Tópicos | Jorge Mautner

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Um dos grandes nomes da Tropicália, Jorge Mautner, fechou as apresentações da terceira noite do MIMO. Mas o músico começou a seu show com o pé esquerdo. Ao introduzir a primeira música do show, A Bandeira do Meu Partido, Mautner fez um discurso sobre a política socialista, da qual é militante, e resolveu homenagear o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. Mas acabou sendo vaiado pelo público. Depois de cantar a música de abertura, Mautner foi mais uma vez vaiado.

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Apesar do mau começo, o show foi agradando aos poucos com canções que transitaram entre o rock tropicalista, o samba e músicas nordestinas – como o maracatu e o baião. Mas foi com a apresentação da banda Tono, que acompanhou Mautner, e a participação dos convidados Otto e Jards Macalé que o concerto ganhou mais recptividade. O pernambucano Otto apresentou uma música sozinho e depois se juntou a Jorge Mautner e Macalé para cantar sucessos como Vapor Barato e Maracatu Atômico. O repertório ainda contou com canções carnavalescas.

O Cine É Proibido Cochilar, iniciativa da Representação Regional Nordeste do Ministério da Cultura, apresenta o curta Maracatu Atômico Kaosnavial, que traça uma trajetória do cantor Jorge Mautner e do mestre Zé Duda. Os musicos apresentam suas respectivas bagagens musicais, promovendo uma troca de vivências e referências artísticas. O filme dos cineastas pernambucanos Marcelo Barroso e Afonso Oliveira, é exibido nesta quarta (24), às 18h30 no Bairro do Recife.

Filmado em 2011 e apresentado ao público no Cine PE de 2012, Maracatu Atômico Kaosnavial teve sua produção sediada na Zona da Mata Norte de Pernambuco, e une o universo do maracatu e o tropicalismo. A sintonia de Mautner com o maracatu Estrela de Ouro, representante do Movimento Canavial, se estabeleceu desde o Festival Canavial de 2006, na cidade de Nazaré da Mata, em Pernambuco. A profusão de liberdade poética e estética entre os artistas resultaram em um CD e o filme como uns de seus frutos.

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Serviço

Maracatu Atômico Kaosnavial

Quarta-feira (24) | 18h30

Cine É Proibido Cochilar (Rua do Bom Jesus, 237 - Bairro do Recife)

Gratuito

(81) 3117 8439

O documentário Jorge Mautner - O Filho do Holocausto já vem sendo testado em alguns festivais. Onde se deu melhor foi em Gramado no ano passado, no qual recebeu os prêmios de montagem, fotografia e roteiro. Agora, segue para a prova de fogo dos documentários, que é o circuito comercial. Tem tudo para se dar bem, guardadas as proporções de sucesso compatíveis com um documentário, mesmo se musical, o segmento que funciona melhor no Brasil. Somos um país musical, afinal de contas, e isso deve valer alguma coisa.

O retrato de Mautner, pintado por Pedro Bial e Heitor D'Allincourt, é tanto musical como cultural. O que é justo, dada a presença do personagem na vida de cultura do País que, em dada época, se confundia de maneira indissociável com a música e a questão política. Para simplificar, num primeiro momento pode-se dizer que Mautner foi, com colegas talvez mais famosos que ele, como Caetano, Gil, Mutantes e outros, um dos ícones da contracultura brasileira.

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O documentário é hábil em conduzir a biografia do personagem, como se esta tivesse de desaguar, de forma inevitável, nessa figura emblemática dos anos 60 e 70. Filho de família judia fugida do nazismo (daí o subtítulo de "Filho do Holocausto"), com relações familiares um tanto complicadas no Brasil, fazendo com que a vida do menino se dividisse entre duas cidades (Rio e São Paulo) e dois pais (o natural e um padrasto) que, em dado momento, convivem. Enfim, dá-se contexto tanto histórico como pessoal a este Jorge Mautner que seria parte importante do movimento contracultural brasileiro.

E este talvez seja outro trunfo do filme, comercialmente falando. Se podemos constatar que o engajamento político radical dos anos 60 caiu de moda como a calça boca de sino, deve-se reconhecer que a forma de contestação que o substituiu (já nos anos 70) continua em alta. Ainda soletra com clareza a sua poesia e é ouvida pela juventude contemporânea, uma vez que a rebeldia é uma espécie de esperanto do universo teen.

Daí a razão de sentirmos Caetano e Gil muito próximos, como se não tivessem atravessado os anos. E, de fato, não envelheceram; ou envelheceram bem, o que dá na mesma. São iguais aos jovens, apesar das cãs e óculos de leitura. Falam com eles no mesmo nível, às vezes com as mesmas gírias, e não como se recitassem uma sabedoria que só vem com a acumulação de décadas, rugas e cabelos brancos e que, no fundo, não serve senão aos velhos, já que os jovens preferem errar por conta própria. A rebeldia se situa mais na esfera da dúvida e da invenção do que na das certezas magistrais.

Se isso acontece com Caetano e Gil, acontece também com Mautner, que é índio da mesma tribo. E tanto são que estão juntos no único filme feito por Mautner, O Demiurgo, rodado em Londres em 1970, com sobras de negativo de Queimada, o clássico de Gillo Pontecorvo, segundo informa Pedro Bial. Vemos alguns trechos dessa obra underground, comentada na atualidade por seus atores, então jovens exilados em Londres. Todos cabeludos, todos malucos e alegres, praticando uma reviravolta de costumes que não se acomodava muito ao clima austero e verde-oliva do Brasil.

O fato é que Mautner foi ponta de lança de uma geração que empurrou as coisas adiante. Forçou limites e pagou seu preço por isso. Sempre se paga. Dessa fricção, anda-se um pouco mais à frente. Mautner, como outros, é um desbravador de caminhos. Mesmo que o filme não entre em detalhes mais íntimos, adivinha-se uma vida de grande riqueza pessoal, ao lado da realização artística.

Mautner fez shows, gravou discos, foi ao Chacrinha, fez e faz parte do show biz brasileiro. Maracatu Atômico é sua obra-prima, Encantador de Serpentes é engraçada, e Lágrimas Negras, tocante. Foram e são tremendos sucessos. Sua parceria com o violonista Nelson Jacobina (morto pouco depois de terminado o filme) é coisa para durar na memória. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na noite desta segunda (28), os participantes da casa mais vigiada do país receberam uma sessão especial do novo filme do apresentador Pedro Bial Jorge Mautner – O Filho do Holocausto que estreia dia primeiro de fevereiro nos principais cinemas brasileiros.

Após a sessão, Aslan que está no paredão com Marcello, realizou uma performance entre os brothers que estavam sentandos em círculo no jardim. Entre os participantes, ele agradeceu por ter entrado no Big Brother Brasil 13 e encontrado pessoas especiais que já fazem parte da vida dele. Em seguida, Aslan pediu para os brothers desenharem seus corações no corpo dele com batom e colocar as iniciais dos respectivos nomes. Enquanto os brothers escreviam, o emparedado ficava de olhos fechados e braços abertos.

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Romance – Além disso, o clima esquentou durante a madrugada. Yuri e Natália que estão dormindo no quarto da líder Anamara, trocaram mais uma vez carícias embaixo do edredom. Assim como Yuri e Natália, o mais novo casal assumido na casa desde a festa Saloon Andressa e Nasser estão no maior romance. Ivan, após a sessão especial desta segunda (28), afirmou para a sister que está feliz por ela aparentar está mais desencanada em relação ao romance com Nasser.

Carioca, filho de europeus, Jorge Mautner é um dos mais inquietos músicos da geração tropicalista. Íntimo de Pernambuco após sua canção Maracatu Atômico ser regravada por Chico Science & Nação Zumbi, transformando-se em uma das mais representativas do movimento Manguebit, o artista é homenageado com o filme Jorge Mautner, o Filho do Holocausto, que entra no circuito exibidor no dia 1º de fevereiro. O longa-metragem é dirigido pelo jornalista, escritor e apresentador Pedro Bial, em parceria com o produtor artístico Heitor D'Alincourt. Nesta segunda (28), acontece a pré-estreia, no Conjunto Nacional, em São Paulo.

O filme, que surgiu a partir do livro autobiográfico O Filho do Holocausto - Memórias (1941 a 1958), possui depoimentos exclusivos de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Caetano ainda toca com Jorge Mautner a canção O Vampiro.  Atualmente, Mautner é apresentador do programa Oncotô?, exibido pela TV Brasil.

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Serviço

Pré-estreia Jorge Mautner, o Filho do Holocausto

Segunda (28), às 20h

Conjunto Nacional (Avenida Paulista, 2073)

Gratuito (Senhas podem ser retiradas uma hora antes no local)

(011) 3285 3696

O poeta e músico Jorge Mautner nasceu no Brasil porque seus pais, europeus, fugiram do nazismo de Hitler durante a Segunda Guerra Mundial. Pronto. Este é o pontapé inicial do documentário “Jorge Mautner – O Filho do Holocausto”, que foi exibido na noite deste sábado (28), durante a programação do Cine PE.

Dirigido por Pedro Bial e Heitor D´Alincourt, o filme conta a história de Mautner, que aprendeu apenas três acordes e realizou uma importante obra, reverenciada por importantes nomes da música brasileira, como Gilberto Gil e Caetano Veloso. Além do longa, Mautner também foi protagonista, junto ao mestre Zé Duda, do curta "Maracatu Atômico-Kaosnavial", de Marcelo Pedroso e Afonso Oliveira.

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O LeiaJá conversou com o artista sobre o longa-metragem e a programação do Cine PE. Confira no vídeo abaixo:

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Veja AQUI a programação do Cine PE deste domingo.





 

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Em noite corrida, a Mostra Competitiva de Longas e Curtas Metragens da terceira noite do Cine PE 2012 começou com atraso, devido à reexibição do longa “À Beira do Caminho”, de Breno Silveira, exibido na primeira noite do festival com um problema no áudio. O festival também trouxe dois filmes sobre Jorge Mautner, o que se tornou uma verdadeira homenagem não-oficial ao cantor, compositor e escritor paulista.

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Abrindo a rodada de curtas, “Kaosnavial”, de Marcelo Pedroso e Afonso Oliveira, faz um registro do encontro do Maracatu Estrela de Ouro, do Mestre Zé Duda, com a Mitologia do Kaos, de Jorge Mautner, que resultou no disco Maracatu Atômico Kaosnavial. “Queria dizer que a Zona da Mata de Pernambuco tem um movimento chamado Canavial e que estamos começando a produzir filmes”, adiantou Afonso Oliveira.

O segundo curta, o alagoano “Km 58”, primeiro trabalho audiovisual do diretor Rafhael Barbosa, não deixou bem claro para que veio. Confuso, o filme gira em torno do protagonista Miguel (interpretado pelo ator Igor de Araújo), que dirige por estradas desertas no meio da madrugada, aflito, e fugindo de algum conflito que não é explicitado.

O diretor porto-alegrense Jorge Furtado marcou presença no festival com o divertido “Até a Vista”, que conta com a participação de Dira Paes. O filme brinca com algumas experiências pessoais vividas pelo diretor, ainda jovem, quando tentou realizar o seu primeiro filme, e arrancou gargalhadas do público. Apaixonado por um livro de um escritor argentino, o jovem furtado vai até Buenos Aires para comprar os direitos de filmagem da história. O escritor, então, propõe que ele o acompanhe até o Pará para cumprir uma promessa feita a um amor.

Mas a noite era de Jorge Mautner e se encerrou com a exibição do longa “O Filho do Holocausto”, dirigido por Pedro Bial e Heitor D’Alincourt, e ovacionado pelo público. Em formato de documentário televisivo, o filme reúne imagens raras que remontam a trajetória vivida por Mautner, filho de judeu austríaco com uma católica iugoslava. Desde o nascimento no barco que trouxe seus pais, fugidos da Europa nazista para o Brasil, seu primeiro e premiado livro escrito aos 15 anos “Deus da Chuva e da Morte”, a prisão por comportamento subversivo em São Paulo até o exílio em Londres, quando conheceu as figuras de Caetano Veloso e Gilberto Gil.

O filme intercala entrevistas com personagens fundamentais da vida de Mautner, como Gil e Caetano e familiares, com apresentações musicais feitas em estúdio especialmente para o filme, além de vivências do cantor com seus companheiros de música, e a divertida e tocante conversa com a filha Amora, onde relembram a história dos dois.

O festival É Tudo Verdade chega à sua 17ª edição este ano de forma mais plural. Sem uma temática única e marcado por uma variedade de registros e formas. O evento vai apresentar uma seleção de 80 documentários de 27 países que variam, segundo seu fundador e diretor Amir Labaki, “do filme-diário ao afresco planetário, da revisita ao passado íntimo ao exame da atual conjuntura socioeconômica mundial”.

“Acho essencial a existência de uma janela nobre anual para a nova safra do documentário brasileiro e internacional. Também, importante é a oportunidade para discutir a estética e a economia específicas do cinema não ficcional, como fazemos deste a primeira edição”, disse Labaki à Agência Brasil.

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A edição do festival deste ano também apresenta uma grande variedade de filmes nacionais. “O documentário brasileiro vive um período de grande vitalidade. A produção é crescentemente diversa. É notável a busca de novas linguagens. O documentário tem se consolidado como um espelho fundamental para o Brasil do século 21”, declarou.

Na seleção internacional será exibido o vencedor do Oscar de curta-metragem deste ano, Saving Face, de Daniel Jung e Sharmeen Obaid. Entre os brasileiros, os destaques são para os filmes Tropicália, de Marcelo Machado, que abre o festival em São Paulo, no dia 22, e Jorge Mautner – O Filho do Holocausto, de Pedro Bial e Heitor D’Alincourt, que abre a versão carioca no dia 23.

Haverá também uma projeção especial do filme Light Up NipponHá Um Ano do Terremoto Japonês, de Kensaku Kakimoto, que apresenta o projeto Light Up Nippon, liderado por jovens de Tóquio que levantaram fundos para organizar espetáculos de fogos de artificio em dez das localidades mais atingidas pelo terremoto que atingiu o Japão no ano passado, como símbolo de resistência e recuperação.

Este ano, os homenageados especiais do festival são os documentaristas argentino Andrés di Tella e o brasileiro Eduardo Coutinho. “Coutinho é um entrevistador sem igual. O grau de intimidade com que desenvolve seus diálogos diante da câmera não tem paralelo. Segundo, há sua inquietação. O Coutinho de Cabra Marcado para Morrer é distinto do Coutinho de Edifício Master, que é diferente do Coutinho de Jogo de Cena, por sua vez também diverso do de Moscou. Ele é um dos dínamos criativos do cinema brasileiro contemporâneo”, disse Labaki.

O festival começa na próxima quinta-feira (22) e vai até 1º de abril nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. Este ano também estgará em Brasília, por onde passará entre os dias 10 e 15 de abril, e em Belo Horizonte, em maio. “Este ano, o que ampliamos é nosso circuito, voltando a ter uma itinerância em Brasília, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), e estreando em Belo Horizonte. É uma expansão muito importante ao atender novos públicos”.

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