Tenda dos Milagres (1969) foi a primeira, exibida em 1985, pela Globo, contou com adaptação de Aguinaldo Silva e Regina Braga e direção de Paulo Afonso Grisolli, Maurício Farias e Ignácio Coqueiro. O enredo contava a história do ogã Pedro Arcanjo (Nelson Xavier), que lutava em prol da resistência da cultura negra na Bahia. Depois foi a vez de Capitães de Areia (1937), que teve versão na Rede Bandeirantes, em 1989, dirigida por Walter Lima Júnior.

Em 1992 a Rede Globo exibia Tereza Batista, baseada em Tereza Batista Cansada de Guerra (1972), adaptada por Vicente Sesso e dirigida por Afonso Grisolli. Tereza (Patrícia França) era uma mulher que, ainda muito jovem, foi vendida por sua tia e teve que lutar para ser, finalmente, feliz. Mais tarde um dos maiores títulos de Amado, Dona Flor e Seus Dois Maridos (1966), também teve seu espaço na TV. Em 1997 a Rede Globo exibiu a minissérie, com adaptação assinada por Dias Gomes e direção de Mauro Mendonça Filho. Dona Flor (Giulia Gam), após ficar de viúva de Vadinho (Edson Celulari), casa com Teodoro (Marco Nanini). Inconformado, Vadinho volta a aparecer, nu, para a viúva, que fica dividia entre os dois amores. 

Brasília - No início do segundo semestre legislativo, o Congresso Nacional irá celebrar o centenário do nascimento do escritor baiano Jorge Amado. A sessão solene está marcada para o dia 6 de agosto, no Plenário do Senado.

Jorge Leal Amado de Faria nasceu em Itabuna, sul da Bahia, em 10 de agosto de 1912. Entre os clássicos da literatura brasileira, ele é autor de “Gabriela, Cravo e Canela”; “Dona Flor e Seus Dois Maridos”; “Tieta do Agreste”; e “Capitães da Areia”. Muitas de suas obras foram adaptadas para o cinema, teatro e televisão. Diante da importância de suas criações, traduzidas em 49 idiomas, ele foi eleito para a cadeira de número 23 da Academia Brasileira de Letras, que tem por patrono José de Alencar e por primeiro ocupante Machado de Assis.

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Na vida política, ele foi eleito em 1945 para deputado federal, pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) de São Paulo, tendo participado da Assembleia Constituinte de 1946.

A novela "Gabriela" ganha remake a partir desta segunda-feira (18), às 23h, na TV Globo. Na primeira versão da adaptação da obra de Jorge Amado para a TV, em 1975, Gabriela foi interpretada por Sônia Braga. O par romântico da protagonista, o turco Nacib, foi vivido por Armando Bogus. No remake, coube a Juliana Paes e Humberto Martins dar vida ao casal protagonista. A nova trama conta com outros nomes de peso como Antonio Fagundes, Marcelo Serrado e Ivete Sangalo.

O romance regionalista "Gabriela Cravo e Canela" foi escrito por Jorge Amado em 1958. A obra rendeu ao escritor cinco importantes prêmios, foi traduzida em quinze línguas e obteve grande aceitação do público brasileiro, além de êxito no exterior. A narrativa é conduzida por duas principais vertentes: o campo amoroso - que tem o romance entre a mulata retirante Gabriela e o turco Nacib - e o campo social-político, com a chegada do progresso na cidade de Ilhéus, interior da Bahia, onde a história é ambientada.

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Em uma noite de tempestade, Quincas Berro D´Água desapareceu no mar da Bahia. Com esse final, o personagem concretizava sua proposta enigmática -“Cada qual cuide de seu enterro, impossível não há”. Presentes não só em A Morte e a Morte de Quincas Berro D´Água, como em tantos outros livros de Jorge Amado, a mística e a beleza do mar que banha as praias baianas estão ilustradas por 1,8 mil garrafas de azeite de dendê na exposição que começa nesta terça (17) no Museu da Língua Portuguesa, na capital paulista.

“O dendê acaba decantando dentro dessas garrafas de 2 litros. Como é trifásico, então ele forma de fato algumas ondas”, explica a diretora de produção da exposição Jorge Amado e Universal, Ana Helena Curti, sobre os recipientes que contêm ainda citações de obras do escritor sobre o mar.

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O coração da exposição, no entanto, está no grande acervo disponibilizado pela mulher do escritor, Zélia Gattai. São imagens que mostram o escritor em diversas fases e em encontros com personalidades como Tom Jobim e Fidel Castro. Também estão disponíveis cartas originais que o escritor, morto em 2001, recebeu de amigos como Carlos Drummond de Andrade e François Mitterrand.

Uma sessão da mostra é dedicada à temática do erotismo e da malandragem. Nessa parte, o visitante encontra excertos da obra de Jorge Amado que vão versar sobre a malandragem e o jeitinho brasileiro. Ao conceito do [historiador] Sérgio Buarque de Hollanda da cordialidade [brasileira]”, ressalta Ana Helena.

Lembranças a personagens específicos do ficcionista baiano estão, entretanto, em outra parte da exposição. Em fitas do Senhor do Bonfim estão escritos os nomes de cada um dos mais de 5 mil personagens criados pela imaginação de Amado. Além disso, foram eleitos nove personagens que foram detalhados para o público.

As traduções para 49 línguas das obras escritas ao longo de 89 anos estão representadas em uma sala “onde as pessoas podem ter contato com essa amplitude, essa quase geografia expandida da edição da obra. Ali, tomam contato ainda com as primeiras edições ilustradas”, destaca a diretora.

Não faltam referências aos 25 anos de militância política (comunista) do escritor.  Em uma instalação que lembra as máquinas rotativas de jornais, estão  fotos de viagens a países comunistas e são mostrados trechos das obras escritas nesse período.

A exposição fica em cartaz até 22 de julho. O Museu da Língua Portuguesa fica ao lado da Estação da Luz, no centro de São Paulo.

Problemas em carros alegóricos fizeram a Imperatriz Leopoldinense atravessar a avenida em ritmo lento, o que pode comprometer o bonito desfile sobre Jorge Amado preparado pelo carnavalesco Max Lopes. A apresentação foi tensa. Max já enfrentava o desafio de se apresentar depois da Portela, que cantou a Bahia. Em muitos momentos, os temas se repetiram: a lavagem da Igreja do Senhor do Bonfim, orixás, baianas, o Pelourinho. "A diferença é que a minha Bahia tem Jorge Amado", irritou-se o carnavalesco, ainda na concentração.

O problema maior foi enfrentado pelo carro da Igreja do Bonfim, que teve pane elétrica e teve dificuldades para manobrar. A alegoria ficou parada em frente ao setor 10 por alguns minutos. O carro do Pelourinho também apresentou defeito e parte afundou. Ali desfilaram filhos e netos de Jorge Amado e o cantor Elymar Santos. "Foi um desfile tenso. Nosso carro teve muitos problemas, mas ele tinha que desfilar assim mesmo porque só havia sete carros. Confesso que nem vi muita coisa", afirmou Elymar.

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O diretor de carnaval, Wagner Araújo, negou as falhas. "Não tem nada a ver com ritmo baiano. A escola tem duas paradas, para a apresentação da comissão de frente e a do casal de mestre-sala e porta-bandeira. Os jurados já sabem disso e vão avaliar levando isso em consideração", afirmou.

A apresentação da comissão de frente foi o ponto alto da agremiação. Quinze bailarinos, atores e capoeiristas representavam os meninos do livro "Capitães de Areia". Ao longo da avenida, simularam roda de capoeira e "voaram" presos a um carrossel. "O livro, da década de 1930, fala de meninos ladrões. É uma realidade que persiste até hoje. O carrossel é uma maneira de lembrar que não são bandidos, são crianças, com esperanças e alguma inocência", afirmou o coreógrafo Alex Neoral. Outro destaque ficou para o carro que trazia personagens de Amado, como Gabriela e Dona Flor e os dois maridos.

Fantasias pesadas e o calor fizeram componentes sentirem-se mal. Cinco baianas tiveram de ser socorridas para o posto médico. A madrinha Luiza Brunet também sofreu uma queda de pressão, antes do desfile, mas não teve problemas para se apresentar. Ela disse que sonha entrar para o livro dos recordes como a madrinha com mais tempo à frente de uma bateria - 17 anos. "Eu me sinto privilegiada por ter 30 anos de avenida e hoje ser uma referência para o carnaval, para as mulheres".

A Bahia aparece mais uma vez na avenida em homenagem da Imperatriz Leopoldinense a Jorge Amado. Com enredo sobre o escritor, a Imperatriz Leopoldinense deve levar histórias famosas como "Capitães de Areia" e "Gabriela, Cravo e Canela" para a Marquês de Sapucaí. Dois carros alegóricos da escola tiveram problemas de posicionamento na fila de espera de entrada na Sapucaí. São eles: o carro da Lavagem da Escadaria da Igreja do Senhor do Bonfim e o carro que representa o País do carnaval.

Acompanhe o samba-enredo da escola:

Jorge, amado Jorge

Autores: Jeferson Lima, Ribamar, Alexandre D'Mendes, Cristovão Luiz e Tuninho Professor

Intérprete: Dominguinhos do Estácio

Ave, Bahia sagrada!

Abençoada por oxalá!

O mar, beijando a esperança,

Descansa nos braços de Iemanjá.

Menino amado…

Destino bordado de inspiração.

Iluminado…

Vestiu palavras de fascinação.

Olha o acarajé! Quem vai querer?

Temperado no axé e dendê.

Quem tem fé vai a pé… Vai, sim!

Abrir caminhos na lavagem do Bonfim.

No rio…o vento soprou

As letras em liberdade.

Joga a rede, pescador!

O povo tem sede de felicidade.

A brisa a embalar

Histórias que falam de amor.

Memórias sob o lume do luar.

O doce perfume da flor.

Ê Bahia! Ê Bahia!

Dos santos, encantos, magia.

Kao kabesilê! Ora iê iê oxum!

Tem festa no pelô.

Na ladeira, capoeira mata um.

Sou imperatriz! Sou emoção!

Meu coração quer festejar!

Ao mestre escritor, um canto de amor.

Jorge Amado, sarava!

Sétima colocada no carnaval paulistano de 2011, a Mocidade Alegre usou no sambódromo do Anhembi a poesia para abordar a cultura afro-brasileira. Através da obra predileta de Jorge Amado, Tenda dos Milagres, a escola vermelho e verde da zona norte de São Paulo levou para a avenida a tradição dos Ojuobás, os representantes de Xangô que buscam a justiça na Terra, com o enredo "Ojuobá - No Céu, os Olhos do Rei... Na Terra, a Morada dos Milagres... No Coração, Um Obá Muito Amado!"

"A temática afro faz parte do passado de glórias da Mocidade Alegre e, em 2012, mantendo o perfil inovador e arrojado de fazer carnaval, também presta uma saudosa homenagem a ele que é símbolo de defesa da cultura afro-brasileira, nosso consagrado escritor Jorge Amado, e com isso conquistamos o privilégio de pertencer ao circuito oficial de comemorações de seu centenário", comentou a presidente da agremiação, Solange Bichara.

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Conhecida entre as escolas de São Paulo como a "Morada do Samba", a Mocidade Alegre foi atingida por um incêndio em seu barracão no dia 9 de janeiro. Embora o fogo tenha ocorrido numa área onde estavam as esculturas de carnavais anteriores, a comunidade e os carnavalescos Sidnei França e Márcio Gonçalves tiveram de se desdobrar para recuperar algumas alegorias e esculturas do desfile deste ano que estavam no barracão instalado sob o viaduto Pompeia.

A Mocidade, que está em jejum de título desde 2009, fez um desfile com 3.500 componentes, 25 alas e cinco alegorias. Os destaques da escola são os atores Cassio Scapin e Nil Marcondes, além de Aline Oliveira, rainha de bateria.

Jorge Amado, Antoine de Saint Exupéry, Aldous Huxley, Mário de Andrade, Burle Marx e o escritor argentino, Camilo José Cela, são algumas das importantes figuras que conheceram, de perto, o famoso baobá da Praça da República, ponto turístico da capital pernambucana. A visita de personalidades a essa árvore africana demonstra o quanto esse belíssimo exemplar é marcante para a nossa cultura e paisagem histórica.

E a lista dos ilustres visitantes cresce, gradativamente, diante da beleza da enigmática árvore Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir e Heitor Villa-Lobos também tiveram a honra de visitar o nosso baobá. Atualmente, Pernambuco é o estado com a maior concentração da espécie africana no Brasil.

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